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Letícia Maria de Maia Resende
@lemariaresende
Aula 1
PROCEDIMENTO 
NO CPP
Nathalia do Espírito Santo Xavier - nathxaviers4@gmail.com - CPF: 060.217.895-98
CONTEXTUALIZAÇÃO
• Título ll do Código – início no art. 394;
• CPP, art. 394 ao art. 405: processo comum ordinário;
• CPP, art. 406 ao art. 497: Tribunal do Júri;
• CPP, art. 531 ao art. 540: processo comum sumário (alguns revogados pela 
Lei nº 11.719/2008); 
• 3 vídeos: ideias básicas e procedimento comum; procedimento especial; 
Tribunal do Júri e questões;
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O CONCEITO DE PROCEDIMENTO 
→ Ordenação de atos no processo. 
• Entende-se existir o direito ao procedimento, alçado ao patamar de direito 
fundamental, sendo, assim, a garantia de um sistema de regras e princípios.
• Relação com o princípio do devido processo legal;
CR/1988, art. 5º, LIV: ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem 
o devido processo legal;
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DE OLHO NA DOUTRINA
Segundo Renato Brasileiro: 
“Em um Estado Democrático de Direito, que tem como princípio básico o do 
devido processo legal, o procedimento deve ser realizado em contraditório, 
dentro de um prazo razoável, e cercado de todas as garantias necessárias 
para que as partes possam sustentar suas razões, produzir provas, 
concorrendo para a formação do convencimento do magistrado”. 
(LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal: volume único. 4ª edição. 
Salvador: Juspodivm, 2016. p.1262).
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DE OLHO NO CÓDIGO
CPP, Art. 394: O procedimento será comum ou especial.
§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for 
igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; 
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja 
inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na 
forma da lei. 
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OU SEJA:
PROCEDIMENT
O
COMUM
ORDINÁRIO
SUMÁRIO
SUMARÍSSIMOESPECIAL Infrações penais de 
menor potencial ofensivo 
Pena privativa de 
liberdade máxima igual 
ou superior a 4 anos.
Pena privativa de 
liberdade máxima inferior 
a 4 anos;
(pena máxima não ultrapassa 2 anos – 
Jecrim: Juizado Especial Criminal)
Arts. 77 a 83 da Lei nº 9.099/1995;
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E AINDA:
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O PROCEDIMENTO COMUM
→ É a regra do CPP.
→ Suas determinações são aplicadas subsidiariamente aos demais 
processos: 
• especial, 
• sumário e 
• sumaríssimo. 
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COMO FUNCIONA? VISÃO GERAL
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PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO
OFERECIMENTO DA PEÇA 
INICIAL – DENÚNCIA OU 
QUEIXA
(CPP, 41)
RECEBIMENTO
(CPP, 396)
APRECIAÇÃO PELO JUIZ: 
RECEBIMENTO OU REJEIÇÃO 
LIMINAR
(CPP, 395)
REJEIÇÃO
*cabe RESE (CPP, 
581, I) POSSIBILIDADE DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
(CPP, 397)
*cabe Apelação (CPP, 593, I)
CITAÇÃO DO ACUSADO PARA 
RESPONDER À ACUSAÇÃO EM 10 
DIAS (CPP, 396-A)
REQUERIMENTO DE 
DILIGÊNCIAS
(CPP, 402)
AUDIÊNCIA DE 
INSTRUÇÃO E 
JULGAMENTO
(CPP, 400 a 401 + 405)
DESIGNAÇÃO DE AIJ 
PARA INSTRUÇÃO 
PROBATÓRIA
(CPP, 399)
SENTENÇA CONDENATÓRIA OU 
ABSOLUTÓRIA
(CPP, 381 a 392)
ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS NA 
AUDIÊNCIA OU EM FORMA DE 
MEMORIAIS
(CPP, 403 e 404)
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DIFERENÇAS DE PROCEDIMENTOS
ORDINÁRIO
60 DIAS PARA A 
AIJ
ATÉ 8 
TESTEMUNHAS
CABEM 
DILIGÊNCIAS E 
ALEGAÇÕES 
FINAIS EM FORMA 
DE MEMORIAIS
SUMÁRIO
30 DIAS PARA A 
AIJ
ATÉ 5 
TESTEMUNHAS
NÃO CABEM 
DILIGÊNCIAS E 
ALEGAÇÕES 
FINAIS EM FORMA 
DE MEMORIAIS
ATENÇÃO AO NÚMERO DE 
TESTEMUNHAS!
