Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Hierarquia das Normas
 Pirâmide de Kelsen – escalonamento Vertical
CF/88+ EMENDAS 
CONSTITUCIONAIS 
+TIDH APROVADOS 
COMO EC
SUPRALEGAL + TIDH 
(RITO ORDINÁRIO)
NORMAS PRIMÁRIAS
NORMAS SECUNDÁRIAS
 Normas Primárias: art.59, CF (aquelas capazes de criar direitos e obrigações) –
nível constitucional (normas constitucionais derivadas)
 Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
 I - emendas à Constituição; = Nível Constitucional
 II - leis complementares;
 III - leis ordinárias;
 IV - leis delegadas;
 V - medidas provisórias;
 VI - decretos legislativos;
 VII - resoluções.
 Decretos autônomos
Normas primárias – mesmo nível hierárquico 
entre si.
 Normas Originárias: NASCE COM CF – PRIMEIRAS NORMAS (PODER CONST 
ORIGINÁRIO)
 NORMAS DERIVADAS: PODER CONST DERIVADO – NORMAS DECORRENTES DE 
ALTERAÇÕES POSTERIORES DO TEXTO CONSTITUCIONAL. Ex: emendas 
constitucionais.
 Existe Hierarquia entre normas constitucionais originárias (as que já nascem com a 
constituição)?
Não. Não importa se do ADCT ou do Corpo permanente. E as clausulas pétreas? Também estão 
no mesmo nível hierárquico.
OTTO BACHOF – teoria – NÃO ACEITA PELO STF- “normas constitucionais inconstitucionais” –
normas constitucionais originárias estariam acima de umas das outras. 
MAS NO BRASIL ISSO NÃO PODE ACONTECER. Uma norma constitucional originária não faz 
controle de constitucionalidade sobre outra norma originária. Apenas derivada sofre 
controle. Ex: Emendas Constitucionais (oriundas do Poder constituinte derivado).
Principio de interpretação constitucional – principio da unidade, em que a cf deve ser 
interpretada em conjunto. E não existe contradições reais dentro do texto constitucional. 
Se houver isso, seriam apenas interpretações aparentes. 
 Existe hierarquia entre normas constitucionais originárias e normas 
constitucionais derivadas?
Não existe hierarquia. Mas as normas const derivadas podem ser consideradas 
inconstitucionais, as originárias não. Ex: EC que podem sim ser declaradas 
inconstitucionais, mas está no mesmo grau de hierarquia das demais normas 
constitucionais.
 Existe hierarquia entre leis federais, estaduais e municipais? 
Não, assim como não existe hierarquia entre os entes autônomos federativos. 
Eventuais conflitos que aconteçam, não é solucionado nunca por critério 
hierárquico, mas sim por critério de repartição de competências. Definida pela 
CF.
 Lei ordinária pode tratar de tema reservado pela CF/88 à lei complementar?
Lei complementar são leis mais específicas. Não pode. Pois o quórum das leis 
complementares para aprovação é mais difícil (maioria absoluta). 
Enquanto a lei ordinária é um quórum simples (maioria simples). Sob tema de 
inconstitucionalidade formal (desrespeita os limites formais).
Lei complementar pode tratar de tema reservado, pela CF à lei ordinaria?
Quem pode mais pode menos. Então sim, pode. Só que essa LC será formalmente 
complementar, mas materialmente ordinária. Mas pode ser revogada ou alterada 
por lei ordinária.
 Medidas Provisórias podem tratar de temas reservados à LC?
Não pode. As medidas provisórias tratam de temas que a CF reservou para a Lei 
ordinária.
HIERARQUIA DOS TRATADOS 
INTERNACIONAIS
 TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS.
 EC nº 45/2004 – Inseriu na CF, §3 do art. 5 – TIDH aprovados como EC serão 
considerados constitucionais.( 2t2c-3/5 dos membros.) EX: TRATADO QUE 
ORIGINOU O ESTATUDO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA.
 Se for aprovado pelo rito ordinário – terão status SUPRA LEGAL.. EX: pacto de 
san josé da costa rica – convenção americana de direitos humanos (aprovado 
antes mesmo da EC nº 45/2004) - acima da lei,mas abaixo da CF.
Caso concreto
 Cf federal autoriza a prisão civil apenas em duas hipóteses, dizendo que será disposta 
essa prisão em lei específica
1) DEPOSITÁRIO INFIEL
2) DEVEDOR DE ALIMENTOS
Existe uma lei para cada instituto prevendo essa prisão.
No entanto, o Brasil é signatário do pacto de São José da Costa Rica – que não permite a 
prisão do depositário infiel. O que acontece?
NÃO PODE PRENDER. PQ a convenção tem status supralegal (acima da lei). Nesse caso, o 
TIDH paralisa a LEI, que não pode mais atingir seu objetivo.
SV (stf) – é ilícita a prisão do depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de 
depósito. 
