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LIBRAS - LÍNGUA 
BRASILEIRA DE SINAIS
Unidade 2
Surdez e a pessoa 
surda
CEO 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
DIRETORA EDITORIAL 
ALESSANDRA FERREIRA
GERENTE EDITORIAL 
LAURA KRISTINA FRANCO DOS SANTOS
PROJETO GRÁFICO 
TIAGO DA ROCHA
AUTORIA 
ETNA PALOMA NOBRE
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Etna Paloma Nobre
Sou formada em Letras com Especialização Lato Sensu 
em Educação de Surdos, com experiência técnico-profissional 
na área de Libras e Educação a Distância de mais de cinco anos, 
todas em Instituições de Ensino. Sou apaixonada pelo que faço e 
gosto de transmitir minha experiência e incentivar as pessoas que 
estão naquela fase de tomar decisão em suas profissões. Por isso 
fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
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Entendimentos Gerais Sobre a Língua de Sinais ................. 10
Os parâmetros da Libras .................................................................................13
A fonologia das Línguas de Sinais ....................................................17
Língua de Sinais e Classificadores ..................................................................27
Intensificadores no discurso da Libras ..........................................................29
Alfabeto Manual e Números (Cardinais e Quantidades); 
Condições Climáticas, Ano Sideral e Calendário .................. 33
Números ..............................................................................................................34
Valores .................................................................................................36
Calendário - Dias da Semana ..........................................................................38
Meses do ano .....................................................................................................40
Condições Climáticas ..........................................................................43
Advérbios de Tempo e Flexões de Frases na Negativa, 
Interrogativa e Exclamativa ................................................... 46
Compreendendo os Advérbios de Tempo em Libras: Uma Visão 
Detalhada ............................................................................................................46
Classificação dos Advérbios de Tempo em Libras ....................................... 47
Formação de Advérbios de Tempo em Libras .............................................. 48
Erros Comuns e Soluções ................................................................................49
Prática e Exemplos ............................................................................................50
Dominando as Flexões Interrogativas e Exclamativas em Libras: Guias e 
Técnicas ...............................................................................................................52
Identificando Flexões Interrogativas e Exclamativas em Libras ................ 53
Formação de Frases Interrogativas e Exclamativas ..................................... 54
Erros Comuns ao Usar Flexões Interrogativas e Exclamativas e Como 
Corrigi-los ............................................................................................................55
Estrutura Sintática ..............................................................................56
SU
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Prática e Exemplos..............................................................................57
Sinais de verbos e suas negativas .......................................... 60
Entendendo a Importância dos Intensificadores no Discurso em Libras 60
Comparação com a Língua Portuguesa ......................................................... 61
O Papel dos Intensificadores na Comunicação em Libras ......................... 61
Variedades de Intensificadores em Libras ....................................................62
Como Usar Corretamente os Intensificadores em Libras: Regras e 
Exemplos .............................................................................................................63
Regras de Uso de Intensificadores em Libras .............................................. 65
Erros Comuns ao Usar Intensificadores e Como Evitá-los ......................... 66
Exemplos Práticos de Uso de Intensificadores em Libras ......................... 67
Sinais de Verbos e suas Negativas em Libras: Compreensão e 
Prática ...................................................................................................68
Tipos de Verbos em Libras ................................................................69
Negativa de Verbos em Libras ..........................................................69
Erros Comuns na Formação de Verbos Negativos ....................... 70
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A disciplina de Libras foi idealizada para que estudantes 
tenham contato relacionado a Língua de Sinais, a Cultura Surda, 
os Preconceitos Linguísticos existentes no Brasil; as Abordagens 
de Ensino para a Educação de Surdos. 
A Libras é uma língua natural reconhecida como um meio 
de comunicação legal pela Lei 10.436 de 2002, é a partir dessa 
lei que os profissionais da área da pedagogia, fonoaudiologia e 
licenciaturas tem a garantia do contato com a disciplina de Libras 
para a sua formação, o que é um avanço relevante tantos para 
esses profissionais como para a comunidade surda.
O que você receberá aqui são informações que com certeza 
irão lhe auxiliar na tomada de decisões, caso no seu percurso 
profissional, na sua rotina diária você encontre pessoas surdas ou 
outros profissionais que trabalhe com pessoas surdas.
Acredito que você já tenha assimilado que a Língua de 
Sinais Brasileira é uma língua usada nas comunidades surdas, 
então agora estudaremos juntos a parte da linguística que 
descrevem a língua no âmbito da construção gramatical da Libras.
Este material fornece informações relevantes sobre os 
fonemas na Língua de Sinais Brasileira, do ponto de vista de sua 
função na língua, que é onde começa a estrutura da gramática, 
entenderemos os parâmetros da Libras e as suas funções. 
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Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 2 - surdez 
e a pessoa surda, e o nosso objetivo é auxiliar você no 
desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Debater sobre o oralismo, comunicação total e 
bilinguismo, formulando novos conceitos sobre a 
Libras.
2. Diferenciar o ensino-aprendizagem do aluno surdo do 
aluno ouvinte.
3. Compreender as características e conceitos da Língua 
Brasileira de Sinais - Libras.
4. Diferenciar os sinais das letras do alfabeto manual.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
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Entendimentos Gerais Sobre a 
Língua de Sinais 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender como funciona a Língua Brasileira de 
Sinais (Libras) e seus parâmetros essenciais. 
Isso será fundamental para o exercício de sua 
profissão, especialmente se ela envolver a 
comunicação e interação com pessoas surdas. 
Aprender sobre os parâmetros de Libras, os 
tipos de classificadores nas Línguas de Sinais e os 
intensificadores no discurso da Libras permitirá 
que você se comunique de maneira mais eficaz e 
inclusiva. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Vamos lá. Avante!
Conhecer a Língua de Sinais é de fundamental importância, 
há inúmeras comunidades surdas espalhadas pelopaís. A Libras 
foi instituída como língua pelo Decreto n.º 5.626/2005. E qual 
é o peso desse reconhecimento? Pelo que já vimos foi com o 
reconhecimento que passou a ser obrigatório o uso em todos os 
órgãos públicos, como em escolas, hospitais, prefeituras e outros 
ambientes. É possível perceber uma melhora do atendimento às 
pessoas surdas.
Apesar da legalização ter acontecido há pouco tempo, a 
dificuldade na comunicação vem de muitos anos. Foi necessária 
uma verdadeira revolução para a aceitação da Língua de Sinais, 
pois, até então, ela era tida apenas como uma linguagem expressa 
por meio do movimento do corpo e encarada como mímica.
As pesquisas da Língua de Sinais sob o olhar da linguística, 
começou a ocorrer no ano de 1957 com o observador norte-
americano William Stokoe. Em 1960, os resultados da análise 
foram notados em relação à Língua Americana de Sinais (Stokoe, 
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1960) e, desse momento em diante, as elas passaram a ser objeto 
de estudos. A linguística considerou a presença gramatical assim 
como nas Línguas Orais. 
Art 2º […] considera-se pessoa surda aquela 
que, por ter perda auditiva, compreende 
e interage com o mundo por meio de 
experiências visuais, manifestando sua cultura 
principalmente pelo uso da Língua Brasileira 
de Sinais – Libras. Parágrafo único. Considera-
se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial 
ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou 
mais, aferida por audiograma nas frequências 
de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz 
(BRASIL, 2005, on-line)
Há alguns anos, os estudos sobre linguística se limitavam 
às Línguas Orais, mas, desde o início do reconhecimento da 
Língua de Sinais, um novo olhar vem sendo estabelecido. As 
pesquisas direcionadas a Libras vêm com abordagens específicas 
educacionais na defesa da cultura surda. Essas variações não se 
resumem apenas à comparação dos processos que promovem 
um enriquecimento do vocabulário, mas estão relacionadas 
à percepção de mundo e à condição de complexidade em 
decorrência do processo de aquisição da língua, dos aspectos 
culturais e até do impacto político e social na vida dos surdos. É 
importante apontar para aspectos relacionados à organização da 
gramática e seu funcionamento. Há uma delimitação entre gesto, 
Língua de Sinais e aprendizado de uma segunda língua, o que gera, 
muitas vezes, incompreensão por parte dos surdos, que, por não 
terem orientação, não se identificam com outros surdos quando 
se cria um sinal determinado.
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VOCÊ SABIA?
O entendimento dos parâmetros contempla 
o perceber da fonética e fonologia; elas se 
complementam por estarem inseridas na 
linguística. O estudo da Linguística analisa as 
línguas nativas humanas, é uma ciência que estuda 
diferentes línguas, não se detém a uma análise 
restrita. 
Segundo Strobel (2008), os surdos tiveram um início de 
história mediados por duas expectativas, que é o olhar doutrinário 
e medicinal, em que as pessoas surdas eram representadas por 
pessoas com anomalias nos ouvidos, na composição vocal e no 
cérebro. Esses pacientes tinham o empenho dos médicos, que 
estudavam a fala e a aprendizagem dos surdos com expectativas 
de possibilidades. Já na visão doutrinária religiosa, inicialmente 
a igreja tinha a crença de que, como os surdos não ouviam e se 
comunicavam pela fala, não poderiam ser perdoados pelos seus 
pecados e consequentemente seriam condenados ao inferno, para 
a salvação. A Igreja disponibilizava os membros do clero para assistir 
essas pessoas, assim os padres e demais religiosos tornavam-se 
responsáveis, zelando e cuidando pela educação dos surdos. 
Diante desse olhar, antes de entender que nem todo 
surdo é mudo, o termo surdo-mudo foi utilizada, em muitas 
situações, incorretamente, porque a mudez não tem relação com 
a surdez. Como ainda não havia motivação para que os surdos 
desenvolvessem a fala, surgiu a expressão que “todo surdo é 
mudo”, o que, na verdade, não deve ser usada.
As terapias de fala auxiliaram nessa quebra de mito, 
porque desenvolveram a oralização nas pessoas surdas. Isso é um 
estímulo. Se um surdo não se expressa por meio da fala, não é 
necessariamente mudo, provavelmente não obteve orientações 
para o seu desenvolvimento, como exercícios que estimulam a 
comunicação oral.
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Imagem 2.1 – Língua de Sinais
Fonte: Freepik 
Os parâmetros da Libras 
A linguística explora a língua enquanto processo, preza 
pela coerência na atividade de se expressar. É vista como uma 
ciência com características de descrição própria, ela desnuda a 
língua e a mostra de maneira autêntica. 
