Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

0 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
 
 
1 
 
SUMÁRIO 
AULAS 01 A 04 – REGIME JURÍDICO ................................................................................................................................. 2 
AULAS 05 E 06 – PRINCÍPIOS E NOÇÕES DE ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO ...................................... 3 
PÚBLICA ................................................................................................................................................................................... 3 
AULAS 07 A 12 – ESTADO, GOVERNO, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E ORGANIZAÇÃO ....................................... 6 
ADMINISTRATIVA ................................................................................................................................................................... 6 
AULA 13 – ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA PÚBLICA – AGÊNCIAS ......................................................... 8 
AULAS 14 A 16- ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA PÚBLICA – PODERES PÚBLICOS ............................ 9 
AULAS 17 A 20 – PODERES ADMINISTRATIVOS........................................................................................................... 10 
AULAS 21 A 27 – ATOS ADMINISTRATIVOS ................................................................................................................... 13 
AULAS 28 A 31 – LEI DE PROCESSOR ADMINISTRATIVO .......................................................................................... 16 
AULAS 32 A 34 – CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .................................................................................. 24 
AULAS 35 A 37 – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ..................................................................................................... 27 
AULA 38 A 43 – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO .......................................................................................... 31 
AULAS 44 A 57 – LEI 8.112 (REGIME JURÍDICO ÚNICO) .............................................................................................. 35 
AULA 58 – LEI 8.112 (REGIME JURIDICO ÚNICO) ......................................................................................................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
AULAS 01 A 04 – REGIME JURÍDICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
(Lei 8429/92 alterada pela Lei 14.230/21) 
 
 Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da ad-
ministração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcia-
lidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas: 
 
 XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até 
o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica inves-
tido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou 
de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qual-
quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o 
ajuste mediante designações recíprocas; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
 XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recursos do erário, ato de publici-
dade que contrarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, de forma a promover 
inequívoco enaltecimento do agente público e personalização de atos, de programas, de obras, 
de serviços ou de campanhas dos órgãos públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
 
 
AULAS 05 E 06 – PRINCÍPIOS E NOÇÕES DE ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
 
 
 
 Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da ad-
ministração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcia-
lidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas: (Lei 14.230/21) 
 
 XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até 
o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica inves-
tido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou 
de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qual-
quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o 
ajuste mediante designações recíprocas; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) . 
 
 XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recursos do erário, ato de publici-
dade que contrarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, de forma a promover 
inequívoco enaltecimento do agente público e personalização de atos, de programas, de obras, 
de serviços ou de campanhas dos órgãos públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
OUTROS PRINCIPIOS ADMINISTRATIVOS 
 
Princípio da Autotutela: 
É o controle que a própria administração realiza em seus pró-
prios atos. Assim, pode a Administração rever os seus próprios 
atos, seja para revogá-los (quando inconvenientes), seja para 
anulá-los (quando ilegais). É o controle interno exercido dentro 
de cada esfera administrativa. 
Princípio da Tutela ou 
Controle finalístico 
É o controle exercido pela Administração Direta sobre a Admi-
nistração Indireta apenas sobre os fins para o qual foi criada a 
entidade . É o controle externo finalístico. 
Princípio da Especialidade 
As entidades administrativas não podem abandonar, alterar ou 
modificar os objetivos para os quais foram constituídas. Sem-
pre atuarão vinculadas e adstritas aos seus fins ou objeto so-
cial. Ex: não se admite que uma Autarquia criada para serviços 
de educação possa vir a atuar, na prática, na área da saúde, 
ou em qualquer outra diversa daquela legal e legalmente fi-
xada. 
Princípio da Motivação 
Por esse principio deve a Administração apresentar as justifi-
cativas pelas quais levou a praticar o ato. O detalhamento, fun-
damentação ou justificativa, será maior ou menor conforme o 
ato seja vinculado ou discricionário. 
Princípio da Razoabilidade 
/Proporcionalidade 
Embora parte da doutrina faça distinção entre esses dois prin-
cípios, outros preferem sinonimizá-los. Assim, esses princípios 
obrigam a permanente adequação entre os meios e os fins, 
banindo-se medidas abusivas ou de qualquer modo com in-
tensidade superior ao estritamente necessário. O administra-
dor público está obrigado a sacrificar o mínimo para preservar 
o máximo de direitos. 
Princípio da ampla defesa e 
do contraditório 
Trata-se de exigência constitucional, prevista no art. 5º, inciso 
LV: "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e 
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e am-
pla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes". O Con-
traditório é a garantia que cada parte tem de se manifestar so-
bre todas as provas e alegações produzidas pela parte contrá-
ria. Já a Ampla defesa é a garantia que a parte tem de usar 
todos os meios legais para provar a sua inocência ou para de-
fender as suas alegações. 
Princípio da segurança 
jurídica 
O princípio também pode ser nominado como o da estabili-
dade das relações jurídicas, e tem em mira garantir certa per-
petuidade nas relações jurídicas estabelecidas com ou pela 
Administração. Ao administrador não é dado, sem causa legal 
que justifique, invalidar atos administrativos, desfazendo rela-
ções ou situações jurídicas. Este princípio veda a aplicação 
 
 
 
 
 
 
5 
 
retroativa de nova interpretação de lei no âmbito da Adminis-
tração Púbica. 
 
