Prévia do material em texto
CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II Professor Dr. Doherty Andrade Revisora técnica Me. Taís Saito GRADUAÇÃO Unicesumar C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; ANDRADE, Doherty. Cálculo Diferencial e Integral ll. Doherty Andrade. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2016. 257 p. “Graduação - EaD”. 1. Cálculo. 2. Diferencial. 3. Integral. 4. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 515.5 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828 Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - Núcleo de Educação a Distância Direção Operacional de Ensino Kátia Coelho Direção de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Direção de Operações Chrystiano Mincoff Direção de Mercado Hilton Pereira Direção de Polos Próprios James Prestes Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida Direção de Relacionamento Alessandra Baron Gerência de Produção de Conteúdo Juliano de Souza Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Coordenador de Conteúdo Ivnna Gurniski Design Educacional Isabela Agulhon Ventura Iconografia Amanda Peçanha dos Santos Ana Carolina Martins Prado Projeto Gráfico Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho Arte Capa André Morais de Freitas Editoração Matheus Felipe Davi Revisão Textual Yara Martins Dias Daniela Ferreira dos Santos Ilustração Marta Sayuri Kakitani Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para liderança e so- lução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho. Cada um de nós tem uma grande responsabilida- de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos- sos farão grande diferença no futuro. Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar assume o compromisso de democratizar o conhe- cimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros. No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi- tário Cesumar busca a integração do ensino-pes- quisa-extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consci- ência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade. Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al- meja ser reconhecido como uma instituição uni- versitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con- solidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrati- va; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relaciona- mento permanente com os egressos, incentivan- do a educação continuada. Diretoria Operacional de Ensino Diretoria de Planejamento de Ensino Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu- nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con- tribuindo no processo educacional, complementando sua formação profissional, desenvolvendo competên- cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessá- rios para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de cresci- mento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis- so, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza- gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica. A U TO R Professor Dr. Doherty Andrade Pós-doutorado pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/1998). Doutorado em Matemática pela Universidade de São Paulo (USP/1994). Mestrado em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio/1984). Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES/1980). Atualmente é professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM). APRESENTAÇÃO CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL IIAPRESENTAÇÃO Seja bem-vindo(a) à segunda disciplina de Cálculo. Neste texto, vamos estender os conceitos e resultados apresentados na disciplina Cálculo I para funções de várias variáveis. Essa extensão cria algumas dificuldades que vamos superá-las com exemplos, interpretações físicas e geométricas. Não é o objetivo deste livro apresentar as demonstrações de todos os resultados estudados aqui, em muitos casos, procuraremos dar boas justificativas para eles. Os exemplos e exercícios propostos estão distribuídos ao longo das unidades e fazem parte do plano de estudos. Ao final de cada unidade, apresentamos uma lista de atividades e suas respostas. Muitos dos resultados abordados aqui podem ser estendidos para o espaço geral R n, mas nos limitaremos a enunciá-los e utilizá-los nos espaços R2 e R 3. Na unidade I, estudaremos um pouco sobre curvas parametrizadas, funções reais de variáveis reais e os três sistemas de coordenadas: polares, cilíndricas e es- féricas. Para função de duas e três variáveis, vamos aprender a determinar seu domínio e a esboçar as curvas de nível e quando possível,o seu gráfico. As curvas de nível ajudam na tarefa de visualizar o gráfico e o comportamento da função. Na Unidade II, apresentaremos as noções de limites e continuidade de funções reais de duas e três variáveis reais. Veremos a definição de limite e apresentamos as suas principais propriedades. Mostraremos, também, uma breve introdução aos conceitos topológicos do plano e do espaço, tais como ponto interior, ponto de i acumulação e fronteira de um conjunto; conjuntos abertos e conjuntos fechados. No estudo das funções contínuas, apresentaremos o conceito e suas principais propriedades, bem como o teorema de Weierstrass, que garante a existência de, ao menos, um ponto de máximo e de um ponto de mínimo para funções contínuas e definidas sobre conjuntos limitados e fechados do R2 ou R3. A terceira unidade é dedicada à noção de derivada parcial e suas aplicações. Apre- sentaremos nesta unidade, a definição de derivada parcial, introduziremos as nota- ções mais usuais, as propriedades da derivaçãoPara fun 1 real, entao, 1. y = cf(x) alonga verticalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c. 2. y = -f(x) reflete o grafico de y = f(x) em torno do eixo x. 3. y = f(cx) comprime horizontalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c. 4. y = f( -x) reflete o grafico de y = f(x) em torno do eixo y. 5. y = if(x) comprime verticalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c. 6. y = JG) alonga horizontalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c. Essas observa 0, a equação em coordenadas polares r = a representa um círculo de centro na origem e raio a. De fato, elevando ao quadrado, temos r2 = a2 e disso segue que x2 + y2 = a2. 2. Dado um real a, a equação em coordenadas polares θ = a representa uma reta que passa pela origem com inclinação tg (a). De fato, como tg (θ)= y x , segue que y = tg (a)x. 3. Esboçar o gráfico da cardióide r = 2 − 2cos(θ). Para esboçar o gráfico, devemos atribuir a θ vários valores no intervalo [0,2π) e obter os corres- pondentes valores de r, depois marcar cada ponto no plano polar. Nesse exemplo, organizamos uma tabela contendo os valores de θ e de r para fa- cilitar a marcação dos pontos. Tabela 1: Dados para a cardióide θ r θ r 0.0 0.0 . . 0.1 π 0.098 1.1 π 3.902 0.2 π 0.382 1.2 π 3.618 0.3 π 0.824 1.3 π 3.176 0.4 π 1.382 1.4 π 2.618 0.5 π 2.0 1.5 π 2.0 0.6 π 2.618 1.6 π 1.382 0.7 π 3.176 1.7 π 0.824 0.8 π 3.618 1.8 π 0.382 0.9 π 3.902 1.9 π 0.098 1.0 π 4.0 2.0 π 0.0 Fonte: o autor. Veja o gráfico da cardióide a seguir. 27 FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E40 Figura 16: Cardioide r = 2-2cos(0) Fonte: o autor. 4. Transforme a equa( J(-sen(t))2 +r 2 dt s fo21t J (- sen (t) ) 2 + (1 + cos(t) )2 dt s fo21t J sen 2(t) + cos2 (t) + 1 + 2cos(t)dt s fo21t J2(1 +cos(t))dt = fo21t 4cos2 (&)dt s fo21t 2 lcos (&) 1 dt = 2 !o re 2cos (&) dt s 8 sen (&) 1: = 8 unidades de comprimento. 3.3 Coordenadas Cilíndricas O sistema de coordenadas cilíndricas é uma generalização do sistema de coorde nadas polares. As coordenadas cilíndricas (r, 0,z) de um ponto no espaço são uma composição de coordenadas polares ( r, 0) de um ponto no plano .xy e o uso da mesma coordenada retangular z. Esse sistema é mais adequado para descrever superfícies cilíndricas. Por exemplo, a equação r = e ( e > O constante) descreve um cilindro de raio e. 30 = 1 + cos(t), com t E [O, 21t]. SegueLogo, temos a parametrização 0 =te r(t) que: S J: (�)'+ (r�rdt= ( J(-sen(t))2 +r 2 dt s fo21t J (- sen (t) ) 2 + (1 + cos(t) )2 dt s fo21t J sen 2(t) + cos2 (t) + 1 + 2cos(t)dt s fo21t J2(1 +cos(t))dt = fo21t 4cos2 (&)dt s fo21t 2 lcos (&) 1 dt = 2 !o re 2cos (&) dt s 8 sen (&) 1: = 8 unidades de comprimento. 3.3 Coordenadas Cilíndricas O sistema de coordenadas cilíndricas é uma generalização do sistema de coorde nadas polares. As coordenadas cilíndricas (r, 0,z) de um ponto no espaço são uma composição de coordenadas polares ( r, 0) de um ponto no plano .xy e o uso da mesma coordenada retangular z. Esse sistema é mais adequado para descrever superfícies cilíndricas. Por exemplo, a equação r = e ( e > O constante) descreve um cilindro de raio e. 30 Sistemas Especiais de Coordenadas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 43 Figura 17: Sistema de coordenadas cilfndricas P (r, (} , z) z X Fonte: o autor. Por meio da figura 17, podemos concluir que: x = rcos(0), y = rsen (0), z = z, em que r � 0 e 0 E [O, 21t). • Exemplo 10 1. A esfera .x2 + y2 + z2 = a2 tern equa, 0) de um ponto P do espa, 0) de um ponto P do espa, 0) de um ponto P do espa e o angulo entre entre OP e o serni-eixo positivo dos z's. Assim, podemos escolher sempre no intervalo [O, 1t]. Finalmente, 8 e o angulo familiar das coordenadas cilindricas, isto e, 8 e a coordenada angular do ponto Q com o eixo dos x's, em que Q e o ponto obtido da proje e 8 sao medidos em radianos. E importante no tar a ordem em que as coordenadas esf ericas de um ponto sao apresentadas: (p, , 8). Figura 18: Sistema de coordenadas esfericas P(p,,.., /J) y X Fonte: o autor. Esse sistema e mais adequado para descrever superficies esfericas. A equa 0 constante), descreve uma esfera de raio c centrada na origem. Da figura 18, temos que: x = p sen () cos(8),y = p sen () sen (8) e z = pcos(), em que p � 0,8 E [0,21t) e E [0,1t]. Essas equa e o angulo entre entre OP e o serni-eixo positivo dos z's. Assim, podemos escolher sempre no intervalo [O, 1t]. Finalmente, 8 e o angulo familiar das coordenadas cilindricas, isto e, 8 e a coordenada angular do ponto Q com o eixo dos x's, em que Q e o ponto obtido da proje e 8 sao medidos em radianos. E importante no tar a ordem em que as coordenadas esf ericas de um ponto sao apresentadas: (p, , 8). Figura 18: Sistema de coordenadas esfericas P(p,,.., /J) y X Fonte: o autor. Esse sistema e mais adequado para descrever superficies esfericas. A equa 0 constante), descreve uma esfera de raio c centrada na origem. Da figura 18, temos que: x = p sen () cos(8),y = p sen () sen (8) e z = pcos(), em que p � 0,8 E [0,21t) e E [0,1t]. Essas equa e o angulo entre entre OP e o serni-eixo positivo dos z's. Assim, podemos escolher sempre no intervalo [O, 1t]. Finalmente, 8 e o angulo familiar das coordenadas cilindricas, isto e, 8 e a coordenada angular do ponto Q com o eixo dos x's, em que Q e o ponto obtido da proje e 8 sao medidos em radianos. E importante no tar a ordem em que as coordenadas esf ericas de um ponto sao apresentadas: (p, , 8). Figura 18: Sistema de coordenadas esfericas P(p,,.., /J) y X Fonte: o autor. Esse sistema e mais adequado para descrever superficies esfericas. A equa 0 constante), descreve uma esfera de raio c centrada na origem. Da figura 18, temos que: x = p sen () cos(8),y = p sen () sen (8) e z = pcos(), em que p � 0,8 E [0,21t) e E [0,1t]. Essas equa e o angulo entre entre OP e o serni-eixo positivo dos z's. Assim, podemos escolher sempre no intervalo [O, 1t]. Finalmente, 8 e o angulo familiar das coordenadas cilindricas, isto e, 8 e a coordenada angular do ponto Q com o eixo dos x's, em que Q e o ponto obtido da proje e 8 sao medidos em radianos. E importante no tar a ordem em que as coordenadas esf ericas de um ponto sao apresentadas: (p, , 8). Figura 18: Sistema de coordenadas esfericas P(p,,.., /J) y X Fonte: o autor. Esse sistema e mais adequado para descrever superficies esfericas. A equa 0 constante), descreve uma esfera de raio c centrada na origem. Da figura 18, temos que: x = p sen () cos(8),y = p sen () sen (8) e z = pcos(), em que p � 0,8 E [0,21t) e E [0,1t]. Essas equao Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 45 cooordenada esferica e o angulo entre entre OP e o serni-eixo positivo dos z's. Assim, podemos escolher sempre no intervalo [O, 1t]. Finalmente, 8 e o angulo familiar das coordenadas cilindricas, isto e, 8 e a coordenada angular do ponto Q com o eixo dos x's, em que Q e o ponto obtido da proje e 8 sao medidos em radianos. E importante no tar a ordem em que as coordenadas esf ericas de um ponto sao apresentadas: (p, , 8). Figura 18: Sistema de coordenadas esfericas P(p,,.., /J) y X Fonte: o autor. Esse sistema e mais adequado para descrever superficies esfericas. A equa 0 constante), descreve uma esfera de raio c centrada na origem. Da figura 18, temos que: x = p sen () cos(8),y = p sen () sen (8) e z = pcos(), em que p � 0,8 E [0,21t) e E [0,1t]. Essas equa O tem equação em coordenadas esféricas dada por p = a. 2. A equação = e em que O =�descreve o plano xy. Note que p � O e 8 são quaisquer. 4. Esboce o gráfico da equação esférica p = 4cos(). Para facilitar o esboço podemos passar para coordenadas retangulares. Multiplicando por p, obte mos p2 = 4pcos(). De onde segue que: x2 + y2 + z2 = 4z, o que pode ser reescrito como x2 + y2 + (z- 2)2 = 4, que é uma esfera com centro em (0,0,2) e raio r = 2. 33 FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E46 CONSIDERAÇÕES FINAIS 47 48 LEITURA COMPLEMENTAR Curvas Cônicas Uma curva cônica no plano é um conjunto de pontos cujas coordenadas em relação a base canônica satisfaz a equação geral do segundo grau nas variáveis x, y: Ax2+Bxy+Cy2+Dx+Ey+F =0, em que A ou B ou C é diferente de zero. Esta expressão envolve uma forma quadrática: Q(x,y) =Ax2+Bxy+Cy2, e uma forma linear L(x,y) = Dx+ Ey e uma constante F. Vamos revê-las: Exemplos: ( a) Circunferência: x2 + y2 = r2 . . x2 y2 (b) Ehpse: ª2 + b2 = 1. (c) Hipérbole: � - ;: = 1. ( d) Parábola: y2 - Dx = O. (1) As expressões a), b) e c) são chamadas de formas reduzidas das cônicas. A equação (1) pode resultar em casos chamados degenerados. Vejamos algumas destas situações: x2 y2 b 1. Um par de retas concorrentes: 2 - b2 = O resulta em y = ±-x, aqui a=/=- O; a a 2. Um par de retas paralelas: ax2 - b = O resulta em x =±�,aqui ab > O. 3. Uma reta: x2 = O. 36 4. Um ponto: x2 + y2 = O. 5. Um conjunto vazio: x2 + y2 = -1. Superfícies Quádricas Uma quádrica no espaço é um conjunto de pontos cujas coordenadas satisfazem à equação geral do segundo grau nas variáveis x, y, z: Ax2 + By2 + cz2 + Dxy+ Eyz+ Fxz+ Gx+ Hy+ Iz+J = O, (2) em que A ou B ou C ou D ou E ou F é diferente de zero. Como no caso das cônicas, essa expressão envolve uma forma quadrática: Q(x,y,z) =Ax2 +By2+cz2+Dxy+Eyz+Fxz, uma forma linear L(x,y,z) = Gx+Hy+Iz e uma constante J. Exemplos: Quádricas em suas formas reduzidas. (a) Esfera: x2+y2+z2 = r2 . x2 2 2 (b) Elipsóide : 2 + Y2 + \ = 1. a b e x2 y2 z2 ( c) Hipérbóide de uma folha: aZ + b2 - c2 = 1. x2 y2 z2 ( d) Hipérbolóide de duas folhas: -ª2 + b2 - c2 = 1. (e) Parábolóide eliptico: � + �: = cz2 . (f) P 'b l'"d h" b'l" x2 y2 2 ara o 01 e 1per o 1co: -ª2 + b2 = cz . ( )e d,. x2 y2 2g one qua ratico: ª2 + b2 = z . 37 49 4. Um ponto: x2 + y2 = O. 5. Um conjunto vazio: x2 + y2 = -1. Superfícies Quádricas Uma quádrica no espaço é um conjunto de pontos cujas coordenadas satisfazem à equação geral do segundo grau nas variáveis x, y, z: Ax2 + By2 + cz2 + Dxy+ Eyz+ Fxz+ Gx+ Hy+ Iz+J = O, (2) em que A ou B ou C ou D ou E ou F é diferente de zero. Como no caso das cônicas, essa expressão envolve uma forma quadrática: Q(x,y,z) =Ax2 +By2+cz2+Dxy+Eyz+Fxz, uma forma linear L(x,y,z) = Gx+Hy+Iz e uma constante J. Exemplos: Quádricas em suas formas reduzidas. (a) Esfera: x2+y2+z2 = r2 . x2 2 2 (b) Elipsóide : 2 + Y2 + \ = 1. a b e x2 y2 z2 ( c) Hipérbóide de uma folha: aZ + b2 - c2 = 1. x2 y2 z2 ( d) Hipérbolóide de duas folhas: -ª2 + b2 - c2 = 1. (e) Parábolóide eliptico: � + �: = cz2 . (f) P 'b l'"d h" b'l" x2 y2 2 ara o 01 e 1per o 1co: -ª2 + b2 = cz . ( )e d,. x2 y2 2g one qua ratico: ª2 + b2 = z . 37 50 (h) Cilindro: 1. . x2 y2 1 +)2 = a e íptlco : 2 2 hiperbólico : 2 - y 2 = 1, a b parabólico : x = ky2 . A equação (2) pode representar conjuntos de pontos que são denominados dege nerados: 1. Conjunto vazio: x2 = -1. 2. Um ponto: x2 + y2 + z2 = O. 3. Uma reta: x2 + y2 = O. 4. Um plano: z2 = O. 5. Dois planos paralelos: z2 = 1. 6. Dois planos que se cruzam: xy = O. Notemos que tanto (1) como (2) podem ser escritas em uma forma matricial: A D F X X 2 2 [ X y z ] D B E y +[e H I ] y +1=02 2 F E e z z 2 2 Fonte: o autor. Material Complementar #NA WEB# O problema isoperimétrico 38 Material Complementar MATERIAL COMPLEMENTAR (h) Cilindro: 1. . x2 y2 1 +)2 = a e íptlco : 2 2 hiperbólico : 2 - y 2 = 1, a b parabólico : x = ky2 . A equação (2) pode representar conjuntos de pontos que são denominados dege nerados: 1. Conjunto vazio: x2 = -1. 2. Um ponto: x2 + y2 + z2 = O. 3. Uma reta: x2 + y2 = O. 4. Um plano: z2 = O. 5. Dois planos paralelos: z2 = 1. 6. Dois planos que se cruzam: xy = O. Notemos que tanto (1) como (2) podem ser escritas em uma forma matricial: A D F X X 2 2 [ X y z ] D B E y +[e H I ] y +1=02 2 F E e z z 2 2 Fonte: o autor. Material Complementar #NA WEB# O problema isoperimétrico 38 REFERÊNCIASREFERÊNCIAS 52 Referências Bibliográficas [1] ANTON, H.; BI VENS, 1. ; DAVIS, S. Cálculo. V. 1 e 2. 8. ed. Porto Alegre: Ed. Bookaman, 2007. [2] EDWARDS, G. H.; PENNEY, D. E. Calculus with a Analytic Geome try. NJ: Prentice Hall, 1998. [3] LARSON, R. E, HOSTELER, R. P., EDWARDS, D. E. Cálculo com Ge ometria Analítica. Rio de Janeiro: LTC, 1998. [4] LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. V. 1 e 2. 3. ed. São Paulo: Ed. Harbra, 1994. [5] MARSDEN. J. G., TROMBA, A. J .. Vector Calculus. New York: W. H. Freeman and Company, 1981. [6] PROTTER, M. H.; MORREY, C. B. A fisrt course in Real Analysis. New York: Springer, 1991. [7] SIMMONS, G. F. Cálculo com Geometria Analítica. V. 1. São Paulo: Ed. MacGraw-Hill, 1987. [8] STEWART, James. Cálculo. V. 1 e 2. 7. ed. São Paulo: Ed. Cengage Learning, 2013. 40 ATIVIDADES DE ESTUDOS- GABARITO 1. 0 dominio de f(x,y) = � e dado pelos pontos (x,y) do plano em que y 2: x2 . Logo, Dom(!)= { (x,y) E �2 ;y 2: x2 }. 2. 0 domfnio de f(x,y) = xy e dado pelos pontos (x,y) E �2 em y'9-x2-y2 que 9-x2-y2 > 0. Ou seja, pelos pontos (x,y) E �2 tais que x2 + y2 0, obtemos a elipse 4x2 + 9y2 = k. Segue que as curvas de nível sao elipses concentricas e a origem. 4. Para esbo 0. Ou seja,pelos pontos (x,y) E �2 tais que x2 + y2 0, obtemos a elipse 4x2 + 9y2 = k. Segue que as curvas de nível sao elipses concentricas e a origem. 4. Para esbo 0. Ou seja, pelos pontos (x,y) E �2 tais que x2 + y2 0, obtemos a elipse 4x2 + 9y2 = k. Segue que as curvas de nível sao elipses concentricas e a origem. 