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MONTAGEM DE DENTES e Acrilizaçãoe Acrilização
 Nestas fases, entra uma pessoa que participará tanto da montagem de dentes como da acrilização,
que é o técnico em próteses. Esses dois processos são essencialmente técnicos, não precisamos,
necessariamente, saber as etapas deles. A montagem de dentes se baseia muito na escultura
dentária, compreendendo o posicionamento dos dentes, o formato e anatomia, a sequência de
chaveamento que tem que ter, sendo características tanto da anatomia dentária como da fisiologia de
oclusão. Nós como cirurgiões-dentistas, se soubermos o básico da anatomia e fisiologia, iremos saber
se o técnico fez um bom trabalho ou não. 
 O objetivo da montagem de dentes é nós recebermos a prótese com os dentes montados para que
seja levado à boca do paciente e consigamos visualizar se os critérios estão satisfatórios ou não, se
ela cumpre os fatores desejados pelo paciente ou se ainda precisa ser ajustada. Isso é avaliado de
acordo com o nosso senso crítico de formação profissional somados às vontades do paciente. De
nada vale nós escolhermos aquilo que nós achamos melhor no nosso ponto de vista profissional, mas
o paciente não se sentir seguro e confortável com a prótese. É necessário a aprovação do paciente
para concluir.
 É fato que se não fizermos a montagem do articulador dentro da faculdade ou do consultório,
alguém terá que montar. Quando nós mandamos ao técnico o articulador montado, temos a plena
certeza de que fizemos corretamente todas as etapas, como registro de medida, a montagem, a
verificação dos ângulos em todas as regiões, movimentos de lateralidade e protrusiva, dimensão
vertical do paciente, assim tendo controle completo das articulações de ambos os modelos (arcada
superior e inferior). O técnico pode montar o articulador? Pode, mas há grandes chances de erro, pois
eles usam outros dispositivos, como a charneira (oclusor que abre e fecha) que não fazem os mesmos
movimentos de lateralidade e de protrusão, por isso precisamos saber quem está fazendo esta
montagem e ter certeza dos processos de montagem. 
 Todas as guias que definimos nos planos de orientação superior e inferior, registro de mordida, a
dimensão vertical, cada posicionamento da cera que foi definido na etapa inicial, onde será entregue
ao técnico os rodetes grudados, o técnico irá seguir os planos de orientação registrados nos rodetes,
já montados no articulador, obedecendo o arqueamento do arco, a mordida, os dentes de acordo com
a cor e tamanho escolhidos. Todas estas características, nós, cirurgiões-dentistas, estamos vendo no
paciente com a bochecha, com o lábio, como um todo. O técnico não está vendo, mas ele deve seguir
corretamente a orientação do rodete para que tenhamos uma montagem de dentes satisfatória.
 A montagem de dentes será feita numa sequência lógica, sempre começando pela arcada superior,
pelos dentes incisivos, e a partir daí o técnico irá derretendo a cera de pouco em pouco e ajustando
os demais dentes fazendo a curva, mantendo os planos de orientação conforme os dentes. Os
incisivos centrais ficam bem paralelos à linha média, enquanto os incisivos laterais têm uma leve
distalização, um pouco de mudança na posição e 1 mm aquém do incisivo central. O canino vai na
curva na mesma altura do incisivo central, depois os pré-molares e os molares. Após a arcada superior
terminada, será feito a arcada inferior. 
 Na arcada inferior, o técnico montará de canino a canino fechando a projeção Overjet e Overbyte
adequados de canino a canino, iniciando nos incisivos centrais, partindo para a montagem de
molares, para poder fechar a chave de molar (chave de Classe I) e, posteriormente, os pré-molares
nos espaços que sobraram - os pré-molares são montados por último. 
