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O nosso foco é orientar o cidadão a prestar socorro de urgência, em caso de acidentes de trânsito, e promover a saúde, que são ações fundamentais para proteção do indivíduo, em suas dimensões física, mental e social, e consequentemente à preservação da vida. Quando nos deparamos com um acidente ou com uma pessoa passando mal, o que aconselhamos é que se chame o socorro especializado. Porém, há casos em que o quadro da vítima pode piorar se ela não for socorrida imediatamente, e o simples fato de se conhecer noções básicas de primeiros socorros pode salvar muitas vidas. OBJETIVOS Instruir sobre: Como sinalizar o local do acidente e sua importância; Como verificar as condições das vítimas; Identificar os principais cuidados com a vítima (o que não fazer); Acionar os recursos em casos de acidentes. Sinalização do local do acidente Acidentes não acontecem por acaso. São causados, geralmente, por condições e atos inseguros, comportamentos inadequados, problemas pessoais e de saúde. Previna-se, isolando e sinalizando corretamente o local do acidente, evitando o agravamento do ocorrido para dar segurança a quem precisa de socorro. A sinalização deve começar antes do local do acidente estar visível, ou seja, é preciso alertar os motoristas antes que eles percebam o acidente. Sinalização do local do acidente Sinalize o local do acidente acionando os alertas dos veículos acidentados e daqueles próximos ao local do acidente, principalmente à noite, e coloque o triângulo na posição de maior visibilidade. Espalhe folhas e/ou galhos de árvores no leito da via e depois, retire-os para não causar novo acidente Sinalização do local do acidente O isolamento da área tem o objetivo de delimitar o espaço de ação dos socorristas, impedindo a interferência de curiosos. Pode ser feito com cordas ou uma barreira humana, utilizando os próprios transeuntes (curiosos). Distância para início da Sinalização Não é só a sinalização que deve ser iniciada bem antes do local do acidente. É necessário que todo o trecho, do início da sinalização até o acidente, seja demarcado, indicando o desvio de direção. Se isso não puder ser feito de forma completa, faça o melhor que puder, aguardando as equipes de socorro, que deverão completar a sinalização e os desvios Avaliação da cena do acidente É chamada de avaliação da cena ou avaliação preliminar, a visualização global do ambiente do acidente. Os obstáculos a serem superados, os meios e os recursos disponíveis, as formas alternativas de abordagem e escape, etc, Sou capaz de atender a essa emergência? Como farei isso? Quais os riscos mais comuns e quais os cuidados iniciais? Novas colisões; Atropelamentos; Incêndios; Explosão; Cabos de eletricidade; Óleo e obstáculos na pista; Vazamento de produtos perigosos; Doenças infectocontagiosas. INCÊNDIO? Sempre existe o risco de incêndio. E, ele aumenta bastante quando ocorre vazamento de combustível. Nesses casos, é importante adotar os seguintes procedimentos: Afaste os curiosos; Se for fácil e seguro, desligue o motor do veículo acidentado; Oriente para que não fumem no local; Pegue o extintor de seu veículo e deixe-o pronto para uso a uma distância segura do local de risco; Se houver risco elevado de incêndio e, principalmente com vítimas presas nas ferragens, peça a outros motoristas que façam o mesmo com seus extintores, até a chegada do socorro. Novas colisões Atropelamentos Adote as mesmas providências empregadas para evitar novas colisões. Mantenha o fluxo de veículos na pista livre. Oriente para que curiosos não parem na área de fluxo e que pedestres não fiquem caminhando pela via. Você já viu como sinalizar adequadamente o local do acidente. Seguindo as instruções fica bem reduzida a possibilidade de novas colisões. Porém, imprevistos acontecem. Por isso, nunca é demais usar simultaneamente mais de um procedimento, aumentando ainda mais a segurança. Óleo e obstáculos na pista Os fragmentos dos veículos acidentados devem ser removidos da pista onde há trânsito de veículos e, se possível, jogue terra ou areia sobre o