4. Para esbo 0. Ou seja, pelos pontos (x,y) E �2 tais que x2 + y2 0, obtemos a elipse 4x2 + 9y2 = k. Segue que as curvas de nível sao elipses concentricas e a origem. 4. Para esbo 0. Ou seja, pelos pontos (x,y) E �2 tais que x2 + y2 0, obtemos a elipse 4x2 + 9y2 = k. Segue que as curvas de nível sao elipses concentricas e a origem. 4. Para esbo 0, obtemos circunferencias x2 + y2 = k2 . Segue que as curvas de nível sao circunferencias concentricas. 5. 0 grafico da curva parametrizada dada por x(t) = ,J3t2 e y(t) = 3t- jt3 , onde t E [-3, 3] e o la 0, obtemos circunferencias x2 + y2 = k2 . Segue que as curvas de nível sao circunferencias concentricas. 5. 0 grafico da curva parametrizada dada por x(t) = ,J3t2 e y(t) = 3t- jt3 , onde t E [-3, 3] e o la 0, obtemos circunferencias x2 + y2 = k2 . Segue que as curvas de nível sao circunferencias concentricas. 5. 0 grafico da curva parametrizada dada por x(t) = ,J3t2 e y(t) = 3t- jt3 , onde t E [-3, 3] e o la). (a) Para cada y fixo, tem-se uma parabola no plano xz. Formando, assim, um cilindro. 43 -4 -4 -2 0 x 2 4 -2 0y 2 4 -4 -4 -2 0 x 2 4 -2 0y 2 4 GABARITO (b) Para a superficie z = x2 - y2 dada em coordenadas cartesianas, dese nhamos as curvas de nivel para auxiliar no seu trac;ado. (c) r Para a superffcie z = r2 dada em coordenadas cilindricas, substitufmos e obternos que z = x2 + y2 que e claramente urn parabo1oide. (d) Para a superffcie z = 9- r2 dada em coordenadas cilfndricas, substituf mos r e obtemos q ue z = 9 - x2 - y2 q ue e claramente um paraboloide. (e) Para a superficie p = 2cos(coordenadas cilindricas, substitufmos e obternos que z = x2 + y2 que e claramente urn parabo1oide. (d) Para a superffcie z = 9- r2 dada em coordenadas cilfndricas, substituf mos r e obtemos q ue z = 9 - x2 - y2 q ue e claramente um paraboloide. (e) Para a superficie p = 2cos( 0, e o conjunto, denotado por B(Po, r), dado por: Note que podemos expressar a bola aberta usando norma de vetores: B(Po, r) = { (x,y) E IR2 ; IIPo - (x,y) II 0, e o conjunto, denotado por B(Po, r), dado por: B(Po, r) = { (x,y, z) E JR3 ; (x-xo)2 + (y-yo) 2 + (z-zo) 2 0, denotada por B[Po, r], e definida por: B[Po,r] = {(x,y,z) E JR3 ; IIPo = (x,y,z)II � r}. 48 CONCEITOS BÁSICOS Conceitos Básicos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 63 LIMITES E CONTINUIDADE Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIU N I D A D E64 quando toda bola aberta de centro (x0,y0,z0) contém algum ponto de D, diferente de (x0,y0,z0). Ou seja, ∀ε > 0, ∃(x,y,z) ∈ D; 0 0, :l(x,y,z) ED; 0id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 65 2 LIMITES E CONTINUIDADE Estamos interessados em estudar funções com seguinte comportamento: f (x,y) se aproxima de um número L quando (x,y) do domínio de f se aproxima de (x0,y0). Vamos estender a noção de limite já estudado para funções de uma variável. Em termos matemáticos, definimos: Definição 1 Seja f : D ⊂ R 2 → R e (x0,y0) ∈ D um ponto de acumulação de D. Dizemos que lim (x,y)→(x0,y0) f (x,y) = L se, para todo ε > 0, existe δ > 0 tal que 0 0, existe δ > 0 tal que 0 0, existe δ > 0 tal que se 0 0 queremos determinar δ > 0 tal que se �(x,y)− (1,2)� 0 existe 0 0. Como r = √ x2 + y2 segue que r → 0 quando x e y se aproximam de zero. Assim, temos que lim (x,y)→(0,0) xy √ x2 + y2 = lim r→0 r cos(θ) sen (θ) = 0. 3. Seja f (x,y) = xy x2 + y2 , (x,y) �= 0. Notemos que f não está definida em (0,0). Afirmamos que limite lim(x,y)→(0,0) f (x,y) não existe. Se esse li- mite existe, seu valor não pode depender do modo como as variáveis x e y se aproximam de zero. Então, vamos fazer (x,y) se aproximar de (0,0) por meio de dois caminhos diferentes: (a) Quando y = x. (b) Quando y = 2x. Em (a), y= x, se x �= 0 obtemos que f (x,x)= 1 2 e, portanto, lim (x,x)→(0,0) f (x,y)= 1 2 . Em (b), y = 2x, se x �= 0 obtemos que f (x,2x) = 2 3 e, portanto, lim (x,2x)→(0,0) f (x,y) = 2 3 . Como os limites em (a) e em (b) são diferentes, podemos afirmar que o limite não existe. Voltaremos em breve a esse método. Teorema 4 (Confronto ou Sanduíche) . Sejam f ,g,h : D ⊂ R 2 → R e (x0,y0) ponto de acumulação de D. Suponha que f (x,y) ≤ g(x,y) ≤ h(x,y),∀(x,y) ∈ D. Se lim (x,y)→(x0,y0) f (x,y) = lim (x,y)→(x0,y0) h(x,y) = L, então, lim (x,y)→(x0,y0) g(x,y) = L. Demonstração: como lim(x,y)→(x0,y0) f (x,y) = lim(x,y)→(x0,y0) h(x,y) = L dado ε > 0 existe δ > 0 tal que se 0de cidir se existe o limite: 1. x2-y2 im 2 2·(x,y)--+(0,0) X + y Tomemos x = y e fazemos x ----+ 0, obtemos que o numerador da expressao se anula e, portanto, o limite nesse caso e nulo: x2-y2 lim (x,x)--+(0,0) x2 + y2 lim 0 2 = 0. (x,x)--+(0,0) 2x Tomemos agora x = 2y e fazemos y ----+ 0, obtemos que o numerador da expressao fica igual a 3y2 e, portanto, o limite nesse caso e: . 4y2-y2 hm (2y,y)--+(0,0) 4y2 + y2 1. 3y2 3 (2y,i�O,O) 5y2 5· Assim, ao realizarmos o limite utilizando dois caminhos diferentes, obtemos dois resultados tambem diferentes. Isso mostra que o limite nao existe. 56 (a) Se T : R2 →R é dada por T (x,y) = ax+by+c, então, é contínua em todos os pontos do domínio. De fato, T está definida em todo ponto (x0,y0) do plano R 2. Além disso, lim (x,y)→(x0,y0) T (x,y) = lim (x,y)→(x0,y0) (ax+by+ c) = ax0 +by0 + c = T (x0,y0). Segue da definição que T é contínua em todos os pontos (x0,y0) do plano R 2. (b) Dizemos que f : D ⊆ R 2 →R é Lipschitziana se existe K ≥ 0 tal que | f (x,y)− f (z,w)| ≤ K�(x,y)− (z,w)�, para todo par (x,y),(z,w) ∈ D. Toda função Lipschitziana é contínua. De fato, se K = 0, a função é constante e, portanto, contínua em todo ponto. Se K > 0, dado ε > 0, tomemos 0 0, ∃δ > 0;�(x,y)− (x0,y0)� 0, ∃δ > 0;�(x,y,z)− (x0,y0,z0)� 0, :lo> O; II (x,y) - (xo,Yo) II 0, :lo> O; II (x,y,z)-(xo,Yo,zo) II 0, dado ε > 0, tomemos 0 0, ∃δ > 0;�(x,y)− (x0,y0)� 0, ∃δ > 0;�(x,y,z)− (x0,y0,z0)� 0, dado E > 0, tomemos O(go f) e continua em (xo, Yo) E X. 58 Limites e Continuidade Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 73 N ovamente, o resultado se man tern para func;oes reais com domfnio con ti dos em �3 . Sej a X � �2 . Dizemos que ( xo, yo) e um ponto aderente a X se existe uma sequen cia (xn,Yn) de pontos de X que converge para (xo,Yo). Dizemos que o conjunto X e fechado se contem todos os seus pontos de aderencia. Note que todo x EX e ponto aderente ao conjunto X pois a sequencia constante (x,x,x,x, ... ,) converge para x. Dessa definic;ao, conclufmos que, se X e fechado e (xo,Yo) EX, entao, existe uma sequencia (xn,Yn) de elementos deX tal que (xn,Yn)-+ (xo,Yo). Ao conjunto de todos os pontos de aderencia de X, chamamos de o fecho de X e denotamos por X. Note que todo ponto de acumulac;ao de X e tambem um ponto de aderencia de X. Um conjunto K � �2 , K � �3 ou K c �n e dito compacto, se for limitado e fechado. As bolas fechadas B, B � �2 ou B � �3 sao exemplos de conjuntos compactos. Lembramos que um conjunto X � �2 (ou X � �3 ) e dito limitado se existe uma bola de raio r > 0 contendo esse conjunto. Em outras palavras, X e limitado, se II (x,y) II :S r para todo (x,y) EX. Sao exemplos de conjuntos compactos: as bolas fechadas, B � �2 , B � �3 . Os conjuntos compactos tern propriedades importantes no Calculo. 0 seguinte teorema justifica isso. 0 resultado e geral para conjuntos compactos, mas o enun ciamos apenas para �2 e �3 . Esse teorema e tambem conhecido como princf pio do Min-Max. Teorema 8 (Weierstrass). Seja K � �2 ou K � �3 um conjunto compacto e f: K-+ � umafunr;ao continua. Entao, existem pontos (xo,Yo) e (x1,Y1) em K e numeros reais m e M tais que: m = f(xo,Yo) :S f(x,y) :S f(x1,Y1) = M, \f(x,y) EK. 59 LIMITES E CONTINUIDADE Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIU N I D A D E74 Em autras palavras, f assume valares maxima e minima glabais sabre a canjunta K. N ovamente, esse importante teorema se mantem para furn;oes reais com dominios contidos no JR.n . • Exemplo 6 Considere a func;ao continua f(x,y) = -x2 -y2 definida sobre a bola fechada K = B[(O,O), 1]. Pelo teorema de Weierstrass, f assume o seu ponto de minimo global em um ponto (xo,Yo) de Ke assume o seu ponto de maximo global em um ponto (x1,Y1) de K. Note que, para pontos de K, temos que -1 � f(x,y) � 0. E facil ver que (0,0) e ponto de Kem que f assume o valor maximo. Qualquer ponto no bordo de K, isto e, pontos onde x2 + y2 = 1 satisfazem f(x,y) = -1, esses pontos do bordo de K sao pontos nos quais f assume o seu valor minimo. 0 teorema de Weierstrass da condic;oes para a existencia de pontos de maximo e minimo, mas nao da um metodo de determina-los. Em muitos problemas praticos e importante conhecer esses pontos. Em geral, determinar os pontos de maximo e de minimo de uma func;ao continua nao e simples. Veremos na pr6xima unidade tecnicas envolvendo derivada que nos ajudam nessa busca. CONSIDERA(:'.OES FINAIS Nesta segunda unidade, estudamos Limites e Continuidade de func;oes reais de duas e tres variaveis. Esses assuntos estendem os conceitos ja estudados no Calculo I. Ao estendermos essas noc;oes para func;oes de duas ou mais variaveis, foi necessario introduzir algumas noc;oes basicas de topologia, tais como ponto interior, conjun tos abertos, ponto de acumulac;ao,conjuntos fechados e conjuntos compactos. 60 Considerações Finais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 75 Em autras palavras, f assume valares maxima e minima glabais sabre a canjunta K. N ovamente, esse importante teorema se mantem para furn;oes reais com dominios contidos no JR.n . • Exemplo 6 Considere a func;ao continua f(x,y) = -x2 -y2 definida sobre a bola fechada K = B[(O,O), 1]. Pelo teorema de Weierstrass, f assume o seu ponto de minimo global em um ponto (xo,Yo) de Ke assume o seu ponto de maximo global em um ponto (x1,Y1) de K. Note que, para pontos de K, temos que -1 � f(x,y) � 0. E facil ver que (0,0) e ponto de Kem que f assume o valor maximo. Qualquer ponto no bordo de K, isto e, pontos onde x2 + y2 = 1 satisfazem f(x,y) = -1, esses pontos do bordo de K sao pontos nos quais f assume o seu valor minimo. 0 teorema de Weierstrass da condic;oes para a existencia de pontos de maximo e minimo, mas nao da um metodo de determina-los. Em muitos problemas praticos e importante conhecer esses pontos. Em geral, determinar os pontos de maximo e de minimo de uma func;ao continua nao e simples. Veremos na pr6xima unidade tecnicas envolvendo derivada que nos ajudam nessa busca. CONSIDERA(:'.OES FINAIS Nesta segunda unidade, estudamos Limites e Continuidade de func;oes reais de duas e tres variaveis. Esses assuntos estendem os conceitos ja estudados no Calculo I. Ao estendermos essas noc;oes para func;oes de duas ou mais variaveis, foi necessario introduzir algumas noc;oes basicas de topologia, tais como ponto interior, conjun tos abertos, ponto de acumulac;ao,conjuntos fechados e conjuntos compactos. 60 CONSIDERAÇÕES FINAIS 76 7. Seja f(x,y,z) = x-2y+ 3z+4. Verifique utilizando a defini que lim f(x,y,z) = 10. (x,y,z)--+(1,2,3) { x2-y2 , se (x,y) # (0,0) 8. Verifique que a fun que lim f(x,y,z) = 10. (x,y,z)--+(1,2,3) { x2-y2 , se (x,y) # (0,0) 8. Verifique que a fununicidade de soluc;oes para equac;oes diferenciais e o metodo de Newton-Raphson para soluc;ao numericia de equac;oes. Fonte: Drager e Foote (1986). Material Complementar #LIVRO# Figura 2: Calculo II - Stewart. 63 MATERIAL COMPLEMENTAR Cálculo - Volume 2 James Stewart Editora: Cengage Learning, 2014. Sinopse: O livro trata do conteúdo padrão disciplina de Cálculo ll. O autor usa uma linguagem é simples e clara, apresenta inúmeros exemplos e ilustrações. REFERÊNCIAS 79 Ref erencias Bibliograficas [1] ANTON, H.; BI VENS, I. ; DAVIS, S. Calculo. V. 1 e 2. 8. ed. Porto Alegre: Ed. Bookaman, 2007. [2] EDWARDS, G. H.; PENNEY, D. E. Calculus with a Analytic Geometry. NJ: Prentice Hall, 1998. [3] DRAGER, L. D.; FOOTE, R. L. The contraction mapping lemma and the inverse function theorem in Advanced Calculus. The Teaching of Mathematics, 1986. [4] LARSON, R. E, HOSTELER, R. P., EDWARDS, D. E. Calculo com Geometria Analitica. Rio de Janeiro: LTC, 1998. [5] LEITHOLD, L. 0 Calculo com Geometria Analitica. V. 1 e 2. 3. ed. Sao Paulo: Ed. Harbra, 1994. [6] MARSDEN. J. G., TROMBA, A. J .. Vector Calculus. New York: W. H. Freeman and Company, 1981. [7] PROTTER, M. H.; MORREY, C. B. A fisrt course in Real Analysis. New York: Springer, 1991. [8] SIMMONS, G. F. Calculo com Geometria Analitica. V. 1. Sao Paulo: Ed. MacGraw-Hill, 1987. 65 [9] STEWART, James. Calculo. V. 1 e 2. 7. ed. Sao Paulo: Ed. Cengage Leaming, 2013. ATIVIDADES DE ESTUDOS - GABARITO 1. 2. 3. Para veriflcar que lim 2 xy 2 nao existe, tome os dois caminhos y = (x,y)--+(0,0) X + y x e y = -x. Sohre o primeiro, o limite e i e sobre o segundo o limte e 21 . x2 2 r2 ( cos2 ( 8) - sen 2 ( 8)) U sando coordenadas polares, .#+;z flea #' = r( cos2 ( 8) - xZ +yz r2 sen 2(8)). Quando (x,y)----+ (0,0), temos que r----+ 0, assim, limr(cos2(8) r--+O sen 2(8)) = 0. x4 +y4 U sando coordenadas polares, flea Jx2 +y2 r2 ( cos2 ( 8) - sen 2 ( 8)) _ ( 4 (8) 4 (8)) W, - r cos + sen . Quando (x,y)----+ (0, 0), temos que r----+ 0, assim, limr( cos5(8) + sen 4(8)) = r--+0 0. 4. Vamos usar coordenadas esfericas para mostrar lim 2 � z 2 -(x,y,z)--+(0,0,0) X + Y + Z 0. Passando para coordenadas esfericas, temos que 2 � z 2 = p cos ( 8) sen 2 ( ) sen ( 8) cos ( ) . X +y +z Quando (x,y,z)----+ (0,0), temos que p----+ 0, assim, limpcos(8) sen 2() sen (8)cos() =0. p--+0 5 P 1. . 1· X + y + z - . b . ara mostrar que o 1m1te 1m 2 2 2 nao ex1ste, astar tomar (x,y,z)--+(0,0,0) X + y + Z um caminho onde o limite nao existe. Tome z qualquer tendo a zero e x = y = 0, obtemos que o limite nao existe. 66 GABARITOGABARITO [9] STEWART, James. Calculo. V. 1 e 2. 7. ed. Sao Paulo: Ed. Cengage Leaming, 2013. ATIVIDADES DE ESTUDOS - GABARITO 1. 2. 3. Para veriflcar que lim 2 xy 2 nao existe, tome os dois caminhos y = (x,y)--+(0,0) X + y x e y = -x. Sohre o primeiro, o limite e i e sobre o segundo o limte e 21 . x2 2 r2 ( cos2 ( 8) - sen 2 ( 8)) U sando coordenadas polares, .#+;z flea #' = r( cos2 ( 8) - xZ +yz r2 sen 2(8)). Quando (x,y)----+ (0,0), temos que r----+ 0, assim, limr(cos2(8) r--+O sen 2(8)) = 0. x4 +y4 U sando coordenadas polares, flea Jx2 +y2 r2 ( cos2 ( 8) - sen 2 ( 8)) _ ( 4 (8) 4 (8)) W, - r cos + sen . Quando (x,y)----+ (0, 0), temos que r----+ 0, assim, limr( cos5(8) + sen 4(8)) = r--+0 0. 4. Vamos usar coordenadas esfericas para mostrar lim 2 � z 2 -(x,y,z)--+(0,0,0) X + Y + Z 0. Passando para coordenadas esfericas, temos que 2 � z 2 = p cos ( 8) sen 2 ( ) sen ( 8) cos ( ) . X +y +z Quando (x,y,z)----+ (0,0), temos que p----+ 0, assim, limpcos(8) sen 2() sen (8)cos() =0. p--+0 5 P 1. . 1· X + y + z - . b . ara mostrar que o 1m1te 1m 2 2 2 nao ex1ste, astar tomar (x,y,z)--+(0,0,0) X + y + Z um caminho onde o limite nao existe. Tome z qualquer tendo a zero e x = y = 0, obtemos que o limite nao existe. 66 6. Tomemos a reta passando pela origem y = ax, a > 0. Entao, f(x, ax) = 2ax3 2ax x4 2 2 = --2 que tende a zero quando x -+ 0. Fazendo y = x2 , +a x x+a f(x,x2 ) = x42 :� = 1, constante. Logo, o limite nao existe. 7. Seja f(x,y,z) = x-2y+ 3z+4. Verifique utilizando a defini 0 queremos determinar O > 0 tal que se ll(x,y,z)-(1,2,3)11 0 existe O 0. Entao, f(x, ax) = 2ax3 2ax x4 2 2 = --2 que tende a zero quando x -+ 0. Fazendo y = x2 , +a x x+a f(x,x2 ) = x42 :� = 1, constante. Logo, o limite nao existe. 7. Seja f(x,y,z) = x-2y+ 3z+4. Verifique utilizando a defini 0 queremos determinar O > 0 tal que se ll(x,y,z)-(1,2,3)11 0 existe O 0. Entao, f(x, ax) = 2ax3 2ax x4 2 2 = --2 que tende a zero quando x -+ 0. Fazendo y = x2 , +a x x+a f(x,x2 ) = x42 :� = 1, constante. Logo, o limite nao existe. 7. Seja f(x,y,z) = x-2y+ 3z+4. Verifique utilizando a defini 0 queremos determinar O > 0 tal que se ll(x,y,z)-(1,2,3)11 0 existe Oei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 85 INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO Nesta unidade, vamos iniciar o estudo das derivadas de funções com mais de uma variável. Como já vimos, uma função real de duas variáveis reais (x,y) é uma função com domínio D ⊂ R 2 e com valores em R. Do mesmo modo, uma função real de três variáveis reais (x,y,z) é uma função com domínio D ⊂ R 3 e com valores em R. Assim, é possível definir derivada com relação a cada uma das variáveis x, y e z são as derivadas parciais. Em geral, especificamos uma função apresentando uma expressão para o valor f (x,y) no caso de duas variáveis (x,y) ou f (x,y,z) no caso de três variáveis (x,y,z), como já vimos. Essa expressão é o objeto de estudo dessa unidade no que diz respeito a sua diferenciabilidade e quanto a existência de pontos críti- cos para posterior classificação em pontos de máximos ou de mínimos. Vamos apresentar o teste da derivada segunda para essa classificação e, então, seremos capazes de classificar os pontos críticos. Vamos aprender a derivar uma função na direção de um determinado vetor e intro- duziremos o vetor gradiente de uma função. Aprenderemos que o vetor gradiente de uma função aponta sempre para a direção de maior crescimento dela. Também vamos apresentar o método dos multiplicadores de Lagrange, importante ferra- menta, para otimizar uma função sujeita a restrições. Vamos aprender a determinar o plano tangente ao gráfico de uma superfície e a usá-lo como uma aproximação linear para função. 