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Licensed to - - P á g i n a 1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO ................................................................................................................................................................................................................................. 4 Evolução legislativa ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 4 Base normativa do Direito Previdenciário..................................................................................................................................................................................................................................................... 5 Doutrinas do seguro social............................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 5 Regimes Previdenciários ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 5 A PREVIDÊNCIA SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ....................................................................................................................................................................................... 6 Estrutura ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 6 Princípios Constitucionais .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 6 Princípios Implícitos .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 6 Princípios Explícitos.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 7 Princípios específicos da Previdência .......................................................................................................................................................................................................................................................... 9 FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL.................................................................................................................................................................................................................................. 10 Formas de financiamento.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 10 Financiamento indireto ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 10 Financiamento direto ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 10 Relação jurídica de custeio direto da Seguridade Social ....................................................................................................................................................................................... 10 Elementos .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 10 Sujeitos ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 11 Objeto......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 12 Vínculo ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 12 Resumindo... ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 12 SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA ........................................................................................................................................................................................................................................................................................ 13 Premissas ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 13 Classificação .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 13 Segurados obrigatórios ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................P á g i n a 38 Cálculo do valor dos benefícios Antes da Reforma da Previdência, o salário de benefício era calculado com base na média dos 80% maiores salários de contribuição, descartando 20% menores. Entretanto, a EC/103 de 2019 determina que até que lei discipline o cálculo dos benefícios do RPPS da União e do RGPS, será utilizada a média aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações adotados como base para contribuições ao RPPS e ao RGPS, ou como base para contribuições decorrentes das atividades militares, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Assim, vale a regra da média de TODAS as contribuições, até que lei venha alterar essa disposição. Depois de calcular a média, a EC 103/2019 determina que o valor do benefício de APOSENTADORIA corresponda a 60% da referida média, com acréscimo de 2% para cada ano de contribuição que exceder: o 20 anos de contribuição, para os homens. o 15 anos de contribuição, para as mulheres. Assim, os homens só terão direito ao valor correspondente a 100% da média após completarem 40 anos de contribuição, recebendo 60% aos 20 anos, somados com 2% por cada um dos 20 anos adicionais de contribuição. Já as mulheres alcançarão os 100% ao atingirem 35 anos de contribuição, recebendo 60% aos 15 anos, somados com 2% por cada um dos 20 anos adicionais de contribuição. Nas próximas páginas, abordaremos o cálculo dos demais benefícios. Licensed to - - P á g i n a 39 Benefícios em espécie Aposentadoria por incapacidade permanente Trata-se da antiga aposentadoria por invalidez. FATO GERADOR - Incapacidade (total + permanente) para o trabalho. - Impossibilidade de reabilitação. Deve ser atestada por perícia médica. Se a lesão for preexistente, não há direito, salvo progressão ou agravamento. Há a necessidade de afastamento de todas as atividades. BENEFICIÁRIOS Todos os segurados. CARÊNCIA Regra → 12 contribuições mensais. Exceção → não há carência ⤵ o Acidente de qualquer natureza ou causa. o Doença profissional. o Doenças especificadas em lista. RENDA MENSAL 60% + 2% para cada ano de contribuição que exceder: o 20 anos de contribuição para os homens. o 15 anos de contribuição para as mulheres. 100% do salário de benefício, quando a aposentadoria decorrer de: o Acidente de trabalho. o Doença profissional. o Doença do trabalho. Pode-se incluir um acréscimo de 25% sobre o valor do benefício se o segurado necessitar de assistência permanente de outra pessoa (depende de requerimento e não incorpora na pensão por morte. INÍCIO DO PAGAMENTO Se precedida de auxílio por incapacidade temporária ⤵ o Dia imediato ao da cessação do auxílio. Licensed to - - P á g i n a 40 Empregado: o Requerida em 30 dias → a partir do 16º dia do afastamento. o Requerida após 30 dias → a partir da data da entrada do requerimento. Demais segurados: o Requerida em 30 dias → a partir do início da incapacidade. o Requerida após 30 dias → a partir da data da entrada do requerimento. CESSAÇÃO DO PAGAMENTO Cessa o pagamento com: o O retorno voluntário às atividades. o A recuperação da capacidade. o A morte. RECUPERAÇÃO Recuperação total dentro de 5 anos: o Empregado → cessa de imediato se tiver direito a voltar à função que desempenhava na empresa ao se aposentar. o Demais segurados → cessa após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapacidade temporária ou da aposentadoria por incapacidade permanente. Recuperação parcial, recuperação após 5 anos ou recuperação para trabalho diverso: o Valor integral → 6 meses contados da recuperação. o Redução de 50% → no período seguinte de 6 meses. o Redução de 75% → no período seguinte de 6 meses. Licensed to - - P á g i n a 4 1 Aposentadoria programada Trata-se da antiga aposentadoria por idade. FATO GERADOR Urbanos ⤵ o 65 anos idade e 20 de contribuição, para o homem. o 62 anos de idade e 15 de contribuição para a mulher. Professores ⤵ o 60 anos, para o homem. o 57 anos, para a mulher. Ambos necessitando comprovar 25 anos de docência no ensino básico. Rurais ⤵ o 60 anos, para o homem. o 55 anos, para a mulher. Compulsória ⤵ o 70 anos, para o homem. o 65 anos, para a mulher. BENEFICIÁRIOS Todos os segurados. CARÊNCIA 180 contribuições mensais. RENDA MENSAL 60% da média contributiva, adicionados de 2% por ano que ultrapassar 20 anos para os homens e 15 anos para as mulheres. Para o segurado especial, é 1 salário-mínimo. CONVERSÃO O segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária ou aposentado por incapacidade permanente pode requerer a conversão assim que atingir a idade para a aposentadoria programada. Nesse caso, a renda mensal pode diminuir, mas, em contrapartida, ele fica dispensado das perícias periódicas e pode retornar ao trabalho sem perder o benefício. Licensed to - - P á g i n a 42 INÍCIO DO PAGAMENTO Empregados e empregados domésticos ⤵ o A partir da data de desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias. o A partir do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida depois de 90 dias do desligamento. Demais segurados ⤵ A partir da data de entrada do requerimento. CESSAÇÃO DO PAGAMENTO Somente com a morte do segurado. Licensed to - - P á g i n a 43 Aposentadoria do segurado com deficiência FATO GERADOR Ser considerado pessoa com deficiência e contribuir da seguinte forma: Por tempo de contribuição: o Aos 25 anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave. o Aos 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada. o Aos 33 anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve. Por idade + contribuição: o Aos 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. BENEFICIÁRIOS Todos os segurados com deficiência. CARÊNCIA 180 contribuições mensais. RENDA MENSAL o 100% na hipótese de aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com deficiência. o 70% + 1% do salário de benefício por grupo de 12 contribuições mensais até o máximo de 30%, na hipótese de aposentadoria programada do segurado com deficiência. INÍCIO DO PAGAMENTO Igual à aposentadoria programada. CESSAÇÃO DO PAGAMENTO Somente com