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11 QFL-0238 – QUÍMICA ANALÍTICA INSTRUMENTAL – 2013 1º Ciclo de Experimentos ESPECTROFOTOMETRIA Bibliografia Espectros de drogas: http://mtnviewfarm.net/monographs.html Espécies químicas em geral: http://webbook.nist.gov/chemistry Método FIA para AAS: Pereira, A.V., Aniceto, C., Fatibello- Filho, O., Analyst, 1998, 123, 1011–1015. Preparo e caracteriz. de comprimidos de AAS: Wanczinski, B.J, Felipe, D.F., Cardoso, M.L.C., Cavalcanti, O.A., Acta Scientiarum 2002, 24 (3), 649. http://periodicos.uem.br/ojs/ index.php/ActaSciHealthSci/article/viewFile/2479/1659 Determ. de ácido ascórbico envolvendo Fe(III)(SCN-)n. Quináia, S.P., Ferreira, M., Rev. Ciências Exatas e Naturais, 9 (1) p. 41, 2007. http://revistas.unicentro.br/index.php/RECEN/article/ view/27/106 Objetivo Familiarização com a técnica da espectrofotometria de absorção na região do ultravioleta e visível com vistas à caracterização espectroscópica de compostos orgânicos (ácido acetilsalicílico e ácido salicílico), acompanhamento de cinética de reação (hidrólise do ácido acetilsalicílico, AAS) e determinação quantitativa (análise de AAS em comprimido). Material Trazer amostra de comprimido de 0,5 g de ácido acetil-salicílico (aspirina) e papel milimetrado para gráfico. Instruções gerais e registro de espectros 1. Para realizar medidas espectrofotométricas de amostras em estado líquido (puro ou soluções) na região do UV-visível, utiliza-se, via de regra, cubetas feitas de quartzo (caras, Vis até UV-C), vidro (Vis) ou plástico (baratas, menos inertes, Vis e UV-A), com duas janelas paralelas espaçadas de 1,00 cm, transparentes e polidas. Manusear as cubetas com cuidado, para não riscá-las ou quebrá-las, nem deixar impressões digitais nas janelas. 2. Limpar a cubeta com água e detergente, nunca recorrendo a escovas ou materiais abrasivos. Enxaguá-la repetidas vezes com água e, para não ter que secá-la, com pequenas porções da solução a examinar. Enchê-la até 2/3 a 3/4 da altura, se necessário, secar as janelas por fora com papel absorvente macio. 3. Ao encaixar a cubeta no porta-cubetas, orientá-la de forma que o feixe óptico do espectrofotômetro passe pelas faces transparentes. Se o suporte tiver trava mecânica, afrouxá-la antes de colocar a cubeta e travá-la depois. 4. A solução em exame não pode estar gelada (temperatura inferior à do ponto de orvalho causa condensação), nem deve conter bolhas gasosas ou partículas em suspensão ou aderidas às paredes da cubeta. 5. Seguir as instruções do instrutor sobre a operação do espectrofotômetro, ligar as duas lâmpadas e fazer alguns dos exercícios a seguir. a) Determinar a região espectral útil de cubetas de diferentes materiais: usar o ar (suporte sem cubeta) para calibrar o “branco”, acionando o comando Blank do espectrofotômetro; colocar uma cubeta vazia de cada vez no suporte e obter o seu espectro; b) Colocar água numa cubeta, e registrar o espectro; usar a cubeta com água para calibrar o branco, depois tirar espectro de alguma solução colorida (permanganato, dicromato ou indicador); c) retirar a cubeta, calibrar o “branco” com uma lâmina de quartzo no percurso óptico, passar camada fina de creme protetor solar na lâmina, obter o espectro; d) tirar o espectro da lente de um óculos de sol ou de um filtro do fluorímetro. e) Gravar os dados na pasta QFL0238-2013, iniciando o nome do arquivo pelo número do grupo, seguido do turno, p. ex., Gr09Not_quartzo+protetor_solar. Determinação espectrofotométrica de ácido acetilsalicílico em formulações farmacêuticas 1. Fundamento do método analítico O ácido acetil-o-salicílico apresenta bandas de absorção na região do UV (tal como a maioria dos compostos orgânicos). Consegue- se maior seletividade e praticidade (medições na região do visível) provocando a hidrólise do AAS, com formação de ácido o-salicílico (pK1=3,0; pK2=13,7), seguida de adição de Fe3+ em excesso, em meio ácido. Forma-se o complexo [Fe(Sali)(H2O)4]+, cuja absorbância é medida. Obs.: Serve também para determinar ferro(III), colocando excesso de salicilato em meio não tão ácido, com formação de [Fe(Sali)2(H2O)2]- (vermelho) e [Fe(Sali)3]3- (amarelo)). 2. Escolha das condições de hidrólise do AAS Observação da cinética de hidrólise do AAS no UV – ligar as duas lâmpadas e usar cubeta de quartzo. a) Diluir 10 vezes a solução estoque de AAS 0,360 g/L, transferir 2,0 mL para a cubeta, colocar no espectrofotômetro, registrar o espectro. Carregar uma pipeta automática com 0,10 mL de H2SO4 0,1 mol/L. Disparar um cronômetro (ou anotar o tempo do relógio do computador) ao injetar o ácido na cubeta; com a ponta da pipeta ainda imersa, aspirar e ejetar líquido na cubeta algumas vezes para misturar a solução e tirar um espectro, anotando simultaneamente o tempo. Repetir o espectro a cada minuto. Em não havendo alteração, parar e gravar os dados. b) Repetir com nova solução de AAS, injetando 0,10 mL de NaOH 0,1 mol/L. Obter espectros a cada 30 s; quando mudarem menos que 10 a 20%, aumentar o intervalo, para 1, 2 e 5 min. Gravar os dados. Repetir com nova solução de AAS, injetando, desta vez, 0,10 mL 22 de NaOH 2 mol/L. c) Desligar a lâmpada de deutério (daqui para frente, se trabalhará no visível e a lâmpada para UV é mais cara e dura menos. d) Concluir sobre o meio mais favorável para a hidrólise e construir um gráfico de Absorbância (λmax) vs. tempo para o experimento (a, b ou c) que apresentar dados para acompanhar a cinética de hidrólise. 