1 DERIVADAS PARCIAIS Vimos derivadas para funções reais de uma variável real y = f (x) e definimos que y′(x) = lim h→0 f (x+h)− f (x) h , 71 DERIVADAS PARCIAIS DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIIU N I D A D E86 Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 87 U samos as seguintes notaque são as mesmas, basicamente, do Cálculo I. Conheceremnos a regra da cadeia, que nos mostra como derivar funções compostas, a noção de derivada direcional e o vetor gradiente. Estudare- mos a determinação de planos tangentes ao gráfico de superfícies e de máximos e mínimos para funções reais de duas ou três variáveis. Também estudaremos a técnica dos multiplicadores de Lagrange que trata da determinação de máximos e mínimos de funções com restrições impostas aos pontos do domínio. Na unidade IV, trataremos do cálculo das integrais múltiplas. Por causa do te- orema de Fubini, veremos que tudo se resume ao cálculo de integrais simples. Iniciaremos com a integral dupla, apresentaremos suas principais propriedades e alguns exemplos. Nesta unidade, aprenderemos a fazer mudança de variáveis em integrais duplas. Como aplicação, vamos aprender utilizar a integral dupla para calcular áreas e volumes de regiões bem gerais do plano e do espaço. Em se- guida, estudaremos as integrais triplas: mudança de variáveis em integrais triplas, aplicações ao cálculo de volumes de regiões bem gerais do plano e do espaço. Na unidade V, estudaremos um pouco de cálculo vetorial. Veremos um pouco de campos vetoriais e apresentaremos três importantes teoremas: o Teorema de Green, o Teorema da divergência de Gauss e o Teorema de Stokes. Aprenderemos a integrar ao longo de uma curva e a integrar sobre uma superfície. Esses teoemas são generalizações do teorema fundamental do Cálculo. Considero que essa é a ii acumulação e fronteira de um conjunto; conjuntos abertos e conjuntos fechados. No estudo das funções contínuas, apresentaremos o conceito e suas principais propriedades, bem como o teorema de Weierstrass, que garante a existência de, ao menos, um ponto de máximo e de um ponto de mínimo para funções contínuas e definidas sobre conjuntos limitados e fechados do R2 ou R3. A terceira unidade é dedicada à noção de derivada parcial e suas aplicações. Apre- sentaremos nesta unidade, a definição de derivada parcial, introduziremos as nota- ções mais usuais, as propriedades da derivação que são as mesmas, basicamente, do Cálculo I. Conheceremnos a regra da cadeia, que nos mostra como derivar funções compostas, a noção de derivada direcional e o vetor gradiente. Estudare- mos a determinação de planos tangentes ao gráfico de superfícies e de máximos e mínimos para funções reais de duas ou três variáveis. Também estudaremos a técnica dos multiplicadores de Lagrange que trata da determinação de máximos e mínimos de funções com restrições impostas aos pontos do domínio. Na unidade IV, trataremos do cálculo das integrais múltiplas. Por causa do te- orema de Fubini, veremos que tudo se resume ao cálculo de integrais simples. Iniciaremos com a integral dupla, apresentaremos suas principais propriedades e alguns exemplos. Nesta unidade, aprenderemos a fazer mudança de variáveis em integrais duplas. Como aplicação, vamos aprender utilizar a integral dupla para calcular áreas e volumes de regiões bem gerais do plano e do espaço. Em se- guida, estudaremos as integrais triplas: mudança de variáveis em integrais triplas, aplicações ao cálculo de volumes de regiões bem gerais do plano e do espaço. Na unidade V, estudaremos um pouco de cálculo vetorial. Veremos um pouco de campos vetoriais e apresentaremos três importantes teoremas: o Teorema de Green, o Teorema da divergência de Gauss e o Teorema de Stokes. Aprenderemos a integrar ao longo de uma curva e a integrar sobre uma superfície. Esses teoemas são generalizações do teorema fundamental do Cálculo. Considero que essa é a ii parte mais elegante do Cálculo. Sugerimos fortemente que adote um sistema de computação algébrica para exer- citar o que foi apresentado nesta disciplina e aproveitar o máximo do que a tecno- logia pode oferecer e contribuir no seu aprendizado. Tivemos a preocupação constante de tornar este texto bem compreensível e espe- ramos facilitar e contribuir para a sua aprendizagem. Bons estudos! 1 APRESENTAÇÃO SUMÁRIO 09 UNIDADE I FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS VARIÁVEIS 15 Introdução 16 Vetores e Curvas Parametrizadas 19 Curvas Parametrizadas 29 Funções Reais de Variáveis Reais 37 Sistemas Especiais de Coordenadas 46 Considerações Finais 52 Referências 53 Gabarito UNIDADE II LIMITES E CONTINUIDADE 61 Introdução 62 Conceitos Básicos 65 Limites e Continuidade 75 Considerações Finais 79 Referências 80 Gabarito SUMÁRIO 10 UNIDADE III DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS 85 Introdução 85 Derivadas Parciais 96 Regra da Cadeia 102 Máximos e Mínimos de Funções Reais de Várias Variáveis Reais 111 Derivadas Direcionais 119 Multiplicadores de Lagrange 123 Considerações Finais 127 Referências 128 Gabarito UNIDADE IV INTEGRAIS MÚLTIPLAS 135 Introdução 136 Integrais Duplas 178 Integrais Triplas 199 Considerações Finais 206 Referências 207 Gabarito SUMÁRIO 11 UNIDADE V CÁLCULO VETORIAL 211 Introdução 212 Campos Vetoriais 217 Integrais de Linha 231 Teorema de Green 234 Integrais de Superfícies 241 Teorema de Stokes 245 Teorema da Divergência de Gauss 250 Considerações Finais 254 Referências 255 Gabarito 256 CONCLUSÃO U N ID A D E I Professor Dr. Doherty Andrade FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS VARIÁVEIS Objetivos de Aprendizagem ■ Introduzir o conceito de curvas parameterizadas, funções reais de várias variáveis reais, domínio, gráfico e curvas de nível. ■ Introduzir os sistemas de coordenadas polares, cilíndricas e esféricas. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Vetores e Curvas Parametrizadas ■ Funções Reais de Variáveis Reais ■ Sistemas Especiais de Coordenadas INTRODUÇÃO Esta unidade é, principalmente, dedicada ao estudo dos elementos básicos para as funções reais, funções vetoriais de várias variáveis reais e questões de con tinuidade, diferenciabilidade e integrabilidade dessas funções que são assuntos típicos do Cálculo Diferencial e Integral. Como vamos trabalhar no plano e no espaço, precisaremos de vetores e operações com vetores, tais como produto interno, produto vetorial, produto misto, norma de vetores, distância entre pontos, retas e planos. Faremos, aqui, uma breve revisão desses assuntos, mas você terá a oportunidade de pôr em prática o que estudou na disciplina de Geometria Analítica. Muitas curvas e superfícies que encontraremos nesta unidade já são conhecidas de cursos de Geometria Analítica e de Cálculo, tais como circunferência, elipse, parábola, esfera, cilindro, elipsoide e paraboloide. Uma revisão desse conteúdo o ajudará no reconhecimento e na visualização de regiões com as quais trabalhare mos. Há uma pequena revisão sobre cônicas e superfícies quádricas na Leitura Complementar. Vamos aprender a parametrizar curvas e a determinar o seu comprimento e sua cur vatura. Apresentaremos o sistema de coordenadas polares, cilíndricas e o sistema de coordenadas esféricas que são formas alternativas de representação de pontos do plano e do espaço. Como o nome diz, coordenadas polares são recomendadas para representar curvas circulares, coordenadas cilíndricas que são mais indicadas para representar objetos cilíndricos e as coordenadas esféricas, para representar objetos esféricos. Essas coordenadas serão muito úteis na resolução de integrais múltiplas. Vamos, então, dar início ao nosso plano de estudo. 3 Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 15 INTRODUÇÃO Esta unidade é, principalmente, dedicada ao estudo dos elementos básicos para as funções reais, funções vetoriais de várias variáveis reais e questões de con tinuidade, diferenciabilidade e integrabilidade dessas funções que são assuntos típicos do Cálculochamamos de plano tangente a superfice z = f(x,y) no ponto P(a,b,f(a,b)). Esse plano contem as retas tangentes as curvas: z z f(x,b), f(a,y), y = b fixo x = a fixo . Da Geometria Analf tica, sabemos que um plano nao vertical que passa pelo ponto (a,b,c) tern a forma: A(x-a)+B(y-b)+C(z-c) =0, em que C =/=- 0. Dividindo por C, obtemos: (z - c) = p(x - a) + q(y - b), em que p = -� e q = - �. 0 plano sera tangente a superficie desde que contenha as retas tangentes as curvas definidas em x = a e em y = b. Fazendo y = b, obtemos a reta (z - c) = p(x-a) e assim * ( a, b) = p. E, fazendo x = a, obtemos a outra reta (z-c) = q(y-b) e, assim, �(a,b) = q. 75 Como: Zy = ay sen (nxy) = nxcos(nxy), substituindo x = 1 e y = 2, temos: Zy(l,2) = l1tcos(21t) = 1t. 1.1 Plano Tangente Se z = f(x,y) tern derivadas parciais fx e fy contfnuas em uma vizinham;a con tendo o ponto ( a, b) do dominio def, as duas retas tangentes ilustradas na figura 1 determinam um unico plano que passa pelo pontoP= (a,b,f(a,b)). A esse plano, chamamos de plano tangente a superfice z = f(x,y) no ponto P(a,b,f(a,b)). Esse plano contem as retas tangentes as curvas: z z f(x,b), f(a,y), y = b fixo x = a fixo . Da Geometria Analf tica, sabemos que um plano nao vertical que passa pelo ponto (a,b,c) tern a forma: A(x-a)+B(y-b)+C(z-c) =0, em que C =/=- 0. Dividindo por C, obtemos: (z - c) = p(x - a) + q(y - b), em que p = -� e q = - �. 0 plano sera tangente a superficie desde que contenha as retas tangentes as curvas definidas em x = a e em y = b. Fazendo y = b, obtemos a reta (z - c) = p(x-a) e assim * ( a, b) = p. E, fazendo x = a, obtemos a outra reta (z-c) = q(y-b) e, assim, �(a,b) = q. 75 DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIIU N I D A D E90 Segue que a equae a derivada de segunda ordem de f com relac;ao x primeiro e, entao, com relac;ao a y. Ja a derivada fyx e a derivada de segunda ordem de f com relac;ao y primeiro e, entao, com relac;ao ax. Uma per gunta que surge naturalmente e se essas derivadas fxy e fyx, chamadas de derivadas mistas, sao iguais. A resposta e nao. Vejamos um exemplo. Tomemos a seguinte func;ao como exemplo que esta no livro 2 de Leithold (1994, p. 959): Vamos mostrar que: { x2 -y2 xy 2 2, se (x, y)#O f(x, y) = X + y 0, se (x, y) = 0. 79 : : : : 1.2 Derivadas de ordem superior As derivadas parciais de primeira ordem fx e Jy sao, tambem, furn;oes de x e y e, assim, podemos pensar em deriva-las. A derivada parcial de fx(x, y) com relac;ao ax, se existe, e representada por (Jx)x = fxx = i: = :X (!;) = !:i· A derivada parcial de fx(x, y) com relac;ao a y, se existe, e representada por fx = f = aJx = i (aJ ) = a2 f ( )y xy ay ay ax ayax . A derivada parcial de Jy (x, y) com relac;ao ax, se existe, e representada por A derivada parcial de Jy (x, y) com relac;ao a y, se existe, e representada por E importante observar que a derivada f xy e a derivada de segunda ordem de f com relac;ao x primeiro e, entao, com relac;ao a y. Ja a derivada fyx e a derivada de segunda ordem de f com relac;ao y primeiro e, entao, com relac;ao ax. Uma per gunta que surge naturalmente e se essas derivadas fxy e fyx, chamadas de derivadas mistas, sao iguais. A resposta e nao. Vejamos um exemplo. Tomemos a seguinte func;ao como exemplo que esta no livro 2 de Leithold (1994, p. 959): Vamos mostrar que: { x2 -y2 xy 2 2, se (x, y)#O f(x, y) = X + y 0, se (x, y) = 0. 79 : : : : DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIIU N I D A D E94 Por definic;ao, aJ (O,y) = lim f(O +h,y) - f(O,y) = lim h y(h 2 - y2) = -y. ax h---+0 h h---+0 h ( h 2 + y2) De onde se obtem que: Em particular, Analogamente, De onde se obtem: Em particular, a21 ayax ( O,y) = -1. a21 ayax (O, O) = -1. aJ . xk(x 2 -k2 )-a (x,O) = hm ( 2 2 ) =X. y k---+0 k X + k De onde conclufmos que as derivadas mistas de ordem 2 sao diferentes no ponto (0,0): 0 Teorema de Clairaut-Schwartz a seguir da condic;oes para que as derivadas mis tas sejam iguais. Esse resultado vale tambem para func;oes com mais de duas variaveis. Teorema 2 (Clairaut-Schwartz). Seja U c JR2 um conjunto aberto e f : U c JR2 ----+ JR com fx,!y,fxy e fy x tambem definidas em U. Se as derivadas mistas de segunda ordem Jxy e fy x sfio contfnuas em todo ponto (x,y) EU, entfio, em todos os pontos de (x,y) EU. 80 Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 95 DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIIU N I D A D E96 REGRA DA CADEIA Regra da Cadeia Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 97 No calculo I, a regra da cadeia surgia da composi4b3-4a b3-a· A discussao realizada ate aqui com duas variaveis x e y pode ser ampliada para tres ou mais variaveis. No caso de tres variaveis, suponha que F(x,y,z) = 0 define z como func;ao f de variaveis x e y. Como obter fx e fy ? Vamos proceder de modo inteiramente analogo ao caso de duas variaveis. Supondo que F(x,y,z) = 0 define z como func;ao f de x e de ye que as derivadas parciais Fx , Fy e Fz existem, temos pela regra da cadeia que: aF dx + aF dy + aF az = O. ax dx ay dx az ax 86 Regra da Cadeia Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 101 Como dx = 1 e dy = 0, a expressao acima fica reduzida a: dx dx Ou seja, desde que Fz(x,y,z) =/=- 0. Fx F' z Enunciaremos, a seguir, o teorema da func;ao implfcita no caso em que F(x,y,z) = 0. Teorema 5 (Teorema da fun�ao implicita). Consideremos a equar;iio F(x,y,z) = 0. Suponha que F esteja definida em um aberto D C ffi.3 e que ( a, b, c) E D e tal que F ( a, b, c) = 0. Se as derivadas parciais Fx , Fy e Fz contfnuas em D e Fz ( a, b, c) =/=- 0, entiio, F(x,y,z) = 0 define z coma funr;iio de x e de y em algum aberto contendo (a,b,c). Nesse caso, a derivada :: ( a, b) e dada por: aF az ax ( a,b,c) ax(a,b) = - aF az ( a,b,c) Do mesmo modo, a derivada :; ( a, b) e dada por: • Exemplo 10 aF az ay ( a,b,c) ay ( a,b) = - aF az ( a,b,c) Fx(a,b,c) Fz(a,b,c) · Fy(a,b,c) Fz(a,b,c) · Queremos determinar * se x4 + y4 + z4 = 4.xyz usando derivac;ao implftica. Podemos escrever x4 + y4 + z4 = 4.xyz como x4 + y4 + z4 - 4.xyz = 0 e, assim, temos F(x,y,z) = 0, em que F(x,y,z) = x4 + y4 + z4 - 4.xyz. Notemos que Fx(x,y,z) = 87 DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIIU N I D A D E102 4x3 -4yz, Fy(x,y,z) = 4y3 -4xz e Fz(x,y,z) = 4z3 -4.xy sao contfnuas em todos os pontos de JR3 . Mas Fz(x,y,z) = 4z3 -4.xy =I= 0 apenas quando z3 =I= xy. Assim, pelo teorema da func;ao implfcita, F(x,y,z) = 0 define z como func;ao de x e de y em todo ponto (x,y,z) com z3 =I= xy. Desse modo, para c3 =I= ab, temos que: az ( a b c) = _ Fx ( a, b, c) = _ 4a3 - 4bc = _ a3 - be ax '' Fz(a,b,c) 4c3 -4ab c3 -ab· MA.XIMOS E MINIMOS DE FUN(:'.OES REAIS No Calculo I, estudamos a determinac;ao de pontos de maximo e mfnimos de func;oes reais de uma variavel real. Nesta sec;ao, vamos estender aqueles resul tados. Inicialmente, vamos considerar apenas func;oes de duas variaveis reais. Consideremos, entao, uma regiao R e f : R --+ JR uma func;ao real de variaveis reais x e y. Dizemos que f assume o seu valor maximo absoluto ou o seu valor maximo global M sobre R, se existe um ponto (x1, Yl) E R tal que: f(x,y) :::; f(x1,Y1) = M, \l(x,y) ER. Do mesmo modo, dizemos que f assume o seu valor minimo absoluto ou o seu valor minimo global m sobre R, se existe um ponto (xo,Yo) ER tal que: m = f(xo,Yo) :::; f(x,y), \l(x,y) ER. Em outras palavras, o valor maximo global e o valor mfnimo global, respectiva mente, sao atingidos por f em pontos de R. 0 Teorema de Weierstrass afirma que esses pontos sempre existem quando a func;ao e continua definida sobre um compacto R. Dizemos que f(a,b) e um valor maximo local def se existe uma bola aberta B com centro em ( a, b) inteiramente contida em R tal que: f(x,y):::; f(a,b),\l(x,y) EB. 88 MÁXIMOS E MÍNIMOS DE FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS VARIÁVEIS REAIS 4x3 -4yz, Fy(x,y,z) = 4y3 -4xz e Fz(x,y,z) = 4z3 -4.xy sao contfnuas em todos os pontos de JR3 . Mas Fz(x,y,z) = 4z3 -4.xy =I= 0 apenas quando z3 =I= xy. Assim, pelo teorema da func;ao implfcita, F(x,y,z) = 0 define z como func;ao de x e de y em todo ponto (x,y,z) com z3 =I= xy. Desse modo, para c3 =I= ab, temos que: az ( a b c) = _ Fx ( a, b, c) = _ 4a3 - 4bc = _ a3 - be ax '' Fz(a,b,c) 4c3 -4ab c3 -ab· MA.XIMOS E MINIMOS DE FUN(:'.OES REAIS No Calculo I, estudamos a determinac;ao de pontos de maximo e mfnimos de func;oes reais de uma variavel real. Nesta sec;ao, vamos estender aqueles resul tados. Inicialmente, vamos considerar apenas func;oes de duas variaveis reais. Consideremos, entao, uma regiao R e f : R --+ JR uma func;ao real de variaveis reais x e y. Dizemos que f assume o seu valor maximo absoluto ou o seu valor maximo global M sobre R, se existe um ponto (x1, Yl) E R tal que: f(x,y) :::; f(x1,Y1) = M, \l(x,y) ER. Do mesmo modo, dizemos que f assume o seu valor minimo absoluto ou o seu valor minimo global m sobre R, se existe um ponto (xo,Yo) ER tal que: m = f(xo,Yo) :::; f(x,y), \l(x,y) ER. Em outras palavras, o valor maximo global e o valor mfnimo global, respectiva mente, sao atingidos por f em pontos de R. 0 Teorema de Weierstrass afirma que esses pontos sempre existem quando a func;ao e continua definida sobre um compacto R. Dizemos que f(a,b) e um valor maximo local def se existe uma bola aberta B com centro em ( a, b) inteiramente contida em R tal que: f(x,y):::; f(a,b),\l(x,y) EB. 88 Máximos e Mínimos de Funções Reais de Várias Variáveis Reais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 103 E que f( c, d) e um valor minimo local def se existe uma bola aberta B com centro em ( c, d) inteiramente contida em R tal que: Os valores maximos e mfnimos locais tambem sao chamados de maximos e mfni- mos relativos. Note que, pelas definic;oes, os valores de maximo e de mfnimo locais sao valores globais considerando apenas a bola aberta e nao todo o domfnio de f. • Exemplo 11 (a) A func;ao definida por f(x,y) = x2 + y2 , para (x,y) E IR2 assume o seu valor mfnimo global no ponto (O;O). De fato, 0 = f(O,O) � f(x,y),\f(x,y) E IR2 . Essa func;ao nao tern valor maxi mo global. Agora, vamos restringir a func;ao ao domfnio D dado pela bola fechada de centro na origem e raio igual 2: A origem (0, 0) e o ponto em que f assume o seu valor mfnimo global. Nos pontos (x;y) ED tais que x2 +y2 = 4, pontos da fronteira de D, f assume o valor 4. E claro que, no interior de D, a func;ao f tern valor menor do que 4. Assim, em qualquer ponto sobre a fronteira de D, a func;ao f assume o seu valor maximo global. (b) A furn;ao definida por f(x, y) = 4-x2 -y2 , para (x,y) E IR2 assume o seu valor maximo global no ponto (0,0). De fato, 4 = f(O,O) 2: f(x.y),\f(x,y) E IR2 . (c) A func;ao definida por f(x,y) = x2 -y2 , para (x,y) E IR2 , nao tern nem valor maxi mo global e nem mfnimo global em IR2 . 89 DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIIU N I D A D E104 Figura 3: z = x2 + y2 z=4-x2 -y2 z=x2 -y2 Fonte: o autor. Para investigar a utiliza), h(y) J(a,y). Como J(a,b ) e um valor de maximo local, entao g(a) e h(b ) sao tambem valores de maximo locais. Do Calculo I, sabemos que a derivada em pontos de maximo ou mfnimo locais se anula, entao, temos que: g'(a) = 0 e h'(b ) = 0. Ou seja, a1 ax (a,b ) a1 ay(a,b ) 0 0. 0 mesmo argumento se aplica no caso de mfnimo local. 0 seguinte teorema resume a discussao acima. 90 Figura 3: z = x2 + y2 z=4-x2 -y2 z=x2 -y2 Fonte: o autor. Para investigar a utiliza 0 e fxx(a,b) > 0 ou Jyy (a,b) > 0. 93 , DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIIU N I D A D E108 (b) f tem um valor de maxima local em (a,b) se: fxx(a,b)Jyy(a,b) - [Jxy(a,b)] 2 > 0 e fxx(a,b)fx -2x Jy 2y+ 3y2-2y3 . Segue que fx(x,y) = -2x= Oimplica quex= 0 e Jy(x,y) = 2y+3y2-2y3 = 0 implica que y(2 + 3y-2y2) = 0. Ou seja y = O,y = -!,Y = 2. Segue que os pontos crfticos sao P(O, 0), Q(O, -!) e S(O, 2). 94 Máximos e Mínimos de Funções Reais de Várias Variáveis Reais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 109 A matriz Hessiana em um ponto generico (x,y) e: cujo determinante e -4-12y+ 12y2 . A seguir, organizamos os dados em uma tabela para facilitar a classifica 0 max local Fonte: o autor. Figura 4: f(x,y) = -x2 +y2 +y3 - !y4 Fonte: o autor. 0 teorema acima pode ser estendido para fun 0 max local Fonte: o autor. Figura 4: f(x,y) = -x2 +y2 +y3 - !y4 Fonte: o autor. 0 teorema acima pode ser estendido para fun 0 max local Fonte: o autor. Figura 4: f(x,y) = -x2 +y2 +y3 - !y4 Fonte: o autor. 