óleo derramado. Normalmente, isso é feito depois, pelas equipes de socorro, mas se você tiver segurança para se adiantar, pode evitar mais riscos no local. Vazamento de produtos perigosos Interdite totalmente a pista e evacue a área, quando veículos que transportam produtos perigosos estiverem envolvidos no acidente e existir algum vazamento. Faça a sinalização como já foi descrito. O que fazer? • Garantir a segurança. • Providenciar socorro. • Voltar e completar a segurança do local do acidente. Controlar a situação • Decisão e firmeza nas ações. • Peça ajuda, distribua tarefas, forme equipes para executar as tarefas. • Não discuta e não dê ordens. • Motive todos elogiando e agradecendo cada ação realizada. Acionar socorro • Nos telefones de emergência padronizados no Brasil. • Pelo celular, telefones públicos, de rodovias e por quem estiver passando no local do acidente Acionamento de Recursos: bombeiros, polícia, ambulância, concessionária da via e outros. De qualquer aparelho telefônico, acionar socorro gratuitamente para Bombeiros, Ambulância, Polícia, Concessionárias e etc. Informar o local do acidente, os veículos envolvidos e as condições de trânsito local. Ao informar sobre o acidente, faça-o de forma clara e objetiva ONDE? - Dê os detalhes exatos sobre o local da emergência. O QUE? - Dê uma breve descrição do que aconteceu e possíveis detalhes sobre a via e as condições do veículo. QUANTAS PESSOAS ESTÃO FERIDAS? - Dê o número de feridos. QUE TIPO DE LESÕES? - Se possível, dê detalhes das lesões que representam risco iminente devida, se as vítimas estão presas no interior do veículo ou se está incendiando. AGUARDE INSTRUÇÕES - Dê todas as informações e peça orientação de como agir Verificar a situação das vítimas. Após analisar o acidente, devemos iniciar a avaliação das vítimas. Tranquilize as vítimas e oriente-as para que facilitem as ações de socorro, pedindo que não se mexam e que falem somente o necessário, respondendo às perguntas do socorrista. Se a vítima estiver consciente, informe-se sobre possíveis alergias a medicamento, ver a consciência da vítima para desenvolver um questionamento sobre seus sintomas, endereço, telefone, etc. Verificar as Condições Gerais das Vítimas. A avaliação da vítima pode ser dividida em primária e secundária. É através dela que vamos identificar as condições da vítima e poder eliminar ou minimizar os fatores causadores de risco de vida. Avaliação primária e secundária. Durante o atendimento, deve-se reavaliar a vítima (avaliação primária e secundária) sempre que possível, pois o quadro pode agravar-se. Ex.: a vítima parar de respirar ou entrar em estado de choque. Interrompe-se a avaliação e inicia os procedimentos imediatamente, quando detectado que a vítima encontra-se em parada cardiorrespiratória (PCR) por obstrução de vias aéreas. Avaliação primária. A avaliação primária deve ser cuidadosa e respeitar uma rotina, como podemos ver abaixo: Nível de consciência, abertura das vias aéreas e manutenção da coluna cervical. A imobilização na coluna cervical é feita após terem sido aplicadas técnicas de estabilização da coluna cervical e a colocação de um colar cervical conforme o tamanho da pessoa. Respiração, circulação, hemorragias. Avaliação neurológica. Avaliação secundária. Somente após completar todos os passos da avaliação primária é que se parte para a secundária, onde se deve fazer a inspeção da cabeça aos pés, de forma a observar a presença de alterações. Estado de Choque; Traumatismos (TCE e outros); Fraturas; Objetos encravados, penetrantes e transfixantes; Deslocamento de articulações / luxações; Queimaduras.O exame deverá ser feito rigorosamente nessa sequência: O “XABCDE” do Trauma. X –Exsanguinação (Hemorragias Graves) A - Vias aéreas e proteção da coluna vertebral; B - Boa Ventilação e Respiração; C - Circulação com Controle de Hemorragias; D - Disfunção Neurológica; E - Exposição Total do Paciente ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS NA PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS O Socorrista deve: Respeitar a vítima; Evitar expor a vítima