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77 M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Capítulo 5 Os modelos organizacionais de Mintzberg Ao pensarmos em um sistema de gestão eficaz nas empresas, é determinante considerar a importância da estrutura organizacional. À medida que as organizações crescem, elas também aumentam sua complexidade, exigindo que seus sistemas de fluxos de atividades e as inter-relações que nela ocorrem sejam estruturados. Quando uma estrutura é desenhada, são explicitadas questões centrais para sua eficácia, como as relações de autoridade e poder, a definição do trabalho e das tarefas, as formas de coordenação dessas tarefas, entre outros aspectos. 78 Modelos organizacionais e teorias M at er ia l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Mintzberg (2011) desenvolveu um modelo que divide a organização em seis partes que, segundo o autor, são comuns a qualquer empresa, interagindo entre si e se complementando mutuamente. Tomando como base os estudos de Mintzberg, serão apresentadas as partes básicas da organização, bem como os modelos de gestão (operacional, tático e estratégico). 1 As partes básicas de uma organização Mintzberg (2011) apresentou em seus estudos uma análise da estru- tura organizacional. Por “estrutura organizacional” entende-se o instrumento administra- tivo resultante da identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e dos recursos das empresas, incluindo os estabelecimentos dos níveis de alçada e dos processos decisórios (OLIVEIRA, 2006). Mintzberg (2011) mostra que em toda atividade humana organizada há sempre duas exigências fundamentais: a divisão do trabalho em várias tarefas e a coordenação dessas tarefas. A grande complexidade que as organizações enfrentam em seu am- biente pede que essas atividades sejam analisadas considerando os fatores situacionais e seus diversos arranjos, determinando a estrutura organizacional. Em sua teoria, dividiu essa estrutura em seis partes interdependen- tes e comuns a qualquer empresa: cúpula estratégica, núcleo operacio- nal, linha intermediária, tecnoestrutura, assessoria de apoio e ideologia, representadas na figura 1. 79Os modelos organizacionais de Mintzberg M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Figura 1 — As seis partes básicas da organização Ideologia Cúpula estratégica Assessoria de apoioTecnoestrutura Núcleo operacional Linha intermediária Fonte: adaptado de Mintzberg (2011). Mintzberg (2011) descreve o núcleo operacional como o “coração da empresa”. Nele, estão envolvidos os colaboradores que executam o tra- balho básico (operadores), ou seja, está diretamente relacionado com a produção de bens ou serviços. A cúpula estratégica representa o topo da organização. É nela que se encontram os níveis mais altos – presidente, diretores, superintenden- tes –, que têm atuação global e são responsáveis por garantir que se cumpra a missão da empresa. A linha intermediária fará a ligação entre a cúpula estratégica e o nú- cleo operacional. Ela é representada pelos gerentes e supervisores, que possuem autoridade formal sobre os seus subordinados. A tecnoestrutura é formada por analistas, que serão responsáveis por analisar o trabalho, padronizando regras e processos. 80 Modelos organizacionais e teorias M at er ia l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . A assessoria de apoio citada por Mintzberg (2011) se diferencia das demais partes. Nela, ocorre a prestação de serviços indiretos, que não estão diretamente ligados à produção do produto ou serviço que a em- presa oferece. Essas atividades estão comumente ligadas à segurança, serviços gerais ou mesmo atividades de contabilidade. Muitas empre- sas acreditam que a assessoria de apoio pode ser terceirizada, pois isso reduz custos para a organização. A última parte, a ideologia, é onde residem todas as crenças e valo- res da organização. Trata-se da base conceitual e de pensamentos, na qual se constitui a cultura organizacional da empresa. A ideologia será responsável por todas as formas de pensar a organização e sua relação com os seus clientes internos e externos. Neste capítulo, serão apresentadas as discussões dos modelos de gestão operacional, tático e estratégico (figura 2) sob o ponto de vista dos estudos de Mintzberg. Figura 2 — Modelos de gestão: estratégico, tático e operacional Estratégico Tático Operacional • Pensa em toda a organização • Tem foco no longo prazo • Estipula objetivos genéricos e globais • Pensa no departamento, setor • Tem foco no médio prazo • Estipula objetivos mais detalhados e mensuráveis • Pensa no processo ou atividade • Tem foco no curto prazo • Estipula objetivos detalhados e específicos Fonte: adaptado de Sobral e Peci (2012) e Silva (2013). 