Buscar

Conteúdo Unidade 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Conteúdo Unidade 2
Site: AVA - IFRO - Campus Porto Velho Zona Norte
Curso: Fundamentos de Administração — FIC
Livro: Conteúdo Unidade 2
Impresso por: JEFFERSON GOMES DE OLIVEIRA
Data: quarta-feira, 16 ago. 2023, 09:45
https://cursos.ead.ifro.edu.br/
Descrição
Caro(a) estudante,
No conteúdo desta seção, estudaremos como as empresas são compostas, em quais setores da economia se localizam, o design organizacional e
a departamentalização. Buscaremos examinar as funções empresariais, as colunas de uma empresa, as tarefas primordiais para atingir os
objetivos organizacionais. Em seguida, abordaremos o processo administrativo e de que forma ele acontece nas empresas nos mais distintos
graus organizacionais. Por fim, veremos as capacidades mais relevantes do administrador, utilizadas na estrutura organizacional para atingir os
objetivos.
O objetivo é que, ao concluir este nível, você possa:
Conhecer os setores da economia aos quais uma empresa pode pertencer;
Distinguir os aspectos de um organograma;
Nomear os tipos e critérios da departamentalização;
Descrever as funções existentes na empresa;
Entender o processo administrativo e como ele ocorre;
Reconhecer os aspectos que compõem o processo administrativo;
Diferenciar os tipos de habilidades do administrador;
Identificar as qualidades de cada tipo de habilidade;
Distinguir a aplicabilidade de cada variedade.
Vamos lá?
Índice
1. Capítulo 1
1. Capítulo 1
  1       A COMPOSIÇÃO DAS EMPRESAS
1.1  Setores da economia
Como estudado anteriormente, vocês já sabem que as empresas fazem parte do segundo setor da sociedade civil organizada e,
consequentemente, compõem o grupo de organizações que buscam a lucratividade para sua existência. Dentro desse                  setor, ocorre
ainda outra ramificação, que são os domínios referentes aos setores da economia.
Sobre esse assunto, Stadler e Paixão (2012, p. 43) destacam o termo econômico Produto Interno Bruto (PIB), que está intimamente relacionado
aos campos da economia e é um de seus mais relevantes parâmetros, ao indicar a importância do total de bens produzidos por uma nação.
Os autores enumeram esses setores, conforme o quadro a seguir.
 
Quadro 2 – Setores da economia
SETOR DESCRIÇÃO
Primário Agropecuária. Envolve a exploração do solo para o
cultivo de plantas e criação de animais – representa 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
SecundárioIndústria. Transformação de matérias-primas em produtos acabados por meio do emprego de tecnologias – representa
27,9% do PIB.
Terciário Comércio e serviços. São representados pela venda de produtos e pela prestação de serviços como educação, saúde, transporte,
turismo, hospedagem, logística etc. – respondem por 55% do PIB e empregam 75% da população economicamente ativa do país.
Para saber mais, sugerimos o link do site do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), que explica com mais profundidade sobre o que é o
PIB: https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php.
 
1.1  Estrutura ou desenho organizacional
Adentrando ainda mais no escopo das organizações, é importante saber que estabelecer uma empresa vai além dos setores da sociedade civil e
econômico em que ela está categorizada, e envolve concepções formais e abstratas imprescindíveis para sua constituição.
O desenho organizacional é a coordenação do negócio em sua completude, por meio do qual se institui a forma como a empresa será
composta; é um conjunto de ocupações, conexões, atribuições e diálogos que correlacionam as tarefas comuns a cada sujeito ou ao todo
(Chiavenato, 2021a, p. 148). É nessa ocasião que se molda todo o arranjo da empresa, referente a obrigações, fracionamento de tarefas,
comando, instrumentos, transmissão de informações, entre outros. Maximiano (2015a, p. 194) descreve o desenho organizacional:
 
Todas as decisões sobre divisão do trabalho, responsabilidades e autoridade resumem-se na estrutura organizacional. A estrutura organizacional
é uma ferramenta para realizar objetivos que retrata todas as decisões sobre a divisão do trabalho e a atribuição de autoridade. A estrutura
organizacional mostra a autoridade e as responsabilidades das pessoas, como indivíduos e como integrantes de grupos. Além disso, a estrutura
organizacional mostra a comunicação entre as pessoas e grupos.
 