0 teorema acima pode ser estendido para fun fx(l,2)=14 fy = 6.xy =* fy(l,2) = 12. v2 Duf(l,2) = Vf(l,2).u = (14, 12) · 2 (1, 1) = 13v2. (b) Considere f(x,y,z) = xyz. Determine a derivada direcional def no ponto P( 1, 1, 1) e na direde aumento? 100 Derivadas Direcionais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 115 A taxa maxima ocorre na direc;ao do gradiente de V: -160VV(x,y,z) = (l 2 2 2)2 (x,y,z). +x +y +z No ponto P( 1, 1, 1), o vetor gradiente e: VV(l, 1, 1) = -10(1, 1, 1). De acordo com o teorema anterior, a velocidade aumenta mais rapidamente na direc;ao do vetor gradiente VV(l, 1, 1) = -10(1, 1, 1). A taxa maxima e dada pela norma do vetor gradiente: IIVV(l, 1, 1)11 = 11- 10(1, 1, 1)11 = 10v3, isto e, 10y3 metros por segundo. Plano Tangente a superficie de nivel: seja S a superficie de nfvel dada por F(x,y,z) = k, em que Fe uma func;ao diferenciavel. Seja C uma curva dada por r(t) = (x(t),y(t),z(t)) sobre a superficie S e que passa pelo ponto P(xo,Yo,zo) = r(to). Como a curva esta sobre S, segue que F(x(t),y(t),z(t)) = k. Usando a regra da cadeia, temos que: dF dx + dF dy + dF dz = O. dx dt dy dt dz dt (10) Como VF= (Fx,Fy,Fz) e r'(t) = (x'(t),y'(t),z'(t)), podemos escrever (10) do seguinte modo: VF-r'=O. Quando t = to, temos: VF(P) · r' (to)= 0. Assim, mostramos que o vetor gradiente VF(P) e ortogonal ao vetor r'(to), para qualquer curva C que passe pelo ponto Pe esta sobre a superficie de nfvel F (x, y, z) = k. 101 DERIVADAS PARCIAIS E MÁXIMOS E MÍNIMOS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IIIU N I D A D E116 Se VF(P) #- 0, definimos o plano tangente a superficie de nfvel F(x,y,z) = k no ponto P(xo,Yo,zo) como sendo o plano que passa por P(xo,Yo,zo) e tern vetor normal VF(P). Da Geometria Analftica, sabemos que, com um ponto do plano e com um vetor normal a esse plano, podemos determinar a equade f. Figura 6: 0 vetor gradiente e normal a curva de nfvel de f(x,y) = .x2 + y2 Fonte: o autor. 5 MULTIPLICADORES DE LAGRANGE Nesta sec;ao, estamos interessados em determinar os extremos da func;ao J(x,y) quando os pontos (x,y) estao sobre a curva de nfvel g(x,y) = k. Nesse caso, 104 0 0 1 -1 1 2 3 4-4 -2 -3 -4 2 3 -1-2-3 c=1 c=4 c=9 ƒ(-x1, y1)Δ ƒ(-x2, -y2)Δ ƒ(x3, -y3)Δ ƒ(x1, y1)Δ :x2 2 2 da furn;ao F(x,y,z) = 4 + Y9 + �5 . Entao, vamos determinar o gradiente de F: X Fx(2, 3, 5) = 1 Fx(x,y,z) = 2 =} 2y 2 Fy(x,y,z) = 9 =} Fy(2, 3, 5) = 3 2z 2 Fz(x,y,z) = 25 =} Fz(2,3,5) = 5. Segue que VF(2,3,5) = (1,�,�). Portanto, a equaão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 121 • Exemplo 20 Determinar as dimens6es de uma caixa sem tampa para que tenha volume maxi mo, sendo que se pode usar apenas 12m2 de papelao. 0 volume da caixa de dimens6es x, ye z e dado por f(x,y,z) = xyz, func;ao que deve ser maximada. A area de papelao empregada na confecc;ao da caixa e dada por g(x; y; z) = 2xz + 2yz + xy = 12, sem tampa, ea restric;ao. Segue que V f = Ag . E, assim, >)7 �- xz xy A(x,y,z) A.(2 z + y) A.(2z+x) A.(2x+2y) 2xz + 2yz+xy = 12. Multiplicando a primeira equac;ao por x, a segunda por ye a terceira por z, obtemos: xyz A.(2xz+xy ) xyz A.(2yz+xy) xyz A.(2xz+2yz). Note que, se A= 0, entao, o volume seria nulo e portanto, a area g seria nula, o que nao queremos. Logo, A# 0. Do mesmo modo, x # 0, y # 0 e z # 0. Como as tres equa)7 �- xz xy A(x,y,z) A.(2 z + y) A.(2z+x) A.(2x+2y) 2xz + 2yz+xy = 12. Multiplicando a primeira equac;ao por x, a segunda por ye a terceira por z, obtemos: xyz A.(2xz+xy ) xyz A.(2yz+xy) xyz A.(2xz+2yz). Note que, se A= 0, entao, o volume seria nulo e portanto, a area g seria nula, o que nao queremos. Logo, A# 0. Do mesmo modo, x # 0, y # 0 e z # 0. Como as tres equa3. ed. Sao Paulo: Ed. Harbra, 1994. [6] MARSDEN. J. G., TROMBA, A. J .. Vector Calculus. New York: W. H. Freeman and Company, 1981. [7] PROTTER, M. H.; MORREY, C. B. A fisrt course in Real Analysis. New York: Springer, 1991. [8] SIMMONS, G. F. Calculo com Geometria Analitica. V. 1. Sao Paulo: Ed. MacGraw-Hill, 1987. 113 [9] STEWART, James. Calculo. V. 1 e 2. 7. ed. Sao Paulo: Ed. Cengage Leaming, 2013. ATIVIDADES DE ESTUDOS 1. Pela regra da cadeia, temos: dw dt dwdx dwdy dwdz --+--+- dx dt dy dt dz dt (2x+zcos(xz))l + (2y+zeY)2t+ (eY +xcos(xz))3t2 2t + 3t3 cos(t4 ) + et2 (3t3 + 4t3 ). 2. Os pontos crftico de f(x,y) = 3x2 -6.xy+y3 -9y sao: A(-1, -1) e B(3, 3). 3. Pelo teste da derivada segunda A e ponto de sela e B e um de ponto de minimo local. x2- y2 Os pontos crfticos de f(x,y) =.xye_2_2 saoA(O,O),B(l,1), C(l,-1), D( -1, 1) e E ( -1, -1). Pelo teste da derivada segunda, A e ponto de sela, B e E sao pontos de maximo locais, C e D sao pontos de mfnimo locais E sao pontos de minimo. 4. Pela tecnica de multiplicadores de Lagrange, devemos resolver o seguinte sistema de equac;oes nao lineares: Vf(x,y) = )..Vg(x,y), em que g(x,y) = x2 + y2 - 1 e a restric;ao. Isto e, fx = 6.xy fy = 3x2 x2+y2 114 GABARITO [9] STEWART, James. Calculo. V. 1 e 2. 7. ed. Sao Paulo: Ed. Cengage Leaming, 2013. ATIVIDADES DE ESTUDOS 1. Pela regra da cadeia, temos: dw dt dwdx dwdy dwdz --+--+- dx dt dy dt dz dt (2x+zcos(xz))l + (2y+zeY)2t+ (eY +xcos(xz))3t2 2t + 3t3 cos(t4 ) + et2 (3t3 + 4t3 ). 2. Os pontos crftico de f(x,y) = 3x2 -6.xy+y3 -9y sao: A(-1, -1) e B(3, 3). 3. Pelo teste da derivada segunda A e ponto de sela e B e um de ponto de minimo local. x2- y2 Os pontos crfticos de f(x,y) =.xye_2_2 saoA(O,O),B(l,1), C(l,-1), D( -1, 1) e E ( -1, -1). Pelo teste da derivada segunda, A e ponto de sela, B e E sao pontos de maximo locais, C e D sao pontos de mfnimo locais E sao pontos de minimo. 4. Pela tecnica de multiplicadores de Lagrange, devemos resolver o seguinte sistema de equac;oes nao lineares: Vf(x,y) = )..Vg(x,y), em que g(x,y) = x2 + y2 - 1 e a restric;ao. Isto e, fx = 6.xy fy = 3x2 x2+y2 114 GABARITO 129 GABARITO Daqui, vemos que A tern que ser diferente de zero, caso contrario, o volume . 1 . 2'Ax2 211.y2 211.z2 . 1·sena nu o. Ass1m, -2- = -2- = -2- i mp 1ca que: a b C Substituindo na restri' y = F> e z = F>. egue que o vo ume max1mo e V = F>. v3 v3 v3 3v3 6. Basta calcular DuT(P) = VT(P) · u, onde u = ll�II ' obtemos DuT(P) = 1 graus Celsius por quilometro. A varia' y = F> e z = F>. egue que o vo ume max1mo e V = F>. v3 v3 v3 3v3 6. Basta calcular DuT(P) = VT(P) · u, onde u = ll�II ' obtemos DuT(P) = 1 graus Celsius por quilometro. A variadi go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 137 Figura 1: Sólido de base R e altura z = f (x,y). Fonte: o autor. Primeiramente, vamos subdividir os lados horizontais do retângulo R em m subin- tervalos iguais, de comprimentos ∆x = b−a m . Do mesmo modo, subdividimos os lados verticais de R em n subintervalos iguais, de comprimentos ∆y = d − c n . As subdivisões são dadas pelos pontos a = x0 0 dado, existe m,n, 2: Ne qualquer escolha de (xij,Yij) em Rij, tem-se: Dizemos que a fun 0 dado, existe m,n, 2: Ne qualquer escolha de (xij,Yij) em Rij, tem-se: Dizemos que a funDiferencial e Integral. Como vamos trabalhar no plano e no espaço, precisaremos de vetores e operações com vetores, tais como produto interno, produto vetorial, produto misto, norma de vetores, distância entre pontos, retas e planos. Faremos, aqui, uma breve revisão desses assuntos, mas você terá a oportunidade de pôr em prática o que estudou na disciplina de Geometria Analítica. Muitas curvas e superfícies que encontraremos nesta unidade já são conhecidas de cursos de Geometria Analítica e de Cálculo, tais como circunferência, elipse, parábola, esfera, cilindro, elipsoide e paraboloide. Uma revisão desse conteúdo o ajudará no reconhecimento e na visualização de regiões com as quais trabalhare mos. Há uma pequena revisão sobre cônicas e superfícies quádricas na Leitura Complementar. Vamos aprender a parametrizar curvas e a determinar o seu comprimento e sua cur vatura. Apresentaremos o sistema de coordenadas polares, cilíndricas e o sistema de coordenadas esféricas que são formas alternativas de representação de pontos do plano e do espaço. Como o nome diz, coordenadas polares são recomendadas para representar curvas circulares, coordenadas cilíndricas que são mais indicadas para representar objetos cilíndricos e as coordenadas esféricas, para representar objetos esféricos. Essas coordenadas serão muito úteis na resolução de integrais múltiplas. Vamos, então, dar início ao nosso plano de estudo. 3 INTRODUÇÃO FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E16 Teorema 2 (Desig. triangular). Se u1 v E IR.2 , ou IR.3 ou IR.n , então, vale a seguinte desigualdade: llu+vll S llull + llvll- Você deve se lembrar que o produto interno entre dois vetores u = (x1 ,)'1 1 z1) e v = (x2 1 y2,z2) é também dado por: U • V = [ [ U [ [ [ [ V [ [ COS ( 8)' em que e é o ângulo entre os vetores u e v, medido em radianos, com O::; e ::; n. Dizemos que dois vetores u e v são ortogonais se u · v = O. Note que os vetores da base canônica do IR.3 , i = (1,0,0),j = (O, 1,0) e k = (0,0, 1) são ortogonais entre si e todos de norma igual a 1. Além disso, o vetor nulo é ortogonal a todos os vetores. O produto vetorial entre u = (x1 SI ,Zl) e v = (x2,Y2, z2) é dado pelo determinante abaixo, observando as coordenadas i, j, k, .l k UXV= XI Yl Zl x2 Y2 z2 Lembramos que o vetor resultante deu x v é um vetor ortogonal simultaneamente a u e v. Além disso, o produto vetorial entre u = (x1,Y1 ,z1) e v = (x2,Y2, z2) tem seu comprimento dado por: l[u x v[I = l[u[l l[v[I sen (8), em que 0 é o ângulo entre os vetores u e v é medido em radianos, com O ::; 0 ::; n. Se u e v são vetores não nulos e não paralelos, [lu x v[[ é a área de qualquer paralelogramo determinado por esses vetores. 5 1 V ETORES E CURVAS PARAMETRIZADAS A noção de vetor é uma ferramenta útil no estudo do cálculo diferencial e integral de funções de várias variáveis. Um vetor é um elemento de um espaço vetorial, aqui, os espaços vetoriais mais usados serão JR.2 e JR.3 . Os vetores do JR.2 são representados por v = (x,y) e os vetores do JR.3 são repre sentados por v = (x,y,z). O produto interno ou produto escalar entre os vetores u = (x1,Y1,z1) e v = (x2,Y2,z2) é definido por: u · v = x1x2 + Y1Y2 + z1z2. O comprimento ou norma de um vetor v = (x,y,z) é definido por: Definição análoga para vetores do plano JR.2 , o comprimento ou norma de um vetor v = (x,y) é definido por: Teorema 1 (Cauchy-Schwartz). Se x, y E JR.2 , JR.3 são vetores, então: lx·yl � llxll · IIYII- A demonstração é bem instrutiva e vamos apresentá-la. Seja t E JR., então: Logo, a equação quadrática tem no máximo uma raiz real e, portanto, de onde obtemos a desigualdade desejada. A seguinte desigualdade, conhecida como desigualdade triangular, será utilizada muitas vezes nesse texto. 4 VETORES E CURVAS PARAMETRIZADAS Vetores e Curvas Parametrizadas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 17 Teorema 2 (Desig. triangular). Se u1 v E IR.2 , ou IR.3 ou IR.n , então, vale a seguinte desigualdade: llu+vll S llull + llvll- Você deve se lembrar que o produto interno entre dois vetores u = (x1 ,)'1 1 z1) e v = (x2 1 y2,z2) é também dado por: U • V = [ [ U [ [ [ [ V [ [ COS ( 8)' em que e é o ângulo entre os vetores u e v, medido em radianos, com O::; e ::; n. Dizemos que dois vetores u e v são ortogonais se u · v = O. Note que os vetores da base canônica do IR.3 , i = (1,0,0),j = (O, 1,0) e k = (0,0, 1) são ortogonais entre si e todos de norma igual a 1. Além disso, o vetor nulo é ortogonal a todos os vetores. O produto vetorial entre u = (x1 SI ,Zl) e v = (x2,Y2, z2) é dado pelo determinante abaixo, observando as coordenadas i, j, k, .l k UXV= XI Yl Zl x2 Y2 z2 Lembramos que o vetor resultante deu x v é um vetor ortogonal simultaneamente a u e v. Além disso, o produto vetorial entre u = (x1,Y1 ,z1) e v = (x2,Y2, z2) tem seu comprimento dado por: l[u x v[I = l[u[l l[v[I sen (8), em que 0 é o ângulo entre os vetores u e v é medido em radianos, com O ::; 0 ::; n. Se u e v são vetores não nulos e não paralelos, [lu x v[[ é a área de qualquer paralelogramo determinado por esses vetores. 5 FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E18 1.1 CURVAS PARAMETRIZADAS Suponha que urna partícula, representada por urn ponto, movimenta-se no espaço. Suas coordenadas x, y e z variam corn o tempo t. Os matemáticos pensam no movimento como uma função r que a cada instante t de um intervalo I e lR associa uma terna (x(t), y(t); z(t)) E JR.3. Note que a função r(t) é também pensada como um vetor, e podemos representá-la por: r(t) = x(t)i + y(t)j + z(t)k ou simplesmente por: r(t) = (x(t),y(t);z(t)). As funções do tipo r são chamadas de funções vetoriais de variável real. As funções x(t), y( t) e z(t) são chamadas de funções componentes. A extensão da noção de funções vetoriais de variável real para o espaço JR.n é imediata. Definimos o limite da função r quando t tende a to, t -+ to, tomando simplesmente o limite das funções componentes: limr(t) = lirnx(t)i+ limy(t)J+ limz(t)k. t----J,to t----J,to t----J,to t----J,to Ou equivalentemente: limr(t) = (limx(t). limy(t). limz(t)). /�to f----J,lo f�to f----J,to Isso nos permite definir continuidade de r em to. Dizemos que r é contínua em to se existe r(to) e se: lim r(t) = r(to). f----J,to É claro que dizer que r é contínua em to equivale dizer que as funções compo nentes são contínuas ern to. 7 uxv h u v 0 Figura 1: Area do paralelogramo determinado por esses vetores .... .,,..,. / _,,..-.,,,.-·- / Fonte: o autor. Outro resultado que iremos usar neste texto e que o volume de qualquer para lelepf pedo determinado pelos vetores u, v e w, nao nulos e nao paralelos a um mesmo plano, e dado pelo valor absoluto de w · ( u x v), isto e, o volume do para lelepf pedo determinado pelos vetores u, v e w e dado por: V=lw·(uxv)I. Figura 2: volume do paralelepf pedo \:·- ..... ... .. ,� � .�\�· /' V -·\ Fonte: o autor. 6 . . Figura 1: Area do paralelogramo determinado por esses vetores .... .,,..,. / _,,..-.,,,.-·- / Fonte: o autor. Outro resultado que iremos usar neste texto e que o volume de qualquer para lelepf pedo determinado pelos vetores u, v e w, nao nulos e nao paralelos a um mesmo plano, e dado pelo valor absoluto de w · ( u x v), isto e, o volume do para lelepf pedo determinado pelos vetores u, v e w e dado por: V=lw·(uxv)I. Figura 2: volume do paralelepf pedo \:·- ..... ... .. ,� � .�\�· /' V -·\ Fonte: o autor. 6 . . uxv h w v u 0 Figura 1: Area do paralelogramo determinado por esses vetores .... .,,..,. / _,,..-.,,,.-·- /R e seja c E JR. Entiio, valem as seguinte propriedades: (a) fl[J(x,y)+g(x,y)]dA= fl!(x,y)dA+ flg(x,y)dA. (b ) fl cf(x,y)cdA= c fl J(x,y) dA. ( c) S e J(x,y) � g(x,y), entiio, fl J(x,y)cdA � fl g(x,y) dA. A defini 0 dado, existe m,n, 2: Ne qualquer escolha de (xij,Yij) em Rij, tem-se: Dizemos que a fun 0 dado, existe m,n, 2: Ne qualquer escolha de (xij,Yij) em Rij, tem-se: Dizemos que a fun(7) • Exemplo 1: 126 (a) Calcule a integral dupla R = fl ( 3 y -2x2 ) dy dx em que: {(x,y); -1 '.S x '.S 2; 1 '.Sy '.S 3}. Vamos usar o Teorema de Fubini para passar de integral dupla para integral iterada: fl (3y-2x2 ) dydx = 1_: /3 (3y-2x2 ) dydx = J_� [3 l y dy-2x' l dyl dx= t [ �y2-2x2 {] dx 12 [ 27 3 ] 12 = ----(2x2 -3-2x2) dx= [12-4x2]dx. -1 2 2 -1 Agora, continuamos como sabemos do Calculo I: f{(3y-2x2 )dydx=1 2 [12-4x2] dx= l2x-�x3 1 2 =24. jjR -1 3 -1 (b) Calcular fl sen (x) cos(y)dA, onde R = [O, n/2] x [O, n/2]. fl sen (x)cos(y)dA = t [t sen (x)cos(y)dx] dy = la� cos(y) (-cos(x)) I! dy = la� cos(y) ( -cos (i) + cos O) dy rr rr = fo 2 cos(y) · 1 dy = sen (y) I� = 1 . 1.3 Integrais Duplas sobre regioes gerais Considere, agora, que queiramos integrar f sobre a regiao geral D, porem limitada e fechada. 127 (a) Calcule a integral dupla R = fl ( 3 y -2x2 ) dy dx em que: {(x,y); -1 '.S x '.S 2; 1 '.Sy '.S 3}. Vamos usar o Teorema de Fubini para passar de integral dupla para integral iterada: fl (3y-2x2 ) dydx = 1_: /3 (3y-2x2 ) dydx = J_� [3 l y dy-2x' l dyl dx= t [ �y2-2x2 {] dx 12 [ 27 3 ] 12 = ----(2x2 -3-2x2) dx= [12-4x2]dx. -1 2 2 -1 Agora, continuamos como sabemos do Calculo I: f{(3y-2x2 )dydx=1 2 [12-4x2] dx= l2x-�x3 1 2 =24. jjR -1 3 -1 (b) Calcular fl sen (x) cos(y)dA, onde R = [O, n/2] x [O, n/2]. fl sen (x)cos(y)dA = t [t sen (x)cos(y)dx] dy = la� cos(y) (-cos(x)) I! dy = la� cos(y) ( -cos (i) + cos O) dy rr rr = fo 2 cos(y) · 1 dy = sen (y) I� = 1 . 1.3 Integrais Duplas sobre regioes gerais Considere, agora, que queiramos integrar f sobre a regiao geral D, porem limitada e fechada. 127 Integrais Duplas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 143 1b A(x) dx = 1b 1d f(x,y) dydx. Veja que o volume do s6lido e dado por: Analogamente, a integral iterada: t t f(x,y)dxdy = t [t f(x,y)dx] dy significa que, primeiro, integramos em rela130 a b g1(x) g2(x) y D x 0 D c d h1(y) h2(y) y x 0 D Integrais Duplas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 147 Figura 9: Exemplo de regiao do tipo I y. I ' :y1(.x)' I X 0 a b Fonte: o autor. Note que regi5es de tipo I estao inscritas em faixas verticais. Regiao do tipo II: dizemos que uma regiao De do tipo II se for a regiao pode ser expressa da seguinte forma: D = {(x.y): c::; y::; d;h 1 (y)::; x::; h2(y)}, com furn;oes h 1 1 h2 : [c, d] --+ IR contfnuas. Figura 10: Regiiio do tipo II y :h"f3(y: --+--- - -----, Fonte: o autor. Note que regi5es de tipo II estiio inscritas em faixas horizontais. No que se segue, D representara um regiao do IR2 que e uniao de um mimero finito de regioes, cada uma delas, do tipo I ou do tipo TI e que, alem disso, quaisquer duas regioes distintas, quando se intercectam, o fazem apenas em suas fronteiras. Essa restric;:ao evitara situac;:oes de regi5es patol6gicas. A integral dupla tern as mesmas propriedades da integral simples. 130 Proposi�ao 2. Suponha que f e g sejam integraveis sabre a regiiio D ( uniiio finita de regioes do tipo I ou do tipo II) e c E R Valem as seguintes propriedades: (a) 1l c f(x,y)dA = c 1lf(x,y)dA. (b) 1l[f(x,y)±g(x,y)]dA= 1lf(x,y)dA± 1lg(x,y)dA. ( c) Se D = D1 U D2, em que D1 e D2 niio se sobrepi5em exceto, talvez, em suas fronteiras, entiio, Figura 11: Exemplo de regiao D = D1 U D2 Fonte: o autor. (d) Se m � f(x,y) � M, para todo (x,y) ED, entiio, m · A(D) � 1l f(x,y) dA � M · A(D), em que A(D) ea area da regiiio D. 0 teorema de Fubini e ainda valido para regi5es gerais D. A integral dupla de uma func;ao f definida e continua sobre a regiao D do tipo I e dada por: rr f(x,y) dxdy = 1 b [1g2 (x) f(x,y) dyl dx. }} D a g1(x) (10) Analogamente, a integral dupla de uma func;ao f definida e continua sobre a regiao D do tipo II e dada por: {{ f(x,y) dA = i d { h2(y) f(x,y) dxdy . }JD c lh1 (Y) Resumimos essas informac;oes no seguinte teorema de Fubini. 131 (11) INTEGRAIS MÚLTIPLAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IVU N I D A D E148 Teorema 3 (Fubini). Seja f definida e continua sabre a regiiio D do tipo I: D = { (x,y) : a :S x :S b;g1 (x) :Sy :S g2(x)}. Entiio, vale a igualdade: {{ f(x,y)dxdy=l b [1g2 (x) f(x,y)dyl dx.