de maneira desnecessária (partes íntimas, quando expostas em decorrência do acidente, o socorrista deve, sempre que possível, cobrir as mesmas com uma roupa, por exemplo); Evitar comentários sobre suas condições; Aceitar suas limitações. Cuidado com: Lesão corporal (art. 129). Omissão de socorro (art. 135 / 304 do CTB). Homicídio culposo (art. 121). “Primeiros Socorros" são os primeiros cuidados que devem ser tomado sem caso de acidente, no local, procurando manter a vítima em condições até a chegada de um recurso superior/profissional. O socorrista deverá fazer uma rápida avaliação do estado da vítima, aliviar as condições que ameacem a vida ou que agravem o quadro da vítima. Socorro às vítimas Importância do socorrista Salvar a vida; Reduzir o sofrimento da vítima; Impedir o agravamento do estado da vítima; Manter a sua vitalidade.. Seja solidário no contato com a vítima, informando-a que a está ajudando. Soltar o cinto de segurança sem mover o corpo da vítima se a respiração está difícil. Impedir o movimento da cabeça, segurando e pressionando junto às orelhas. Avaliar o nível de consciência. Controlar hemorragias. Proteger a vítima do frio, sol ou chuva. Manter as vítimas em local seguro, sem riscos para agravamento das lesões. Conduta do Socorrista Procedimentos do socorrista Verificar o nível de consciência da vítima; Observar a pupila (dilatada ou contraída); Ouvir os batimentos cardíacos; Verificar a temperatura; Verificar a respiração; Verificar o pulso arterial. Identificar a necessidade de prestação de primeiros socorros; Evitar o pânico geral, tranquilizar a vítima e dispersar aglomerações; Manter-se calmo e atuar com rapidez e discrição; Colher informações da vítima e da circunstância do acidente, quando possível; Examinar a vítima sem movê-la além do necessário; Dar apoio moral a vítima; Não tocar com os dedos ou outros objetos, feridas abertas, ferimentos ou queimaduras.. “Em caso de acidente com vítima inconsciente com corpo estranho nas vias aéreas superiores, após exame com dedo em gancho, retirar o corpo estranho se possível, liberando as vias aéreas, evitando morte por asfixia”. MAL SÚBITO caracterizada por contração e relaxamento brusco de musculatura, salivação intensa, seguida de sono e despertar sem saber o ocorrido, afastar os curiosos; afrouxar roupas; desobstruir vias aéreas; colocar um lenço ou gaze entre os dentes da vítima para evitar que morda a língua e proteger a sua cabeça, lateralizar a vítima; se houver suspeita de lesão na coluna, lateralizar em bloco com controle cervical manual, para que a saliva escorra e a língua não obstrua a passagem do ar, evitando a asfixia. Isto é, a perda completa da consciência, deve- se deitar a vítima de costas afrouxar as roupas e elevar as pernas para facilitar a circulação sanguínea, exceto se houver suspeita de fraturas e, no caso de vômitos, lateralizar a vítima; se houver suspeita de lesão na coluna, lateralizar em bloco com controle cervical manual, para que a saliva escorra e a língua não obstrua a passagem do ar, evitando a asfixia. Com Desmaio Com convulsão “Não dar líquido à vítima inconsciente; não dar tapa no rosto; não colocar o dedo entre os dentes durante a convulsão. Devemos evitar o contato com a saliva, pois existe o rico de contaminação”. PARADA RESPIRATÓRIA A parada respiratória ocorre quando cessa a respiração espontânea ou voluntária; Causas: Acidentes, traumatismo, afogamento. Sinais e sintomas: Ausência de movimentos respiratórios. Mulher → tórax. Homem e criança → abdome. Arroxeamentos de extremidades(Cianose) Unhas, dedos; Lábios, língua; Face; Pupila dilatada.(Midríase) CONDUTA DO SOCORRISTA Colocar a vítima em local arejado; Afrouxar as roupas; Desobstruir as vias aéreas; Aplicar respiração de socorro. Homem / mulher → boca a boca. Criança → boca/nariz. Em função do risco de contaminação, orienta-se a utilizar dispositivos de ventilação de salvamento: Bolsa de ventilação (AMBU); Máscara facial do tipo Pocketmask; Máscara de respiração bocamáscara. IMPORTANTE: Devemos utilizar equipamentos que tenham válvula de única direção com antirrefluxo. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA É a paralisação de uma função vital do organismo, que neutraliza a oxigenação e a circulação do sangue, podendo provocar a morte no tempo de três a cinco minutos. Podem ocorrer nos casos de acidentes graves, intoxicação por gases, choques elétricos fortes, ingestão de veneno, afogamento, etc. São abordadas em conjunto, pois apesar dos procedimentos para reanimação serem diferenciados, geralmente as causas são comuns para as duas situações. Além disso, a paralisação de uma das funções fatalmente provoca a segunda situação, se a reanimação não for feita imediatamente. Identificação dos sinais vitais: Sintomas apresentados em casos de paradas cardiorrespiratórias. √ inconsciência; √ lábios, língua e unhas azulados; √ ausência de movimentos no peito. √ palidez excessiva; √ ausência de pulsação; (batimentos do coração) VENTILAÇÃO DE RESGATE Em caso de parada cardiorrespiratória, uma das técnicas que poderá ser utilizada é a respiração boca a boca. Porém, na utilização dessa técnica existe o risco de contaminação do socorrista por doenças infectocontagiosas, como a Hepatite e a AIDS, quando há contato com sangue ou fluídos na boca da vítima. O ideal será o socorrista utilizar equipamentos adequados como máscaras de respiração artificial, por exemplo; VENTILAÇÃO DE RESGATE Em caso de parada cardiorrespiratória, uma das técnicas que poderá ser utilizada é a respiração boca a boca. Porém, na utilização dessa técnica existe o risco de contaminação do socorrista por doenças infectocontagiosas, como a Hepatite e a AIDS, quando há contato com sangue ou fluídos na boca da vítima. O ideal será o socorrista utilizar equipamentos adequados como máscaras de respiração artificial, por exemplo; PROCEDIMENTOS Ao abordar uma vítima imobilize a coluna cervical manualmente, segurando a cabeça com as duas mãos na região das orelhas. Deite a vítima de costas e afrouxe suas roupas, principalmente em volta do pescoço, no peito e na cintura. PROCEDIMENTOS VÍTIMA CONSCIENTE identifique-se, explique o que está fazendo, pergunte o nome dela e o que aconteceu. Uma vítima consciente em condições de verbalização indica que as vias aéreas estão permeáveis, ou seja, limpas, sem obstrução. PROCEDIMENTOS VÍTIMA INCONSCIENTE Se houver suspeita de trauma, verifique se existem corpos estranhos na boca obstruindo a passagem do ar e, se positivo, retire qualquer objeto da boca ou da garganta dela. Isto é prioridade. Eleve o queixo, provocando a hiperextensão do pescoço para facilitar a passagem do ar ou utilize o método de elevação da mandíbula, empurrando a mandíbula para cima a fim de melhorar a passagem do ar para os pulmões. Se a língua estiver retraída, obstruindo a passagem do ar, puxe-a utilizando um palito, gaze ou pano limpo, se esses materiais não estiverem disponíveis, utilize os dedos. Se a vítima estiver sangrando pela boca ou vomitando, deverá ser lateralizada em bloco, com a coluna imobilizada, principalmente a coluna cervical (a lateralização é prioridade máxima em caso de vômito). PROCEDIMENTOS VÍTIMA INCONSCIENTE Existemvários dispositivos que podem ser utilizados com o objetivo de auxiliar a ventilação, como a do tipo Pocketmask, ou máscara de respiração boca máscara. É importante utilizar equipamentos que tenham válvula de única direção com antirrefluxo. Esses equipamentos devem ser utilizados sempre que estiverem disponíveis. Utilizar a boca para ventilação não é mais recomendado (apesar de eficiente), pelo risco de contaminação, porém fazer a ventilação sem equipamento é uma decisão particular. COMPRESSÃO TORÁCICA Nesta técnica, o coração deve ser comprimido entre o osso esterno e a coluna vertebral. Proceda da seguinte forma: - Deite a vítima de costas sobre uma superfície firme e plana e ajoelhe-se ao seu lado; - Apoie uma das mãos sobre o ponto exato de compressão, dois dedos acima da extremidade inferior do osso esterno. “Coloque uma mão sobre a outra entrelaçando os dedos para dar mais firmeza e faça forte pressão, utilizando o peso do seu corpo para que o coração seja comprimido contra