a morte do segurado. Licensed to - - P á g i n a 44 Aposentadoria especial FATO GERADOR Exposição a agentes nocivos (químicos, físicos e biológicos): o No mínimo 55 anos de idade e 15 anos de contribuição nos casos de trabalho em minas subterrâneas. o No mínimo 58 anos de idade e 20 anos de contribuição nos casos de trabalho em contato com amianto ou trabalho em minas não subterrâneas. o No mínimo 60 anos de idade e 25 anos de contribuição no demais casos de trabalho com agentes prejudiciais à saúde e trabalhos perigosos. A exposição deve ser permanente (não ocasional e não intermitente). BENEFICIÁRIOS o Segurados empregados. o Trabalhadores avulsos. o Contribuintes individuais filiados a cooperativa de trabalho e de produção. CARÊNCIA 180 contribuições mensais. RENDA MENSAL 60% da média contributiva, adicionados de 2% por ano que ultrapassar 20 anos para homens e 15 anos para mulheres e para a aposentadoria especial de 15 anos. INÍCIO DO PAGAMENTO Empregado ⤵ o A partir da data de desligamento do emprego, quando requeridaaté 90 dias. o A partir do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida depois de 90 dias do desligamento. Trabalhador avulso e cooperado ⤵ o A partir da data de entrada do requerimento. SUSPENSÃO DO PAGAMENTO Retorno ao trabalho que exponha o segurado a agentes nocivos após notificação. CESSAÇÃO DO PAGAMENTO Morte do segurado. Licensed to - - P á g i n a 45 A comprovação do exercício de atividade geradora de aposentadoria especial será feita pelo Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), emitido pela empresa com base na documentação exigida pelas normas de segurança do trabalho. Poderá ser convertido o tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum somente até a EC 103 de 2019 (reforma da previdência) levando-se em conta a proporcionalidade. Entretanto, não é possível a conversão de tempo de atividade sob condições comuns em tempo de atividade especial. Licensed to - - P á g i n a 46 Auxíl io por incapacidade temporária Trata-se do antigo auxílio-doença. FATO GERADOR Incapacidade (total + temporária) para o trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos. Se a lesão for preexistente, não há direito, salvo progressão ou agravamento. BENEFICIÁRIOS Todos os segurados. CARÊNCIA Regra → 12 contribuições mensais. Exceção → não há carência ⤵ o Acidente de qualquer natureza ou causa. o Doença profissional. o Doenças especificadas em lista. RENDA MENSAL 91% da média contributiva → não pode exceder a média aritmética simples dos últimos 12 salários de contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, não alcançado o número de 12, a média aritmética simples dos salários de contribuição já existentes. INÍCIO DO PAGAMENTO Igual à aposentadoria por incapacidade permanente. SUSPENSÃO DO PAGAMENTO Quando o segurado não comparecer à perícia periódica ou à convocação do INSS. CESSAÇÃO DO PAGAMENTO o Recuperação da capacidade para o trabalho. o Transformação em aposentadoria por incapacidade permanente. o Transformação em auxílio-acidente. o Reclusão em regime fechado por período superior a 60 dias. o Morte do segurado. As doenças profissionais e do trabalho (LER, perda da audição induzida pelo ruído etc.) são consideradas acidentes de trabalho, dispensando a carência. Licensed to - - P á g i n a 47 Auxí l io-acidente FATO GERADOR Acidente de qualquer natureza que cause redução da capacidade para o trabalho. o Aqui, a incapacidade é parcial e permanente. o Constatado isso, cessa-se o auxílio por incapacidade temporária e inicia-se o auxílio-acidente com retorno ao trabalho. BENEFICIÁRIOS Empregados, domésticos, trabalhadores avulsos e segurados especiais. CARÊNCIA Não há. RENDA MENSAL 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio por incapacidade temporária (pode ser menor que o salário-mínimo, pois se trata de indenização). INÍCIO DO PAGAMENTO o Segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária → data da consolidação das lesões e recuperação de parte da capacidade laborativa, momento em que a perícia determina a conversão do benefício. o Segurado sem o gozo de auxílio por incapacidade temporária → data do requerimento. o Concessão de benefício garantida apenas judicialmente → data da apresentação do laudo pericial em juízo. CESSAÇÃO DO PAGAMENTO o Quando as condições que o ensejaram não mais existirem. o Morte. o Aposentadoria. o Emissão de certidão de tempo de contribuição para averbar tempo de contribuição do RGPS no RPP.S. Licensed to - - P á g i n a 48 Salário-maternidade FATO GERADOR o Parto (a partir da 23ª semana) → 120 dias (pode iniciar o gozo 28 dias antes do parto, com término 91 dias após). o Aborto não criminoso → 2 semanas. o Adoção por homens ou mulheres (até 12 anos) → 120 dias. o Guarda judicial para fins de adoção (até 12 anos) → 120 dias. BENEFICIÁRIOS o Em caso de parto ou aborto não criminoso → todas as seguradas. o Em caso de adoção ou guarda → todos os segurados (homens e mulheres). CARÊNCIA o Empregadas, trabalhadoras avulsas e empregadas domésticas → não há. o Contribuintes individuais, especiais e facultativas → 10 contribuições mensais. Em caso de parto antecipado, reduz-se a carência na mesma quantidade de meses. RENDA MENSAL Empregada e trabalhadora avulsa: o Salário integral (não sujeito ao teto do RGPS). Empregada doméstica: o Último salário de contribuição. Segurada especial: o 1 salário-mínimo. Contribuinte individual, facultativa e desempregada (com qualidade de segurada): o ½ da soma dos 12 últimos salários de contribuição, apurados em período não superior a 12 meses. INÍCIO DO PAGAMENTO o Em regra → data do fato gerador. o Exceção → afastando antes do parto, a data de início é a fixada conforme atestado médico original e específico apresentado pela segurada, com a data prevista para o nascimento. Licensed to - - P á g i n a 49 CESSAÇÃO DO PAGAMENTO o Após o decurso do prazo legal. o Morte da segurada, exceto se pago ao cônjuge ou companheiro sobrevivente, se segurado do RGPS. o Para a segurada empregada, pela dispensa sem justa causa durante o período de estabilidade (pois há indenização pela empresa). Licensed to - - P á g i n a 50 Salário-famíl ia FATO GERADOR Ter filho ou equiparado menor de 14 anos ou inválido e ser segurado de baixa renda (renda menor ou igual a R$ 1.754,18). BENEFICIÁRIOS o Segurados empregados, empregados domésticos, trabalhadores avulsos. o Aposentados. Se houver pai e mãe, ambos têm direito. CARÊNCIA Não há. RENDA MENSAL R$ 59,82 (1 cota por filho). INÍCIO DO PAGAMENTO A partir da data de apresentação da certidão de nascimento do filho ou documentação relativa ao equiparado (enteado ou menor sob tutela). Condições: o Apresentação anual de atestado de vacinação (até os 6 anos de idade). o Comprovação semestral de frequência escolar (a partir de 4 anos de idade). SUSPENSÃO DO PAGAMENTO Na falta da entrega da renovação da documentação mencionada. CESSAÇÃO DO PAGAMENTO o Morte do filho ou equiparado. o Quando o filho ou equiparado completar 14 anos, salvo se inválido. o Pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido. o Pelo desemprego do segurado (mesmo no período de graça). o Morte do segurado. Licensed to - - P á g i n a 5 1 Pensão por morte FATO GERADOR - Morte real do segurado. - Morte presumida do segurado ⤵ o Decisão judicial de declaração de ausência (após 6 meses de desaparecido). o Comprovada a presença em grandes catástrofes, desastres ou acidentes. No caso da morte presumida, se o segurado reaparecer, cessa o benefício ⤵ o Não precisa devolver o que recebeu → em caso de boa-fé. o Precisa devolver o que recebeu → em caso de má-fé. BENEFICIÁRIOS Dependentes de todas as categorias de segurados. Se o ex-cônjuge ou ex-companheiro recebia pensão alimentícia, receberá o benefício em igualdade de condições com a classe 1. CARÊNCIA Não há. RENDA MENSAL Se o segurado era aposentado → 50% da aposentadoria, acrescida de cotas de 10% por dependente, até o máximo de 100%. Se o segurado não era aposentado → 50% da aposentadoria a que o segurado teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas de 10% por dependente, até o máximo de 100%. Observações: o O valor global não pode ser menor que 1 salário-mínimo, mas a cota pode. o O valor final é dividido igualmente por dependente. INÍCIO DO PAGAMENTO Dependente menor de 16 anos: o A partir da data do óbito, se requerida até 180 dias do óbito. o A partir da data do requerimento,se requerida após 180 dias do óbito. Demais dependentes: o A partir da data do óbito, se requerida até 90 dias do óbito. o A partir da data do requerimento, se requerida após 90 dias do óbito. Licensed to - - P á g i n a 52 Em caso de morte presumida: o Data da sentença judicial declaratória de ausência. o Data de ocorrência do desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, mediante prova administrativa junto ao INSS. CESSAÇÃO DO PAGAMENTO Cessação da cota individual ⤵ - Filho, irmão ou equiparado: o Emancipação. o Completar 21 anos (salvo se inválido ou com deficiência). - Filho, irmão ou equiparado inválido: o Pela cessação da invalidez. - Filho, irmão ou equiparado com deficiência intelectual / mental ou deficiência grave: o Pelo afastamento da deficiência. - Filho adotado que recebia pensão dos pais biológicos: o Pela adoção. - Cônjuge ou companheiro inválido ou com deficiência. o Pela cessação da invalidez ou afastamento da deficiência, observados os prazos mencionados a seguir. - Cônjuge ou companheiro (observa os