 
 
 
PODERES FUNÇÕES TIPICAS FUNÇÕES ATÍPICAS 
EXECUTIVO 
 
Função Administrativa e Fun-
ção Política (Governo) 
 
Função Legislativa (Ex.: art. 62/CF) 
LEGISLATIVO 
Função Legislativa e de fisca-lização contábil, financeira, or-
çamentária e patrimonial 
 
- Função Jurisdicional (Ex.:art. 86/CF) 
- Função Administrativa (Ex.: Contrata-
ção de servidor oriundo de concurso 
público) 
JUDICIÁRIO Função Jurisdicional 
- Função Legislativa (Ex.: art.93, ca-
put/CF) 
- Função Administrativa (Ex.: Realização 
de licitação pública) 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
AULAS 07 A 12 – ESTADO, GOVERNO, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E ORGANIZAÇÃO 
ADMINISTRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
AULA 13 – ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA PÚBLICA – AGÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
AGÊNCIAS EXECUTIVAS: 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO 
DIRETA 
AUTARQUIAS 
FUNDAÇÕES 
AGÊNCIAS EXECUTIVAS 
Para Obras E Serviços De Engenharia Até R$ 33.000 Até R$ 66.000 
Para Compras E Outros Serviços Até R$ 17.600 Até R$ 35.200 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
AGÊNCIA 
REGULADORA 
AGÊNCIA EXECUTIVA 
Função Primordialmente de 
Controle e Regulação 
Função primordialmente de execução, operacional 
A lei já cria a entidade como 
Agência Reguladora 
A lei não cria propriamente uma Agência Executiva Se trata, 
na verdade, de uma qualificação dada a uma entidade já exis-
tente (uma Autarquia ou Fundação) 
Exemplo - ANATEL Exemplo - INMETRO 
 
 
CONSÓRCIOS PÚBLICOS: 
 
 FUNDAMENTO: 
 
 Art. 241/CF “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio 
de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando 
a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, 
serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)” 
- Lei 11.107/05 
 
DEFINIÇÃO: 
 
- Ajuste celebrado somente entre Entes Políticos; 
- Com o objetivo de implementar serviços de interesses recíprocos; 
- Que será administrado por uma Pessoa Jurídica distinta dos entes consorciados 
 
 
AULAS 14 A 16- ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA PÚBLICA – PODERES PÚBLICOS 
 
 
 
 
 
 
MINISTRADO EM LOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
AULAS 17 A 20 – PODERES ADMINISTRATIVOS 
 
 
DECRETO AUTÔNOMO 
 
(Art. 84, VI – CF) 
 
a) organização e funcionamento da administração federal e desde que não implique aumento de 
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos (alínea “a”); 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos (alínea “b”). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
RE 633782 - 28/10/2020 
 
 “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de 
direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente pú-
blico que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não 
concorrencial”. 
 
01. De acordo com o princípio da legalidade, é permitido ao agente público, quando no exercício 
de sua função, fazer tudo que não seja expressamente proibido pela Constituição Federal. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
02. O núcleo do princípio da publicidade é a procura da economicidade e da produtividade, o que 
exige a redução dos desperdícios do dinheiro público, bem como impõe a execução dos serviços 
com presteza e rendimento funcional. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
03. Órgão público é ente descentralizado da administração indireta que possui personalidade jurí-
dica de direito público. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
04. Julgue o item que se segue, a respeito do Estado brasileiro e da sua organização. 
 
 São exemplos de entidades integrantes da administração pública indireta as agências re-
guladoras, as sociedades de economia mista e as organizações sociais. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
05. Acerca da organização administrativa do Estado, julgue o item subsequente. 
 
 O controle hierárquico da administração direta sobre as autarquias é conhecido como con-
trole finalístico. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
06. Julgue o item a seguir, acerca de direito administrativo. 
 
 As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, integrantes da administração indi-
reta, que devem obediência integral à Lei de Licitações e Contratos e estão sujeitas ao controle 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
pelos tribunais de contas. A investidura em seus cargos depende de aprovação prévia em con-
curso público, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre no-
meação e exoneração. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
07. Sociedades de economia mista são, obrigatoriamente, organizadas sob a forma de sociedade 
anônima. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
08. Com relação a aspectos constitucionais, legais, doutrinários e jurisprudenciais do direito finan-
ceiro, julgue o item subsequente. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro 
(CEDAE), sociedade de economia mista prestadora de serviços públicos de saneamento em ca-
ráter não concorrencial no estado do Rio de Janeiro, é submetida ao regime de precatórios. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
09. As agências reguladoras exercem atribuições submetidas ao poder hierárquico em face dos 
órgãos da administração direta. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
10. O chefe de uma repartição pública determinou certa obrigação a servidor, que, descumprida, 
ensejou a instauração de inquérito administrativo. Nessa situação hipotética, houve manifestação 
dos poderes 
 
A) vinculado e disciplinar. 
B) hierárquico e de polícia. 
C) hierárquico e disciplinar. 
D) discricionário e disciplinar. 
E) vinculado e de polícia. 
 
11. Poder disciplinar é aquele de que dispõe o Poder Executivo para a distribuição e o escalona-
mento de funções de seus órgãos, ordenando e revendo a atuação de seus agentes e estabele-
cendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro pessoal. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
12. A aplicação de sanção administrativa contra concessionária de serviço público decorre do 
exercício do poder disciplinar. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
13. A Administração Pública pode impor ao administrado cumprimento ou execução dos atos ad-
ministrativos. Esse atributo do ato administrativo denomina-se: 
 
A) imperatividade; 
B) presunção de legitimidade; 
C) autoexecutoriedade; 
D) eficiência; 
E) discricionariedade. 
 