 Com a projeção dos dentes, o que chama atenção além da montagem dos dentes, é a ideia de que
os dentes estão montados na cera, o que incomoda o paciente. Por isso, precisamos explicar ao
paciente que a cera (de coloração vermelha) será substituída pela resina acrílica. Entretanto, além da
cera vermelha, temos uma projeção da cera acompanhando o perfil gengival, o que é um grande
desafio para o técnico, pois o técnico não pode apenas montar os dentes, mas deve promover a
CEROPLASTIA, que é a escultura da cera que vai transformar a cera em um perfil anatômico gengival,
dar forma à região das papilas, as características da mucosa. Se não tiver a ceroplastia, a cera virá
totalmente linear. A ceroplastia pode ser trabalhada com ceras de outras colorações que imita a
texturização gengival, tanto na textura quanto na caracterização. 
 Precisa fazer uma ceroplastia altamente caracterizada? Quanto
mais caracterizações houver, mais satisfeito o paciente ficará, mas
obviamente que deve ser avaliado cada situação. Toda a
caracterização feita no processo de ceroplastia, é transferida à
prótese definitiva. Nas clínicas da UFN, como lidamos com o básico,
iremos apenas ter a caracterização com a cera vermelha, mas não
haverá jogo de cores e detalhes mais complexos. 
 Por que solicitar que o técnico faça a caracterização? Para que o
paciente tenha uma melhor experiência possível na prova de dentes. 
 A PROVA DE DENTES é o momento mais esperado pelo paciente e pelo profissional, pois ele quer
se enxergar com os dentes novos. No entanto, vale lembrar que a dentadura vem montada em CERA.
Em dias quentes, a base de dentadura com rodete de cera pode ficar amolecido e há o risco de soltar
os dentes. Por isso, as consultas de prova de dentes precisam ser dinâmicas, o suficiente para o
paciente se ver, aprovar e o profissional fazer os devidos ajustes, se necessário, fazendo com que a
prótese fique o menor tempo em boca possível. O paciente não pode ocluir forte, apenas conduzir ao
toque leve, senão “voa” dente. 
 Esse é o momento em que o paciente pode mudar o que quiser, seja o tamanho ou cor dos dentes,
o posicionamento, o cirurgião-dentista fazer os ajustes necessários, pois depois na acrilização não
tem como voltar atrás. É extremamente importante que tenhamos este momento, avaliando o
selamento labial, o corredor bucal, o sorriso, a linha média, altura incisal, a harmonia do tamanho dos
dentes, dando a liberdade do paciente poder modificar aquilo que não está lhe agradando, porém, não
podemos ficar mudando toda hora, uma modificação, uma alteração faz parte do processo. Sempre
ANTES de mostrar ao paciente, precisamos avaliar a dentadura para não ter o risco de dar uma
experiência ruim ao paciente, caso haja um erro na dentadura de cera, o que é muito comum de
acontecer. 
 Além de fazer avaliação estética e da revisão dos planos de orientação (suporte de lábio, altura
incisal, corredor bucal...), iremos analisar muito bem as características fisiológicas do paciente.
Alguns profissionais fazem uma avaliação fonética, como os fonemas com SS, F e V (contar de 60 a
69, “favo de mel”, “vaso de vidro da vovó vera”), para ver a posição da língua em relação aos dentes,
para verificar se terá espaço na lingual dos dentes e não trave durante a pronúncia. A pronúncia dos
sessenta, sessenta é útil, sempre pedindo para o paciente falar de forma natural. Por exemplo,
perguntar a idade dele, sem que ele pense na palavra, mas que soe de forma natural e possamos
avaliar se há espaço na lingual dos dentes da dentadura. Ainda, iremos observar a dimensão vertical já
mensurado na na métrica e no teste fonético) identificando se os fonemas G (berinjela, janela) estão
adequados de forma satisfatória, onde se travar o dente, provavelmente invadimos a dimensão vertical
do paciente. Avaliar a espessura da região antero-superior, com o fonema T (tataravó, batata), tem
que vir com a língua tocando no palato. Qualquer dificuldade fonética precisamos ajustar. 
