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Resumos 
Fisioterapia em unidade de terapia intensiva 
 
Por Nayara Silveira Magalhães 
 
 @nayarasilveira_ 
 
 
 
 
Sumário: 
1- Infecções 
2- Avaliação do paciente crítico 
3- Via aérea artificial 
4- Mecânica respiratória 
5- Equilíbrio ácido-base 
6-Gasometria arterial 
7- Ventilação mecânica não invasiva 
8- Ventilação mecânica invasiva 
9-Desmame da ventilação mecânica 
 
 
 
 
 
 
Infecções 
 
DEFINIÇÃO: 
Resultante do desequilíbrio entre os 
mecanismos imunitários e o patógeno 
(bactéria, vírus, fungo, protozoário). 
Pode ser hospitalar ou comunitária. 
Hospitalar: adquirida em qualquer estabelecimento assistencial de saúde. 
Se em menos de 48hrs de alta o paciente apresentar uma infecção, ela será 
considerada hospitalar. 
Comunitária: adquirida fora de estabelecimento assistencial de saúde. 
Se em menos de 48hrs de internação o paciente apresentar uma infecção, 
ela será considerada comunitária. 
CAUSAS DE INFECÇÃO: 
 Fatores intrínsecos/endógenos: 
relacionadas ao paciente (Ex: falta de 
vitaminas, de nutrientes e etc). 
 Fatores extrínsecos/exógenos: causas 
externas (Ex: matérias e ambientes 
contaminados e etc). 
 
TRANSMISSÃO: 
 Contato direto: do paciente ou funcionário 
contaminado para outro paciente. 
 Contato indireto: por meio de dispositivos 
intermediários contaminados (objetos, 
mãos). 
 Gotículas: tosse, espirro, fala (65 e lactato>2 após reanimação 
volêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação do paciente crítico 
 
 
O QUE É PACIENTE CRÍTICO? 
É divido em dois grupos: 
 Paciente grave: aquele que tem risco 
grave de perder a vida ou função de 
órgão/sistema. 
 Paciente de alto risco: aquele que tem 
uma condição determinante de 
instabilidade. 
COMPONENTES DA AVALIAÇÃO: 
 Anamnese 
 Exames complementares 
 Nível de consciência 
 Sinais vitais 
 Inspeção clinica 
 Inspeção respiratória 
 Função neuromioarticular 
DISPNEIA: principal sintoma cardiorrespiratório. 
 Repouso e/ou a pequenos, médios e 
grandes esforços. 
 Ortopneia (DD). 
 Trepopneia (DL). 
 Platipneia (ortostática – em pé). 
 Dispneia paroxística noturna (dormir). 
0 – nenhuma, 0,5 – mto, mto leve, 
1- muito leve, 2 – leve, 3 – 
moderada, 4 – pouco intensa, 5 – 
intensa, 6 , 7 – muito intensa, 8, 9 
– mto, mto intensa, 10 – máxima. 
Escala de BORG modificada: avaliar o grau de 
desconforto respiratório durante o exercício. 
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: 
Alerta/orientado: atende instruções e 
coopera na realização. 
Contactuante: cumpre ordens. 
Confusão: desorientado, responde 
apenas a comando simples. 
Delirium: confusão associada a 
oscilação entre agitação e quietude, 
não cooperativo. 
Torporoso: inconsciente, mas 
responde a estímulos dolorosos com 
movimento voluntários. 
Coma: ausência ou redução da 
capacidade de despertar e responder 
a estímulos. 
 
Escala de Coma de Glasgow (ECG): avalia o nível de 
consciência (abertura ocular, resposta verbal e motora). 
Utilizada em pacientes sem sedação. 
Pontuação 3: menor responsividade 
Pontuação 4 – 8: coma profundo 
Pontuação 9 – 12: coma moderado 
Pontuação 13 – 15: coma leve 
ECG ≤8 com diminuição 
do reflexo de tosse – 
indicação de IOT. 
Escala de agitação – sedação de Richmond 
(RASS): avalia o grau de sedação e 
agitação. Utilizada em pacientes sedados. 
0 – algum grau de agitação. 
4 – combativo, 3 – muito agitado, 2 – 
agitado, 1 – inquieto, 0 – alerta e calmo, -1 – 
torporoso, -2 – sedação leve, -3 – sedação 
moderada, -4 – sedação intensa, -5 – coma. 
SINAIS VITAIS: 
Frequência cardíaca: 60 - 100bpm 
FC prevista = 208 – (idade x 0.7) 
FC máxima = 220 – idade 
Frequência respiratória: 
Adultos: 12 – 20ipm 
Crianças: 20 – 30ipm 
Bebês: 30 – 60ipm 
Saturação de pulso (SpO2): 95%. 
Alerta 21%). 
Objetivo: corrigir a hipoxemia aguda, corrigir 
sintomas associados à hipoxemia crônica e 
corrigir a carga de trabalho imposta pela hipóxia. 
 
