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AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES CIBERNÉTICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Juliana Bertholdi 
 
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CONVERSA INICIAL 
Nesta aula daremos sequência ao estudo de tipos penais que tangenciam 
o meio cibernético, analisando os principais cibercrimes impróprios. 
TEMA 1 – RACISMO E INJÚRIA RACIAL NA REDE DE COMPUTADORES 
Para além das ofensas à honra que podem ser promovidas na internet, os 
despautérios promovidos podem evoluir para prática de racismo, crimes de ódio 
e de discriminação racial, social, de gênero ou religiosa (conhecidas como 
cyberthreats). 
Atualmente, a denúncias de racismo lideram o ranking de crimes virtuais, 
sendo a rede social Facebook o site com maior incidência desses casos. A ONG 
Safernet registrou 1517 denúncias de racismo na rede social no ano de 2017, o 
que representa aproximadamente 58,3% dos registros realizados em toda 
internet, seguida pelo Twitter com 422 denúncias e o YouTube com 174 
denúncias. 
Tais números revelam a significativa desigualdade racial no Brasil, 
demonstrando que, não obstante passado quase um século e meio da abolição 
da escravatura, os afrodescendentes ainda sofrem com seus reflexos nefastos. 
Com os novos hábitos sociais e a evolução tecnológica, tais reflexos passaram a 
ser sentidos igualmente nas plataformas on-line – inclusive, de forma mais 
significativa, visto que, assim como nos crimes contra honra, há um sentimento 
social de que a prática desses delitos na internet dificilmente geraria qualquer tipo 
de consequência judicial. 
Dois são os delitos envolvendo diretamente atitudes racistas, sendo 
fundamental conhecer a diferença entre ambos, que possuem conceitos e 
responsabilidades penais próprias. A diferença entre esses crimes está explicada 
detalhadamente no Portal da Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, conteúdo 
que se replica parcialmente abaixo: 
1.1 Racismo 
Inicialmente, cumpre desfazer o imbróglio entre os conceitos de racismo, 
discriminação e preconceito. Conforme aduz Andreucci (2015, p. 133): 
a. O termo “racismo” geralmente expressa o conjunto de teorias e 
crenças que estabelecem uma hierarquia entre as raças, entre as etnias, 
ou ainda uma atitude de hostilidade em relação a determinadas 
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categorias de pessoas. Pode ser classificado como um fenômeno 
cultural, praticamente inseparável da história humana. 
b. A “discriminação”, por seu tempo, expressa a quebra do princípio da 
igualdade, como distinção, exclusão, restrição ou preferência, motivado 
por raça, cor, sexo, idade, trabalho, credo religioso ou convicções 
políticas. 
c. Já o “preconceito” indica opinião ou sentimento, quer favorável, quer 
desfavorável, concebido sem exame crítico, ou ainda atitude, sentimento 
ou parecer insensato, assumido em consequência da generalização, 
apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio, 
conduzindo geralmente à intolerância. 
Conclui-se, assim, que o racismo ou o preconceito é que levam à 
discriminação, sendo o primeiro tipificado em nossa legislação pátria. 
1.1.1 Leitura do tipo penal seco – art. 20 da Lei n. 7.716/1989 
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de 
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela 
Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
Pena: reclusão de um a três anos e multa (Redação dada pela Lei nº 
9.459, de 15/05/97) 
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, 
ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou 
gamada, para fins de divulgação do nazismo. (Redação dada pela Lei nº 
9.459, de 15/05/97) 
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa (Incluído pela Lei nº 9.459, 
de 15/05/97) 
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por 
intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer 
natureza: (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa (Incluído pela Lei nº 9.459, 
de 15/05/97) 
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o 
Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial, 
sob pena de desobediência: (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 
15/05/97) 
I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do 
material respectivo;(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas, televisivas, 
eletrônicas ou da publicação por qualquer meio; (Redação dada pela Lei 
nº 12.735, de 2012) (Vigência) 
III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação 
na rede mundial de computadores. (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) 
(Vigência) 
§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, após o trânsito 
em julgado da decisão, a destruição do material apreendido. (Incluído 
pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) (Brasil, 1989). 
