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Jacob Fernando Jonhas Candie Derivadas (Regras de Derivação – Funções Reais de Variáveis Reais) Licenciatura em Contabildade 1º Ano Universidade Púnguè Extensão de Tete 2021 Jacob Fernando Jonhas Candie Derivadas (Regras de Derivação – Funções Reais de Variáveis Reais) Trabalho Individual da cadeira de Matemática a ser apresentado ao Curso de Licenciatura em Contabilidade, como requisito parcial de avaliação. Docente: Mestre Jorge Camisola Universidade Púnguè Extensão de Tete 2021 Índice: 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 2 1.1. OBJECTIVOS .................................................................................................................................... 3 1.1.1. Objectivos Gerais ........................................................................................................................... 3 1.1.2. Objectivos Específicos ................................................................................................................... 3 1.2. Metodoloigia de Pesquisa .................................................................................................................. 3 2. Derivada ................................................................................................................................................. 4 2.1. A reta tangente. .................................................................................................................................. 4 2.1.1. Equação da reta tangente ................................................................................................................ 6 2.1.2. Equação da reta normal .................................................................................................................. 7 2.2. A derivada de uma função num ponto ............................................................................................... 7 2.2.1. Derivadas laterais ........................................................................................................................... 8 2.2.2. Regras de derivação ..................................................................................................................... 10 2.2.3. Derivada da função composta ...................................................................................................... 12 2.2.4. Derivada da função inversa .......................................................................................................... 14 Derivada das funções elementares. ............................................................................................................. 14 2.2.5. Derivada da função exponencial. ................................................................................................. 14 2.2.6. Derivada da função logarítmica. .................................................................................................. 16 2.2.7. Derivada das funções trigonométricas. ........................................................................................ 16 2.2.7.1. Derivada das funções trigonométricas inversas ....................................................................... 19 2.3. Derivadas sucessivas ........................................................................................................................ 21 3. CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 23 4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................................................. 