14. Com relação ao poder de polícia, analise as afirmativas a seguir enumeradas: 
 
I. Uma das características do poder de polícia é a autoexecutoriedade. 
II. A licença é ato discricionário que reflete o exercício do poder de polícia. 
III. O poder de polícia pode ser exercido no âmbito de cada ente estatal de acordo com suas 
atribuições constitucionais. 
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente: 
 
A) I e II 
B) I e III 
C) II e III 
D) I, II e III 
E) III 
 
15. Com relação a processo administrativo, poderes da administração e serviços públicos, julgue 
o item subsecutivo. 
 Situação hipotética: Um secretário municipal removeu determinado assessor em razão de 
desentendimentos pessoais motivados por ideologia partidária. Assertiva: Nessa situação, o se-
cretário agiu com abuso de poder, na modalidade excesso de poder, já que atos de remoção de 
servidor não podem ter caráter punitivo. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
AULAS 21 A 27 – ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 
FORMAS DE EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO: 
 
- Extinção Natural; 
- Extinção objetiva; 
- Extinção subjetiva; 
- Renúncia; 
- Retirada. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
CLASSIFICAÇÃO E ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS: 
 
1) Quanto aos destinatários: 
 
• Atos gerais: São expedidos sem destinatário certo e se dirigem a todos que se encontrem 
na mesma situação abrangida pela norma. São os regulamentos, as portarias, as circulares, 
as instruções. 
• Atos individuais: São aqueles que têm por destinatário sujeito ou sujeitos especificamente 
determinados. 
O ato individualpode ser singular ou plúrimo. Singular é o ato que possui um único desti-
natário identificado, como, por exemplo, a nomeação de um servidor para ocupar determi-
nado cargo comissionado. Plúrimo é o ato que possui mais de um destinatário e todos se 
encontram identificados, como a nomeação de vários candidatos aprovados para ocuparem 
cargos efetivos 
 
2) Quanto às prerrogativas: 
 
• Atos de Império: São todos aqueles em que a Administração age usando de sua supre-
macia sobre o administrado ou servidor, sendo impostos unilateral e coercitivamente, inde-
pendente de autorização judicial. 
Trata-se de uma situação especial da Administração, em que se expressa a vontade onipo-
tente do Estado. Só pode ocorrer o ato de império na declaração unilateral de vontade da 
Administração. 
• Atos de gestão: São aqueles praticados pela Administração em situação de igualdade com 
o particular. Nesta situação a Administração não atua usando o poder de coerção. 
• Atos de Expediente: São aqueles destinados a dar andamento aos processos aos papéis 
que tramitam nas repartições públicas à espera de uma decisão d autoridade competente. 
Em geral são executados por funcionários subalternos que não têm força de decisão e ape-
nas dão continuidade ao serviço interno da repartição. 
 
3) Quanto à formação dos Atos: 
 
• Simples: decorre da vontade de um único órgão, seja ele singular ou colegiado. Exemplo: 
nomeação pelo Presidente da República, decisão de um Conselho, etc. 
• Complexo: decorre da manifestação de dois ou mais órgãos; de duas ou mais vontades 
que se unem para formar um único ato. Exemplo: Decreto do prefeito referendado pelo 
secretário. 
• Composto: um órgão edita uma manifestação (chamada de ato principal) e um outro órgão 
emite uma outra manifestação (chamada de ato acessório). Exemplo: Comissão de licitação 
se manifesta pela dispensa de licitação e a autoridade competente homologa. Assim, a 
dispensa é o ato principal e a homologação o ato acessório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4) Quanto a exeqüibilidade: 
 
• Imperfeito: Está incompleto em sua formação, falta um ato complementar. 
• Perfeito: Está plenamente formado e, portanto, passou por todo seu ciclo de formação. 
• Válido: ato de acordo com a Lei; 
• Inválido: ato em desacordo com a Lei; 
• Eficaz: Está pronto para produzir efeitos; 
• Pendente: Está sujeito a condição para que comece a produzir efeitos. 
• Consumado: Já exauriu seus efeitos. Já não poderá ser atacado, seja pela via da Admi-
nistração ou pela via do Judiciário. Pode, contudo, gerar a responsabilidade do Estado. 
 
5) Quanto a liberdade de atuação: 
 
• Discricionários: São praticados com liberdade de escolha do seu conteúdo, do seu desti-
natário, de sua conveniência, de sua oportunidade e do seu modo de realização. Funda-
mentam-se no Poder Discricionário da Administração. 
• Vinculados: Sua realização depende das condições impostas pela lei, ficando tolhida a 
liberdade do administrador. 
 
6) Quanto a Nulidade: 
• Ato Nulo: é o ato contaminado com vício insanável, eivado de nulidade absoluta, que não 
admite correção. 
• Ato Anulável: é o ato contaminado com vício sanável, que admite convalidação. 
• Ato Inexistente: é o ato que guarda, apenas, a aparência de ato administrativo, mas re-
trata, na verdade, uma conduta criminosa. Exemplo: Licenciamento para funcionamento de 
uma casa de prostituição. 
 
 Observação: A diferença que alguns autores fazem entre atos nulos e inexistentes é que 
os primeiros podem ser mantido pela prescrição, enquanto o ato inexistente nunca pode ser con-
validado. 
 