1.1.2 Comentários gerais 
A CF/1988, em seu art. 5º, inciso XLII, avalia a prática do racismo como 
“crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão”. 
O praticante do racismo, conforme Lei n. 7.716/89, age com o intuito de 
menosprezar, inferiorizar, de forma genética, determinado grupo étnico, raça ou 
cor. Não há assim um destinatário específico. 
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A Lei n. 7.716/1989 tipifica uma série de delitos resultantes de 
discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. 
O principal dispositivo para tipificação de crimes cibernéticos é o art. 20: praticar, 
induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou 
procedência nacional. 
1.1.3 Classificação do tipo penal – art. 20, caput 
 Sujeito ativo: crime comum. Qualquer indivíduo pode praticá-lo; 
 Sujeito passivo: o Estado; 
 Tipo objetivo: vem representada pelos verbos “praticar” (realizar, executar), 
“induzir” (persuadir, influenciar) e “incitar” (estimular, aguçar); 
 Qualificadora: prática do delito por meio de veículos de comunicação 
social, incide a qualificadora do segundo parágrafo; 
 Tipo subjetivo: dolo; 
 Consumação: sucede com a prática, indução ou incitação. Crime formal 
que independe de resultado; 
 Tentativa: cabível na conduta “praticar”; 
 Ação penal: pública incondicionada. 
1.1.4 Art. 20, parágrafo 1º 
 Sujeito ativo: crime comum. Qualquer indivíduo pode praticá-lo; 
 Sujeito passivo: sociedade e qualquer indivíduo; 
 Tipo objetivo: divulgar o nazismo, induzindo a discriminação ou o 
preconceito; 
 Tipo subjetivo: dolo; 
 Consumação: crime formal. Exaure-se com a mera conduta; 
 Tentativa: cabível; 
 Ação penal: pública incondicionada. 
1.2 Injúria racial 
A legislação penal contempla ainda o delito de crime de injúria racial no 
parágrafo 3º do art. 140, delito este consistente em ofender a dignidade e o decoro 
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de uma determinada pessoa, imputando-lhe qualidade negativa com a utilização 
de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem. 
Portanto, a diferença entre racismo e injúria qualificada reside no fato de 
que o preconceito de cor está, sobretudo, no elemento subjetivo do agente, que 
no primeiro caso age sem um destinatário específico e, no segundo caso, age 
para ofender a dignidade e o decoro de uma determinada pessoa. 
TEMA 2 – FALSA IDENTIDADE 
Aquele que se utiliza da identidade de outrem ou mesmo de identidade 
fictícia (desde que humana), com o propósito de cometer atos ilícitos, comete o 
crime de falsa identidade, previsto no art. 307 do Código Penal. 
No âmbito da internet, tal delito é recorrentemente cometido a fim de 
ludibriar os internautas a fornecer informações pessoais. Um dos maisrecentes 
golpes envolve a rede social Instagram: passando-se por amigo ou amiga 
próxima, o criminoso pratica phishing para obter dados e senhas de suas vítimas. 
2.1 Leitura do tipo penal seco – art. 307 do Código Penal 
Art. 307 – Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter 
vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: 
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não 
constitui elemento de crime mais grave. (Brasil, 1940) 
2.1.1 Comentários gerais 
A primeira conduta é atribuir-se ou atribuir a outrem a falsa identidade, 
ou seja, fazer-se passar ou a terceiro por outra pessoa existente ou 
imaginária. Identidade, no sentido natural, é o conjunto de caracteres 
próprios e exclusivos de uma pessoa: nome, idade, estado, profissão, 
qualidade, sexo, defeitos físicos, impressões digitais etc. Vale dizer que 
o crime se configura quando o agente se atribui identidade e não 
qualidade qualquer. 
É indispensável para a caracterização do ilícito que a falsa atribuição de 
identidade seja praticada para que o agente obtenha vantagem, em 
proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem. É necessário, 
assim, que o fato seja ou possa vir a ser juridicamente relevante pois, se 
não houver a possibilidade de resultar efeito jurídico, não ocorre o ilícito. 
A lei em vigor não distingue a espécie de vantagem, que poderá ser de 
caráter patrimonial, social, sexual ou moral. 