81Os modelos organizacionais de Mintzberg M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. 2 O modelo de gestão operacional Como vimos, Mintzberg (2011) considera o núcleo operacional como o coração da empresa. De fato, é nesse nível que o planejamento rea- lizado se materializa. O autor mostra que o núcleo operacional é quem faz, de fato, uma empresa acontecer. A gestão operacional será responsável pela coordenação das ações, assegurando que as pessoas executem as operações planejadas pela organização. Por isso, trabalha com o curto prazo. Nesse nível, deve haver alta formalização dos procedimentos e nível de controle. Normalmente o núcleo operacional não requer um alto grau de habilidade, portanto promove-se uma divisão clara de trabalho, com tarefas bem definidas (MADEIRA; PEREIRA, 2011). Nesse nível, são quatro as funções principais dos colaboradores (MINTZBERG, 2011): 1. Assegurar as entradas (inputs) dos trabalhos/tarefas. 2. Transformar as entradas em saídas (outputs). 3. Distribuir as saídas (outputs). 4. Dar suporte direto para as entradas (inputs), as transformações e as funções de saídas (outputs). NA PRÁTICA Se tomarmos como base uma empresa de papel e celulose, podemos mostrar na prática as quatro funções principais dos colaboradores no modelo de gestão operacional: 1. Assegurar as entradas (inputs) da produção: departamento de compras adquire madeira (matéria-prima) para o início do processo de fabricação do papel. 82 Modelos organizacionais e teorias M at er ia l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 2. Transformar as entradas em saídas (outputs): a matéria-prima é levada ao setorde produção e o papel fabricado. 3. Distribuir as saídas (outputs): terminado o processo de fabricação, o papel é vendido aos clientes. 4. Dar suporte direto para as entradas (inputs), as transformações e as funções de saídas (outputs): dar suporte para a manutenção das máquinas, estoque de matérias-primas, entrega da mercadoria no prazo, etc. 3 O modelo de gestão tática Entre o núcleo operacional e a cúpula estratégica encontra-se a li- nha intermediária. Nesse nível, estão os gerentes e supervisores que possuem autoridade direta sobre os operadores e utilizam os mecanis- mos de controle chamados de “supervisão direta” (MINTZBERG, 2011). Os líderes de linha intermediária desempenham papel fundamental nas organizações. São eles os responsáveis por traduzir o planejamen- to estratégico formulado pela alta cúpula para o núcleo operacional e concretizá-lo por meio das pessoas, desdobrando as estratégicas em ações concretas e em processos de atuação. Trabalham com foco no médio prazo. Existem atividades dentro do fluxo de supervisão do gerente que ocorrem abaixo e acima. Fluindo para cima, ele irá monitorar os resul- tados de desempenho de sua unidade, tomar para si as disfunções que pode solucionar e levar aos níveis hierárquicos mais altos aquelas que somente seus superiores podem resolver. Já o fluxo para baixo ocorre na alocação de recursos para sua uni- dade, nas regras, projetos e planos que serão desenvolvidos e imple- mentados em seu setor. 83Os modelos organizacionais de Mintzberg M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Esse gerente de nível médio terá ainda que gerenciar as ocorrências de fronteira (MINTZBERG, 2011), mantendo contatos com outros ge- rentes, analistas, assessores e com as pessoas de fora, como clientes, fornecedores, entre outros. A supervisão direta exige contato pessoal entre o gerente/supervi- sor e o funcionário do núcleo operacional, sendo necessário observar o número de subordinados que são capazes de supervisionar. Soma-se a isso o ambiente em que esses gerentes estão inseridos e o perfil das pessoas que lideram. Vivemos em uma sociedade dinâmica, marcada por mudanças, o que obriga as organizações a se diferenciarem. O resultado são pro- cessos mais complexos, tecnologias avançadas e, consequentemente, a exigência de um trabalhador mais preparado, que busque continua- mente novos conhecimentos. São essas pessoas que os gerentes de linhas passam a receber. Desta forma, aumenta a complexidade da atuação da linha inter- mediária, exigindo o desenvolvimento de diversas competências para a supervisão. Além de estar preparado tecnicamente, é fundamental a esses profissionais o desenvolvimento de competências humanas ca- racterizadas pela capacidade de se relacionar e trabalhar com as pes- soas (FERNANDES, 2014). Isso envolve motivar, comunicar, gerar entu- siasmo e confiança, criando um ambiente que estimule a integração e a participação. Como vimos, esses gerentes lidam não apenas com o núcleo opera- cional, mas também com a alta cúpula, seus pares, fornecedores e mui- tas vezes com os próprios clientes, que trazem consigo expectativas que precisam ser atendidas. 