7) Espécies de Atos Administrativos: 
 
• Atos Punitivos: atos com que a Administração visa a punir e reprimir as infrações admi-
nistrativas ou a conduta irregular dos administrados ou de servidores. É a aplicação do 
Poder de Policia e Poder Disciplinar. Ex.: Multa; Interdição de atividades; Destruição de 
coisas. Etc 
• Atos Ordinatórios: visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funci-
onal de seus agentes. Emanam do poder hierárquico da Administração. Exs.: Instruções, 
Circulares, Avisos, Portarias, Ordens de Serviço, Ofícios, Despacho etc. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
• Atos Enunciativos: aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir opinião 
sobre determinado assunto; não se vincula a seu enunciado. 
Ex.: Certidões; Atestados; Pareceres, Apostilas 
 
• Atos Normativos: aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando a correta 
aplicação da lei; estabelecem regras gerais e abstratas, pois visam a explicitar a norma 
legal. Exs.: Decretos, Regulamentos, Regimentos, Resoluções, Deliberações, etc. 
• Atos Negociais: aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público coin-
cidente com a vontade do particular; visa a concretizar negócios públicos ou atribuir certos 
direitos ou vantagens ao particular. Ex.: Licença; Autorização; Permissão; Aprovação; 
Apreciação; Visto; Homologação; Dispensa; Renúncia; etc. 
 
 
 
AULAS 28 A 31 – LEI DE PROCESSOR ADMINISTRATIVO 
 
 
 
LEI DE PROCESSO ADMINISTRATIVO – LEI 9784/99 
 
 
PRINCIPAIS DIFERENÇAS 
JUDICIAL ADMINISTRATIVO 
 
- Princípio da Inércia da Jurisdição 
- Princípio da oficialidade ou impulso oficial, ou seja, pos-
sibilidade da Administração, por ato próprio, de instaurar 
(art. 2°, XII; 5°), de instruir (art. 29) o processo e rever as 
suas decisões (art.65); 
- Nos processos de natureza cível, pre-
domina a verdade formal. 
- Predomina o princípio da verdade material ou real, isto 
é, impõe que as decisões sejam tomadas a partir dos fa-
tos em si, não bastando apenas a versão oferecida por 
uma parte ou pelas partes (64, parágrafo único); 
- Princípio da Onerosidade - Princípio da Gratuidade (art. 2°, pu,XI). Conforme en-
sina Di Pietro, a regra da gratuidade está expressa no 
art.2°, parágrafo único, XI, que proíbe “cobrança de des-
pesas processuais, ressalvadas as previstas em Lei”. 
- Indispensabilidade do Advogado. - Dispensabilidade do Advogado (art. 3°, IV e Súmula 
Vinculante nº 5) 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
ÂMBITO DE APLICAÇÃO: 
 
 
 
PRINCÍPIOS E CRITÉRIOS: 
 
 
a) PRINCÍPIOS PROCESSUAIS BÁSICOS: legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, pro-
porcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e 
eficiência. 
 
 
 
 
b) CRITÉRIOS: a Lei estabelece, dentre outros critérios, os estabelecidos no parágrafo único, art. 
2. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 I - atuação conforme a lei e o Direito: Legalidade 
 II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou 
competências, salvo autorização em lei: Finalidade 
 III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes 
ou autoridades: Impessoalidade 
 IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé: Moralidade 
 V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na 
Constituição: Publicidade 
 VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções 
em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público: Ra-
zoabilidade/Proporcionalidade 
 VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão: Motivação 
 VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados: Se-
gurança Jurídica 
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e 
respeito aos direitos dos administrados: Informalismo 
 X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de 
provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situa-
ções de litígio: Ampla defesa e ContraditórioXI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei: Princípio 
da Gratuidade 
 XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados 
: Principio da Oficialidade ou Impulso Oficial 
 XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim 
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação: Princípio Segurança 
Jurídica 
 
INÍCIO DO PROCESSO: 
 
 Segundo o art. 5°, o processo pode iniciar-se de duas formas. Observe: 
 
a) De oficio: é a própria administração que desencadeia o início do processo administrativo. Como 
já sabemos, essa é uma das diferenças entre os processos administrativos e os judiciais já que 
esses só podem ser iniciados por provocação. 
b) A pedido do interessado: é a própria manifestação do direito de petição consagrado no art. 5, 
XXXIV, “a”/CF. 
 
 
 DA COMPETÊNCIA: 
 
 Já sabemos que uma das características da competência é que ela é irrenunciável. Isso 
significa, conforme Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, que a competência deve ser exercida, 
pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 No mesmo dispositivo legal, a Lei permite tanto a delegação como avocação. Acompanhe: 
 
 
 
DELEGAÇÃO 
 
AVOCAÇÃO 
 
Motivação Obrigatória 
 
SIM 
 
SIM 
 
Revogável a qualquer tempo 
 
SIM 
 
SIM 
 
Transitória ou Permanente 
 
Transitória 
 
Transitória 
 
Exige subordinação hierárquica 
 
Não 
 
Sim 
 
 
 
 
 
 
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO: 
 
 O capítulo VII da LPA traz as hipóteses de impedimentos e suspeição dos agentes do Es-
tado na condução do processo administrativo. E quais as diferenças? 
 
Observe: 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 IMPEDIMENTO (art.18 e 19) SUSPEIÇÃO (art. 20 e 21) 
 
 
 
HIPÓTESES 
 Autoridade ou servidor que:1) Tenha 
interesse direto ou indireto na maté-
ria; 2) Tenha participado ou venha a 
participar como perito, testemunha ou 
representante, ou se tais situações 
ocorrem quanto ao cônjuge, compa-
nheiro ou parente e afins até o ter-
ceiro grau; 3) esteja litigando judicial 
ou administrativamente com o inte-
ressado ou respectivo cônjuge ou 
companheiro. 
Autoridade ou servidor que te-
nha amizade íntima ou inimi-
zade notória com algum dos in-
teressados ou com os respecti-
vos cônjuges, companheiros, 
parentes e afins até o terceiro 
grau. 
TIPO DE PRESUNÇÃO Presunção Absoluta de Parcialidade Presunção Relativa de Parcia-
lidade 
 
CONSEQUÊNCIA 
A autoridade fica proibida de atuar no 
processo, devendo comunicar o fato 
à autoridade competente sob pena de 
incidir em faltas graves, para fins dis-
ciplinares. 
O fato suspeito será arguido 
pelo interessado. Essa argui-
ção poderá ser indeferida pelo 
administrador, cabendo ainda 
recurso sem efeito suspensivo. 
 