Consuma-se o crime quando o agente irroga, inculca ou imputa a si 
próprio ou a terceiro a falsa identidade, independentemente da obtenção 
da vantagem própria ou de outrem ou prejuízo alheio visados. Trata-se 
de crime formal, que independe de ulteriores consequências" (Mirabete, 
1999) 
2.1.2 Classificação do tipo penal 
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 Sujeito ativo: crime comum. Qualquer indivíduo pode praticá-lo; 
 Sujeito passivo: sociedade e qualquer indivíduo; 
 Tipo objetivo: a conduta típica consiste em atribuir a si mesmo ou a outrem 
falsa identidade, sendo esta constituída não apenas pelo nome mas 
igualmente por outras características ou condições próprias da 
personalidade; 
 Tipo subjetivo: dolo e elemento subjetivo do injusto, consistente no fim 
especial de agir “para obter, em proveito próprio ou alheio, ou para causar 
dano a outrem”; 
 Consumação: crime formal. Exaure-se com a mera conduta; 
 Tentativa: é admitida em situações em que o envio ocorra; 
 Ação penal: pública incondicionada. 
2.1.3 Projeto de Lei – Deputado Nelson Marchezan Junior 
Há um projeto de lei que pretende alterar o crime do art. 307 sob o 
argumento de que 
a Lei n. 12.737, de 2012, que dispôs sobre a tipificação penal de delitos 
informáticos, não tratou especificamente dessa conduta, tendo se 
debruçado sobre a invasão de dispositivo informático, a interrupção ou 
perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou 
de informação de utilidade pública e a falsificação de cartão de crédito 
ou débito [...] faz-se necessário complementar a legislação penal, 
tipificando o uso de falsa identidade através da rede mundial de 
computadores. (Brasil, 2014) 
Tal entendimento, a nosso ver, é equivocado. Senão vejamos a previsão 
do PL n. 7.758/14: 
Art. 1º Esta lei tipifica penalmente o uso de falsa identidade na rede 
mundial de computadores. 
Art. 2º O art. 307 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940, 
passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único: 
Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade, inclusive por 
meio da rede mundial de computadores ou qualquer outro meio 
eletrônico, com o objetivo de prejudicar, intimidar, ameaçar, obter 
vantagem ou causar dano a outrem, em proveito próprio ou alheio: 
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não 
constitui elemento de crime mais grave. (Brasil, 2014) 
Questionamo-nos acerca da relevância de tal construção com base na 
seguinte reflexão: cumpre, por mais uma vez, criminalizar ou fazer constar os 
meios de cometimento da conduta delituosa – mais uma vez tipificando técnicas 
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em vez de condutas – quando esta já está tipificada em nosso ordenamento 
jurídico? 
TEMA 3 – FRAUDE BANCÁRIA – FURTO 
Não são incomuns as oportunidades em que, por meio de uma série de 
possíveis recursos eletrônicos, agentes transferem de forma fraudulenta valores 
de contas bancárias fazendo uso da ferramenta de internet banking. 
Conforme pesquisa realizada pelo instituto de Synovate, o Brasil é o 
terceiro país em número de fraudes via internet banking, possuindo em média uma 
fraude a cada 16 segundos no ano de 2017, conforme dados da Serasa Experian. 
Segundo o Serasa, as tentativas de fraude mais aplicadas em 2017 foram: 
 Compra de celulares com documentos falsos ou roubados 
 Emissão de cartões de crédito: golpista solicita um cartão de crédito 
usando uma identificação falsa ou roubada 
 Financiamento de eletrônicos (no varejo): golpista compra eletrônicos 
usando uma identificação falsa ou roubada 
 Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma 
identificação falsa ou roubada. 
 Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma 
identificação falsa ou roubada 
 Abertura de empresas: golpista usa dados roubados para abrir 
empresas, que podem servir de "fachada" para a aplicação de golpes 
no mercado. (Melo, 2018) 
Por determinado período de tempo, discutiu-se a que tipo penal essas 
condutas se amoldariam. Assim como se deu na análise do racismo, os crimes de 
fraude constam em mais de um tipo penal, estando dispostos no art. 171 e 
seguintes do Código Penal. Outras fraudes estão definidas em diferentes 
estatutos legais (fraudes fiscais, eleitorais, comerciais). 