os ossos da coluna vertebral (compressão)”. COMPRESSÃO TORÁCICA Nunca treine compressão torácica em uma pessoa com batimentos normais. “Para adolescentes, utilize uma força menor. Já para crianças, faça a massagem com apenas uma mão. E em caso de vítima bebê, utilize dois dedos. O ponto de compressão é o mesmo: dois dedos acima da extremidade inferior do Osso Esterno”. “Verifique se os batimentos estão restabelecidos a cada minuto. Se possível, faça a ventilação de resgate e as compressões cardíacas até que chegue socorro especializado”. Conforme novas normas da American Heart Association (Associação Americana do Coração) Socorristas leigos sem treinamento devem fornecer RCP (Reanimação Cardiopulmonar) somente com as mãos, com ou sem orientação de um atendente, para adultos vítimas de RCP. O socorrista deve continuar a RCP somente com compressão até a chegada de um DEA (Desfibrilador Externo Automático) ou de socorristas com treinamento adicional. Todos os socorristas leigos devem, no mínimo, aplicar compressões torácicas em vítimas de PCR. Além disso, se o socorrista leigo treinado puder realizar ventilações de resgate, as compressões e ventilações devem ser aplicadas na proporção de 30 compressões para cada 2 ventilações. O socorrista deve continuar a RCP até a chegada e a preparação de um DEA para uso, ou até que os profissionais do SME (Serviço médico de emergência) assumam o cuidado da vítima ou que a vítima comece a se mover. FREQUÊNCIA DAS COMPRESSÕES TORÁCICAS Em vítimas adultas de PCR, o correto é que os socorristas apliquem compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min. PROFUNDIDADE DAS COMPRESSÕES TORÁCICAS Durante a RCP manual, os socorristas devem aplicar compressões torácicas até uma profundidade de, pelo menos, 2 polegadas (5 cm) para um adulto médio, evitando o excesso na profundidade das compressões torácicas (superiores a 2,4 polegadas (6 cm). FREQUÊNCIA DAS COMPRESSÕES TORÁCICAS EM CRIANÇAS É aconselhável que os socorristas forneçam compressões torácicas que comprimam 1/3 (um terço) do diâmetro anteroposterior do tórax de pacientes pediátricos (Bebês com menos de 1 ano e crianças até o início da puberdade). Isso equivale a cerca de 1,5 polegadas (4 cm) em bebês e até 2 polegadas (5 cm) em crianças. Uma vez que as crianças tenham atingido a puberdade (isto é, adolescentes), utiliza- se a profundidade recomendada para compressões em adultos de, pelo menos, 2 polegadas (5 cm), mas não superior a 2,4 polegadas (6 cm). “Para crianças a RCP deve ser feita com massagem cardíaca e ventilações, diferentemente nos adultos, onde não há essa ênfase. A proporção é de 30:2 (compressões:ventilação) se houver apenas 1 socorrista. Caso haja dois ou mais socorristas, a proporção passa a ser de 15:2 (compressões :ventilação)”. HEMORRAGIAS “A hemorragia ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo, devido a doenças ou a traumatismos”. A hemorragia pode ser: Interna e externa –quanto à localização. Arterial, venosa e capilar –quanto aos vasos. Sinais e sintomas Palidez, pele fria, sudorese, pulso rápido e fino, mucosas descoradas, distensão do abdome e/ou do tórax. CONDUTA DO SOCORRISTA PARA O CONTROLE DE HEMORRAGIA EXTERNA Compressão direta; Compressão indireta; Garroteamento; Não aplique torniquetes. “O torniquete não deve ser realizado para estancar hemorragias externas. Atualmente, este procedimento é feito só por profissionais treinados e mesmo assim, em caráter de exceção; quase nunca é aconselhado”. CONDUTA DO SOCORRISTA PARA O CONTROLE DE HEMORRAGIA INTERNA Pulmonar; Estomacal; Abdominal outras; Genital. – Controle de hemorragia com meios auxiliares Elevar os membros feridos após verificar se existem fraturas. Colocar gelo no local. TRAUMA “No contexto da enfermagem, define-se o Trauma como um evento nocivo que advém da liberação de formas específicas de energia ou de barreiras físicas ao fluxo normal de energia”. O traumatismo ocorre pela violência do choque entre o agente agressor e o corpo, podendo ocasionar ferimentos, feridas, fraturas, entorses e luxações. QUAIS SÃO AS CONDUTAS DE SEGURANÇA