24 1. INTRODUÇÃO Neste presente trabalho, abordar-se-a acerca de Derivadas, concretamente sobre as regras de derivação, com vista a facilitar o cálculo dos mesmos. De facto, para um estudo minimamente correcto e fundamentado de derivadas, a noção de limite de uma função é absolutamente indispensável. A partir do momento em que são dadas as regras de derivação, usá-las com à-vontade é rigorosamente indispensável para todo o resto da matéria. As regras de derivação são dadas, dentro do capítulo das derivadas, a um ritmo em que se assume que o aluno já ouviu falar destas noções. Esse ritmo é excessivo para os alunos que referi. A noção de derivada aparece sob dois aspectos: um ligado à ideia geométrica de tangente a uma curva e o outro relativo ao conceito de “taxa de variação” de uma grandeza, por exemplo, a “velocidade instantânea” em Cinemática. Esses dois aspectos têm consequências, tanto na análise de gráficos e na variação das funções, como no estudo da evolução de grandezas que possuem regularidades expressas por leis matemáticas de grande precisão 1.1.OBJECTIVOS 1.1.1. Objectivos Gerais Este trabalho tem como objetivo geral estudar as Regras de derivação. 1.1.2. Objectivos Específicos Apresentamos de seguida os específicos, que são:  Identificar e descrever as diversas regras de derivação existentes;  Analisar através de exemplos concretos cada regra de derivação; 1.2.Metodoloigia de Pesquisa Este, está organizado sob forma canónica: Introdução (que é a parte que está sendo lida); Desenvolvimento; Conclusão; e Bibliografia, que se encontra na última página do trabalho. Para a produção do mesmo recorreu-se às consultas bibliográficas existentes na bibliografia, seguindo- se da revisão, compilação e a sua efectivação. Não se considera como um trabalho acabado daí que a contribuição da docente da cadeira fará dele muito enriquecido. 2. Derivada 2.1.A reta tangente. Suponha que a reta r da figura vá se aproximando da circunferência até tocá-la num único ponto. Na situação da figura 4, dizemos que a reta r é tangente a circunferência no ponto P. Exemplos de retas tangentes (no ponto P) a algumas curvas: Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7 Na figura 7, apesar da reta tocar a curva em dois pontos, ela tangencia a curva em P, como na figura 4. Estas retas tocam suavemente as curvas nos pontos P indicados. Exemplos de retas que não são tangentes (no ponto Q) a algumas curvas: Fig. 8 Fig. 9. Estas retas não tocam suavemente as curvas nos pontos indicados como no exemplo da y  y  yo x  x  xo circunferência (fig. 4). Elas “cortam” , “penetram” as curvas. Considerando o triângulo retângulo PTQ, obtemos o coeficiente angular da reta s como tg   y  y  yo . x x  xo Suponha que o ponto Q mova-se sobre o gráfico de f em direção ao ponto P. Desta forma, a reta s se aproximará da reta t. O ângulo  se aproximará do ângulo , e então, a tg se aproximará da tg . Usando a notação de limites, é fácil perceber que lim tg   tg . Q P Mas quando Q  P temos que x  xo . Desta forma, o limite acima fica lim tg  tg  QP lim x xo y  yo x  xo  lim x xo f x  f xo   tg . x  xo Assim lim xxo f x  f xo   tg . x  xo Definição: Seja y  f x uma curva e Pxo , yo  um ponto sobre o seu gráfico. O coeficiente angular m da reta tangente ao gráfico de f no ponto P é dado pelo limite m  lim x xo f x  f xo  , quando este existir. x  xo m  tg  yo  f xo        2.1.1. Equação da reta tangente Podemos agora determinar a equação da reta tangente t, pois já conhecemos o seu coeficiente angular e um ponto do seu gráfico Pxo , yo  . A equação da reta tangente t é: a) y  yo   mx  xo, se o limite que determina m existir; b) A reta vertical x  xo se lim x xo f x  f xo   x  x for infinito. o Exemplo: Determine a equação tangente a parábola f x  x 2 no ponto de abscissa xo  1 . Solução: Temos que determinar dois termos yo e m. yo  f xo   yo  f 1  12  1 . m  lim x xo f x  f xo  x  xo  lim x1 f x  f 1 x  1  lim x1 x 2  1 x  1  L  2 . Logo a equação da reta tangente é y  1  2x  1 ou y  2x  1 . 2.1.2. Equação da reta normal Definição: Seja y  f x uma curva e Pxo , yo   um ponto sobre o seu gráfico. A reta normal (n) ao gráfico de f no ponto P é a reta perpendicular a reta tangente (t).  