Nesse sentido, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça 
concretizou o entendimento de que a transferência fraudulenta de recursos de 
contas bancárias por meio da Internet configura o crime de furto qualificado, e não 
o delito de estelionato1. 
A questão é muito bem esclarecida pela Min. Laurita Vaz, no CC 67.343-
GO: 
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. PENAL E PROCESSO 
PENAL. FRAUDE ELETRÔNICA NA INTERNET. TRANSFERÊNCIA DE 
NUMERÁRIO DE CONTA DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. FURTO 
MEDIANTE FRAUDE QUE NÃO SE CONFUNDE COM ESTELIONATO. 
 
1 Nesse sentido os seguintes julgados: CC 67.343-GO, Rel. Ministra Laurita Vaz; CC 86241-PR, 
Rel. Ministra Maria Thereza de Assis Moura; CC 86.862-GO, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia 
Filho; e CC 115.690/DF, Rel. Ministro OG Fernandes, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/03/2011, 
DJ 28/03/2011). 
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CONSUMAÇÃO. SUBTRAÇÃO DO BEM. APLICAÇÃO DO ART. 7º DO 
CPP. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL PARANAENSE. 
1. O furto mediante fraude não se confunde com o estelionato. A 
distinção se faz primordialmente com a análise do elemento comum da 
fraude que, no furto, é utilizada pelo agente com o fim de burlar a 
vigilância da vítima que, desatenta, tem seu bem subtraído, sem que se 
aperceba; no estelionato, a fraude é usada como meio de obter o 
consentimento da vítima que, iludida, entrega voluntariamente o 
bem ao agente. 
2. Hipótese em que o agente se valeu de fraude eletrônica para a retirada 
de mais de dois mil e quinhentos reais de conta bancária, por meio da 
“Internet Banking” da Caixa Econômica Federal, o que ocorreu, por certo, 
sem qualquer tipo de consentimento da vítima, o Banco. A fraude, de 
fato, foi usada para burlar o sistema de proteção e de vigilância do Banco 
sobre os valores mantidos sob sua guarda. Configuração do crime de 
furto qualificado por fraude, e não estelionato. 
3. O dinheiro, bem de expressão máxima da ideia de valor econômico, 
hodiernamente,como se sabe, circula em boa parte no chamado “mundo 
virtual” da informática. Esses valores recebidos e transferidos por 
meio da manipulação de dados digitais não são tangíveis, mas nem 
por isso deixaram de ser dinheiro. O bem, ainda que de forma virtual, 
circula como qualquer outra coisa, com valor econômico evidente. De 
fato, a informação digital e o bem material correspondente estão 
intrínseca e inseparavelmente ligados, se confundem. Esses registros 
contidos em banco de dados não possuem existência autônoma, 
desvinculada do bem que representam, por isso são passíveis de 
movimentação, com a troca de titularidade. Assim, em consonância com 
a melhor doutrina, é possível o crime de furto por meio do sistema 
informático. 
4. A consumação do crime de furto ocorre no momento em que o 
bem é subtraído da vítima, saindo de sua esfera de disponibilidade. 
No caso em apreço, o desapossamento que gerou o prejuízo, embora 
tenha se efetivado em sistema digital de dados, ocorreu em conta-
corrente da Agência Campo Mourão/PR, que se localiza na cidade de 
mesmo nome. Aplicação do art. 7º do Código de Processo Penal. 5. 
Conflito conhecido para declarar competente o Juízo Federal de Campo 
Mourão - SJ/PR (STJ, 2007). 
Saiba mais 
Estudo de caso – Operação Código Reverso 
Operação da PF que visava desarticular organização criminosa 
especializada em fraudes bancárias pela internet nos Estados do Tocantins, de 
São Paulo, Goiás e Pernambuco. 
O grupo criminoso burlava mecanismos de segurança dos bancos, 
causando prejuízo estimado de cerca de R$ 10 milhões. A Polícia Federal 
informou à época que o grupo era constituído de hackers com conexões com 
criminosos cibernéticos espalhados pelo globo e especialmente concentrados no 
Leste Europeu. Os hackers acessavam remotamente os computadores das 
vítimas, realizando transações bancárias eletrônicas fraudulentas como 
pagamentos, transferências e compras via internet. 