 Vale observar que, para quem está recebendo a primeira dentadura, haverão algumas alterações
fonéticas que são naturais e que levarão algum tempo até a língua do paciente se acostumar, onde
iremos acompanhá-lo - período de treinamento de alguns dias/semanas. Devemosatentar ao
selamento labial com o paciente em repouso, o sorriso social (sorriso da foto, do dia a dia) e a
visualização do sorriso máximo. Alguns pacientes exageram no sorriso no dia da prova e acabam
reclamando, mas devemos avaliar o sorriso social, que é onde não pode aparecer a área de
enceramento, o excesso gengival. Queremos que apareça o mínimo da gengiva, o mais desapercebido
possível. 
 Iremos revisar ainda o corredor bucal, onde devemos visualizar o acompanhamento do arco e o
espaço negro, que não pode ser muito grande e nem muito pequeno, mas devemos ter o corredor
bucal para que não tenhamos a sensação de “teclas de piano”.
 Muitas vezes o técnico expõe demais os incisivos e o
paciente não consegue selar os lábios naturalmente. No
laboratório, a base de prova precisa ser fina, pois algumas
vezes o técnico precisa ajustar o dente para encaixar,
desgastando o dente para encaixar de forma satisfatória, mas
muitas vezes o técnico não desgasta, apenas cola o dente na
cera, deixando o dente saltado para frente.
PROVA de dentesde dentes
 Em casos assim, é preciso ajustar novamente o rodete de cera e encaminhar
novamente exigindo que o técnico trabalhe dentro do padrão designado no rodete
para que o paciente consiga fechar e selar os lábios naturalmente. 
 Se há a aprovação do paciente, precisamos pedir para o paciente assinar um
termo de aprovação por escrito, constando que o paciente provou a dentadura e
aprovou. 
 Ajuste oclusal - pinça de miller é uma pinça criada essencialmente para o papel articular que
consegue compreender todo o comprimento do papel articular, onde conduzimos o paciente aos
toques oclusais. Se tiver um dente ou outro não ajustado, podemos ajustar quando acrilizado para não
soltar os dentes da cera. O que não pode acontecer é o paciente ocluir, bater o lado direito e não do
lado esquerdo, por exemplo. Uma maneira ótima de ajustar a oclusão é colocar a dentadura no
articulador e verificar os contatos, colocando pressão oclusal desejada no articulador, mas para isso,
o articulador precisa estar bem montado. Se na boca do paciente a dentadura está tocando no lado
direito e não no lado esquerdo, mas no articulador está ocluindo normalmente, batendo dos dois lados,
por exemplo, provavelmente o articulador está mal montado. Agora, se no articulador está sem toque
dos dois lados e na boca também está sem toque dos dois lados, o erro é do técnico na montagem. 
Se teve alguma discrepância no articulador, leva direto ao técnico para depois levar ao paciente.
 Por que não fazer ajuste oclusal nos rodetes de cera? Primeiramente, porque vai soltar os dentes
da cera. Em restaurações de classe I ou classe II, por exemplo, no ajuste oclusal o paciente abre e
fecha e muitas vezes morde torto ou mordendo pra frente. Imaginemos um idoso sem dente nenhum e
que está há anos sem usar uma prótese ou que nunca usou e que colocamos duas dentaduras pela
primeira vez e pedimos para ele morder. Ele não tem coordenação motora e acaba mordendo de várias
formas, de um lado para o outro, judiando bastante o paciente. Iremos buscar uma posição de conforto
ao paciente que pode se basear na MIH (Máxima Intercuspidação Habitual) dele, embora ele não tenha
máxima intercuspidação, mas um fechamento habitual ou a posição de relação cêntrica, onde
jogaremos a mandíbula para trás e para cima numa posição que é produzível para qualquer pessoa.
Cabe a nós fazermos esta verificação oclusal. 
 Em síntese, o ajuste oclusal pode e deve fazer o ajuste oclusal na dentadura acrilizada, mas antes
podemos verificar no articulador para que caso houver erros por parte do profissional ou do técnico,
seja corrigido antes da acrilização. 
 Após o paciente ter aprovado a dentadura com a prova de dentes e ter autorizado a prótese para
acrilizar, entramos numa etapa laboratorial que depende essencialmente do técnico. E como que a
base de prova que confeccionamos irá se tornar uma dentadura acrilizada pelo técnico? Nós fizemos
base de resina acrílica e a base de prova com rodetes de cera em laboratório, e solicitamos ao técnico
que onde tem a cera 7 ele faça os desgastes para posicionar os dentes. De todo este conjunto, base
de resina acrílica, cera 7 e dentes, o que o paciente levará para a dentadura definitiva? O que o
técnico precisa sibstituir?
