AULA05_ALEIJADINHO

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O Aleijadinho 
“Aleijadinho” era o apelido de Antônio 
Francisco Lisboa. 
 
Nasceu em Ouro Preto em 1738. 
 
Figura central do estilo colonial. 
Escultor e entalhador de ornatos. 
 
Trabalhava com madeira e pedra. 
 
Viveu em uma sociedade que se 
dedicava à mineração do ouro. 
 
 
Nessa época, nenhuma pessoa que 
tivesse sangue negro até a quarta 
geração poderia assumir cargos 
municipais. É possível que 
aleijadinho tenha assistido isso 
com profundo ressentimento. 
 
A inconfidência, “a traição” de 1789 
foi punida com severidade. 
Joaquim José da Silva Xavier, o 
Tiradentes foi executado. 
Aleijadinho pertencia a mesma 
geração dos inconfidentes. 
 
Sua arte deve ser 
considerada em um contexto 
de ruína econômica e 
insatisfação social. 
 
Aleijadinho era filho ilegítimo de Manoel 
Francisco Lisboa, talentoso arquiteto português. 
 
Ele não era escravo porque nessa época a criança 
podia ser declarada livre por parte de pai. 
 
Aprendeu a ler e escrever e teve até aulas de 
latim. 
 
Era mulato, baixo. Em 1777, com 37 anos teve 
uma doença que o mutilou. Danos em suas mãos. 
Perda dos dedos dos pés. Lepra e sífilis. 
Seu corpo ficou deformado, por isso o apelido. 
 
Tornou-se amargo e desconfiado. 
 
Quando trabalhava mandava colocar biombos à 
sua volta para que ficasse escondido. 
 
Também se tornou dono de escravos. Ajudavam 
em sua arte. 
 
Ficou cego em 1812 e morreu em 1814. 
 
Como mulato, seu status era equívoco em uma 
sociedade que reconhecia apenas duas raças. 
 
As obras de aleijadinho se dividem em três 
períodos: 
 
Primeiro período: 
Principais obras: 1770 a 1794. 
 
São as esplêndidas Igrejas Franciscanas de Ouro 
Preto e São João Del Rei e as Igrejas Carmelitas de 
Ouro Preto e Sabará. 
Todas essas obras se caracterizavam de modo 
geral, por um espírito rococó sereno e 
harmonioso. 
 
 
 
 
Segundo período - 1795 a 1807 
Produção em madeira em tamanho natural 
e estátuas de pedra do Santuário de 
Congonhas. 
Obras de qualidade e obras “ruins”, 
refletindo o estado da sua saúde. 
 
Espírito do trabalho grave e sombrio, 
atingindo o sublime nos melhores 
momentos e amargura nos piores. 
 
A fase final (1807-1812). Aleijadinho já 
estava tão impactado pela doença que 
pouco podia fazer além de dirigir e 
inspecionar trabalhos dos seus oficiais. 
 
 
 
 
 
Características de suas obras: 
 
Uso sutil de formas curvas. 
 
O estilo aleijadinho pertence 
ao Barroco e ao Rococó. 
Universalidade católica e 
imperial. 
 
Espírito teatral, movimento, 
ausência de limites, grandioso 
efeito ilusório. 
Introdução de um estilo rococó 
curvilíneo e tridimensional das 
fachadas das Igrejas Franciscanas de 
Ouro Preto e São João Del Rei. 
 
Essas fachadas representam uma 
revolução criativa na arquitetura. 
 
Obras mais significativas foram para 
três igrejas: 
São Francisco de Assis, em Ouro Preto 
(Fachada e interior) 
 
 
São Francisco de Assis de São João Del Rei (fachada) 
 
 
 
Obras para a Igreja Nossa Senhora do Carmo, Ouro Preto 
(fachada e interior) 
 
 
 
 
Nossa Senhora do Carmo de Sabará (fachada e interior) 
 
 
 
Nossa Senhora do Carmo de São João Del Rei (fachada) 
 
 
Os doze profetas de Congonhas do Campo 
 
Cenas da paixão de Cristo 
representadas por estátuas de 
madeira com tamanhos reais. 
 
Estão dispostas de forma dramática 
e surpreendem pela mistura de 
realismo e caricatura. 
 
Caráter monumental que faz parte 
do edifício. Relação diferente entre 
escultura e arquitetura. Em outras 
obras as esculturas tem papel 
subordinado. 
 
As estátuas libertam o conjunto da 
rigidez, dando movimento e ritmo. 
 
 
Embora utilizava modelos, nunca copiava. 
 
Último empreendimento de grande porte feito por Aleijadinho, antes que a 
doença e a velhice o incapacitassem. 
 
O conjunto representa o ápice de seu desenvolvimento artístico e o 
coroamento do estilo desenvolvido na colônia, do qual tornou-se o principal 
criador. 
Pátio monumental com largos parapeitos e escadaria elaborada. 
Proporções. 
 
Complexa harmonia no contraste das linhas. Variedade e movimento. 
 Congonhas é uma verdadeira obra prima em três aspectos: 
arquitetônico, enquanto conjunto, individual, enquanto esculturas e 
psicológico enquanto estudos dos personagens que representam. 
 
 
 
 
 
Os profetas: Todos usam chapéus 
cônicos, com expressão grave, pensativa e 
piedosa, mas com acentuadas variações 
individuais. 
 
Todos tem cabelo longo e cacheado, seis 
deles possuem bigodes e barbas. 
Modelagem da boca e lábios bem 
elaborada. 
 
 As mãos quase sempre são largas e 
proeminentes. 
 
Alguns “defeitos” das estátuas são 
intencionais para corrigir a perspectiva de 
quem olha de baixo. 
 
Levou 10 anos para completar a tarefa. Por 
isso, as figuras são desiguais na qualidade.