 Tratados internacionais Comuns – aprovação do CN e PR – mesmo nível 
hierárquico das leis. (esse não trata de direitos humanos).
Critério cronológico (posterior revoga o anterior) e o da especialidade (a lei 
especial revoga a lei geral).
OBS:
DECRETO AUTONOMO E DECREDO EXECUTIVO (AMBOS PELO PRESID. DA 
REPUBLICA). -DECRETO AUTONOMO – ATO NORMATIVA PRIMÁRIA (TEM CAPACIDADE 
DE CRIAR LEI). ART 84,CF. Assim como o decreto legislativo.
- DECRETO EXECUTIVO – ATO NORMATIVO SECUNDÁRIO.
Aplicabilidade das Normas 
Constitucionais
Eficácia Social da Norma – Quando é aplicada na prática, no dia dia. Quando ela é concretizada. 
Toda norma tem eficácia jurídica. Pelo menos o mínimo.
Doutrina norte americana
 1)Normas auto executáveis – norma que é bastante em si mesma e não precisa de outra para 
regulamentá-la e não depende de complementação legislativa.
 2) normas não executáveis – depende de complementação legislativa. Não autoaplicáveis. Ex: 
direito de greve do servidor público.
Doutrina do Prof. José Afonso da Silva (A QUE UTILIZAMOS)
Norma de eficácia plena – autoaplicáveis e independem de regulamentação para produzir todos os 
seus efeitos e também são não restringíveis, em que sua aplicabilidade não pode ser restringida por 
uma lei. Possui aplicabilidade Direta, imediata e integral.
Ex: art. 2 da CF.
Norma de eficácia Contida – também autoaplicáveis, porem são restringíveis. Art 5, XIII da CF.
Norma de eficácia Limitada – não autoaplicáveis e depende de regulamentação para produzir TODOS 
os seus efeitos. Tem alguns efeitos jurídicos, mas depende de regulamentação para produzir alguns 
efeitos. Ex: art. 37, VII – direito de greve do servidor publico –(omissão constitucional). (aqui a lei vai 
ampliar os efeitos da norma). – aplicabilidade indreta, mediata e reduzida.
Resumo - FLUXOGRAMA
A NORMA É 
AUTOAPLIÁVEL?
SIM NÃO
A NORMA É RESTRINGÍVEL?
SIM NÃO
NORMA DE 
EFICÁCIA LIMITADA
NORMA DE 
EFICÁCIA PLENA
NORMA DE 
EFICÁCIA CONTIDA
INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
 Entender a Constituição. Quem? Todos que vivenciam a constituição 
(operadores do direito). A norma constitucional é muito mais que o simples 
texto da norma. Teoria da Sociedade aberta dos intérpretes (Peter Haberle) –
Sociedade aberta dos intérpretes.
 Correntes Doutrinárias – Juiz deve se limitar aos preceitos expressos e aos 
claramente implícitos, que difere dos não interpretativistas –o juiz decide 
com base nos valores substantivos, vai além do texto constitucional, 
defendendo uma constituição aberta.
 E o que seria? Seria uma constituição apta a captar a evolução dos valores da 
sociedade. Sistema aberto de princípios e regras.
Métodos de Interpretação da 
Constituição
 Métodos Jurídico (hermenêutico Clássico) – CF interpretada como uma lei 
comum. Utilizando os mesmos métodos de interpretação da lei, analisando a 
literalidade da norma (texto), interpretação lógica (de que cada artigo se 
relaciona com o outro), critério histórico, teleológico e outros.
 Método Tópico Problemático (Theodor Viehweg)
Nesse método, há uma prevalência do problema sobre a norma.(busca resolver 
um determinado caso concreto, por meio da interpretação da norma 
constitucional). Essa interpretação tem um caráter prático.
 Método Hermenêutico-Concretizador (Konrad Hesse)
Prevalência da Norma sobre o problema.
O intérprete parte da pré concepção da norma.
norma problema
 Método Integrativo o científico espiritual (Rudolf Smend)
Interpretação deve considerar a ordem ou sistema de valores subjacentes ao texto 
constitucional. – interpretação sistêmica.
 Método Normativo – estruturante
Norma Jurídica é mais ampla que o texto danorma (SERIA APENAS A PONTA DO ICEBERG)
Texto da 
norma
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO
 Princípio da Unidade – Constituição deve ser interpretada como um todo único. –
Não há contradições reais, apenas contradições aparentes.
As normas constitucionais originárias (Poder Const. Originário) jamais podem ser 
consideradas inconstitucionais.
 Princípio da Máxima Efetividade – Buscar a máxima efetividade das normas 
constitucionais. – O intérprete deve atribuir à norma, a maior efetividade social 
 P. da Conformidade Funcional – Separação de Poderes e Repartição de 
Competências. – O intérprete não pode chegar a uma conclusão que subverta o 
esquema organizatório funcional, estabelecido pelo poder constituinte. 