Hipóxia: redução do aporte de oxigênio para 
tecidos. 
Hipoxemia: baixa concentração de oxigênio no 
sangue arterial (PaO2). 
PaO2 ideal = 109 – (0,043 x idade) 
 
ÍNDICE DE OXIGÊNIO OU RESPIRATÓRIO: 
* ≥ 300 normal 
* 200 – 209 lesão pulmonar leve 
* 100 – 199 lesão pulmonar moderada 
*das VAS 
 Necessidade de ventilação 
mecânica 
CÂNULA OROFARÍNGEA – (COF) - Cânula de Guedel: Tubo de 
borracha, metal ou de plástico, desenhado para ajustar-se ao palato 
curvo, mantendo a língua longe da porção posterior da faringe. 
CÂNULA NASOROFARÍNGEA – (CNF) Tubo 
macio, feito de borracha ou látex, que é 
introduzido pelo nariz do paciente, com sua 
ponta distal posicionada na base da língua, 
separando-a da parede da faringe. 
TUBO ENDOTRAQUEAL – (TET) Tubo inserido por 
via nasal (nasotraqueal) ou oral (orotraqueal) até 
a traqueia. O TOT é o mais utilizado. 
Orotraqueal (TOT): 
Mais fácil de inserir 
Menor resistência 
Menor possibilidade de acotovelamento 
Nasotraqueal (TNT): 
Mais fácil de estabilizar 
Facilita higiene oral 
Menor ocorrência de engasgo 
OROTRAQUEAL F - 7,0 e 8,0 mm M - 8,0 e 8,5 mm 
NASOTRAQUEAL aproximadamente 1 mm a 
menos do que TOT. 
Complicações: vômitos, 
com possível aspiração, 
traumas, hipoxemia, 
bradicardia, intubação, 
intubação esofágica, 
ventilação ou oxigenação 
inadequada, paresia ou 
paralisia das cordas 
vocais. 
Tubo endotraqueal duplo lúmen 
seletivo - Indicado para ventilação 
monopulmonar. 
TRAQUEOSTOMIA - (TQT) Técnica cirúrgica de 
abertura da parede anterior da traqueia, abaixo 
do nível das cordas vocais (1º e 2º anel 
traqueal), a fim de facilitar a entrada de 
oxigênio quando o ar está obstruído. 
Indicações: Intubações prolongadas (> 14 dias), 
desmame difícil (ela facilita o desmame), 
necessidade de VM prolongada, incapacidade 
de manter vias aéreas pérvias, permite a 
remoção eficaz de secreções, evita a 
broncoaspiração em paciente com déficit de 
deglutição. 
Complicações: Hemorragia, pneumotórax, 
infecção, deslocamento da cânula, obstrução da 
cânula, irritação, ulceração e necrose. 
 
Plástica - Mesmo nº da TOT 
Duplo lúmen – 0,5 maior que TOT 
Metálica– nº TOT – 2 
Cuidados: proteção da pele com gazes, 
higiene da cânula, posicionamento 
externo – centralizado, umidificação e 
fixação. 
 
 
 
Mecânica respiratória 
Processo de Hematose: 
Difusão de O2 e CO2 → membrana alvéolo capilar 
Volumes pulmonares: 
VC - VOLUME CORRENTE → volume de ar mobilizado em 
um ciclo respiratório. 
VRI – VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO → 
corresponde ao máximo de ar que é possível inspirar ao 
fim de uma inspiração normal. 
 VRE – VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIA → máximo de 
ar que pode ser exalado a partir da posição de repouso 
respiratório (fim de uma inspiração normal). 
VR – VOLUME RESIDUAL → volume de ar que permanece 
no pulmão ao fim de uma expiração máxima. 
 