}} D a g1 (x) Seja f definida e continua sabre a regiiio D do tipo II: Entiio, vale a igualdade: {{ J(x,y) dA = 1d 1h2 (y) f(x,y) dxdy. }JD c h1(Y) Notemos que a integral Jl 1 dA, quando tomamos f(x,y) 1, o volume deter- minado tern o mesmo valor numerico que a area de D, isto e, A(D) = fl 1 dA. Para facilitar a determinac;ao dos limites de integrac;ao e usual inserir dentro da regiao D um retangulo modelo. Se o retangulo estiver em posic;ao vertical, a regiao e do tipo I. Se o retangulo estiver em posic;ao horizontal, a regiao e do tipo II. Por isso, regiao do tipo I e tambem chamada de regiao simples vertical; regiao do tipo II e chamada de regiao simples horizontal. Figura 12: Regiao simples: vertical e horizontal y Fonte: o autor. 132 Proposi�ao 2. Suponha que f e g sejam integraveis sabre a regiiio D ( uniiio finita de regioes do tipo I ou do tipo II) e c E R Valem as seguintes propriedades: (a) 1l c f(x,y)dA = c 1lf(x,y)dA. (b) 1l[f(x,y)±g(x,y)]dA= 1lf(x,y)dA± 1lg(x,y)dA. ( c) Se D = D1 U D2, em que D1 e D2 niio se sobrepi5em exceto, talvez, em suas fronteiras, entiio, Figura 11: Exemplo de regiao D = D1 U D2 Fonte: o autor. (d) Se m � f(x,y) � M, para todo (x,y) ED, entiio, m · A(D) � 1l f(x,y) dA � M · A(D), em que A(D) ea area da regiiio D. 0 teorema de Fubini e ainda valido para regi5es gerais D. A integral dupla de uma func;ao f definida e continua sobre a regiao D do tipo I e dada por: rr f(x,y) dxdy = 1 b [1g2 (x) f(x,y) dyl dx. }} D a g1(x) (10) Analogamente, a integral dupla de uma func;ao f definida e continua sobre a regiao D do tipo II e dada por: {{ f(x,y) dA = i d { h2(y) f(x,y) dxdy . }JD c lh1 (Y) Resumimos essas informac;oes no seguinte teorema de Fubini. 131 (11) Integrais Duplas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 149 • Exemplo 2 (a) Esb0A primeira quando z = 0 em x + y + z = 2 nos fornece a regiao D: 0 � x � 2 e O � y � 2-x. Na segunda, o tetraedro limitado pelo plano x + y + z = 2 e pelos planos coordenados x = 0, y = 0 e z = 0. Assim, a altura variavel do tetraedro e z = 2 -x -y, depende de cada ponto (x,y,O) da regiaoD. Figura 16: Ilustrafunc;ao. Nesses casos, uma mudanc;a de variaveis pode simplificar a expressao da func;ao e da regiao de integrac;ao. 0 objetivo da mudanc;a de variaveis na integral dupla e facilitar o calculo da integral ffn f(x,y) dA quando o integrando f ou a regiao D sao tais que a integral nao e simples. No Calculo de uma variavel, voce viu que, usando o metodo da substituic;ao de variaveis, podemos simplificar o calculo de integrais: sex= g(u) ex varia de a ate b, u cresce (ou decresce) de c ate d, entao, 1b f(x)dx= 1d f(g(u))g'(u)du. No caso da integral dupla, passamos de uma integral dupla ffn f(x,y) dydx em que D e uma regiao do piano xy para outra integral dupla ffn. F ( u, v) du dv, em que D* e uma regiao do piano uv. Vejamos como fazemos isso. Sejam x e y func;oes definidas por: x=x(u,v) e y=y(u,v), em que x eye suas primeiras derivadas parciais sao func;oes contfnuas de u e v. Essas equac;oes devem definir uma aplicac;ao bijetora T que associa a cada ponto (u, v) ED* do piano uv a um ponto (x,y) ED do piano xy. Isto e, T(D*) = D, com inversa continua, como mostra a figura a seguir: 141 1.5 Mudam;a de variaveis em integral dupla Em muitos casos, assim como no caso da integral simples, o calculo da integral dupla pode ser dificil, ou pela complexidade da regiao ou pela complexidade da func;ao. Nesses casos, uma mudanc;a de variaveis pode simplificar a expressao da func;ao e da regiao de integrac;ao. 0 objetivo da mudanc;a de variaveis na integral dupla e facilitar o calculo da integral ffn f(x,y) dA quando o integrando f ou a regiao D sao tais que a integral nao e simples. No Calculo de uma variavel, voce viu que, usando o metodo da substituic;ao de variaveis, podemos simplificar o calculo de integrais: sex= g(u) ex varia de a ate b, u cresce (ou decresce) de c ate d, entao, 1b f(x)dx= 1d f(g(u))g'(u)du. No caso da integral dupla, passamos de uma integral dupla ffn f(x,y) dydx em que D e uma regiao do piano xy para outra integral dupla ffn. F ( u, v) du dv, em que D* e uma regiao do piano uv. Vejamos como fazemos isso. Sejam x e y func;oes definidas por: x=x(u,v) e y=y(u,v), em que x eye suas primeiras derivadas parciais sao func;oes contfnuas de u e v. Essas equac;oes devem definir uma aplicac;ao bijetora T que associa a cada ponto (u, v) ED* do piano uv a um ponto (x,y) ED do piano xy. Isto e, T(D*) = D, com inversa continua, como mostra a figura a seguir: 141 INTEGRAIS MÚLTIPLAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IVU N I D A D E158 Figura 22: T associa cada ponto do plano uv a um ponto (x,y) do plano xy V y _ ,.. . ------ ·-- ... :i:-:i:(u,v) y=y(u,v) u 0 Fonte: o autor. Para essa aplicac;ao T, chamada de mudanc;a de variaveis, definimos o J acobiano da transformac;ao T como sendo o seguinte determinante: ih fr(u,v) = : ih dV oy = XuYv -XvYu• dV (12) Outra notac;ao bastante usual para o Jacobiano e que usaremos aqui tambem e: o(x,y)h(u, v) = o(u, v). Se o J acobiano, fr ( u, v), e diferente de zero sobre a regiao D* e se F for integravel em T(D*) = D, entao, a mudanc;a de variaveis na integral dupla e dada por: fl F(x,y)dxdy = fl. F(x(u, v),y(u, v)) I:�:::� I dudv. Aqui, I:�:::� I e o modulo do Jacobiano. Esse e o teorema de mudanc;a de variaveis. Teorema 5 (Mudan�a de variaveis em integral dupla). Sejam D uma regiiio do piano xy e F: D--+ � continua. Sejam D* a regiiio do piano uv, T : D* --+ D bijetora, tendo componentes x = x( u, v) e y = y( u, v) contfnuas e com derivadas 142 0 υ D* D T u (x, y)x-x(u, υ) (u, υ) y=y(u, υ) 0 y x T-1 Integrais Duplas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 159 Figura 22: T associa cada ponto do plano uv a um ponto (x,y) do plano xy V y _ ,.. . ------ ·-- ... :i:-:i:(u,v) y=y(u,v) u 0 Fonte: o autor. Para essa aplicac;ao T, chamada de mudanc;a de variaveis, definimos o J acobiano da transformac;ao T como sendo o seguinte determinante: ih fr(u,v) = : ih dV oy = XuYv -XvYu• dV (12) Outra notac;ao bastante usual para o Jacobiano e que usaremos aqui tambem e: o(x,y)h(u, v) = o(u, v). Se o J acobiano, fr ( u, v), e diferente de zero sobre a regiao D* e se F for integravel em T(D*) = D, entao, a mudanc;a de variaveis na integral dupla e dada por: fl F(x,y)dxdy = fl. F(x(u, v),y(u, v)) I:�:::� I dudv. Aqui, I:�:::� I e o modulo do Jacobiano. Esse e o teorema de mudanc;a de variaveis. Teorema 5 (Mudan�a de variaveis em integral dupla). Sejam D uma regiiio do piano xy e F: D--+ � continua. Sejam D* a regiiio do piano uv, T : D* --+ D bijetora, tendo componentes x = x( u, v) e y = y( u, v) contfnuas e com derivadas 142 de primeira ordem contfnuas em um aberto contendo D*. Se o Jabobiano de T, ��:'.�j e diferente de zero na regiiio D*, entiio, fl F(x,y)dxdy = fl. F( x (u, v),y(u, v)) I �i:::� I dudv. (13) • Exemplo 4 Calcule fl 1n(.x2 + y2) dxdy em que De a regiiio do primeiro qua drante situada entre as circunferencias .x2 + y2 = 1 e .x2 + y2 = 4. A furn;;ao integranda e continua em todo ponto (x,y) =/=- (0, 0) do plano, a regiao de integra 0. Portanto, substituindo o valor do modulo do determinante jacobiano em (11), resulta que a integral dupla com a mudanc;a de variaveis para coordenadas polares e: n 2 n 2 Jl 1n(x2 + y2 ) dxdy = fo 2 J ln(r2 ) · rdrd8 = 2 fo 2 J ln(r) · rdrd8. Para resolver a integral mais interior, j2 1n(r) · rdr, usaremos a integrac;ao por r2 partes com u = ln(r) e dv = rdr. Isso nos da que du= f: dr, v = 2. Dessa forma, obtemos: f 2 ln(r) · rdr = 2 ln(2) - �. 11 4 Retornando para integral dupla, obtemos: Jl 1n('2 +y')dxdy = 2 lo� J\n r · rdrd0 = 2 lo� [ 2 ln 2- �] d0 #SAIBA MAIS# = ( 4 In 2 - D t de = ( 4 In 2 - D e I! 1t 3 1t =- ·4ln2--7t=-(8ln2-3). 2 4 4 Sempre que houver a expressao x2 + y2 na integral dupla, e grande a possibilidade de usarmos coordenadas polares com exito. Fonte: o autor. #SAIBA MAIS# • Exemplo 5 144 de primeira ordem contfnuas em um aberto contendo D*. Se o Jabobiano de T, ��:'.�j e diferente de zero na regiiio D*, entiio, fl F(x,y)dxdy = fl. F( x(u, v),y(u, v)) I �i:::� I dudv. (13) • Exemplo 4 Calcule fl 1n(.x2 + y2) dxdy em que De a regiiio do primeiro qua drante situada entre as circunferencias .x2 + y2 = 1 e .x2 + y2 = 4. A furn;;ao integranda e continua em todo ponto (x,y) =/=- (0, 0) do plano, a regiao de integra 0. Portanto, substituindo o valor do modulo do determinante jacobiano em (11), resulta que a integral dupla com a mudanc;a de variaveis para coordenadas polares e: n 2 n 2 Jl 1n(x2 + y2 ) dxdy = fo 2 J ln(r2 ) · rdrd8 = 2 fo 2 J ln(r) · rdrd8. Para resolver a integral mais interior, j2 1n(r) · rdr, usaremos a integrac;ao por r2 partes com u = ln(r) e dv = rdr. Isso nos da que du= f: dr, v = 2. Dessa forma, obtemos: f 2 ln(r) · rdr = 2 ln(2) - �. 11 4 Retornando para integral dupla, obtemos: Jl 1n('2 +y')dxdy = 2 lo� J\n r · rdrd0 = 2 lo� [ 2 ln 2- �] d0 #SAIBA MAIS# = ( 4 In 2 - D t de = ( 4 In 2 - D e I! 1t 3 1t =- ·4ln2--7t=-(8ln2-3). 2 4 4 Sempre que houver a expressao x2 + y2 na integral dupla, e grande a possibilidade de usarmos coordenadas polares com exito. Fonte: o autor. #SAIBA MAIS# • Exemplo 5 144 Integrais Duplas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 161 nuas. Agora, vamos calcular o Jacobiano dessa transformac;ao: ox ox cos8 -r sen 8 h(r,8) = cir d0 = oy oy sen 8 rcos8dr d0 = r · ( cos2 8 + sen 28) = r =I= 0 . Assim, I��;:;� I = lrl = r, uma vez que r > 0. Portanto, substituindo o valor do modulo do determinante jacobiano em (11), resulta que a integral dupla com a mudanc;a de variaveis para coordenadas polares e: n 2 n 2 Jl 1n(x2 + y2 ) dxdy = fo 2 J ln(r2 ) · rdrd8 = 2 fo 2 J ln(r) · rdrd8. Para resolver a integral mais interior, j2 1n(r) · rdr, usaremos a integrac;ao por r2 partes com u = ln(r) e dv = rdr. Isso nos da que du= f: dr, v = 2. Dessa forma, obtemos: f 2 ln(r) · rdr = 2 ln(2) - �. 11 4 Retornando para integral dupla, obtemos: Jl 1n('2 +y')dxdy = 2 lo� J\n r · rdrd0 = 2 lo� [ 2 ln 2- �] d0 #SAIBA MAIS# = ( 4 In 2 - D t de = ( 4 In 2 - D e I! 1t 3 1t =- ·4ln2--7t=-(8ln2-3). 2 4 4 Sempre que houver a expressao x2 + y2 na integral dupla, e grande a possibilidade de usarmos coordenadas polares com exito. Fonte: o autor. #SAIBA MAIS# • Exemplo 5 144 INTEGRAIS MÚLTIPLAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IVU N I D A D E162 Figura 25: S61ido e regiao D a ser integrada Fonte: o autor. Fazendo uso de coordenadas polares e lembrando que o Jacobiano da trans formac;ao e dado por r: Justificativa: no teorema de mudanc;a de variaveis, vimos que o Jacobiano aparece na f 6rmula. Vamos ver o porque dele aparecer e como af eta a integral dupla. Iniciamos com um retangulo S no piano uv cujo vertice inferior esquerdo e o ponto (uo, vo) e dimensoes sao �u e �v. A transformac;ao X(u, v) = (x(u, v),y(u, v)) leva esse retangulo em um retangulo R, sendo um dos vertices o ponto (xo,Yo) = X(uo, vo). 0 vetoresXu(uo, vo) = (xu(uo, vo),Yu(uo, vo)) eXv(uo, vo) = (xv(uo, vo),Yv(uo, vo)) sao tangentes a S no ponto (xo,Yo). 146 Figura 25: S61ido e regiao D a ser integrada Fonte: o autor. Fazendo uso de coordenadas polares e lembrando que o Jacobiano da trans formac;ao e dado por r: Justificativa: no teorema de mudanc;a de variaveis, vimos que o Jacobiano aparece na f 6rmula. Vamos ver o porque dele aparecer e como af eta a integral dupla. Iniciamos com um retangulo S no piano uv cujo vertice inferior esquerdo e o ponto (uo, vo) e dimensoes sao �u e �v. A transformac;ao X(u, v) = (x(u, v),y(u, v)) leva esse retangulo em um retangulo R, sendo um dos vertices o ponto (xo,Yo) = X(uo, vo). 0 vetoresXu(uo, vo) = (xu(uo, vo),Yu(uo, vo)) eXv(uo, vo) = (xv(uo, vo),Yv(uo, vo)) sao tangentes a S no ponto (xo,Yo). 146 Integrais Duplas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 163 Figura 26: Elemento de area na mudarn;;a de variaveis X(u,.v,,Hv) Av r Fonte: o autor. Podemos aproximar a area de S por um paralelogramo determimando pelos ve- tores: a= X(uo + Au, vo) - X(uo, vo) � AuTu b = X(uo, vo + Av) - X(uo, vo) � AvTv Assim, podemos aproximar a area de R por: A(R) = Ila X bll = IIXu X Xvii = AuAvllXu X Xvii Porem, calculando o produto vetorial Xu x Xv, Xu(uo, vo) x Xv(uo, vo) = j k Xu Yu 0 Xv Yv 0 ax ax a(x,y) dU dv ay ay a( u, v) dU dv Logo, la(x,y)I A(R) �AuAvllXu xXvll � a(u,v) AuAv 147 0 υ Δυ S T Δu(u0, υ0) υ=υ0 u=u0 u 0 y R X(u, υ0) X(u0, υ0) a b R X(u0, υ0+Δυ) ΔυXv r(u0+Δu, υ0) X(u0, υ) x (x0, y0) v Δu uX X(u0, υ0) INTEGRAIS MÚLTIPLAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IVU N I D A D E164 Assim, na soma dupla de Riemann, quando fazemos a mudarn;a de variaveis, cada elemento de area Me transformado em I ��:'.�j I �u�v. Uma consequencia da regra da cadeia, que facilita o calculo do Jacobiano, e dada pelo seguinte teorema que estabelece a relac;ao entre os Jacobianos ��:'.�j e ���'.�j. Teorema 6. Os Jacobianos ��:'.�j e ���'.�j satisfazem a seguinte rela(;iio: • Exemplo 6 a(x,y) . a(u, v) = 1. a(u, v) a(x,y) (a) Determine a area da regiao delimitada pelas curvas .xy = 1, .xy = 3, x2 -y2 = 1 ex2 -y2 = 4. Primeiramente, fazemos um esboc;o da regiao: Figura 27: Regiao D a ser integrada xy=3 . .. Fonte: o autor. Fac;amos a seguinte mudanc;a de variaveis u = .xy e v = x2 - y2 . Segue que 1 :s; u :s; 3 e 1 :s; v :s; 4. 0 Jacobiano da transformac;ao, ��:'.�j, nao pode ser imediatamente calculado, pois x e y devem ser func;oes explfcitas de u e v, a 148 Assim, na soma dupla de Riemann, quando fazemos a mudarn;a de variaveis, cada elemento de area Me transformado em I ��:'.�j I �u�v. Uma consequencia da regra da cadeia, que facilita o calculo do Jacobiano, e dada pelo seguinte teorema que estabelece a relac;ao entre os Jacobianos ��:'.�j e ���'.�j. Teorema 6. Os Jacobianos ��:'.�j e ���'.�j satisfazem a seguinte rela(;iio: • Exemplo 6 a(x,y) . a(u, v) = 1. a(u, v) a(x,y) (a) Determine a area da regiao delimitada pelas curvas .xy = 1, .xy = 3, x2 -y2 = 1 ex2 -y2 = 4. Primeiramente, fazemos um esboc;o da regiao: Figura 27: Regiao D a ser integrada xy=3 . .. Fonte: o autor. Fac;amos a seguinte mudanc;a de variaveis u = .xy e v = x2 - y2 . Segue que 1 :s; u :s; 3 e 1 :s; v :s; 4. 0 Jacobiano da transformac;ao, ��:'.�j, nao pode ser imediatamente calculado, pois x e y devem ser func;oes explfcitas de u e v, a 148 xy=3 xy=1 15 1 0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 x2-y2=4x2-y2=1 2 Figura 27: Região D a ser integrada Assim, na soma dupla de Riemann, quando fazemos a mudarn;a de variaveis, cada elemento de area Me transformado em I ��:'.�j I �u�v. Uma consequencia da regra da cadeia, que facilita o calculo do Jacobiano, e dada pelo seguinte teorema que estabelece a relac;ao entre os Jacobianos ��:'.�j e ���'.�j. Teorema 6. Os Jacobianos ��:'.�j e ���'.�j satisfazem a seguinte rela(;iio: • Exemplo 6 a(x,y) . a(u, v) = 1. a(u, v) a(x,y) (a) Determine a area da regiao delimitada pelas curvas .xy = 1, .xy = 3, x2 -y2 = 1ex2 -y2 = 4. Primeiramente, fazemos um esboc;o da regiao: Figura 27: Regiao D a ser integrada xy=3 . .. Fonte: o autor. Fac;amos a seguinte mudanc;a de variaveis u = .xy e v = x2 - y2 . Segue que 1 :s; u :s; 3 e 1 :s; v :s; 4. 0 Jacobiano da transformac;ao, ��:'.�j, nao pode ser imediatamente calculado, pois x e y devem ser func;oes explfcitas de u e v, a 148 Integrais Duplas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 165 menos que expressemos x e y dessa forma. No en tan to, Segue que: Assim, d(u,v) d(x,y) d(x,y) 1 d(u, v) - o(u,v). d(x,y) y X = 2y = 2v. -y 1 X X X d(x,y) 1 d(u, v) 2v· Nao esquecendo de incluir o modulo do Jacobiano, temos: A = ff ldA = { 4 { 3 __!__dv du. jjD 11 11 2v 0 calculo dessa integral dupla e imediato e vale � ln ( 3). (b) Calcule {{ x - y dA em que R e a regiao compreendida pelas retas x - y = j}R x+y O,x-y= 1,x+y= 1 ex+y=3. Pela definiNx(qo) -/- 0. 0 plano tan gente a M em um ponto Poe o plano que passa por Poe tern Na(qo) como vetor normal. 0 plano tangente de uma superficie S no ponto p E S e denotado por • Exemplo 7 . 0 grafico def e uma superficie (a) Seja f: D c JR2----+ JR uma fun 0. Vamos resumir: Coordenadas Retangulares: podemos olhar o grafico de z = f(x,y), no qual f e uma furn;ao C1 definida sobre um domfnio D, como uma superficie parametrizada com para.metros x e y. Basta tomar: Coordenadas Polares: do mesmo modo, podemos olhar uma superficie dada em coordenadas cilindricas como z = g(r1 8), como uma superffcie parametrizada . Basta definir: x=rcos(8), y=rsen(8)1 z=g(r,8). Coordenadas Esfericas:Tambem podemos olhar uma superff cie dada em coor dendas esfericas p = h( , 8) como uma superffcie parametrizada com parametros e 8. Basta definir: x= h(,8) sen ()cos(8), y = h(,8) sen () sen (8), z = h ( 1 8) cos (). 153 INTEGRAIS MÚLTIPLAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IVU N I D A D E170 Integrais Duplas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 171 Segue que E = l,F = O,G= 1. Parametriza�ao do Cilindro: o cilindro x2 + y2 = 1 e pararnetrizado por: X(u; v) = ( cosu, sen u, v ) em que (u, v) E [0,21t] x R Segue queXu = (- senu;cosu,O) eXv = (0,0, I) e ass1m: E = Xu · Xu= II(- sen u1 cosu, 0) 112 = 1, G = X1. ·Xv= 11(0;0, 1 )f = 1, F =Xu ·Xv= 0. Segue que E = l,F = O,G= 1. Parametriza�ao da Helicoide: a helic6ide e "urna escada em espiral ", tern a seguinte parametriza�ao: X(u; v) = (vcosu; v sen u, au) em que (u; v) E [O; 21t] x R Segue que: Xu= (-vsen u, vcosu, a) e Xv= ( cosu; sen u, 0) e, assim, E = Xu ·Xu= II (-vsen u, vcosu,a) 112 = v2 + a2 , G = Xv ·Xv= II (cosu; senu,O) 112 = 1, F =Xu ·Xv= O. Segue que E = v2 +a2 ,F = O;G= I. (b) Seja f: D --+ JR uma fun�ao de classe C1 . 