O estudo da linguística contempla a morfologia, a fonética, 
a fonologia, a semântica e pragmática, além disso a linguística tem 
relação com outras ciências, como a sociologia, por exemplo. 
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Imagem 2.2 – Fonética e Fonologia
Fonte: Freepik 
A fonética explora os sons isolados, descreve os sons 
usados na linguagem humana. A fonologia se detém a estudar 
sons que alteram o significado do sentido, como pares mínimos 
que ressignificam alguma coisa, como um objeto, por exemplo, 
café, boné, cafuné. Então, enquanto a fonética descreve, a 
fonologia explica.
A morfologia examina os princípios internos da formação 
das palavras, com o objetivo de compreender os ajustes realizados 
entre eles. Essas palavras são produzidas por morfemas, que são 
as identidades significativas. Há morfemas que constituem um 
vocábulo, outros são reclusos e não têm capacidade de habilitar 
palavras insubordinadas de outras (Quadros, 2004). 
A sintaxe é a competência da linguística que cria e 
discorre a estrutura das sentenças de uma língua. As línguas 
possuem variadas estruturas sintáticas e, por isso, existe no seu 
desenvolvimento uma base estrutural. Quadros (2004) afirma com 
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intensidade que a Libras carrega uma gramática de sistema básico 
que a Língua Portuguesa dominante no Brasil. 
A ordem de sequência:
S (sujeito) + V (verbo) + O (objeto). 
Apesar da apresentação dessa ordem ser essencial, não 
quer dizer que as pessoas que as utilizam não se apropriam de 
outro tipo de comunicação oral. (Quadros, 2004).
De acordo com Quadros (2004, p. 21), “A semântica analisa 
o significado do vocábulo e da sentença”. Quer dizer que explora o 
sentido particular das palavras e também em grupos, o que muitas 
vezes apresentam uma interpretação diferenciada – a exemplo 
do linguajar, que são línguas regionais inerentes. A semântica 
examina os significados das sentenças, implícitos ou não, como 
as metáforas, ironias e outros. E sob o ponto de vista clássico, a 
pragmática é o que explora a linguagem na prática.
Imagem 2.3 – Estrutura da Comunicação
Fonte: Freepik 
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ACESSE
Para melhor entendimento e contribuição aos 
estudos, veja o vídeo abaixo referente ao tema 
Estrutura Gramatical da Libras, em que a linguista 
Ronice Quadros expõe de forma objetiva o 
funcionamento da língua. Disponível no QR code: 
O estudo científico da língua é como uma manifestação 
natural, não delimita a análise de uma espécie de línguas, não 
é o estudo isolado do português, da Língua de Sinais Americana 
(ASL), da Língua Brasileira de Sinais, e também não se refere ao 
estudo de um conjunto de línguas com características em comum. 
Quanto mais estudarmos as especificidades das mais diversas 
línguas naturais, melhor o entendimento da língua. 
A história da cultura surda supera séculos. Concordava-se 
que o surdo tinha habilidade de desenvolver a língua falada, por 
isso ele foi obrigado a utilizar a língua oral, mas a língua verbalizada 
já expressava sentido, já que o vocabulário não remetia a nenhum 
significado. A partir da introdução da Língua de Sinais, foi possível 
a compreensão da linguageme de tudo que lhe rodeava.
https://www.youtube.com/watch?v=O66o7BvuYwA
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SAIBA MAIS
Acesse o QR code e confira o artigo “Culturas, no 
plural”, do autor Hugo Eiji, que destaca as várias 
definições da comunidade surda em diversos 
países. O repositório on-line também é abastecido 
com produções de autoria da cultura surda e 
carrega informações que envolvem artes plásticas, 
literatura, teatro, música e dança. 
A fonologia das Línguas de Sinais
O propósito inicial da fonologia na Língua de Sinais é 
descrever as identidades mínimas da língua, que são adequadas 
à formação de sinais, é ter habilidade e conhecimento para as 
normas de ajustes.
As primeiras análises linguísticas referentes à Língua de Sinais 
deram início no período de 1957, no momento em que o estudioso 
William Stokoe escreve um estudo de compreensão da constituição 
dos sinais na Língua Americana de Sinais, a ASL (American Signs 
Language). Com o objetivo de trazer conhecimento dos sinais, ele 
os separou e indicou três parâmetros básicos: configuração de mão 
(CM), ponto de articulação (PA) e movimentos (M).
Depois desse momento, iniciaram-se pesquisas quanto à 
estrutura linguística da Libras. Autores como Ferreira-Brito (1995), 
Quadros e Karnopp (2004) persistiram nas análises linguísticas da 
Libras para descrever a composição de seus sinais. 
http://culturasurda.net/culturas-no-plural/
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Foram estabelecidos mais dois parâmetros: a orientação 
de mãos e expressões não manuais (ENM). 
Os cinco parâmetros são:
 • Configuração de Mão (CM) – são 46 configurações de 
mão e são elementos fundamentais para possibilitar a 
formação dos sinais.
Imagem 2.4 – Configurações de Mão
Fonte: Ferreira-Brito; Langevin (1995, [n.p.])
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Um dos parâmetros da Libras é a configuração de mãos, 
elas foram representadas a partir de informações coletadas nas 
importantes capitais brasileiras, reunidas verticalmente segundo 
a similitude.
O bloco de CMs da figura refere-se somente às exposições 
ao nível fonético, encontradas na Libras.
A CM pode permanecer a mesma durante a articulação 
de um sinal ou pode alterar-se de uma configuração para outra. 
Quando acontece a alteração na configuração de mão, ocorre 
deslocamento interno da mão, fundamental mudança que 
interfere na configuração dos dedos selecionados.
 • Ponto de articulação (PA) ou Locação (L) – lugar em 
que será realizado o sinal. O ponto de articulação 
pode se localizar no rosto, na cabeça, nos braços, nos 
troncos e até nas pernas, como acontece no sinal de 
“shorts”. Pode também representar um espaço neutro, 
como exemplifica a imagem 1.4. O PA exerce ação de 
influência no significado do sinal, tanto que, havendo 
mudança de lugar, há também mudança de significado. 
Na Libras, assim como em outras Línguas de Sinais que 
até o momento foram objetos de estudos, o espaço de 
enunciação é uma área que possui os pontos dentro da 
esfera de alcance das mãos.
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Imagem 2.5 – Ponto de Articulação
Fonte: Baltison (1978, p. 49)
Nesse espaço interno de enunciação, define-se um número 
limitado de pontos de articulação. Alguns são mais objetivos, como 
a ponta do nariz, e outros são mais vastos, como a frente do tórax.
 • Movimento (M) – esse parâmetro contempla várias 
formas de movimentos importantes nas Línguas de 
Sinais; quando alterado, reflete no significado dos 
sinais, o que pode ocasionar em uma mudança secular, 
em que é necessário ter objeto e espaço. As mãos da 
pessoa que realiza o movimento representam o objeto, 
enquanto o espaço de enunciação é o espaço que 
abrange o corpo do indivíduo que enuncia (Ferreira 
Brito; Langevin, 1995). O movimento é determinado 
como um parâmetro incompreensível por abranger um 
conjunto de direções, que vai de ações internas da mão, 
os movimentos do pulso e os movimentos direcionais no 
espaço (KLIMA; BELLUGI 1979). Quanto ao movimento, 
há estudos que orientam que o percurso pode estar nas 
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mãos, nos pulsos e no antebraço. Os deslocamentos 
direcionais podem ter um sentido único, duas direções 
ou mais. 
Imagem 2.6 – Movimento
Fonte: Quadros; Karnopp (2004, [n.p.])
 • Orientação da mão – é um critério determinante no 
significado do sinal. Na Libras, foram estipulados seis 
tipos de movimentos: para cima, para baixo, para o 
corpo, para frente, para a direita ou para a esquerda 
(Quadros, 2004).
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Figura 2.7 – Orientação das Mãos 
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Fonte: Quadros; Karnopp (2004, [n.p.])
 • Expressões Não Manuais (ENM) – são os movimentos 
de cabeça, dos olhos, da face ou do tronco, expressam 
as proposições indicativas interrogativas, relativas, 
topicalização, concordância.
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SAIBA MAIS
Sobre as expressões manuais e não manuais 
dedique-se e confira a aula em três vídeos 
produzidos pelo Instituto Nacional de Educação de 
Surdos (Ines): 
Gramática Libras – Parte 1
Gramática Libras – Parte 2
Gramática Libras – Parte 3
O acesso à nova cultura é originário do acesso à Língua de 
Sinais, que possibilitou caminhos e auxiliou no desenvolvimento 
dos surdos. A língua e a cultura são construções que se 
complementam e acrescentam na ampliação da cultura.
https://www.youtube.com/watch?v=kEp6fU4zVFI &list=PLZSmbWM7OcaAMWnoGnx0DR8iubEy MgryG&index=1
https://www.youtube.com/watch?v=jAt7j54whU M&list=PLZSmbWM7OcaAMWnoGnx0DR8iubEyMgryG&index=2
http://www.youtube.com/watch?v=Urt4LtslSds &list=PLZSmbWM7OcaAMWnoGnx0DR8iubEyMgryG&index=3
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Geralmente associamos o termo cultura à Língua de Sinais, 
mas não podemos esquecer que a cultura não se resume somente 
a um conceito linguístico. 
A Língua de Sinais propiciou a formação de grupos 
sociais que interagem por meio dessa língua, constituindo uma 
coletividade surda. 
Felipe (2002) cita que as línguas e, consequentemente, as 
culturas proporcionam novas sensações, por meio de sistemas que 
carregam categorias que, em harmonia com os seus contextos, 
consideram acontecimentos, qualidades e outras situações que 
proporcionam significado. 
Há línguas que fazem subclassificações apartando os 
elementos em animados e inanimados, penetrando o gênero, 
tamanho, o formato, a consistência, o número, o caso, o modo, o 
tempo, o aspecto e o sistema de flexão para concordância (Felipe, 
2002). 
Os classificadores encaixam-se na Língua de Sinais e nas 
Línguas Orais. Intitula-se classificador um afixo usado em caso 
especifico nas Línguas Negro-africanas, para exemplificar a classe 
nominal pertence de um vocábulo.