 
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO 
 
 
a) DA FORMA: 
 Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão 
quando a lei expressamente a exigir. 
 
b) TEMPO DOS ATOS: 
 
b1) Realização dos atos: 
 
Diz a Lei: 
 “Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcio-
namento da repartição na qual tramitar o processo”. 
 Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adia-
mento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à Adminis-
tração. 
 
b2) Período para a prática dos atos: 
 
 “Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo 
processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, 
salvo motivo de força maior”. 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante com-
provada justificação. 
 
c) LUGAR DOS ATOS: 
Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-
se o interessado se outro for o local de realização. 
 
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS: 
 
MEIOS DE INTIMAÇÃO: 
 
 *No caso específico de interessados indeterminados, desconhecidos e com domicílio inde-
finido DEVE ser através da publicação oficial. 
 
 
 
 
 
EFEITOS DAS INTIMAÇÕES: 
 
Dois efeitos poderão surgir: 
 
- Se, havendo a intimação, o intimidado COMPARECE: o ato atingiu sua finalidade que é comuni-
car aos interessados sobre aspectos relevantes que estejam ocorrendo no processo administra-
tivo. 
- Se, havendo a intimação, o intimado NÃO COMPARECE: essa ausência não importa o reconhe-
cimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. E mais: o processo terá 
seguimento normal, não ficando paralisado pela sua ausência, garantido, é claro, o direito de am-
pla defesa ao interessado. 
 
Outras Considerações: 
 
- Deve haver um prazo mínimo de antecedência entre a intimação e a data designada no mandato. 
Esse prazo é de três dias ÚTEIS. 
- § 5o As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o 
comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
DA INSTRUÇÃO: 
 
 Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. 
 Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar docu-
mentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à ma-
téria objeto do processo. 
 
§ 1o Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão. 
§ 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos 
interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. 
 
 Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser 
emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de 
maior prazo. 
 
§ 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não 
terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. 
§ 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo 
poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de 
quem se omitiu no atendimento. 
 Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo 
de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. 
 
 
DO DEVER DE DECIDIR: 
 
 Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos adminis-
trativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. 
 Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de 
até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. 
 
 MOTIVAÇÃO: 
 
 Nós já sabemos a diferença entre MOTIVO e MOTIVAÇÃO. Motivo revela as razões que 
impulsionaram o administrador à prática do ato. Já motivação é a justificativa expressa do ato. 
O art. 50 cuida assim da motivação, elencando atos que devam ser justificados. Observemos tais 
casos: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses: toda vez que um direito for negado, limi-
tado ou afetado por decisões administrativas deve ele ser justificado. Ex.: Empresa pesqueira fica 
proibida pela Administração de exercer sua atividade durante um ano. Ocorre aí uma limitação a 
um direito/interesse devendo ser justificado. 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções: Segundo José dos Santos Carvalho 
Filho, deveres são obrigações jurídicas impostas pelo administrador; encargos configuram ônus23 
 
que o administrado deve suportar e sanções são atos punitivos aplicados aos que infringem nor-
mas administrativas. Com efeito, diz a Lei que quando houver a imposição ou o agravamento deve 
ser justificado. 
 III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública: tanto no concurso 
como na seleção pública deve haver a formalização através de processo administrativo. Ao tér-
mino deste, a autoridade profere decisão e ela deve ser devidamente justificada. 
 IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório: Se licitação é a regra, 
a contratação direta ( dispensa e inexigibilidade) são exceções. Por isso mesmo, a Lei exige que 
os atos que tratam desses institutos devam ser devidamente motivados 
 V - decidam recursos administrativos: diante de uma decisão, pode o administrado utilizar 
recurso para que uma autoridade superior possa rever o que foi decidido. Então, essa autoridade 
quando for decidir o recurso deve motivá-lo. 
VI - decorram de reexame de ofício: Reexame de Oficio (ou ex officio) é a reapreciação, normal-
mente por autoridade superior, de determinado ato praticado por agente de escala hierárquica 
inferior. Já sabemos que alguns atos praticados no processo podem ser revistos pela autoridade 
superior se houver recurso. Uma outra possibilidade, diga-se de passagem, excepcional, é que a 
autoridade reapreciar ou reexaminar mesmo sem recurso do interessado. Nessa hipótese, a lei 
impõe que o ato do reexame seja motivado, com a indicação dos fatos e fundamentos jurídicos. 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, 
laudos, propostas e relatórios oficiais: a ideia central aqui é que quando o agente for decidir 
contrariamente ao que vinha sendo decidido (jurisprudência) ou discrepar de pareceres, laudos, 
propostas e relatórios oficiais deve haver a devida fundamentação. 
 
 CUIDADO: segundo a Lei, se o agente deixar de aplicar é que deve motivar. Assim, 
se aplica ou segue a jurisprudência, laudos e etc, não precisaria motivar. 
 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. 
Anulação e revogação são hipóteses de desfazimento do ato administrativo, ou seja, retirar o ato 
do mundo jurídico. A suspensão contraria a ideia da presunção de legalidade dos atos administra-
tivos e por ser excepcional, também deve ser motivado. Da mesma forma a Lei exige motivação 
na convalidação, 
 
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO 
 
Diz a Lei: 
 
 Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente 
do 
pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. 
§ 1o Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem a tenha formu-
lado. 
§ 2o A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento 
do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade 
ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. 
 