0 grafico de f e uma superficie M. Ja vimos que: X: D --+ JR.3 (u;v) r-+ (u;v,J(u;v)) 155 INTEGRAIS MÚLTIPLAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IVU N I D A D E172 e uma parametrizac;ao para M. Alem disso, e facil calcular: Xu = (1,0,Ju) eXv = (0, l,Jv). Assim, E = Xu · Xu = 1 + //;, G =Xv · Xv = 1 + /;, F = Xu ·Xv = fufv· Definic;ao 3 (.Area de uma superficie). Seja R c S uma regiiio limitada de uma superf{cie com parametriza�iio dada par X : U C JR.2 ----+ S. Ao numero positivo, chamamos de area de R. Note que Q e o dom{nio da parametriza�iio X. Como vale: entao, temos que: IIXu XXv ll = VEG-F2 . Assim, podemos reescrever: = Teorema 7. A area de uma regiiio limitada R de uma superf{cie S com parametriza�iio dada par X: UC JR.2 ----+ S, com X(Q) R, e dada par: A(R) = f lllXu xXvlldudv = fl VEG-F2dudv. (17) 156 Integrais Duplas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 173 No caso em que a superficie Se grafico da furn;ao z = f(x,y), temos que X(x,y) = (x,y,f(x,y)) e uma parametriza 0. Seja X a parametriza, 0) = ( (b + acos) cos 0, (b + acos) sen 0, a sen ), em que , 0 E [O, 21t]. Figura 29: Toro Fonte: o autor. Vemos que (tomando b = 3 ea= 1), X = (- sencos0, - sencos0,cos) 158 em que O :::; r :::; 2 e O :::; 0 :::; 21t. E facil obter que E = 2, G = -,2 e F = 0. Segue que: A(M) = J L �drd0 = 41tV2. ( c) Calcule a area do plano 2x + y + z = 4 que esta no interior do cilindro .x2 + y2 = 1. Sejam Do disco .x2 + y2 :::; 1 e X: D-+ JR3 a parametriza, 0) = ( (b + acos) cos 0, (b + acos) sen 0, a sen ), em que , 0 E [O, 21t]. Figura 29: Toro Fonte: o autor. Vemos que (tomando b = 3 ea= 1), X = (- sencos0, - sencos0,cos) 158 Integrais Duplas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 175 Xe= ( (b + acos) sen 0, (b + acos) cos 0, 0), em que temos que: . E=l, F=O, G=(3+cos)2 Logo, a area de M e dada por: A(M) = fo21t fo21t V(3 +cos)2 d0d = 121t2 . ( e) Determine a area do paraboloide z = x2 + y2 que esta abaixo do plano z = 9. Se z = 9, entao, a equa) sen 0, (b + acos) cos 0, 0), em que temos que: . E=l, F=O, G=(3+cos)2 Logo, a area de M e dada por: A(M) = fo21t fo21t V(3 +cos)2 d0d = 121t2 . ( e) Determine a area do paraboloide z = x2 + y2 que esta abaixo do plano z = 9. Se z = 9, entao, a equaReprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IVU N I D A D E176 Integrais Duplas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 177 a ::; x ::; b, em torno do eix o x, entiio, temos: Seo grafico da curva y = f(x), a::; x::; be g irado em torno do eix o y, temos: Para deduzir (*), devemos dar uma parametriza19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 181 INTEGRAIS MÚLTIPLAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IVU N I D A D E182 Assim, se f(x,y,z) 1, obtemos que fJL 1 dV e tambem o volume do s6lido R. Propriedades 1. Sejam f e g fun(;8es integraveis sabre uma regiao arbitraria R do espa(;o e c E R Entao, valem as seguintes propriedades: (a) JJL(f+g) dV= JJLtdV+ JJLgdV. (b) JJL cf dV = c JJLtdV. (c) Se R = R1 UR2 e R = R1 nR2 tem volume zero, entao, JJL 1 URz f dV = JJL 1 f dV + JJL 2 f dV. (d) Se m � f(x,y,z) � M, para todo (x,y) ER, entao, m · V(D) � fl f(x,y) dA � M · V(D), em que V(D) ea volume da regiao R. 2.1 Calculo de integrais iteradas: Teorema de Fubini 0 teorema de Fubini e valido para integrais triplas. Antes de apresenta-lo, va mos introduzir alguns tipos especiais de regioes R do espaFonte: o autor. Outro resultado que iremos usar neste texto e que o volume de qualquer para lelepf pedo determinado pelos vetores u, v e w, nao nulos e nao paralelos a um mesmo plano, e dado pelo valor absoluto de w · ( u x v), isto e, o volume do para lelepf pedo determinado pelos vetores u, v e w e dado por: V=lw·(uxv)I. Figura 2: volume do paralelepf pedo \:·- ..... ... .. ,� � .�\�· /' V -·\ Fonte: o autor. 6 . . Figura 1: Area do paralelogramo determinado por esses vetores .... .,,..,. / _,,..-.,,,.-·- / Fonte: o autor. Outro resultado que iremos usar neste texto e que o volume de qualquer para lelepf pedo determinado pelos vetores u, v e w, nao nulos e nao paralelos a um mesmo plano, e dado pelo valor absoluto de w · ( u x v), isto e, o volume do para lelepf pedo determinado pelos vetores u, v e w e dado por: V=lw·(uxv)I. Figura 2: volume do paralelepf pedo \:·- ..... ... .. ,� � .�\�· /' V -·\ Fonte: o autor. 6 . . Curvas Parametrizadas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 19 1.1 CURVAS PARAMETRIZADAS Suponha que urna partícula, representada por urn ponto, movimenta-se no espaço. Suas coordenadas x, y e z variam corn o tempo t. Os matemáticos pensam no movimento como uma função r que a cada instante t de um intervalo I e lR associa uma terna (x(t), y(t); z(t)) E JR.3. Note que a função r(t) é também pensada como um vetor, e podemos representá-la por: r(t) = x(t)i + y(t)j + z(t)k ou simplesmente por: r(t) = (x(t),y(t);z(t)). As funções do tipo r são chamadas de funções vetoriais de variável real. As funções x(t), y( t) e z(t) são chamadas de funções componentes. A extensão da noção de funções vetoriais de variável real para o espaço JR.n é imediata. Definimos o limite da função r quando t tende a to, t -+ to, tomando simplesmente o limite das funções componentes: limr(t) = lirnx(t)i+ limy(t)J+ limz(t)k. t----J,to t----J,to t----J,to t----J,to Ou equivalentemente: limr(t) = (limx(t). limy(t). limz(t)). /�to f----J,lo f�to f----J,to Isso nos permite definir continuidade de r em to. Dizemos que r é contínua em to se existe r(to) e se: lim r(t) = r(to). f----J,to É claro que dizer que r é contínua em to equivale dizer que as funções compo nentes são contínuas ern to. 7 CURVAS PARAMETRIZADAS FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E20 Também podemos definir a derivada der em to. Dizemos quer é derivável em to se o seguinte limite existe: Ou equivalentemente: '( ) 1. r(to+h)-r(to) r to = 1m . h--+0 h '( ) 1. r(to+h)-r(to)r to = 1m h h--+0 _ (i· x(to+h)-x(to) 1. y(to+h)-x(to) 1. z(to+h)-z(to))- 1m , 1m , 1m ------ h--+0 h h--+0 h h--+0 h = (x' (to) ,y' (to), z' (to)). Podemos usar as seguintes notações r'(to) ou :/(to) para denotar a derivada de uma curva no ponto to. Se r está definida em um intervalo aberto I = ( a, b) e sua derivada r' é uma função contínua em I, dizemos quer é uma função de classe C1 . Quando o domínio der não é aberto, dizer que ela é de classe C1 significa dizer ela admite uma extensão definida em um intervalo aberto que é de classe C1 . Finalmente, podemos definir curva parametrizada. Definição 1. Uma curva parametrizada é uma função r: I-+ ]Rn de classe c1 , em que n = 2,3, .... As curvas são úteis para descrever o movimento de uma partícula no espaço. O traço da curva parametrizada r : I -+ ]Rn é a imagem da curva parametrizada, isto é, é o conjunto r(I). O traço é também chamado de curva. • Exemplo 1 (a) Parametrização de uma reta: uma reta fica completamente determinada quando se conhece um de seus pontos e seu vetor diretor. Assim, se A = (xo,Yo,zo) é um ponto e v = (a,b,c) é um vetor diretor da reta r, todo 8 Curvas Parametrizadas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 21 ponto P = (x,y,z) da reta deve satisfazer P -A= tv, para algum real t. Ou (x,y,z)- (xo,Yo:zo) = t(a,b,c), para algum escalar real t. Segue q ue: (x-xo i Y-Yo,z-zo) = t(a,b,c). Ou equivalentemente: x= xo +ta y = Yo+tb z = zo + ct, t E R Essas sao as conhecidas equa96es parametricas da reta. Logo, e uma parametriza9ao da reta. (b) Parametriza O e t E� tem como traço a circunferência com centro na origem e raio r. Para ver isso, basta verificar que x(t) = rcos(t) e y(t) = r sen (t) satisfazem .x2 + y2 = -r2. Observamos que essa circunferência se enrola sobre si mesma infinitas vezes no sentido horário, o intervalo [O, 21t] é suficiente para uma volta completa. Note que a(t) = (xo + rcos(t),yo + rsen (t)), com r > O e t E� tem como (d) traço a circunferência com centro no ponto (xo,Yo) e raio r. A equação paramétrica da elipse. A curva c(0) = (acos(0),bsen (0)), 0 E [O, 21t] e a, b > O é uma elipse. Para identificar a curva, observamos que como x = acos(0) e y = b sen (0), temos que: X - = cos(0), a r = sen (0). Elevando cada uma das expressões ao quadrado e somando, obtemos: que é uma elipse. Agora, fica mais fácil esboçar essa curva. (e) A equação paramétrica da hélice circular de raio a > O é dada por: r(t) = (acos(t),a sen (t),mt),t E �,m > O. Seu traço é apresentado a seguir é a curva que se enrola no cilindro de raio a> O. 10 Curvas Parametrizadas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 23 Figura 4: Parte do traz Fonte: o autor. y Assim, o s6lido de integracoordena- das retangulares e cilíndricas estão relacionadas da seguinte forma: x = r cosθ, y = r sen θ, z = z, (24) em que r ≥ 0, θ ∈ [0,2π] e z ∈ R. O Jacobiano da aplicação é ∂(x,y,z) ∂(r,θ,z) = ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ cosθ −r sen θ 0 sen θ r cosθ 0 0 0 1 ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ ∣ = r · (cos2 θ+ sen 2θ) = r > 0. 173 INTEGRAIS MÚLTIPLAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IVU N I D A D E190 Logo, pelo teorema de mudarn;a de variaveis, temos: JJl. f(x,y,z) dxdydz = JJl f(r cos 8, r sen 8,z) rdrd8dz. (25) Mudarn;a de coordenadas esfericas: como vimos anteriormente, as coordenadas retangulares estao relacionadas com as coordenadas esfericas por: x = p sen � 1t e O � 8 � 21t. 0 Jacobiano da aplicarbastantes utilizados. Como aplica. 188 sao: Centro de massa Myz = JJl xf(x,y,z)dV Mxz = fJlyf(x,y,z)dV Mxy = fJl zf(x,y,z)dV. Myz _ Mxz _ Mxy i = M ,y = M , z= M . Como exemplo, vamos determinar o centro de massa do s61ido de densidade constante limitado pelo disco x2 + y2 :::; 4 ao piano z = 0 e pelo paraboloide z= 4- x2 -y2. A figura, a seguir, ilustra o s61ido S e a regiao R do piano. S61ido S e a regiao D y X Fonte: o autor. Por causa da simetria do s61ido R e da densidade f = c constante em rela. 188 REFERÊNCIASREFERÊNCIAS 206 Ref erencias Bibliograficas [1] ANTON, H.; BI VENS, I. ; DAVIS, S. Calculo. V. 1 e 2. 8. ed. Porto Alegre: Ed. Bookaman, 2007. [2] EDWARDS, G. H.; PENNEY, D. E. Calculus with a Analytic Geome try. NJ: PrenticeHall, 1998. [3] LARSON, R. E, HOSTELER, R. P., EDWARDS, D. E. Calculo com Ge ometria Analitica. Rio de Janeiro: LTC, 1998. [4] LEITHOLD, L. 0 Calculo com Geometria Analitica. V. 1 e 2. 3. ed. Sao Paulo: Ed. Harbra, 1994. [5] MARSDEN. J. G., TROMBA, A. J .. Vector Calculus. New York: W. H. Freeman and Company, 1981. [6] PROTTER, M. H.; MORREY, C. B. A fisrt course in Real Analysis. New York: Springer, 1991. [7] SIMMONS, G. F. Calculo com Geometria Analitica. V. 1. Sao Paulo: Ed. MacGraw-Hill, 1987. [8] STEWART, James. Calculo. V. 1 e 2. 7. ed. Sao Paulo: Ed. Cengage Learning, 2013. 189 REFERÊNCIAS 207 GABARITO U N ID A D E V Professor Dr. Doherty Andrade CÁLCULO VETORIAL Objetivos de Aprendizagem ■ Introduzir o conceito de campo vetorial. ■ Apresentar condições para um campo vetorial ser conservativo. ■ Introduzir as integrais de linha e integrais de superfície. ■ Apresentar os Teoremas de Green, Gauss e Stokes. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Campos Vetoriais ■ Integrais de Linha ■ Teorema de Green ■ Integrais de Superfícies ■ Teoremas de Stokes ■ Teoremas de Divergência de Gauss Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 211 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO Nesta unidade, vamos nos dedicar ao estudo de três importantes teoremas: o teo- rema de Green, o teorema da divergência de Gauss e o teorema de Stokes. Esses teoremas são generalizações do teorema fundamental do cálculo. São inúmeras as aplicações desses teoremas no campo das engenharias, física e na própria matemática. Vamos ter a oportunidade de apresentar algumas dessas aplicações. O teorema de Green que substitui o cálculo de uma integral de linha sobre uma curva fechada, encerrando uma região D por uma integral dupla sobre D. O teorema de stokes é um importante teorema que estabelece uma igualdade entre a integral de superfície de um campo vetorial sobre uma superfície S com uma integral de linha sobre a curva C que é fronteira de S. Nesta unidade, estudaremos o Teorema da divergência de Gauss. Esse importante resultado estabelece uma igualdade entre uma integral de superfície do campo F e uma integal tripla do divF sobre sólido E que tem S como bordo. A fronteira de um sólido é uma superfície fechada. O teorema mostra que o fluxo através de tais superfícies pode ser expresso em termos do divergente do um campo vetorial. Nesta unidade, vamos utilizar os conceitos e operações com vetores, curvas e superfícies parametrizadas já vistos anteriormente. 1 CAMPOS VETORIAIS Um campo vetorial, ou campo de vetores, é basicamente uma função que associa a cada ponto do espaço um vetor desse espaço. Como exemplo de campo, podemos citar o campo de velocidade do ar, o campo magnético, campo elétrico, campo de velocidade de escoamento de um fluido, campo de forças e o campo gravitacional 193 CÁLCULO VETORIAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. VU N I D A D E212 da Terra. Mais precisamente: Defini�ao 1. Seja D um conj unto em R3 . Um campo veto rial sob re IB.3 e uma aplica�ao: (x1 y1 z) H F(x,y,z). Mesma definirao para campo vetorial do R2 : Campos vetoriais podem ser definidos em qualquer espa�o IB.n , mas, nesse texto, vamos nos concentrar em IB.2 e IB.3 . Figura 1: Campo de vetores normais a uma supetffcie e campo de vetores tan gentes a uma cunra • Exemplo 1 ,/� \\ I \ I \ \ ); I /I _,,/" Fonte: o autor. 194 CAMPOS VETORIAIS da Terra. Mais precisamente: Defini�ao 1. Seja D um conj unto em R3 . Um campo veto rial sob re IB.3 e uma aplica�ao: (x1 y1 z) H F(x,y,z). Mesma definirao para campo vetorial do R2 : Campos vetoriais podem ser definidos em qualquer espa�o IB.n , mas, nesse texto, vamos nos concentrar em IB.2 e IB.3 . Figura 1: Campo de vetores normais a uma supetffcie e campo de vetores tan gentes a uma cunra • Exemplo 1 ,/� \\ I \ I \ \ ); I /I _,,/" Fonte: o autor. 194 da Terra. Mais precisamente: Defini�ao 1. Seja D um conj unto em R3 . Um campo veto rial sob re IB.3 e uma aplica�ao: (x1 y1 z) H F(x,y,z). Mesma definirao para campo vetorial do R2 : Campos vetoriais podem ser definidos em qualquer espa�o IB.n , mas, nesse texto, vamos nos concentrar em IB.2 e IB.3 . Figura 1: Campo de vetores normais a uma supetffcie e campo de vetores tan gentes a uma cunra • Exemplo 1 ,/� \\ I \ I \ \ ); I /I _,,/" Fonte: o autor. 194 Campos Vetoriais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 213 da Terra. Mais precisamente: Defini�ao 1. Seja D um conj unto em R3 . Um campo veto rial sob re IB.3 e uma aplica�ao: (x1 y1 z) H F(x,y,z). Mesma definirao para campo vetorial do R2 : Campos vetoriais podem ser definidos em qualquer espa�o IB.n , mas, nesse texto, vamos nos concentrar em IB.2 e IB.3 . Figura 1: Campo de vetores normais a uma supetffcie e campo de vetores tan gentes a uma cunra • Exemplo 1 ,/� \\ I \ I \ \ ); I /I _,,/" Fonte: o autor. 194 (a) F(x,y) = (−y,x) é um campo vetorial. (b) F(x,y,z) = −c r3 (x,y,z), em que r = √ x2 + y2 + z2 e c é uma constante, é um campo vetorial muito semelhante ao campo gravitacional da terra. (c) Seja f uma função real de duas ou três variáveis e diferenciável. Já definimos o vetor gradiente de f : ∇ f (x,y,z). O campo vetorial F(x,y,z) = ∇ f (x,y,z) é chamado de campo gradiente de f . Decidir se um dado campo vetorial é um campo gradiente é uma questão importante que será abordada ainda nesta unidade. Já provamos que, se temos uma superfície de nível S dada por f (x,y,z) = c com f diferenciável com derivadas parciais de primeira ordem contínuas, então, o vetor gradiente ∇ f (P) é ortogonal a S no ponto P. Vamos ver, agora, como representar graficamente um campo de vetores. Para fa- cilitar, tomemos um campo vetorial definido no plano R2: F(x,y). Desenhamos o vetor F(x,y) junto ao ponto (x,y). Por exemplo, para o campo dado por F(x,y) = (−y,x), desenhamos alguns de seus vetores. Figura 2: Campo vetorial F(x,y) = (−y,x) Fonte: os autor (2016). 195 Fonte: os autor (2016). (a) F(x,y) = (-y,x) e um campo vetorial. (b) F(x,y,z) = -� (x,y,z), em que r = Jx2 +y2 +z2 e c e uma constante, e um r campo vetorial muito semelhante ao campo gravitacional da terra. (c) Seja f uma furn;ao real de duas ou tres variaveis e diferenciavel. Ja definimos o vetor gradiente def: V f(x,y,z). 0 campo vetorial F(x,y,z) = V f(x,y,z) e chamado de campo gradiente de f. Decidir se um dado campo vetorial e um campo gradiente e uma questao importante que sera abordada ainda nesta unidade. Ja provamos que, se temos uma superficie de nfvel S dada por f(x,y,z) = c com f diferenciavel com derivadas parciais de primeira ordem contfnuas, entao, o vetor gradiente V f(P) e ortogonal a S no ponto P. Vamos ver, agora, como representar graficamente um campo de vetores. Para facilitar, tomemos um campo vetorial definido no piano JR2 : F(x,y). Desen hamos o vetor F(x,y) junto ao ponto (x,y). Por exemplo, para o campo dado por F(x,y) = (-y,x), desenhamos alguns de seus vetores. Figura 2: Campo vetorial F(x,y) = (-y,x) //////�------�,,,,,, ///////�-----,,,,,,, /////,, ______ ,,,,,,, ///// / / / _ _ _ __ ,,,,,,, I I I / / / , - - - - - , , , , , \ \ \ I I I / / I � � � � - ' ' ' ' ' ' \ \ \ 1111 1 1 ..- , ., ... .. ... .... , , , ,,,, ,,,,, , , , ,, _ . , , , , , \\\\ l I I I I I ' ' • • • ' ' \ \ '' '' l l l l I I I I ' ' ' 1 1 1 1 1 1 1 1 l l l 1 -t.\ I I • • • I ,-� I I 1 1 \\\I , , , • • · · , , , 1,1 I I / / \\\\ , , , , ..,. _ _ ,. , , , , ,,,, \\\\ \ , -.. , ... - - .. , .1 1 1 1111 \ \ , � , � , , � � � � � � ? / I I I I \ \ \ , , , , , - - - - - ; ; ;/ / I I ,,,�,,,, - - - ��� / ///// ,,,,,,,, ______ ////// ,,,,,, ________ ////// ,,,,,,---�---/////// Fonte: os autor (2016). 195 . CÁLCULO VETORIAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. VU N I D A D E214 Por exemplo, F(l,O) = (0, 1), logo, desenhamos o vetor (0, 1) com origem no ponto ( 1, 0). Do mesmo modo, desenhamos F ( 0, 1) = ( -1, 0) com origem no ponto (0, 1). E assim sucessivamente. Com ajuda do software Maple, plotamos alguns vetores desse campo. • Exemplo 2 0 campo vetorial F(x,y) = (2xy,x2-2y) e um campo gradiente, pois V f(x,y) = F(x,y), emquef(x,y) =x2y-y2 . Defini�ao 2. Um campo vetorial F e dito um campo vetorial conservativo se existe uma funr;ao f tal que F = V f . Nesse caso, dizemos que f e uma funr;ao potencial de F. • Exemplo 3 Considere o campo gravitacional entre dois corpos de massa m e M: em que (x,y,z) e a posi with(plots): > fieldplot([-y,x],x=-1..1,y=-1..1,thickness=3); > fieldplot3d([x,y,z],x=-1..1,y=-1..1,z=-1..1, thickness=3); Fonte: o autor. #SAIBA MAIS# Divergência de um campo vetorial: seja F(x,y,z) = (v1(x,y,z),v2(x,y,z),v3(x,y,z)) um campo vetorial com funções componentes v,v2 e v3 tendo derivadas parciais de primeira ordem contínuas. Cha- mamos de o divergente de F à seguinte função divF = ∂v1 ∂x + ∂v2 ∂y + ∂v3 ∂z . • Exemplo 4 O campo vetorial F(x,y,z) = (xy,yz,zx) tem divergente igual a divF(x,y,z) = ∂v1 ∂x + ∂v2 ∂y + ∂v3 ∂z = y+ z+ x. Uma forma elegante de representar o divergente de um campo é por meio do gradiente com o produto interno entre o vetor ∇ = ( ∂ ∂x , ∂ ∂y , ∂ ∂z ) e o campo F . Isto é, se F(x,y,z) = (v1(x,y,z),v2(x,y,z),v3(x,y,z)), então, divF = ∇ ·F = ( ∂ ∂x , ∂ ∂y , ∂ ∂z ) · (v1,v2,v3) = ∂v1 ∂x + ∂v2 ∂y + ∂v3 ∂z . Observamos que se F = ∇ f , então, div(F) = div(∇ f ) = ∆ f , onde ∆ f = fxx + fyy + fzz é chamado de o Laplaciano de f . Interpretação física para o divergente: se F(x,y,z) é um campo de velocidades de um fluido, então, divF(x,y,z) mede a taxa de variação total, com relação ao tempo, da massa de fluido escoando do ponto (x,y,z) por unidade de volume. 197 0 software Maple pode plotar campos vetoriais em duas ou tres dimensoes. Veja os comandos para dois campos: > with(plots): > fieldplot([-y,x],x=-1 .. 1,y=-1 .. 1,thickness=3); > fieldplot3d([x,y,z],x=-1 .. 1,y=-1 .. 1,z=-1 .. 1, thickness=3); Fonte: o autor. #SAIBA MAIS# Divergencia de um campo vetorial: seja F(x,y,z) = (v1(x,y,z),v2(x,y,z),v3(x,y,z)) um campo vetorial com func;oes componentes v, v2 e v3 tendo derivadas parciais de primeira ordem contfnuas. Chamamos de o divergente de F a seguinte func;ao: • Exemplo 4 d. F _ av1 av2 av3 IV - ax + ay + az . 