Assim como em algumas Línguas Orais e várias Línguas de 
Sinais, estão lá os classificadores, inclusive a Libras, e esses são 
uma espécie de morfema gramatical e lexical, que têm a função 
de se referir à classe a que pertence e descrever formas, ações 
verbais etc. (Ferrreira-BritoFerreira, 1995).
Pizzio et al. (2008) citam o linguista Allan (1997), que aponta 
quatro tipos de classificadores nas Línguas Orais, que constituem 
um conjunto universal. 
Confira a seguir.
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Obrigatório:
1. línguas de classificador numeral – são línguas em 
que um classificador é básico em muitas expressões 
quantitativas e em personificações anafóricas;
2. Línguas de classificador concordante – são línguas em 
que os classificadores caminham juntos aos nomes e 
seus modificadores, predicados e pró-formas;
3. Línguas de classificador predicativo – são dominantes 
os verbos classificadores, que diversificam o seu 
radical conforme as características das entidades que 
comunica argumentos do verbo;
4. Línguas de classificador intralocativo – nela os 
classificadores nominais são introduzidos emexpressões locativas que forçadamente seguem nomes 
em muitos contextos. 
Referente aos tipos de classificadores, podem-se 
acrescentar e subdividir-se dentro de outras.
 • A categoria que se refere às pessoas e aos animais 
caracteriza as relações naturais que se desenvolvem 
entre o gênero feminino e masculino, e de adulto ou 
criança. As que não possuem vida representam objetos 
e coisas, como árvores, montanhas e outros.
 • O tipo de classificador que representa formato 
exemplifica objetos longos, com formato arredondado 
e que possuem variadas superfícies.
 • A terceira é a densidade e associa-se com material e 
forma. 
 • A que reúne dois grupos é a quarta: grandes e pequenos. 
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 • A quinta é a localidade, que se representa um lugar de 
concentração, um ponto. 
 • A sexta é o arranjo, que descreve um motivo específico. 
 • E a sétima representa característica quantitativa, que 
demonstra volume, por exemplo. 
REFLITA
Eliminar situações que já passaram e requisitar o 
presente para a cultura surda se tornou objeto. 
Um passado mergulhado na incumbência de se 
tornarem ouvintes e, por conta disso, aceitarem o 
domínio da sua história os marcou de tristeza. Assim, 
surgem novos feitos e novas interpretações no 
cotidiano. Por isso é inaceitável prosseguirmos com 
as antigas realidades, contadas como antigamente, 
no tempo da opressão. Há outros caminhos 
que, mesmo ainda não percorridos, precisam 
ser relembrados, vividos, por contemplarem a 
autêntica história natural e cultural dos surdos. 
Sim, temos nossas persistências de significação, 
quais sejam: a busca por uma Educação Bilíngue, 
de qualidade, por políticas para a Língua de 
Sinais no Brasil, pela conquista do conhecimento 
inserido nas universidades. Há muitos espaços que 
possibilitam novas histórias e significados que nos 
alegram, vivenciados em nosso cotidiano e que 
nos reporta a outras oportunidades. 
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ACESSE
Não deixe de conferir o filme “O milagre de Anne 
Sullivan” (The Miracle Worker, 2000), com direção de 
Nadia Tass. A escritora Helen Adams Keller, surda 
e cega, graças à ajuda e motivação da professora 
Anne Sullivan, superou as suas dificuldades. Para 
assistir, acesse o QR code .
Língua de Sinais e Classificadores
Pizzio et al. (2008) citam que existem várias referências de 
classificadores verbais e formas de representação. A opção por um 
classificador é fundamentada no combinado lexical relacionado à 
concordância gramatical, o que o subdividi em conjuntos.
Conforme esses autores, os classificadores que exercem 
a ação de descrever são visualmente entendidos conforme a sua 
representação de imagem. Por meio deles é possível entender os 
elementos essenciais, incorporar ações usando os classificadores 
de acordo com a necessidade.
Essa especificidade de classificador abrange subgrupos: o 
dimensional, que expõe as dimensões; a bidimensional, que é o 
dobro das dimensões que se vê; e o tridimensional, que demonstra 
todas essas dimensões que permitem registrar a sensação de 
introdução da ênfase visual (PIZZIO et al., 2008).
Os classificadores dentro da Língua de Sinais são 
configurações de mãos que sinalizam aquilo que se quer com os 
objetos, interação com as pessoas e até mesmo com os animais. 
http://culturasurda.net/filmes/
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Os classificadores expressam e auxiliam na interação em todos os 
ambientes. 
Segundo Felipe (2007), sinalizam em concordância com 
os marcadores substituindo e estabelecendo o sujeito, o objeto 
em questão à ação verbalizada. Os classificadores auxiliam na 
representação inclusive de expressões que exigem o uso do plural. 
Alguns sinais são icônicos e confundem-se com os 
classificadores. É importante atentar-se para não os substituir 
pelo termo “classificadores”, que são algumas configurações de 
mãos incorporadas junto a tipos de verbos específicos e que são 
exigidos com os adjetivos, que têm função de descrever. Na Língua 
de Sinais, por serem gesto-visuais, representam iconicamente 
qualidades de objetos (FELIPE, 2007).
ACESSE
O texto “Sistema de flexão verbal na Libras: os 
classificadores considerados marcadores de flexão 
de gênero”, de Tanya A. Felipe, trata de expor 
os classificadores de forma clara. Não deixe de 
acessar o QR code . 
https://scholar.googleusercontent.com/sch olar?q=cache:jrm6jWiHxlgJ:scholar.google.com/+classificadores+libras+felipe&hl= pt-BR&as_sdt=0,5.
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Intensificadores no discurso da 
Libras
Os intensificadores são representados tanto pelos 
adjetivos quanto verbos e intensificadores que conhecemos como 
“rápido e muito”. No caso dos verbos, incorporam advérbios 
transparecendo as alterações de movimentos. Os intensificadores 
estão presentes nas expressões não manuais, que são as faciais e 
corporais (FELIPE, 2007).
Para intensificar uma ação, repetimos o sinal que 
representa a expressão corporal, que é geralmente um movimento 
lento, até por conta da própria interpretação.
Para obter sucesso na realização do sinal que demonstra 
a intensificação rápida, a ação já deve ser incorporada por um 
movimento acelerado repetido várias vezes seguidamente. 
Um bom exemplo é o sinal de feio:
Imagem 2.8 – Sinal de Feio
Fonte: Acervo do autor (2023).
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Perceba que nesse sinal há uma expressão facial que 
colabora com a interpretação; para dizer “muito feio” é só repetir 
o sinal algumas vezes seguidas para demonstrar intensidade. 
Exemplo de Feliz:
Imagem 2.9 – Sinal de Feliz
Fonte: Acervo do autor (2023).
Perceba que nesse sinal há uma expressão facial que 
colabora com a interpretação; para dizer “muito feliz” é só repetir 
o sinal algumas vezes seguidas para demonstrar intensidade. 
É comum usar esses intensificadores em exposições na 
Língua de Sinais. As marcas não manuais, que são as expressões 
faciais e corporais, são bastante utilizadas pelos surdos 
para argumentar ou explicitar na comunicação, dão sentido 
intensificado.
 As marcas morfológicas auxiliam no cumprimento desse 
papel, vamos entender.
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a. Morfema adjetivo: é o deslocar da cabeça e a direção 
do olhar, ao mesmo tempo do sinal manual, expressa 
um substantivo qualitativo. 
b. Morfemas dêiticos: é a indicação do olhar e da cabeça, 
ao mesmo tempo de um sinal relativo ao pronome, 
sinaliza uma referência de espaço singular para os 
referentes. 
c. Intensificador: representa uma expressão facial 
direcionada, e alguns deslocamentos auxiliam na 
caracterização, como o levantar das sobrancelhas, 
as bochechas cheias, os olhos bem apertos como se 
estivessem arregalados, tudo concomitante com o 
adjetivo, substantivo ou classificador. 
d. Caso modal: é uma expressão facial específica, marcada 
pela boca, simultânea com a marcação de um verbo, 
caracteriza um caso modal. 
e. Negação, reprovação: a movimentação não manual 
marca uma expressão particular, indicada pela 
movimentação contínua da cabeça para os lados e testa 
enrugada, juntamente com um determinado sinal; a 
cabeça sutilmente inclinada.
f. Morfema para grau de adjetivo: a proporção pode 
ser marcada no olhar com o movimento de dilatar 
ou diminuir as pálpebras em ação com o erguer das 
sobrancelhas e ao contrair as bochechas, tudo isso 
marca os graus aumentativos ou grau diminutivo e o 
superlativo.
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ACESSE
“O discurso verbo-visual na Língua Brasileira de 
Sinais – Libras, de Tanya A. Felipe, traz o discurso 
verbo-visual na Libras. Você pode acompanhar mais 
exemplos do uso do intensificador no discurso da 
Língua Brasileira de Sinais, com imagens, situações 
e referências de pesquisadores do tema. Saiba 
mais acessando o QR code . 
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeumesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que a Língua Brasileira de 
Sinais, ou Libras, é um sistema complexo e completo 
de comunicação, com parâmetros que a definem 
e organizam. Isso inclui a configuração de mãos, a 
orientação e o movimento das mãos, a localização 
no espaço e a expressão facial ou corporal, que são 
peças fundamentais para a construção do significado 
na Libras. Além disso, você deve ter compreendido 
que os classificadores nas Línguas de Sinais são uma 
parte integral da gramática. Eles atuam como “verbos 
de manipulação”, que indicam como um objeto está 
sendo manipulado ou como uma pessoa ou um objeto 
se move ou interage em um determinado espaço. Os 
classificadores são ferramentas linguísticas versáteis 
que trazem uma dimensão espacial e visual para a 
língua de sinais. Por fim, deveria ter se aprofundado 
no uso dos intensificadores no discurso da Libras. 
Estes são usados para adicionar ênfase ou intensidade 
a um sinal, mudando o tom de um enunciado, e são 
fundamentais para transmitir emoções e opiniões em 
um discurso.
http://www.scielo.br/pdf/bak/v8n2/05.pdf
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Alfabeto Manual e Números 
(Cardinais e Quantidades); 
Condições Climáticas, Ano 
Sideral e Calendário
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender como funciona o uso dos classificadores 
em Libras, assim como o alfabeto manual e a 
representação dos números, tanto cardinais 
quanto quantidades. Você também aprenderá 
a expressar condições climáticas, ano sideral e 
informações do calendário em Libras. Além disso, o 
alfabeto manual e a representação de números em 
Libras são elementos básicos que facilitam muito a 
comunicação do dia a dia. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Vamos lá. Avante!