prazos a seguir). Cessação do benefício ⤵ o Com a extinção da cota do último pensionista. o No caso de morte presumida, verificado o reaparecimento do segurado. PERDA DO DIREITO - Cônjuge ou companheiro: o Simulação ou fraude no casamento ou na união estável. o Formalização do casamento ou da união estável com o fim exclusivo de constituição do benefício previdenciário. Licensed to - - P á g i n a 53 - Condenado criminalmente por sentença transitada em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso (ou tentativa), cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis. Quanto ao cônjuge ou companheiro, devem ser observados os seguintes prazos: 1 Cessa a pensão por morte em 4 meses (exceto quando decorrente de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho): o Se não houver 18 contribuições, OU o Se o tempo de casamento ou de união estável for menor que 2 anos. 2 Se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais e pelo menos 2 anos após o início do casamento ou da união estável, observa-se os seguintes prazos ⤵ IDADE DO COMPANHEIRO OU COMPANHEIRA DURAÇÃO DO BENEFÍCIO Menor de 22 anos 3 anos A partir de 22 anos até 27 anos 6 anos A partir de 28 anos até 30 anos 10 anos A partir de 31 anos até 41 anos 15 anos A partir de 42 anos até 44 anos 20 anos A partir de 45 anos Vitalícia Se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 contribuições mensais ou da comprovação de 2 anos de casamento ou de união estável, será aplicada a regra da tabela acima. Entretanto, em se tratando de cônjuge ou companheiro inválido ou com deficiência, cessa a cota individual pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência. Licensed to - - P á g i n a 54 Auxí l io-reclusão FATO GERADOR Recolhimento do segurado à prisão sob regime FECHADO, desde que seu último salário de contribuição seja inferior ou igual a R$ 1.754,18 (baixa renda). BENEFICIÁRIOS Dependentes de todas as categorias de segurados. CARÊNCIA 24 contribuições mensais. RENDA MENSAL Salário-mínimo (dividido entre os dependentes). INÍCIO DO PAGAMENTO Dependente menor de 16 anos: o A partir da data da prisão, se requerida até 180 dias da prisão. o A partir da data do requerimento, se requerida após 180 dias da prisão. Demais dependentes: o A partir da data da prisão, se requerida até 90 dias da prisão. o A partir da data do requerimento, se requerida após 90 dias da prisão. CESSAÇÃO DO PAGAMENTO Cessação da cota individual ⤵ - Morte do beneficiário. - Filho, irmão ou equiparado: o Emancipação. o Completar 21 anos (salvo se inválido ou com deficiência). - Dependente inválido: o Pela cessação da invalidez. - Dependente com deficiência intelectual / mental ou deficiência grave: o Pelo afastamento da deficiência. Cessação do benefício ⤵ o Pela extinção da última cota individual. o Pelo falecimento do segurado (transforma-se em pensão por morte). o Pelo livramento condicional ou progressão de regime a semiaberto ou aberto. o Pelo recebimento de aposentadoria pelo segurado recluso. Licensed to - - P á g i n a 55 O exercício de atividade remunerada pelo segurado recluso não acarreta perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão por seus dependentes. Acumulação de benefícios Hipóteses É possível cumular os seguintes benefícios: o Pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS com pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das atividades militares de que tratam o artigo 42 e o artigo 142 da Constituição Federal. o Pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS com aposentadoria do mesmo regime e de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes das atividades militares de que tratam o artigo 42 e o artigo 142 da Constituição Federal. o De aposentadoria concedida no âmbito do RGPS com pensão deixada por cônjuge ou companheiro de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes das atividades militares de que tratam o artigo 42 e o artigo 142 da Constituição Federal. Limites Nesses casos em que se permite a acumulação, o beneficiário recebe a integralidade do benefício mais vantajoso e parte dos demais benefícios, conforme as seguintes proporções: o 60% do valor que exceder 1 salário-mínimo, até o limite de 2 salários-mínimos. o 40% do valor que exceder 2 salários-mínimos, até o limite de 3 salários-mínimos. o 20% do valor que exceder 3 salários-mínimos, até o limite de 4 salários-mínimos. o 10% do valor que exceder 4 salários-mínimos. Assim, o benefício menos vantajoso com valor de até 1 salário-mínimo NÃO comporta redução. Licensed to - -13 Licensed to - - P á g i n a 2 Segurado facultativo ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 14 Filiação e inscrição ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 15 Manutenção e perda da qualidade de segurado....................................................................................................................................................................................................................... 16 Conceitos iniciais .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 16 Período de graça ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 16 Perda da qualidade de segurado ..................................................................................................................................................................................................................................................................... 17 CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURIDADE SOCIAL ................................................................................................................................................................................................................ 19 Disposições gerais ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 19 Competência legislativa .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 19 Vigência da legislação aplicável ........................................................................................................................................................................................................................................................................... 20 Imunidades...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 20 Remissão e anistia ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 21 Contribuições sociais das empresas .................................................................................................................................................................................................................................................................... 22 Contribuição sobre a folha de pagamento................................................................................................................................................................................................................................ 22 Contribuição do Microempreendedor Individual – MEI.................................................................................................................................................................................. 22 Contribuição da associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional ....................................................................... 23 Contribuição do produtor rural pessoa jurídica ................................................................................................................................................................................................................ 23 Contribuição do produtor rural pessoa física ...................................................................................................................................................................................................................... 24 Contribuição da agroindústria ................................................................................................................................................................................................................................................................................. 24 Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................25 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS .....................................................................................................................................25 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL .................................................................................................................................................................................................. 26 Contribuição do empregador doméstico ..................................................................................................................................................................................................................................................... 26 Contribuições dos segurados ............................................................................................................................................................................................................................................................................................. 27 Salário de contribuição ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 27 Contribuições em espécie ............................................................................................................................................................................................................................................................................................. 