0 campo vetorial F(x,y,z) = (xy,yz,zx) tern divergente igual a divF(x,y,z) = av1 + av2 + av3 = y+ +x.d.X dy dZ z Uma forma elegante de representar o divergente de um campo e por meio do gradiente com o produto interno entre o vetor V = ( :x, : y , :z) e o campo F. Isto e, se F(x,y,z) = (v1 (x,y,z), v2(x,y,z), v3(x,y,z) ), entao, . a a a av1 av2 av3 d1vF = V ·F = (ax' ay' az) · (v1, v2, v3) = ax + ay + az · Observamos que se F = V f, entao, div(F) = div(V f) = ,�.f, onde /if = f xx+ fyy + fzz e chamado de o Laplaciano def. lnterpreta�ao fisica para o divergente: se F(x,y,z) e um campo de velocidades de um fluido, entao, divF(x,y,z) mede a taxa de variac;ao total, com relac;ao ao tempo, da massa de fluido escoando do ponto (x,y,z) por unidade de volume. 197 CÁLCULO VETORIAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. VU N I D A D E216 Se divF = 0, dizemos que o fluido e incompressfvel. Os lfquidos, sao, geralmente, incompressfveis. Ja os gases, compressfveis. Rotacional de um campo vetorial: seja F(x,y,z) = (v1 (x,y,z), v2(x,y,z), v3(x,y,z)) um campo vetorial com func;oes componentes v1, v2 e v3 tendo derivadas parciais de primeira ordem contfnuas. 0 rotacional de F e definido como sendo o produto vetorial entre o vetor V e o campo F. Isto e, rotF = y' X F = ( a V3 _ a v2 ' a v1 _ a V3 ' a v2 _ a v1 ) ay az az ax ax ay lnterpreta�ao fisica para o rotacional: se F(x,y,z) e um campo de velocidades de um fluido, partfculas pr6ximas de (x,y,z) no fluido tendem a girar em torno de um eixo que aponta na direc;ao de rotF(x,y,z). 0 comprimento desse vetor e a medida de quao rapido as partfculas do fluido giram em torno desse eixo. Se rotF = 0, dizemos que o campo e irrotacional. • Exemplo 5 Vamos determinar rotF, em que F(x,y,z) = (xz,.xyz, -y2 ). Temos que: rotF • Exemplo 6 VxF= -!t -----: ----:+k l 1 a a a ax ay az xz xyz -y2 (-2y- xy,x,yz) = (-y(2+x),x,yz) . 198 Integrais de Linha Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 217 Se divF = 0, dizemos que o fluido e incompressfvel. Os lfquidos, sao, geralmente, incompressfveis. Ja os gases, compressfveis. Rotacional de um campo vetorial: seja F(x,y,z) = (v1 (x,y,z), v2(x,y,z), v3(x,y,z)) um campo vetorial com func;oes componentes v1, v2 e v3 tendo derivadas parciais de primeira ordem contfnuas. 0 rotacional de F e definido como sendo o produto vetorial entre o vetor V e o campo F. Isto e, rotF = y' X F = ( a V3 _ a v2 ' a v1 _ a V3 ' a v2 _ a v1 ) ay az az ax ax ay lnterpreta�ao fisica para o rotacional: se F(x,y,z) e um campo de velocidades de um fluido, partfculas pr6ximas de (x,y,z) no fluido tendem a girar em torno de um eixo que aponta na direc;ao de rotF(x,y,z). 0 comprimento desse vetor e a medida de quao rapido as partfculas do fluido giram em torno desse eixo. Se rotF = 0, dizemos que o campo e irrotacional. • Exemplo 5 Vamos determinar rotF, em que F(x,y,z) = (xz,.xyz, -y2 ). Temos que: rotF • Exemplo 6 VxF= -!t -----: ----:+k l 1 a a a ax ay az xz xyz -y2 (-2y- xy,x,yz) = (-y(2+x),x,yz) . 198 INTEGRAIS DE LINHA CÁLCULO VETORIAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. VU N I D A D E218 Defini�ao 3. Se jam C uma curva em JR.3 parametrizada par r(t) = (x(t), y(t), z(t)), t E [a,b] e de classe C1 e F(x,y,z) = (F1(x,y,z),F2(x,y,z),F3(x,y,z)) um campo vetorial continua definido em uma regiiio contendo a curva C. Definimos a integral de linha ao longo de C par: LF-dr= 1b F(r(t))·r'(t) dt . (1) Aten�ao para a nota�ao: L F · dr representara uma integral de linha do campo F sobre a curva C, como definido anteriormente. A curva C e tambem chamada de caminho de integrac;ao: r( a) e o ponto inicial da curva e r( b) e o ponto final. Assim, C e, agora, uma curva orientada. A medida que o parametro t varia de a ate b, o ponto r(t) da curva varia de r(a) ate r(b). Essa e chamada de a orientac;ao positiva da curva. Se a curva C e fechada, isto e, r( a) = r( b), a integral de linha e denotada por iF·dr. A integral de linha definida acima pode ser representada como: 0 teorema a seguir afirma que o resultado obtido da integral de linha nao depende da parametrizac;ao escolhida paraa curva. Em outras palavras, quaisquer duas representac;oes de C que mantem a mesma orientac;ao positiva de C, tern o mesmo valor para a integral de linha. Teorema 2. A integral de linha L F · dr niio depende da particular parametriza (;iio escolhida para a curva C. • Exemplo 7 (a) Seja F(x,y,z) = (x,y,z) um campo vetorial e C a curva parametrizada dada por r(t) = (sent,cos t,t), t E [0,21t]. Calcule L F · dr. 200 Integrais de Linha Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 219 Como r'(t) =(cost, -sent, 1) e F(r(t)) = F(sent,cos t,t) = (sent,cos t,t). Usando a formula (1), temos: [ F · dr = fo21t F(r(t)) . r' (t) dt = fo2rc (sent,cost,t) · (cost,-sent,l)dt = fo21t (sentcost- sentcost+t) dt = fo2 1C tdt = 2n2 . (b) Seja F(x,y,z) = (z,x,y) um campo ve tori al e r(t) = (cos(t), sen (t),3t),t E [O, 2n], a curva Ce parte de helice . Avali e [ F · dr. Pela definio autor. Motivação para a integral de linha: sabemos da física que o trabalho realizado por uma força F constante no deslocamento de uma partícula ao longo de um segmento de reta de comprimento d é igual a F · d. Esse conceito de trabalho sugere definir o trabalho T realizado por uma força variável F no deslocamento de uma partícula ao longo de uma curva C. É o que faremos a seguir. 202 CÁLCULO VETORIAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. VU N I D A D E222 (b) Calcule o trabalho T realizado pelo campo de fon;as F(x,y,z) = (x,y,z) em deslocar uma partfcula so bre a curva parametrizada C dada po r: r(t) = (sent,cost,t),tE [0,21t]. co mo r'(t) =(cost, -sent, 1) e F(r(t)) = F(sent,cos t,t) = (sent,cos t,t). Usando a formula (1), temos: L F · dr= fo2rc F(r(t)). r'(t)dt = fo2rc (sent,cost,t) · (cost,-sent,l)dt = fo2rc (sent cost - sent cost+ t) dt = fo2rc t dt = 2n2. (c) Calcule o trabalho realizado po r F(x,y,z) = (x,y,z) ao deslocar uma partfcula so bre a curva r(t) = (t2 , t3 ,t4 ), t E [O, l]. Ago ra, temos que r' ( t) = ( 2 t, 3 t2 , 4 t3 ) e usando a defini1t 1t 1t = fo 2 sentcostdt- fo 2 tsentdt+ fo 2 costdt. As integrais nao oferecem diculdades na solm;ao, logo: 1t E = fo 2 F(r(t)) · r'(t)dt sen t 2 2 2 2 2 1t ( 1t ! ) 1t = -2-1 0 - -tcostl 0 -la (-cost)dt +sentl 0 1 1 =--(0+1)+1=-. 2 2 (3) (b) Encontre a circulaque fazem parte da fronteira da regiao, vamos calcular a integral dupla sobre a regiao R. Observando que M = y2 e N = -xy, e, assim, dN -=-y edx 214 dM dy = 2y, Se C for uma curva simples, fechada, suave por partes, contida inteiramente em U e se D for a regiiio delimitada por C, entiio, iM(x,y)dx+N(x,y)dy =fl(�: - �;) dA. (12) Atem;ao para a nota�ao: iM(x,y) dx+ N(x,y) dy representara uma integral de linha como definido acima em (12), calculada no sentido anti-horario. • Exemplo 12 1. Determine i y2 dx - xy dy, em que C e a fronteira da regiao R dada por R= {(x,y) E ffi.2;1:::; x:::; 2; 1:::; y:::; l+x2 }. Figura 10: Regiao R 5 -------- a, 0 1 2 Fonte: o autor. Esse exemplo ja foi apresentado anteriormente e as contas foram muitas. Mas, agora, vamos usar o teorema de Green, em vez de calcular a integral de linha sobre as curvas que fazem parte da fronteira da regiao, vamos calcular a integral dupla sobre a regiao R. Observando que M = y2 e N = -xy, e, assim, dN -=-y edx 214 dM dy = 2y, Teorema de Green Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 233 Resulta que: j y2 dx-xydy = {{ (aN - aM) dA Jc }JR ax ay r 2 r 1 +x2 = 11 11 (-y-2y)dydx r r 2 1 +x2 163 = -3 11 11 ydydx = -10 · 2. Calcule Pc/x2 -y) dx+ (y2 +x) dy em que Ceo cfrculo x2 + y2 = 4. Observamos que o campo F tern componentes M = x2 -y e N = y2 + x e que a regiao encerrada pela curva e o disco D: x2 + y2 :::; 4. Aplicando o teorema de Green, temos que: Pc/x2 -y) dx+ (y2 +x) dy = fl (1 + l)dA = 2A(D) = 2n22 = 81t. Aqui, A(D) ea area do disco D. Se, no teorema de Green, tivermos um campo F(x,y) = (M(x,y),N(x,y)) tal que aN aM ax - ay = 1, entao, vale O segumte resultado: iM(x,y)dx+N(x,y)dy =fl(�: - a a�) dA = fl 1dA = Area(D). Alguns exemplos de tais campos: F(x,y) = (O,x), F(x,y) = (-y,O) ou F(x,y) = (-!y, !x). Corolario 1. Aplicando o teorema de Green aos campos acima temos: Area(D) = ! J xdy-ydx = J xdy = - J ydx. 2Jc Jc Jc #SAIBA MAIS# Teorema de Green vale para regioes mais gerais 215 CÁLCULO VETORIAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. VU N I D A D E234 Resulta que: j y2 dx-xydy = {{ (aN - aM) dA Jc }JR ax ay r 2 r 1 +x2 = 11 11 (-y-2y)dydx r r 2 1 +x2 163 = -3 11 11 ydydx = -10 · 2. Calcule Pc/x2 -y) dx+ (y2 +x) dy em que Ceo cfrculo x2 + y2 = 4. Observamos que o campo F tern componentes M = x2 -y e N = y2 + x e que a regiao encerrada pela curva e o disco D: x2 + y2 :::; 4. Aplicando o teorema de Green, temos que: Pc/x2 -y) dx+ (y2 +x) dy = fl (1 + l)dA = 2A(D) = 2n22 = 81t. Aqui, A(D) ea area do disco D. Se, no teorema de Green, tivermos um campo F(x,y) = (M(x,y),N(x,y)) tal que aN aM ax - ay = 1, entao, vale O segumte resultado: iM(x,y)dx+N(x,y)dy =fl(�: - a a�) dA = fl 1dA = Area(D). Alguns exemplos de tais campos: F(x,y) = (O,x), F(x,y) = (-y,O) ou F(x,y) = (-!y, !x). Corolario 1. Aplicando o teorema de Green aos campos acima temos: Area(D) = ! J xdy-ydx = J xdy = - J ydx. 2Jc Jc Jc #SAIBA MAIS# Teorema de Green vale para regioes mais gerais 215 INTEGRAIS DE SUPERFÍCIES Δ Δu u υ υ 0 Rij Pij Sij * 0 y x z Aqui, A(D) é a área do disco D. Se, no teorema de Green, tivermos um campo F(x,y) = (M(x,y),N(x,y)) tal que ∂N ∂x − ∂M ∂y = 1, então, vale o seguinte resultado: ‰ C M(x,y)dx+N(x,y)dy = ¨ D ( ∂N ∂x − ∂M ∂y ) dA = ¨ D 1dA = Área(D). Alguns exemplos de tais campos: F(x,y) = (0,x), F(x,y) = (−y,0) ou F(x,y) = (−1 2y, 1 2x). Corolário 1. Aplicando o teorema de Green aos campos acima temos: Área(D) = 1 2 ‰ C xdy− ydx = ‰ C xdy =− ‰ C ydx. #SAIBA MAIS# Teorema de Green vale para regiões mais gerais O teorema de Green que apresentamos aqui não permitia que a região D tivesse buracos. Mas o teorema de Green pode ser estendido para essas regiões e a justi- ficativa para isso é que a região com buracos pode ser dividida em partes em que o teorema vale em cada parte. Região com buracos Fonte: o autor. #SAIBA MAIS# 216 Integrais de Superfícies Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 235 CÁLCULO VETORIAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. VU N I D A D E236 Integrais de Superfícies Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 237 • Exemplo 14 Calcule 1fs (x + y + z)dS, em que Se a superficie dada por r(u, v) = (u + v, u - v, 1 + 2u + v), com O :::; u :::; 2 e O :::; v :::; 1. U sando o teorema 8, precisamos de 11 ru x r v 11- Como ru = ( 1, 1, 2) e rv = ( 1, -1, 1) temos que ru x rv = (3, 1, -2) e, assim llru x rv ll = J'I4. Segue que: fl J(r(u, v)) llru x rv lldA fl (u+v+u- v+ 1 +2u+v)J'I4dA v14 fl (1 +4u+v)dA v14 fo 2 fo\1+4u+v)ddudv= llv14. chamamos uma superficie S de superficie orientavel seSuperficie orientavel: existe um campo de vetores unitarios normais ,t sobre S que varia continuamente com a posis. Em outras palavras, o fluxo de F atraves de S e dado por: (18) Atem;ao para a nota�ao: lfs F · dS representara a integral de superficie do campo vetorial F sobre a superficie S definida em (18). Se Se uma superficie parametrizada por r( u, v), onde ( u, v) ED, entao, um campo de vetores normais sobre S e dado por: r{ = ru X rv llru X rvll" Segue que a integral em (18) pode ser expressa como: s = lfs (F · rf) dS = lfs (F · II ::: :: II ) dS fl F(r(u, v)) · II ::: :: II llru x rvlldA fl F(r(u, v)) · (ru x rv)dA. 221 CÁLCULO VETORIAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. VU N I D A D E240 Logo, s = fl F(r(u, v)) · (ru x rv)dA. (19) Quando a superficie Se graflco de furn;ao, por exemplo, z = g(x.y), (x,y) ED, entao, a equa(to) = �(to) · a' (to)+ a(to) · W (to). d ( c) dt (ax�) (to) = a' (to) x �(to)+ a(to) x W (to). 11 Figura 4: Parte do tra O. Usando a fórmula do comprimento de arco, temos: s= 1b lx'(t)l2 +ly'(t)l2 +lz'(t)l2dt= fo2 1t Ja2 sen 2(t)+a2cos2(t)+m2dt = fo2 1t Ja2+m2dt = Ja2+m2 fo2 n ldt = 2nJa2+m2 . Seja s(t) o comprimento de arco de uma curva parametrizada r do ponto inicial r(a) até a um ponto arbitrário r(t). Logo, temos que: s(t) = 1t v('t)d't. O Teorema Fundamental do Cálculo nos diz que: ds(t) _ ) - V t . dt ( Em outras palavras, a velocidade escalar do movimento de uma partícula é a taxa de variação no tempo do seu comprimento de arco. Se v(t) > O para todo t, então, a função s(t) é estritamente crescente como função de t e, portanto, admite uma inversa t(s). Substituindo t por t(s) na equação paramétrica da curva, obtemos o que chamamos de parametrização pelo comprimento de arco: x = x(s), y = y(s), z = z(s). • Exemplo 4 Como exemplo, consideremos a hélice circular com parametrização dada por r(t) = ( 4cos(t),4 sen (t), 3t). Assim, a velocidade escalar v é dada por: v = J42 sen 2(t) +42 cos2(t) +32 = J42 +32 = J25 = 5. 14 Já a velocidade escalar é: v = llv(l)II = v'lÕ, enquanto a aceleração escalar é a= lla(l)II = v36 = 6. 1.2 Integração de curvas A integral de uma função real com valores vetoriais é definida por analogia ao caso de função real de uma variável real, isto é, se r(t) = (x(t),y(t),z(t)) é uma curva parametrizada, então, t r(t)dt � (t x(t)dt, t y(t)dt, t z(t)dt). As condições para a integrabilidade dessas funções recaem sobre a integrabilidade de cada função componente.-y2))dA 1111 713 (2.x2y+2y2(4-.x2-y2) +x(4-x2 -y2))dxdy = -. o o 180 222 — Teorema de Stokes Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 241 5 TEOREMA DE STOKES Nesta se9ao, trataremos do teorema de Stokes. Esse importante teorema esta belece uma igualdade entre a integral de superficie de um campo vetorial sobre uma superffcie S com uma integral de linha sobre a curva C que e fronteira de S. Nesse sentido, esse resultado e uma generaliza9ao do Teorema de Green para tres dimensoes. Muitas aplica96es importantes desse teorema estao no estudo de campos vetoriais, em particular, na analise do movimento de rota9ao dos fluidos. Para esta se9ao, vamos necessitar do rotacional de um campo F. Voce pode rever a defini9ao de rotacional em (1 ). Vamos considerar que a supetffcie S seja orientada positivamente e que tenha um campo de vetores normais a S. A orienta9ao positiva de S induz uma orienta9ao positiva na curva C fronteira de S: ao andar na orienta9ao positiva da curva com a cabe9a na dire9ao e sentido de N, a superffcie deve estar sempre a sua esquerda. Figura 14: Superffcie S com fronteira orientada Fonte: o autor. Teorema 9 (Stokes). Seja S uma superf{cie orientada, suave por partes, cuja fronteira eformada pela curva Cfechacla, simples, suave por partes. Seja F um campo vetorial cujas componenetes tem derivadas parciais de primeira ore/em cont[nuas em uma regiiio aberta do JR3 que contem S. Entiio, vale a seguinte 223 TEOREMA DE STOKES 5 TEOREMA DE STOKES Nesta se9ao, trataremos do teorema de Stokes. Esse importante teorema esta belece uma igualdade entre a integral de superficie de um campo vetorial sobre uma superffcie S com uma integral de linha sobre a curva C que e fronteira de S. Nesse sentido, esse resultado e uma generaliza9ao do Teorema de Green para tres dimensoes. Muitas aplica96es importantes desse teorema estao no estudo de campos vetoriais, em particular, na analise do movimento de rota9ao dos fluidos. Para esta se9ao, vamos necessitar do rotacional de um campo F. Voce pode rever a defini9ao de rotacional em (1 ). Vamos considerar que a supetffcie S seja orientada positivamente e que tenha um campo de vetores normais a S. A orienta9ao positiva de S induz uma orienta9ao positiva na curva C fronteira de S: ao andar na orienta9ao positiva da curva com a cabe9a na dire9ao e sentido de N, a superffcie deve estar sempre a sua esquerda. Figura 14: Superffcie S com fronteira orientada Fonte: o autor. Teorema 9 (Stokes). Seja S uma superf{cie orientada, suave por partes, cuja fronteira eformada pela curva Cfechacla, simples, suave por partes. Seja F um campo vetorial cujas componenetes tem derivadas parciais de primeira ore/em cont[nuas em uma regiiio aberta do JR3 que contem S. Entiio, vale a seguinte 223 5 TEOREMA DE STOKES Nesta se9ao, trataremos do teorema de Stokes. Esse importante teorema esta belece uma igualdade entre a integral de superficie de um campo vetorial sobre uma superffcie S com uma integral de linha sobre a curva C que e fronteira de S. Nesse sentido, esse resultado e uma generaliza9ao do Teorema de Green para tres dimensoes. Muitas aplica96es importantes desse teorema estao no estudo de campos vetoriais, em particular, na analise do movimento de rota9ao dos fluidos. Para esta se9ao, vamos necessitar do rotacional de um campo F. Voce pode rever a defini9ao de rotacional em (1 ). Vamos considerar que a supetffcie S seja orientada positivamente e que tenha um campo de vetores normais a S. A orienta9ao positiva de S induz uma orienta9ao positiva na curva C fronteira de S: ao andar na orienta9ao positiva da curva com a cabe9a na dire9ao e sentido de N, a superffcie deve estar sempre a sua esquerda. Figura 14: Superffcie S com fronteira orientada Fonte: o autor. Teorema 9 (Stokes). Seja S uma superf{cie orientada, suave por partes, cuja fronteira eformada pela curva Cfechacla, simples, suave por partes. Seja F um campo vetorial cujas componenetes tem derivadas parciais de primeira ore/em cont[nuas em uma regiiio aberta do JR3 que contem S. Entiio, vale a seguinte 223 5 TEOREMA DE STOKES Nesta se9ao, trataremos do teorema de Stokes. Esse importante teorema esta belece uma igualdade entre a integral de superficie de um campo vetorial sobre uma superffcie S com uma integral de linha sobre a curva C que e fronteira de S. Nesse sentido, esse resultado e uma generaliza9ao do Teorema de Green para tres dimensoes. Muitas aplica96es importantes desse teorema estao no estudo de campos vetoriais, em particular, na analise do movimento de rota9ao dos fluidos. Para esta se9ao, vamos necessitar do rotacional de um campo F. Voce pode rever a defini9ao de rotacional em (1 ). Vamos considerar que a supetffcie S seja orientada positivamente e que tenha um campo de vetores normais a S. A orienta9ao positiva de S induz uma orienta9ao positiva na curva C fronteira de S: ao andar na orienta9ao positiva da curva com a cabe9a na dire9ao e sentido de N, a superffcie deve estar sempre a sua esquerda. Figura 14: Superffcie S com fronteira orientada Fonte: o autor. Teorema 9 (Stokes). Seja S uma superf{cie orientada, suave por partes, cuja fronteira eformada pela curva Cfechacla, simples, suave por partes. Seja F um campo vetorial cujas componenetes tem derivadas parciais de primeira ore/em cont[nuas em uma regiiio aberta do JR3 que contem S. Entiio, vale a seguinte 223 CÁLCULO VETORIAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. VU N I D A D E242 relariio: *F · dr = lfs rotF · dS. (21) Note que, se S1 e S2 sao duas superficies com mesmo bordo C, o valor das integrais e o mesmo: lfs 1 rotF · dS = lfs 2 rotF · dS. Fisicamente, se F for o campo de velocidades de um fluido, Pc F · dr mede a circulac;ao de F em torno da curva fechada C e essa circulac;ao depende da curva fechada e nao da superficie que a possui como bordo. • Exemplo 16 Considere o campo de velocidades dado por F(x,y,z) = (-4y,2z,3x) e suponha que S sej a a parte do paraboloide z = 10 -x2 - y2 acima do plano z = 1. Vamos usar o teorema de Stokes para calcular a circulac;ao i:F · dr. Note que a fronteira da superficie e a curva intersecc;ao entre o parabo1oide com o plano dado, isto e, a curva x2 + y2 = 9 no plano z = 1. Veja, a seguir, o esboc;o de S e a fronteira C: Figura 15: S61ido S e a curva C Fonte: o autor. Como F(x,y,z) = (-4y, 2z, 3x), temos que rotF = (-2, -3,4). A superficie Se grafico de z = f(x,y) = 10-x2 -y2, resulta que N = (-fx, -Jy, 1) = (2x, 2y, 1) e um campo de vetores ortogonais a S. 224 Teorema de Stokes Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 243 Pelo Teorema de Stokes, temos que: i F · dr = f!s rotF · dS = f!s (-2, -3,4) · (2x,2y, 1) dS = f!s (-4x-6y+4)dS . Para calcular a integral de superficie, observamos que a regiao de integraMais adiante, vamos retomar as curvas integrando uma função ao longo de uma curva. 