 O técnico precisa trocar a base de prova. A base de prova confeccionada por nós no laboratório é
muito parecida com a definitiva, porém ela é autopolimerizável e de baixa qualidade comparada à
resina termopolimerizável que o técnico utiliza para a definitiva. A área que contém cera 7 o paciente
não pode levar para casa, senão os dentes cairão. Assim, o técnico precisa trocar a base de prova e a
cera 7. Essas trocas são feitas no processo de ACRILIZAÇÃO. O processo de acrilização vai acontecer
de forma 100% analógica, ou seja, utilizando a mão do técnico através de algumas estruturas.
Entretanto, o técnico só pode começar a etapa da acrilização se as etapas anteriores tiverem sido
perfeitas, totalmente corretas, se a montagem no articulador estava correta, modelo bem feito, se a
montagem de dentes estava satisfatória, montagem dos dentes (estética e função) e, principalmente,
se a estrutura gengival recebeu a ceroplastia para caracterização do perfil anatômico gengival. Tudo
isso tem que estar pronto para passar pelo processo de inclusão. 
 A inclusão se dá através da utilização de uma estrutura chamada MUFLA, que vai ter 3 pedaços,
que lembra um “potinho” ou uma “panelinha”, onde terá uma base, uma parede (contra-mufla) e uma
tampa. Esse pote, grande parte deles, são metálicos, pois nas técnicas convencionais esta mufla
passa por um processo de fervura para conduzir calor. Ela pode ser plástica, onde ao invés do técnico
utilizar a fervura e calor na mufla metálica, o técnico pode usar o micro-ondas. Iremos utilizar a mufla
para fazer o processo de acrilização. 
 Se o técnico nos entrega um trabalho que não está satisfatório, entre a montagem de dentes e a
entrega final, precisamos saber onde está a falha. Se por um acaso recebermos uma prótese que está
porosa, mal acabada ou com alguma falha, estas falhas podem ter acontecido no processo de inclusão
e é necessário repetir o processo. Onde tem a base da mufla, colocamos o gesso comum, onde
colocamos o modelo, que protegeremos com uma muralha de silicone laboratorial ao redor do modelo
para que ele não tenha contato com o gesso, pois ele irá proteger os dentes de uma maneira que nos
permita chegar e ter acesso a eles com o mínimo de desgaste possível. Para os detalhes da
ceroplastia, o técnico utilizará materiais de moldagem laboratorial que são muito semelhantes aos
AcrilizaçãoAcrilização
1 - tampa da mufla
2 - contra-mufla3 - base da mufla
materiais de cunho odontológico. 
 Na contra-mufla, ou seja, nas paredes laterias da mufla, o técnico verterá mais gesso comum. Após
isso, irá tampar a “panelinha”. Para tampar, é necessário fazer o encaixe. Como o gesso comum
expande, é preciso prensar o gesso comum colocando dentro da mufla e essa prensa terá que ter um
controle para evitar a exposição do gesso. Para isso, para não haver exposição do gesso, a mufla
devidamente fechada nos encaixes precisos, terá uma pressão controlada de 1 tonelada, para que a
força do gesso não promova expansão do material dentro da mufla. Espera-se um período de 1 hora,
que é o tempo de presa do gesso, e depois de 1 hora, a mufla é levada para uma panela com água
quente, onde a mesma irá dissipar calor para o gesso e dentro do gesso, que tem a base de prova de
gesso, a cera irá derreter. Ao abrir a mufla, terá a base de prova com a cera. Na muralha de silicone
feita ao redor do modelo, ficarão os dentes, sobrando o espaço da base de prova e da cera. 
