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DIREITO ADMINISTRATIVO COMPLETO PCMG

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PC – MG 
Direito 
Administrativo 
ESCRIVÃO E INVESTIGADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
• ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................................................................................................ 3 
• AGENTES PÚBLICOS................................................................................................................................................... 5 
• PODERES ADMINISTRATIVOS .................................................................................................................................... 9 
• FATOS E ATOS ADMINISTRATIVOS .......................................................................................................................... 15 
• SERVIÇOS PÚBLICOS ................................................................................................................................................ 23 
• RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ................................................................................................................... 24 
 
 
ANÁLISE DO ASSUNTO NAS PROVAS 
FUMARC PROVAS DE 
INVESTIGADOR E 
ESCRIVÃO 
TOTAL DE 
QUESTÕES 
DA BANCA 
Nº EM 
CONCURSOS 
POLICIAIS 
Total QC - 13 questões 
 
20 7 BAIXA INCIDÊNCIA 
 
• ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
CONCEITO: 
- Sentido Objetivo: o verbo administrar indica 
gerir, zelar, enfim uma ação dinâmica de 
supervisão. O adjetivo “pública” pode significar 
não só algo ligado ao Poder Público, como 
também a coletividade ou ao público em geral. 
 
O sentido objetivo de administração 
pública (letras minúsculas) é a própria 
atividade administrativa exercida pelo 
Estado, seus órgãos e agentes, 
caracterizando a função administrativa. 
 
- Sentido subjetivo: conjunto de órgãos, 
agentes e pessoas jurídicas que tenham a 
incumbência de executar as atividades 
administrativas. Administração Pública (com 
letras maiúsculas) 
 Caiu na prova: A Administração Pública integra 
o Estado, que é um ente personalizado. 
 Administração Pública no sentido subjetivo, 
orgânico e formal = agentes, órgãos e pessoas 
jurídicas. 
 
Administração pública no sentido material, 
objetivo e funcional = atividades e funções. 
 
PRINCÍPIOS: 
PRINCÍPIOS EXPRESSOS: 
LIMPE 
A CF dedicou um capítulo à Administração Pública 
(Capítulo VII do título III) e, no art. 37, deixou expressos 
os princípios a serem observados por todas as pessoas 
administrativas de qualquer dos entes federativos. 
1. PRINCÍCIO DA LEGALIDADE: diretriz 
básica da conduta dos agentes da 
Administração. Significa que toda e qualquer 
atividade administrativa deve ser autorizada 
por lei. (não o sendo, a atividade é ilícita) 
 A atuação estatal pode ser, expressa 
ou implicitamente prevista em lei, 
diante da POSSIBILIDADE DE EDIÇÃO 
de atos administrativos discricionários 
nos quais o administrador poderá 
mediante interpretação baseada no 
princípio da razoabilidade definir a 
possibilidade de atuação. 
 
 
2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: impessoal é 
o que não pertence a uma pessoa em especial. 
O princípio objetiva a igualdade de tratamento 
que a Administração deve dispensar aos 
administrados que se encontrem em idêntica 
situação jurídica. 
Para que haja impessoalidade, deve a 
Administração voltar-se exclusivamente para o 
interesse público. 
 
 
3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE: impõe que o 
administrador público não dispense os 
preceitos éticos que devem estar presentes em 
sua conduta. Deve não só averiguar os critérios 
de conveniência, oportunidade e justiça em 
suas ações, mas também distinguir o que é 
honesto e desonesto. 
 
4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: os atos da 
Administração devem merecer a mais ampla 
divulgação possível entre os administrados, e 
isso porque constitui fundamento do princípio 
propiciar-lhes a possibilidade de controlar a 
legitimidade da conduta dos agentes 
administrativos. Transparência. 
 
A publicidade é a REGRA, permitida as 
exceções previstas na CF e regulamentadas em 
lei. 
 
Ex. direito de petição, direito a certidões e ação 
administrativa ex officio de divulgação de 
informações de interesse público. 
 
 
5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: qualidade do 
serviço prestado. É a procura de produtividade 
e economicidade e, o que é mais importante, a 
exigência de reduzir os desperdícios de 
dinheiro público. Executar serviços com 
presteza e rendimento funcional. 
 
 Caiu na prova: a razoável duração do processo 
e o emprego de meios que assegurem a 
celeridade na sua tramitação são assegurados, 
a todos, no âmbito administrativo e revelam 
direito fundamental que tem por conteúdo os 
princípios da isonomia e eficiência. 
 
PRINCÍPIOS RECONHECIDOS: 
 
 PRINCÍPIO REPUBLICANO: consagra a 
igualdade de acesso aos cargos e empregos 
públicos a todos os brasileiros natos e 
naturalizados, bem como estrangeiros. 
 
1. PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE 
PÚBLICO: as atividades administrativas são 
desenvolvidas pelo Estado para o benefício da 
coletividade. 
INTERESSE PÚBLICO 
PRIMÁRIO 
INTERESSE PÚBLICO 
SECUNDÁRIO 
Necessidade de 
satisfação de 
necessidades coletivas 
(justiça, segurança e 
bem-estar) 
É o interesse do próprio 
Estado, enquanto sujeito 
de direitos e obrigações. 
 
2. PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA: a Adm Pública 
comete equívocos no exercício de sua 
atividade. Diante desses erros, a própria 
administração pode rever e corrigir. Pode 
corrigir seus erros de ofício. 
 
 A revogação doa atos administrativos, ainda 
que discricionários, encontra óbice na garantia 
do DIREITO ADQUIRIDO. 
 
A aplicação do princípio da autotutela para 
reconhecer a nulidade de ato ilícito encontra 
limite na prescrição da pretensão da 
Administração Pública. 
A administração pode anular seus próprios 
atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; 
ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial. 
 
Súmulas 346 e 473 DO SFT. 
 
3. PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE: os bens e 
interesses públicos não pertencem à 
Administração nem a seus agentes. Cabe 
apenas gerir, conservar e velar em prol da 
coletividade. A Administração não tem a livre 
disposição dos bens e interesses públicos. 
 
4. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS 
PÚBLICOS: os serviços públicos não podem ser 
interrompidos. 
 
5. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA: 
 
6. PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO: 
 
7. PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA 
SUBJETIVA DAS SANÇÕES: significa que não 
poderão ser impostas sanções e restrições que 
superem a dimensão pessoal de quem 
cometeu o delito e que atinjam pessoas que 
não tenham sido causadoras do ato ilícito. 
(LEMBRAR DE INTRANSCEDÊNCIA DA PENA) 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA 
DIRETA INDIRETA 
é constituída 
pelos órgãos 
relacionados aos 
entes da 
federação, como 
a União, os 
estados, o Distrito 
Federal e os 
Municípios. 
Pode ser entendida como o 
conjunto de órgãos que 
prestam serviços públicos, 
ligados à administração 
indireta. 
 
Ex. autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas, 
sociedades de economia mista. 
 
 CLÁUSULAS EXORBITANTES: pode na ADM 
pública, são manifestações do princípio da 
supremacia do interesse público sobre o 
privado. 
 
ANÁLISE DO ASSUNTO NAS PROVAS 
FUMARC PROVAS DE 
INVESTIGADOR E 
ESCRIVÃO 
TOTAL DE 
QUESTÕES 
DA BANCA 
Nº EM 
CONCURSOS 
POLICIAIS 
Total QC - 43 
 
40 3 BAIXA INCIDÊNCIA 
FUMARC, ALTA DEMAIS 
CONCURSOS POLICIAIS 
• AGENTES PÚBLICOS 
A Constituição Federal de 1988 classifica os cargos 
públicos como vitalícios, efetivos e em comissão. 
Lei n. 8.112/1990, art. 3º Cargo público é o 
conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que 
devem ser cometidas a um servidor. 
 
CARGO ISOLADOCARGO DE CARREIRA 
é aquele que não é 
dotado de nenhum 
sistema de progressão, 
ou seja, o servidor entra 
no cargo e nele 
permanece até a sua 
aposentadoria. 
é aquele em que o 
servidor é “cresce” na 
carreira, seja por meio 
do sistema de promoção 
ou de progressão. 
 
1. CARGOS EFETIVOS 
O cargo efetivo conta com a estabilidade. Ou seja, o 
servidor estável somente perderá o seu cargo em 
função de algumas situações excepcionais previstas na 
CF/1988. 
ART. 41, CF. 
 
São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os 
servidores nomeados para cargo de provimento 
efetivo em virtude de concurso público. 
 
§1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I. Em virtude de SENTENÇA JUDICIAL 
TRANSITADA EM JULGADO; 
II. Mediante PROCESSO ADMINISTRATIVO 
em que lhe seja assegurada ampla 
defesa; 
III. Mediante procedimento de AVALIAÇÃO 
PERIÓDICA DE DESEMPENHO, na forma 
de lei complementar, assegurada a 
ampla defesa. 
 
Súmula Vinculante n. 5: a falta de defesa técnica por 
advogado no processo administrativo disciplinar 
NÃO ofende a Constituição. 
 
 
A ESTABILIDADE É CONQUISTADA APÓS 3 ANOS. 
 ESTABILIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA: tipo de 
estabilidade, prevista pelo Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias (ADCT). Quando 
foi promulgada a CF/1988, esse dispositivo 
concedeu a estabilização extraordinária para 
quem já estava no serviço público há pelo 
menos cinco anos (vide art. 19 do ADCT). 
 
Perda do cargo do servidor estável – Art. 41 da 
CF/1988 (art. 21, Lei n. 8.112/90): 
I – em virtude de sentença judicial transitada em 
julgado; 
II – mediante processo administrativo em que lhe seja 
assegurada ampla defesa; 
III – mediante procedimento de avaliação periódica de 
desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa. 
 
Conforme o disposto no art. 169, § 3º, da CF/1988, o 
servidor estável também pode perder o cargo quando 
o Ente Federativo gastar mais que o estabelecido de 
sua Receita Corrente Líquida com pessoal ativo e 
inativo (este limite foi fixado pela LC n. 101/2001: 50% 
para a União e 60% para os outros Entes). 
Entretanto, antes da tomada dessa medida, a 
Administração Pública deve tomar algumas medidas: 
• Redução pelo menos em 20% dos cargos em 
comissão e funções de confiança; e 
• Exoneração de não estáveis. 
 