3. Preparo da amostra: dissolução, hidrólise e complexação Pesar um comprimido de aspirina de 500 mg, anotar a massa e triturá-lo usando almofariz e pistilo de ágata. Pesar um béquer de 150 mL, transferir o pó para o béquer e pesar novamente, obtendo, por diferença, a massa de amostra que será analisada. Adicionar 65 mL NaOH 0,1 mol/L e aquecer, sem ferver, para dissolver o AAS (p.ex., banho Maria ou de areia por 15 minutos). Resfriar (banho de água, depois secar), transferir quantitativamente a solução para um balão de 100 mL, completar à marca com água destilada e homogeneizar. Resíduos insolúveis (excipientes do comprimido) decantados não interferem, mas em suspensão, sim: se for o caso, filtrar (à vácuo), sem adicionar água e desprezando a fração inicial. Transferir, com pipeta volumétrica, 5,00 mL desta amostra hidrolisada para balão de 50 mL, adicionar 22 mL de H2SO4 0,1 mol/L e homogeneizar. Adicionar 2,0 mL de solução acidulada de Fe3+ 0,6 mol/L, completar à marca com água destilada, tampar e homogeneizar bem (30 s), marcar o balão (X) e guardar para posterior leitura de absorbância. 4. Preparo das soluções padrão para a construção da curva analítica (ou de calibração) Pipetar, em balões de 50 mL, os volumes necessários de solução padronizada de salicilato de sódio 0,0250 mol/L (4,003 g/L) para alcançar as concentrações da tabela a seguir. Adicionar, também, a cada balão 20,0 mL de H2SO4 0,1 mol/L, misturar, adicionar 2,0 mL de solução acidulada de Fe3+ 0,6 mol/L, completar à marca com água destilada, tampar e homogeneizar bem (30 s). Solução [salicilato] (mmol/L) Volume a pipetar (balão de 50 mL) Absorbância medida 1 0 ___0__ ________ 2 0,50 ______ ________ 3 1,00 ______ ________ 4 1,50 ______ ________ 5 2,00 ______ ________ 6 3,00 ______ ________ 7 4,00 ______ ________ Amostra X _5,00__ ________ 5. Obtenção do espectro de absorção do complexo [Fe(Sali)]+ Como o complexo absorve na região do visível, usar cubetas de vidro ou plástico e manter a lâmpada de deutério desligada e a incandescente ligada. Encher uma cubeta com a solução nº 1 (sem salicilato, servirá de referência ou branco) e outra com a solução nº 3. Se estiver usando espectrofotômetro de feixe simples (p.ex., diode array Agilent), colocar a solução nº 1 no suporte e acionar o comando Blank para que o aparelho memorize esse espectro como sendo o “branco” e o subtraia dos espectros posteriores. Em seguida,trocar a solução nº 1 pela nº 3 e registrar o espectro de absorção do complexo (Absorbância vs. λ). (Se o aparelho for de feixe duplo, colocar a solução nº 1 no feixe de referência e a solução a examinar (nº 3) no feixe de medida, para que a subtração do branco se dê durante a varredura do espectro.) Determinar, no espectro, o comprimento de onda de máxima absorção, λmax, do complexo e utilizá-lo doravante. 6. Obtenção da curva analítica do complexo e determinação da concentração da amostra Em espectrofotômetro de varredura rápida (diode array), obter os espectros de todas as soluções do complexo (2 a 7 e Amostra), anotar a absorbância no λmax; (em aparelhos lentos, fixar o λmax e medir a absorbância de todas as soluções). Construir um gráfico da curva de calibração em papel milimetrado, encontrar a concentração da amostra hidrolisada diluída por interpolação. Roteiro para o relatório Entregar ao final da aula, folha de resultados e respostas, indicando data e nº do Grupo Modelo, com campos a preencher, será distribuído no laboratório. Entregar na semana subsequente a) Analisar por regressão linear os dados de A vs. [sali] da Tabela (usar, p.ex., planilha Excel ou Origin). Usar a equação da reta para determinar o εcomplexo e a concentração de salicilato no hidrolisado diluído. b) Converter os dados de absorbância em transmitância na planilha do item a), imprimir o gráfico e comparar a) com b), discutindo. c) Com base no resultado obtido em a) calcular a concentração de salicilato (mol/L) no balão inicial de 100 mL, após a hidrólise, bem como a massa de AAS na amostra pesada e a porcentagem (m/m) de AAS no comprimido. Comparar o valor encontrado com nominal. d) Como se poderia avaliar o grau de hidrólise do AAS de um comprimido velho ou que ficou guardado em local úmido? e) O que o grupo observou e aprendeu com os experimentos preliminares? f) No equipamento usado, a dispersão de luz da fonte se dá por rede de difração, prisma ou filtro de interferência? Onde ocorre a dispersão, entre a fonte e a amostra ou entre a amostra e o detector? Quantos detectores têm o equipamento? g) Para um composto fluorescente como o salicilato de sódio (na ausência do ferro), o espectro obtido na região do visível poderia apresentar diferença se obtido com a lâmpada de UV ligada ou desligada num espectrofotômetro de varredura: i) lenta, com um detector? ii) de varredura rápida, com centenas de detectores (diode array)?
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