NA FASE PRÉ-HOSPITALAR? Antes de iniciar a abordagem XABCDE ao paciente vítima de trauma, é necessário atentar-se a itens essenciais para salvaguardar as vidas do socorrista e da equipe, como: avaliação da segurança da cena segura, uso de EPI’s, sinalização da cena (Ex. dispor cones de isolamento na pista). O famoso mnemônico do trauma “ABCDE” ganhou na 9ª edição do PHTLS 2018, no capítulo 6 , mais uma letra. O “x’, de hemorragia exsanguinante, ou seja, hemorragia externa grave. “Em 1976, ao sofrer um acidente com sua família, o cirurgião ortopédico Jim Styner pôde perceber as fragilidades dos cuidados em primeiros socorros de vítimas de traumas. Depois dessa experiência, o médico desenvolveu o protocolo ABCDE do trauma”. O QUE É O XABCDE DO TRAUMA? O XABCDE é um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao paciente politraumatizado e define prioridades na abordagem ao trauma, no sentido de padronizar o atendimento. Ou seja, é uma forma rápida e fácil de memorizar todos os passos que devem ser seguidos com o paciente em politrauma. Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao indivíduo, e é aplicável a todas as vítimas com quadro crítico, independentemente da idade. O protocolo tem como principal objetivo reduzir índices de mortalidade e morbidade em vítimas de qualquer tipo de trauma. Significado das Letras XABCDE: (X)–Exsanguinação Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve ser antes mesmo do manejo das vias aérea uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no trauma são as hemorragias graves. Significado das Letras XABCDE: (A) Vias aéreas e proteção da coluna vertebral Avalia-se a via aérea ( se está pérvia), solicitando, quando possível, que o paciente fale ( diga o seu nome, por exemplo). A obstrução da via aérea no trauma pode se dar por corpos estranhos, sangue, fragmentos ósseos, restos alimentares, lesões de laringe e traquéia. A manutenção da via área pérvia ou protegida, deve ser acompanhada da proteção da coluna cervical. A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical, considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos multissistêmicos. Um paciente traumatizado multissistêmico tem lesões envolvendo mais de um sistema corporal, incluindo o pulmonar, circulatório, neurológico, gastrointestinal, sistemas musculoesquelético e tegumentar. Significado das Letras XABCDE: (B) –Boa Ventilaçãoe Respiração No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e observação da musculatura acessória são parâmetros analisados nessa fase. Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta e percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado. (C) –Circulação com Controle de Hemorragias No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A Hemorragia é a principal causa de morte no trauma Significado das Letras XABCDE: (D) – Disfunção Neurológica No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas realizadas. Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a Escala de Coma de Glasgow atualizada. (E) –Exposição Total do Paciente No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na pele etc. A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o paciente. TIPOS DE TRAUMAS: – Trauma de tórax Os traumatismos de tórax são frequentes, nos acidentes de trânsito, principalmente, em ausência do cinto de segurança; Ocorrem fraturas de costelas e do osso esterno, ocasionando: dor intensa e localizada, dificuldade de respirar, contusão ou fratura, parada cardíaca, hemoptise e pneumotórax. – Trauma de abdômen Os traumatismos de abdômen são frequentes nos acidentes de trânsito, principalmente, em ausência do cinto de segurança. Ocorrem lesões em órgãos internos, ocasionando: dor intensa e localizada, rigidez abdominal, hematêmese e evisceração. Mantenha a vítima com as pernas flexionadas, não manipular e nem tentar reintroduzir as vísceras e envolver com pano limpo e úmido. TIPOS DE TRAUMAS: – Trauma de crânio A calota craniana protege o cérebro de traumas, dependendo da violência dos mesmos. No trauma de crânio ocorrem: Alteração do estado de consciência. Alteração das pupilas.