Caso isso não seja suficiente para equilibrar as contas 
do Estado, então é possível que os servidores estáveis 
possam perder o seu cargo. Entretanto, caso isso 
aconteça, os servidores receberão uma indenização 
equivalente a um mês de remuneração por ano de 
serviço. Além disso, fica vedada a criação de cargo, 
emprego ou função com atribuições iguais ou 
semelhantes por um período de quatro anos 
 
DEMISSÃO EXONERAÇÃO 
punição 
aplicável ao 
servidor 
público. 
não tem caráter de punição. 
 
A exoneração pode se dar: 
• A pedido (tanto para o cargo 
efetivo quanto para o cargo em 
comissão); ou 
• De ofício. 
 
A exoneração de ofício pode se dar: 
• Cargo efetivo: inabilitação no 
estágio probatório; 
• Cargo em comissão: a critério da 
autoridade competente; ou 
• Tomar posse sem entrar em 
exercício. 
 
No caso de cargo em comissão, o ato que representa 
punição se chama “destituição do cargo em comissão”. 
 
 
TIPOS DE CARGOS 
1. Cargos em Comissão – art. 37, V da CF/1988 
São de livre nomeação e livre exoneração, ou 
seja, não contam com nenhuma garantia de 
permanência no serviço público. 
 
Nos termos da CF/1988, tanto o cargo em 
comissão quanto a função de confiança são 
apenas para cargos de direção, chefia ou 
assessoramento. 
 
 
FUNÇÃO DE CONFIANÇA CARGO EM COMISSÃO 
exclusiva servidores 
efetivos (concursados) 
a lei reserva de um 
percentual para 
servidores da carreira. 
(direção, chefia e 
assessoramento) 
 
Cargo em comissão pode 
ser ocupado por 
qualquer pessoa, 
independente de ser 
servidora ou não. 
O servidor é designado 
para ocupar uma função 
de confiança 
Nomeado para ocupar 
cargo em comissão.. 
 
 
 SV 13, STF. A nomeação de cônjuge, 
companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridade nomeante ou de 
servidor da mesma pessoa jurídica investido 
em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função 
gratificada na administração pública direta e 
indireta em qualquer dos poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante 
designações recíprocas, viola a Constituição 
Federal. 
 
2. Cargos Vitalícios: São os cargos que possuem 
maior garantia de permanência no serviço 
público, pois a vitaliciedade tem como 
consequência o fato de que o servidor 
somente poderá perder o seu cargo mediante 
decisão judicial transitada em julgado. 
 
EX. juiz e promotor. 
 
3. Temporários: art. 37, IX da CF/1988 Os 
temporários são contratados para atender 
necessidade temporária de excepcional 
interesse público. Vale lembrar que o 
temporário exerce somente função pública, 
pois não há um cargo vinculado a essa função. 
Os temporários são regidos pela Lei n. 
8745/1993 e não pela CLT. Sendo assim, os 
eventuais litígios entre temporários e a 
Administração Pública não são julgados pela 
Justiça do Trabalho, mas sim pela Justiça 
Federal ou Estadual. 
 
4. Empregados Públicos: O empregado público é 
regido pela CLT. Hoje, os empregados públicos 
atuam nas chamadas empresas estatais 
(empresas públicas e sociedades de economia 
mista). Como o regime é o da CLT, esses 
empregados públicos não têm estabilidade. 
Logo, cabe a demissão, desde que motivada. 
 
→ CRIAÇÃO DE CARGOS: 
OBJETO INICIATIVA INSTRUMENTO 
Criação no 
EXECUTIVO 
Presidente da 
república 
LEI 
(art. 91, §1º, II, 
a, CF) 
Criação no 
LEGISLATIVO 
Mesa de cada 
uma das casas. 
RESOLUÇÃO 
(art. 59, CF e 
art. 51, IV e 52 
XIII da CF) 
Criação no 
JUDICIÁRIO 
Tribunais LEI 
(art. 96, II, b, 
CF) 
Criação de 
cargos no MP e 
respectivo 
aumento de 
vencimentos 
PGR LEI 
 
 
• AGENTES PÚBLICOS 
Significa o conjunto de pessoas que, a qualquer título, 
exercem uma função pública como prepostos do 
Estado. Essa função pode ser remunerada ou gratuita, 
definitiva ou transitória, política ou jurídica. 
Agentes públicos que atuam no exercício da função 
POLÍTICA de Estado, que possuem cargos estruturais e 
inerentes à organização política do país, estão ali para 
exercer a vontade superior do Estado. 
 
CONCEITO DE AGENTE SEGUNDO A LEI N. 8.429/92 
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente 
público o agente político, o servidor público e todo 
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, 
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas 
entidades referidas no art. 1º desta Lei. 
 
AGENTES POLÍTICOS: são os dirigentes 
governamentais, e aqueles que orientam, criam 
diretrizes e supervisionam os Governos. 
 
Ex. Presidente da República e governadores 
AGENTES ADMINISTRATIVOS: quem tem uma 
atuação pública profissional e remunerada. Podem 
ser servidores públicos, empregados públicos ou 
temporários. 
AGENTES HONORÍFICOS: não são profissionais 
contratados pela ADM. Apenas colaboram 
transitoriamente com o Estado. 
Ex. mesários, membros do tribunal do Juri. 
AGENTES DELEGADOS: são particulares que tem 
responsabilidade de exercer uma atividade 
específica. Concessionários públicos. 
AGENTES CREDENCIADOS: pessoas que 
representam o Estado em alguma circunstância. 
 
 
CARGO EMPREGO FUNÇÃO 
Cargo público é 
o lugar dentro 
da organização 
funcional da 
Administração 
Direta e de suas 
autarquias e 
fundações 
públicas que, 
ocupado por 
servidor 
público, tem 
funções 
específicas e 
remuneração 
fixadas em lei 
ou diploma a 
ela 
equivalente. 
A expressão 
emprego 
públicoé 
utilizada para 
identificar a 
relação 
funcional 
trabalhista, 
assim como se 
tem usado a 
expressão 
empregado 
público como 
sinônima da de 
servidor 
público 
trabalhista. 
Para bem 
diferenciar as 
situações, é 
importante 
lembrar que o 
servidor 
trabalhista tem 
função (no 
sentido de 
tarefa, 
atividade), mas 
não ocupa 
cargo. 
A função 
pública é a 
atividade em si 
mesma, ou 
seja, função é 
sinônimo de 
atribuição e 
corresponde às 
inúmeras 
tarefas que 
constituem o 
objeto dos 
serviços 
prestados pelos 
servidores 
públicos. Nesse 
sentido, fala-se 
em função de 
apoio, função 
de direção, 
função técnica. 
 
 
SERVIDORES PÚBLICOS: 
Art. 37, II, CF II - a investidura em cargo ou emprego 
público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo 
com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei 
de livre nomeação e exoneração; 
1. ESTATUTÁRIOS: regidos pela lei 8.112/90 no 
âmbito da União e respectivas leis estaduais e 
municipais nos demais casos. 
 
Possuem estabilidade funcional após estágio 
obrigatório de 3 anos. 
 
2. CELETISTAS: regidos pela CLT, porém aplicam-
se algumas normas constitucionais (concurso, 
teto remuneratório, acumulação de cargos, 
etc) 
 
NÃO possuem estabilidade funcional. 
 
3. TEMPORÁRIOS: somente exercem função 
pública, não estão ligados a cargo/emprego; 
regime especial. 
 
→ RESPONSABILIDADE DOS SERVIDORES 
PÚBLICOS. 
CIVIL: é a imputação, ao servidor público, da obrigação 
de reparar o dano que tenha causado à Administração 
ou a terceiro, em decorrência de conduta culposa ou 
dolosa, de caráter comissivo ou omissivo. 
Trata-se, como se pode observar, de responsabilidade 
subjetiva ou com culpa. 
É preciso que haja a com provação do dano 
causado, seja lesada a Administração, seja o 
terceiro. 
Cumpre também que haja a comprovação de 
que o servidor agiu com culpa civil, isto é, por 
meio de comportamento doloso ou culposo 
em sentido estrito. 
 
A responsabilidade civil do servidor reclama apuração 
por processo administrativo, exigindo-se a 
observância do princípio da ampla defesa em seu 
favor, do contraditório e da ampla faculdade 
probatória, como assegurado no art. 5º, LV, da CF, pena 
de ser decretada a nulidade do procedimento. 
PENAL: decorre de conduta que a lei penal tipifica 
como infração penal. 
A responsabilidade só pode ser atribuída se a conduta 
for dolosa ou culposa, estando, por conseguinte, 
descartada a responsabilidade objetiva. 
ADMINISTRATIVA: Quando o servidor pratica um ilícito 
administrativo, a ele é atribuída responsabilidade 
administrativa. O ilícito pode verificar-se por conduta 
comissiva ou omissiva e os fatos que o configuram são 
os previstos na legislação estatutária. 
 A imposição de responsabilidade 
administrativa ao servidor público requer 
processo administrativo disciplinar, com 
direito de defesa, sob pena de nulidade. 
 
***OBS: no regime do servidor público, o recebimento 
de presentes em razão de suas atribuições é VEDADO. 
 
→ RETRIBUIÇÃO PECUNIÁRIA, FIXAÇÃO DE 
PADRÃO DE VENCIMENTO E DOS DEMAIS 
COMPONENTES DO SISTEMA 
REMUNERATÓRIO. 
Art. 39, CF. 
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão conselho de política de administração e 
remuneração de pessoal, integrado por servidores 
designados pelos respectivos Poderes. 
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos 
demais componentes do sistema remuneratório 
observará: 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e 
a complexidade dos cargos componentes de cada 
carreira; 
II - os requisitos para a investidura; 
III - as peculiaridades dos cargos. 
 
DICA: PERERECONA 
• peculiaridades 
• responsabilidades 
• requisitos 
• complexidade 
• natureza 
 
 GREVE: - INFORMATIVO SO STF - o exercício do 
direito de greve, sob qualquer forma ou 
modalidade, é vedado aos policiais civis e a 
todos os servidores públicos que atuem 
diretamente na área de segurança pública. 
 
Art. 142, IV, CF: O MILITAR É PROIBIDO DE 
FAZER GRECE E A SINDICALIZAR. 
 
** os servidores públicos civis podem 
sindicalizar. 
 
Art. 144, §9º. A remuneração dos servidores policiais 
integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será 
fixada na forma do §4º do art. 39. “a remuneração 
ocorrerá exclusivamente por SUBSÍDIO fixado em 
parcela única”. 
 
