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_______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 1/38 1 Geoestatística: Fundamentos e Aplicações Prof. Paulo Augusto Ferreira Borges Aula 04 _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 2/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma As duas funções utilizadas com maior intensidade na geoestatística para a determinação da dependência espacial ou temporal de variáveis são a função autocorrelação (que gera o Autocorrelograma) e a função semivariância (que gera o Semivariograma). Faremos a seguir um descrição da função autocorrelação e da função semivariância e semivariograma como instrumento de análise espacial de dados. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 3/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma Ao trabalhar com variáveis bidimensionais, temos que a covariância é uma medida de associação entre estas variáveis. Entretanto esta função tem a desvantagem de possuir as unidades das variáveis que a geram e, também, não ter um padrão de comparação, por exemplo, se calculamos a covariância entre X e Y e encontramos o valor de 0,75 não podemos dizer se as variáveis estão com forte associação positiva ou não. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 4/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma Variável Aleatória: Variável aleatória (v.a.) é uma função que associa a cada elemento de um espaço amostral um número real, ou aquela, cujo valor é o resultado numérico de um experimento aleatório. Considerando que cada medida resulta em um único valor, o conjunto destas medidas constitui uma v.a. Dependendo dos valores numéricos, a variável aleatória classifica-se: Discreta: quando assume valores em pontos isolados ao longo de uma escala (número finito ou infinito enumerável de valores). Exemplo: os valores possíveis de se obter quando se joga um dado ou uma moeda. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 5/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma Variável Aleatória: Contínua: quando assume qualquer valor ao longo de um intervalo (número infinito não enumerável de valores). Exemplo: conjunto de medidas de um mesmo ângulo dentro de uma série. Se o conjunto que constitui a v.a. é de mesma natureza, diz-se que ele é uma variável aleatória unidimensional. Entretanto, quando no conjunto têm-se grandezas de natureza diversa, diz-se que é uma v.a. multidimensional. Por exemplo, o conjunto constituído por uma série de medidas angulares é uma v.a. unidimensional, e o conjunto constituído por azimute e distância, é multidimensional. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 6/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma Matriz variância-covariância (M.V.C.): A estimativa de precisão de uma v.a. é fornecida pelo desvio padrão dessa variável (𝜎𝑖). Quando se tem uma v.a. multidimensional, a precisão é representada pela matriz variância covariância (Σ) que é formada pelas variâncias (𝜎𝑖 2) dos i indivíduos ou elementos que compõe a v.a., e pelas covariâncias ( 𝜎𝑖𝑗 ) desses mesmos elementos. A raiz quadrada das variâncias fornece a precisão e a covariância indica o grau de dependência ou relação entre dois elementos dessa v.a. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 7/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma Matriz variância-covariância (M.V.C.): As variâncias (𝜎𝑖 2 ) e covariâncias (𝜎𝑖𝑗 ) de um conjunto de n observações (𝐿𝑏 ) de uma variável X, podem ser dispostas de maneira a formar uma matriz quadrada (𝑛𝑥𝑛), representada por Σ𝑋, ou seja: No caso das observações serem independentes entre si, as covariância serão nulas e Σ𝑋 se degenera numa matriz diagonal. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 8/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma Matriz de Correlação: Na matriz variância-covariância, a variância (σi 2) fornece, através da extração da raiz quadrada, a precisão de cada v.a. e a covariância (σij) indica que existe dependência entre elas. A matriz dos coeficientes de correlação, derivada da matriz variância-covariância, fornece o grau de dependência entre as diversas v.a. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 9/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma Matriz de Correlação: Visando avaliar quão forte é a correlação entre duas observações, o coeficiente de correlação (𝜌𝑖𝑗) poderá ser examinado. Este pode ser obtido por: 𝜌𝑖𝑗 = 𝜎𝑖𝑗 𝜎𝑖×𝜎𝑗 , onde: −12021 Técnico em Geoprocessamento 13/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma Neste caso quanto mais próximo de 1 ou de -1, maior a relação entre as variáveis e quanto mais próximo de 0, menor a relação linear entre X e Y. 4. Análise da Dependência Espacial 𝑟 𝑥, 𝑦 = σ𝑖=1 𝑛 𝑋 − ത𝑋 ∗ 𝑌 − ത𝑌 𝑛 − 1 𝑆𝑥𝑆𝑦 _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 14/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma A função autocorrelação é definida como sendo a razão entre a covariância dos valores assumidos pela variável 𝑍, nas posições 𝑡 e 𝑡 + ℎ e a variância dessa variável 𝑍, em função da distância h, no caso de variável estacionária de segunda ordem. Desta forma tem- se: Com dados amostrais, 𝜌 ℎ poderá ser estimado por: 4. Análise da Dependência Espacial 𝑟 ℎ = σ𝑖=1 𝑛(ℎ) 𝑍 𝑡𝑖 − ҧ𝑍 ∗ 𝑍 𝑡𝑖 + ℎ − ҧ𝑍 𝑛(ℎ) − 1 𝑆2 𝜌 ℎ = 𝑐𝑜𝑣 𝑍 𝑡 , 𝑍 𝑡 + ℎ 𝑉𝑎𝑟 𝑍 𝑡 = 𝑐𝑜𝑣 𝑍 𝑡 , 𝑍 𝑡 + ℎ 𝜎2 _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 15/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma Onde: 𝜌 ℎ é a autocorrelação entre os valores da variável 𝑍, separados pela distância ℎ (autocorrelação populacional); 𝑐𝑜𝑣 𝑍 𝑡 , 𝑍 𝑡 + ℎ é a covariância entre a variável 𝑍(𝑡) e a variável 𝑍(𝑡 + ℎ); 𝑉𝑎𝑟[𝑍(𝑡)] = 𝜎2 é a variância populacional, ou seja, a covariância entre 𝑍(𝑡) e 𝑍(𝑡 + ℎ) quando ℎ = 0; 𝑟(ℎ) é a autocorrelação amostral para a distância h; 𝑛(ℎ) é o número de pontos amostrais separados pela distância h; ҧ𝑍 é o valor médio (média amostral) da variável 𝑍(𝑡); 𝑆2 é a variância amostral de 𝑍(𝑡). 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 16/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma A Figura abaixo mostra um exemplo de comportamento da função autocorrelação. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 17/38 4.1 Autocorrelação e Autocorrelograma O uso dessa função no estudo da dependência espacial ou temporal só é válida se a hipótese de estacionaridade de segunda ordem for atendida. Teoricamente, para ℎ = 0 a autocorrelação é máxima, ou seja, 𝑟 0 = 1 e este valor decresce até o zero, ou seja, até uma distância ou tempo que não exista relação entre as observações. Esta distância define a amplitude de dependência espacial ou temporal, sendo que acima dessa distância os dados são considerados independentes entre si. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 18/38 4.2 Variograma O variograma é uma ferramenta básica de suporte às técnicas de Krigagem, que permite representar quantitativamente a variação de um fenômeno regionalizado no espaço. Considere duas variáveis regionalizadas, 𝑋 e 𝑌, onde 𝑋 = 𝑍(𝑥) e 𝑌 = 𝑍(𝑥 + ℎ). Neste caso, referem-se ao mesmo atributo (por exemplo, o teor de zinco no solo) medido em duas posições diferentes, conforme ilustra a Figura: 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 19/38 4.2 Variograma Na figura, 𝑥 denota uma posição em duas dimensões, com componentes (𝑥𝑖, 𝑦𝑖), e ℎ um vetor distância (módulo e direção) que separa os pontos. O nível de dependência entre essas duas variáveis regionalizadas, 𝑋 e 𝑌, é representado pelo variograma, 2𝛾(ℎ), o qual é definido como a esperança matemática do quadrado da diferença entre os valores de pontos no espaço, separados pelo vetor distância ℎ, isto é: 2𝛾 ℎ = 𝐸 𝑍 𝑥 − 𝑍 𝑥 + ℎ 2 = 𝑉𝑎𝑟 𝑍 𝑥 − 𝑍 𝑥 + ℎ 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 20/38 4.2 Variograma Através de uma amostra 𝑧(𝑥𝑖), 𝑖 = 1, 2, … , 𝑛 , o variograma pode ser estimado por: onde: · 2ො𝛾 ℎ - é o variograma estimado; · 𝑁(ℎ) - é o número de pares de valores medidos, 𝑍 𝑥𝑖 e 𝑍 𝑥𝑖 + ℎ , separados por um vetor distância ℎ; · 𝑍 𝑥𝑖 e 𝑍 𝑥𝑖 + ℎ , - são valores da i-ésima observação da variável regionalizada, coletados nos pontos 𝑥𝑖 e 𝑥𝑖 + ℎ (𝑖 = 1,… , 𝑛), separados pelo vetor h. 4. Análise da Dependência Espacial 2ො𝛾 ℎ = 1 𝑁(ℎ) 𝑖=1 𝑁(ℎ) 𝑍 𝑥𝑖 − 𝑍 𝑥𝑖 + ℎ 2 _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 21/38 4.2 Variograma Parâmetros do Semivariograma: A Figura abaixo ilustra um semivariograma experimental com características muito próximas do ideal. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 22/38 4.2 Variograma Parâmetros do Semivariograma: O seu padrão representa o que, intuitivamente, se espera de dados de campo, isto é, que as diferenças 𝑍 𝑥𝑖 − 𝑍 𝑥𝑖 + ℎ decresçam à medida que ℎ, a distância que os separa, decresce. É esperado que observações mais próximas geograficamente tenham um comportamento mais semelhante entre si do que aquelas separadas por maiores distâncias. Desta maneira, é esperado que 𝛾 ℎ aumente com a distância ℎ. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 23/38 4.2 Variograma Parâmetros do Semivariograma: Observando a figura temos os seguintes parâmetros do semivariograma: Alcance (a): distância dentro da qual as amostras apresentam-se correlacionadas espacialmente. Na Figura, o alcance ocorre próximo de 25m. Patamar (C): é o valor do semivariograma correspondente a seu alcance (a). Deste ponto em diante, considera-se que não existe mais dependência espacial entre as amostras, porque a variância da diferença entre pares de amostras 𝑉𝑎𝑟 𝑍 𝑥 − 𝑍 𝑥 + ℎ torna-se invariante com a distância. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 24/38 4.2 Variograma Parâmetros do Semivariograma: Efeito Pepita (C0): idealmente, 𝛾 0 = 0. Entretanto, na prática, à medida que h tende para 0 (zero), 𝛾 ℎ se aproxima de um valor positivo chamado Efeito Pepita (C0), que revela a descontinuidade do semivariograma para distâncias menores do que a menor distância entre as amostras. Parte desta descontinuidade pode ser também devida a erros de medição, mas é impossível quantificar se a maior contribuição provém dos erros de medição ou da variabilidade de pequena escala não captada pela amostragem. Contribuição (C1): é a diferença entre o patamar (C) e o Efeito Pepita (Co). 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 25/38 4.2 Variograma Cálculo do semivariograma a partir de amostras regularmente espaçadas: Considere o conjunto de amostras regularmente espaçadas, em duas dimensões, conforme apresentado na Figura: 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS2021 Técnico em Geoprocessamento 26/38 4.2 Variograma Cálculo do semivariograma a partir de amostras regularmente espaçadas: Para determinar o semivariograma experimental, por exemplo, na direção de 90º o cálculo de ො𝛾 ℎ é repetido para todos os intervalos de ℎ. Suponha a distância entre dois pontos consecutivos igual a 100 metros (d=100m). Então, qualquer par de observações, na direção 90º, cuja distância é igual a 100m será incluído no cálculo de ො𝛾 90°, 100𝑚 . Isto feito, os cálculos são repetidos para a próxima distância, por exemplo, 200m. Isto inclui todos os pares de observações cuja distância é igual a 200m. O processo é repetido até que algum ponto de parada desejado seja alcançado. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 27/38 4.2 Variograma Cálculo do semivariograma a partir de amostras regularmente espaçadas: Este procedimento pode ser melhor compreendido com o auxílio da Figura abaixo e também deve ser realizado para outras direções (0º, 45º e 135º). 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 28/38 4.2 Variograma Cálculo do semivariograma a partir de amostras irregularmente espaçadas: 4. Análise da Dependência Espacial Considere o conjunto de amostras regularmente espaçadas, em duas dimensões, conforme apresentado na Figura. _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 29/38 4.2 Variograma Cálculo do semivariograma a partir de amostras irregularmente espaçadas: Neste caso, para determinar o semivariograma experimental, é necessário introduzir limites de tolerância para direção e distância. Tome como referência o Lag2 da figura (Lag refere-se a uma distância pré-definida, a qual é utilizada no cálculo do semivariograma). Suponha um incremento de Lag igual a 100 metros com tolerância de 50 metros. Considere ainda a direção de medida 45º com tolerância angular 22,5º. Então, qualquer par de observações cuja distância está compreendida entre 150m e 250m e 22,5º e 67,5º será incluído no cálculo do semivariograma de Lag2. Este processo se repete para todos os Lag’s. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 30/38 4.2 Variograma Modelos Teóricos: O gráfico do semivariograma experimental ො𝛾 ℎ , é formado por uma série de valores, sobre os quais se objetiva ajustar uma função. É importante que o modelo ajustado represente a tendência de ො𝛾 ℎ em relação a ℎ. Deste modo, as estimativas obtidas a partir da krigagem serão mais exatas e, portanto mais confiáveis. Os modelos estão divididos em dois tipos: modelos com patamar e modelos sem patamar. Modelos do primeiro tipo são referenciados na geoestatística como modelos transitivos. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 31/38 4.2 Variograma Modelos Teóricos: Alguns dos modelos transitivos atingem o patamar (C) assintoticamente. Para tais modelos, o alcance (a) é arbitrariamente definido como a distância correspondente a 95% do patamar. Modelos do segundo tipo não atingem o patamar, e continuam aumentando enquanto a distância aumenta. Os modelos transitivos mais utilizados são: modelo esférico (Sph), modelo exponencial (Exp) e modelo gaussiano (Gau), conforme ilustra a Figura a seguir: 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 32/38 4.2 Variograma Modelos Teóricos: 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 33/38 4.2 Variograma Anisotropia: A anisotropia pode ser facilmente constatada através da observação dos semivariogramas obtidos para diferentes direções. As convenções direcionais usadas na geoestatística são: 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 34/38 4.2 Variograma Anisotropia: Considere os semivariogramas obtidos para as direções 0º, 45º, 90º e 135º, ilustrados na Figura a seguir. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 35/38 4.2 Variograma Anisotropia: Verifica-se uma similaridade bastante grande entre eles. Esta é a representação de um caso simples e menos frequente, em que a distribuição espacial do fenômeno é denominada isotrópica. Neste caso, um único modelo é suficiente para descrever a variabilidade espacial do fenômeno em estudo. Por outro lado, se os semivariogramas não são iguais em todas as direções, a distribuição é denominada anisotrópica. Se a anisotropia é observada e é refletida pelo mesmo Patamar (C) com diferentes Alcances (a) do mesmo modelo, então ela é denominada Geométrica. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 36/38 4.2 Variograma Anisotropia: Considere o semivariograma ilustrado na Figura abaixo. Os pontos interligados com linhas tracejadas são os semivariogramas experimentais em duas direções ortogonais. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 37/38 4.2 Variograma Anisotropia: O semivariograma que atinge primeiro o patamar (azul) se refere à direção de 120º e o semivariograma com maior alcance (vermelho) se refere à direção de 30º. As linhas sólidas em ambas direções são os modelos teóricos de ajuste dos semivariogramas experimentais. 4. Análise da Dependência Espacial _______________________________________________________________________________________________________________ IFSULDEMINAS 2021 Técnico em Geoprocessamento 38/38 Referências Bibliográficas CAMARGO, E. C. G.. Geoestatística: Fundamentos e Aplicações. In: Geoprocessamento para Projetos Ambientais. INPE, 1998. Disponível em: . GOOVAERTS, P. 1997. Geostatistics for natural resources evaluation. New York, Oxford University Press. 483p GRANZOTTO, J. G. Resumo Estatística Básica. 2002. 33p. GUIMARÃES, E. C. Geoestatística básica e aplicada. UFU/FAMAT, 2004. 78 p. KOCH, G.S.; LINK, R.F. 1970. Statistical analysis of geological data. New York, Dover Publications Inc. Vol. I. 375 p.; Vol. II. 438p. PIRES, J. F. Cálculo das Probabilidades e Estatística I. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba - UFPB. YAMAMOTO, J.K. 2020. Estatística, análise e interpolação de dados geoespaciais. São Paulo, Gráfica Paulo’s. 308p.