A reprodução em diagrama dos fundamentos organizacionais das empresas é feita por meio do organograma, que atribui uma representação
gráfica de determinadas características à forma como a organização se estabelece, isto é, destina os vários meios que possui (Oliveira, 2009, p.
51). Para compor um organograma, são necessárias algumas características, que Chiavenato descreve a seguir:
Quadro 3 – Propriedades do organograma
ASPECTOS DESCRIÇÃO
Divisão do trabalho É a distinção dos arranjos e títulos que mostram as
diferentes responsabilidades pelo trabalho.
https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php
Relações de supervisão Fronteiras de autoridade e responsabilidade de quem se
reporta a quem.
Canais de comunicação Linhas que mostram os caminhos formais de comunicação.
Unidades Atitudes que se reportam a um administrador comum.
Níveis de gestão Graus hierárquicos da organização.
Fonte: adaptado de Chiavenato (2021a, p. 148).
 
1.2  Departamentalização
Para facilitar ao máximo a coordenação e a supervisão dentro das organizações, são gerados os departamentos – que precisam acompanhar a
razoabilidade da eficiência; isto é, precisam ser criados para conduzir à maior celeridade e aplicabilidade para a organização (Stadler, 2011, p.
31).
Esse formato de incorporar as pessoas e de fracionar o trabalho internamente pode ser empregado para catalogar qualquer organização. Com
essa intenção, verifica-se que a departamentalização se modifica conforme o mérito da empresa, o estilo de desempenho e o âmbito para o
qual a empresa foi implantada (Schultz, 2016, p. 132).
Seguindo esse raciocínio, Chiavenato (2021a, p. 161) elucida que, à medida que a organização se expande e abarca operações mais complicadas
e variadas, é obrigada a repartir suas atividades fundamentais e estabelecer compromissos “departamentais ou divisionais”. Essa configuração
depende do dimensionamento da organização e do ambiente de suas atividades, que o autor descreve como “desenho departamental – mais
conhecido como departamentalização ou divisionalização”.
Nessa seara, encontra-se uma diversidade de departamentalizações. Maximiano (2015a, p. 196) apresenta o distintivo principal entre elas no
quadro abaixo:
 
Quadro 4 – Departamentalizações
TIPO CRITÉRIOS EXEMPLO
Funcional Seus encargos são desenvolvidos por funções.
Departamento de produção, comercial, financeiro, de
logística etc.
Territorial ou
geográfica
Também denominado regional. Cada elemento de trabalho representa
um território (ou fração do mapa).
Departamento Europa, América Latina, América do
Norte, Ásia etc.
Produto
Quando a organização produz/oferece vários produtos ou serviços
bastante diferentes entre si, sua estrutura é dividida usando o produto ou
serviço como parâmetro.
Departamento de fabricação de chocolates, de
fabricação de sucos, de fabricação de biscoitos de
maisena etc.
Cliente
É adequado quando a empresa atende a diferentes tipos de clientes, com
necessidades muito distintas, ou quando os clientes são iguais, mas têm
necessidades diferentes.
Seção masculina, seção feminina, seção infantil,
seção esporte, seção moda jovem, etc.
Áreas do
conhecimento
Escolas, laboratórios, institutos de pesquisa trabalham com vários campos
da ciência, que são suas linhas de produtos. Nessas organizações, os
departamentos são criados para realizar atividades especializadas nas
diferentes áreas do conhecimento.
Departamento de montagem de chassis,
departamento de montagem de motores,
departamento de montagem de componentes
elétricos, departamento de pintura, etc.
Fonte: adaptado de Maximiano (2015a, p. 196) e Stadler e Paixão (2012, p. 46).
 