 
 
Inspiração normal: 
Diafragma contrai e movimenta-se para baixo 
→ traciona os pulmões juntos Respiração 
normal. 
Músculos intercostais externos → elevando 
as costelas e aumenta o diâmetro horizontal. 
Inspiração forçada: 
 Intercostais externos, serrátil anterior, 
escaleno, esternocleidomastoideo. 
Ex: atividade física. 
 
Expiração normal: 
Diafragma relaxa → retração elástica 
comprime os pulmões (PASSIVO). 
Expiração forçada: 
Auxiliada pela contração dos músculos 
abdominais e intercostais internos. 
Ex: tosse, espirro. 
 
Controle respiratório/centro 
respiratório – localiza-se no bulbo. 
- Recebe estímulos neurais e humorais, 
feedback dos músculos, nível de CO2 
no sangue e regula taxa respiratória. 
Reflexo de Hering-Breuer: Receptores de 
estiramento transmitem sinais via nervos 
vagos ao GRD (Grupo respiratório dorsal) 
quando os pulmões são excessivamente 
distendidos, para evitar a insuflação 
excessiva do pulmão. 
Ventilação pulmonar 
É o fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões. 
Ocorre em função da DIFERENÇA DE GRADIENTES DE 
PRESSÃO entre o alvéolo e o ar atmosférico. 
Inspiração: Pressão alveolar é menor que pressão 
atmosfera, ar é sugado do meio de maior pressão 
para o meio de menor pressão. 
Expiração: Pressão alveolar é maior que pressão 
atmosfera, ar é sugado para atmosfera. 
Pressão intrapleural: pressão no líquido existente entre as 
pleuras, será sempre negativa (subatmosférica.) 
Pressão alveolar: pressão do ar no interior dos alvéolos, 
sofre variações durante o ciclo respiratório. 
Pressão transpulmonar: diferença entre a pressão alveolar 
e pleural. 
Pressão na boca com as Vias aéreas abertas (Pao): tem 
valor da pressão atmosférica, usualmente igual à zero. 
Pressão nas vias aéreas (Pva): a pressão no interior das vias 
aéreas varia de acordo com sua localização na extensão das 
vias aéreas e de acordo com a fase do ciclo respiratório. 
Transrespiratório: Prs = Pavl-Psc 
Transpulmonar: Pp = Pavl-Ppl 
Transtorácico (Pw) = Ppl – Psc 
Complacência: capacidade de distensão de um corpo. 
Elastância: capaz de retornar a configuração original 
após a remoção da força de distensão. 
 
 
Equilíbrio acidobásico e 
Gasometria arterial 
Quais são as funções do sistema respiratório? 
Troca gasosa (hematose), equilíbrio acidobásico 
e fonação. 
ÁCIDO: Substância que pode doar um íon 
hidrogênio (H+) para outra substância. 
* CO2 - Dióxido de carbono → pulmão → ácido. 
BASE: Substância que pode aceitar um íon 
hidrogênio H+ de outra substância. 
* HCO3 - – Bicarbonato → rins → básico·. 
O pH de normalidade do sangue arterial é igual a 7,4. 
Quanto mais hidrogênio – menor o pH (ácido). 
Quando menos hidrogênio – maior o pH (base). 
O pH de normalidade pode variar de 7,35 a 7,45. 
* ph abaixo de 7,35 é considerado acidemia (ácido). 
* pH acima de 7,45 é considerado alcalemia (base). 
> 7,8 e 120mmHg 
HIPOXEMIA – TIPOS: 
Aguda: declínio rápido da PaO2, em menos de 6h de evolução. 
Subaguda: declínio gradual da PaO2, de 6h a 7 dias de evolução. 
Persistente: redução persistente da PaO2, por 7 a 90 dias. 
Crônica: redução da PaO2 por tempo superior a 90 dias. 
Insuficiência respiratória TIPO I – PaO2 50mmHg 
Acidose Respiratória (pH7,45): aumento do pH 
plasmático devido ↓ PaCO2 menor que 35mmHg. 
Alcalose Metabólica (pH>7,45) : aumento do pH 
plasmático devido ↑ HCO3 - maior que 26mmol/L. 
Alcalose mista: combinação da alcalose 
metabólica com respiratória (↑ pH ↑ HCO3 - 
↓PCO2). 
Acidose mista: combinação da acidose 
metabólica com respiratória (↓ pH ↓ HCO3 - 
↑PCO2). 
Distúrbios compensados: situações em que o pH está 
estável com descompensação de pCO2 e HCO3. 
 