 A ideia é isolar o gesso e manipular a resina acrílica para a base de dentadura. A resina acrílica para
base de dentadura NÃO é autopolimerizável, que trabalhamos em laboratório, mas sim uma resina
acrílica termopolimerizável, ou seja, precisa de calorpara polimerizar. O técnico irá isolar o gesso
com Cel-Lac, tanto no modelo quanto na região da contra-mufla, e irá manipular a resina
termopolimerizável. Dica: a proporção de resina acrílica sempre é a mesma - 3 porções de pó para 1
porção de líquido. O pote inteiro tem 21 ml, a marcação do líquido tem 7 ml. 
Prensa hidráulica
- 1 tonelada
Cera derretida - restou
apenas os dentes
Isolamento do modelo e
do gesso com Cel-Lac
 O técnico vai confeccionar a resina acrílica e depois fará as caracterizações. Suponhamos que
queremos uma resina acrílica toda rosinha, o técnico manipulará a resina acrílica termopolimerizável e
irá posicionar sobre a muralha de silicone, ou seja, ele irá encher de resina acrílica e fechar
novamente a mufla, pois toda a região onde tinha cera e a base de prova, vai ser preenchida por resina
termopolimerizável. Qual a diferença para a resina autopolimerizável para a termopolimerizável? A
termopolimerizável teremos fase arenosa, fibrosa, fase plástica, mas para ela converter da fase
borrachoide para rígida, precisaremos esquentar a resina em pelo menos 60º ou mais. A mufla será
prensada, por isso esta técnica se chama de técnica de condensação. Leva-se à prensa com 1
tonelada, onde o técnico deixará por 12 horas, antes de começar a fervura. 
 Extravasamento de resina acrílica - se a mufla não for bem prensada, até que as peças se
encaixem, a espessura da dentadura vai ser maior - dimensão vertical do paciente aumentada,
dentadura mais alta e pesada. Por isso é necessário que o técnico encaixe as peças para tampar a
mufla. É essencial extravasar material, nem que seja um pouco, pois se faltar material dentro da mufla,
dará bolha em alguma área ou na hora de ferver a resina acrílica ficará porosa, onde entramos num
mecanismo chamado subcondensação, que nada mais é quando é colocado menos material do que
devia e o material interno não atinge o contato íntegro com toda a mufla. A supercondensação é
quando é colocado muito material e não conseguiu entrar em contato com todos os pedacinhos, e a
dentadura ficará espessa. Após 12 horas na prensa, o técnico irá levar a prótese para a fervura, que é
o que vai promover o processo de polimerização dos monômeros da resina acrílica que converterá em
polímeros. Para isso, ele irá tirar da prensa hidráulica e levará para uma prensa individual Se for
metálica, irá para uma panela e se for de plástico, irá para o micro-ondas (por 30 minutos). Na cocção
de panela, no mínimo, é feito em 1 hora. Algumas literaturas clássicas dão 24 horas fervendo. A partir
dos 60º teremos a conversão de monômeros em polímeros, onde será transformado em algo rígido. 
 Após a cocção, ele irá abrir a mufla e se deparará com a muralha de silicone, que ao tirar o silicone,
a dentadura estará lá, e vai quebrar o gesso comum que preencheu a mufla. O gesso utilizado para
preencher a mufla é o gesso comum tipo I, que não é duro. Se utilizarmos um gesso altamente rígido,
como o tipo IV, temos grandes chances de fraturar a dentadura quando formos quebrar o gesso da
mufla, pois o modelo precisa soltar da dentadura e se o gesso for mais duro que a dentadura, a
dentadura irá quebrar. 
 Se houver uma resina acrílica esbranquiçada na dentadura e/ou porosa e no ato de polir temos a
impressão de que “sujou” a dentadura, podemos ter a certeza de que ou faltou material no momento
da condensação e a resina expandiu e criou bolhas ou na hora da lavagem ou aplicação de Cel-Lac, o
técnico não esperou a água evaporar do modelo, e se fica água no modelo, a água incorpora na resina
acrílica criando microbolhas, como também manipulação errada da resina acrílica (Exemplo: líquido
sobre o pó), o que incorpora bolhas na resina ou na hora da fervura a panela desregulou, aquecendo
demais durante a polimerização, perde-se a dentadura. 