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO 
 
 Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legali-
dade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos ad-
quiridos. 
 Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, 
salvo comprovada má-fé. 
 § 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da per-
cepção do primeiro pagamento. 
 § 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa 
que importe impugnação à validade do ato. 
 Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem 
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela 
própria Administração. 
 
 
AULAS 32 A 34 – CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
DOS PRAZOS 
 
 Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se 
da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. 
 
§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia 
em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal. 
§ 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. 
§ 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento 
não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. 
 Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não 
se suspendem. 
 
CONTROLE INTERNO FINANCEIRO-ORÇAMENTARIO: 
 
 Art. 74 – Os Poderes legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sis-
tema de controle interno com a finalidade de: 
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de 
governo e dos orçamentos da União; 
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da 
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; 
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e ha-
veres da União; 
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão constitucional. 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade 
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade 
solidária. 
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da 
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. 
 Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer 
prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 
II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores 
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e man-
tidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa à perda, extravio ou outra 
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. 
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer 
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público, excetuadas as nomeações para cargos de provimento em comissão, bem como as con-
cessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que 
não alterem o fundamento legal do ato concessório; 
 
 
Observação: 
 
Súmula Vinculante nº 03 
 
 Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a 
ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que 
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de apo-
sentadoria, reforma e pensão. 
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão 
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Ju-
diciário,e demais entidades referidas no inc. II; 
V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a 
União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; 
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, 
acordo, ajuste, ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal e a Município; 
VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou 
por qualquer de suas respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamen-
tária, operacional e patrimonial e sobre os resultados de auditorias e inspeções realizadas; 
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, 
as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao 
dano causado ao erário; 
IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato 
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; 
 
 
 
 
 
 
27 
 
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara 
dos Deputados e ao Senado Federal; 
XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. 
 
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, 
que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as 
medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. 
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de 
título executivo. 
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas 
atividades. 
 
AULAS 35 A 37 – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 Art. 1º, §§ 2 e 3º: 
 
§ 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado nos 
arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, não bastando a voluntariedade do agente. 
 
§ 3º O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem comprovação 
de ato doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade por ato de improbidade administrativa. 
 
 Consideram-se atos de improbidade administrativa as condutas dolosas tipificadas nos 
arts. 9º, 10 e 11 da Lei, ressalvados tipos previstos em leis especiais (art. 1°, §1º). Com efeito, 
existem outras condutas ímprobas na legislação extravagante tais como 
 
- no Estatuto das Cidades (art. 52); 
- na Lei das eleições (art. 73§7°); 
- na Lei que cria a Previdência Complementar do servidor público (Lei 12.618/12, art. 32) e etc 
 
 Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando em enriquecimento ilícito 
auferir, mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em ra-
zão do exercício de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de atividade nas entidades 
referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: 
 
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer bem móvel, de propriedade ou à disposição 
de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidores, de 
empregados ou de terceiros contratados por essas entidades; 
 
 Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer 
ação ou omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, 
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 
1º desta Lei, e notadamente: 
 
XXII - conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o 
caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído 
pela Lei nº 14.230, de 2021) 
 
 Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da ad-
ministração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcia-
lidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas: 
 
XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o ter-
ceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido 
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de 
confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste 
mediante designações recíprocas; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recursos do erário, ato de publicidade 
que contrarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, de forma a promover inequí-
voco enaltecimento do agente público e personalização de atos, de programas, de obras, de ser-
viços ou de campanhas dos órgãos públicos. 
 
 
 
 
- A sanção de perda da função pública, nas hipóteses do enriquecimento ilícito e dano ao erário, 
atinge apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o agente público ou político detinha 
com o poder público na época do cometimento da infração, podendo o magistrado, na hipótese do 
enriquecimento ilícito, e em caráter excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas as 
circunstâncias do caso e a gravidade da infração. (Art. 12§1º). 
 
 - A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da situação eco-
nômica do réu, o valor calculado é ineficaz para reprovação e prevenção do ato de improbi-
dade. (Art. 12§2º) 
 
- Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser considerados os efeitos econômicos e 
sociais das sanções, de modo a viabilizar a manutenção de suas atividades (Art. 12§3º); 
 
- Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de proibição 
de contratação com o poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de improbidade, 
observados os impactos econômicos e sociais das sanções, de forma a preservar a função social 
da pessoa jurídica, conforme disposto no § 3º deste artigo (Art. 12§4º); 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
- As sanções previstas neste artigo somente poderão ser executadas após o trânsito em julgado 
da sentença condenatória (Art. 12§9º); 
 
- Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos, computar-se-
á retroativamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da 
sentença condenatória (Art. 12§10). 
 
PRAZO PRESCRICIONAL: 
 
 Observe o que diz a Lei: 
 “Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) 
anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em 
que cessou a permanência. 
 
 § 1º A instauração de inquérito civil ou de processo administrativo para apuração dos ilícitos 
referidos nesta Lei suspende o curso do prazo prescricional por, no máximo, 180 (cento e oitenta) 
dias corridos, recomeçando a correr após a sua conclusão ou, caso não concluído o processo, 
esgotado o prazo de suspensão. 
 § 4º O prazo da prescrição referido no caput deste artigo interrompe-se: (Incluído pela 
Lei nº 14.230, de 2021) 
I - pelo ajuizamento da ação de improbidade administrativa; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 
2021) 
II - pela publicação da sentença condenatória; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
III - pela publicação de decisão ou acórdão de Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal 
que confirma sentença condenatória ou que reforma sentença de improcedência; (Incluído 
pela Lei nº 14.230, de 2021) 
IV - pela publicação de decisão ou acórdão do Superior Tribunal de Justiça que confirma acórdãocondenatório ou que reforma acórdão de improcedência; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
V - pela publicação de decisão ou acórdão do Supremo Tribunal Federal que confirma acórdão 
condenatório ou que reforma acórdão de improcedência. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) 
§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia da interrupção, pela metade do 
prazo previsto no caput deste artigo. 
 