A equação da reta normal é y  yo    1 x  x m o , sendo que m  lim x xo f x  f xo   0 . x  x  Se m  0 , então a equação da reta normal é a reta vertical o x  xo .  Se lim x xo f x  f xo   x  xo for infinito, então a reta normal é horizontal e tem equação y  yo . 2.2.A derivada de uma função num ponto O limite lim x xo f x  f xo   x  xo é muito importante, por isso receberá uma denominação especial. Definição: Seja y  f x uma função e xo um ponto do seu domínio. Chama-se derivada da função f no ponto xo e denota-se f ' xo  (lê-se f linha de xo ), o limite f ' xo   lim x xo f x  f xo  , quando este existir. x  x o Forma alternativa para derivada: Se fizermos x  x  xo , obtemos a seguinte forma para f ' xo  : f ' xo   lim x0 f xo  x  f xo  . x  Outras notações para a derivada da função y  f x num ponto x qualquer:  y' x  Dx f (lê-se: y linha de x); (lê-se: derivada da função f em relação à x);  dy (lê-se: derivada de y em relação à x). dx Exemplo: Dada a função f x  x 2  x  1, determine f ' 2. Use as duas formas da definição.  Usando f ' xo    lim x  xo f x  f xo  : x  x f ' 2   lim x2 f x  f 2   x  2 lim x2 o x 2  x  1  3   x  2 lim x2 x2  x  2   x  2 lim x2 x  2x  1   x  2 lim x x2  1  3 .  Usando f ' xo   lim x0 f xo  x  f xo  : x f ' 2   lim f 2  x  f 2 2  x2  2  x  1  3 lim  lim 4  4x  x2  2  x  2    x0 x  3x  x 2     x0 x3  x   x        x0 x lim x0 x lim x0 x lim 3 x0 x 3 0 3 . 2.2.1. Derivadas laterais Lembre-se que o limite de uma função num ponto somente existe se os limites laterais existem e são iguais. Como a derivada de uma função num ponto é um limite, esta derivada somente existirá em condições análogas. Definição: Seja y  f x uma função e xo um ponto do seu domínio. A derivada à direita de f em xo , denotada por f  ' xo  é definida por: f  ' xo    lim x xo   f x  f xo  . x  xo Teorema: Toda função derivável num ponto é contínua neste ponto.   Definição: Seja y  f x uma função e xo um ponto do seu domínio. A derivada à esquerda de f em xo , denotada por f  ' xo  é definida por f  ' xo    lim x xo   f x  f xo  . x  xo Uma função é derivável num ponto quando as derivadas laterais (a direita e a esquerda) existem e são iguais neste ponto. Exemplo: Considere a função f x  x  1 . Mostre que esta função é contínua no ponto x  1 mas não é derivável neste ponto. f é contínua neste ponto pois lim x1 f x  lim x1 x  1   1  1  0  0  f  1. Sabemos que f x  x  1, x  1 x  1    x  1, x  1 . Vamos calcular 0, x  1 f '  1: f '  1   lim f x  f  1    lim x  1  0    lim x  1    lim 1  1 .  x1 x  1 x1 x  1 x1 x  1 x1 f  '  1   lim x1 f x  f  1   x  1 lim x1  x  1  0   x  1 lim x1  x  1   x  1 lim x1  1  1. Como as derivadas laterais são distintas concluímos que não existe f '  1. Veja o gráfico da função f x  x  1 . Não existe reta tangente ao gráfico desta função no ponto x0  1. Obs.: Quando as derivadas laterais existem e são diferentes num ponto, dizemos que este é um ponto anguloso do gráfico da função. Neste caso, não existe reta tangente num ponto anguloso. No exemplo acima a função f x  x  1 tem um ponto anguloso em x  1 .      1. Derivada de uma função constante. 2.2.2. Regras de derivação Vamos apresentar algumas regras que irão facilitar o cálculo das derivadas das funções sem recorrer a definição. Se f x  c , c é uma constante real, então f ' x  0 . f ' x  lim f x  x  f x  lim c  c  lim 0  0 . x0 x x0 x x0 Se n é um inteiro positivo e f x  xn , então f ' x  nx n1 . Prova: f ' x   lim f x  x  f x x  xn  xn lim x0 x x0 x Usando o Binômio de Newton para expandir x  xn , obtemos  xn  nx n1x  nn  1 xn2 x2  ...  nxxn1  xn   xn f ' x   2!  lim x0 x   n1  nn  1 xn2 x  ...  nxxn2  xn1     lim x0 x  nx 2!  x     n1  nn  1 xn2 x  ...  nxxn2  xn1   nx n1 . lim nx x0 2! Exemplos: . Calcule as derivadas das funções abaixo: a) f x  x b) f x  x 2 c) f x  x5 a) f x  x1  f ' x  1x11  1 . Logo f ' x  1 . b) f x  x 2  c) f x  x5  f ' x  2x 21  2x . Logo f ' x  5x51  5x4 . Logo f ' x  2x . f ' x  5x4 . Obs.: Se n for um número inteiro negativo ou racional o resultado contínua válido. 