2       FUNÇÕES EMPRESARIAIS E O PROCESSO ADMINISTRATIVO
 
2.1  Funções empresariaisDe acordo com Stadler (2011), as funções empresariais dividem-se em seis: produção, finanças, marketing, recursos humanos, logística e
tecnologia da informação. Vamos conhecê-las brevemente.
4.1.1 Produção
A função de produção propriamente dita é a função técnica das empresas, indústrias e/ou organizações; dependendo do setor de atuação,
também pode ser chamada de função de linha (Stadler; Pampolini, 2013). Este termo é associado à linha de produção de uma indústria, pois esta
área é fundamental, é a principal atividade de negócios. Todas as demais funções são decorrentes desta.
Figura 1 – Setor de produção
                          
Fonte: https://grvsoftware.com.br/blog/afinal-como-garantir-mais-eficiencia-de-producao-na-industria/
Por uma questão competitiva de mercado, o aumento da produção de uma indústria, por exemplo, é um dos principais obstáculos enfrentados
pelos gestores. Nesse cenário, a redução de custos operacionais, a busca por preços reduzidos e a otimização da produtividade são metas a
serem alcançadas diariamente.
Por esse motivo, a produção é foco de iniciativas desenvolvidas com o intuito de aprimorar processos e melhorar os resultados financeiros. Essa
medida também é equilibrada pela demanda do mercado consumidor por produtos com preços acessíveis e de qualidade elevada.
4.1.2 Finanças
A função financeira é decorrente da função de produção, ou seja, a partir do momento que se fabrica ou vende um produto ou serviço, há
geração de renda, e assim existe a função financeira na empresa. Ela está relacionada com a entrada e a saída de capitais, o fluxo de caixa,
contas a pagar e a receber, investimentos, empréstimos e demais formas de geração de rendimentos.
Figura 2 – Setor de finanças
                               
Fonte: https://jornalempresasenegocios.com.br/destaques/cinco-dicas-essenciais-para-organizar-as-financas-pessoais/
É por meio dos resultados financeiros que uma empresa tem seu maior indicador de prosperidade. À medida que há margens de lucro
compatíveis com o ramo onde se atua, existe uma gestão financeira clara e transparente, e as possibilidades da empresa de prosperar e de se
manter lucrativa são maiores.
4.1.3 Marketing
Para Stadler (2011), o marketing é uma das funções mais relevantes de uma empresa, pois é responsável por pesquisar mercados, conhecer a
concorrência, monitorar as influências externas, planejar e desenvolver novos produtos, conhecer o comportamento do consumidor, definir
preços, planejar a distribuição e executar a promoção, por meio de publicidade, propaganda e outras diversas ferramentas de comunicação que
estão disponíveis aos profissionais de marketing.
Segundo Chiavenato (2013), o marketing é entendido como processo de planejamento e execução desde a concepção, a definição de preços,
promoção e distribuição de ideias, bens e serviços para criar e manter trocas que satisfaçam indivíduos, organizações e as metas sociais num
contexto sistêmico de um ambiente global. Para compreender melhor a importância das estratégias de marketing que podem ser desenvolvidas
em uma organização, precisamos conhecer algumas definições relacionadas.
O marketing objetiva criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais. A troca significa uma transação voluntária entre uma
organização e um cliente, destinada a beneficiar ambos (Chiavenato, 2013). Essa troca ocorre a partir da existência de algumas condições:
https://grvsoftware.com.br/blog/afinal-como-garantir-mais-eficiencia-de-producao-na-industria/
https://jornalempresasenegocios.com.br/destaques/cinco-dicas-essenciais-para-organizar-as-financas-pessoais/
●        Existem, no mínimo, duas partes envolvidas;
●        Cada parte tem algo que pode ser de valor para a outra;
●        Cada parte tem capacidade de comunicação e de entrega;
●        Cada parte tem liberdade para aceitar ou rejeitar a oferta;
●        Cada parte acredita estar em condições de lidar com a outra.
 