Observação: 
 
 São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato 
doloso tipificado na Lei de Improbidade (RE 852.475 – 7/8/18) 
 
01. Suponha que um agente público está sendo processado pela prática de ato de improbidade 
administrativa, sob a acusação de que foi responsável pela realização de contratação pública que 
não seguiu o rito legal. Na peça acusatória consta a informação de que, embora houvesse 
divergência interpretativa de lei, baseada na jurisprudência, sobre a possibilidade de realização da 
contratação sem prévia licitação, o órgão acusador entendeu que o procedimento era necessário 
 
 
 
 
 
 
31 
 
e que, portanto, a conduta do infrator ofende o princípio da moralidade administrativa. Tendo por 
base a situação hipotética e o disposto na Lei nº 8.429/92, é correto afirmar que 
A) a conduta em questão admite a responsabilização por ato de improbidade, caso o agente tenha 
agido com dolo ou culpa. 
B) caso fique evidenciada a lesão ao patrimônio público, o mero exercício da função pública 
autoriza a responsabilização por ato de improbidade administrativa. 
C) a conduta do agente não configura improbidade, pois a divergência interpretativa afasta a 
responsabilização do agente. 
D) o agente público não estará sujeito à Lei de Improbidade Administrativa caso seja vinculado ao 
Poder Judiciário. 
E a demonstração da voluntariedade do agente é suficiente para a comprovação da existência do 
dolo, não sendo necessária a demonstração da intenção de praticar o fim ilícito. 
 
 
 
 
 
02. “Considerando a hipótese de que, no seu exercício profissional, determinado servidor público 
tenha utilizado, para fins de interesse particular, os serviços de servidor subordinado a ele, julgue 
o item seguinte”: 
 Tal conduta do superior hierárquico configurará ato de improbidade administrativa apenas 
se tiver praticado de forma dolosa. 
 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
03. Na hipótese de prática de ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário, o 
agente público estará sujeito à aplicação de pena de suspensão dos direitos políticos por até 
 
A) 4 (quatro) anos. 
B) 6 (seis) anos. 
C) 8 (oito) anos. 
D) 12 (doze) anos. 
E) 14 (quatorze) anos. 
 
 
AULA 38 A 43 – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO INSTITUTO DA RESPONSABILIDADE: 
 
• Irresponsabilidade do Estado: 
 
 Nesse primeiro momento, datada no período do Absolutismo Europeu, a idéia de responsabilizar 
o Estado por eventuais danos causados aos particulares inexistia. O Estado não respondia por 
qualquer prejuízo causado a terceiros. 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
• Responsabilidade subjetiva : 
 
A responsabilidade subjetiva possui duas variantes: 
 
Responsabilidade subjetiva baseada na teoria civilista ou culpa individual: aqui é mister ob-
servar a culpa individual do agente que praticou o ato. Adota-se aqui a mesma idéia da res-
ponsabilidade entre particulares, por isso é chamada também de teoria civilista. Num primeiro 
momento, só seria possível a responsabilização por atos de gestão. 
Responsabilidade subjetiva baseada na teoria da culpa anônima ou culpa administrativa ou 
falta do serviço: o elemento culpa se desloca do indivíduo (agente público) para a atividade 
administrativa. Ao invés de procurar saber se houve imprudência, negligência ou imperícia do 
indivíduo, bastaria demonstrar que o dano aconteceu por culpa do mau funcionamento ou do 
não funcionamento do serviço ou do funcionamento atrasado (faute du service). Nessa hipó-
tese ocorria a chamada culpa anônima 
 
• Responsabilidade objetiva: 
 
 Não se cogita a necessidade de aquele que sofreu o prejuízo comprovar a culpa ou o 
dolo, bastando apenas a demonstração dos demais elementos. Assim, essa espécie de res-
ponsabilidade civil é denominada responsabilidade objetiva, porque não importa se houve ou 
não culpa ou ilicitude na conduta do sujeito que causou o dano, vale dizer, desconsidera-se 
o elemento subjetivo (=a culpabilidade da pessoa que causou o dano) para a caracterização 
da responsabilidade. A responsabilidade objetiva possui duas variantes: 
Responsabilidade objetiva com base na Teoria do risco administrativo: o Estado só responde 
pelos prejuízos, causados a terceiros, que tenha provocado. É permitido ao Estado invocar 
em sua defesa as excludentes de responsabilidade. 
Responsabilidade objetiva com base na Teoria do risco integral: o Estado é obrigado a inde-
nizar qualquer prejuízo sofrido por terceiros, ainda que não tenha dado causa a ele. Pela teo-
ria do risco integral, o Estado não pode invocar em sua defesa as chamadas excludentes de 
responsabilidade. 
 
Art. 37 §6º - CF 
 
 “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de ser-
viços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causa-
rem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou 
culpa.” 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
01. Considere que, durante uma operação policial, uma viatura do DPF colida com um carro de 
propriedade particular estacionado em via pública. Nessa situação, a administração responderá 
pelos danos causados ao veículo particular, ainda que se comprove que o motorista da viatura 
policial dirigia de forma diligente e prudente. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
02. No tocante aos poderes administrativos e à responsabilidade civil do Estado, julgue o próximo 
item. 
 