(Midríase ou Miose) Pigmentação retro auricular Aureola azul em volta dos olhos( Hematoma periocular) Saída de sangue pelos orifícios naturais. Verificar circulação, respiração e consciência. Estabilizar a região cervical. Facilitar a saída de sangue. Monitorar constantemente os sinais vitais. Transportar a vítima em posição recostada e imobilizada corretamente TIPOS DE TRAUMAS: – Trauma de coluna vertebral A coluna vertebral é o eixo do corpo humano, dando sustentação ao esqueleto. A coluna é constituída de vértebras, que protegem a medula, condutor nervoso com a missão de transmitir informações, estímulos e reações a todas as partes do corpo. Coluna vertebral é constituída de: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. Qualquer lesão que comprometa a transmissão nervosa pode deixar a vítima sem os movimentos correspondentes a porção afetada da coluna. O “efeito chicote”, também conhecido como hiperflexão e ou hiperextensão brusca do pescoço, são traumas que ocorrem principalmente com condutores de veículos que não usam o cinto de segurança. Nas lesões de coluna ocorrem: dificuldade ou impossibilidade de realizar movimentos; ausência de sensibilidade; dor intensa e localizada; confusão mental; priapismo (em homens). TIPOS DE FRATURAS O conceito de fraturas é a perda da continuidade óssea. Ou seja, qualquer perda de continuidade óssea, mesmo que não seja completa, é uma fratura. Classificação das fraturas De acordo com o traço da fratura observado radiograficamente, podemos classifica-la em simples, quando há apenas um traço, sendo uma lesão única que realiza a transfixação de todo o osso. Caso sejam observados dois traços de fratura formando uma cunha, considera-se a fratura como em cunha. Por fim, quando observam-se múltiplos traços de fratura, com o osso fraturado em vários seguimentos, podemos classificar esse tipo de fratura como cominutiva. Uma fratura pode ser classificada como aberta ou fechada. Fraturas abertas, também chamada de expostas, são aquelas em que há o contato do foco da fratura com o meio externo, podendo culminar desde em lesões puntiformes até fraturas extensas, como no esmagamento. As fraturas fechadas, por outro lado, são aquelas em que não há contato do foco da fratura com o meio externo Conduta do socorrista • Proteger a lesão; • Limpar o local da lesão; • Estancar a hemorragia; • Fazer a imobilização quando se fizer necessário; • Transportar a vítima corretamente. QUEIMADURAS De forma abrangente, as queimaduras ocorrem quando um grande grupo de células da pele ou de outros tecidos são agudamente destruídas por calor, descarga elétrica, fricção, frio excessivo, contato com produtos químicos ou radiação. As queimaduras podem ser leves ou profundas, pequenas ou extensas. A gravidade do quadro depende exatamente desses dois fatores: extensão e profundidade QUEIMADURAS/GRAUS As queimaduras são classificadas segundo a sua profundidade e tamanho, sendo geralmente mensuradas pelo percentual da superfície corporal acometida. Queimaduras de primeiro grau Também chamada queimadura superficial, são aquelas que envolvem apenas a epiderme, a camada mais superficial da pele, Os sintomas da queimadura de primeiro grau são intensa dor e vermelhidão local, mas com palidez na pele quando se toca. A lesão da queimadura de 1º grau é seca e não produz bolhas. Geralmente melhoram após 3 a 6 dias, podendo descamar, e não deixam sequelas. QUEIMADURAS/GRAUS Queimaduras de segundo grau As queimaduras de segundo grau são atualmente divididas em 2º grau superficial e 2º grau profundo. A queimadura de 2º grau superficial é aquela que envolve a epiderme e a porção mais superficial da derme. Os sintomas são os mesmos da queimadura de 1º grau incluindo ainda o aparecimento de bolhas e uma aparência úmida da lesão. A cura é mais demorada podendo levar até 3 semanas; não costuma deixar cicatriz, mas o local da lesão pode ser mais claro. As queimaduras de 2º grau profundas são aquelas que acometem toda a derme, sendo semelhantes às queimaduras de 3º grau. As glândulas sudoríparas e os folículos capilares