2. Derivada da função potência.        Se f x é uma função derivável e c é uma constante real, então a função gx  cf x tem derivada dada por g' x  cf ' x . Prova: g´x  lim gx  x  gx  lim cf x  x  cf x  lim c f x  x  f x   x0 x x0 x x0 x  c  lim f x  x  f x  cf´x. x0 x Exemplo: Se f x  5x3 então f ' x  53x 2   15x 2 . Se f x e gx são função deriváveis, então a função hx  f x  gx tem derivada dada por h' x  f ' x  g' x. Pesquise a demonstração deste resultado num livro de cálculo. Exemplo: Se f x  4 x3  3x 2  x  5 então f ' x  12x 2  6 x  1 . Se f x e gx são função deriváveis, então a função hx  f x gx tem derivada dada por h' x  f ' x gx  f x g' x. Exemplo: Se f x  x3  x2  x  então f ' x  3x 2  12  x  x3  x0  1  4 x3  6 x 2  2x  2 . Se f x e gx são função deriváveis, então a função hx  f x g x tem derivada dada por h' x  f ' x gx  f x g' x . gx2    5x 2  8    10 x 2x  5x 2  8 2      5x 2  8 Exemplo 26. Se f x então 2x f ' x 4 x 2 ... . 2x 6. Derivada de um quociente de funções. 5. Derivada de um produto de funções. 4. Derivada de uma soma de funções. 3. Derivada do produto de uma constante por uma função. 2.2.3. Derivada da função composta Até o momento sabemos derivar a função gx  x3 e também a função f x  2x  1 . Considere agora a função composta gof x  g f x  2x  13 . Como poderemos obter a derivada da função composta gof x sem desenvolver o Binômio? A regra que veremos agora estabelece uma formade obter a derivada da função composta em termos das funções elementares f e g. Regra da cadeia Se y  gu, u  f x e as derivadas dy e du du existem, então a função composta dx y  gof x  g f x tem derivada dada por ou ou gof´x  g´ f x f´x . As três formas acima são equivalentes, mudam apenas as notações. Exemplo: Calcule a derivada das funções abaixo:   1  3x  Para calcular a derivada dessas funções, precisamos identificar as funções elementares y  gu e u  f x (cujas derivadas conhecemos) que formam a função composta e aplicar a regra. a) y  2x  13  y  u 3  u  2x  1 Então Logo y´x  y´u u´x  ý x  62x  12 . ý x  3u 2  2  32x  12  2  62x  12 . y´x  y´u u´x dy  dy  du du dx dx 5 2 5x  3 3 1  x  x3     b) y    y   u  5x  3 Então y´x  y´u u´x  y´x   5  . Logo y´x  . c) y    x 5    1  3x   y  u 5  x u  1  3x Então y´x  y´u u´x  y´x  5u 4  11  3x  x 3     x  4 11  3x  x 3    5x4 1  3x2    5  1  3x 1  3x2   1  3x6 .         5x4 Logo y´ x  1  3x6 . Proposição: Se f x é uma função derivável e n é um número inteiro não nulo, então d  f xn  n f xn1 . f´x dx Prova: Fazendo y  un , onde u  f x e aplicando a regra da cadeia, temos y´x  y´u u´x  y´x  nu n1  f´x  ý x  n f xn1  f´x . A proposição continua válida se n for um número racional não nulo. Exemplo: Calcule a derivada da função y  4  . Podemos escrever y  41  x  x3 1 3 e calcular a derivada usando a proposição acima: ý x  4  1 1  x  x3 2 3  1  3x 2  . 3 Obs: Com a regra da proposição acima poderíamos calcular todos os exercícios do exemplo 27. Mas a regra da cadeia é mais completa, ela possibilitará a resolução de outros problemas mais complicados... 5x  3 u 1 2 u 5 2 5x  3 3 8 1 1 2.2.4. Derivada da função inversa Se uma função y  f x  admite uma função inversa x  f 1 y, então a função inversa tem derivada dada por . Sabemos que f 1of x  x . Aplicando a regra da cadeia, obtemos que f 1 ´ f x f´x  1 , daí f  1 ´y  1 f´x , desde que f´x  0 . Exemplo: Seja y  f x  5x3 . Calcule a derivada f 1 ´40 invertendo a função e usando a regra da derivada da inversa.  Invertendo a função:  y 1 3 1  y 2 3 1 y  f x  5x3  x  f 1 y     . Assim f 1 ´y     Logo  1     1  40  2 3 1  5  1  2 3 1 1 3  5  5 f ´ 40      8  2 3 . 3  5  5 15 158 60  Usando a regra da derivada da inversa: Se y  40 e y  f x  5x3 , então x    2 . Como f´x  15x 2 , obtemos f 1 ´y  f´x   f 1 ´40  f´2    1 1522  1 . 