8 → Ordinário
5 → Sumário
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PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO
OFERECIMENTO DA PEÇA 
INICIAL – DENÚNCIA OU 
QUEIXA
(CPP, 41)
RECEBIMENTO
(CPP, 396)
APRECIAÇÃO PELO JUIZ: 
RECEBIMENTO OU REJEIÇÃO 
LIMINAR
(CPP, 395)
REJEIÇÃO
*cabe RESE (CPP, 
581, I)
CITAÇÃO DO ACUSADO PARA 
RESPONDER À ACUSAÇÃO EM 10 
DIAS (CPP, 396-A)
AUDIÊNCIA DE 
INSTRUÇÃO E 
JULGAMENTO
(CPP, 531, 532)
DESIGNAÇÃO DE AIJ 
PARA INSTRUÇÃO 
PROBATÓRIA
(CPP, 399)
SENTENÇA CONDENATÓRIA 
OU ABSOLUTÓRIA
(CPP, 381 a 392)
ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS 
(CPP, 534)
POSSIBILIDADE DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
(CPP, 397)
*cabe Apelação (CPP, 593, I)
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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
Lei nº 9.099/1995
→ Trata dos Juizados Especiais Criminais
Lei nº 9.099/1995, Art. 2º: O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, 
simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre 
que possível, a conciliação ou a transação.
Lei nº 9.099/1995, Art. 60: O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados 
ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução 
das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de 
conexão e continência. Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo 
comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e 
continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos 
danos civis.
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INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR 
POTENCIAL OFENSIVO
Lei nº 9.099/1995, Art. 61: Consideram-se infrações penais de menor potencial 
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a 
que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou 
não com multa.
→ EXEMPLOS:
● Lesão corporal leve (CP, 129 - detenção, de três meses a um ano);
● Constrangimento ilegal (CP, 146 - detenção, de três meses a um ano, ou 
multa);
● Ameaça (CP, 147 - detenção, de um a seis meses, ou multa);
● Desacato (CP, 331 - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa);
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PONTOS IMPORTANTES
CRITÉRIOS
Lei nº 9.099/1995, Art. 62: O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á 
pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e 
celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos 
pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. 
COMPETÊNCIA
Lei nº 9.099/1995, Art. 63: A competência do Juizado será determinada pelo 
lugar em que foi praticada a infração penal.
ATOS PROCESSUAIS
Lei nº 9.099/1995, Art. 64: Os atos processuais serão públicos e poderão 
realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme 
dispuserem as normas de organização judiciária.
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TRANSAÇÃO PENAL
Lei nº 9.099/1995, Art. 76: Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal 
pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá 
propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada 
na proposta. §1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá 
reduzi-la até a metade. §2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter sido o 
autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por 
sentença definitiva; II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco 
anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III- não 
indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os 
motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. §3º Aceita a 
proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz. §4º 
Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a 
pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo 
registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco 
anos. §5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 
desta Lei. §6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de 
certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e 
não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.
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SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO
Lei nº 9.099/1995, Art. 89: Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior 
a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, 
poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não 
esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais 
requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). §1º 
Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a 
denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as 
seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II - proibição de 
frequentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem 
autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para 
informar e justificar suas atividades. §2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica 
subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. §3º 
A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por 
outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. §4º A suspensão 
poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, 
ou descumprir qualquer outra condição imposta. §5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz 
declarará extinta a punibilidade. §6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão 
do processo. §7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo 
prosseguirá em seus ulteriores termos.
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INSTITUTOS DESPENALIZADORES
Procedimento sumaríssimo
TRANSAÇÃO 
PENAL
ART. 76
A PROPOSTA É 
FEITA PELO MP 
ANTES DE O 
PROCESSO TER 
INÍCIO
PENA MÁXIMA DA 
INFRAÇÃO NÃO 
SUPERIOR A 2 ANOS
SUSPENSÃO 
CONDICIONAL DO 
PROCESSO
ART. 89
AQUI JÁ SE FALA 
EM PROCESSO, A 
DENÚNCIA JÁ FOI 
OFERTADA
PENA MÍNIMA DA 
INFRAÇÃO IGUAL 
OU INFERIOR A 1 
ANO
ATENÇÃO!!
STJ, Súmula nº 536: 
A suspensão condicional 
do processo e a transação 
penal não se aplicam na 
hipótese de delitos 
sujeitos ao rito da Lei 
Maria da Penha Lei nº 
11.340/2006)
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Vai dar tudo certo!! Continue firme e conte comigo!
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