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A Psicologia com mulheres em situação de violência
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
O que é violência?
OMS: uso de força ou poder contra uma pessoa, um grupo ou uma comunidade com possibilidades de provocar lesão, morte, dano psíquico, alterações do desenvolvimento ou privações. 
LMP(11.340/2006): qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
Como a violência pode ser manifestada:
Física;
Moral;
Patrimonial;
Sexual;
Psicológica.
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
Minayo (2007) pontua que o tema da violência altera a qualidade de vida e provoca a necessidade de atenção de cuidados dos serviços de saúde, especialmente da saúde pública.
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
Violência e agressividade
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
Existe sociedade sem violência?
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
Vários estudos apontam os aspectos culturais e individuais que aumentam ou diminuem comportamentos agressivos, e reforçam que em todas as classes e segmentos sociais a violência está presente, desmistificando a falsa ideia de que os lugares mais pobres são mais violentos.
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violência (PNRMAV): Ministério da Saúde promulga a PNRMAV, em 2001, incorporando o tema da violência entre as questões da saúde.
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
7 diretrizes para o setor:
Promover comportamentos e ambientes seguros e saudáveis;
Monitorar a ocorrência de acidentes e violências;
Sistematizar, ampliar e consolidar o atendimento pré-hospitalar;
Assistir interdisciplinar e intersetorialmente as vítimas de agressões e traumas;
Estruturar e consolidar os serviços de recuperação e reabilitação;
Capacitar os profissionais para atuarem;
Apoiar o desenvolvimento de estudos e pesquisar sobre o tema.
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
Brasil: política de saúde voltada para a violência e compreendendo a complexidade do tema, desenvolve ações interdisciplinares, intersetoriais e multiprofissionais para atender às necessidades das vítimas de violência (D’AVILA, 2021).
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
Índice de violência em 2022 – Dossiê Mulher 2023.
91.301 R.O.;
Violência física : 2015 a 2020 foi predominante;
2022: Violência psicológica (34,7%);
Violência sexual: maior percentual de registro isolado (5,9%).
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
Lei 13.871/19 – Responsabilidade do agressor de ressarcir os gastos do SUS com os serviços prestados às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
Complexidade do tema, necessário atendimento interdisciplinar.
Dar as informações pertinentes e encaminhamentos para a Rede, como, classificação de risco, administração de medicamentos, profilaxia IST/HIV e contracepção de emergência, informações sobre aborto legal, preenchimento da Ficha de Notificação Individual de Violência Interpessoal/Autoprovocada do SINAN/MS (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
Violência para além da marca física no corpo;
Sofrimento psíquico;
Acolhimento e segurança.
Violência como fator de adoecimento e determinantes de saúde
Casos de depressão, problemas relacionados à saúde reprodutiva, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), abortos, queixas vagas e a procura continuada ao serviço de saúde com pouca resolutividade do problema.
Quadro psiquiátrico e violência: Transtorno de estresse agudo, quadros ansiosos, transtorno de humor e transtorno de estresse pós-traumático.
A promoção da saúde e seus determinantes sociais
Saúde é um dos direitos humanos fundamentais, indispensável para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, além de ser uma importante dimensão para a qualidade de vida.
Estado deve garantir o acesso universal e igualitário de todos os brasileiros às ações e serviços de saúde.
A promoção da saúde e seus determinantes sociais
Saúde como um dos fatores para ter qualidade de vida.
Elementos fundamentais na promoção da saúde e da qualidade de vida são chamados de determinantes sociais da saúde.
“A promoção da saúde se caracteriza por ser um conjunto de políticas, planos e programas de saúde pública cujas ações são voltadas para o indivíduo e a coletividade e pretendem evitar que as pessoas adoeçam. Por isso, essas ações visam melhorar a qualidade de vida e o bem-estar” (BRASIL, 2022).
A promoção da saúde e seus determinantes sociais
E o que são determinantes sociais da saúde?
Promoção de saúde no cenário brasileiro
Pós CF/88, acesso universal aos serviços de saúde, a integralidade e a igualdade da assistência e a criação de políticas públicas em defesa da vida.