Algumas pessoas associam a Língua de Sinais ao alfabeto 
manual, e isso é um grande equívoco que acontece por falta de 
informação. 
Utiliza-se o alfabeto manual em quatro situações:
 • em nomes de pessoas e/ou lugares; 
 • em palavras que desconhecemos os sinais específicos;
 • ao configurar um determinado sinal. Ex.: sinal 
DESCULPAR - configuração da mão em y;
 • na soletração rítmica, trata-se de um empréstimo da 
Língua Portuguesa, sendo expressa com um ritmo 
próprio e em situações específicas. Ex.: A-C-H-O, M-Ã-E, 
N-Ã-O, V-A-I.
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O alfabeto manual pode ser feito com qualquer uma das 
mãos, só o que não é possível acontecer é trocar as mãos durante 
a sinalização. Os primeiros movimentos são doloridos por conta 
da falta de prática. 
Na datilologia, usa-se o espaço ao término da 1ª palavra 
(lembrando o espaço da antiga máquina de escrever manual). Ex.: 
A-N-A (espaço) M-A-R-I-A.
SAIBA MAIS
O alfabeto manual não é universal, difere de 
país para país. Existem apenas alguns que são 
semelhantes.
Números
Entender e dominar a representação dos números em 
Libras é uma habilidade crucial para uma comunicação eficaz. 
Os números, assim como as letras, são elementos básicos de 
qualquer língua, e em Libras não é diferente.
Segundo Quadros (2004), a representação dos números em 
Libras, assim como no sistema numérico falado, possui suas próprias 
regras e convenções a serem seguidas. Isso é válido tanto para 
números cardinais (um, dois, três, etc.) quanto para quantidades. O 
autor destaca que, para se expressar corretamente os números em 
Libras, é necessário conhecer não só os sinais que representam os 
números, mas também as regras de uso desses sinais.
Stumpf (2008), em seu estudo, reforça que é importante 
ter em mente que a língua de sinais não é uma tradução literal 
da língua falada. Por isso, as regras para expressar números em 
Libras podem ser diferentes das regras para expressar números 
na língua falada. Isso se torna evidente, por exemplo, quando 
se expressam números acima de dez, em que a mão dominante 
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realiza o sinal para a dezena e a mão não dominante realiza o sinal 
para a unidade.
Segundo Brito (1995), a contagem numérica em Libras se 
utiliza tanto do sistema decimal, ou seja, a base 10, quanto do 
sistema duodecimal, ou seja, a base 12. Isso porque os números 
de 1 a 10 são representados por sinais específicos, e os números 
de 11 a 20 são representados por uma combinação desses sinais. 
A partir do número 20, usa-se o sistema decimal, em que cada 
dezena é representada por um sinal específico, e as unidades são 
representadas pelos sinais de 1 a 9.
A complexidade dos números em Libras e suas várias 
regras fazem deste um tópico que demanda prática e estudo para 
ser dominado completamente.
Os numerais ordinais do PRIMEIRO até o NONO têm a 
mesma forma dos cardinais, mas aqueles possuem movimentos 
enquanto estes não possuem. Os ordinais do PRIMEIRO até o 
QUARTO têm movimentos para cima e para baixo e os ordinais do 
QUINTO até o NONO têm movimentos para os lados. A partir do 
numeral DEZ, não há mais diferença entre os cardinais e ordinais”.
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Imagem 2.10 – Números 0 a 9
Fonte: Quadros; Karnopp (2004, [n.p.])
Valores 
A representação de valores na Língua Brasileira de Sinais 
(Libras) é outro aspecto importante para a comunicação eficaz com 
a comunidade surda. Assim como na representação de números, 
a representação de valores também possui suas próprias regras e 
convenções na Libras.
Em Libras, os valores são expressos de maneira 
semelhante aos números, mas com uma distinção fundamental: 
enquanto os números são expressos usando uma mão, os valores, 
especialmente aqueles que representam dinheiro, são expressos 
com ambas as mãos.
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Isso ocorre porque, como Quadros (2004) explica, a 
representação dos valores em Libras também leva em conta a 
necessidade de expressar a ideia de moeda. Nesse caso, a mão não 
dominante assume a função de representar a ideia de ‘dinheiro’, 
enquanto a mão dominante expressa a quantidade.
Além disso, embora os valores sejam expressos em 
Libras de maneira semelhante aos números, existem convenções 
específicas para a representação de valores decimais. Onde a 
vírgula é usada na representação escrita de valores decimais, um 
movimento específico de mão é usado em Libras.
Portanto, é crucial entender as nuances na representação 
de valores em Libras, como a necessidade de usar ambas as mãos 
e as convenções para a representação de valores decimais, para 
garantir uma comunicação eficaz e correta.
Representam regras para valores.
Os sinais em valores de R$ 1,00 a 4,00, por exemplo, são 
realizados de forma de rotação avançando os números para 
quantidade. Observe o exemplo:
Figura 2.11 – Sinais de valores
Fonte:Acervo da autora (2023).
Não é necessário usar o sinal de real, pois ele já está 
subtendido no contexto do movimento de rotação da mão. 
Os sinais para valores a partir de 6,00 deverão ser feitos 
com sinais de números cardinais:
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Figura 2.12 – Números
Fonte: Acervo do autor (2023).
Calendário - Dias da Semana
A capacidade de expressar conceitos temporais, como 
dias da semana, meses do ano e datas específicas, pode melhorar 
a comunicação diária e ajudar a estabelecer uma conexão mais 
profunda com as pessoas surdas.
Em Libras, os dias da semana e os meses do ano são 
expressos por sinais específicos, assim como em muitas outras 
línguas de sinais ao redor do mundo. Isso se deve, em grande 
parte, ao fato de que esses conceitos são universais e aparecem 
frequentemente na comunicação diária.
No entanto, Quadros (2004) ressalta que a representação 
de datas específicas em Libras não é tão simples quanto 
a representação de dias da semana ou meses. Em vez de 
simplesmente sinalizar o dia e o mês, a data éexpressa em uma 
sequência numérica.
Ademais, essa sequência numérica deve seguir uma ordem 
específica, que é diferente da maneira como as datas são escritas 
em português. Em vez de expressar a data como ‘dia/mês/ano’, 
como é feito na escrita, em Libras, a data é expressa como ‘dia 
mês ano’, sem a necessidade de sinais adicionais para representar 
a barra (‘/’) usada na escrita.
Observe então a representação dos dias da semana nas 
imagens a seguir:
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Figura 2.13 – Sinal de Semana
Fonte: Acervo do autor (2023).
Figura 2.14 – Sinais de Dias Específicos
Fonte: Acervo do autor (2023).
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Figura 2.15 – Sinais de Domingo a Sábado
Fonte: Acervo do autor (2023).
Meses do ano
Os meses do ano, assim como outros componentes temporais, 
são elementos fundamentais para a comunicação cotidiana em 
qualquer língua. Em Libras, cada mês do ano é representado por um 
sinal distinto, como apontado por Quadros (2004).
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O processo de formação destes sinais pode envolver 
tantos aspectos iconográficos, ou seja, uma representação visual 
direta, quanto arbitrários. Os meses do ano em Libras podem ser 
formados a partir de diversas estratégias, que vão desde a inicial 
do mês em questão até características climáticas associadas a 
esse período.
Ainda sobre a formação dos sinais, Fernandes (2007) 
enfatiza que, apesar de existirem sinais específicos para cada mês, 
o contexto em que estão inseridos é de suma importância para 
a compreensão correta. Por exemplo, quando se discute eventos 
futuros ou passados, o uso de marcadores temporais adequados 
pode esclarecer o período do ano que está sendo discutido.
Compreender e usar corretamente os sinais dos meses 
do ano em Libras é essencial para estabelecer uma comunicação 
efetiva e fluida. Por isso, a prática contínua e o estudo das nuances 
contextuais são altamente recomendados.
Vamos ver então a sua representação:
Figura 2.16 – Sinais de Meses do Ano
Fonte: Acervo do autor (2023).
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Figura 2.17 – Sinais de Meses do Ano
Fonte: Acervo do autor (2023).
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Condições Climáticas
A expressão das condições climáticas na Língua Brasileira 
de Sinais (Libras) é outra parte crucial para uma comunicação 
efetiva e completa com a comunidade surda. A capacidade de 
discutir o tempo atual ou prever o tempo futuro é uma habilidade 
de comunicação universalmente útil e essencial.
Fernandes (2007) aponta que os sinais climáticos em 
Libras, como em muitas outras línguas de sinais, são geralmente 
icônicos. Isso significa que muitos dos sinais para o tempo em 
Libras são uma representação visual direta do fenômeno climático 
que eles descrevem. Por exemplo, o sinal para ‘chuva’ em Libras 
envolve um movimento que simula a queda da chuva.
Por outro lado, Gesser (2009) salienta que, embora muitos 
sinais de tempo sejam icônicos, ainda existem regras e convenções 
linguísticas que governam seu uso. Por exemplo, a orientação da 
mão, o movimento e a expressão faciais associados a cada sinal 
desempenham um papel importante na transmissão correta da 
informação.
Já Stumpf (2008) enfatiza que, além das condições 
climáticas, é comum na Libras a incorporação de informações 
temporais no mesmo sinal, como a previsão do tempo para um 
dia específico. Isso permite que a comunicação seja mais fluida 
e dinâmica, ao mesmo tempo que atende à economia linguística, 
um fenômeno comum em muitas línguas de sinais.
Portanto, para uma comunicação eficaz em Libras, é 
importante não só aprender os sinais de tempo específicos, mas 
também entender as regras e convenções que governam seu uso.
Vamos então observar como se representam as condições 
climáticas:
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Figura 2.18 – Sinal de todas as estações do ano
 
Fonte: Acervo do autor (2023).