→ PROVIMENTO É O ATO ADMINISTRATIVO 
DE PREENCHIMENTO DOS CARGOS 
PÚBLICOS VAGOS, EXISTEM DUAS 
ESPÉCIES: 
ORIGINÁRIO DERIVADO 
Nomeação Promoção, remoção, 
readaptação, 
reversão, 
aproveitamento, 
reintegração e 
recondução. 
 
 
 SÚMULA VINCULANTE 13, STF. A nomeação 
de cônjuge, companheiro ou parente em 
linha reta, colateral ou por afinidade, até 
o terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma 
pessoa jurídica investido em cargo de 
direção, chefia ou assessoramento, para 
o exercício de cargo em comissão ou de 
confiança ou, ainda, de função 
gratificada na administração pública 
direta e indireta em qualquer dos 
poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante 
designações recíprocas, viola a 
Constituição Federal. 
 
Art. 37, XVI, CF - é vedada a acumulação 
remunerada de cargos públicos, exceto, quando 
houver compatibilidade de horários, observado em 
qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico 
ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de 
profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas; 
 
** O SERVIDOR PÚBLICO QUE, NO EXERCÍCIO DE SUAS 
FUNÇÕES, CAUSAR DANO A TERCEIROS É 
RESPONSÁVEL CIVILMENTE SE COMPROVADO DOLO 
OU CULPA. 
 
 
REVERTO o aposentado 
REINTEGRO o demitido 
RECONDUZO o inabilitado (retorno ao cargo antigo) 
APROVEITO o disponível 
E se limitar READAPTA 
 
 
ANÁLISE DO ASSUNTO NAS PROVAS 
FUMARC PROVAS DE 
INVESTIGADOR E 
ESCRIVÃO 
TOTAL DE 
QUESTÕES 
DA BANCA 
Nº EM 
CONCURSOS 
POLICIAIS 
Total QC - 62 
 
14 5 TEMA DE ALTA 
INCIDÊNCIA 
 
• PODERES ADMINISTRATIVOS 
CONCEITO: os poderes tem caráter instrumental, 
porque são instrumentos colocados nas mãos do 
administrador para atender os interesses da 
coletividade. 
Poderes Administrativos são o conjunto de 
prerrogativas de direito público que a ordem jurídica 
confere aos agentes administrativos para o fim de 
permitir que o Estado alcance seus fins. 
 
São ferramentas para que o administrador possa 
executar suas atividades. 
(uma autoridade pública precisa ter o poder disciplinar, 
para punir seus servidores quando cometem infrações. 
O Estado, com seus agentes, tem que ter o poder de 
polícia, de restringir, condicionar, limitar atividades 
que podem ser nocivas aos particulares) 
Apesar de serem chamados de poderes 
administrativos, não representam faculdade, não são 
uma opção. É UM PODER-DEVER. 
 
 Caiu na prova: O poder administrativo, 
portanto, é atribuído à autoridade para 
remover os interesses particulares que se 
opõem ao interesse público. Nessas condições, 
o poder de agir se converte no dever de agir. 
Assim, se no Direito privado o poder de agir é 
uma faculdade, no Direito Público é uma 
imposição, um dever para o agente que o 
detém, pois não se admite a omissão da 
autoridade diante de situações que exigem sua 
atuação. 
 
ABUSO DE PODER: é o uso incorreto do poder e pode 
acontecer pelo excesso de poder ou pelo desvio de 
poder. 
1. EXCESSO: quando a autoridade vai além das 
suas atribuições. Nasce violado, neste ato, o 
elemento competência. 
EXCESSO DE PODER SE RELACIONA A 
COMPETÊNCIA. 
 Caiu na prova: a aplicação de penalidade de 
suspensão a servidor por agente público cuja 
competência se limite à aplicação da 
penalidade de advertênciaconfigura ato 
viciado pelo excesso de poder. 
2. DESVIO: acontece quando a autoridade pratica 
ato sem observar o seu fim previsto em lei ou 
visando finalidade pessoal. 
 Caiu na prova: ato praticado de forma abusiva 
e com finalidade diversa daquela atribuída 
pela lei é configurado DESVIO DE PODER. 
O desvio de finalidade constitui uma forma de 
abuso de poder. 
 
**Desvio de poder é um vício OBJETIVO, 
porque para sua caracterização, NÃO importa 
se o agente pretendeu ou não divergir da 
finalidade legal. 
DESVIO DE PODER ocorre quando o agente 
atua nos limites da competência legalmente 
definida, mas visando alcançar outra 
FINALIDADE que não aquela prevista em lei. 
 
3. OMISSÃO: também pode configurar o abuso 
de poder, tanto pelo excesso como pelo 
desvio. No entanto, a omissão é mais vista em 
casos de desvio. 
 
** SILÊNCIO ADMINISTRATIVO: é a ausência de 
manifestação tempestiva da Administração diante de 
petição do administrado. A doutrina brasileira discute 
a omissão administrativa pela ótica da 
responsabilidade do Estado por danos causados aos 
administrados. Silencio administrativo com base na 
ideia de DESVIO E ABUSO DE PODER. 
DEVERES DOS AGENTES PÚBLICOS 
P - probidade 
E - eficiência 
P - prestar contas 
A - agir 
 
PODER DISCRICIONÁRIO 
A lei não define todas as condutas de um agente 
administrativo. Ainda que regulamente elementos 
para restringir sua atuação, em várias situações a 
própria lei oferece a possibilidade de valoração da 
conduta. 
 
O agente pode avaliar a conveniência e a 
oportunidade dos atos que vai praticar. 
 
 Caiu na prova: é possível o exercício do 
Poder Discricionário sempre que houver 
alguma margem de escolha a ser exercida 
pelo agente público, a qual pode dizem de 
escolha a ser exercida pelo agente público, a 
qual pode dizer a respeito à prática em si do 
ato, bem como ao seu conteúdo ou à sua 
forma legal. 
 
É nessa prerrogativa de valoração que se situa o 
Poder Discricionário. 
 
Poder discricionário deve observar os limites 
previstos em lei. 
 
É a prerrogativa concedida aos agentes 
administrativos de elegerem, entre várias 
condutas possíveis, a que traduz maior 
conveniência e oportunidade para o 
interesse público. 
 
O exercício da discricionariedade tanto pode ser 
feito no momento em que o ato é praticado, quanto 
depois quando a Administração decide por sua 
revogação. 
 
LIMITAÇÕES AO PODER DISCRICIONÁRIO 
Um dos fatores exigidos para a legalidade do 
exercício desse poder consiste na adequação da 
conduta escolhida pelo agente à finalidade que a lei 
expressa. 
 
Se a conduta for DIFERENTE da finalidade da norma, 
é ilegítima e deve ter o controle judicial. 
 
Outro fator é o motivo inspirador da conduta. 
 
Discricionariedade técnica: atribui à 
Administração o poder de fixar juízos de 
ordem técnica, mediante o emprego de 
noções e métodos específicos das diversas 
ciências e artes. 
 
 
CONTROLE JUDICIAL: todos os atos administrativos 
podem se submeter à apreciação judicial de sua 
legalidade, e esse é o natural corolário do princípio da 
LEGALIDADE. 
PODER REGULAMENTAR | NORMATIVO 
Ao editar leis, o Poder Legislativo nem sempre 
possibilita que sejam executadas. Cumpre então a 
Administração criar os mecanismos de 
complementação das leis indispensáveis a sua 
efetiva aplicabilidade. 
 
É a prerrogativa conferida à Administração Pública 
de editar atos gerais para complementar as leis e 
permitir a sua efetiva aplicação. 
 
A prerrogativa é apenas para complementar a lei. 
 
 Caiu na prova: é função típica do poder 
executivo. 
 O Poder Regulamentar pode ser entendido 
como aquele inerente ao chefe do Poder 
Executivo para editar decretos. A expedição 
de decretos ou de regulamentos não é 
passível de delegação, nos termos do artigo 
84, parágrafo único, da Constituição Federal 
de 1988. 
 
 
 
DECRETO: espécies 
1. REGULAMENTAR/DE EXECUÇÃO (CF, art. 84, 
IV) feito para a fiel execução de uma lei. Não 
pode alterar uma lei, ampliar o que a lei 
dispõe nem restringir. 
 
É EXCLUSIVO, NÃO CABE DELEGAÇÃO. 
 
2. AUTÔNOMO/INDEPENDENTE (CF, art. 84, 
VI) não depende de uma lei anterior, pois 
busca fundamentação direito da CF. esse 
decreto é feito apenas para duas situações: 
a) Para fazer organização interna da Adm 
Pública, desde que não provoque 
aumento de despesas nem criação ou 
extinção de órgãos 
b) Para extinção de cargos ou funções 
vagos. 
 
É PRIVATIVO, CABE DELEGAÇÃO. 
 
Decretos autônomos não são para preencher 
lacunas na lei. 
 
Só quem faz decreto é o chefe do Poder 
Executivo. 
 
 
 Caiu na prova: O PODER REGULAMENTAR É 
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO CHEFE DO 
PODER EXECUTIVO. 
 O ato por meio do qual o presidente da 
república expede normas administrativas 
necessárias à execução da lei é denominado 
DECRETO. 
 
DESLEGALIZAÇÃO – é admitir que um assunto, que 
antes era tratado mediante lei, seja tratado 
mediante ato administrativo. 
 
 
** O poder disciplinar NÃO abrange as sanções 
impostas a particulares NÃO sujeitos à disciplina 
interna da Administração, porque nesse caso, as 
medidas punitivas encontram seu fundamento no 
poder de polícia do Estado. 
** A polícia judiciária é, em regra, atividade de caráter 
repressivo, de competência da polícia civil. 
PODER DISCIPLINAR 
É o poder de PUNIR os servidores públicos por suas 
infrações funcionais e também particulares, desde 
que tenham vínculo especial com a Administração 
Pública. 
 
Quando há uma infração do servidor, abre um 
processo administrativo e aplica-se a sanção, que 
exercida pela autoridade é categorizada como a 
aplicação do poder disciplinar. 
 
Ex. quando um aluno de universidade pública recebe 
uma sanção? É poder disciplinar. 
 
CARACTERÍSTICA: ser discricionário, significa que há 
margem de escolha da sanção a ser aplicada. E 
liberdade em relação a atipicidade. 
 
 Para o STJ o poder disciplinar é VINCULADO! 
O poder de punir é vinculado, ou seja, se a 
conduta ou sanção estiver expressa na lei, o 
administrador não tem escolha. Mas no que 
tange a qual a gravidade da pena ocorre o 
poder discricionário, deixando margem de 
escolha a medida do caso concreto. 
 