 
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3.1 Leitura do tipo penal seco – art. 155, parágrafo 4º, ii do código penal 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
[...] 
Furto qualificado 
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é 
cometido: 
[...] 
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza 
(Código Penal, 1940). 
3.1.1 Classificação do tipo penal 
 Sujeito ativo: crime comum. Qualquer indivíduo pode praticá-lo; 
 Sujeito passivo: proprietário ou possuidor; 
 Tipo objetivo: a conduta típica consiste em subtrair coisa alheia móvel; 
 Tipo subjetivo: dolo e elemento subjetivo do injusto, consistente no ânimo 
de assenhoramento definitivo; 
 Consumação: consuma-se com a retirada do bem da esfera de 
disponibilidade da vítima; 
 Tentativa: admite tentativa; 
 Ação penal: pública Incondicionada. 
TEMA 4 – FRAUDE BANCÁRIA – ESTELIONATO 
Como já explanado acima, o estelionato resta caracterizado quando a 
fraude é usada como meio de obter o consentimento da vítima que, iludida, 
entrega voluntariamente o bem ao agente. Sobre este delito destaca Nauata 
(2018): 
A expressão estelionato vem do latim stellio que é o camaleão que troca 
de cor para iludir a presa ou passar desapercebido. Quem pratica o 
estelionato não possui grande dificuldade em se adaptar ao meio em que 
se encontra, por conta de se disfarçar muito bem e possuir suas 
artimanhas, ele ilude a vítima com suas fraudes e age de má-fé todo 
tempo, para que assim chegue ao seu objetivo, ou seja, conseguir 
vantagem sobre outrem. O estelionato é um dos delitos mais curiosos, 
entre os crimes contidos no Código Penal Brasileiro, por possuir diversas 
maneiras de se cometê-lo. Estelionato é um delito muito complicado, 
pelo trabalho que se tem para diferenciar estelionato de um ato ilícito 
civil. 
 
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4.1 Leitura do tipo penal seco – art. 171 do Código Penal 
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo 
alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, 
ou qualquer outro meio fraudulento: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a 
dez contos de réis. (Brasil, 1940) 
4.1.1 Classificação do tipo penal 
 Sujeito ativo: crime comum. Qualquer indivíduo pode praticá-lo; 
 Sujeito passivo: qualquer sujeito dotado de capacidade – isso porque deve 
ser capaz para ser ludibriado; 
 Tipo objetivo: obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo 
alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou 
qualquer outro meio fraudulento; 
 Tipo subjetivo: dolo e elemento subjetivo do injusto, consistente no ânimo 
de assenhoramento definitivo; 
 Consumação: consuma-se com a retirada do bem da esfera de 
disponibilidade da vítima; 
 Tentativa: admite tentativa; 
 Ação penal: pública Incondicionada. 
TEMA 5 – CRIME ECONÔMICOS E A LAVAGEM DE DINHEIRO 
O delito de “lavagem de dinheiro” recebe a nomenclatura em homenagem 
ao modus operandi utilizado por organizações mafiosas estado-unidenses que, na 
década de 20, aplicavam em lavanderias o capital proveniente do comércio 
criminoso. 
Assim, utilizamos da expressão para referirmo-nos ao conjunto de 
operações que visam ocultar a origem do dinheiro ou dos bens resultantes das 
atividades delitivas, integrando-as no sistema econômico ou financeiro, em 
operações capazes de converter o dinheiro sujo em dinheiro limpo. 
Portanto, a lavagem de dinheiro pressupõe a existência prévia de dinheiro 
ilícito, e, portanto, de um delito anterior. 
Sendo assim, possui fases extremamente determinadas, que precisam 
ser identificadas quando da análise da lavagem de capitais. É esse, inclusive, o 
recente posicionamento do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema: 
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PROCESSO PENAL E PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. 
TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. LAVAGEM DE DINHEIRO E 
FRAUDE À LICITAÇÃO. FATOS QUE SE AMOLDAM AO 
ESTELIONATO JUDICIAL. ATIPICIDADE DA CONDUTA. 