 
 
 
 
Ventilação mecânica não invasiva(VNI) 
 
O que é? 
Aplicação de suporte ventilatório sem utilização 
de via aérea artificial (TET, TQT), sendo a conexão 
entre o paciente e ventilador por meio de uma 
interface (máscara, dispositivos). 
IPAP/PPico: pressão positiva inspiratória nas vias aéreas 
(quanto de pressão está ofertando na inspiração) – 
sempre maior que EPAP. 
EPAP/PEEP: pressão positiva expiratória nas vias aéreas 
(quanto de pressão está ofertando na expiração). 
PEEP: pressão expiratória final positiva (quanto de 
pressão expiratória positiva que fica na via aérea do 
paciente). 
PS: pressão de suporte (diferença entre IPAP – EPAP, que 
determina o volume). 
BIPAP: dois níveis de pressão (um pra insp e um pra exp). 
CPAP: um nível de pressão (mesmo nível pra insp e exp).. 
Objetivo: 
Correção da hipoxemia (redução de O2) 
Correção de acidose causada por hipercapnia 
(aumento de C02). 
Aliviar o trabalho da musculatura respiratória 
Reverter/evitar a fadiga da musculatura respiratória 
Prevenir a IOT e a TQT, reduzindo os riscos de 
pneumonia nosocomial e lesões traqueais. 
Indicado para insuficiência respiratória agua (redução 
das concentrações de pressão arterial de oxigênio em 
menos de 6 horas) e insuficiência respiratória crônica 
agudizada (quando o paciente já tem uma pressão de 
oxigênio arterial reduzida, mas tem períodos de piora). 
Insuficiência respiratória tipo I - PaO2 50mmHg 
*Apneia obstrutiva do sono (SAOS) é uma parada 
respiratória provocada pelo colabamento das 
paredes da faringe, ocorre principalmente 
enquanto a pessoa está dormindo e roncando. 
Modos ventilatórios: 
- Espontâneo (modo que o paciente 
tem autonomia ventilatória, mas 
ainda pode receber um suporte 
pressórico, mesmo que mínimo). 
- Assisto-controlado (modo que o 
paciente não tem autonomia 
ventilatória, mas é capaz de 
disparar o ventilador mecânico). 
- Controlado (modo que o paciente 
não tem autonomia ventilatória 
alguma). 
Tipos de ventiladores: 
Convencional: 
- Circuitos duplos (inspiração por um ramo e expiração 
por outro ramo, para não ficar inalando C02). 
Específico: 
- Circuito único (precisa de uma válvula exalatória para 
não ficar inalando C02). 
- Precisa de uma fonte externa de O2. 
Interfaces: 
- Almofada nasal/Pronga nasal 
- Máscara nasal 
- Máscara oral 
- Máscara oronasal/facial 
- Peça bucal 
- Máscara facial total 
 - Capacete/Helmet face 
Complicações: 
- Necrose de pele 
- Irritação ocular 
- Sangramento nasal 
- Distensão abdominal (aerofagia) 
- Ressecamento nasal, oral e 
conjuntivo 
Sinais de sucesso da VNI: 
* Resposta no período entre 30min - 2h 
- Diminuição da FR 
- Diminuição da PCO2 
- Diminuição do uso dos mm acessórios 
- Aumento da SpO2 
- Aumento do nível de Consciência 
-Aumento da PaO2 
Sinais de insucesso da VNI: 
* Resposta no período entre 30min - 2h 
- Necessidade de FiO2 >60% 
- Queda rápida da oxigenação (SpO2) após a retirada da máscara 
* Nunca prolongar o tempo para IOT em pacientes que evoluem com insucesso. 
 
