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· Resumo texto: A Reforma Trabalhista e suas “Modernidades” na Visão do Mundo Exterior, o “Caso Brasil” na 106ª Conferência Internacional do Trabalho e as Violações às Normas Internacionais do Trabalho 
O estudo da reforma trabalhista de 2017 no Brasil à luz da 106ª Conferência Internacional do Trabalho e das normas internacionais do trabalho pode ser analisado sob a perspectiva das "modernidades" introduzidas pela reforma e como elas foram recebidas e criticadas no cenário internacional. A 106ª Conferência Internacional do Trabalho, realizada em 2017 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), ofereceu um palco para discussões sobre as reformas trabalhistas em diversos países e as implicações dessas reformas para os direitos dos trabalhadores. 
A reforma trabalhista brasileira de 2017, promovida pelo governo de Michel Temer, visou atualizar e flexibilizar a legislação trabalhista para atender às novas dinâmicas do mercado de trabalho. Entre as principais mudanças estavam a flexibilização das relações de trabalho, a ampliação da terceirização, e o fortalecimento dos acordos e convenções coletivas em detrimento da legislação federal. Essas mudanças foram justificadas como necessárias para aumentar a competitividade e a eficiência econômica. 
Durante a 106ª Conferência Internacional do Trabalho, a reforma trabalhista brasileira foi analisada sob o prisma das normas internacionais do trabalho estabelecidas pela OIT. A conferência abordou as seguintes questões principais: 
1. Adaptação às Normas Internacionais: Houve um debate sobre se a reforma estava alinhada com os princípios e normas internacionais estabelecidos pela OIT. As normas internacionais buscam garantir condições mínimas de trabalho, proteção social, e direitos fundamentais dos trabalhadores. 
2. Impactos nos Direitos dos Trabalhadores: A OIT expressou preocupações sobre como a reforma poderia afetar negativamente os direitos dos trabalhadores, especialmente em termos de proteção e segurança no emprego. As críticas se centraram na possibilidade de enfraquecimento dos direitos trabalhistas e na redução da segurança jurídica para os trabalhadores. 
3. Violações Potenciais: Diversas violações das normas internacionais foram apontadas, como a potencial redução de direitos básicos, a fragilidade das proteções contra práticas de trabalho abusivas, e o desequilíbrio na negociação entre empregadores e empregados. 
Desse modo, conclui-se que a reforma foi promovida como uma "modernização" das leis trabalhistas para se adequar às novas realidades do mercado de trabalho, como o crescimento do trabalho temporário e terceirizado, e a necessidade de maior flexibilidade nas relações de trabalho. 
A principal crítica internacional foi a de que as mudanças poderiam enfraquecer a proteção social dos trabalhadores e comprometer princípios básicos de justiça no trabalho. A OIT e outras entidades internacionais destacaram que as reformas podem levar a um aumento da precarização do trabalho e a uma diminuição da segurança para os trabalhadores, o que contraria as normas internacionais que buscam garantir direitos básicos e condições de trabalho dignas. 
O "caso Brasil" na 106ª Conferência Internacional do Trabalho evidenciou uma forte tensão entre as reformas trabalhistas promovidas pelo governo e os padrões internacionais de direitos do trabalho. As mudanças introduzidas pela reforma de 2017 foram vistas por muitos como um passo em direção à flexibilização e adaptação às novas dinâmicas do mercado, mas também levantaram sérias preocupações sobre possíveis violações das normas internacionais e a proteção dos direitos dos 
trabalhadores. O debate refletiu a complexidade e os desafios de equilibrar flexibilidade econômica com a manutenção de normas de trabalho justas e protetivas.

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