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RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que os números e os 
valores em Libras são representados de maneira 
distinta da língua portuguesa escrita e falada. Os 
números de 1 a 5, por exemplo, são expressos de 
uma maneira que envolve a contagem nos dedos 
da mão, enquanto números maiores podem 
envolver uma combinação de sinais diferentes. Os 
valores em Libras, por outro lado, não se limitam 
apenas a números, mas também incluem aspectos 
como a negociação e o consentimento, ilustrando 
a riqueza e a complexidade dessa linguagem. Além 
disso, você explorou como o calendário, incluindo 
os meses do ano e as condições climáticas, são 
expressos em Libras. Descobriu que cada mês 
do ano possui um sinal único e que as condições 
climáticas são frequentemente representadas por 
sinais icônicos que imitam a aparência visual dessas 
condições. Portanto, além de uma nova linguagem, 
você teve um vislumbre de uma nova perspectiva, 
uma maneira diferente, porém igualmente válida 
e rica, de entender e interagir com o mundo. 
Esperamos que você tenha apreciado esta jornada 
até agora e que esteja tão entusiasmado quanto 
nós para continuar aprendendo e explorando 
Libras. Avante!
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Advérbios de Tempo e Flexões 
de Frases na Negativa, 
Interrogativa e Exclamativa
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz 
de entender como funciona a gramática da 
Libras, mais especificamente no que se refere 
aos advérbios de tempo e às flexões de frases 
na negativa, interrogativa e exclamativa. Esses 
elementos da gramática da Libras são vitais para 
expressar nuances, perguntas e emoções, e um 
entendimento sólido de como eles funcionam 
pode melhorar drasticamente a sua capacidade de 
se comunicar de forma eficaz. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Este capítulo 
promete aprimorar ainda mais suas habilidades 
em Libras, equipando-o com o conhecimento 
necessário para lidar com a complexidade e a 
riqueza dessa língua. Vamos lá. Avante!
Compreendendo os Advérbios 
de Tempo em Libras: Uma Visão 
Detalhada
Os advérbios de tempo em Libras, assim como na língua 
portuguesa, são um componente fundamental da sintaxe que 
permite expressar quando um evento aconteceu. No entanto, 
a maneira como são formados e usados em Libras é única e 
difere significativamente da maneira como são usados na língua 
portuguesa (Ferreira, 2012).
De acordo com Quadros (2004), os advérbios de tempo em 
Libras são expressos principalmente por meio de sinais específicos, 
mudanças no movimento dos sinais e alterações na expressão 
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facial. Portanto, ao contrário da língua portuguesa, em que os 
advérbios de tempo são palavras específicas inseridas na frase, 
em Libras os advérbios de tempo podem ser expressos de várias 
maneiras e podem até mesmo ser incorporados no próprio sinal.
Por exemplo, em português, poderíamos dizer “Eu estudo 
todo dia”. Em Libras, o advérbio de tempo “todo dia” poderia ser 
expresso por um sinal específico de “todo dia”, ou poderia ser 
incorporado no sinal de “estudar” por uma repetição do sinal, 
indicando uma ação contínua (Ferreira, 2012).
Em suma, os advérbios de tempo em Libras, embora 
compartilhem a mesma função básica que na língua portuguesa, 
são expressos de maneiras muito diferentes. Esse é um exemplo 
da riqueza e complexidade da Libras, que, apesar de ser uma 
língua visual-gestual, consegue expressar nuances de significado 
tão precisamente quanto qualquer língua falada (Quadros, 2004).
Classificação dos Advérbios de 
Tempo em Libras
Os advérbios de tempo em Libras podem ser divididos em 
várias categorias, de acordo como seu significado e a maneira 
como são formados. Vamos explorar algumas dessas categorias.
1. Advérbios de Tempo Absoluto: esses advérbios 
expressam um momento específico no tempo. Por 
exemplo, “agora”, “ontem”, “amanhã”, “semana passada”, 
“mês que vem”, entre outros. São geralmente expressos 
por sinais específicos em Libras (Quadros, 2004).
2. Advérbios de Tempo Relativo: ao contrário dos 
advérbios de tempo absoluto, os advérbios de tempo 
relativo não expressam um momento específico, mas 
sim um período de tempo em relação ao momento da 
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fala. Exemplos incluem “antes”, “depois”, “enquanto”, 
“durante”, entre outros. Assim como os advérbios 
de tempo absoluto, esses também são geralmente 
expressos por sinais específicos em Libras (quadros, 
2004).
3. Advérbios de Frequência: estes expressam a frequência 
com que um evento acontece. Exemplos incluem 
“sempre”, “nunca”, “às vezes”, “raramente”, entre outros. 
Em Libras, os advérbios de frequência podem ser 
expressos por sinais específicos, mas também podem 
ser expressos por meio de repetições do sinal do verbo 
ou alterações no movimento do sinal (Quadros, 2004).
Assim, essas categorias mostram que a expressão do 
tempo em Libras é rica e variada, permitindo que os usuários de 
Libras comuniquem uma ampla gama de informações temporais 
de forma precisa e eficaz. 
Formação de Advérbios de Tempo 
em Libras
A formação de advérbios de tempo em Libras é uma 
tarefa que envolve diversos aspectos, incluindo o uso de sinais 
específicos, mudanças no movimento de sinais e expressões 
faciais. Vamos desvendar esses aspectos.
 • Sinais específicos: assim como na língua portuguesa, 
em Libras existem sinais específicos que representam 
advérbios de tempo. Por exemplo, os sinais para 
“agora”, “ontem”, “semana passada” são todos sinais 
distintos que representam momentos específicos no 
tempo (Quadros, 2004).
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 • Mudanças no movimento de sinais: em muitos casos, o 
tempo é expresso em Libras por meio de modificações 
no movimento do sinal. Por exemplo, a repetição de 
um sinal pode indicar a continuidade de uma ação, 
funcionando como o advérbio de tempo “sempre” em 
português (Quadros, 2004).
 • Expressões faciais: as expressões faciais em Libras 
desempenham um papel crucial na expressão de tempo. 
Por exemplo, um olhar para o futuro pode indicar um 
evento que ainda está para acontecer, enquanto um 
olhar para o passado pode indicar um evento que já 
aconteceu (Quadros, 2004).
É importante ressaltar que a formação de advérbios 
de tempo em Libras não segue as mesmas regras da língua 
portuguesa. Embora ambas as línguas compartilhem a função 
de expressar o tempo, as regras gramaticais e sintáticas são 
significativamente diferentes. Portanto, é essencial entender as 
nuances de como o tempo é expresso em Libras para evitar mal-
entendidos e comunicação ineficaz (Ferreira, 2012).
Erros Comuns e Soluções
Aprender qualquer língua envolve erros e desafios, e com 
a Libras não é diferente. Quando se trata de usar advérbios de 
tempo, os aprendizes da Libras podem cometer alguns erros 
comuns. Vamos analisá-los e explorar algumas soluções para 
ajudá-lo a evitá-los.
 • Confusão de sinais: um dos erros mais comuns é 
confundir os sinais de advérbios de tempo. Por 
exemplo, sinais para “semana passada” e “semana 
que vem” podem ser facilmente confundidos por 
aprendizes devido à semelhança em sua formação 
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(Quadros, 2004). Para evitar esse erro, é fundamental 
praticar regularmente e prestar atenção às diferenças 
sutis nos sinais.
 • Posicionamento incorreto: na Libras, o posicionamento 
dos advérbios de tempo na frase é importante. No 
entanto, muitos aprendizes, especialmente aqueles 
cuja primeira língua é o português, tendem a colocar o 
advérbio de tempo no final da frase, o que pode resultar 
em confusão (Quadros, 2004). Lembre-se, em Libras, os 
advérbios de tempo geralmente vêm no início da frase.
 • Uso inadequado de expressões faciais: como 
mencionamos anteriormente, as expressões faciais 
desempenham um papel crucial na expressão de 
tempo em Libras. A falta de expressão facial adequada 
ou a incompatibilidade entre o sinal e a expressão facial 
pode levar a mal-entendidos (Quadros, 2004). Portanto, 
é importante aprender e praticar as expressões faciais 
adequadas para cada advérbio de tempo.
A prática contínua e a imersão na comunidade surda são 
maneiras eficazes de superar esses desafios e se tornar proficiente 
no uso de advérbios de tempo em Libras.
Prática e Exemplos
Finalmente, a melhor maneira de consolidar o 
conhecimento sobre advérbios de tempo em Libras é praticando-
os. A seguir, apresento alguns exemplos e atividades práticas para 
você experimentar.
1. Exercício de Diferenciação: esse exercício consiste 
em distinguir entre sinais de advérbios de tempo 
semelhantes. Por exemplo, pratique a diferença entre 
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os sinais para “ontem” e “amanhã”. A repetição desses 
sinais ajudará a reforçar sua capacidade de distingui-los.
SAIBA MAIS
Assista ao vídeo indicado para identificar a 
diferença dos sinais ontem e amanhã, acessando 
o QR code.
2. Formação de Frases: tente formar suas próprias 
frases usando diferentes advérbios de tempo. Comece 
com frases simples e vá avançando para frases mais 
complexas. Esse exercício ajudará a reforçar a estrutura 
correta da frase em Libras.
3. Interpretação de Contexto: assista a vídeos em Libras 
e tente identificar o uso de advérbios de tempo. Esse 
exercício ajudará você a entender como os advérbios 
de tempo são usados em contextos reais.
https://www.youtube.com/watch?v=RI2_x7nLjOE
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ACESSE
Acesse o vídeo com exemplos do uso de advérbios 
em libras pelo QR code .
Lembre-se, a prática é a chave para o domínio 
da Libras, especialmente quando se trata de 
componentes complexos como advérbios de 
tempo. Aproveite ao máximo esses exercícios e 
busque oportunidades para interagir com falantes 
nativos de Libras sempre que possível.
Dominando as Flexões 
Interrogativas e Exclamativas em 
Libras: Guias e Técnicas
A importância da expressividade no discurso é um ponto 
vital para uma comunicação eficaz, não importa qual língua 
estejamos falando. Em particular, as flexões interrogativas e 
exclamativas em Libras são recursos essenciais para expressar 
perguntas e emoções, respectivamente.
As flexões interrogativas em Libras, assim como no 
Português e em outras línguas orais, têm o objetivo de estruturar 
uma pergunta, indicando a necessidade de uma resposta do 
interlocutor. São marcadores que indicam que a frase é uma 
questão. Em Libras, além do sinal específico para perguntar, a 
expressão facial também tem um papel crucial (Quadros, 2004).