Promoção da saúde fundamentada em conjunto de estratégias, políticas, ações e intervenções para melhorar qualidade de vida individual e coletiva. 
Promoção de saúde no cenário brasileiro
Promoção de saúde: enfoque na prevenção e tratamento de doenças direcionados aos níveis da atenção primária, secundária e terciária.
Gestão e política descentralizada.
Determinantes da saúde e a violência
A violência é um fenômeno fundamentalmente social que acompanha as transformações históricas da humanidade e afeta a saúde quando provoca morte, lesões, traumas físicos, problemas emocionais e espirituais e diminuição da qualidade de vida da pessoa e da comunidade (MINAYO, 2007). 
Determinantes da saúde e a violência
OMS categoriza a violência em três:
Violência autoinfligida; 
Violência interpessoal;
Violência coletiva.
Determinantes da saúde e a violência
Ainda que os fatores individuais possam contribuir para comportamentos violentos, a violência precisa ser prevenida por meio da promoção da saúde.
Não banalizar e entender a complexidade do tema. 
Violência na história do Brasil
Mídia e violência
“A mídia hoje é considerada e estudada como uma das agências informais do sistema de justiça, porque condena, absolve, orienta a investigação e até investiga. Então a responsabilidade da mídia é muito grande”.
Ela Wiecko, procuradora e professora da Universidade de Brasília (UNB).
Mídia e violência
A imprensa muitas vezes:
Reforça estereótipos; 
Culpabiliza a vítima;
Matéria sensacionalista;
“Justificativa”.
Mídia e violência
O que essas reportagens trazem?
Mídia e violência
A causa não é ciúme. 
Maioria dos casos o homem não aceita a ruptura do relacionamento.
Ataque de ciúmes’, ‘perdeu a cabeça’, ‘estava fora de si’, ‘ficou transtornado’, ‘teve um surto’, ‘ataque de loucura’: estas são as principais alegações para ‘justificar’ um feminicídio que, além de ser frequentemente utilizadas pelos autores do crime e por policiais e delegados, são reproduzidas com grande destaque pela imprensa.
Mídia e violência
Mídia e violência
Necessário a contextualização da situação, para não cair na culpabilização e banalização. 
Importante refletir sobre os aspectos socioculturais envolvidos, como noções de desigualdade de direitos e sentimentos como posse, controle e direito sobre o corpo e a vida das mulheres.
Mídia e violência
Mídia e violência
Nos casos de feminicídio, muitas das mortes são consideradas por especialistas como evitáveis, por entender que são cumulativas. E é dever do Estado proteger a mulher e conter o agressor.
As mulheres esbarram na incompreensão das autoridades sobre a complexidade da violência doméstica e dos altos e baixos característicos do “ciclo da violência”.
Essa incompreensão faz com que as próprias autoridades, que deveriam defender a mulher, a culpem,julgando-a.
Mídia e violência
Mídia e violência
Ao noticiar um feminicídio, raramente a imprensa estimula a reflexão sobre as causas da violência contra as mulheres.
Mortes estão sempre acompanhadas pelo menosprezo à condição feminina.
Reforçam estereótipos quando reproduzem discurso.
 Jornalismo precisa fomentar os debates sobre a violência contra as mulheres e a importância de uma educação que aborde a igualdade de gênero e o respeito à diversidade e aos direitos humanos. Reforçam estereótipos.
Mídia e violência
Mídia e violência
Para fazer o espetáculo ou disputar a audiência, parte da cobertura tende a focar suas narrativas na exploração de uma ‘história de amor’ com final trágico, de um momento de loucura provocado pela vítima ou de um crime ‘monstruoso’ cometido por um ser anormal e cruel, que mata com requintes de perversidade e mutila e destroça o corpo.
Muitos casos também são apresentados como uma manifestação de “loucura” ou “doença” ou um descontrole pontual causado por excesso de bebidas ou drogas.
Mídia e violência
Mídia e violência
Termo feminicídio pouco divulgado.
Não informam sempre sobre a rede de apoio.
A responsabilidade nas vítimas pela violência que sofreram quando elas não se enquadram nesses estereótipos sobre papéis e comportamentos socialmente esperados das mulheres.