 O técnico precisa de um turno inteiro para que a dentadura fique pronta, por isso, sempre damos de
2 a 3 dias para a confecção até a entrega.
Possíveis falhas do técnico no processo de acrilização:Possíveis falhas do técnico no processo de acrilização:
1º. Avaliar a dentadura do paciente antes de passar o paciente na cadeira - Passar a mão, ver se
está tudo correto conforme o planejamento, se a superfície está bem polida, se o freio não está
muito fechado ou aberto, verificar a superfície tecidual linear e bem acabada, a espessura e
extensão das bordas, a região de alívio de freios e músculos. Algumas coisas, visualmente, antes
de passar o paciente já podemos ajustar. Além disso, permite que se algo de errado tenha
acontecido com a dentadura, evitamos do paciente ter uma experiência traumática. 
2º. Colocar a dentadura na boca do paciente antes dele se ver e fazer a avaliação da retenção,
suporte e selamento do paciente - O que seria isso? A prótese não pode cair sozinha. Embora
façamos o uso do Corega como fixador, a primeira tentativa será sem o uso. Para isso, o paciente
precisa ter uma saliva satisfatória, ou seja, a boca do paciente não pode ser seca e nem ter a
saliva pegajosa demais para não escorregar. 
 Inicialmente, iremos verificar o que chamamos de retenção global, que é a capacidade que possui a
prótese de resistir às forças funcionais que tendem a romper a união entre a base da prótese e a da
fibromucosa. É avaliar de como a dentadura irá se comportar quando puxarmos essa dentadura para
baixo, tracionando para ver se ela não solta. Se ela está soltando por conta, precisamos ver se ela não
está sobrestendida em alguma área ou se algum freio não está causando instabilidade. 
 Após a verificação da retenção, iremos verificar o suporte, que é a capacidade que possui a prótese
de resistir às forças de intrusão que a comprimem contra os tecidos da área chapeável. É o movimento
de intrusão, empurrando ela contra o rebordo, pois precisamos saber como a prótese se comportará
quando o paciente morder, mastigar. Iremos comprimir na região dos incisivos, na região dos pré-
molares e molares para ver se a prótese não está incomodando o paciente e se não está perdendo
vedamento periférico por excesso de intrusão da dentadura. 
 Depois destes testes, iremos começar a conversar com o paciente, pois queremos avaliar a fala, o
sorriso, a deglutição, de como se comporta a língua na região lingual dos dentes, pediremos ao
paciente para movimentar lábio, bochecha e língua para identificar se o paciente está sentindo algum
desconforto ou não com algum movimento. É o momento em que simularemos o cotidiano do paciente
com a prótese.
 Se o paciente relatar dor ou desconforto e for necessário o desgaste, precisamos entrar
PONTUALMENTE com a fresa para o desgaste. Para isso, temos duas maneiras para fazer os
desgastes das áreas que machucam o paciente. A primeira maneira é utilizar a pasta branca da pasta
zincoenólica, onde na área onde o paciente está sinalizando dor, iremos pincelar a pasta na
dentadura, colocando novamente a prótese na boca do paciente. Quando tracionarmos a prótese, se
colocarmos uma área íntegra de pasta branca, aonde está machucando o paciente a pasta branca irá
deslizar, pois é a área que está tocando primeiro. Após identificado, iremos desgastar, testar
novamente e repetir o processo, caso seja necessário.
Entrega das prótesesEntrega das próteses
 É o momento mais esperado pelo paciente e pelo profissional.
Entretanto, antes de entregar a prótese, liberar o paciente, tirar a
foto final e fazer o cronograma de proservação, precisaremos
passar por alguns processos antes. 