 
 O poder disciplinar NÃO abrange as sanções 
impostas a particulares que não estejam 
sujeitos à disciplina interna da 
administração; nesse caso, as medidas 
punitivas encontram fundamento no poder 
de polícia. 
 
OBS: 
SÚMULA 591 STJ. É permitida a “prova emprestada” 
no processo administrativo disciplinar, desde que 
devidamente autorizada pelo juízo competente e 
respeitados o contraditório e a ampla defesa. 
 
Súmula 343 STJ e SV 5 do STF: Não precisa de defesa 
técnica por advogado no PAD. Um PAD pode 
transcorrer sem a defesa de um advogado. No final, 
ocorrendo a demissão o servidor não pode alegar 
nulidade por falta de defesa de um advogado. A 
súmula 343 do STJ está sem aplicação. 
 
Art. 126 lei 8112/90 – independência das instâncias. 
Quando o servidor pratica uma conduta, ela pode ter 
várias repercussões, podendo gerar um processo 
pena, administrativa e civil. No entanto, a regra é a 
independência das instâncias, podendo ser 
condenado e ou absolvido diferentemente em cada 
instância. 
 
Porém, a lei prevê que, se na esfera penal acontecer 
absolvição por negativa do fato ou negativa de 
autoria, essa absolvição penal vai repercutir, 
anulando o PAD e arquivar o processo civil. Essa é a 
única possibilidade de vinculação, pois é a prova que 
não ocorreu o fato ou que o servidor não é o autor. 
 
- Absolvição por falta de provas na esfera penal não 
vincula a via administrativa. 
 
PODER HIERÁRQUICO 
Trata-se do poder de estabelecer hierarquia entre os 
órgãos públicos e os servidores públicos. 
 
Se caracteriza pela existência de níveis de 
subordinação em âmbito interno. 
 
 Caiu na prova: O poder hierárquico é aquele 
que confere à Adm Pública a capacidade de 
ordenar, coordenar, controlar e corrigir as 
atividades administrativasno ÂMBITO 
INTERNO da Administração. Está em 
consonância com a ordem disciplinar 
constante dos órgãos da Adm Pública, pois 
estes devem ser estruturados de tal forma 
que se cria uma relação de coordenação e 
subordinação entre uns e outros, cada qual 
com atribuições definidas em lei. 
 O Poder Hierárquico consubstancia-se em 
um poder de ESTRUTURAÇÃO INTERNA da 
atividade pública, de modo que somente se 
manifesta dentro de uma mesma pessoa 
jurídica. 
 
✓ Dica: normalmente nas questões quando se 
fala em estrutura interna, âmbito interno, 
em termos de poderes da administração, é 
provável que a resposta seja poder 
hierárquico. 
 
1. Poder de comando, dar ordens: o superior 
dá ordens para o subordinado. 
2. Poder de fiscalização: revogação ou 
anulação de atos dos subordinados. 
 Caiu na prova: insere-se no âmbito 
do poder hierárquico a prerrogativa 
que os agentes públicos possuem de 
rever os atos praticados pelos 
subordinados para anulá-los, 
quando estes forem considerados 
ilegais, ou revogá-los por 
conveniência e oportunidade. 
 
3. Poder de revisão: confirmar ou corrigir os 
atos do subordinado. 
4. Poder de delegar e avocar: transferir 
atribuições para os subordinados (delegar) e 
chamar uma atribuição que seria do 
subordinado (avocar). 
 
Segundo a Lei 9.784/99, delegação pode 
acontecer mesmo em relações 
hierarquizadas (delegação vertical: há 
hierarquia; delegação horizontal: quando 
não há hierarquia) 
 
Obs.: a avocação deve ser temporária, excepcional, 
justificada e tem que haver hierarquia. 
 
– Poder de punir: o poder hierárquico não pune, mas 
o poder de punir decorre da hierarquia. 
 
A DELEGAÇÃO E A AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
TEM FUNDAMENTO NO PODER HIERÁRQUICO. 
 
 
 
 Caiu na prova: no que diz respeito aos 
servidores públicos, o poder disciplinar é 
uma decorrência do poder hierárquico. 
 Caiu na prova: um policial que estiver 
exercendo a função de comando pode 
chamar para si a competência de um agente 
subordinado, em caráter excepcional. 
Contudo, não poderá fazer em relação a um 
colega de comando. 
 
 
- Situações que NÃO possuem hierarquia: 
 
Entre as Administrações Públicas direta e 
indireta: relação de vinculação; 
 
Entre os poderes do Estado; 
 
Entre os entes federativos; e 
 
Nas funções típicas dos poderes legislativo e 
judiciário 
 
 
 
PODER DE POLÍCIA 
Trata-se do poder do Estado de restringir, 
condicionar ou limitar o exercício de bens, direitos 
e atividade em benefício do Estado e da 
coletividade. 
 
Ver art. 78 do CTN. 
 
** Tanto a polícia judiciária quanto a administrativa 
se utilizam do poder de polícia, e ambas se 
enquadram no âmbito da função administrativa 
estatal. 
 
O fundamento do Poder de polícia é a supremacia do 
interesse público sobre o privado. 
 
 Caiu na prova: quando o poder público 
interfere na órbita do interesse privado para 
salvaguardar o interesse público, 
restringindo direitos individuais, atua no 
exercício do poder de polícia. 
 O poder de polícia não incide para restringir 
o direito em si, mas sim para condicionar o 
seu exercício, quando o comportamento 
administrativo expõe a risco o interesse 
coletivo. NÃO RETIRA DIREITOS, ELE 
LIMITA. 
 
O Poder de Polícia é muito mais abrangente que o 
poder da polícia. 
 
FORMAS DE EXPRESSÃO: 
Pode se expressar por meio de 
- leis e atos normativos (ex. Código Florestal 
e resoluções do IBAMA), 
- atos de consentimento (ex. autorizações, 
ato discricionário, licenças, ato vinculado) 
- atos de fiscalização 
- atos de sanção (ex. multa) 
 
***** DECORRE DO PODER DE POLÍCIA 
ADMINISTRATIVA A POSSIBILIDADE DE IMPOSIÇÃO 
DE QUARENTENA SANITÁRIA A INDIVÍDUO. 
 
 
PODER DE POLÍCIA EM SENTIDO AMPLO E ESTRITO: 
Em sentido amplo: são 
todos os atos que 
expressão poder de 
polícia em todos os 
órgãos, do Poder 
Legislativo e do 
Executivo. 
Em sentido estrito: são 
os atos que provêm 
somente do Poder 
Executivo. 
 
PODER DE POLÍCIA ORIGINÁRIO E DERIVADO: 
Originário: exercido de 
forma direta pelo 
Estado, por meio de sua 
Administração direta. 
Derivado: exercido por 
uma entidade da 
Administração indireta 
(exemplo: autarquias). 
 
• CARACTERÍSTICAS 
 
1. DISCRICIONÁRIO: 
Há uma certa margem de liberdade na 
aplicação. 
Tem liberdade para decidir as atividades que 
serão policiadas (potencial danoso), para 
decidir o momento de atuação, para, em 
alguns casos, decidir a sanção e para dar 
autorização. 
 
 Caiu na prova: a 
discricionariedade é um dos 
atributos do poder de polícia, 
mas não se faz presente: 
a) Na concessão de alvarás de 
construção e de licenças para 
dirigir veículos. 
Esses são atos VINCULADOS e 
DEFINITIVOS, ou seja, o 
particular cumpre os requisitos e 
a adm pública é obrigada a 
efetuar. 
 
 
 
2. AUTOEXECUTÓRIO: 
Permite a execução direta pela própria 
Administração Pública, dispensando de 
ordem judicial prévia. 
 
Exceção: cobrança de multas não tem 
autoexecutoriedade. 
 
3. COERCITIVO: 
Cabe a imposição aos particulares, usando o 
uso da força pública se necessário. 
 
 
DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA: 
 
REGRA GERAL: poder de polícia só pode ser 
delegado para PESSOA JURÍDICA DE DIREITO 
PÚBLICO. 
 
EXCEÇÕES: 
 
FASES DELEGÁVEIS: FICOSAN 
 
As fases de CONSENTIMENTO e FISCALIZAÇÃO 
podem ser delegadas para pessoa jurídica de direito 
privado. 
 
A fase de SANÇÃO pode ser delegada para Empresa 
pública e Sociedade de Economia Mista, de capital 
social majoritariamente público, desde que POR LEI, 
e que sejam exclusivamente prestadoras de serviço 
público e em regime não concorrencial. 
 
 
Fundamentações legais: Lei n. 11.079/2005; Lei n. 
13.019/2014; ADI n. 1.717. 
 
STF – RE 633782: "É constitucional a delegação do 
poder de polícia, inclusive para aplicar sanção, por 
meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado 
integrantes da Administração Pública indireta de 
capital social majoritariamente público que prestem 
exclusivamente serviço público de atuação própria 
do Estado e em regime não concorrencial". 
 
✓ PARA O STF: POSSÍVEL DELEGAR 
CONSENTIMENTO, FISCALIZAÇÃO E 
SANÇÃO. 
✓ PARA O STJ: POSSÍVEL DELEGAR APENAS 
CONSENTIMENTO E FISCALIZAÇÃO. 
 
Dessa forma, para o STF pode haver tanto ato de 
consentimento, como de fiscalização e sanção. 
 
 
ESPÉCIE TRIBUTÁRIA – art. 145, II da CF e 78 do CTN 
A taxa é o tributo que o Estado pode instituir para 
exercer o poder de polícia. 
 
 Caiu na prova: o exercício do poder de 
polícia fiscalizatório pode ser remunerado 
por meio da cobrança de taxa. 
 
PRESCRIÇÃO: 
5 anos! 
 
Se o processo fica paralisado mais de 3 anos 
também. 
 
Exemplo de poder de polícia: fechar 
estabelecimento comercial que descumpre regras 
sanitárias. 
 
**** PORTE DE ARMA DE FOGO FUNCIONAL: 
O porte de arma de fogo decorre de autorização. O 
porte de arma é prerrogativa da FUNÇÃO, e não do 
servidor. 
 
O porte é PRECÁRIO, UNILATERAL E 
DISCRICIONÁRIO. 
 
**** a polícia administrativa atua por meio de 
agentes credenciados por diversos órgãos públicos, 
procurando impedir a prática de atos lesivos por 
infrações a regras do Direito Administrativo. 
 