Mídia e violência
Mídia e violência
O mais comum é explorar a vida sexual da mulher e balizar o valor dela ou medir o grau de ‘culpa’ que a mulher tem sobre a própria violência que sofre a partir de um julgamento moral sobre sua sexualidade. 
Quando a mulher viola esse estereótipo cai no julgamento moral de que foi ‘provocativa’, foi ‘merecedora’ daquela violência, por não cumprir os papéis tradicionais que são exigidos das mulheres. 
Mídia e violência
Mídia e violência
Um dos maiores exemplos foi o Caso Eloá, em que a mídia cobriu ao vivo o cárcere privado da jovem de 15 anos, que acabou assassinada pelo ex-namorado, Lindemberg. O sequestrador foi entrevistado ao vivo pela TV, que ainda tentou negociar com ele a libertação da jovem e de sua melhor amiga e o descrevia usando expressões como ‘bom rapaz’, ‘trabalhador’ e ‘joga bem futebol’, chegando a torcer para que o sequestro acabasse em um ‘casamento futuro’ entre o rapaz e sua ‘amada’. A espetacularização do caso pela mídia ampliou o poder de Lindemberg, um poder de vida e morte que ele julgava ter sobre Eloá.
Mídia e violência
Outro exemplo foi o tratamento jornalístico dado ao caso de Amanda Bueno, ex-dançarina de funk que foi assassinada pelo noivo, durante uma briga motivada pela revelação que a vítima fizera de que já havia trabalhado como stripper em uma boate.
Mídia e violência
As Diretrizes para Investigar, Processar e Julgar com Perspectiva de Gênero as Mortes Violentas de Mulheres – Feminicídios (ONU Mulheres, 2016) recomendam que “as informações coletadas, sobretudo aquelas que tratam de aspectos íntimos da vida da vítima, devem ser protegidas para que não se tornem públicas, sobretudo pela exploração midiática dos casos”.
O que é necessário para amenizar?
Falar que é feminicídio;
Trazer pautas necessárias e indagações pertinentes, como: Onde o Estado falhou?
Divulgar serviços e canais de denúncia;
Cuidado com títulos e imagens;
Os direitos das mulheres 
1827 - Com a Lei Geral, a primeira lei educacional do Brasil, as meninas foram autorizadas a frequentar escolas de "primeiras letras". Entretanto, a Lei determinava que meninos e meninas estudassem separados e tivessem currículos diferentes. Ex.: Costura simples, Noções de economia domestica e trabalhos de agulha.
1879 - Mulheres conquistam o direito ao acesso às faculdades, mas a matrícula seria feita pelo pai ou marido e as aulas ministradas separadas (Decreto Lei nº 7.247/1879).
1910 - É criado o Partido Republicano Feminino. O partido reivindicava o direto ao voto e à emancipação feminina. Entretanto, as mulheres não eram autorizadas a se candidatar porque não eram eleitoras. 
Os direitos das mulheres
1916 - O Código Civil de 1916 terminou por revogar o que ainda restava das Ordenações Filipinas, entretanto, a legislação não alterou o arcabouço patriarcal e machista das legislações brasileiras. Ante as evidentes desigualdades de gênero destaca-se, a relativa incapacidade dada a mulher quando casada, a possibilidade de anulação do casamento se o marido descobrisse que a mulher não casou virgem, a obrigatoriedade da mulher em adotar o nome de família do marido e os alimentos em caso de desquite só seria direito da mulher se essa fosse inocente e pobre.
Ordenações Filipinas
Foram modelos jurídicos importados diretamente de Portugal e que eram aplicados indistintamente no território nacional. Elas consistiam em uma consolidação de leis de direito real, composta por livros, semelhantes aos códigos atuais, e que dispunham de normativas civis, penais entre outras. Possuíam em seu espirito o conservadorismo patriarcal, sendo lícito ao homem/marido imputar as suas mulheres castigos corporais sem qualquer proibição, ademais, o pátrio poder era um monopólio concedido ao homem/marido. Era defeso ao homem ferir a mulher/cônjuge com pau ou pedra, bem como castiga-las, desde que moderadamente. (Livro V, Título 36, §1o). Dentre outras permissões existentes, as Ordenações Filipinas ainda permitiam que o marido executasse a mulher que surpreendida fosse em flagrante adultério. O título 38, do livro V, das Ordenações Filipinas, dispensa o flagrante, declarando que a mera suposição de prática do adultério pela mulher, geraria ao marido o direito de “puni-la”. (Livro V, Título 38, caput).