 
 
Ventilação mecânica invasiva 
O que é? 
Método que substitui parcial (paciente + 
ventilador) ou totalmente a ventilação espontânea 
do paciente (uso de via aérea artificial). 
Equipamento diminui a pressão alveolar (ventilação 
por pressão negativa) ou aumenta a pressão da via 
aérea proximal (ventilação por pressão positiva). 
Indicações: 
Insuficiência respiratória 
Parada cardiorrespiratória 
Hipoventilação e apneia 
Prevenção de complicações respiratórias 
Trabalho muscular respiratório insuficiente 
Aumento do trabalho muscular respiratório 
Fadiga muscular respiratória 
Intra e pós-operatórios de cirurgias de 
grande porte 
Deformidade torácica grave / instabilidade 
torácica 
Modos ventilatórios: processo pelo qual o ventilador 
mecânico determina, como e quando os ciclos 
ventilatórios são ofertados ao paciente. 
 Segundo o grau de participação do paciente: 
Assisto/Controlado (A/C) 
Ventilação por Pressão de Suporte (PSV) 
Pressão Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) 
 Segundo o parâmetro programado para controle: 
Ventilação por Pressão Controlada (PCV) 
Ventilação por Volume Controlado (VCV) 
Ciclo ventilatório: período de tempo que 
compreende uma inspiração e uma expiração. 
- Disparo (início da inspiração) – tempo, 
pressão e fluxo. 
- Limite (durante a inspiração) – tempo, 
volume, pressão e fluxo. 
- Ciclagem (mudança da fase inspiratória para 
a fase expiratória). 
- Variável basal (durante a expiração/PEEP que 
mantém a pressurização). 
Volume: quantidade de gás que o pulmão acomoda 
até o final da inspiração (fluxo vs. tempo) – ml ou 
litros. 
Fluxo: velocidade de entrada do ar (variável) – L/min. 
Pressão: é a tensão que as moléculas de gás exercem 
dentro do pulmão – cmH2O. 
 
 
Parâmetros ventilatórios: 
Trigger/Sensibilidade (Disparo a fluxo/pressão): -2 cmH2O 
ou 1 a 5 L/min. 
Frequência respiratória (FR): 12 a 16 irpm. 
Volume corrente (VC): 6 a 8 ml/kg. 
Volume minuto (VM): 8 a 10 L/min. 
Fração inspirada de oxigênio (FiO2 ): 21 a 100%. 
Relação ins/ex (I:E): 1:2. 
Fluxo inspiratório (ύ): 40 a 60 L/min (velocidade com que o 
VC é ofertado). 
Tempo inspiratório (Ti): 0,8-1,2s. 
Pressão inspiratória (Pins): suficiente para gerar VC de 6 a 
8 ml/kg. 
Pressão de pico (PPico): máximo 45 cmH2O (pressão nas 
vias aéreas). 
Pressão de platô (PPlatô): ↓ 30cmH2O (pressão nos 
alvéolos). 
Pressão positiva expiratória final (PEEP): 3 a 5 cmH2O. 
 
Modos ventilatórios: 
 
Modo Assisto/Controlado (A/C): 
- Pressão Controlada (PCV) – controla a pressão e o 
volume fica livre (de acordo com as características 
mecânicas do sistema respiratório do paciente). 
- Volume Controlado (VCV) – controla o volume e a 
pressão fica livre (de acordo com as características 
mecânicas do sistema respiratório do paciente). 
 
 
 Pode ser ciclos mandatórios (disparo pelo 
ventilador, quando o paciente não conseguiu 
disparar) ou assistidos (disparo pelo paciente), 
ou os dois ao mesmo tempo, nesse caso 
monitorar a FR total. 
FR MANDATÓRIO + FR DO PACIENTE = FR TOTAL. 
 
 Pressão controlada (PCV): 
O que ajustar? 
Pins ou PC, Tins/ I:E, FR, PEEP, FiO2 (21 a 
100%) e Trigger (se vai ser pressão ou fluxo). 
O que monitorar? 
FR total e VC. 
 Volume controlado – VCV: 
O que ajustar? 
VC, FR, PEEP, FiO2, F. ins/T. inp, Trigger. 
O que monitorar? 
FR total, Ppico, Pplatô. 
Modo espontâneo: 
- Ventilação por Pressão de Suporte (PSV) 
- Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) 
Ventilação por Pressão de Suporte (PSV): 
É oferecido um auxilio na inspiração (Pressão de 
suporte de 5 - 25 cmH2O). 
Parâmetros de ajuste: PS, PEEP, FiO2,% ciclagem. 
 
Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP): 
Mesma pressão durante o ciclo respiratório. 
Parâmetros de ajuste: PEEP e FiO. 
Cálculos em VM: 
Peso predito: 
Homens: 50 + 0,91 x (altura em cm – 152,4) 
Mulheres: 45,5 + 0,91 x (altura em cm – 152,4) 
 
Volume corrente ideal: 
Peso predito x 6 a Peso predito x 8 
Resistencia de vias aéreas: 
Rva (cmH2O/L/s) = PPico – Pplatô 
 Fluxo insp (L/s) 
Complacência estática: 
Cest (ml/cmH2O) = VC 
 PPlatô – PEEP 
Complacência dinâmica: 
Cdin (ml/cmH2O) = VC 
 PPico – PEEP 
Parâmetros de normalidade: 
Resistência de vias aéreas:e periférica 
 
 
 
 
Desmame da ventilação mecânica 
O que é? 
É o processo de transição da ventilação 
mecânica para ventilação espontânea 
em pacientes que permanecem em 
VMI por um período superior às 24h. 
Extubação ou decanulação 
(traqueostomia): retirada 
da via aérea artificial 
 Extubação precoce e 
tardia e reintubação 
aumentam a mortalidade. 
Elegibilidade para o desmame: 
 Reversão ou estabilização da insuficiência 
respiratória e/ou do quadro que levou à VM 
 Presença de drive ventilatório 
 Sem intervenção cirúrgica próxima 
 Parâmetros de oxigenação próximos da 
normalidade (PA, FC, FR, temperatura, 
oxigenação, gasometria e etc). 
Preditivos de sucesso no desmame: só devem ser calculados em situações 
de difícil decisão e NÃO como um instrumento isolado. 
Índice de Respiração Rápida e Superficial (IRRS) – índice de Tobin ≤ 105 rpm/L. 
 
 
Índice Integrativo de desmame ≥ 25 ml/cmH2O/rpm/L 
FR (rpm) 
VC (L) 
Cest x SaO2 
IRRS 
Teste de respiração espontânea (TER): teste utilizado 
para verificar se o paciente é capaz de respirar sem ou com 
mínimo auxílio do ventilador, durante 30 a 120 minutos. 
Classificação do desmame: 
 Simples: sucesso após 1º TER 
 Difícil: falha na 1ª tentativa de TRE e 
requer 3 tentativas de TRE ou até 7 
dias para obter sucesso na extubação 
 Prolongado: paciente requer mais de 
3 tentativas de TRE ou mais de 7 dias 
para obter sucesso na extubação 
Como extubar? 
Três principais fatores devem ser avaliados antes de se prosseguir com a retirada 
do TOT: 
- Capacidade de manutenção da permeabilidade das vias aéreas (para isso a PFE 
tem que estar >60L/min e teste do cartão branco positivo) e pouca secreção 
- Avaliação do nível de consciência e cooperação (escala de coma de Glasgow >8) 
- Avaliação da permeabilidade das vias aéreas (cuff –leak test) 
Deu tudo certo? Agora vamos extubar: 
 Elevar a cabeceira a 30⁰ ou mais 
 Pausar dieta/tirar fixação do tubo 
 Orientar o paciente sobre o procedimento 
 Aspirar tubo e VAS 
 Entrar com sonda de aspiração e abrir o vácuo 
 Desinsuflar o cuff 
 Solicitar uma inspiração profunda e tracionar o tubo com o vácuo aberto 
Sucesso na extubação: retirada da 
prótese endotraqueal sem necessitar de 
reintubação ou VNI nas primeiras 48h. 
Formas: 
- TUBO T + oxigenoterapia (FiO2 ≤40%): 
desconectar o ventilador, conectar o tudo T e 
ofertar um pouco de oxigênio. 
- PSV: deixar conectado no ventilador mas 
reduzir o máximo de suporte ventilatório. 
Sucesso no desmame: tolerância ao 
TRE antes de ser submetido à 
extubação. 
Falha no desmame: insucesso no 
TER. Corrigir as causas da falha e 
aumentar PS para oferecer conforto e 
realizar novo TER após 24hrs se 
possível. 
Sinais de intolerância ao TER: 
- Sinais de desconforto respiratório, 
sudorese, cianose, RNC, 
laringoespasmo. 
- FC > 140bpm ou ↑20% 
- Arritmias 
- PAS 180mmHg ou 
↓↑20% 
- FR > 35 rpm ou ↑50% 
- IRRS > 105 ou ↑20% 
- SpO2 50mmHg ou ↑8 
- pH

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