 A responsabilidade civil do Estado por ato comissivo é subjetiva e baseada na teoria do 
risco administrativo, devendo o particular, que foi a vítima, comprovar a culpa ou o dolo do agente 
público. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
03. Conforme o STF, a responsabilidade civil das empresas prestadoras de serviço público é ob-
jetiva, mesmo em relação a terceiros não usuários do serviço público. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
04. De acordo com o entendimento do STF, empresa concessionária de serviço público de trans-
porte responde objetivamente pelos danos causados à família de vítima de atropelamento provo-
cado por motorista de ônibus da empresa. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
05. A responsabilidade objetiva não se reveste de caráter absoluto, eis que admite o abrandamento 
e, até mesmo, a exclusão da própria responsabilidade civil do Estado, nas hipóteses excepcionais 
configuradoras de situações liberatórias como o caso fortuito e a força maior ou evidências de 
ocorrência de culpa atribuível à própria vítima. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
06. Considere que um cidadão tenha falecido ao colidir seu veículo com uma viatura da polícia 
militar devidamente estacionada no posto policial, e que exame laboratorial demonstrou que o 
indivíduo conduzia seu veículo sob o efeito de bebidas alcoólicas. Nessa situação, o poder público 
será isento de responsabilidade, visto que houve participação total do lesado na ocorrência do 
dano. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
07. Considere que um particular, ao avançar o sinal vermelho do semáforo, tenha colidido seu 
veículo contra veículo oficial pertencente a uma autarquia que trafegava na contramão. Nessa 
situação, o Estado deverá ser integralmente responsabilizado pelo dano causado ao particular, 
dado que, no Brasil, se adota a teoria da responsabilidade objetiva e, de acordo com ela, a culpa 
concorrente não elide nem atenua a responsabilidade do Estado de indenizar. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
08. Os moradores de um bairro pobre de determinado municípiosofrem todos os anos com as 
inundações das ruas em razão do entupimento dos bueiros. Apesar de o problema ser recorrente 
e repetir-se todos os anos, o prefeito não adotou nenhuma providência e tampouco providenciou 
a limpeza dos bueiros. No último ano, em razão do acúmulo de lixo, a inundação causou grandes 
estragos nas casas dos moradores, razão pela qual estes resolveram procurar a DP em busca de 
orientação jurídica. 
 
 Com base nessa situação hipotética, julgue o item: Segundo a jurisprudência majoritária, 
caracterizada a conduta omissiva, aplica-se a teoria da responsabilidade subjetiva do Estado, ca-
bendo aos prejudicados demonstrar que os danos foram gerados em razão da culpa do município, 
que se omitiu na limpeza dos bueiros. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
09. Acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir. 
 
 A responsabilidade civil do Estado pela morte de detento sob sua custódia é objetiva, con-
forme a teoria do risco administrativo, em caso de inobservância do seu dever constitucional es-
pecífico de proteção. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
10. Um indivíduo se encontrava preso em penitenciária estadual, quando foi assassinado por um 
colega de cela. Nessa situação hipotética, o Estado poderá ser condenado a reparar os danos à 
família da vítima, ante sua responsabilidade objetiva. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
 
 
 
 
35 
 
11. As entidades da administração indireta responderão objetivamente pelos danos que nessa 
qualidade causarem a terceiros, mesmo quando os danos por elas provocados decorrerem da 
atividade econômica de natureza privada. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
12. Um empregado de uma sociedade de economia mista integrante da administração pública 
indireta, a qual executava atividade econômica de natureza privada, nessa condição causou dano 
a um terceiro particular. Nessa situação, não se aplicará a responsabilidade objetiva do Estado, 
mas a responsabilidade disciplinada pelo direito privado. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
13. Inexistirá responsabilização estatal por latrocínio que for praticado logo após a fuga de presos, 
uma vez que o dano não terá ocorrido enquanto os criminosos se encontravam sob a custódia 
estatal. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
 
Responsabilidade Civil do Estado – DANOS POR FORAGIDOS 
“Nos termos do artigo 37 §6º da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade 
civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do 
sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga 
e a conduta praticada”. 
 
Responsabilidade Civil do Estado – DANOS CAUSADOS A PROFISSIONAL 
DE IMPRENSA, EM SITUAÇÃO DE TUMULTO, DURANTE COBERTURA JORNALISTICA 
"É objetiva a responsabilidade civil do Estado em relação a profissional de imprensa ferido 
por agentes policiais durante cobertura jornalísticas em manifestações em que haja tumulto 
ou conflitos entre policiais e manifestantes. 
Cabe a excludente de responsabilidade de culpa exclusiva da vítima, nas ocasiões em que o 
profissional de imprensa descumpra ostensiva e clara advertência sobre acesso a áreas de-
limitadas em que haja grave risco a sua integridade física." 
 
MILITARES: 
 
 Abrange as pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (CF, art. 14) 
- Exército, Marinha e Aeronáutica – e às Policias Militares e Corpos De bombeiros Militares dos 
Estados, DF e Territórios ( CF, art 42) 
 
- Segundo a Constituição ( art. 142,§, IV), ao Militar são proibidas a sindicalização e a greve 
 
AULAS 44 A 57 – LEI 8.112 (REGIME JURÍDICO ÚNICO) 
 
MINISTRADO EM LOUSA 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
AULA 58 E 59 – LEI 8.112 (REGIME JURIDICO ÚNICO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38

Mais conteúdos dessa disciplina