Os direitos das mulheres
1934 - Somente em 1934 o voto feminino passa a ser regulamentado no país, para mulheres de todas as rendas, origens ou estado civil. Dois anos antes, em 1932, solteiras e viúvas com renda própria e mulheres casadas com permissão do marido podiam votar.
1962 - O "Estatuto da Mulher Casada" definiu que a mulher não mais precisava da autorização para trabalhar fora, receber herança, comprar ou vender imóvel, assinar documentos ou até viajar. Ou seja, a mulher deixa de ser considerada civilmente incapaz ( Lei 4.121/ 1962).
Os direitos das mulheres
1965 - O voto feminino torna-se obrigatório, sendo equiparado ao dos homens (Lei 4.737/ 1965 - Código Eleitoral.
1974 - Mulheres conquistam o direito de portarem cartão de crédito. Até esse ano, ao solicitar um cartão de crédito ou empréstimo as mulheres eram obrigadas a levar um homem para assinar o contrato (“Lei de Igualdade de Oportunidade de Crédito”).
1975 - Ano Internacional da Mulher - ONU. Foi realizada a primeira Conferência Mundial da Situação da Mulher (Conferência México).
I Conferência Mundial da Mulher
Sob o lema “Igualdade, Desenvolvimento e Paz”, teve como tema central a eliminação da discriminação da mulher e o seu avanço social. Aprovaram plano de ação a ser norteador das diretrizes de governos e da comunidade internacional no decênio 1976-1985, destacando-se: a igualdade plena de gênero e a eliminação da discriminação por razões de gênero, a plena participação das mulheres no desenvolvimento e maior contribuição das mulheres para a paz mundial.
Os direitos das mulheres
1975 - Fundação do Centro da Mulher Brasileira. Fundado em pleno regime de exceção militar, foi um movimento que nasceu no ambiente de autoritarismo, mas que tinha um objetivo definido: refletir sobre a condição da mulher na sociedade. 
1977 - Sancionada em 26 de dezembro de 1977, a Lei do Divórcio(6.515/1977) inseriu a possibilidade de dissolução oficial do casamento no ordenamento jurídico e foi responsável por grandes mudanças na sociedade brasileira.
1980 - Os primeiros SOS Mulher. Grupos formados por mulheres em SP com objetivo de construir uma luta autônoma contra a violência por meio de entidades que tinha como finalidade atender a mulher vítima de violência, serviço prestado por feministas voluntárias que que incluiam psicólogas e advogadas.
Os direitos das mulheres
1984- Brasil ratifica a Convenção de Eliminação de Discriminação contra a Mulher. A Convenção fundamenta-se na dupla obrigação de eliminar/erradicar a discriminação e a de assegurar/garantir a igualdade.
1985 - Criação da Delegacia Policial de Defesa da Mulher na Cidade de São Paulo (hoje, DEAM). Criação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM).
1986 – Encontro Nacional da Mulher pela Constituinte. Carta das Mulheres aos Deputados. Lobby do Batom. Violência e Interrupção da gravidez.
Os direitos das mulheres
1988 - Promulgada a Constituição Cidadã!!! Novidade: Igualdade de direitos às mulheres e Saúde como direito de todos e dever do Estado!
1990 – Conferências Internacionais as mulheres se tornam cidadãs de Direitos Humanos, Sexuais e Reprodutivos.
1992 - Surgimento dos primeiros serviços de atendimento à mulher vítima de violência. Centro de Atendimento Social e Psicológico; Casa Abrigo; Aborto Legal no HM Jabaquara e a implantação do Programa de Atendimento médico e psicológico às vítimas de violência sexual.