 
POLÍCIA 
ADMINISTRATIVA 
POLÍCIA JUDICIÁRIA 
Atua em regra de forma 
preventiva, mas pode 
atuar de modo 
repressivo. 
Atua em regra de forma 
repressiva, mas pode 
atuar de modo 
preventivo. 
Órgão ou entidade de 
direito público desde 
que a lei tenha dado essa 
atribuição. 
Corporações 
especializadas. 
 
Polícia civil, federal, PM. 
Combate atividades 
antissociais 
Atua da área das 
infrações penais – crimes 
Limita, restringe bens, 
direitos e atividades em 
bem da coletividade 
Se destina a pessoa, 
quando comete crimes. 
Normas e regras de 
Direito Administrativo 
Normas de Direito 
Processual Penal. 
 
 Caiu na prova: o poder de polícia reclama do 
Poder Público a atuação de agentes 
fiscalizadores da conduta dos indivíduos. A 
fiscalização apresenta duplo aspecto: um 
preventivo, através do qual os agentes da 
Administração procuram impedirum dano 
social, e um repressivo, que, em face da 
transgressão da norma de polícia, redunda na 
aplicação de uma sanção. 
 
 
 
 
ANÁLISE DO ASSUNTO NAS PROVAS 
FUMARC PROVAS DE 
INVESTIGADOR E 
ESCRIVÃO 
TOTAL DE 
QUESTÕES 
DA BANCA 
Nº EM 
CONCURSOS 
POLICIAIS 
Total QC - 68 
 
25 4 (todas de 
DELTA) 
1 (escrivão 
2012) 
BAIXA INCIDÊNCIA 
NA FUMARC 
 
 
• FATOS E ATOS 
ADMINISTRATIVOS 
 
CONCEITO: ato administrativo é a manifestação da 
vontade da administração pública (ex. multas, licença 
para dirigir, alvará de construção, autorização de porte 
de armas). 
O Estado, pessoa jurídica, manifesta sua vontade por 
meio de seus agentes, utilizando de portarias, 
decretos, resoluções, circulares, avisos, ordens de 
serviço, alvarás, que são ATOS ADMINISTRATIVOS. 
 
 Atos administrativos SÃO ESPÉCIES DE ATOS 
JURÍDICOS. Os atos jurídicos são todos os que 
produzem efeitos no mundo jurídico. 
 
→ ATO ADMINISTRATIVO 
Declaração UNILATERAL de vontade do Estado ou de 
quem o represente no exercício de função da 
administração pública, de NÍVEL INFERIOR À LEI, e 
sujeita ao CONTROLE JUDICIAL. 
Os atos administrativos estão abaixo das leis e da 
Constituição Federal. Eles têm natureza secundária, 
pois o ato primário é a lei, que, por sua vez, decorre 
diretamente da CF. 
*** Ato administrativo expressa ato unilateral de 
Estado, com efeitos constitutivos. 
É a manifestação unilateral de vontade da Adm Pública 
e de seus delegatários, no exercício da função 
delegada, que, sob o regime de direito público, 
pretende produzir efeitos jurídicos com o objetivo de 
implementar o interesse público. 
 Os atos administrativos (discricionário e 
vinculado) estão sujeitos ao controle judicial 
quanto à legalidade, mas nunca em relação à 
conveniência e oportunidade, sem análise de 
mérito. 
 
NÃO SÃO ATOS ADMINISTRATIVOS 
1. FATO ADMINISTRATIVO 
É ato material ou de execução, praticado por algum 
órgão da Administração, mas sem conteúdo de ato 
administrativo. Exemplo: demolição de um prédio. 
 
Acontecimento que produz efeitos no mundo 
jurídico-administrativo. Exemplo: falecimento de 
servidor público, o que resulta, por exemplo, na 
declaração de vacância de seu cargo. 
 
Fato administrativo também se diferencia do fato da 
Administração. Este é um acontecimento que não 
produz efeitos. Exemplo: um servidor cai e se 
levanta no recinto de uma repartição pública. O fato 
aconteceu, mas não teve nenhuma repercussão 
administrativa. 
 
2. SILÊNCIO ADMINISTRATIVO 
Não é ato administrativo. Como regra, é um fato 
administrativo. 
 
Mas o silêncio poderá ser considerado ato 
administrativo quando a lei assim dispuser 
expressamente. 
 
Exemplo: lei que não obrigue algum órgão a dar uma 
negativa expressamente em relação a determinada 
solicitação, dentro de determinado prazo, pode-se 
considerar que há uma autorização tácita. Logo, 
quando a lei der ao silêncio o mesmo efeito de um 
ato praticado, esse silêncio será considerado ato 
administrativo. 
 
OBS: QUAL A ATUAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO 
DIANTE DO SILÊNCIO ADMINISTRATIVO? 
 
Nos atos discricionários, ocorrendo o silêncio 
administrativo sem que a lei apresente a 
consequência, não é possível ao Poder Judiciário 
determinar o ato a ser praticado, a atuação será 
estabelecer um prazo para o administrador se 
pronunciar sobre o pedido do particular. 
 
No caso de ato vinculado, pode-se conferir o que foi 
solicitado, na medida em que a decisão do agente 
público e o exame feito pelo Judiciário não poderiam 
ter soluções diversas. 
 
O Superior Tribunal de Justiça, em determinadas 
situações, mesmo no caso de ato discricionário, 
já admitiu a possibilidade de o Poder Judiciário 
conferir a autorização pretendida pelo particular 
em razão da mora administrativa. REsp 
531349/RS, Rel. Ministro José Delgado, Primeira 
Turma, julgado em 03.06.2004, DJ 09.08.2004, p. 
174. 
 
 Se a questão de prova não mencionar esse 
julgado do STJ, deve-se adotar a regra geral, 
em que o Judiciário não vai determinar o 
que deve ser feito, mas fixar prazo para que 
a Administração se manifeste. 
 
 
 
→ CONTROLE JUDICIAL SOBRE ATOS 
ADMINISTRATIVOS 
Não é dado ao Poder Judiciário, no exercício de sua 
função típica, sob pena de VIOLAÇÃO À SEPARAÇÃO 
DOS 3 PODERES, a revogação de atos administrativos, 
pois isso implica em controle de MÉRITO, baseado em 
conveniência e oportunidade. 
JUDICIÁRIO PODE ANULAR! Nunca revogar. 
O controle judicial alcançara todos os aspectos de 
LEGALIDADE do ato administrativo VINCULADO, sendo 
VEDADO ao judiciário adentrar aos critérios de 
conveniência e oportunidade. 
- Os atos administrativos vinculados se submetem ao 
controle judicial em relação a todos os seus elementos. 
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO 
BIZU 
 
Quem ANULA um gol 
ilegal na partida de 
futebol? O JUIZ 
 
Logo, quem pode 
ANULAR um ato ilegal = 
JUIZ 
A ADM: 
 
REVOGA ato 
inconveniente e 
inoportuno. 
 
ANULA ato ilegal. 
 
→ ELEMENTOS/REQUISITOS DO ATO 
ADMINISTRATIVO 
Apesar de não existir uma lei sobre os atos 
administrativos, a doutrina entende que na Lei n. 
4.717/1965 estão os elementos ou requisitos de 
validade de um ato administrativo. 
COmpetência (sujeito) – Quem? 
FInalidade – Para quê? 
FOrma – Como? 
MOtivo – Por quê? 
OBjeto – O quê? 
 
Faltando um desses elementos, o ato é ilegal e poderá 
ser anulado pela Administração ou pelo Poder 
Judiciário, se provocado. 
ELEMENTOS 
VINCULADOS 
ELEMENTOS 
DISCRICIONÁRIOS 
Competência 
Finalidade 
Forma (procedimento) 
Motivo 
Objeto 
 
1. COMPETÊNCIA 
Poder que a lei atribui ao agente público para a prática 
de seus atos. 
Características: 
a) IRRENUNCIÁVEL = abrir mão 
Lei n. 9.784/1999, art. 11. A competência é 
irrenunciável e se exerce pelos órgãos 
administrativos a que foi atribuída como 
própria, salvo os casos de delegação e 
avocação legalmente admitidos. 
 
b) INDERROGÁVEL = somente a lei pode 
atribuir, não se transfere pela simples 
vontade do agente. 
c) IMPRORROGÁVEL: 
d) IMPRESCRITÍVEL = não se perde pelo 
decurso do tempo. 
VÍCIOS: 
Excesso de 
poder = ir além 
das atribuições 
legais. 
 
A convalidação 
pode ser 
aplicada quando 
há excesso de 
poder. 
 
Convalidar é 
corrigir um vício 
de um ato, se ele 
e inexistente na 
usurpação, não 
se aplica a 
convalidação. 
 
Função de fato = 
investidura 
irregular na 
função, 
praticando atos 
próprios desta. 
- Agente 
putativo: 
aparência de 
legalidade. 
 
OBS: a teoria da 
aparência 
mantém a 
validade dos 
atos praticados 
para terceiros de 
boa-fé. 
Usurpação 
de função = 
ocorre 
quando 
alguém se 
apropria de 
uma função 
pública, 
praticando 
atos próprios 
desta. Não se 
aplica a 
teoria da 
aparência 
nesse caso. 
 
OBS: Obs.: os 
atos são 
considerados 
inexistentes 
 
Há previsão no Código Penal para o crime de usurpação 
de função. 
 
2. FINALIDADE 
O objetivo de interesse público buscado com a prática 
do ato. 
Toda conduta e voltada para satisfazer o interesse 
coletivo. A finalidade seria o fim mediato do ato 
administrativo, ao passo que o objeto é o fim imediato. 
 a finalidade é sempre indicada pela lei. Ex.: 
multa. 
Não há convalidação na finalidade. 
A doutrina e a jurisprudência entendem que existe uma 
hipótese em que pode ocorrer a contrariedade à 
finalidade específica do ato, sem que se declare sua 
invalidade, desde que seja observado o interesse 
público primário (coletividade). Trata-se da 
desapropriação, em que, depois de realizada a 
transferência da propriedade para o domínio público, 
altera-se a destinação inicial específica do ato, 
denominada tredestinação lícita. 
 
3. FORMA 
***Regra = manifestação por escrito. 
Gestos, sons, meios mecânicos/eletrônicos (semáforo) 
e placas são admitidos quando não for possível a forma 
escrita. 
- FORMALIZAÇÃO/FORMALIDADES: São os 
requisitos indispensáveis para a correta prática 
do ato administrativo. Quando umaformalidade não é respeitada, a forma nasce 
viciada. 
 a forma admite a convalidação, desde que não 
tenha uma formalidade indispensável para sua 
validade. Ex.: Fazer uma portaria quando seria 
necessário fazer um decreto. 
 