84 Modelos organizacionais e teorias M at er ia l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . NA PRÁTICA Um gesto de gentileza com o próximo viralizou nas redes sociais: O gerente de uma das agências da Caixa Econômica Federal, no Rio de Janeiro, foi flagrado enquanto estava sentado no chão para atender um senhor com deficiência física (o senhor não tinha as duas pernas). O registro foi feito por uma das usuárias do banco, que também compar- tilhou a imagem em seu perfil no Facebook, comentando ter ficado “en- cantada” com a forma que o homem foi atendido. No post, que já chegou a mais de 6 mil compartilhamentos e 23 mil reações, internautas se sensibilizaram com a atitude de gentileza e elo- giaram o gerente do banco. Vale a pena procurar mais informações sobre esse caso na internet. 4 O modelo de gestão estratégica No topo mais alto da organização, Mintzberg (2011) apresenta a cúpula estratégica. Ela é formada pelos altos dirigentes — presidente, diretores —, profissionais que têm a responsabilidade de pensar na or- ganização como um todo, assegurando que a missão da organização seja cumprida e as necessidades dos stakeholders sejam satisfeitas. São três os conjuntos de obrigações neste nível: a supervisão direta dos demais níveis, a administração das relações da empresa com o am- biente e o desenvolvimento da estratégia da organização. 4.1 Supervisão direta A cúpula estratégica é responsável pela supervisão direta dos de- mais níveis da empresa. Eles tomam decisões sobre a alocação de recursos, resolvem conflitos, monitoram o desempenho, motivam e 85Os modelos organizacionais de Mintzberg M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. recompensam os funcionários e estão sempre planejando e assesso- rando a organização como um todo. 4.2 Administração das relações da empresa com o ambiente Outra importante obrigação deste nível se refere à administração das relações da empresa em relação ao seu ambiente. Esses profissionais devem se relacionar com pessoas influentes, a fim de comunicar as atividades da organização, levando e extraindo in- formações importantes dessas interações. Além disso, negociam acor- dos importantes, cumprindo obrigações sociais com clientes, parceiros e demais stakeholders. 4.3 Desenvolvimento da estratégia Na literatura, são muitas as definições utilizadas para explicar es- tratégia no contexto organizacional. Utilizaremos o conceito de Miller e Dess (1996 apud MAINARDES; FERREIRA; RAPOSO, 2011), que mostra estratégia como um conjunto de planos feitos ou decisões tomadas para ajudar as organizações a atingir seus objetivos. A alta cúpula é responsável pela elaboração das estratégias orga- nizacionais. As estratégias são desenvolvidas considerando a análise do ambiente, a análise dos cenários futuros, os planos e rumos tra- çados para a empresa, e resultarão no planejamento estratégico da organização. Embora encontremos muitas empresas de diferentes segmentos, portes, estruturas, entre outros aspectos, todas têm algo em comum: dependem de um planejamento estratégico para aumentarem suas chances de sobrevivência no mercado. 86 Modelos organizacionais e teorias M at er ia l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Há diversas razões para se elaborar um planejamento estratégico, entre elas (MESSIAS et al., 2017, p. 2): • Determinar o destino organizacional em termos de objetivos em lon- go prazo, planos de ação e prioridades para alocação de recursos. • Estabelecer o domínio competitivo da organização. • Responder às oportunidades e ameaças externas e aos pontos fracos e fortes internos de modo a atingir vantagem competitiva. • Determinar tarefas gerenciais em níveis estratégicos, táticos e operacionais. • Definirum padrão de decisões coerente, unificado e integrado. • Desenvolver competências críticas para a organização. Este nível demanda, sobretudo, habilidades conceituais — ligadas à capacidade de compreender a complexidade da organização como um todo, pois há a necessidade de desenvolver uma perspectiva mais am- pla da organização. Destaca-se ainda que a repetição do trabalho e a padronização são mínimas, marcadas por longos períodos de tomada de decisões (MINTZBERG, 2011). NA PRÁTICA Eleita a melhor empresa para se trabalhar [...], o Magazine Luiza, sediado em Franca/SP, tem como uma de suas principais características o traba- lho por ciclos, ou seja, constantemente analisa o ambiente do negócio e busca soluções inovadoras para os problemas estratégicos. Foi essa visão de negócio, dos pontos fortes e fracos da empresa, que possibili- tou o pioneirismo em áreas como a Internet (a loja virtual foi criada em 1992) (FERNANDES; BERTON, 2005). 