CORRUPÇÃO ATIVA E PASSIVA. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. 
DESCRIÇÃO DA CONDUTA. DEMONSTRAÇÃO DOS ELEMENTOS 
DO TIPO PENAL IMPUTADO. AUSÊNCIA. INÉPCIA. 
RECONHECIMENTO. RECURSO PROVIDO. 1. Orienta-se a 
jurisprudência desta Corte no sentido de que o trancamento da ação 
penal é medida de exceção, possível somente quando inequívoca a 
inépcia da denúncia e/ou a ausência de justa causa. 2. As condutas 
narradas pela denúncia referentes à indicação de terceira empresa para 
concorrer à licitação e benefício oriundo de prorrogação obtida por meio 
de decisão judicial, não se amoldam a qualquer figura típica. A 
participação de terceira empresa em concorrência pública, com ou sem 
interesse de realmente prestar o serviço, somente seria típica se pela 
simulação houvesse dano ao erário e o recebimento de valores pela 
prorrogação judicial do contrato não constitui em si dano ao erário, pois 
pagamento por serviço prestado. 3. O meio de obtenção da vantagem, 
por prorrogação a ser obtida em processo judicial, configura o chamado 
estelionato judiciário, conduta atípica - pois sempre devida a vantagem 
judicial, mesmo recorrível, em processo contraditório. 4. No tocante à 
imputação por lavagem de dinheiro, não há mínima descrição da conduta 
criminosa diante da ausência de especificação quanto à forma de 
encobrimento da origem ou a dissimulação do dinheiro obtido por crimes 
prévios. (...) 9. Recurso em habeas corpus provido para trancar a Ação 
Penal n. 0101008-27.2008.8.05.0001, em curso na 1ª Vara Crime da 
comarca de Salvador/BA, sem prejuízo de oferecimento de nova peça 
acusatória, de acordo com as exigências legais (RCH 72062 BA 
2016/0154506-5. STJ – Sexta Turma – Relator: Ministro Nefi Cordeiro. 
Data de Julgamento:12 de junho de 2018). 
5.1 Fases para realização do delito 
O delito de lavagem de dinheiro é um crime de alta complexidade, no qual 
um indivíduo ou uma organização criminosa podem processar os ganhos obtidos 
em atividades ilegais, buscando trazer para tais frutos a aparência de licitude. Ou 
seja, é um método de legitimação do capital espúrio, realizado com objetivo de 
torná-lo apto para uso. Vejamos as fases que compõem tal processo: 
a. a primeira delas é a fase da ocultação, na qual há uma tentativa dos 
agentes de conseguir menor visibilidade do dinheiro oriundo da prática de 
atividade ilícitas. Para tanto, costuma-se utilizar o sistema financeiro, 
negócios de condições variadas, enfim, emprega “intermediários” que 
trocarão os valores ilicitamente recebidos. 
b. com a posse do dinheiro, tem início a segunda fase: a cobertura, fase 
de controle, ou ainda, mascaramento. Consistente em desligar os fundos 
de sua origem, em outras palavras, fazer desaparecer o vínculo entre o 
agente e o bem precedente de sua atuação. São comuns múltiplas 
transferências de dinheiro, compensações financeiras, remessas aos 
paraísos fiscais, superfaturação de exportações, dentre outros. 
c. finalmente, o dinheiro deve retornar ao circuito econômico, 
transparecendo a imagem de produto normal de uma atividade 
comercial, é a chamada fase de integração. Neste momento, há a 
conversão de dinheiro sujo em capital lícito, adquirindo propriedades e 
bens, constituindo estabelecimentos lícitos, financiando atividades de 
terceiros, além de investir parte deste dinheiro na prática de novos 
delitos (Lustosa, S.d.) 
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5.2 Leitura do tipo penal seco – art. 1º da Lei n. 9.613/1998 
Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, 
movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, 
direta ou indiretamente, de infração penal. 
§ 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização 
de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal: (Redação 
dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
I - os converte em ativos lícitos; 
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, 
tem em depósito, movimenta ou transfere; 
III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos 
verdadeiros. 
§ 2º Incorre, ainda, na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei n. 