4. MOTIVO 
***Situação de fato ou de direito que autoriza o ato a 
ser praticado. (pressuposto de fato e de direito que 
serve de fundamento para a prática do ato 
administrativo). 
• Motivo de fato é a situação fática que 
aconteceu. 
• Motivo de direito é o que está presente na 
lei, tem fundamento legal. 
Todo ato deve ter motivos, caso não tenha será um 
ato ilegal, é um vício que não tem convalidação. 
 
MOTIVO MOTIVAÇÃO 
é a justificativa do ato, é 
apresentar as razões que 
antecedo o ato. Quando 
o ato é praticado, ele 
levaram o ato a ser 
praticado. Na motivação 
deve-se apresentar os 
reais motivos. 
vem com uma 
motivação. 
 
 TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES 
A teoria dos motivos determinantes, em consonância 
com a qual a validade do ato se vincula aos motivos 
indicados como seu fundamento, de tal modo que, se 
inexistentes ou falsos, implicam a sua nulidade. Por 
outras palavras, quando a Administração motiva o 
ato, mesmo que a lei não exija a motivação, ele só será 
válido se os motivos forem verdadeiros. 
 
 
*** A motivação das decisões proferidas em processos 
administrativos, constitui para o agente que a emita 
DEVER-LEGAL. 
*** Não precisa dar satisfação do ato de exoneração 
(não precisa motivar o ato), basta exonerar e pronto, 
haja vista ser cargo comissionado de livre nomeação e 
exoneração. Contudo, a partir do momento que ato de 
exoneração é motivado, ele passa a ser válido somente 
se os motivos ocorreram e forem verdadeiros (Teoria 
dia motivos determinantes), caso contrário o ato 
poderá ser anulado. 
** MÓVEL: É a intenção que estava na mente do agente 
quando ele resolveu praticar o ato administrativo. 
 
5. OBJETO 
Os efeitos que o ato produz, seu resultado imediato. 
FINALIDADE OBJETO 
para quê o ato foi 
praticado 
resultado instantâneo 
que o ato produz. 
 
Ex. Dissolução de passeata tumultuosa. 
Competência – Polícia Militar do DF 
Finalidade – proteger os bens, segurança das pessoas 
Forma – gestos, sons, condutas razoáveis e 
proporcionais 
Motivo – tumulto 
Objeto – acabar com a passeata 
 
Ex2. Desapropriação de propriedade com plantio de 
plantas psicotrópicas. 
 
Competência – Presidente da República (CF, art. 343) 
Finalidade – punitiva 
Forma – decreto de desapropriação 
Motivo – plantar o que não deveria 
Objeto – perda da propriedade 
 
Ex3. Desapropriação de propriedade improdutiva 
com fins de interesse social para Reforma Agrária. 
 
Competência – Presidente da República 
Finalidade – em razão do interesse social, justa 
distribuição de terras 
Forma – decreto 
Motivo – improdutividade da terra 
Objeto – perda da propriedade 
 
→ DISCRICIONARIEDADE E VINCULAÇÃO 
 
VINCULADOS VINCULADOS/ 
DISCRICIONÁRIOS 
- Competência 
- Finalidade 
- Forma 
 
São elementos 
vinculados à lei, que 
sempre dirá quem 
pratica o ato, para que 
serve como deve ser 
praticado 
- Motivo 
- Objeto 
 
 
Depende da lei, que dirá 
quando é vinculado e 
quando é discricionário. 
 
EX. Aposentadoria compulsória aos 75 anos – Ato 
vinculado. 
Competência: fixada na lei 
Finalidade: fixada na lei 
Forma: ato/portaria por escrito 
Motivo: idade 
Objeto: passar para a inatividade remunerada 
 
EX2. Prorrogação de concurso – Ato discricionário 
 
A lei determina quem tem competência, o fim público 
e a forma. 
A autoridade competente avaliará os motivos e decidir 
o efeito. 
• É correto afirmar que em um ato vinculado 
todos os elementos são vinculados. 
• É incorreto afirmar que em um ato 
discricionário todos os elementos são 
discricionários. Competência finalidade e 
forma são sempre vinculados, a 
discricionariedade está na análise dos motivos 
para decidir que objeto será produzido. 
• Competência, finalidade e forma são 
vinculados em todos os atos administrativos. 
 
→ ATRIBUTOS/CARACTERÍSTICAS DOS ATOS 
ADMINISTRATIVOS 
 
1. HELY LOPES MEIRELES 
a) Presunção de legitimidade, de 
veracidade. ** a presunção de que ao 
atos administrativos são editados em 
conformidade com o ordenamento jurídico 
é RELATIVA, pois admite prova em 
contrário por parte do interessado. 
b) Imperatividade: imposição do ato ao 
particular. (atos negociais – licença, 
autorização - e enunciativos – certidão, 
atestado - não tem imperatividade) 
c) Autoexecutoriedade: execução direta pela 
adm. 
**** O ATRIBUTO DE 
AUTOEXECUTORIEADADE DO ATO 
ADMINISTRATIVO EXIGE AUTORIZAÇÃO 
LEGAL EXPRESSA. 
 
2. CELSO BANDEIRA DE MELO 
a) Presunção de legitimidade e veracidade 
b) Imperatividade 
c) Exigibilidade 
d) Executoriedade 
 
3. MARIA SYLVIA DI PIETRO 
a) Presunção de legitimidade e veracidade 
b) Autoexecutoriedade 
c) Imperatividade 
d) Tipicidade: necessidade de o ato atender 
apenas ao seu fim legal. 
 
→ AUTOTUTELA NOS ATOS 
ADMINISTRATIVOS 
CONVALIDAÇÃO: o ordenamento jurídico admite 
a convalidação de atos administrativos eivados de 
ilegalidade, com base no art. 55 da Lei 9784/99: 
“Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não 
acarretarem lesão ao interesse público nem 
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem 
defeitos sanáveis poderão ser convalidados 
pela própria Administração." 
Ao convalidar um ato viciado, a Adm deve atentar para 
a existência de situações que dele surgiram e que já se 
encontram estabilizadas pelo Direito. 
Os princípios da segurança jurídica e da boa-fé 
lastreiam a possibilidade de a Adm convalidar atos 
viciados, gerando direitos oponíveis a ADM. 
 A revogação de atos administrativos, ainda que 
discricionários encontra óbice na garantia do 
direito adquirido. 
 
→ CLASSIFICAÇÃO 
 
 ENUNCIATIVOS: certidão, apostila, 
parecer, atestado. (a ADM certifica ou 
atesta um fato sem vincular ao seu 
conteúdo. 
 NEGOCIAIS: permissão, autorização, 
nomeação, exoneração a pedido, licença, 
admissão. (declaração de vontade da ADM 
coincidente com interesses do particular. 
 ORDINATÓRIOS: circulares, avisos, 
instruções, ordens de serviço, portarias, 
ofícios, despachos. (visa disciplinar o 
funcionamento da Administração e a 
conduta de seus agentes) 
 NORMATIVOS: regimento, decreto, instrução 
normativa, resoluções, deliberações. (emanam 
atos gerais e abstratos visando correta 
aplicação da lei. 
 PUNITIVOS: multa, interdição, destruição. 
FORMA 
- DECRETO: é a forma de que se revestem os atos 
individuais ou gerais, emanados do Chefe do 
Poder Executivo (Presidente da República, 
Governador e Prefeito). 
- CIRCULAR: é o instrumento de que se valem as 
autoridades para transmitir ordens internas 
uniformes a seus subordinados. 
- ALVARÁ: é o instrumento pelo qual a ADM 
confere licença ou autorização para a prática de 
ato ou exercício de atividade sujeitos ao poder de 
polícia do Estado. Em suma, o alvará é o 
instrumento da licença ou da autorização. 
LICENÇA AUTORIZAÇÃO 
Ato administrativo 
unilateral e vinculado 
pelo qual a 
Administração Pública 
faculta àquele que 
preencha os requisitos 
legais o exercício de 
uma atividade. 
- ato declaratório de 
direito preexistente. 
É ato constitutivo. 
Em regra é 
discricionário, 
unilateral e precário. 
Se baseia no poder de 
polícia. 
 
DESTINATÁRIOS 
ATOS GERAIS ATOS 
INDIVIDUAIS/ESPECIAIS 
não possuem 
destinatário 
determinado, mas 
alcança todos que estão 
em idêntica situação. 
 
Ex: Estabelecimento da 
velocidade de uma via; 
decreto que disciplina a 
coleta de lixo domiciliar; 
placa que fixa locais de 
estacionamento; 
portaria que altera 
horário de atendimento 
de um órgão público; 
edital de licitação ou 
concurso público. 
aqueles que possuem 
destinatários certos. 
Dirigem-se a 
destinatários 
específicos, criando-lhes 
situaçãojurídica 
particular. O mesmo ato 
pode abranger um ou 
vários sujeitos, desde 
que sejam 
individualizados. 
 
Ex: regularização de 
terreno irregular; 
nomeação de candidatos 
em concurso público. 
 
ALCANCE 
ATOS INTERNOS ATOS EXTERNOS 
são atos destinados a 
produzir efeitos, como 
regra, dentro das 
repartições 
administrativas, e que, 
por isso mesmo, 
incidem, normalmente, 
sobre os órgãos e 
agentes da 
Administração que os 
expediram. 
 
Ex: portaria que 
determina que os 
servidores devem usar o 
destinados a produzir 
efeitos, como regra, fora 
da Administração. São 
todos aqueles que 
alcançam os 
administrados, os 
contratantes e, em 
certos casos, os próprios 
servidores, provendo 
sobre seus direitos, 
obrigações, negócios ou 
conduta perante a 
Administração Pública. 
 
crachá de identificação 
ou que determina a 
entrega de declaração 
do imposto de renda no 
setor de recursos 
humanos da respectiva 
unidade em que é lotado 
o servidor. 
 
Ex: nomeação de 
candidatos a concurso 
público; alteração de 
horário de atendimento 
em determinado órgão; 
portaria que fixa o 
recesso forense de um 
Tribunal. 
 