As trocas comerciais podem ocorrer com o envolvimento de dois tipos de clientes (Chiavenato, 2007):
●        Os compradores, representados por indivíduos que compram bens e serviços para empresas, órgãos governamentais e outras
instituições;
●        Os consumidores, que compram bens e serviços para seu próprio uso ou para presentear outros indivíduos. Nessa categoria, são
incluídas as pessoas e famílias que fazem compras visando satisfazer suas próprias necessidades e desejos, resolver seus problemas ou melhorar
sua vida.
Nesse sentido, as empresas precisam avaliar não somente o número de pessoas que desejam seus produtos ou serviços, mas também quantas
estariam realmente dispostas a comprá-los e teriam condições para isso.
4.1.4 Recursos humanos
Inicialmente, foi criado nas organizações o departamento de pessoas; porém, com as transformações ao longo dos anos 1990, ocorreu uma
mudança substancial – perceberam-se alterações nos processos, nas estruturas e na forma como as pessoas se comportam nas organizações.
O departamento de recursos humanos passou a ser visto como agente de mudanças e a alterar atitudes e comportamentos dos membros da
organização, através da comunicação, da tomada de decisão e da solução de problemas. Para uma visão mais sintética, apresentamos essas
mudanças na figura 3, a seguir.
 
Figura 3 – Mudanças do entendimento de recursos humanos
                                        
                                                          Fonte: adaptado de Gil (2001).
Os estudos sobre recursos humanos apresentam uma grande variedade em relação aos conceitos que definem esse processo. Além disso,
percebem-se diferenças em sua denominação; são empregadas nomenclaturas distintas, tais como recursos humanos, gestão de recursos
humanos, gestão do capital humano, gestão do capital intelectual, gestão de talentos e gestão de pente.
Toda organização que deseja obter sucesso precisa levar em conta que deve utilizar as modernas ferramentas de gestão de pessoas a seu favor,
pois quando uma organização oferece condições para o desenvolvimento dos funcionários, quando há possibilidade de crescimento por meio
de um plano de carreiras bem consolidado e há um clima de trabalho ético, com respeito e clima organizacional positivo, podemos entender
que este é um dos pontos fundamentais para a empresa ser altamente lucrativa.
 
4.1.5 Logística
 
O conceito envolve todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o escoamento de produtos desde o ponto de aquisição
da matéria-prima até o ponto do consumo final (Chiavenato, 2007).
A logística é o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência, do custo efetivo e estocagem de materiais, do inventário dos
materiais em processo de fabricação e das mercadorias acabadas (Chiavenato, 2013), desde a origem até o ponto de consumo, com a finalidade
de ajustar as necessidades do cliente.
                                                           Figura 4 – Setor de logística
                     
Fonte: https://comprovei.com/logistica/operacao-segura-quais-sao-os-principais-documentos-logisticos/
Dessa forma, a função logística numa organização deve ser responsável por garantir o fluxo de materiais e informações dentro da empresa em
tempo real, com as informações corretas que permitam aos gestores tomar as decisões no momento oportuno. Assim, a logística será
considerada um diferencial competitivo para a empresa.
4.1.6 Tecnologia da informação
Antes de prosseguir, vamos compreender o que é tecnologia. A expressão “revolução tecnológica” pode ser conceituada como as invenções,
descobertas ou criações do homem que afetam, de forma profunda, ampla e generalizada, os conhecimentos, os costumes e as práticas
cotidianas do seu meio. As grandes revoluções tecnológicas manifestaram-se de acordo com as necessidades e os anseios do homem em
determinadas épocas.
Entre as tecnologias da informação, há o conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, a computação (hardware – componentes
físicos do computadorou de seus periféricos – e software – programas de computador). Um computador é composto por duas partes
básicas: hardwares, que são as partes físicas e que muitas vezes podem ser manuseadas pelos usuários, e softwares, que são as partes lógicas,
isto é, programas, aplicativos e sistemas operacionais. A seguir, vamos conhecer melhor essas duas partes.
Hardware é considerado toda parte física do computador; ou seja, tudo aquilo que conseguimos pegar ou apalpar pode ser classificado
como hardware. Na informática, a área responsável pelo hardware é conhecida como arquitetura de computadores, existindo, evidentemente,
um profissional encarregado dela.
Softwares podem ser definidos como “instruções (programas de computador) que, quando executadas, fornecem características, funções e
desempenho desejados” (Fustinoni, Leite; Fernandes, 2012, p. 32). Software é o conjunto de programas responsáveis pela lógica do computador.
Se hardware é a parte física, podemos dizer que software é a parte “abstrata”, ou seja, aquilo que você não consegue pegar.
Todos esses componentes interagem e necessitam do componente fundamental: o recurso humano. E se este não possuir as habilidades para a
utilização da tecnologia de informação, todos os componentes tornam-se inviáveis.
 