60 Derivada das funções elementares. Vamos agora apresentar as derivadas das funções elementares do cálculo. São elas as funções exponenciais, logarítmicas, trigonométricas e trigonométricas inversas. 2.2.5. Derivada da função exponencial.  f 1 ´y  1 f´x , f´x  0 3 5 y 40 3 5 x x Proposição: Se f x  a x , a  0 e a  1, então f´x  a x lna. Prova: f´x   lim x0 a xx  a x x  lim x0 a x a x  1   x lim a x  x0 lim x0 a x  1   x a x lna . Lembre-se que lim x0 a x  1   x lna  é uma conseqüência importante do limite fundamental exponencial (item ii pág. 14). Caso particular: Se f x  ex , então f´x  ex lne  ex , onde e é o número neperiano. Exemplo 30. Determine a deriva da função y  6e x .  y  6eu       u 1 3e x  u  y´ x  y´ u  u´ x  6e   . 2 x   ln x  1 1 2.2.6. Derivada da função logarítmica. Proposição: Se f x  loga x, a  0 e a  1 , então f´x  1 xlna . Prova: A função logarítmica y  f x  loga x é a inversa da função exponencial x  f 1 y  a y . Podemos então usar o resultado da derivada da função inversa para determinar f´x. Assim: f´x  f 1 ´y  a y lna   1 xlna . Caso particular: Se f x  lnx, então f´x  1  1 . xlne x Exemplo :Determine a deriva da função e4 x1 y  lnx .  f  f´ g  fg´ Usando a regra da derivada do quociente  ´   e a regra da cadeia na função  g  g 2   exponencial, obtemos: e4x1  4lnx e4x1  1   x y´      2 e 2 x 2.2.7. Derivada das funções trigonométricas. Proposição: a) y  senx  y´ cosx. Prova: Vamos provar os itens (a), (c) e (e). Os outros itens têm demonstrações análogas. b) y  cosx  y´  senx . c) y  tgx  y´ sec2 x. d) y  cot gx  y´  cosec2 x. e) y  secx  y´ secxtgx. f) y  cosecx  y´  cosecxcot gx.   a) y  senx. Aplicando a definição... y´ lim senx  x  senx  lim senxcosx  senxcosx  senx   x0 x x0 x  lim senxcosx  senxcosx  1  lim senxcosx  lim senxcosx  1   x0 x x0 x x0 x  cosx lim senx  senx lim cosx  1  cosx 1  senx 0  cosx . x0 x senx x0 x cosx  1 Lembre-se que lim x  0 x  1 é o limite trigonométrico fundamental e lim  0 x0 x foi resolvido no exemplo 13 (c) da pág. 15. c) y  tgx  Como tgx  senx cos x e já sabemos a derivada função senx, podemos aplicar a derivada do quociente:  cosxcosx  senx senx  cos 2 x  sen2 x  1      2   y ́ cos 2 x cos 2 x cos 2 x sec x . Lembre-se que cos 2 x  sen2 x  1 é a relação trigonométrica fundamental. e) y  secx   Como secx  1 cosx e sabendo-se que a derivada da função cosx é  senx, podemos aplicar a derivada do quociente: y´ 0cosx  1 senx  1senx  1  senx  secxtgx. cos 2 x cos 2 x cosx cosx  Exemplo: Calcule a derivada das funções compostas abaixo: 5 x tgx  1 a) y  sen3x 2 . b) y  cos3 x. c) y  tg  x e . d) y  secx . Soluções: a) y  sen3x 2   Usando a regra da cadeia, obtemos:  y  senu y´x  y´u u´x  cosu 6 x  6 xcos3x 2 .  u  3x 2 x a) y  cos3 x  Usando a regra da cadeia, obtemos:  y  u 3         2         2     y´ x y´ u u ́ x 3u sen x 3 sen x cos x . u  cos x b) y  tg  x  e5x Usando a regra da derivada do produto  f  g ´ f´ g  fg´ e a regra da cadeia, obtemos: y´ sec2  x  1  e5x  tg   x e5x  5 .    2   c) y  tgx  1 secx   f  f´ g  fg´ Usando a regra da derivada do quociente  ´   e a regra da cadeia, obtemos:  g  g 2    y´ sec 2 x secx tgx  1 secxtgx sec2 x . Mostre que esta expressão é igual a 1  tg 2 x  sec2 x se necessário. y´ tgx  1 . Simplifique-a utilizando a relação trigonométrica secx 1  x 2 x x 2  1 x 2  1 1  x 2 1 1 1 1 1 2.2.7.1.Derivada das funções trigonométricas inversas Proposição: y´ 1 . a) y  arcsenx   b) y  arccosx   c) y  arctgx   d) y  arc cot gx   e) y  arc secx    y´   y´   y´  y´    1 . 1 . 1  x 2  1 . 1  x 2 1 , x  1 . f) y  arccos ecx  y´  1 , x x  1 . Prova: Vamos provar os itens (a), (c) e (e). Os outros itens têm demonstrações análogas e ficam como exercício. a) Seja f :  1,1    2 ,  2 definida por y  f x  arcsenx. Esta função tem como inversa a função x  f 1 y  seny. Podemos então usar o resultado da derivada da função inversa para determinar f´x. Assim: f´x  f 1 y  cosy    1 . Observe que y    2 ,  2. Neste caso o sinal da função cosy é positivo. Usando a relação trigonométrica fundamental cos 2 y  sen2 y  1 , obtemos cosy  1  sen 2 y . c) Seja f :     2 ,  2 definida por y  f x  arctgx . Esta função tem como inversa a função x  f 1 y  tgy . Podemos então usar o resultado da derivada da função inversa para determinar f´x. Assim: f´x  f 1 y   sec2 y  1  tg 2 y   1 . 