também podem ser destruídos, fazendo com a pele fique seca e perca seus pelos. A cicatrização demora mais que 3 semanas e costuma deixas cicatrizes. QUEIMADURAS/GRAUS Queimaduras de terceiro grau São as queimaduras profundas que acometem toda a derme e atinge tecidos subcutâneos, com destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e capilares sanguíneos, podendo inclusive atingir músculos e estruturas ósseas. São lesões esbranquiçadas/acinzentadas, secas, indolores e deformantes que não curam sem apoio cirúrgico, necessitando de enxertos. Existe queimadura de quarto grau? Alguns autores dividem as queimaduras em quatro graus em vez de três. Neste caso, as queimaduras de quarto grau seriam aquelas que envolvem músculo e osso. Esse grau de severidade é mais frequente nas queimaduras elétricas e podem ser mais graves do que aparentam, pois o pior da lesão fica por baixo da pele. QUEIMADURAS/GRAUS Queimaduras de terceiro grau São as queimaduras profundas que acometem toda a derme e atinge tecidos subcutâneos, com destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e capilaressanguíneos, podendo inclusive atingir músculos e estruturas ósseas. São lesões esbranquiçadas/acinzentadas, secas, indolores e deformantes que não curam sem apoio cirúrgico, necessitando de enxertos. Existe queimadura de quarto grau? Alguns autores dividem as queimaduras em quatro graus em vez de três. Neste caso, as queimaduras de quarto grau seriam aquelas que envolvem músculo e osso. Esse grau de severidade é mais frequente nas queimaduras elétricas e podem ser mais graves do que aparentam, pois o pior da lesão fica por baixo da pele. QUEIMADURAS Conduta do Socorrista Proteger a lesão; Retirar a roupa, sem arrancar a pele; Lavar a área queimada; Aquecer a vítima com cobertores; Se o corpo estiver em chamas, o socorrista deve impedir que o indivíduo corra, enrolando-o em um cobertor úmido; Vítimas em chamas devem ser roladas para apagar as chamas. Use as técnicas de abafamento, com lençóis e cobertores e não estoure as bolhas. Nas vítimas de queimaduras de 3º grau, devemos ter cuidado com as áreas carbonizadas; Previna o choque; Não dê nada para beber à vítima. Estado de choque O estado de choque se caracteriza pela descompensação do nível de volume circulante em relação a capacidade do sistema vascular de controlar e estabilizar o volume hemodinâmico. Os quadros mais comuns de choque se apresentam normalmente por perda de sangue, conhecidos como choques hipovolêmico ou hemorrágico. Causas Traumatismos; Hemorragias; Queimaduras; Ataques cardíacos e outros. Sintomas Pele fria, suor intenso, palidez, náuseas e vômitos, respiração difícil, pulso fraco, vista turva e inconsciência parcial ou total. Conduta do Socorrista Combater a causa do estado de choque, dar conforto à vítima e aquecê-la; Proceder a massagem cardíaca e/ou a respiração de socorro, quando necessária; Colocar a vítima sobre superfície rígida; Elevar os membros da vítima em DECÚBITO SUPINO no nível máximo de 30cm do chão; Aquecer a vítima e lateralizar a cabeça no caso de vômito; Em lesões ou fraturas nos membros inferiores não elevar os membros, colocar em prancha rígida e elevar a prancha; Em lesões na região cervical ou na coluna, não lateralizar a cabeça da vítima. Usar o rolamento em bloco. Transporte de acidentados O Transporte correto não permite o aumento das lesões da vítima. O transporte de vítimas de trauma necessita de cuidados e equipamentos: Pranchas, extensores, aparador de cabeça e colar cervical; Transporte sempre em maca. Imobilize antes de transportar. Durante o transporte, monitore sempre as funções vitais; a maca é o melhor meio de transporte; Usar meios auxiliares de transporte, somente quando as condições do acidentado permitirem; Ao transportar a vítima, posicione sempre a cabeça da mesma para frente, na direção do motorista, evitando solavancos e curvas e freadas bruscas. Tipos de transporte Maca, apoio, cadeira, colo, costas, por extremidade. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 (2) (3) Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57