Por outro lado, as flexões exclamativas são usadas para 
expressar uma variedade de emoções e enfatizar uma afirmação. 
https://www.youtube.com/watch?v=9Jl8ERVntzA
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São ferramentas expressivas que aumentam o impacto emocional 
de uma frase e transmitem emoção ao interlocutor. Uma frase 
com flexão exclamativa em Libras é marcada tanto por sinais 
específicos quanto por expressões faciais e movimentos corporais 
mais expressivos (Fernandes, 2007).
A compreensão e o uso correto dessas flexões são 
fundamentais para quem deseja se comunicar efetivamente em 
Libras. Além disso, elas demonstram a riqueza e a complexidade 
desta língua de sinais, que possui seu próprio sistema gramatical e 
expressivo, que vai muito além de um mero “Português sinalizado”.
Identificando Flexões 
Interrogativas e Exclamativas em 
Libras
No decorrer da comunicação em Libras, identificar flexões 
interrogativas e exclamativas pode ser um desafio, especialmente 
para os aprendizes iniciais. No entanto, é umahabilidade crucial 
para uma comunicação eficaz.
Nas flexões interrogativas em Libras, é comum vermos o 
uso de expressões faciais interrogativas, acompanhadas por um 
sinal específico para a pergunta. Em muitos casos, a expressão 
facial do emissor da mensagem se modifica, com as sobrancelhas 
levantadas e o olhar direcionado ao receptor da mensagem. Esse 
tipo de flexão é utilizado em perguntas do tipo “sim” ou “não”. Além 
disso, a ordem dos sinais em uma frase interrogativa também 
pode mudar, seguindo uma estrutura de tópico-comentário, um 
aspecto característico da gramática da Libras (Fernandes, 2007).
Em relação às flexões exclamativas, a expressividade em 
Libras vai além das mãos. O corpo todo participa da comunicação. 
As emoções são transmitidas não apenas por meio de sinais 
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específicos, mas também pelas expressões faciais intensificadas, 
movimentos corporais e mudanças no espaço de sinalização. 
Assim, uma frase exclamativa em Libras pode envolver um sinal 
específico feito com mais intensidade, uma expressão facial mais 
marcada e um movimento corporal mais amplo (Stumpf, 2008).
A frase “Que belo dia!”, em Libras, pode ser feito com o 
sinal para “bom”, realizado com um movimento mais ampliado e 
uma expressão facial intensa para enfatizar a qualidade do dia.
É essencial estar ciente dessas nuances para entender 
e expressar adequadamente perguntas e emoções em Libras. 
Praticar a identificação e a expressão dessas flexões é crucial para 
melhorar a fluência nesta língua de sinais.
Formação de Frases 
Interrogativas e Exclamativas
A formação de frases interrogativas e exclamativas em 
Libras possui características únicas que refletem a riqueza e 
a complexidade dessa língua. Compreender esses aspectos 
gramaticais e sintáticos é fundamental para dominar a 
comunicação eficaz em Libras.
No caso das frases interrogativas, além da mudança na 
expressão facial já mencionada, a ordem dos sinais também pode 
mudar. Como mencionado por Felipe (2017), muitas perguntas em 
Libras seguem a estrutura de tópico-comentário. Por exemplo, a 
frase “Você gosta de café?” em Libras poderia ser estruturada como 
“CAFÉ, VOCÊ GOSTAR?” com uma expressão facial interrogativa 
durante todo o sinal “GOSTAR”. Além disso, para perguntas abertas, 
como “Qual é o seu nome?”, a palavra interrogativa é colocada no 
final da frase, ao contrário do Português.
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Quando se trata de frases exclamativas, os sinais são 
intensificados, e o uso de expressões faciais e corporais expressivas 
se torna crucial. Por exemplo, a frase “Eu amo chocolate!” em Libras 
poderia ser sinalizada com o sinal “AMAR” sendo feito com mais 
intensidade e um rosto expressando entusiasmo. A ênfase dada 
ao sinal e a expressão facial usada são os principais indicativos da 
exclamação (Quadros, 2004).
Ambos os tipos de frases exigem prática e familiaridade 
com as normas culturais dos usuários de Libras. Portanto, é 
importante aprender não apenas os sinais em si, mas também as 
regras de uso deles, que são cruciais para uma comunicação eficaz 
e apropriada.
Erros Comuns ao Usar Flexões 
Interrogativas e Exclamativas e 
Como Corrigi-los
Um dos desafios mais comuns ao aprender Libras é o uso 
correto das flexões interrogativas e exclamativas. Erros nessa área 
podem levar a mal-entendidos e dificultar a comunicação eficaz.
Um erro comum é esquecer de alterar a expressão facial ao 
formular uma pergunta ou uma exclamação. Em Libras, a expressão 
facial é crucial para distinguir entre diferentes tipos de frases. Ao 
fazer uma pergunta, por exemplo, é comum levantar as sobrancelhas 
e inclinar a cabeça para frente. Ao expressar uma exclamação, é 
comum exagerar as expressões faciais e aumentar a intensidade dos 
sinais. Praticar essas expressões faciais em frente a um espelho ou 
com um parceiro de prática pode ajudar a aprimorá-las.
Outro erro comum é usar a ordem das palavras do 
português nas frases em Libras (Quadros, 2004). A estrutura 
gramatical de Libras é diferente do português, e muitas vezes 
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segue uma ordem de tópico-comentário. Para perguntas abertas, 
a palavra interrogativa é colocada no final da frase. Portanto, uma 
compreensão clara da estrutura da frase em Libras é crucial.
Lembrar que a Libras é uma língua com suas próprias 
regras gramaticais e estruturas sintáticas é fundamental. Não 
é uma tradução direta do português. Praticar regularmente, 
idealmente com falantes nativos de Libras, e receber feedback 
pode ajudar a evitar esses erros comuns.
A aprendizagem de uma nova língua é um processo 
de experimentação e erro. É normal cometer erros ao longo 
do caminho. O importante é aprender com eles e continuar 
praticando.
Estrutura Sintática
A estrutura gramatica da Libras não é a mesma da Língua 
Portuguesa, porque ela tem gramática diferenciada, independente 
da Língua Oral. 
A ordem dos sinais na movimentação de um enunciado 
segue regras próprias que obedece a toda uma percepção visual-
espacial da realidade. 
Perceba como as estruturas são independentes: 
Exemplo 1: 
Libras: EU IR PARQUE
(Verbo direcional)
Português: “Eu irei para parque.”
“para” - não se usa em Libras porque está incorporado ao 
verbo.
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Exemplo 2: 
Libras: FLOR EU-DAR MULHER^BENÇÃO
(Verbo direcional)
Português: “Eu dei a flor para a vovó.”
Exemplo 3: 
Libras: PORQUE ISTO (expressão facial de interrogação).
Português: “Para que serve isto?”
Há alguns casos de omissão de verbos na Libras: 
Exemplo 5:
Libras: “CINEMA O-M-E-U-H-E-R-O-I MUITO-BO@“
Português: “O filme Meu herói é maravilhoso!” Exclamação
Exemplo 6: 
Libras: PORQUE PESSOA FELIZ-PULAR 
Português: “... porque as pessoas estão felizes demais!” 
Exclamação
Observação: Na estruturação da Libras, observa-se que 
ela possui regras próprias; não são usados artigos, preposições, 
conjunções, porque esses conectivos estão incorporados ao sinal.
Prática e Exemplos
Prática e experiência são fundamentais para aperfeiçoar 
o uso de flexões interrogativas e exclamativas em Libras. Vamos 
explorar alguns exemplos e exercícios que podem ajudá-lo a 
praticar e solidificar seu conhecimento.
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Comece identificando perguntas e exclamações em 
textos em Libras. Por exemplo, assista a vídeos em Libras e tente 
identificar as frases interrogativas e exclamativas. Atenção especial 
deve ser dada para a expressão facial e a posição do corpo dos 
interlocutores. Esse exercício irá ajudá-lo a familiarizar-se com o 
fluxo natural da linguagem e a reconhecer flexões interrogativas e 
exclamativas em um contexto real.
Outro exercício útil é a prática da construção de frases. 
Primeiro, tente formular perguntas e exclamações simples em 
Libras. Depois, progrida para frases mais complexas. Lembre-se 
de prestar atenção à sua expressão facial e ao posicionamento 
do corpo. Você pode se gravar para revisar e melhorar a sua 
performance. Esse exercício vai ajudá-lo a entender a estrutura 
das frases e a usar corretamente as flexões interrogativas e 
exclamativas.
A prática com outros aprendizes de Libras ou com falantes 
nativos também é valiosa. Eles podem fornecer feedback e ajudá-
lo a corrigir erros. Além disso, a prática em diferentes contextos 
ajudará a reforçar o que você aprendeu e a tornar o uso de flexões 
interrogativas e exclamativas em Libras uma segunda natureza.
Por último, mas não menos importante, seja paciente 
consigo mesmo. Aprender uma nova língua leva tempo e prática. 
Lembre-se de que cada erro é uma oportunidade de aprendizado.
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RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudoo que vimos. 
Você deve ter aprendido que os advérbios de 
tempo em Libras têm uma importante função de 
indicar quando um evento ocorre, de uma forma 
muito semelhante ao que acontece na língua 
portuguesa. Pudemos entender suas diferentes 
classificações e como eles são formados. Sabemos 
que é fundamental entender suas nuances para 
poder expressar corretamente o tempo e evitar 
mal-entendidos. Além disso, discutimos as flexões 
interrogativas e exclamativas em Libras. Essas 
são essenciais para a formulação de perguntas e 
expressão de emoções. Você deve ter aprendido 
a identificar essas flexões, entender a forma como 
são criadas e perceber os erros mais comuns 
que podem ocorrer ao usá-las. Com a prática e 
exemplos fornecidos, você deve estar se sentindo 
mais confiante para usar corretamente essas 
flexões em conversas reais. Por fim, conversamos 
sobre a estrutura sintática em Libras e como ela 
difere significativamente da estrutura sintática do 
português. Através deste estudo, você deve ter 
percebido a importância de compreender e aplicar 
corretamente essa estrutura para garantir uma 
comunicação eficaz em Libras.
