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Antimicrobianos: Mecanismos de Ação e Resistência Professora: Drª. Emanuelle Karine Frota Batista Centro Universitário UNINOVAFAPI Curso de Medicina Veterinária Disciplina: Microbiologia Aplicada à Ciências Agrárias ✓ Compostos sintéticos ou modificados quimicamente que matam ou inibem o crescimento de bactérias QUIMIOTERÁPICOS Quinolonas: Ciprofloxacina (CIPRO)/ Norfloxacina/ Levofloxacina Enrofloxacina (Veterinária) Sulfonamidas: Sulfametoxazol-Trimetoprim (BACTRIM) ANTIBIÓTICOS ✓ Compostos de baixo peso molecular que matam ou inibem o crescimento de bactérias sensíveis ✓ Produzido por microrganismos: Penicilina (1928) Estreptomicina (1944) Cloranfenicol (1947) Polimixina (1947) Penicillium notatum Streptomyces griséus Streptomyces venezuelae Bacillus polymyxa ANTIBIÓTICOS o Atividade antibiótica – 1º relato o Efeito lítico de uma colônia do fungo Penicillium notatum ao redor de colônias de estafilococos em uma placa de cultura o Princípio ativo do fungo - penicilina CLASSIFICAÇÃO DOSANTIMICROBIANOS 1. Espectro de Atividade • Espectro dirigido • Amplo espectro 2. Estrutura Química 3. Ação • Bacteriostático • Bactericida CLASSIFICAÇÃO DOSANTIMICROBIANOS Mecanismos de Ação/ Estrutura Química ✓ Inibição da síntese de parede ✓ Alteração da integridade da membrana ✓ Inibição da síntese protéica ✓ Inibição da síntese de ácidos nucléicos MECANISMO DE AÇÃO ESTRUTURA QUÍMICA ➢ Inibição da síntese da parede celular β-lactâmicos: PBPs (protein binding penicillin) Glicopeptídeos: Precursores do peptidoglicano Mecanismos de Ação: inibição da parede Bactericida ESTRUTURA QUÍMICA o Alvo: Transpeptidase – enzima que atua na formação do peptidoglicano (Protein binding penicillin) ➢ Inibição da síntese da parede celular - β-lactâmicos ESTRUTURA QUÍMICA o Ação: Inibem síntese da parede (Bactericida – lise celular) o Espectro: Gram-positivos e/ou Gram-negativos o Penicilinas e as Cefalosporinas ➢ Inibição da síntese da parede celular – β-lactâmicos Penicilina Naturais Penicilina G Amino Penicilinas Ampicilina Amoxicilina Penicilinas Β-LACTÂMICOS O S CH3 CH3 N H R O N COOH Anti-estafilocócica Cloxacilina, Meticilina, Oxacilina Anti-Pseudomonas Carbenicilina Ticarcilina Piperacilina 1G: Cefalotina, Cefazolina 2G: Cefaclor 3G: Cefotaxima Ceftriaxona Ceftazidima Cefalosporinas + Avibactam (KPC) Ceftiofur (Veterinário) Cefovecina (Veterinário) 4G: Cefepime (Maxipime) 5G: Ceftarolina (MRSA) Ceftobiprole (MRSA) Β-LACTÂMICOS Staphylococcus aureus resistente à meticilina ESTRUTURA QUÍMICA ➢ Inibição da síntese da parede celular – Glicopeptídeos o Alvo: subunidades N-ácido acetilmuramico e N- acetilglucosamina o Ação: Inibem síntese da parede durante sua multiplicação (Bactericida) o Espectro: Gram positivos Vancomicina Teicoplanina ▪ Quinolonas ESTRUTURA QUÍMICA o Alvo: DNA girasse - enzima que separa as fitas de DNA durante a replicação bacteriana o Ação: Inibição da transcrição de DNA o Espectro: Gram positivos e Gram negativos ➢ Inibição da síntese de ácidos nucléico ESTRUTURA QUÍMICA ➢ Inibição da síntese de ácidos nucléico ▪ Quinolonas PABA Essencial na síntese do ácido fólico ➢ Inibição da síntese de ácidos nucléico ESTRUTURA QUÍMICA ▪ Sulfas Glutamato ▪ Aminoglicosídeos ESTRUTURA QUÍMICA o Alvo: Subunidade 30S do ribossoma o Ação: Inibição da síntese de proteínas o Espectro: Gram positivos e Gram negtivos ➢ Inibição da síntese protéica ▪ Macrolídeos ESTRUTURA QUÍMICA o Alvo: Subunidade 50S do ribossoma o Ação: Inibição da síntese de proteínas o Espectro: Gram positivos ➢ Inibição da síntese protéica • Eritromicina • Azitromicina • Claritromicina ▪ Tetraciclinas ESTRUTURA QUÍMICA o Alvo: Subunidade 30S do ribossoma o Ação: Inibição da síntese de proteínas o Espectro: Gram positivos e Gram negativos, Mycoplasma, Chlamydia, Rickettsia. ➢ Inibição da síntese protéica • Tetraciclina • Doxiciclina • Minociclina ESTRUTURA QUÍMICA ➢ Inibição da síntese protéica ▪ Polimixinas ESTRUTURA QUÍMICA o Alvo: Membrana citoplásmica o Ação: Disrupção o Espectro: Gram negativos ➢ Inibição da função da membrana celular • Polimixina B • Polimixina E (colistina) CLASSIFICAÇÃO DOSANTIMICROBIANOS ➢ Ação: o Bacteriostático o Inibem o crescimento da bactéria, permitindo que o sistema imunológico do hospedeiro elimine a infecção o Bactericida o Lesão irreversível e morte da celula bacteriana BACTERIOSTÁTICO VS BACTERICIDA o Bactericida: Penicilinas Cefalosporinas Vancomicina Aminoglicosídeos Polipeptídeos Quinolonas o Bacteriostático: Sulfonamidas Tetraciclinas Eritromicina MECANISMOS DE RESISTÊNCIA ➢ Como se gera a resistência? Pressão seletiva in vitro COMO SE GERA A RESISTÊNCIA? Microbiota Resistência intermediária Resistência COMO PRODUZIR BACTÉRIAS RESISTENTES? Pressão seletiva in vivo: criação intensiva Alta densidade de animais em espaço reduzido + Fácil circulação de patógenos + Condições de higiene deficientes + Amplo uso de antimicrobianos e desinfetantes (profilático/promotor) Webster P CMAJ2009;181:21-24 1.População deumabactéria emprocessodemultiplicação minutos, horas,dias, meses tempo 2. Processodecrescimento edivisão produzemnaturalmente células mutantes 3. População continua multiplicação, e originandoocasionalmente, mais células mutantes Células são expostas a um composto antimicrobiano Pressãoseletiva 4. Células sãomortasouimpedidasde multiplicação pela antimicrobiano com exceção dosmutantesresistentes aoantimicrobiano específico. 5. Osmutantescontinuamcomocrescimento napresença doantimicrobiano e iniciam dispersãopelo ambiente RESISTÊNCIA RESULTANTE DE MUTAÇÃO Perda do fator de resistência (“Cura”) (Repiques frequentes, uso de substâncias químicas) Resistência Extra-Cromossômica Plasmídeos Plasmídeo R (possuir o segmento FTR - Plamídeo F) (fator de transferência de resistência) RESISTÊNCIA RESULTANTE DE RECOMBINAÇÃO GENÉTICA 1. Duas populaçõesbacterianasAe B crescem emummesmoambiente. A espécie B éresistente adrogaX. 2. Troca de DNA(elementos genéticos móveis) ocorreentre células embaixa frequência. 3. Células daespécieArecebem ogende resistência a droga X, presente no elemento genético móvel da espécie B. Pressãoseletiva Bactérias são expostas a droga X. 4. Napresença dadrogaX, ascélulas da espécieAquereceberam genda resistência da espécie Bsão capazes de multiplicar-se enquantoqueas células originalmente sensíveis não multiplicam-se. MECANISMOS DA RESISTÊNCIA MECANISMOS DA RESISTÊNCIA Alteração da entrada do antibiótico – diminuição da permeabilidade MECANISMOS DA RESISTÊNCIA Alteração estrutural do sítio de ação MECANISMOS DA RESISTÊNCIA Inativação enzimática do antibiótico ▪ ꞵ-lactamase MECANISMOS DA RESISTÊNCIA Efluxo do antibiótico ASSOCIAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS o Infecções graves, sem diagnóstico definido o Infecções mistas o Redução da dose do fármaco – tóxicos o Evitar o aparecimento de resistência bacteriana o Conseguir efeito sinérgico Antimicrobianos: Mecanismos de Ação e Resistência Professora: Drª. Emanuelle Karine Frota Batista Centro Universitário UNINOVAFAPI Curso de Medicina Veterinária Disciplina: Microbiologia Aplicada à Ciências Agrárias Slide 1 Slide 2: QUIMIOTERÁPICOS Slide 3: ANTIBIÓTICOS Slide 4: ANTIBIÓTICOS Slide 5: CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS Slide 6: Classificação dos Antimicrobianos Slide 7: MECANISMO DE AÇÃO Slide 8: ESTRUTURA QUÍMICA Slide 9 Slide 10: ESTRUTURA QUÍMICA Slide 11: ESTRUTURA QUÍMICA Slide 12: β-lactâmicos Slide 13: β-lactâmicos Slide 14: ESTRUTURA QUÍMICA Slide 15: Estrutura Química Slide 16: Estrutura Química Slide 17: Estrutura Química Slide 18: Estrutura Química Slide 19: Estrutura Química Slide 20: Estrutura Química Slide 21: Estrutura Química Slide 22: Estrutura QuímicaSlide 23: Classificação dos Antimicrobianos Slide 24: Bacteriostático vs Bactericida Slide 25: MECANISMOS DE RESISTÊNCIA Slide 26: Como se gera a resistência? Slide 27: Como produzir bactérias resistentes? Slide 28: Resistência resultante de Mutação Slide 29 Slide 30: Resistência resultante de Recombinação Genética Slide 31: MECANISMOS DA RESISTÊNCIA Slide 32: MECANISMOS DA RESISTÊNCIA Slide 33: MECANISMOS DA RESISTÊNCIA Slide 34: MECANISMOS DA RESISTÊNCIA Slide 35: MECANISMOS DA RESISTÊNCIA Slide 36: Associação de antibióticos Slide 37