1.1  Processo administrativo
 
De acordo com Chiavenato (2021b), o processo significa uma sequência de atividades, tarefas ou passos que se sucedem num fluxo no sentido
de alcançar uma meta ou um objetivo. É uma maneira planejada e sistemática de fazer as coisas. Dentro dessa perspectiva, na administração, o
processo é conduzido em vários níveis da organização ou nas várias funções de planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades da
organização a fim de alcançar objetivos estabelecidos.
Assim, as funções administrativas – planejamento, organização, direção e controle – recebem o nome de processo administrativo (Chiavenato,
2021b). Vamos conhecer um pouco mais sobre o processo administrativo.
Figura 5 – Processo administrativo
https://comprovei.com/logistica/operacao-segura-quais-sao-os-principais-documentos-logisticos/
                                  
                                                                     Fonte: Chiavenato (2021b, p. 63).
4.2.1 Planejamento
A função administrativa do planejamento define o que a organização pretende fazer no futuro e como deve fazê-lo (Chiavenato, 2021). Por essa
razão, o planejamento é a primeira função administrativa que define os objetivos para o desempenho organizacional futuro e decide sobre as
tarefas e recursos necessários para alcançá-los adequadamente.
Por meio do planejamento, o administrador pode se orientar pelos objetivos visados e pelas ações necessárias para alcançá-los, baseando-se em
métodos ou lógica, e não ao acaso. O planejamento produz planos que se baseiam em objetivos e nos melhores procedimentos para alcançá-los
adequadamente. Assim, planejar envolve solução de problemas e tomada de decisões quanto a alternativas para o futuro.
Segundo Chiavenato (2007), suas principais responsabilidades são:
·         Definir os objetivos (aonde a empresa quer chegar);
·         Definir as metas (partes dos objetivos);
·         Definir as estratégias (como chegar/caminho até os objetivos).
 
O planejamento também se divide entre os níveis operacional, tático e estratégico (Chiavenato, 2013).
·         Planejamento operacional: objetiva otimizar as operações e elaborar procedimentos, visando auxiliar na realização dos planos
estratégicos e táticos. A sua responsabilidade é correspondida pelos colaboradores em geral (nível baixo).
·         Planejamento tático: serve para gerenciar recursos visando atingir os planos estratégicos (projetos, ações, etc.). Sua responsabilidade é
correspondida pelos executivos da diretoria, das gerências e pelos subordinados de níveis setoriais (nível médio).
·         Planejamento estratégico: fixa a natureza da organização: objetivos, missão, estratégias. A sua responsabilidade é correspondida pela
direção geral (alta administração).
Hierarquicamente, o nível operacional é considerado o mais baixo; o tático está no nível mediano, e o estratégico é o mais elevado. Quanto à
sua natureza, o planejamento operacional é de curto prazo; planejamento tático, de médio prazo, e o estratégico, de longo prazo.
Além disso, no planejamento estratégico, definem-se a missão, a visão e os valores organizacionais.
·         Missão: trata-se da razão de existência da organização e delimita a área de atuação da organização.
·         Visão: trata-se do futuro desejado pela empresa, aonde ela pretende chegar, sendo o referencial para o futuro, para onde devem
convergir todos os esforços.
·         Valores: são os princípios, as normas morais que orientam a organização no cumprimento da missão e na busca da visão.
4.2.2 Organização
A função administrativa da organização é a segunda no processo administrativo; visa estabelecer os meios e recursos necessários para
possibilitar a execução do planejamento e reflete como a organização tenta executar os planos (Chiavenato, 2021b). A organização é a função
administrativa relacionada com a divisão do trabalho, o arranjo e a alocação de tarefas, o agrupamento de equipes ou departamentos e a
alocação dos recursos necessários nas equipes e nos departamentos.
Para Maximiano (2015b), a organização é o processo de engajar as pessoas num trabalho conjunto de maneira estruturada para alcançar
objetivos comuns. Portanto, é entendida como o processo de arranjar e alocar o trabalho, e estabelecer a autoridade e os recursos entre os
membros de uma organização para que eles possam alcançar os objetivos organizacionais.
A organização, como uma unidade ou entidade social na qual as pessoas interagem entre si para alcançar objetivos comuns, se divide em
organização formal e organização informal, conforme se observa na figura 6, a seguir.
Figura 6 – Organização como função administrativa
Fonte: elaboração própria (2023).
Organização formal é a organização que se baseia numa divisão racional do trabalho, na diferenciação e na integração dos participantes e
órgãos, representada por um organograma – conforme se observa na figura 7. O organograma é um gráfico que mostra a estrutura interna de
uma organização/empresa (Chiavenato, 2007).
 