30 Licensed to - - P á g i n a 3 Contribuição sobre a receita dos concursos de prognósticos .................................................................................................................................................................32 Contribuição do importador de produtos ou serviços ................................................................................................................................................................................................... 32 PLANO DE BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL................................................................................................................. 33 Elementos da relação jurídica de benefício ......................................................................................................................................................................................................................................... 33 Segurados ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 33 Dependentes ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 33 Benefícios Previdenciários - Disposições Gerais ....................................................................................................................................................................................................................... 36 Benefícios e Serviços ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 36 Prestações Previdenciárias ........................................................................................................................................................................................................................................................................................ 36 Carência............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 37 Cálculo do valor dos benefícios ......................................................................................................................................................................................................................................................................... 38 Benefícios em espécie ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 39 Aposentadoria por incapacidade permanente ................................................................................................................................................................................................................... 39 Aposentadoria programada ......................................................................................................................................................................................................................................................................................... 41 Aposentadoria do segurado com deficiência ....................................................................................................................................................................................................................... 43 Aposentadoria especial ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 44 Auxílio por incapacidade temporária......................................................................................................................................................................................................................................................... 46 Auxílio-acidente ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 47 Salário-maternidade.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 48 Salário-família ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 50 Pensão por morte ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 51 Auxílio-reclusão .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................54 Acumulação de benefícios .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 55 Hipóteses ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 55 Limites ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 55 Licensed to - - P á g i n a 4 INTRODUÇÃO AO DIREITO PREVIDENCIÁRIO Evolução legislativa 1850 Até meados do século XIX (1850), a proteção social era ofertada ao cidadão pela sua própria família (sem a participação do Estado). 1880 - 1900 No final do século XIX (1880 - 1900), o Estado começou a ser mais participativo e em alguns países da Europa começaram a nascer as primeiras normas protetivas aos trabalhadores. 1923 A Lei Eloy Chaves(LEC), de 1923, é o marco inicial da Previdência Social no Brasil e previa que cada empresa de estradas de ferro deveria ter a sua própria Caixa de Aposentadoria e Pensão (CAP). 1930 As CAPs foram estendidas para outras empresas, sendo que, em 1930, o governo Getúlio Vargas decide unir as CAPs em Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP), sendo um IAP para cada categoria profissional (e não mais uma CAP para cada empresa). 1960 Em 1960, é publicada a Lei Orgânica da Previdência Social (que unificou a legislação dos IAPs). 1966 Em 1966, é criado o Instituto Nacional da Previdência Social (INPS). 1990 Em 1990, nasce o INSS (INSS = INPS + IAPAS - Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social). 2004 Em 2004 a parte de custeio é retirada do INSS e repassada para a Secretaria da Receita Previdenciária (SRP), criada naquele ano. 2007 Em 2007, a SRP é fusionada à Secretaria da Receita Federal (SRF) e nasce a Receita Federal do Brasil (RFB). HOJE Atualmente, a RFB é o órgão responsável por toda parte de custeio da previdência Social, enquanto o INSS é responsável por toda parte de benefícios. Assim RFB Custeio INSS Benefícios Licensed to - - P á g i n a 5 Base normativa do Direito Previdenciário o Constituição Federal de 1988. o Emenda Constitucional nº 103 de 2019 → Reforma da Previdência. o Lei nº 8.212/1991 → Plano de Custeio da Seguridade Social (PCSS). o Lei nº 8.213/1991 → Plano de Benefícios da Previdência Social (PBPS). o Decreto 3.048/1999 → Regulamento da Previdência Social (RPS). Doutrinas do seguro social DOUTRINA CIVILISTA O seguro social trabalhava com a ideia de dano, que, uma vez ocorrido, fazia nascer para o segurado o direito ao benefício previsto em lei. DOUTRINA SOCIAL A seguridade social estatal busca prever todas as contingências possíveis que obstam o trabalho regular da pessoa. Regimes Previdenciários REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RPPS) Abrangência ⤵ o Militares. o Magistrados. o Membros do MP. o Ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas. o Servidores públicos ocupantes de cargos efetivos (União, Estados, DF e municípios que tenham regime próprio). Cada ente de Direito Público deve criar um sistema próprio de previdência para seus servidores efetivos. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS) Abrange as demais pessoas e trabalhadores, e fica a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR É a previdência privada facultativa. Também há a previdência complementar para o servidor público, que é administrada pelos entes federativos em benefício de seus servidores. Licensed to - - P á g i n a 6 A PREVIDÊNCIA SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL Estrutura A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social: SEGURIDADE SOCIAL SAÚDE É um direito de TODOS e um dever do Estado. Ninguém pode ser excluído do serviço público de saúde. Independe de pagamento e é irrestrito. ASSISTÊNCIA SOCIAL Destina-se ao atendimento A QUEM DELA NECESSITAR, independentemente de contribuição para a seguridade social. Independe de pagamento, mas atende apenas os necessitados. PREVIDÊNCIA SOCIAL Somente AQUELES QUE PARA ELA CONTRIBUEM financeiramente, através de tributos denominados contribuições sociais, participarão de seus benefícios e serviços. Tem caráter contributivo e filiação obrigatória. Princípios Constitucionais Princípios Implícitos Princípio da solidariedade O financiamento de todo este sistema será feito de forma solidária. Assim, todos aqueles que puderem, ainda que não façam uso da saúde, da previdência ou da assistência social, devem contribuir na forma de tributos (contribuições sociais) cuja receita é vinculada a programas de governo nestas áreas. Bem-estar e justiça social BEM-ESTAR Busca assegurar a melhor qualidade de vida aos cidadãos. JUSTIÇA SOCIAL Determina a contribuição de todos aqueles que ostentam capacidade contributiva. Licensed to - - P á g i n a 7 Princípios Explíc itos Universalidade da cobertura e do atendimento UNIVERSALIDADE DA COBERTURA Dever do Estado de, ao estruturar novos benefícios e serviços, buscar ampliar o quadro de EVENTOS cobertos por esses programas. Cobertura → eventos. UNIVERSALIDADE DO ATENDIMENTO Deve-se priorizar o alcance do maior número possível de PESSOAS. Atendimento → pessoas. Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços aos urbanos e rurais UNIFORMIDADE Garantia dos mesmos benefícios e serviços aos urbanos e rurais → Ou seja, as CONTINGÊNCIAS cobertas devem ser as mesmas para urbanos e rurais. EQUIVALÊNCIA Garantia de que os benefícios sejam calculados através dos mesmos parâmetros (mesma base de cálculo, por exemplo) e de que os serviços possuam a mesma qualidade para urbanos e rurais → Ou seja, os VALORES dos benefícios e a QUALIDADE dos serviços devem ser iguais para urbanos e rurais. Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços SELETIVIDADE Trata-se da escolha, dentre todas as situações, daquelas que serão cobertas pela Seguridade Social → delimitação do rol de prestações. DISTRIBUTIVIDADE Deve-se distribuir, primeiro, àqueles que mais necessitem de proteção → atendimento distintivo e prioritário ao mais necessitados. Irredutibilidade do valor dos benefícios IRREDUTIBILIDADE NOMINAL Impede que seja reduzido o valor efetivo dos benefícios, isto é, o valor expresso em moeda corrente → aplica-se aos benefícios da assistência social em geral. IRREDUTIBILIDADE REAL Determina a preservação de seu valor de compra ao longo do tempo, neutralizando- se os efeitos da inflação → aplica-se aos benefícios previdenciários. Licensed to - - P á g i n a 8 Equidade na forma de participação no custeio Tratar com equidade significa reconhecer as desigualdades sociais e impor condições que visem a reduzi- las. Assim, tem-se a aplicação do princípio do respeito à capacidade contributiva, determinando-se a colaboração de todos na manutenção da seguridade social, cada um na medida de suas possibilidades. Diversidade da base de financiamento Em respeito ao princípio da solidariedade, a CRFB/88 impõe, de forma genérica, a diversidade da base de custeio. Assim, são fontes de custeio da seguridade social o Governo. o Contribuições pagas por empregadores e trabalhadores. o Contribuições incidentes sobre os concursos de prognósticos. o Contribuições sobre as operações de importação. Com a Reforma da Previdência, está previsto o dever de identificar, em rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência social. Assim, o tratamento contábil, a partir da Reforma, deve ser capaz de demonstrar os quantitativos vinculados a cada uma das áreas da Seguridade Social. Caráter democrático e descentralizado da administração Gestão quadripartite: governo, empregadores, trabalhadores e aposentados. O CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) é órgão superior de deliberação colegiada e tem como principal objetivo estabelecer o caráter democrático e descentralizado da administração. Os CPS (Conselhos de Previdência Social) são unidades descentralizadas do CNPS. Além disso, são instâncias colegiadas e têm caráter consultivo e de assessoramento, podendo encaminhar propostas para serem deliberadas no âmbito do CNPS. Serão compostos por dez conselheiros e respectivos suplentes, designados pelo titular da Gerência Executiva na qual for instalado, assim distribuídos: 4 representantes do Governo Federal.6 representantes da sociedade, sendo: o Dois dos empregadores. o Dois dos empregados. o Dois dos aposentados e pensionistas. Licensed to - - P á g i n a 9 Regra da previsão de custeio Determina que qualquer criação, majoração ou ampliação de benefício ou serviço deve ser acompanhada da respectiva fonte de custeio total. Princípios específicos da Previdência 1 Cálculo dos benefícios considerando os salários de contribuição corrigidos monetariamente ⤵ No momento da apuração da renda mensal devida ao segurado, os salários de contribuição devem ser atualizados, a fim de que correspondam ao valor real da época da concessão do benefício. 2 Valor mínimo do benefício que substitua a remuneração do segurado ⤵ A medida assegura o valor mínimo de um salário-mínimo para o benefício previdenciário, em casos de substituição da remuneração. 3 Previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional ⤵ Autoriza a criação de fundos de previdência privada, de contribuição facultativa dos trabalhadores, nos termos de lei complementar. Licensed to - - P á g i n a 10 SOCIEDADE ENTE POLÍTICO SEGURIDADE SOCIEDADE SEGURIDADE FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL Formas de financiamento Financiamento indireto Trata-se da parcela destinada à Seguridade Social oriunda dos orçamentos das pessoas jurídicas de direito público interno: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Financiamento direto É o valor arrecadado pelo pagamento, por parte dos contribuintes, das contribuições sociais. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS São tributos cujo pagamento não está vinculado a qualquer contraprestação estatal específica, mas cuja receita é vinculada ao atendimento de ações da seguridade social. Relação jurídica de custeio direto da Seguridade Social Elementos SUJEITO ATIVO Credora → é a União. SUJEITO PASSIVO Devedor → é o contribuinte ou o responsável, conforme dispuser a lei. OBJETO É o pagamento da contribuição social ou ação ou omissão imposta no interesse da arrecadação e fiscalização das contribuições (fazer ou não fazer). VÍNCULO É a lei que institui a contribuição social e prevê a hipótese de incidência do tributo ou da obrigação de fazer ou não fazer. Licensed to - - P á g i n a 1 1 Sujeitos Sujeito ativo A competência legislativa para instituir contribuições sociais é da União. Sujeito passivo Empresas É a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional. EQUIPARADOS A EMPRESA - O contribuinte individual em relação ao segurado que lhe presta serviço. - Dono de construção civil em relação ao segurado que lhe presta serviço. - A cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade. - A missão diplomática e repartição consular de carreiras estrangeiras. - Operador portuário e o órgão gestor de mão de obra. Empregador doméstico Pessoa física que contrata empregado doméstico, para prestar serviços de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos. Segurados Os segurados dividem-se em 2 tipos SEGURADOS OBRIGATÓRIOS O RGPS é de filiação obrigatória – e automática. Assim, quem exerce atividade remunerada deve filiar-se ao RGPS. SEGURADOS FACULTATIVOS São pessoas que não exercem atividade remunerada e que, portanto, não têm obrigação legal de contribuir, mas escolhem fazê-lo. Operadores de concursos de prognósticos São aqueles que exploram sorteios de números, símbolos ou apostas de qualquer natureza. Licensed to - - P á g i n a 1 2 Importador Pessoa física ou jurídica que promova a entrada de bens estrangeiros no território nacional ou contratante de serviços prestados por residente ou domiciliado no exterior. Por equiparação, inclui-se ainda o beneficiário do serviço, na hipótese em que o contratante também seja residente ou domiciliado no exterior. Objeto O objeto é a prestação a que o sujeito passivo se obriga a cumprir, por força de lei ou contrato, em favor do sujeito ativo. Aqui, temos o seguinte OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL Pagamento de contribuição. OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS ACESSÓRIAS Obrigações de fazer ou não fazer. Após a Reforma da previdência, tem-se a faculdade de instituição de alíquotas progressivas, de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social. Vínculo Sendo obrigação tributária, a relação jurídica de custeio será sempre considerada obrigação legal. Resumindo. . . Licensed to - - P á g i n a 1 3 SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA Premissas 1 O exercício de atividade remunerada implica a filiação obrigatória ao RGPS. 2 Aquele que exerce, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma dessas atividades. A alíquota de contribuição do empregado será definida considerando a soma da remuneração recebida em todas as fontes, que constituirá o seu salário de contribuição, observadas as regras estabelecidas pela Reforma da Previdência, que trouxe novas alíquotas que serão aplicadas de forma progressiva. 3 O aposentado que volte a exercer atividade remunerada abrangida pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS é segurado obrigatório em relação a esta atividade. Classificação Segurados obrigatórios Empregado Trabalhador que realiza sua atividade com habitualidade, onerosidade, pessoalidade e subordinação. Rol dos artigos: 9º, inciso I do RPS; 11, inciso I do PBPS e 12, inciso I do PCSS. Empregado doméstico Aquele que presta serviço de natureza contínua (a partir de 3x por semana) a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos. Rol dos artigos: 9º, inciso II do RPS; 11, inciso I do PBPS e 12, inciso I do PCSS. Contribuinte individual Sua principal característica é a ausência de subordinação na realização de sua atividade. Rol dos artigos: 9º, inciso V do RPS; 11, inciso V do PBPS e 12, inciso V do PCSS. Licensed to - - P á g i n a 1 4 Trabalhador avulso É o trabalhador que presta serviços a diversas empresas, sem vínculo empregatício, porém com intermediação obrigatória do sindicato ou de órgão gestor de mão de obra (OGMO). Segurado especial É o pequeno produtor rural, que trabalha a terra para seu sustento. Assim, é o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes. Requisitos 1 Atividade rural em economia familiar → a proteção é conferida a todos da família mediante o pagamento de uma única contribuição calculada sobre o resultado da comercialização da produção. 2 Área de produção igual ou inferior a 4 módulos fiscais → atividade agropecuária. Sem limite de área → extrativista vegetal ou seringueiro. 3 Não utilizar embarcação ou tenha esta arqueação bruta igual ou menor que 20. 4 Não contratar empregados permanentes → é autorizada a contratação de empregados ou contribuintes individuais à razão de 120 pessoas/dia por ano civil, ou por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência do recebimento de auxílio-doença, para fazer frente às necessidades da safra. 