 
OBJETO 
ATOS DE 
IMPÉRIO 
ATOS DE 
GESTÃO 
ATOS DE 
EXPEDIENTE 
(por 
prerrogativas) 
são todos 
aqueles que a 
Administração 
pratica 
usando de sua 
supremacia 
sobre o 
administrado 
ou o servidor 
e lhes impõe 
obrigatório 
atendimento. 
Expressam a 
vontade 
soberana do 
Estado e seu 
poder de 
coerção. 
 
são os que a 
Administração 
pratica sem 
usar de sua 
supremacia 
sobre os 
administrados. 
Tais atos, 
desde que 
praticados 
regularmente, 
geram direitos 
subjetivos e 
permanecem 
imodificáveis 
pela 
Administração, 
salvo quando 
precários por 
sua própria 
natureza. Ex: 
autorização e 
licença para 
dirigir, licença 
para construir. 
são todos 
aqueles que se 
destinam a dar 
andamento aos 
processos e 
papéis que 
tramitam pelas 
repartições 
públicas, 
preparando-os 
para a decisão de 
mérito final, a ser 
proferida pela 
autoridade 
competente. 
Não possuem 
conteúdo 
decisório. Ex: 
juntada de 
documentos e 
despacho 
 
REGRAMENTO OU VINCULAÇÃO OU GRAU DE 
LIBERDADE 
ATOS VINCULADOS ATOS DISCRICIONÁRIOS 
são aqueles para os 
quais a lei estabelece os 
requisitos e condições 
de sua realização. Nessa 
categoria de atos, as 
imposições legais 
absorvem, quase que 
por completo, a 
liberdade do 
administrador, uma vez 
que sua ação fica 
adstrita aos 
São aqueles em que a lei 
permite ao agente 
público realizar um juízo 
de conveniência e 
oportunidade (mérito) 
para decidir a solução 
mais adequada ao caso 
concreto. 
pressupostos 
estabelecidos pela 
norma legal para a 
validade da atividade 
administrativa. Ex: 
aposentadoria 
compulsória aos 75 
anos. 
 
FORMAÇÃO/AO NÚMERO DE VONTADES 
ATOS SIMPLES ATOS 
COMPLEXOS 
ATOS 
COMPOSTOS 
é o que resulta 
da 
manifestação 
de vontade de 
um único 
órgão, 
unipessoal ou 
colegiado, ou 
de apenas um 
agente público. 
é aquele que se 
forma pela 
conjugação de 
vontades de 
mais de um 
órgão (dois ou 
mais órgãos) ou 
agentes. O ato 
complexo 
somente estará 
formado 
quando todas 
as vontades 
exigidas forem 
declaradas. Ex: 
portaria 
interministerial. 
é o que resulta 
da vontade 
única de um 
órgão ou 
agente, mas 
depende da 
aprovação, 
ratificação ou 
confirmação 
por parte de 
outro para 
produzir seus 
efeitos. 
 
EFICÁCIA 
VÁLIDO é o ato que está em conformidade 
com a lei. 
NULO é o com vício insanável (finalidade, 
motivo e objeto). Não admite a 
convalidação, pois apresenta 
defeito tão grave que não é possível 
a correção. 
INEXISTENTE é o que apenas tem aparência de 
manifestação regular da 
Administração, mas não chega a se 
aperfeiçoar como ato 
administrativo, não produzindo 
efeitos no Direito Administrativo. 
Ex: É o clássico ato praticado por 
usurpador da função pública que se 
apropria de uma função pública sem 
ser de nenhuma forma nela 
investido, e também em relação a 
atos materialmente impossíveis, 
como, por exemplo, a nomeação de 
pessoa morta 
ANULÁVEL aquele que tem um vício sanável. O 
vício sanável (que se pode corrigir) 
pode ser de competência e vício de 
forma do ato administrativo (vícios 
que podem fazer a convalidação). 
 
ELABORAÇÃO OU EXEQUIBILIDADE 
PERFEITO é aquele que já completou o seu 
ciclo necessário de formação, já 
percorreu todas as fases 
necessárias para sua produção. Na 
análise da perfeição, verifica-se 
apenas se o seu ciclo (fases) de 
produção foi concluído. A análise 
da legalidade do ato será aferida no 
plano da validade. 
IMPERFEITO é o que se apresenta incompleto na 
sua formação. Ato que não 
completou o seu ciclo ou as suas 
fases necessárias de formação (o 
ato será inexistente). 
PENDENTE é aquele que, embora perfeito, por 
reunir todos os elementos de sua 
formação, não produz efeitos, por 
não ter sido verificado o termo ou 
condição de que depende sua 
produção de efeitos. O ato 
pendente pressupõe um ato 
perfeito, pois completou todas as 
suas fases necessárias de formação, 
mas só irá produzir seus efeitos 
quando o termo ou a condição for 
implementada. 
 
* termo: é o evento futuro 
e certo. 
* condição: é evento futuro 
e incerto. 
CONSUMADO 
OU 
EXAURIDO 
é aquele que já produziu todos os 
seus efeitos esperados. 
 
Ex: O gozo das férias pelo servidor 
representa a consumação do ato. 
 
EFEITOS 
ATO 
CONSTITUTIVO 
ATO 
DECLARATÓRIO 
ATO 
ENUNCIATIVO 
é aquele por 
meio do qual a 
Administração 
cria, modifica 
ou extingue um 
direito ou 
situação do 
administrado. 
é aquele em que 
a Administração 
apenas 
reconhece um 
direito 
preexistente. 
Não é o ato 
administrativo 
declaratório que 
é aquele em 
que a 
Administração 
certifica, 
atesta uma 
situação ou 
profere 
opinião 
quando for 
É o ato que traz 
em si uma 
modificação no 
mundo jurídico. 
Seja criando, 
extinguindo ou 
alterando uma 
situação 
jurídica. 
 
Ex: autorização 
para utilizar 
calçada (a 
Administração 
estará criando 
um direito para 
se utilizar a 
calçada). 
criou o direito. 
Apenas 
reconheceu. O 
direito o 
particular já 
tinha antes do 
ato 
administrativo. 
 
Ex: Licença para 
dirigir, licença 
para construir, 
licença para 
exercer 
profissão. 
consultada 
como, por 
exemplo, o 
atestado, a 
certidão e o 
parecer. 
 
 
→ EXTINÇÃO DOS ATOS 
ADMINISTRATIVOS 
 
1. CADUCIDADE: Em razão de uma nova lei ou 
nova norma jurídica que não permite mais tal 
situação. 
 
Ex: Leis que permitiam os bingos. Surgiu uma 
nova lei dizendo ser proibido a utilização de 
bingos no Brasil. Quem tinha a autorização, 
perdeu (caducidade). 
 
2. CASSAÇÃO: Particular = descumpriu as 
condições em que deveria permanecer 
 
Ex: Havia uma autorização para funcionar 
como hotel, mas foi transformado em motel. 
 
3. CONTRAPOSIÇÃO: Tem como uma pessoa ser 
nomeada e exonerada ao mesmo tempo? Não, 
a nomeação visa a ocupação do cargo e a 
exoneração visa a desocupação do cargo. 
 REVOGAÇÃO ANULAÇÃO / 
INVALIDAÇÃO 
ATOS Legais Ilegais 
ANÁLISE Conveniência e 
oportunidade 
(mérito) 
Legalidade/ 
legitimidade 
COMPETÊNCIA Administração, 
em regra. 
Administração 
ou poder 
judiciário 
PRAZO Mão há prazo 
fixado em lei 
5 anos, salvo 
comprovada 
má-fé. (art. 54 
lei 9.784/99) 
 
*** ATO VINCULADO = PODE SER ANULADO 
*** ATO DISCRICIONÁRIO = PODE SER ANULADO OU 
REVOGADO 
A revogação pode ser feita pela Administração ou pelo 
Poder Judiciário, quanto aos seus próprios atos 
administrativos? Sim. 
Efeitos: 
Revogação: ex nunc = para frente 
Anulação/invalidação:ex tunc = para trás 
Efeitos prospectivos da revogação: para frente/futuro. 
 
 ATOS QUE NÃO PERMITEM REVOGAÇÃO: 
Atos Vinculados: pois não há juízo de 
conveniência e oportunidade, que permita a 
revogação. 
 
Atos Exauridos ou Consumados: não podem 
ser revogados, pois já produziram seus efeitos. 
Ex: férias gozadas, porque não se revoga um 
ato que concedeu férias se o servidor já 
usufruiu de todo período de gozo.Atos que Geram Direitos Adquiridos: a 
Constituição não permite que a lei viole o 
direito adquirido. Dessa forma, o ato 
administrativo não poderá ser revogado a fim 
prejudicar o direito adquirido. 
 
Atos Integrativos de um Procedimento 
Administrativo: não são passíveis de 
revogação, pois se opera a preclusão do ato 
anterior pela prática do ato sucessivo. A 
preclusão é a perda de se realizar 
determinados atos em uma fase do 
procedimento. 
 
Meros Atos Administrativos ou Atos 
Enunciativos Ex: pareceres, certidões e 
atestados. 
 
 
 
→ 
ADMISSÃO: ato administrativo unilateral e vinculado 
que faculta, a todos que preencherem os requisitos 
legais, o ingresso em repartições governamentais ou 
defere certas condições subjetivas. Exemplo: admissão 
de usuário em biblioteca pública. 
 
AUTORIZAÇÃO: é ato discricionário, "constitutivo e 
precário expedido para a realização de serviços ou a 
utilização de bens públicos no interesse 
predominantemente do particular. Ex.: porte de arma 
 
LICENÇA: constitui ato administrativo unilateral, 
declaratório e vinculado que libera, a todos que 
preencham os requisitos legais, o desempenho de 
atividades em princípio vedadas pela lei. Trata-se de 
manifestação do poder de polícia administrativo 
desbloqueando atividades cujo exercício depende de 
autorização da Administração. Exemplo: licença para 
construir. 
 
PERMISSÃO: é ato discricionário e "precário que 
faculta o exercício de serviço de interesse coletivo ou a 
utilização de bem público. Difere da autorização 
porque a permissão é outorga no interesse 
predominante da coletividade. Ex: permissão para 
taxista. 
 