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Sinais de verbos e suas 
negativas
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender como funcionam os intensificadores, 
os sinais de verbos e suas negativas na Língua 
Brasileira de Sinais - Libras. Entender corretamente 
esses aspectos não só ampliará seu conhecimento 
sobre a rica e complexa estrutura da Libras, mas 
também permitirá que você se comunique de 
maneira mais efetiva e expressiva. A habilidade 
de usar adequadamente os intensificadores pode 
enriquecer significativamente o seu discurso, 
proporcionando mais precisão e ênfase às suas 
mensagens. Da mesma forma, a correta utilização 
dos verbos e suas formas negativas é crucial para 
a formação de frases coerentes e compreensíveis. 
E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Vamos lá. Avante na compreensão 
de como intensificadores, sinais de verbos e suas 
negativas funcionam na Libras!
Entendendo a Importância dos 
Intensificadores no Discurso em 
Libras
Os intensificadores, componentes vitais em qualquer 
língua, têm um papel particularmente intrigante na Língua 
Brasileira de Sinais (Libras). Servindo como modificadores que 
amplificam ou reduzem a força de expressão de um termo, esses 
elementos contribuem grandemente para a profundidade e a 
expressividade da comunicação em Libras (Quadros, 2004).
Tal como ocorre em idiomas orais, a presença dos 
intensificadores em Libras vai além do mero reforço de uma 
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declaração. Eles atuam como ferramentas para destacar nuances 
emocionais, realçar aspectos específicos de uma narrativa ou 
enfatizar uma opinião ou atitude.
Pode-se dizer, portanto, que a plena compreensão e o 
uso eficaz dos intensificadores em Libras são essenciais para 
uma comunicação de sinais sofisticada e completa. Então, vamos 
entender melhor como eles funcionam?
Comparação com a Língua 
Portuguesa
Uma maneira de entender melhor o papel dos 
intensificadores em Libras é fazer uma comparação com a língua 
portuguesa. Tal como na língua portuguesa, em que utilizamos 
intensificadores para amplificar ou enfraquecer o significado de 
uma palavra ou frase (por exemplo, “muito”, “pouco”, “bastante”), 
na Libras os intensificadores desempenham uma função 
semelhante, embora com algumas diferenças notáveis.
Uma grande diferença é que, na Libras, os intensificadores 
muitas vezes são expressos por meio de modificações no 
movimento, na expressão facial e na duração do sinal, em vez 
de palavras adicionais. Por exemplo, um sinal pode ser feito com 
um movimento maior ou mais rápido para indicar intensidade. 
Isso destaca o aspecto visual e cinético da Libras, diferindo do 
português, que depende principalmente da sonoridade para 
transmitir intensidade (Stumpf, 2008).
O Papel dos Intensificadores na 
Comunicação em Libras
Os intensificadores em Libras têm um papel crucial na 
comunicação, pois adicionam nuances de significado e expressam 
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emoções, atitudes e níveis de intensidade. Tal como na língua 
portuguesa, em que “muito” ou “pouco” podem alterar o grau de 
intensidade de um verbo, adjetivo ou advérbio, os intensificadores 
em Libras modificam ou intensificam o significado de uma frase 
ou expressão (Felipe, 2012).
Por exemplo, a expressão facial em Libras pode intensificar 
o significado de uma frase. Uma sobrancelha levantada ou um 
aceno de cabeça pode indicar um nível mais alto de intensidade 
ou enfatizar um ponto específico. Além disso, a velocidade ou o 
tamanho do movimento do sinal podem alterar seu significado, um 
movimento mais rápido ou maior pode indicar uma intensidade 
maior (Quer, 2012).
Essa expressão dinâmica de intensidade permite uma 
ampla gama de expressão emocional e de ênfase em Libras, 
tornando-a uma linguagem visualmente rica e expressiva. 
Compreender o papel dos intensificadores na comunicação em 
Libras pode melhorar sua fluência e sua capacidade de expressar 
nuances de significado (Stumpf, 2008).
Variedades de Intensificadores 
em Libras
Os intensificadores em Libras apresentam-se em uma 
grande variedade de formas e podem ser usados para adicionar 
ênfase, grau ou intensidade a uma ideia. Eles geralmente são 
expressos por meio de sinais modificados, mudanças na expressão 
facial e movimentos do corpo (Felipe, 2012).
Por exemplo, para intensificar um sinal, você pode alterar 
a velocidade do sinal, fazer o movimento maior ou até repetir 
o sinal. As expressões faciais também são muito importantes e 
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podem ser usadas para intensificar a emoção ou o sentimento 
associado ao sinal (Quer, 2012).
Um exemplo prático disso é o sinal para “gostar” em Libras. 
Se você fizer o sinal de forma normal, ele simplesmente significa 
“gostar”. No entanto, se você fizer o sinal de maneira mais intensa, 
com um movimento maior e mais rápido, ele pode significar 
“amar” ou “gostar muito” (Stumpf, 2008).
Além disso, a negação pode ser intensificada em Libras. 
Por exemplo, o sinal para “não” pode ser intensificado por meio 
de repetição ou com a adição de uma expressão facial negativa 
intensa.
No entanto, é importante lembrar que o uso excessivo 
de intensificadores pode levar a mal-entendidos. Assim como na 
língua portuguesa, usar intensificadores de forma adequada pode 
adicionar profundidade e expressividade à sua comunicação, mas 
usar muitos pode tornar o discurso confuso ou excessivo (Felipe, 
2012).
Entender as variedades de intensificadores em Libras e 
quando usá-los é essencial para se comunicar de forma eficaz e 
expressiva. Agora, vamos examinar os erros comuns e como evitá-
los ao usar intensificadores em Libras.
Como Usar Corretamente os 
Intensificadores em Libras: 
Regras e Exemplos
Compreender e escolher corretamente os intensificadores 
na Língua Brasileira de Sinais (Libras) é fundamental para a 
efetividade da comunicação. Assim como em qualquer língua, 
os intensificadores em Libras funcionam como uma ferramenta 
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para enfatizar ou amplificar o significado de uma palavra, frase 
ou expressão. Assim, selecionar o intensificador apropriado pode 
fazer uma diferença significativa no significado e na interpretação 
do que está sendo comunicado (Stumpf, 2008).
Por exemplo, considere uma situação em que você 
deseja expressar o quanto está feliz. Em Libras, você poderia 
usar o sinal para “feliz”. No entanto, se quiser enfatizar essa 
emoção, poderia acrescentar um intensificador, como o sinal 
para “muito”, alterando o sinal para “feliz” de maneira que reflita 
esse aumento na intensidade. Assim, “muito feliz” em Libras teria 
uma interpretação mais intensa do que simplesmente “feliz”. Essa 
capacidade de ajustar a intensidadedo significado é um aspecto 
crucial da comunicação eficaz em Libras (Quadros, 2004).
SAIBA MAIS
Assista ao vídeo indicado para ver como se utilizar 
os intensificadores em libras. Acesse pelo QR code.
Esses exemplos ilustram como a seleção correta 
dos intensificadores pode enriquecer o discurso 
e proporcionar uma expressão mais precisa 
das emoções e ideias do remetente. A escolha 
cuidadosa dos intensificadores adequados em 
Libras é uma habilidade que se desenvolve com 
o tempo e a prática, à medida que o aprendiz se 
familiariza mais com a língua e suas nuances.
https://www.youtube.com/watch?v=R3GyCzBKwdw
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Regras de Uso de Intensificadores 
em Libras
Os intensificadores em Libras, assim como em outras 
línguas, seguem certas regras de uso que devem ser observadas 
para uma comunicação eficaz e precisa. A capacidade de usar 
corretamente esses intensificadores é uma habilidade essencial 
que os aprendizes de Libras precisam desenvolver (Stumpf, 2008).
Uma regra fundamental de uso de intensificadores em 
Libras envolve a colocação do intensificador no discurso. Em geral, 
o intensificador é colocado antes da palavra, frase ou expressão 
que está sendo intensificada. Por exemplo, para expressar “muito 
feliz” em Libras, o sinal para “muito” é normalmente apresentado 
antes do sinal para “feliz” (Quadros, 2004).
Outra regra importante diz respeito ao uso apropriado 
de expressões faciais e movimentos corporais como parte da 
intensificação. Em Libras, os sinais não são a única forma de 
comunicação. A expressão facial, o movimento do corpo e o ritmo 
dos sinais também desempenham um papel crucial na comunicação 
do significado pretendido. Quando usados em conjunto com um 
intensificador, esses elementos não verbais podem servir para 
reforçar ainda mais a intensidade da mensagem.
Por fim, é crucial entender que o uso de intensificadores 
deve ser apropriado ao contexto. Assim como em qualquer 
língua, o uso excessivo de intensificadores pode levar à perda de 
sua eficácia e pode resultar em uma comunicação exagerada ou 
dramática.
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Erros Comuns ao Usar 
Intensificadores e Como Evitá-los
Os aprendizes de Libras muitas vezes enfrentam 
dificuldades ao tentar usar intensificadores corretamente no 
discurso. Alguns dos erros mais comuns incluem a utilização 
incorreta da expressão facial e do movimento do corpo, a 
colocação inadequada do intensificador na frase e o uso excessivo 
de intensificadores (Quadros, 2004).
Uma questão recorrente é o uso inadequado de expressões 
faciais e movimentos corporais. Em Libras, esses elementos não 
verbais desempenham um papel crucial na comunicação do 
significado de um sinal. Muitas vezes, os aprendizes falham em 
combinar corretamente suas expressões faciais e movimentos do 
corpo com o intensificador que estão usando, o que pode levar a 
uma confusão de significado.
Outro erro comum é a colocação inadequada do 
intensificador na frase. A regra geral em Libras é que o intensificador 
deve ser colocado antes da palavra, frase ou expressão que está 
sendo intensificada. Colocar o intensificador no lugar errado 
pode alterar significativamente o significado pretendido da frase 
(Stumpf, 2008).
Além disso, os aprendizes de Libras, em um esforço para 
expressar suas ideias com mais clareza, às vezes recorrem ao 
uso excessivo de intensificadores. No entanto, o uso excessivo de 
intensificadores pode levar à perda de sua eficácia e pode resultar 
em uma comunicação exagerada ou dramática.