5 Não possuir outra fonte de rendimento. Segurado facultativo É toda pessoa que, não exercendo atividade remunerada, opta, por iniciativa própria, por contribuir para o RGPS, fazendo jus aos benefícios enunciados em lei. Licensed to - -P á g i n a 1 5 Fil iação e inscrição A filiação e a inscrição se distinguem no seguinte sentido FILIAÇÃO É o vínculo entre os segurados e a Previdência Social, sendo que para os segurados: o Obrigatórios → ocorre automaticamente, com o exercício da atividade remunerada. o Facultativos → a filiação gera efeitos somente após: ✓ Inscrição, E ✓ Pagamento da 1ª contribuição. INSCRIÇÃO É a formalização da filiação (cadastramento). Idade mínima → 16 anos (salvo menor aprendiz → a partir dos 14). Assim, a filiação pode se dar de duas formas AUTOMÁTICA Quando o trabalhador não precisa praticar nenhum ato formal para obter sua filiação, decorrendo diretamente do exercício de atividade remunerada. É a forma de filiação dos segurados obrigatórios. MEDIANTE INSCRIÇÃO Quando a filiação decorre de um ato formal, pelo qual o segurado fornece dados necessários para sua identificação no INSS. É a forma de filiação dos segurados facultativos. Assim, enquanto os segurados obrigatórios promovem sua inscrição depois da filiação (pois esta ocorre com o início da atividade), os facultativos devem realizar a inscrição antes da filiação (pois esta decorre da própria inscrição). ATENÇÃO Não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte individual e de segurado facultativo. Licensed to - - P á g i n a 1 6 Manutenção e perda da qual idade de segurado Conceitos inic ia is MANUTENÇÃO Enquanto o segurado estiver contribuindo para a Previdência Social ele manterá essa qualidade. PERDA Quando deixar de fazê-lo, perderá o status de segurado, não mais tendo direito aos benefícios previdenciários previstos em lei. PERÍODO DE GRAÇA Períodos na vida laboral da pessoa em que esta não contribui para o RGPS, mas mantém a qualidade de segurado por um certo período de tempo. Período de graça Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: SEM LIMITE DE PRAZO Para quem está em gozo de benefício (exceto auxílio acidente). ATÉ 12 MESES Após a cessação de benefício por incapacidade ou das contribuições, observado o disposto nos § 7º e § 8º e no art. 19-E do Decreto 3.048/99. Sobre esta última hipótese AMPLIAÇÃO DO PRAZO 120 CONTIBUIÇÕES O lapso é ampliado para 24 meses se o segurado já conta com mais de 120 contribuições mensais quando deixa de contribuir. DESEMPREGO Em se tratando de desemprego, o período ganha mais 12 meses, desde que o segurado comprove essa situação mediante registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Em resumo, o período de graça em razão da supressão da atividade remunerada pode ser de 12, 24 ou 36 meses, dependendo da conjugação dos fatores expostos. Continuando as hipóteses Licensed to - - P á g i n a 1 7 ATÉ 12 MESES Após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória. ATÉ 12 MESES Após o livramento, o segurado detido ou recluso. ATÉ 3 MESES Após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar. ATÉ 6 MESES Após a cessação das contribuições, o segurado facultativo (para manter essa qualidade, deverá pagar as contribuições em atraso). O decreto nº 10.410 de 30 de junho de 2020 inseriu os seguintes dispositivos no Decreto 3.048/99, acerca da manutenção da qualidade de segurado: ATUALIZAÇÃO Para o contribuinte individual, o período de manutenção da qualidade de segurado inicia-se no primeiro dia do mês subsequente ao da última contribuição com valor igual ou superior ao salário-mínimo. O segurado que receber remuneração inferior ao limite mínimo mensal do salário de contribuição somente manterá a qualidade de segurado se efetuar os ajustes de complementação, utilização e agrupamento a que se referem o § 1º do art. 19-E e o § 27-A do art. 216. Perda da qual idade de segurado Ultrapassado o prazo estabelecido para o período de graça, perderá o segurado esta qualidade, ficando sem o amparo da Previdência caso lhe sobrevenha qualquer das contingências protegidas. Art. 15, § 4°, do PBPS → a perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos. Vejamos A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte (dia 16) ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição (não importa qual a categoria do segurado em questão, considera-se o prazo de vencimento do contribuinte individual, ou seja, dia 15) referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos do período de graça. Confira o exemplo a seguir Licensed to - - P á g i n a 1 8 Efeitos da perda da qualidade de segurado: com a perda da qualidade de segurado, o trabalhador e seus dependentes deixam de ter, como regra, acesso a qualquer dos benefícios previdenciários. Exceções ⤵ 1 Direito adquirido → se o segurado, ao perder esta qualidade, já havia cumprido todos os requisitos para a concessão de determinado benefício, continuará a fazer-lhe jus. 2 Aplicação do art. 3° da Lei 10.666/2003 → dispõe que a perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das aposentadorias por tempo de contribuição (extinta com a reforma da previdência) e especial. Com isso, se o segurado deixar de efetuar suas contribuições por longo período, perdendo a proteção previdenciária, ao voltar a recolhê-las deve apenas fazê-lo até somar o requisito para aposentadoria. 3 No caso da aposentadoria por idade, desde que o segurado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício, a perda da qualidade de segurado também não será considerada. Restabelecimento da qualidade de segurado: em caso de restabelecimento, o segurado deve cumprir com a metade da carência para ter direito aos seguintes benefícios o Auxílio e aposentadoria por incapacidade temporária (metade de 12 = 6). o Salário maternidade (metade de 10 = 5). o Auxílio reclusão (metade de 24 = 12). Licensed to - - P á g i n a 1 9 CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURIDADE SOCIAL Disposições gerais Competência legislativa REGRA A competência legislativa é exclusiva da União para criar as contribuições sociais EXCEÇÃO Contribuições cobradas dos servidores públicos estaduais, distritais e municipais para custeio dos respectivos regimes próprios de previdência. Originariamente, a CRFB/88 previu as seguintes contribuições sociais: 1 Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: o A folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. o A receita ou faturamento. o O lucro. 2 Do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social. 3 Sobre a receita de concursos de prognósticos. 4 Do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. A competência exclusiva da União abrange igualmente a chamada competência residual, que é a aptidão para CRIAR contribuições sociais além daquelas expressamente previstas no texto constitucional. REQUISITOS 1 A criação deve dar-se por lei complementar. 2 A contribuição nova deve ser não cumulativa: tributo não cumulativo é aquele que autoriza o uso do valor do tributo incluído no preço da mercadoria como crédito para o recolhimento do mesmo tributo pelo próximo contribuinte da cadeia produtiva. 3 A base de cálculo deve ser nova.Licensed to - - P á g i n a 20 Vigência da legislação apl icável NORMAS FAVORÁVEIS OU INDIFERENTES AO CONTRIBUINTE Entram em vigor na data em que indicarem. Na ausência desta, em 45 dias contados da publicação para efeitos internos e em 3 meses para efeitos no exterior. NORMAS DESFAVORÁVEIS AO CONTRIBUINTE Entram em vigor 90 dias depois de sua publicação, ainda que tal prazo vença dentro do mesmo exercício, que coincide com o ano civil (princípio da noventena). Imunidades São isentas (o termo correto é “imunes”) de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. Assim, para o gozo da imunidade, é necessário que a entidade de assistência social atenda às exigências estabelecidas em lei: 1 Não podem DISTRIBUIR seu PATRIMÔNIO ou suas RENDAS, a qualquer título: o Aos diretores. o Aos administradores. 2 Devem aplicar INTEGRALMENTE no país os seus recursos, para manutenção dos seus objetivos institucionais. 3 Devem manter ESCRITURAÇÃO (formal) de suas receitas e despesas. Também não incidirá contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo RGPS. Na verdade, sobre benefícios previdenciários, incide contribuição, na prática, apenas sobre o salário- maternidade. Contudo, enquanto as aposentadorias e a pensão por morte SÃO IMUNES, os demais benefícios SÃO ISENTOS. Licensed to - - P á g i n a 2 1 Remissão e anistia REMISSÃO É o perdão da dívida fiscal, podendo abranger todo o valor devido. ANISTIA É instituto que se destina a evitar o lançamento tributário da infração fiscal cometida, liberando-se o contribuinte faltoso do pagamento desta. Assim, a anistia atinge apenas a multa, sendo que o valor do tributo principal, acrescido de juros e correção monetária, continua devido. No âmbito do Direito Previdenciário, mais especificamente sobre as contribuições sociais incidentes sobre a folha de pagamento das empresas e sobre a remuneração dos trabalhadores, não é possível a concessão de remissão e anistia para valores superiores ao fixado em lei complementar. Além da remissão e da anistia, são proibidos a concessão de moratória e de parcelamento por prazo superior a 60 meses para débitos relativos às contribuições sobre a folha de pagamento e sobre os rendimentos do trabalhador, RESPEITADOS os firmados antes da Reforma da Previdência, para os quais ficam vedados a reabertura ou prorrogação do prazo de adesão. Licensed to - - P á g i n a 22 Contribuições sociais das empresas Contribuição sobre a folha de pagamento SUJEITO PASSIVO O empregador, a empresa ou a entidade a ela equiparada. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Exclusivamente o pagamento de benefícios do RGPS. FATO GERADOR Pagar, dever ou creditar remuneração, a qualquer título, a segurados que lhe prestem serviços, com ou sem vínculo empregatício. BASE DE CÁLCULO O total das remunerações pagas, devidas ou creditadas para segurados, a qualquer título, ao longo do mês. ALÍQUOTA 20%, para as remunerações pagas, devidas ou creditadas, para segurados empregados, trabalhadores avulsos ou contribuintes individuais. VENCIMENTO Dia 20 do mês seguinte ao da competência. Contribuição do Microempreendedor Individual – MEI SUJEITO PASSIVO MEI que contrata empregado. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Exclusivamente o pagamento de benefícios do RGPS. FATO GERADOR Pagar, dever ou creditar remuneração ao segurado empregado. BASE DE CÁLCULO Salário de contribuição do empregado. ALÍQUOTA 3% VENCIMENTO Dia 20 do mês seguinte ao da competência. Licensed to - - P á g i n a 23 Contribuição da associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional SUJEITO PASSIVO Associação desportiva (clube) que mantém equipe de futebol profissional. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Exclusivamente o pagamento de benefícios do RGPS. FATO GERADOR Auferir receita em razão da realização de evento esportivo em território nacional e por conta de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos. BASE DE CÁLCULO Receita bruta do espetáculo desportivo ou do patrocínio, licenciamento, publicidade e transmissão. ALÍQUOTA 5% VENCIMENTO o Dois dias úteis após o evento esportivo quando a retenção for feita pela entidade promotora do evento. o Dia 20 do mês seguinte, quando a retenção for feita pelo patrocinador, licenciado para o uso da marca, empresa de publicidade ou geradora da transmissão do evento. Contribuição do produtor rural pessoa jurídica SUJEITO PASSIVO A pessoa jurídica que se dedique exclusivamente à atividade rural. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Exclusivamente o pagamento de benefícios do RGPS. FATO GERADOR A comercialização da produção pelo produtor rural pessoa jurídica. BASE DE CÁLCULO Receita bruta resultante da comercialização da produção. ALÍQUOTA 1,7% mais um adicional de 0,1% para o pagamento de benefícios resultantes de acidentes de trabalho. Alíquota total: 1,8%. VENCIMENTO Dia 20 do mês seguinte ao da operação de venda da produção. Licensed to - - P á g i n a 24 Contribuição do produtor rural pessoa fís ica SUJEITO PASSIVO A pessoa física que se dedique exclusivamente à atividade rural. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Exclusivamente o pagamento de benefícios do RGPS. FATO GERADOR A comercialização da produção pelo produtor rural pessoa física ou consórcio simplificado de produtores rurais. BASE DE CÁLCULO Receita bruta resultante da comercialização da produção. ALÍQUOTA 1,2% mais um adicional de 0,1% para o pagamento de benefícios resultantes de acidentes de trabalho. Alíquota total: 1,3%. VENCIMENTO Dia 20 do mês seguinte ao da operação de venda da produção. Contribuição da agroindústria SUJEITO PASSIVO A agroindústria, assim definida como o produtor rural pessoa jurídica que se destina à industrialização de produção própria e adquirida de terceiros. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Exclusivamente o pagamento de benefícios do RGPS. FATO GERADOR A comercialização da produção pela agroindústria. BASE DE CÁLCULO Receita bruta resultante da comercialização da produção. ALÍQUOTA 2,5% mais um adicional de 0,1% para o pagamento de benefícios resultantes de acidentes de trabalho. Alíquota total: 2,6%. VENCIMENTO Dia 20 do mês seguinte ao da operação de venda da produção. Licensed to - - P á g i n a 25 Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP SUJEITO PASSIVO A empresa e a entidade a ela equiparada. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Pagamento do seguro-desemprego e do abono anual. FATO GERADOR Auferir faturamento. BASE DE CÁLCULO Receita bruta mensal. ALÍQUOTA 0,65% no regime cumulativo; 1,65% no regime não cumulativo. VENCIMENTO Dia 25 do mês subsequente, antecipando-se o vencimento se não houver expediente bancário. Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS SUJEITO PASSIVO A empresa e a entidade a ela equiparada. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Financiamento da seguridade social como um todo. FATO GERADOR Auferir faturamento. BASE DE CÁLCULO Receita bruta mensal. ALÍQUOTA 3% no regime cumulativo; 7,6% no regime não cumulativo. VENCIMENTO Dia 25 do mês subsequente, antecipando-se o vencimento se não houver expediente bancário. Licensed to - - P á g i n a 26 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL SUJEITO PASSIVO A empresa e a entidade a ela equiparada. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Financiamento da seguridade social como um todo. FATO GERADOR Obter lucro contábil no exercício. BASE DE CÁLCULO Valor do resultado do exercício, antesda provisão para o imposto de renda. ALÍQUOTA 15% para as instituições financeiras; 9% para todas as demais pessoas jurídicas. VENCIMENTO Último dia útil do período de apuração. Contribuição do empregador doméstico SUJEITO PASSIVO Empregador doméstico. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Exclusivamente o pagamento de benefícios do RGPS. FATO GERADOR Contratar segurado empregado doméstico a seu serviço. BASE DE CÁLCULO Salário de contribuição dos empregados domésticos a serviço do empregador doméstico. ALÍQUOTA 8% mais 0,8% do SAT. Alíquota total: 8,8%. VENCIMENTO Dia 20 do mês seguinte ao da competência (Lei n. 14.438, de 2022). Licensed to - - P á g i n a 27 Contribuições dos segurados Salário de contribuição Conceito É a base de cálculo da contribuição do segurado. SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADO E DO TRABALHADOR AVULSO Remuneração auferida, em uma ou mais empresas. DO EMPREGADO DOMÉSTICO Remuneração registrada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL Remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês. DO SEGURADO ESPECIAL Não há que se falar em salário de contribuição, pois ele contribui apenas com um percentual sobre o resultado da comercialização de sua produção, sendo, portanto, diversa a base de cálculo de sua obrigação previdenciária. DO SEGURADO FACULTATIVO Valor por ele declarado. Limites Limite mínimo Para o empregado, o empregado doméstico e o trabalhador avulso, é o piso salarial da categoria estabelecido em lei ou negociações coletivas de trabalho. Inexistindo o piso, bem como para o contribuinte individual e o segurado facultativo, o limite mínimo do salário de contribuição será o salário-mínimo. Limite máximo É fixado pelo PCSS e atualizado periodicamente pelo Ministério da Previdência e Assistência Social na mesma época e pelos mesmos índices de reajustamento dos benefícios da Previdência. Atualmente, o teto é de R$ 7.507,49. Licensed to - - P á g i n a 28 Parcelas não integrantes Sobre estas verbas não incide a alíquota da contribuição previdenciária devida pelo segurado. Mais relevantes: 1 Os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, ressalvado o salário-maternidade. 2 A parcela in natura recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo MTE. 3 Multa de 40% sobre o valor depositado para o FGTS em caso de demissão sem justa causa. 4 Valor relativo a férias indenizadas e seu respectivo adicional constitucional. 5 Parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria. 6 A ajuda de custo (parcela única) recebida exclusivamente em decorrência de mudança do local de trabalho do empregado. 7 As diárias para viagem. 8 A importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei 11.788/2008 (Lei do Estágio). 9 A participação nos lucros ou resultado da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica. 10 O abono do PIS/PASEP. 11 Os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho. 12 A importância paga ao empregado a título de complementação do auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa. 13 O valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes. Licensed to - - P á g i n a 29 14 O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares. 15 O ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso-creche pago conforme a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas. 16 A importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei 8.069/1990 (a única ressalva é que o Estatuto da Criança e do Adolescente, e, sucessivamente, o dispositivo ora estudado foram alterados tacitamente pela Emenda Constitucional 20/1998, que permitiu o trabalho como aprendiz apenas a partir dos 14 anos de idade). 17 Os prêmios e os abonos. 18 Os valores recebidos a título de bolsa-atleta. Parcelas integrantes Seguindo a regra geral, todo valor recebido pelo empregado, em dinheiro ou in natura, como contraprestação pelo seu trabalho e que não esteja contemplado na lista do item anterior é considerado salário de contribuição. Assim, em rol exemplificativo, temos como integrantes da base de cálculo da contribuição: 1 Adicionais de insalubridade e periculosidade. 2 Aviso-prévio, trabalhado ou indenizado. 3 Décimo-terceiro salário (exceto para fins de cálculo de benefício). 4 Férias gozadas dentro do período normal e na vigência do contrato de trabalho, inclusive o terço constitucional. 