Os direitos das mulheres
1994 - Violência como questão de Saúde Pública. “A violência, pelo número de vítimas e pela magnitude de sequelas orgânicas e emocionais que produz, adquiriu um caráter endêmico e se converteu em um problema de saúde pública em muitos países...” (Organização Pan-Americana de Saúde,1994, pág 3).
1998 - O caso Maria da Penha ganha dimensão internacional. Maria da Penha, o Centro para Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher(CLADEM) denunciaram o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos(CIDH/OEA).
Os direitos das mulheres
2001 - O Estado Brasileiro foi responsabilizado por negligência, omissão e tolerância a Violência doméstica praticada contra as mulheres brasileiras.
2002 – Foi formado o consórcio para elaboração da Lei de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher.
2003 – Lei 10.778 que estabelece a notificação compulsória no território nacional do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos e privados.
Maria da Penha conheceu Marco Antônio Heredia Viveros, colombiano, quando estava cursando o mestrado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo em 1974. À época, ele fazia os seus estudos de pós-graduação em Economia na mesma instituição. Naquele ano, eles começaram a namorar, e Marco Antônio demonstrava ser muito amável, educado e solidário com todos à sua volta. O casamento aconteceu em 1976. Após o nascimento da primeira filha e da finalização do mestrado de Maria da Penha, eles se mudaram para Fortaleza, onde nasceram as outras duas filhas do casal. Foi a partir desse momento que essa história mudou. As agressões começaram a acontecer quando ele conseguiu a cidadania brasileira e se estabilizou profissional e economicamente.
Agia sempre com intolerância, exaltava-se com facilidade e tinha comportamentos explosivos não só com a esposa mas também com as próprias filhas. O medo constante, a tensão diária e as atitudes violentas tornaram-se cada vez mais frequentes. FORMOU-SE, ASSIM, OCICLO DA VIOLÊNCIA: AUMENTO DATENSÃO, ATO DE VIOLÊNCIA,ARREPENDIMENTO E COMPORTAMENTO CARINHOSO. Foi nessa última fase, também conhecida como “lua de mel”, que, na esperança de uma mudança real por parte do ex-marido, Maria da Penha teve a sua terceira filha. NO ANO DE 1983, Maria da Penha foi vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte de Marco Antonio Heredia Viveros. Primeiro, ele deu um tiro em suas costas enquanto ela dormia. Como resultado dessa agressão, Maria da Penha ficou paraplégica.
No entanto, Marco Antônio declarou à polícia que tudo não havia passado de uma tentativa de assalto, versão que foi posteriormente desmentida pela perícia. Quatro meses depois, quando Maria da Penha voltou para casa – após duas cirurgias, internações e tratamentos –, ele a manteve em cárcere privado durante 15 dias e tentou eletrocutá-la durante o banho. Juntando as peças de um quebra-cabeça perverso montado pelo agressor, Maria da Penha compreendeu os diversos movimentos feitos pelo ex-marido: ele insistiu para que a investigação sobre o suposto assalto não fosse levada adiante, fez com que ela assinasse uma procuração que o autorizava a agir em seu nome, inventou uma história trágica sobre a perda do automóvel do casal, tinha várias cópias de documentos autenticados de Maria da Penha e ainda foi descoberta a existência de uma amante.
Cientes da grave situação, a família e os amigos de Maria da Penha conseguiram dar apoio jurídico a ela e providenciaram a sua saída de casa sem que isso pudesse configurar abandono de lar; assim, não haveria o risco de perder a guarda de suas filhas. A próxima violência que Maria da Penha sofreu, após os crimes cometidos contra ela, foi por parte do Poder Judiciário: O PRIMEIRO JULGAMENTO DE MARCOANTONIO ACONTECEU SOMENTE EM 1991,OU SEJA, OITO ANOS APÓS O CRIME. O AGRESSOR FOI SENTENCIADO A 15 ANOSDE PRISÃO, MAS, DEVIDO A RECURSOS SOLICITADOS PELA DEFESA, SAIU DO FÓRUM EM LIBERDADE. O segundo julgamento só foi realizado em 1996, no qualo seu ex-marido foi condenado a 10 anos e 6meses de prisão. Contudo, sob a alegação de irregularidades processuais por parte dos advogados de defesa, mais uma vez a sentença não foi cumprida.
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