Para evitar esses erros comuns, é importante praticar 
regularmente o uso de intensificadores em diferentes contextos 
de comunicação, prestando especial atenção às expressões 
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faciais, aos movimentos corporais e à colocação do intensificador 
na frase. Além disso, é aconselhável evitar o uso excessivo de 
intensificadores para manter a eficácia da comunicação.
Exemplos Práticos de Uso de 
Intensificadores em Libras
Para compreender totalmente o uso de intensificadores 
em Libras, é extremamente útil observar exemplos práticos. 
Os intensificadores podem variar muito em sua aplicação, 
dependendo do contexto e da intenção do comunicador. Vamos 
considerar alguns exemplos (Quadros, 2004).
Suponha que queremos intensificar a frase “EU GOSTO 
LIVRO”. Em Libras, poderíamos intensificar a frase, usando um 
intensificador antes do verbo “GOSTO”. Por exemplo, “EU MUITO 
GOSTO LIVRO” indicaria um forte apreço pelo livro. Nota-se a 
importância da expressão facial e do movimento do corpo, que 
também ajudam a transmitir o grau de intensidade.
Outro exemplo poderia ser a frase “EU ENTENDER”. 
Adicionando um intensificador, poderíamos transformá-la em “EU 
TOTALMENTE ENTENDER” para indicar uma compreensão completa 
do assunto. Novamente, as expressões faciais e a linguagem 
corporal desempenham um papel crucial na transmissão do grau 
de intensidade.
Os aprendizes devem sempre ter em mente que, embora 
os intensificadores possam ajudar a adicionar ênfase e clareza 
a suas frases, eles devem ser usados com moderação. O uso 
excessivo de intensificadores pode resultar em comunicação 
dramática e potencialmente confusa (Stumpf, 2008).
A chave para o uso efetivo de intensificadores é a prática. 
Quanto mais familiarizados os aprendizes se tornam com o uso 
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de intensificadores em diferentes contextos, mais capazes eles se 
tornam de utilizar essa ferramenta de comunicação de maneira 
eficaz e precisa.
Sinais de Verbos e suas Negativas em 
Libras: Compreensão e Prática
Os verbos em Libras, assim como na língua portuguesa, 
desempenham um papel fundamental na formação das frases, 
pois expressam ações, estados ou fenômenos da natureza. 
No entanto, em Libras, os verbos apresentam particularidades 
muito interessantes, como os verbos direcionais e os verbos de 
concordância.
Os verbos direcionais são aqueles que indicam, por meio 
de sua direção, quem é o sujeito e o objeto da ação verbal. Por 
exemplo, o verbo DAR pode ser sinalizado em direção à pessoa 
que está recebendo algo, indicando assim quem está dando e 
quem está recebendo.
Já os verbos de concordância, ou verbos concordantes, 
são aqueles que concordam com o sujeito e o objeto da frase. Por 
exemplo, no verbo VISITAR, o sinal parte do espaço neutro (ou do 
local onde foi apontado o sujeito) e vai em direção ao local onde 
foi apontado o objeto.
Essas características dos verbos em Libras são 
fundamentais para a compreensão correta do discurso, pois 
fornecem informações cruciais sobre quem está realizando a ação 
e quem a está recebendo.
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Tipos de Verbos em Libras
Na Língua de Sinais Brasileira, a formação de negativas 
não é simplesmente uma questão de adicionar um sinal de ‘não’ 
antes do verbo, como costumamos fazer em português. Em 
Libras, a negação envolve um conjunto de expressões faciais e 
corporais, bem como, em algumas ocasiões, alterações na ordem 
das palavras.
Por exemplo, a negação de uma frase em Libras pode ser 
feita colocando-se o sinal NÃO no início e no final da frase. Isso é 
chamado de negação dupla. Além disso, é importante frisar que, 
durante a sinalização de uma frase negativa, a expressão facial 
deve ser congruente, geralmente demonstrando negação por 
meio de uma expressão de rejeição ou desaprovação.
Em relação aos verbos, a negação pode ser realizada 
com a utilização do sinal NÃO antes do verbo, mas lembre-se, 
a expressão facial aqui também é de extrema importância para 
reforçar a ideia de negação.
Negativa de Verbos em Libras
Uma das maiores dificuldades para os iniciantes na 
aprendizagem da Libras está na formação correta das frases 
negativas, sobretudo no que se refere aos verbos. Uma prática 
comum, mas errônea, é a transposição direta da estrutura da 
língua portuguesa paraa língua de sinais. Como vimos, em Libras 
a negação não se dá apenas por meio da adição do sinal ‘NÃO’ 
antes do verbo, como na língua portuguesa. Além disso, é preciso 
considerar a expressão facial e a posição do sinal de negação.
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Figura 2.19 – Sinal de Expressão negativa
Fonte: Quadro; Pizzio; Rezende (2008 , on-line)
Outro erro comum é a ausência da expressão facial negativa 
ao produzir uma frase de negação. Em Libras, a expressão facial é 
uma componente crucial na comunicação e na transmissão do tom 
da frase. A ausência da expressão facial negativa pode confundir o 
interlocutor e alterar o sentido da frase.
Para evitar esses erros, é fundamental praticar 
constantemente, assistir a diálogos em Libras realizados por 
fluentes e buscar sempre o aconselhamento de um professor 
ou profissional experiente em Libras. Além disso, é importante 
lembrar que cada língua tem sua própria estrutura e lógica, e que 
a Libras não é uma transcrição manual do português, mas sim 
uma língua autônoma, com sua própria gramática.
Erros Comuns na Formação de Verbos 
Negativos
Agora que já discutimos as principais características dos 
verbos negativos em Libras e os erros comuns cometidos na 
sua formação, chegou a hora de colocarmos em prática o que 
aprendemos.
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Vamos começar com alguns exemplos. Na Libras, a 
negação é formada por meio da combinação do verbo com o sinal 
‘NÃO’, que deve ser acompanhado de expressão facial negativa. 
Veja um exemplo:
Correto: VOCÊ QUER CAFÉ NÃO (com expressão facial 
negativa)
Incorreto: VOCÊ NÃO QUER CAFÉ (sem expressão facial 
negativa)
Agora, tente você mesmo! Faça uma lista de frases em 
português e tente traduzi-las para Libras, formando corretamente 
os verbos negativos. Lembre-se de considerar a posição do sinal 
‘NÃO’ e a expressão facial apropriada.
Compreender e usar corretamente os verbos negativos 
em Libras é uma habilidade crucial que requer prática. Não 
desanime se você cometer erros no início, é parte do processo de 
aprendizado. Continue praticando e em breve você se sentirá mais 
confiante na sua capacidade de comunicar em Libras
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RESUMINDO
Neste capítulo, começamos explorando o 
papel fundamental que os intensificadores 
desempenham no discurso em Libras. Esperamos 
que você tenha aprendido que os intensificadores, 
embora pequenos em termos de sinalização, têm 
uma grande capacidade de adicionar profundidade 
e nuances à comunicação. Eles ajudam a expressar 
a intensidade das emoções, aumentam o foco 
em certas partes do discurso e podem até mudar 
completamente o significado das frases. Passamos 
para o segundo subtítulo, onde detalhamos como 
usar corretamente os intensificadores em Libras. 
Você deve ter aprendido que identificar e escolher 
os intensificadores corretos é crucial para se 
comunicar efetivamente em Libras. Discutimos 
também as regras de uso dos intensificadores, e 
esperamos que você tenha entendido como evitar 
os erros mais comuns no uso de intensificadores. 
Finalmente, mergulhamos nos sinais de verbos 
e suas negativas em Libras. Este é um aspecto 
vital da gramática da Libras, e a habilidade de 
formar corretamente verbos negativos é essencial 
para qualquer pessoa que queira se comunicar 
eficientemente nesta língua. Você deve ter 
aprendido como negar verbos em Libras e como 
evitar erros comuns na formação de verbos 
negativos. E agora? Com este conhecimento em 
mãos, você está pronto para se comunicar de 
forma mais eficaz e precisa em Libras. Lembre-
se de que o domínio da Libras, como qualquer 
outra língua, exige prática constante. Continue 
estudando, pratique o que aprendeu e, acima 
de tudo, não tenha medo de cometer erros. Eles 
fazem parte do processo de aprendizado. Avante!
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RE
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STUMPF, M. R. Aspectos fonológicos em língua de sinais. Rio de 
Janeiro: Arara Azul, 2008.
STUMPFStumpf, M.R. Números em Libras: a estrutura da 
numeração na Língua de Sinais Brasileira. Florianópolis: UFSC, 
2008. 
	Entendimentos Gerais Sobre a Língua de Sinais 
	Os parâmetros da Libras 
	A fonologia das Línguas de Sinais
	Língua de Sinais e Classificadores
	Intensificadores no discurso da Libras
	Alfabeto Manual e Números (Cardinais e Quantidades); Condições Climáticas, Ano Sideral e Calendário
	Números
	Valores 
	Calendário - Dias da Semana
	Meses do ano
	Condições Climáticas
	Advérbios de Tempo e Flexões de Frases na Negativa, Interrogativa e Exclamativa
	Compreendendo os Advérbios de Tempo em Libras: Uma Visão Detalhada
	Classificação dos Advérbios de Tempo em Libras
	Formação de Advérbios de Tempo em Libras
	Erros Comuns e Soluções
	Prática e Exemplos
	Dominando as Flexões Interrogativas e Exclamativas em Libras: Guias e Técnicas
	Identificando Flexões Interrogativas e Exclamativas em Libras
	Formação de Frases Interrogativas e Exclamativas
	Erros Comuns ao Usar Flexões Interrogativas e Exclamativas e Como Corrigi-los
	Estrutura Sintática
	Prática e Exemplos
	Sinais de verbos e suas negativas
	Entendendo a Importância dos Intensificadores no Discurso em Libras
	Comparação com a Língua Portuguesa
	O Papel dos Intensificadores na Comunicação em Libras
	Variedades de Intensificadores em Libras
	Como Usar Corretamente os Intensificadores em Libras: Regras e Exemplos
	Regras de Uso de Intensificadores em Libras
	Erros Comuns ao Usar Intensificadores e Como Evitá-los
	Exemplos Práticos de Uso de Intensificadores em Libras
	Sinais de Verbos e suas Negativas em Libras: Compreensão e Prática
	Tipos de Verbos em LibrasNegativa de Verbos em Libras
	Erros Comuns na Formação de Verbos Negativos

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