87Os modelos organizacionais de Mintzberg M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. É da cúpula estratégica o papel mais importante na elaboração das estratégias organizacionais. No entanto, as demais partes da organiza- ção, como a linha intermediária e o núcleo operacional, também devem participar desse processo. Para tal, as organizações devem promover espaços nos quais todos os colaboradores possam participar, opinar e, consequentemente, se engajar com a empresa. Além disso, as estratégias por vezes são criadas por si mesmas, em resposta às pressões repentinas do ambiente, que obriga o administrador a tomar decisões que não haviam sido planejadas (MINTZBERG, 2011). NA PRÁTICA Ideias de funcionários geram economia para empresas de Santa Catarina “Em tempos de crise, a solução pode estar mais perto do que se imagi- na. O exemplo vem de trabalhadores catarinenses que estão propondo soluções para gerar economia para as empresas onde atuam. E vêm sendo recompensadas por isso. É o caso de uma indústria química [...]. Até o ano passado, os tachos usados eram lavados à mão, num tra- balho difícil e demorado — a limpeza de cada um deles levava até 40 minutos. Utilizar uma máquina para fazer esse serviço parecia inviável, já que uma versão importada custaria o equivalente a R$ 800 mil. Os próprios funcionários, porém, contornaram o problema e desenvolveram um equipamento que praticamente acabou com o trabalho manual. Por R$ 61 mil — bem menos do que o maquinário importado —, a empre- sa ganhou em produtividade: a máquina desenvolvida por eles faz tudo sozinha em apenas cinco minutos. Além disso, trouxe benefício para a saúde dos funcionários, sem falar na economia anual de R$ 80 mil com os solventes que antes eram usados na limpeza” (PORTAL G1, 2016). 88 Modelos organizacionais e teorias M at er ia l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Considerações finais Neste capítulo, vimos o modelo proposto por Mintzberg (2011), que discute a estrutura organizacional, dividindo a organização em seis par- tes básicas: cúpula estratégica, núcleo operacional, linha intermediária, tecnoestrutura, assessoria de apoio e ideologia. Os fluxos encontrados raramente ocorrem de forma linear. Na verda- de, esses fluxos são marcados por diversas ocorrências, interconexões e alterações. Mesmo com essas características dinâmicas, é preciso tentar descrever essa estrutura, oferecendo subsídios para uma gestão organizacional eficaz. Discutiu-se ainda sobre os modelos de gestão formados a partir das seis partes, chamados de modelo de gestão operacional, tática e estratégica, suas principais características e os profissionais que os compõem. Concluímos que, para um gestor, é fundamental conhecer as divi- sões estruturais de papéis em uma organização e o que envolve cada uma. Compreender a configuração de uma organização permite que as melhores decisões sejam tomadas e que os colaboradores possam en- tendê-las com clareza. Referências FERNANDES, Bruno Henrique Roca; BERTON, Luiz Hamilton. Administração estratégica: da competência empreendedora à avaliação de desempenho. São Paulo: Saraiva, 2005. FERNANDES, Vasco Luís Quaresma Simões. Caracterização do perfil de com- petências do gestor. 2014. Dissertação (Mestrado em Ciências Políticas) ― Instituto Politécnico de Setúbal, Setúbal, 2014. 89Os modelos organizacionais de Mintzberg M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. MADEIRA, Gilberto dos Santos; PEREIRA, Moacir. Desenhando estruturas organizacionais: das burocracias de Weber e Mintzberg às organizações con- temporâneas. In: CONGRESSO VIRTUAL BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO, 8., 2011, [s.l.]. Convibra, 2011. Disponível em: . Acesso em: 22 set. 2018. MAINARDES, Emerson Wagner; FERREIRA, João; RAPOSO, Mário. Conceitos de estratégia e gestão estratégica: qual é o nível de conhecimento adquirido pelos estudantes de gestão? Facef Pesquisa, Franca, v. 14, n. 3, p. 278-298, set./dez. 2011. MESSIAS, Larissa Firmino et al. Planejamento estratégico: um estudo de caso em uma microempresa do sul de Minas Gerais. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GESTÃO DE PROJETOS, 4., 2017, São Paulo. Anais... São Paulo: [s.n.], 2017. MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações. São Paulo: Atlas, 2011. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Estrutura organizacional: uma abor- dagem para resultados e competitividade. São Paulo: Atlas, 2006. IDEIAS de funcionários geram economia para empresas de Santa Catarina, Portal G1, Rio de Janeiro, 18 jul. 2016. Disponível em: . Acesso em: 29 nov. 2018. SILVA, Reinaldo O. Teorias da administração. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2013. SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Teorias da administração. São Paulo: Pearson, 2012.