 VINCULADO: SEM R 
DISCRICIONÁRIO: COM R 
 
 
ANÁLISE DO ASSUNTO NAS PROVAS 
FUMARC PROVAS DE 
INVESTIGADOR E 
ESCRIVÃO 
TOTAL DE 
QUESTÕES 
DA BANCA 
Nº EM 
CONCURSOS 
POLICIAIS 
Total QC - 13 questões 
 
11 7 BAIXA INCIDÊNCIA 
 
• SERVIÇOS PÚBLICOS 
CONCEITO: 
- Toda atividade de uma coletividade pública visando a 
satisfazer um objetivo de interesse geral. 
- “Serviço público é todo aquele prestado pela 
Administração ou por seus delegados, sob normas e 
controles estatais, para satisfazer necessidades 
essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples 
conveniências do Estado.” 
- “toda atividade material que a lei atribui ao Estado 
para que a exerça diretamente ou por meio de seus 
delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente 
às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou 
parcialmente de direito público”. 
** a expressão “serviço público” abrange atividades 
que, por sua essencialidade ou relevância para a 
coletividade, foram assumidas pelo Estado, com ou 
sem exclusividade. 
PRINCÍPIOS: 
GENERALIDADE: os serviços públicos devem ser 
prestados com maior amplitude possível, beneficiar 
o maior número de pessoas. 
 
Devem ser prestados sem discriminação entre os 
beneficiários, quando tenham estes as mesmas 
condições técnicas e jurídicas para a fruição. 
 
CONTINUIDADE: os serviços públicos não devem 
sofrer interrupção. 
 
EFICIÊNCIA: o Estado deve prestar seus serviços com 
maior eficiência possível. Conexo com o princípio da 
continuidade. 
 
MODICIDADE: os serviços devem ser remunerados a 
preços módicos, devendo o Poder Público avaliar o 
poder aquisitivo do usuário para que, por 
dificuldades financeiras, não seja ele alijado do 
universo de beneficiários do serviço. 
 
 
 
ANÁLISE DO ASSUNTO NAS PROVAS 
FUMARC PROVAS DE 
INVESTIGADOR E 
ESCRIVÃO 
TOTAL DE 
QUESTÕES 
DA BANCA 
Nº EM 
CONCURSOS 
POLICIAIS 
Total QC - 30 questões 
 
12 4 BAIXA INCIDÊNCIA 
 
 
• RESPONSABILIDADE CIVIL DO 
ESTADO 
Art. 37, §6º, CF. As pessoas jurídicas de direito público 
e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito 
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou 
culpa. 
 
1. RESPONSABILIDADE 
EXTRACONTRATUAL/CIVIL DO ESTADO 
A responsabilidade civil contempla a indenização do 
Estado por danos materiais e morais. Quando o agente 
pratica uma conduta em nome do Estado, este terá que 
responder se essa conduta ocasionar um dano a um 
particular. 
Quando um agente pratica uma conduta, pode gerar 
uma responsabilização administrativa, uma 
responsabilização penal e uma responsabilização civil. 
Na responsabilização civil, a ação é contra o Estado. O 
Estado, uma vez condenado, entra com uma ação de 
regresso contra o agente. 
Responsabilidade 
SUBJETIVA 
DEPENDE de dolo ou culpa do 
agente 
Responsabilidade 
OBJETIVA 
NÃO DEPENDE de provar dolo 
ou culpa 
Responsabilidade 
COMISSIVA/AÇÃO 
Decorre da PRÁTICA de uma 
conduta. Objetiva. 
Responsabilidade 
OMISSIVA 
Ocorre quando o agente deixa 
de impedir um dano. Regra 
subjetiva. 
 
 O Estado responde OBJETIVAMENTE pelos 
danos causados aos particulares. 
 UMA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO 
RESPONDE POR DANOS CONFORME O REGIME 
DE RESPONSABILIDADE OBJETIVA, 
INDEPENDENTEMENTE DA ATIVIDADE QUE 
EXERÇA. 
 O STF definiu que há RESPONSABILIDADE CIVIL 
OBJETIVA (dever de indenizar danos causados 
independente de culpa) das empresas que 
prestam serviço público mesmo em relação a 
terceiros, ou seja, aos não usuários. 
 É admissível a reponsabilidade civil do Estado 
por atos lícitos, com fundamento no princípio 
da igualdade, e não há óbice jurídico ao seu 
reconhecimento na via administrativa. 
 
******** Tanto a reparação do dano quanto a 
cobrança são PRESCRITÍVEIS. 
SÚMULA 647 STJ - São imprescritíveis as ações 
indenizatórias por danos morais e materiais 
decorrentes de atos de perseguição política 
com violação de direitos fundamentais 
ocorridos durante o regime militar 
 
TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO: o Estado teria 
que arcar com um risco natural decorrente de suas 
numerosas atividades. A teoria do risco administrativo 
é um tipo de responsabilidade e, por essa teoria, o 
Estado pode alegar um fator de exclusão – não é um 
garantidor universal, não é um segurador universal. 
Não é porque o Estado estava na relação que sempre 
será obrigado a pagar a conta – pode alegar fatores de 
exclusão da sua responsabilidade. Existe a 
responsabilidade pelo risco integral e a 
responsabilidade pela teoria do risco administrativo, 
que é a regra geral da CF. 
 
 REGRA GERAL (responsabilidade penal, civil e 
administrativa) 
1. Não produção de efeitos da sentença 
penal sobre as demais esferas. Exceto 
absolvição que negue a existência do fato 
criminoso ou a sua autoria. 
2. Existindo conduta culposa, que cause 
danos a terceiros, existe a possibilidade de 
o servidor ser responsabilizado nas três 
esferas. 
 
 ATUALMENTE aceita-se a responsabilidade do 
Estado por atos legislativos pelo menos nas 
seguintes hipóteses: 
a) Leis inconstitucionais 
b) Atos normativos do Poder Executivo e de 
entes administrativos com função 
normativa, com vícios de 
inconstitucionalidade ou ilegalidade 
c) Lei de efeitos concretos, constitucionais ou 
inconstitucionais 
d) Omissão do poder de legislar e 
regulamentar. 
 
2. EVOLUÇÃO – TEORIAS 
 
a) IRRESPONSABILIDADE: No Estado absolutista 
a teoria vigente era a da irresponsabilidade do 
Estado. Nos Estados absolutistas a figura do 
Estado se confundia com a figura do próprio rei 
– o rei era o Estado, o Estado era o rei, os dois 
se confundiam. O Estado nunca errava porque 
o rei nunca erra. 
b) CIVILISTAS: À medida em que o Estado 
absolutista entra em decadência no final do 
século XVIII, surgem novos modelos de Estado, 
o Estado de Direito, um Estado baseado em 
outras premissas, um Estado baseado na lei. 
Iniciou fazendo a diferenciação entre atos de 
império e gestão – responsabilidade 
SUBJETIVA para atos de gestão. O agente teria 
de ser identificado e a culpa do agente devia 
ser demonstrada para que o Estado tivesse 
responsabilização.c) PUBLICISTAS: 
CULPA 
ADMINISTRATIVA / 
DO SERVIÇO / 
ANÔNIMA 
RESPONSABILIDADE 
OBJETIVA / TEORIA 
DO RISCO 
teoria baseada na 
culpa, não do 
agente, mas uma 
culpa 
administrativa. 
Alguns chamavam 
de culpa anônima 
porque já não era 
necessária a 
identificação do 
agente: a culpa é da 
Administração, a 
culpa é do serviço, 
mas uma culpa 
presumida. 
 
Era necessário 
provar que o 
Estado: 
• Não funcionou 
• Funcionou mal 
•Funcionou 
atrasado 
Para assim 
caracterizar a 
responsabilidade. 
teoria de uma 
responsabilidade 
objetiva, não discute 
culpa. 
 
Os elementos da 
Responsabilidade 
Objetiva são: 
conduta, dano e o 
nexo causal. É 
necessário provar 
que entre a conduta 
do Estado e o dano ao 
particular houve uma 
relação de 
causa/efeito – o 
resultado foi 
resultado da conduta 
do Estado. 
 
 
 
TEORIAS DO RISCO 
a) Administrativo: existem fatores de exclusão 
da responsabilidade. O Estado pode alegar 
alguns fatores da sua exclusão da 
responsabilidade. O Estado pode alegar culpa 
exclusiva da vítima. 
b) Integral: A teoria do Risco Integral não admite 
fator de exclusão. 
 
 Qual é a teoria adotada pela Constituição 
Federal no art. 37, § 6º? Adotou a teoria do 
Risco Administrativo como regra geral: o 
Estado tem responsabilidade, mas poderá 
alegar fatores de exclusão. 
 
RESPONSABILIDADE 
SUBJETIVA 
RESPONSABILIDADE 
OBJETIVA 
Conduta 
Dano 
Nexo causal 
Conduta 
Dano (moral – material) 
 
3. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
EXCLUDENTES 
- CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA: quando verificada a 
culpa exclusiva da vítima, será afastada a 
responsabilidade do Estado, de maneira que não 
caberá a ele fazer nenhum tipo de indenização. Ex.: 
suicídio de alguém em via pública. 
A culpa da vítima pode excluir ou ATENUAR A 
RESPONSABILIDADE. 
- CASO FORTUITO/FORÇA MAIOR: o caso fortuito e a 
força maior dizem respeito a situações do campo da 
imprevisibilidade, fatos imprevistos ou inevitáveis, que 
decorrem da ação da natureza ou da ação humana (ato 
de terceiro), afastando a responsabilidade do Estado. 
As pessoas jurídicas de direito 
público e as de direito privado 
prestadoras de serviços 
públicos responderão 
União, Estados, DF, 
Municípios, concessionários, 
permissionários. 
 
Obs.: José dos Santos Carvalho 
Filho (2009, p. 529) 
compreende que os Serviços 
Sociais Autônomos estão 
incluídos na regra da 
responsabilidade objetiva do 
Estado. 
Obs.: Empresa pública e 
sociedade de economia mista 
que exploram atividade 
econômica – responsabilidade 
subjetiva. 
pelos danos que seus agentes, 
agindo nessa qualidade 
Agentes: qualquer um que 
exerça função pública. Basta 
que seja nessa qualidade. 
causarem a terceiros Na omissão, a 
responsabilidade será 
subjetiva; na ação, 
responsabilidade objetiva. 
assegurado o direito de 
regresso contra o responsável 
nos casos de dolo ou culpa. 
Estado responde na forma 
objetiva. Agente responde em 
ação regressiva. Depende de 
demonstração de dolo ou 
culpa (subjetiva). 
 
4. AÇÃO REGRESSIVA 
A ação regressiva consiste na ação de regresso contra 
o agente, de modo que a ação se dará pela vítima 
contra o Estado, ou seja, contra a pessoa que tem 
responsabilidade objetiva, que, mediante a 
condenação, postulará ação regressiva contra o 
agente.

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