1  x 2 Lembre-se que sec 2 y  1  tg 2 y. 1  x 2 1 1  sen 2 y x 2 x  1 x2 2 x 2 x 2  1 x x 2  1 1  u 2 1  2x  12    e) Seja y  arc secx. Podemos reescrever esta expressão como y  arccos  1  , x x  1 . Usando o   item (b) da proposiçãoe a regra da cadeia, obtemos: y´  1   1  1   x 2    1  1   2  1 .   x 2 x  1 x Obs.: lembre-se que  1 ´  x    1 . 2   x Exemplo: Calcule a derivada das funções abaixo:  1  x 2  a) y  arcsen2x  1. b) y  arctg  .  1  x 2     Solução: a) y  arcsen2x  1. Usando a regra da cadeia, obtemos:  y  arcsenu u  2x  1 y´x  y´u u´x  1  2  2 .  1  x 2  b) y  arctg  . Novamente a regra da cadeia...  1  x 2      y  arctg u         1   2x1  x 2  1  x 2 2x   1  x 2 y´ x  y´ u  u´ x   2    2  u  1  x 2  1  u   1  x 2      1    4x   2x        simplifique esta expressão e mostre que é igual a .   1  x 2  2      1  x 2 2  1  x4 1      1  x 2         Logo y´x   2x . 1  x4 v 2   1   1  2  x    x 2 x2 x x 2  1  2   2.3.Derivadas sucessivas Em algumas aplicações precisamos derivar uma função mais de uma vez. Se uma função y  f x for derivável, isto é, existe f´x, podemos pensar na derivada de f´x e assim Definimos e denotamos as derivadas sucessivas de uma função abaixo: y  f x   de acordo com a tabela Como lê-se: Notação: 1a derivada ou derivada de 1a ordem f ´xou dy dx 2a derivada ou derivada de 2a ordem f ́ ´ x ou d 2 y dx 2 3a derivada ou derivada de 3a ordem f ́ ´´ x ou d 3 y dx3 4a derivada ou derivada de 4a ordem f 4  x ou d 4 y dx4 na derivada ou derivada de na ordem f n  x ou d n y dx n Justificativa para as notações:  f´´ x   f´x´ , f´´´ x   f´´ x ́, a partir da quarta derivada usamos o cardinal. d 2 y d  dy  d 3 y d  d 2 y  2   ,  , e assim sucessivamente. dx dx  dx  dx dx  dx   Exemplo: a) Se f x  x 4  2x  1 , então: f´x  4 x 3  2 f´´ x  12x 2 f´´´ x  24 x f 4 x  24 f 5 x  0 ... f nx  0 , para todo n  5 .   3 n     f x    b) Se f x  e2x , então: f´x  2e2x f´´ x  4e2x f´´´ x  8e2x f 4 x  16e2x ... f n x  2 n e2x . c) Se f x  senx, então: f´x  cosx f´´ x   senx f´´´ x   cosx f 4 x  senx ... cosx, n  1,5,9,...   senx,   cosx, n  2,6 ,10,... n  3,7 ,11,... senx, n  4,8,12,... 3. CONCLUSÃO Muitos fenômenos físicos envolvem grandezas que variam, por exemplo: a posição e a velocidade de um foguete ou satélite, a inflação da moeda, o crescimento do número de bactérias em uma cultura, a população de um país, a intensidade de terremotos, a voltagem de um sistema elétrico, e assim por diante. Dessa forma, observamos que a derivada é uma ferramenta matemática usada para estudar taxas nas quais variam as grandezas físicas. Assim é importante estudar a estreita relação que existe entre taxas de variação e retas tangentes a gráficos. Muitos problemas importantes de Cálculo envolvem a determinação da reta tangente a uma curva dada, em um determinado ponto dela. Conhece-se da Geometria Plana que a reta tangente em um ponto de uma circunferência é a reta que tem com essa circunferência um único ponto comum. Essa definição não se aplica a uma curva em geral. 4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS “Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646-1716)”.2009. Disponível em . Acesso em: 03/01/2016. “Isaac Newton, Sir (1642-1727)”. 2009. Disponivel em: . Acesso em: 03/01/2016. “O nascimento do Cálculo”. 2009. Disponível em: . Acesso em: 06/01/2016 BARDI, Jason Socrates, A Guerra do Cálculo [tradução Aluizio Pestana da Costa] – Rio de Janeiro: Record, 2008. GUIDORIZZI, Hamilton L. Um Curso de Cálculo. L T C. Vols. 1 e 2. HOWARD, Anton. Cálculo um novo horizonte. Ed. Bookman. Vols 1 e 2.