12.683, de 2012) 
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores 
provenientes de infração penal; (Redação dada pela Lei n. 12.683, de 
2012) 
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de 
que sua atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes 
previstos nesta Lei. 
§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do art. 14 do 
Código Penal. 
§ 4º A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos 
nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de 
organização criminosa. 
§ 5º A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida 
em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-
la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o 
autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as 
autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das 
infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou 
à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime. 
5.2.1 Classificação do tipo penal 
 Sujeito ativo: crime comum. Qualquer indivíduo pode praticá-lo, ainda que 
não seja o autor do crime anterior; 
 Sujeito passivo: o Estado; 
 Tipo objetivo: verificar de acordo com o inciso tratado; 
 Tipo subjetivo: é o dolo e vontade livre de ocultar ou dissimular bens, 
valores e direitos provenientes de ações penais; 
 Consumação: consuma-se com a simples ocultação ou dissimulação de 
bens. Basta, assim, que sejam ocultados os valores, não importando que 
sejam aproveitados; 
 Tentativa: admite tentativa; 
 Ação penal: pública incondicionada. 
 
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Saiba mais 
1. STJ – Supremo Tribunal de Justiça. Conflito de Competência 67343 GO 
2006/0166153-0. Relatora Ministra Laurita Vaz Min. Laurita Vaz, no CC 67.343-
GO. DJ, 11 dez. 2007. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 
2019. 
2. LUSTOSA, D. S. M. Aspectos gerais do crime de lavagem de dinheiro (Lei 
9.613/98). Âmbito Jurídico, S.d. Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2019. 
 
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REFERÊNCIAS 
ANDREUCCI, R. A. Legislação penal especial. São Paulo: Saraiva, 2015. 
AVAST. Disponível em: . Acesso em: 7 
mar. 2019. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 out. 1988. 
_____. Lei n. 7.716, de 5 de janeiro de 1989. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 6 jan. 1989. 
_____. Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Rio de Janeiro, DF, 31 dez. 1940. 
_____. Lei n. 9.613, de 3 de março de 1998. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 4 mar. 1998. 
_____. Lei n. 12.735, de 30 de novembro de 2012. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 3 dez. 2012a. 
_____. Lei n. 12.737, de 30 de novembro de 2012. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 3 dez. 2012b 
_____. Lei n. 12.965, de 23 de abril de 2014. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 4 abr. 2014. 
_____. Lei n. 11.829, de 25 de novembro de 2008. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 26 nov. 2008. 
BRASIL. Câmara Legislativa. Projeto de Lei n. 7.758, de 2 de julho de 2014. 
CÂMARA DOS DEPUTADOS. CPI dos crimes cibernéticos. Brasília: Câmara 
dos Deputados, 2016. Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2019. 
JUSTINIANO, N. F. Terminologia e tecnologia: um estudo de termos de crimes 
cibernéticos. Dissertação (Mestrado em Linguística) – UNB – Universidade de 
Brasília, Brasília, 2017. 
LEVY, P. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999. 
LUSTOSA, D. S. M. Aspectos gerais do crime de lavagem de dinheiro (Lei 
9.613/98). Âmbito Jurídico, S.d. Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2019. 
MELO, L. Brasil tem 1 tentativa de fraude a cada 16 segundos em 2017, maior 
índice em 3 anos, diz Serasa. G1, 6 fev. 2018. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 2019. 
MIRABETE, J. F. Processo penal. São Paulo: Atlas, 1999. 
NAUATA, F. M. Crimes virtuais: estelionato. JUS, abr. 2018. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 
2019. 
SANTOS, M. J. Estatuto da Criança e do Adolescente – Comentários do ECA 
sobre a Lei n. 11.829/08. Conteúdo Jurídico, 29 maio 2015. Disponível em: 
. Acesso em: 7 
mar. 2019. 
STJ – Supremo Tribunal de Justiça. Conflito de Competência 67343 GO 
2006/0166153-0. Relatora Ministra Laurita Vaz Min. Laurita Vaz, noCC 67.343-
GO. DJ, 11 dez. 2007. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 2019. 
VIANNA, T.; MACHADO, F. Crimes informáticos: conforme a Lei n. 12.737/2012. 
Belo Horizonte: Fórum, 2013. 
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