Figura 7 – Organograma de uma organização
                                      
                                                          Fonte: elaboração própria (2023).
Organização informal é a organização que emerge espontânea e naturalmente entre pessoas que ocupam posições na organização formal e a
partir dos relacionamentos interpessoais como ocupantes de cargos. A organização informal surge a partir dos relacionamentos interpessoais
(amizades) de pessoas do mesmo interesse em comum (Chiavenato, 2021b).   
4.2.3 Direção
A direção como função administrativa representa a colocação em marcha daquilo que foi planejado e organizado. Para tanto, a direção é a
função administrativa que envolve o uso de influência para ativar e motivar as pessoas a alcançar os objetivos organizacionais. Ela envolve
influência, comunicação e motivação das pessoas para desempenhar tarefas essenciais.
Portanto, a direção é o processo de influenciar e orientar as atividades relacionadas com as tarefas dos diversos membros da equipe ou da
organização como um todo. A direção refere-se ao relacionamento interpessoal do administrador com seus subordinados, em todos os níveis
hierárquicos da organização – operacional, intermediário e institucional (Chiavenato, 2007).
 A Figura 8 define bem esses níveis. Mas cuidado para não confundir a função administrativa de direção com a função de planejamento.
Figura 8 – Níveis da função administrativa de direção.
                                              Fonte: elaboração própria (2023), baseado em Chiavenato (2007).
4.2.4 Controle
O controle é a quarta função administrativa e inclui acompanhamento, monitoramento e avaliação do desempenho organizacionalpara verificar
se as coisas estão acontecendo de acordo com o que foi planejado, organizado e dirigido. Controle é a função administrativa relacionada com o
monitoramento das atividades a fim de manter a organização no caminho adequado para o alcance dos objetivos, permitindo as correções
necessárias para atenuar os desvios.
A palavra controle pode assumir vários significados diferentes. Quando se fala em controle, pensa-se em frear, regular, conferir ou verificar,
exercer autoridade sobre alguém, comparar com um padrão ou critério (Chiavenato, 2013). Portanto, controle como função administrativa
requer um sistema básico de controles para aplicar seus recursos financeiros, desenvolver pessoas, analisar o desempenho financeiro e avaliar a
produtividade operacional, dividindo-se em: controle operacional, tático e estratégico (Chiavenato, 2021b), conforme se observa na figura 9.
 
Figura 9 – Níveis da função administrativa de controle
                         
Fonte: elaboração própria (2023), baseado em Chiavenato (2021b).
O controle é o processo de assegurar que as atividades atuais estejam em conformidade com as atividades planejadas. Basicamente, o
administrador deve planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades da organização ou da sua unidade ou ainda de sua equipe, a fim de
alcançar os objetivos previamente estabelecidos. 
1       HABILIDADES DOS ADMINISTRADORES
Independente da área onde o profissional atue, existem algumas habilidades que são mais exigidas que outras; o grau de intensidade dá-se à
medida que os funcionários estão mais na base ou mais no topo do organograma da empresa (Stadler, 2011).
De acordo com Stadler (2011), as habilidades de um profissional são três: técnicas, humanas e conceituais.
 