5 Adicional de horas extras. 6 Adicional de produtividade. 7 Descanso semanal remunerado. Licensed to - - P á g i n a 30 8 Salário-maternidade (como exceção à regra de que benefícios previdenciários não se incluem no salário de contribuição). 9 Remuneração paga pelo sindicato e/ou pela empresa para o segurado dirigente sindical. Proporcionalidade Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado, inclusive o doméstico, ocorrer no curso do mês, o salário de contribuição será proporcional ao nº de dias efetivamente trabalhados. Contribuições em espécie Contribuição do segurado empregado, do empregado doméstico e do trabalhador avulso o Sujeito passivo: segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso. o Destinação do valor arrecadado: exclusivamente o pagamento de benefícios do RGPS. o Fato gerador: auferir remuneração. o Base de cálculo: salário de contribuição. o Alíquota: as alíquotas de contribuição são progressivas, ou seja, quanto maior a remuneração, mais elevado será o percentual. A partir da Reforma da Previdência, a incidência da alíquota passou a ser cumulativa. Os valores fixados são reajustados na mesma época e com os mesmos índices do BPC e são os seguintes: SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTA INSS Até R$ 1.320,00 (salário-mínimo) 7,5% De R$ 1.320,01 até R$ 2.571,29 9% De R$ 2.571,30 até R$ 3.856,94 12% De R$ 3.856,95 até R$ 7.507,49 14% o Vencimento: dia 20 do mês seguinte ao da competência (inclusive para os domésticos – Lei n. 14.438/2022). Licensed to - - P á g i n a 3 1 Contribuição do segurado contribuinte individual SUJEITO PASSIVO Contribuinte individual. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Exclusivamente o pagamento de benefícios do RGPS. FATO GERADOR Auferir remuneração por atividade que o enquadre como contribuinte individual. BASE DE CÁLCULO Salário de contribuição. ALÍQUOTA 20%. VENCIMENTO Dia 15 do mês seguinte ao período de competência, podendo a arrecadação ser mensal ou trimestral. Contribuição do segurado facultativo SUJEITO PASSIVO Segurado facultativo. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Exclusivamente o pagamento de benefícios do RGPS. FATO GERADOR Inscrever-se como segurado facultativo no INSS. BASE DE CÁLCULO Salário de contribuição. ALÍQUOTA 20% ou 5%. VENCIMENTO Dia 15 do mês seguinte ao período de competência, podendoa arrecadação ser mensal ou trimestral. Licensed to - - P á g i n a 32 Contribuição sobre a receita dos concursos de prognósticos O produto da arrecadação da contribuição será destinado ao financiamento da Seguridade Social. BASE DE CÁLCULO Receita auferida nos concursos de prognósticos, sorteios e loterias. ALÍQUOTA Percentual vinculado à Seguridade Social em cada modalidade lotérica (seja ela organizada pelo Poder Público, seja por particular), conforme previsto em lei. Contribuição do importador de produtos ou serviços SUJEITO PASSIVO O importador, a pessoa física ou jurídica contratante de serviços de residente ou domiciliado no exterior e o beneficiário do serviço, quando o contratante também for residente ou domiciliado no exterior. DESTINAÇÃO DO VALOR ARRECADADO Financiamento da seguridade social como um todo. FATO GERADOR A entrada de bens estrangeiros no território nacional ou o pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior como contraprestação por serviço prestado. BASE DE CÁLCULO Valor aduaneiro do produto ou o total do valor pago a residente ou domiciliado no exterior pela prestação do serviço. ALÍQUOTA 1,65%, para o PIS/PASEP - Importação; 7,6%, para a COFINS - Importação. VENCIMENTO Data do registro da declaração de importação, para mercadorias, ou a data do pagamento, para prestação de serviços. Licensed to - - P á g i n a 33 PLANO DE BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL Elementos da relação jurídica de benefício SUJEITO ATIVO Credor → beneficiário da Previdência, que possui vínculo de filiação com o INSS (o segurado) ou pessoa ligada ao segurado por dependência econômica (os dependentes). SUJEITO PASSIVO Devedor → INSS. OBJETO Prestações previdenciárias previstas no PBPS que se dividem em benefícios e serviços. VÍNCULO A relação jurídica de benefício decorre da filiação do segurado ao RGPS. Segurados São pessoas que possuem vínculo direto com o INSS, porque estão inscritas e filiadas ao RGPS. São eles: o Segurado empregado. o Empregado doméstico. o Trabalhador avulso. o Contribuinte individual. o Segurado especial. o Segurado facultativo. Dependentes Quem são? São pessoas com vínculo indireto com o INSS, uma vez que se ligam ao segurado. Assim, o dependente é uma pessoa que depende da atividade remunerada do segurado para sua subsistência. Os dependentes do segurado são divididos em classes, sendo que a existência de pessoas nas classes mais altas impede o recebimento do benefício por aquelas das classes mais baixas. Em contrapartida, se houver mais de uma pessoa na mesma classe, o benefício deve ser dividido igualmente entre elas. Licensed to - - P á g i n a 34 Classes 1ª CLASSE Possuem presunção absoluta de dependência econômica, SALVO os equiparados a filho, que devem provar a dependência econômica para fazer jus aos benefícios. o Cônjuge ou companheiro → para que o cônjuge figure como dependente do segurado, é necessário que o casamento esteja vigente no momento do requerimento do benefício, salvo os casos em que o cônjuge, ainda que separado ou divorciado, recebia pensão alimentícia. Quanto à união estável, é preciso lembrar que há pessoas que são impedidas de constituí-la, por serem impedidas de se casar. São reconhecidos, ainda, os direitos de dependente ao cônjuge ou companheiro homossexual. o Filho menor de 21 anos não emancipado. o Filho inválido ou com deficiência. intelectual, mental ou grave. o Equiparados a filho → apesar de constarem da 1ª classe de dependentes, devem provar a dependência econômica para receberem os benefícios e devem ser previamente inscritos no INSS pelo próprio segurado. Equiparam-se a filho o enteado e o menor tutelado; porém, em julgamento das ADI’s 4.878 e 5.083, o STF, em junho de 2021, decidiu que o MENOR SOB GUARDA* também é dependente previdenciário. 2ª CLASSE Somente se filiarão ao RGPS na qualidade de dependentes na ausência de qualquer pessoa de primeira classe, sendo necessário, sempre, que comprovem a dependência econômica junto ao segurado. Apenas os pais encontram-se na 2ª classe de dependentes. 3ª CLASSE Receberão os benefícios somente na inexistência de dependentes nas 2 classes anteriores e, também, devem provar a dependência econômica. Integram a 3ª classe os irmãos, unilaterais ou bilaterais até 21 anos ou inválidos ou com deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. NOVIDADE! Será excluído definitivamente da condição de dependente aquele que tiver sido condenado criminalmente por sentença transitada em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis. Licensed to - - P á g i n a 35 Menor sob guarda Em julgamento das ADI’s 4.878 e 5.083, o STF, em junho de 2021, decidiu que o menor sob guarda também é dependente previdenciário. Analisou-se o seguinte: 1 O PBPS – Lei 8.213/91 – não elenca o menor sob guarda como dependente. 2 Entretanto, o ECA, em seu art. 33, §3º, diz que “a guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários”. Considerando a previsão do ECA, o STF se posicionou no sentido de que o menor sob guarda é dependente previdenciário, desde que demonstre dependência econômica. Entretanto, o referido entendimento só se aplica aos óbitos ocorridos até 13 de novembro de 2019, uma vez que não se analisou a constitucionalidade do artigo 23, §6º, da EC/103 de 2019, que diz: Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, EXCLUSIVAMENTE o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica. Mapa mental Licensed to - - P á g i n a 36 Benefícios Previdenciários - Disposições Gerais Benefícios e Serviços PRESTAÇÃO PREVIDENCIÁRIA BENEFÍCIOS Prestações pecuniárias periódicas. SERVIÇOS Qualquer outra prestação que não seja traduzida em dinheiro. Prestações Previdenciárias Classificam-se da seguinte forma: Licensed to - - P á g i n a 37 Carência Preliminarmente, é importante diferenciar os seguintes conceitos CARÊNCIA É o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu limite mínimo mensal. TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Considera-se tempo de contribuição o tempo correspondente aos períodos para os quais tenha havido contribuição obrigatória ou facultativa ao RGPS. Assim, carência é o número de contribuições mensais necessárias à efetivação do direito a um benefício, observado o valor mínimo das contribuições. Alguns benefícios exigem carência, outros não EXIGEM CARÊNCIA - 180 contribuições: o Aposentadoria programada. o Aposentadoria por idade do rural. o Aposentadoria especial. - 12 contribuições: o Auxílio por incapacidade temporária. o Aposentadoria por incapacidade permanente. - 10 contribuições (para o contribuinte individual, o facultativo e o especial): o Salário maternidade. - 24 contribuições: o Auxílio reclusão. NÃO EXIGEM CARÊNCIA - Pensão por morte. - Salário família. - Salário maternidade (para o empregado, o empregado doméstico e o trabalhador avulso). - Incapacidade (temporária ou permanente) por: o Acidente de qualquer natureza ou causa. o Doença profissional ou do trabalho. o Doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, a cada três anos. Licensed to - -