1.3 Comprimento de Arco Dada uma curva parametrizada r(t) = (x(t),y(t),z(t)), o comprimento de arco entre os pontos r( a) e r( b) é por definição dado por: s = 1b lx'(t) 1 2 + ly'(t) 1 2 + lz'(t) 1 2dt. Como a velocidade escalar v(t) é dada por llvll, isto é, segue que: • Exemplo 3 v(t) = llv(t)II = lx'(t)l2 + ly'(t)l2 + lz'(t)l2 s = 1b v(t)dt. 13 Curvas Parametrizadas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 27 De onde segue que: ds = 5. dt s Integrando, supondo que s = O quando t = O, obtemos que s = 5t e, portanto, t = 5. Quando substituímos t por t(s) na expressão da curva, temos: x(s) = 4cos (í), y(s) = 4 sen (í), 3s z(s) = 5, a parametrização da curva pelo comprimento de arco. Seja C uma curva parametrizada por r(t), dizemos que a parametrização é suave no intervalo I se r' for contínua e r' ( t) #- O no intervalo I. A curva C é dita suave se admite uma parametrização suave. Como o nome diz, as curvas suaves não têm bicos e seu traço é suave. Se C é uma curva suave com parametrização dada por r(t), definimos o vetor tangente unitário T(t) dado por: r'(t) T(t) = . llr'(t)II Esse vetor é tangente ao traço da curva em cada ponto e indica a direção dela. Define-se a curvatura de uma curva em um ponto como sendo a medida de quão rapidamente a curva muda de direção nesse ponto. Essa medida é dada por: IIT'(t)II K(t) = llr'(t) li . = 1, então, T(t) · T(t) = IIT(t)ll2 = 1 e de-Observamos agora que, como IIT(t)II rivando, obtemos que: 2T(t) · T'(t) = O. Segue que o vetor T'(t) é ortogonal ao vetor T(t). Esse vetor T'(t) sugere definir o vetor normal unitário principal N(t), como: T'(t) N(t) = IIT'(t) 11 · 15 FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E28 Tendo o vetor tangente unitário T(t) e o vetor normal unitário principal N(t), definimos o vetor binormal B(t) dado por: B(t) = T(t) x N(t), esse vetor é ortogonal a ambos T ( t) a N ( t). O conjunto dos três vetores T(t),N(t) e B(t) é chamado de triedo de Frenet. Conhecendo-se o triedro de Frenet determinamos completametne a curva que os possm. • Exemplo 5 (a) Vamos calcular a curvatura do círculo r(t) = (acos(t),a sen (t)). Como a curvatura é dada por K(t) = li'1�g]i'i', vamos determinar T'(t) e r'(t): r'(t) llr' (t) li T(t) (-a sen (t),acos(t)) J a2 sen 2(t) + a2cos2(t) = a r'(t) llr'(t)II = (- sen(t), cos(t)). Logo, T'(t) = (- cos(t), - sen (t)). Assim, IIT'(t)II 1 K(t) = llr'(t) li = �- Observe que a curvatura é constante em cada ponto e, quanto menor o raio da circuferência, maior é a curvatura e quanto maior o raio, menor é a curvatura. (b) Determine a curvatura da hélice circular dada por r(t) = ( a cos(t), a sen (t), mt), onde m >O.Novamente, como a curvatura é dada por K(t) = l i' 1 ::gJi'i', vamos determinar T' (t) e r' (t): r'(t) llr' (t) li T(t) (-a sen (t), acos(t),m) J a2 sen 2(t) +a2cos2(t) + m2 = J a2 + m2 r'(t) -a a m 11 r' ( t) 11 = ( v' a2 + m2 sen ( t)' v' a2 + m2 cos ( t)' v' a2 + m2 ) . 16 Note que como: temos que: Logo, -a -a T'(t) = ( cos(t), sen (t),O) ,Ja2+m2 ,Ja2+m2 IIT'(t)II a2 a2 2 2 cos2(t) + 2 2 sen 2(t) a +m a +m � a v�- ,Ja2+m2" K(t) - IIT'(t)II - U+m2 - llr'(t)II - va2+m2 a a2+m2· #REFLITA# Entre as grandezas escalares e grandezas vetoriais, existem diferern;as que mere cem a nossa atern;ao e a devida reflexao sobre. 2 FUN(;OES REAIS DE VARIA.VEIS REAIS 0 conceito de func;ao real de variaveis reais estende o conceito de func;ao real de uma variavel real ja visto no Calculo I. Assim, uma func;ao real de duas vari aveis reais e uma correspondencia f que, a cada par (x,y) de um subconjunto D de JR.2 associa um uni co elemento real z. E usual representar z por z = f (x, y). , Chamamos o conj unto D de o dominio da func;ao f, x e y sao chamados de varia veis independentes e z de variavel dependente. Do mesmo modo, definimos uma func;ao real de tres (ou mais) variaveis reais. No caso de tres variaveis, e uma correspondencia f que, a cada tema (x,y,z) de um subconjunto D de JR.3 associa um unico elemento real w. Como antes, e usual , representar w por w = f(x,y,z). Chamamos o conjunto D de o domfnio da func;ao f, e x, y e z sao chamados de variaveis independentes e w de variavel dependente. Note que como: temos que: Logo, -a -a T'(t) = ( cos(t), sen (t),O) ,Ja2+m2 ,Ja2+m2 IIT'(t)II a2 a2 2 2 cos2(t) + 2 2 sen 2(t) a +m a +m � a v�- ,Ja2+m2" K(t) - IIT'(t)II - U+m2 - llr'(t)II - va2+m2 a a2+m2· #REFLITA# Entre as grandezas escalares e grandezas vetoriais, existem diferern;as que mere cem a nossa atern;ao e a devida reflexao sobre. 2 FUN(;OES REAIS DE VARIA.VEIS REAIS 0 conceito de func;ao real de variaveis reais estende o conceito de func;ao real de uma variavel real ja visto no Calculo I. Assim, uma func;ao real de duas vari aveis reais e uma correspondencia f que, a cada par (x,y) de um subconjunto D de JR.2 associa um uni co elemento real z. E usual representar z por z = f (x, y). , Chamamos o conj unto D de o dominio da func;ao f, x e y sao chamados de varia veis independentes e z de variavel dependente. Do mesmo modo, definimos uma func;ao real de tres (ou mais) variaveis reais. No caso de tres variaveis, e uma correspondencia f que, a cada tema (x,y,z) de um subconjunto D de JR.3 associa um unico elemento real w. Como antes, e usual , representar w por w = f(x,y,z). Chamamos o conjunto D de o domfnio da func;ao f, e x, y e z sao chamados de variaveis independentes e w de variavel dependente. Funções Reais de Variáveis Reais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 29 Note que como: temos que: Logo, -a -a T'(t) = ( cos(t), sen (t),O) ,Ja2+m2 ,Ja2+m2 IIT'(t)II a2 a2 2 2 cos2(t) + 2 2 sen 2(t) a +m a +m � a v�- ,Ja2+m2" K(t) - IIT'(t)II - U+m2 - llr'(t)II - va2+m2 a a2+m2· #REFLITA# Entre as grandezas escalares e grandezas vetoriais, existem diferern;as que mere cem a nossa atern;ao e a devida reflexao sobre. 2 FUN(;OES REAIS DE VARIA.VEIS REAIS 0 conceito de func;ao real de variaveis reais estende o conceito de func;ao real de uma variavel real ja visto no Calculo I. Assim, uma func;ao real de duas vari aveis reais e uma correspondencia f que, a cada par (x,y) de um subconjunto D de JR.2 associa um uni co elemento real z. E usual representar z por z = f (x, y). , Chamamos o conj unto D de o dominio da func;ao f, x e y sao chamados de varia veis independentes e z de variavel dependente. Do mesmo modo, definimos uma func;ao real de tres (ou mais) variaveis reais. No caso de tres variaveis, e uma correspondencia f que, a cada tema (x,y,z) de um subconjunto D de JR.3 associa um unico elemento real w. Como antes, e usual , representar w por w = f(x,y,z). Chamamos o conjunto D de o domfnio da func;ao f, e x, y e z sao chamados de variaveis independentes e w de variavel dependente. Note que como: temos que: Logo, -a -a T'(t) = ( cos(t), sen (t),O) ,Ja2+m2 ,Ja2+m2 IIT'(t)II a2 a2 2 2 cos2(t) + 2 2 sen 2(t) a +m a +m � a v�- ,Ja2+m2" K(t) - IIT'(t)II - U+m2 - llr'(t)II - va2+m2 a a2+m2· #REFLITA# Entre as grandezas escalares e grandezas vetoriais, existem diferern;as que mere cem a nossa atern;ao e a devida reflexao sobre. 2 FUN(;OES REAIS DE VARIA.VEIS REAIS 0 conceito de func;ao real de variaveis reais estende o conceito de func;ao real de uma variavel real ja visto no Calculo I. Assim, uma func;ao real de duas vari aveis reais e uma correspondencia f que, a cada par (x,y) de um subconjunto D de JR.2 associa um uni co elementoreal z. E usual representar z por z = f (x, y). , Chamamos o conj unto D de o dominio da func;ao f, x e y sao chamados de varia veis independentes e z de variavel dependente. Do mesmo modo, definimos uma func;ao real de tres (ou mais) variaveis reais. No caso de tres variaveis, e uma correspondencia f que, a cada tema (x,y,z) de um subconjunto D de JR.3 associa um unico elemento real w. Como antes, e usual , representar w por w = f(x,y,z). Chamamos o conjunto D de o domfnio da func;ao f, e x, y e z sao chamados de variaveis independentes e w de variavel dependente. FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEIS REAIS Note que como: temos que: Logo, -a -a T'(t) = ( cos(t), sen (t),O) ,Ja2+m2 ,Ja2+m2 IIT'(t)II a2 a2 2 2 cos2(t) + 2 2 sen 2(t) a +m a +m � a v�- ,Ja2+m2" K(t) - IIT'(t)II - U+m2 - llr'(t)II - va2+m2 a a2+m2· #REFLITA# Entre as grandezas escalares e grandezas vetoriais, existem diferern;as que mere cem a nossa atern;ao e a devida reflexao sobre. 2 FUN(;OES REAIS DE VARIA.VEIS REAIS 0 conceito de func;ao real de variaveis reais estende o conceito de func;ao real de uma variavel real ja visto no Calculo I. Assim, uma func;ao real de duas vari aveis reais e uma correspondencia f que, a cada par (x,y) de um subconjunto D de JR.2 associa um uni co elemento real z. E usual representar z por z = f (x, y). , Chamamos o conj unto D de o dominio da func;ao f, x e y sao chamados de varia veis independentes e z de variavel dependente. Do mesmo modo, definimos uma func;ao real de tres (ou mais) variaveis reais. No caso de tres variaveis, e uma correspondencia f que, a cada tema (x,y,z) de um subconjunto D de JR.3 associa um unico elemento real w. Como antes, e usual , representar w por w = f(x,y,z). Chamamos o conjunto D de o domfnio da func;ao f, e x, y e z sao chamados de variaveis independentes e w de variavel dependente. FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E30 Representamos por f : D e JR.2 ----+ lR. para significar que f é uma função de duas variáveis reais com domínio D e com valores reais. Representação semelhante para funções de três variáveis. O trabalho com funções reais de várias variáveis reais fica mais fácil quando se conhece explicitamente uma expressão da função. Por exemplo, z = x2 -y2 ou z= �. Quando não mencionamos explicitamente o domínio de uma função, o seu domínio fica subentendido como sendo o maior conjunto possível. No exemplo, z = �, o domínio é o conjunto de pares (x, y) tais y- x � O ou y � x. Geometricamente, o domínio é conjunto do plano JR.2 que inclui a reta bissetriz y = x e os pontos acima dela. Ou seja, D= {(x,y) E JR.2 ;y � x}. O gráfico de uma função real f : D e JR.2 ----+ lR. de duas variáveis reais x e y é o conjunto dado por: Graf(f) = {(x,y,f(x,y)) E JR.3 ; (x,y) E D}. Observe que essa definição é uma extensão da definição de gráfico de função real de uma variável real visto na Cálculo 1. Embora possamos estender esse conceito para funções com mais de duas variáveis reais, a sua utilidade é restrita porque não conseguimos enxergar além da terceira dimensão: o gráfico de uma função real f : D e JR.3 ----+ lR. de três variáveis reais x, y e z é o conjunto dado por: Graf(f) = { (x,y,z,J(x,y,z)) E JR.4 ; (x,y,z) E D}. • Exemplo 6 (a) A função dada por z = y' a2 - x2 - y2 onde a > O tem como domínio o con- junto 18 0 seu grafico e a parte superior da esfera com centro na origem e raio a > 0, o hemisferio superior. (b) A furn;ao z = xy e chamada de sela de cavalo. 0 seu grafico e apresentado a segmr. Figura 7: Parte do grafico de z = xy Fonte: o autor. ( c) A furn;;ao z = .x2 + y2 tern como domfnio todo o plano �2 . Para tra 0, o hemisferio superior. (b) A furn;ao z = xy e chamada de sela de cavalo. 0 seu grafico e apresentado a segmr. Figura 7: Parte do grafico de z = xy Fonte: o autor. ( c) A furn;;ao z = .x2 + y2 tern como domfnio todo o plano �2 . Para trade nfvel cfrculos concentricos. Figura 10: Paraboloide circular. Fonte: o autor. • Exemplo 7 21 Figura 11: Curvas de nf vel. Para constr!Jir a superfide, cadacUJVB f{x,yJ=ke colocadana altura k, Fonte: o autor. Figura 9: Ilustraa func;ao y = x2 - 4x + 12 pode ser escrita como y = (x - 2)2 + 8 que e igual a y - 8 = (x - 2)2 sendo claramente uma parabola voltada para cima com vertice V(2, 8), transladada 2 unidades para a direita e 8 unidades para cima. Do mesmo modo, a func;ao z = x2 + y2 -4x - 6y + 12 pode ser escrita como z = (x-2)2 + (y- 3) 2 + 1 que e claramente um paraboloide de vertice C (2, 3, -1 ), um parabo1oide padrao transladado 2 unidades para direita em x, 3 unidades a direita em ye uma unidade para baixo em z. Outro ponto importante e observar a simetria: uma func;ao y = f(x) e dita par se f(-x) = f(x), Vx E JR; isso significa que e seu grafico e simetrico com relac;ao ao e1xo y. Uma func;ao y = f(x) e dita fmpar se f(-x) = -f(x),Vx E JR; isso significa que 23 y x Figura 13: Ilustrac;ao das curvas de nfvel e do paraboloide Fonte: o autor. Esboc;ar o grafico de func;ao pode nao ser tarefa simples. Por isso, devemos conhecer os graficos das func;oes mais comumente utilizadas em calculo. Alem disso, observar as translac;oes do grafico ajuda no seu trac;ado. Por exemplo, quando o grafico da func;ao y = f(x) e transladado h unidades para a direita e k unidades para cima, o grafico resultante e obtido substituindo x por x - h e y por y-k. Assim, a func;ao y = x2 - 4x + 12 pode ser escrita como y = (x - 2)2 + 8 que e igual a y - 8 = (x - 2)2 sendo claramente uma parabola voltada para cima com vertice V(2, 8), transladada 2 unidades para a direita e 8 unidades para cima. Do mesmo modo, a func;ao z = x2 + y2 -4x - 6y + 12 pode ser escrita como z = (x-2)2 + (y- 3) 2 + 1 que e claramente um paraboloide de vertice C (2, 3, -1 ), um parabo1oide padrao transladado 2 unidades para direita em x, 3 unidades a direita em ye uma unidade para baixo em z. Outro ponto importante e observar a simetria: uma func;ao y = f(x) e dita par se f(-x) = f(x), Vx E JR; isso significa que e seu grafico e simetrico com relac;ao ao e1xo y. Uma func;ao y = f(x) e dita fmpar se f(-x) = -f(x),Vx E JR; isso significa que 23 y x FUNÇÕES REAIS DE VÁRIAS Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E36 seu grafico e simetrico com rela 1 real, entao, 1. y = cf(x) alonga verticalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c. 2. y = -f(x) reflete o grafico de y = f(x) em torno do eixo x. 3. y = f(cx) comprime horizontalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c. 4. y = f( -x) reflete o grafico de y = f(x) em torno do eixo y. 5. y = if(x) comprime verticalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c. 6. y = JG) alonga horizontalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c. Essas observa 1 real, entao, 1. y = cf(x) alonga verticalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c. 2. y = -f(x) reflete o grafico de y = f(x) em torno do eixo x. 3. y = f(cx) comprime horizontalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c. 4. y = f( -x) reflete o grafico de y = f(x) em torno do eixo y. 5. y = if(x) comprime verticalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c. 6. y = JG) alonga horizontalmente o grafico de y = f(x) pelo fator c. Essas observa with(plots) :f:=ax->x"2; > plot({f(x),f(x+l) },x=-2 .. 2); > c:=2; plot ({c*f(x), (1/c) *f(x) },x=-3 .. 3); > plot({f(x)-2,f(x+l)+2},x=-2 .. 2); > g: =x->(x-2)"2+16;plot(g(x),x=-2 .. 4); > f:"" (x, y) -> (x"2+5*y"2) / (x"2+2*x"2+ 1); > plot3d(f(x,y) ,x=-2 .. 2,y=-2 .. 2); Mais sobre o Maple, consulte: . Fonte: o autor. 3 SISTEMAS ESPECIAIS DE COORDENADAS 3.1 Coordenadas Polares Urna maneira familiar de representar urn ponto no plano ou na espaço é especifi cando as suas coordenadas retangulares (x,y) no plano e no espaço por (x,y,z). Ou seja, por meio de um sistema de eixos perpendiculares. Em algumas situações, é mais adequado localizar um ponto do plano por meio de suas coordenadas polares. As coordenadas polares de um ponto dão a sua posição em função de um ponto referencial O chamado de polo e de um raio chamado de eixo polar corn origem ern O. 25 SISTEMAS ESPECIAIS DE COORDENADAS #SAIBA MAIS# Aqui estão alguns comandos do software Maple para plotar o gráfico de funções. > with(plots) :f:=ax->x"2; > plot({f(x),f(x+l) },x=-2 .. 2); > c:=2; plot ({c*f(x), (1/c) *f(x) },x=-3 .. 3); > plot({f(x)-2,f(x+l)+2},x=-2 .. 2); > g: =x->(x-2)"2+16;plot(g(x),x=-2 .. 4); > f:"" (x, y) -> (x"2+5*y"2) / (x"2+2*x"2+ 1); > plot3d(f(x,y) ,x=-2 .. 2,y=-2 .. 2); Mais sobre o Maple, consulte: . Fonte: o autor. 3 SISTEMAS ESPECIAIS DE COORDENADAS 3.1 Coordenadas Polares Urna maneira familiar de representar urn ponto no plano ou na espaço é especifi cando as suas coordenadas retangulares (x,y) no plano e no espaço por (x,y,z). Ou seja, por meio de um sistema de eixos perpendiculares. Em algumas situações, é mais adequado localizar um ponto do plano por meio de suas coordenadas polares. As coordenadas polares de um ponto dão a sua posição em função de um ponto referencial O chamado de polo e de um raio chamado de eixo polar corn origem ern O. 25 #SAIBA MAIS# Aqui estão alguns comandos do software Maple para plotar o gráfico de funções. > with(plots) :f:=ax->x"2; > plot({f(x),f(x+l) },x=-2 .. 2); > c:=2; plot ({c*f(x), (1/c) *f(x) },x=-3 .. 3); > plot({f(x)-2,f(x+l)+2},x=-2 .. 2); > g: =x->(x-2)"2+16;plot(g(x),x=-2 .. 4); > f:"" (x, y) -> (x"2+5*y"2) / (x"2+2*x"2+ 1); > plot3d(f(x,y) ,x=-2 .. 2,y=-2 .. 2); Mais sobre o Maple, consulte: . Fonte: o autor. 3 SISTEMAS ESPECIAIS DE COORDENADAS 3.1 Coordenadas Polares Urna maneira familiar de representar urn ponto no plano ou na espaço é especifi cando as suas coordenadas retangulares (x,y) no plano e no espaço por (x,y,z). Ou seja, por meio de um sistema de eixos perpendiculares. Em algumas situações, é mais adequado localizar um ponto do plano por meio de suas coordenadas polares. As coordenadas polares de um ponto dão a sua posição em função de um ponto referencial O chamado de polo e de um raio chamado de eixo polar corn origem ern O. 25 seu grafico e simetrico com rela