 Outra forma que temos para o ajuste, é o lápis cópia, onde iremos marcar com o lápis o lugar que
está causando desconforto, posicionaremos a dentadura no paciente e sairá a impressão do local. Se
nas consultas de proservação, vermos uma área ulcerada ou com edema, iremos pintar com lápis
cópia a lesão (este ato dói no paciente, mas nada insuportável, pois o lápis cópia pigmenta muito bem
com a umidade da saliva), posicionar a dentadura no paciente, e sairá a impressão na dentadura do
lugar que está causando desconforto/dor.Com o paciente sem dor e desconforto, testes de retenção e suporte já feitos, iremos partir para o
teste de oclusão do paciente. Foi dito que evitamos fazer avaliações complexas de oclusão na prova
de dentes para não corrermos o risco de cair os dentes da cera, por isso fazemos no momento da
entrega da prótese. Utilizaremos a pinça de Miller, ajustar o papel articular e colocar no lado
esquerdo, direito e região anterior para verificar os contatos oclusais. 
 
 Bem distribuída. Tão bem distribuída que todos os toques que peguem no lado direito peguem
também no lado esquerdo, mesmo que ele faça movimento de intrusão e lateralidade, ou seja, inclusão
bilateral balanceada, que os lados direito e esquerdo se toquem da mesma intensidade. Se fecharmos
a boca e jogarmos a mandíbula para o lado direito, teremos o toque apenas no lado direito e o lado
esquerdo ficará sem toque. Este é o correto. Pensando na dentadura, o paciente joga a dentadura pro
lado direito, o lado esquerdo da dentadura solta, mas não queremos que ela solte. Por isso que
quando levamos a dentadura ao articulador, simulamos os toques de oclusão, lateralidade e protrusão.
Idealmente, quando ele fizer o movimento de lateralidade, nenhum dos lados solte e quando fizer o
movimento de protrusão, o paciente não toque apenas a bateria anterior, mas que desoclua com o
grupo posterior tocando junto, pois se tocar só na frente, a dentadura cai pra trás. O grande objetivo
da oclusão não é simplesmente chegar no paciente e dizer para o paciente morder o papel articular,
mas precisamos que ele morda e faça os movimentos de lateralidade e de protrusão sem que as
próteses soltem da boca. 
 Obviamente que esta oclusão perfeita nem sempre conseguimos no primeiro dia. Muitos pacientes
estão recebendo a dentadura pela primeira vez e não sabem fazer os movimentos de forma
satisfatória. A capacidade neuromuscular vai se acostumando com a dentadura e o paciente irá criar a
capacidade de fazer os movimentos de forma satisfatória. Levaremos cerca de 3 meses até
chegarmos a etapa de oclusão perfeita, por isso a importância do acompanhamento do paciente. 
 Além disso, iremos conferir a Dimensão Vertical do paciente, fazer testes estéticos e fonéticos (a
esta altura, já teremos conversado com o paciente e avaliado estes pontos). Após a checagem
fisiológica, métrica, estética e fonética, iremos dar o espelho ao paciente. 
ouou
Como que queremos que fique a
oclusão do paciente que usa
dentadura?
Como que queremos que fique a
oclusão do paciente que usa
dentadura?
3º. Dar o espelho ao paciente para ele ver - teremos a aprovação do paciente e liberaremos o
mesmo. Para entregar a prótese ao paciente, precisamos ter a assinatura do paciente. Pacientes
que querem ajustes fora do planejamento de proservação, pagam normalmente pela consulta. 
 
 Antes do paciente ser liberado, ele terá dúvidas sobre o uso das próteses, de como higienizar,
como usar o hipoclorito de sódio, cuidados com a prótese, regime de proservação - cuidados
semanais, voltar na semana seguinte, no mínimo - período de adaptação por 2-3 meses. Por isso,
damos a eles um guia de orientação falando dos principais cuidados. Após ter terminado o regime de
proservação, o paciente precisa voltar às consultas odontológicas de revisão para avaliação da
mucosa, RAP da dentadura, essencialmente a cada 6 meses (manutenção) e de 5 a 7 anos, para a 
substituição do aparelho protético. 
 Após os 7 dias após a entrega das próteses, iremos definir o regime de proservação. Alguns
pacientes precisarão a cada 2 meses, a cada 6 meses e outros apenas 1x ao ano. O regime de
proservação é personalizado para cada paciente, mas é de suma importância para sabermos se ao
menos o paciente está vivendo bem com a prótese.

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