1.1  Habilidades técnicas
 
As habilidades técnicas são compostas pelas atividades práticas e operacionais que os empregados desempenham rotineiramente; há poucas
atividades administrativas envolvidas – quando existem, são de pequena complexidade, envolvendo apenas o planejamento operacional do
cotidiano das atividades básicas.
São expressas pela mão de obra dos funcionários, sendo que a partir dessas habilidades as pessoas adquirem conhecimentos importantes para
que os processos produtivos das empresas atinjam seus objetivos.
 
1.2  Habilidades humanas
São as ligadas ao relacionamento interpessoal no trabalho, como a comunicação, o trabalho em equipe, a sinergia entre as pessoas, a motivação,
o relacionamento com as chefias e os demais cargos na organização.
São importantes para os três níveis hierárquicos na mesma proporção. Por isso, quando um funcionário do “chão de fábrica” domina essas
habilidades, tem a oportunidade de crescer na empresa, pois uma habilidade importante para os gerentes do médio escalão é aliar o
conhecimento técnico com as habilidades humanas.
 
1.3  Habilidades conceituais
São as habilidades dos diretores e presidentes das empresas, ou seja, os cargos mais elevados numa escala hierárquica, responsáveis pelo
planejamento e pela gestão da organização como um todo. Essas habilidades permitem aos cargos mais elevados tomar decisões que são
cruciais para a empresa – ou seja, estratégicas para o negócio.
Para os altos cargos de uma empresa, espera-se que seu ocupante consiga entender o comportamento do mercado, da economia, as mudanças
tecnológicas e todas as demais influências que trazem impactos à organização – e, depois, planejar e tomar decisões pensando nos rumos da
organização como um todo.
Essas habilidades se adquirem por meio da educação formal – cursos técnicos, tecnológicos e bacharelados – na área em que a empresa
desempenha seus negócios e por meio do somatório de experiências que o profissional adquire no trabalho propriamente dito, que são as
habilidades técnicas e humanas.
 
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2007.
CHIAVENATO, Idalberto. Fundamentos de administração: os pilares da gestão no planejamento, organização, direção e controle das
organizações para incrementar competividade e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2021a.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. Barueri: Manole, 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Princípios da administração: o essencial em teoria geral da administração. 2. ed. rev. e atual. Barueri: Manole, 2013.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração. Barueri: Atlas, 2021b.
FRANCESCHI, Alessandro de; ECKHARDT, Moacir. Administração e organização do trabalho. Santa Maria: Colégio Técnico Industrial de Santa
Maria, 2013.
 
FUSTINONI, Diógenes Ferreira Reis; LEITE, Frederico Nogueira; FERNANDES, Fabiano Cavalcanti. Informática básica para o ensino técnico
profissionalizante. Brasília: Instituto Federal de Brasília, 2012.
GIL, Antônio Carlos. Teoria Geral da Administração: dos clássicos à pós-modernidade. São Paulo: Atlas, 2016.
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Fundamentos da administração: introdução à teoria geral e aos processos da administração. Rio de
Janeiro: LTC, 2015a.
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Introdução à teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: Atlas,
2015b.
 
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. Rio de Janeiro: Atlas, 2023.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Fundamentos da administração: conceitos e práticas essenciais. São Paulo: Atlas, 2009.
SCHULTZ, Glauco. Introdução à gestão de organizações. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016.
STADLER, Adriano. Fundamentos da administração. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2011.
STADLER, Adriano; PAIXÃO, Marcia Valéria. Modelos de gestão. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2012.
STADLER, Adriano; PAMPOLINI, Cláudia Patrícia Garcia.  Fundamentos da administração com ênfase em transações imobiliárias. Curitiba:
Instituto Federal do Paraná, 2013.

Continue navegando