 Princípio da Harmonização (Concordância Prática) – Busca solucionar conflitos 
entre diferentes bens jurídicos. (dá prevalência a um bem jurídico, mas sem 
sacrificar totalmente o outro) – juízo de ponderação. Ex: direito de privacidade x 
direito de liberdade de expressão. Ex: Biografias não autorizadas, mas se causar 
dano a imagem, pode ser pleiteado indenização.
 Princípio do efeito Integrador – Preferência às soluções que favoreçam a 
integração política e social e o reforço da unidade política.
 Princípio da Força Normativa da Constituição (Konrad Hesse)– Toda norma 
jurídica deve ter eficácia, e a constituição também. Preferência às soluções 
que favoreçam a evolução das normas constitucionais. Ex: se a sociedade 
muda muito, varia muito, a interpretação constitucional deve acompanhar. 
Interpretação Conforme a Constituição –
Interpretação das Leis
 Não é da constituição propriamente dita, e sim das demais leis. A ideia é 
garantir a presunção de constitucionalidade da lei, preservando a validade da 
norma. 
 – aplicação – normas plurissignificativas – preservar a validade das leis. (duas 
interpretações possíveis (uma interpretação conforme a constituição e a outra 
não). Qual utilizo? A conforme a constituição.
 Técnicas – interpretação conforme:
1. com redução de texto
2. sem redução de texto 
 Exemplo: Art. 7, §2, Estatuto da OAB – advogado.
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, 
difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, 
no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das 
sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que 
cometer. (Vide ADIN 1.127-8)
 STF entendeu, reduzindo o texto. – (Interpretação conforme COM redução de 
texto).
 Agora a redução conforme SEM redução de texto é apenas alterar a 
interpretação mesmo. (parecido com poder constituinte difuso)
Princípios Fundamentais
 CF é a Norma jurídica mais importante do Estado, e o legislador precisou se 
fundamentar por alguns princípios.
 1) princípios x regras
N
or
m
a 
ju
rí
di
ca
princípios
regras
Regras
 Mais concreta ( materializada/ escrita)
 Conflito entre regras (regra do tudo ou nada) – ou uma regra se aplica ou não.
Princípios
 Princípios são mais abstratos.
 Conflito de princípios: Regra da Ponderação (depende do caso concreto) –
juízo de ponderação.
•Decisões Política fundamentais 
que orientaram o legislador 
constituinte na elaboração da 
constituição (art. 1 ao art. 4, CF)
Princípios 
político 
constitucionais
•Outros Princípios gerais do 
ordenamento jurídico Brasileiro. 
•Ex: Ampla defesa e cont, devido 
proc.legal e etc.
Princípios 
jurídico 
constitucionais
Princípios Político Constitucionais 
 São os princípios Fundamentais da República Federativa de 88.
1. Art. 1º Fundamentos
2. Art. 2º - Separação de Poderes
3. Art. 3º - Objetivos Fundamentais da República Federativa
4. Art. 4º - Princípios das Relações Internacionais
 Ex: Soberania é um fundamento da república. Pergunta-se: Soberania é um princípio 
fundamental? Sim, pq todo fundamento é p. fundamental.
 Art. 1º - FUNDAMENTOS (SO CI DI VAL PLU);
Art. 1º A República (forma de governo – república) Federativa do Brasil (FEDERAÇÃO –
FORMA DE ESTADO), formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
 I - a soberania;
 II - a cidadania;
 III - a dignidade da pessoa humana;
 IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
 V - o pluralismo político.
 Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. (SOBERANIA POPULAR).
Soberania
 Soberaniax autonomia política.
 Autonomia política é um poder limitado pela constituição, enquanto a 
soberania não pode ser limitada. Quem tem soberania: Brasil. Quem tem 
autonomia politica? Os entes federativos (u, e, df, m)
 CUIDADO: A união apenas representa o Brasil nas relações internacionais.
CIDADANIA
 Tem plena participação política na vida do Estado – cidadão (aquele que está 
em pleno gozo dos direitos políticos). – capacidade eleitoral ativa (de votar) e 
passiva (de ser votado).
 Cidadania não é apenas o direito de votar e ser votado. 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
 Valor fonte de todo o nosso ordenamento jurídico.
 Apesar de ser um conceito abstrato e filosófico, ampara todo o nosso ordenamento 
jurídico (valor fonte).
 A)Uniões Homoafetivas – São entidades familiares – reconhecimento
 B) Pesquisa com células tronco embrionárias –(embriões que seriam congelados ou 
descartados produzidos em fertilização em vitro), admitida pelo STF, ñão ofende o 
direito à vida.
 C) Exame de DNA – não é admitida a submissão compulsória de um suposto pai à 
exame de DNA.
 D) Uso de algemas – STF já se posicionou afirmando que o uso de algemas é 
sempre excepcional e somente será admitido em caso de resistência à prisão ou 
ainda quando houver receio de fuga ou perigo à integridade física de alguém. (sv
nº 11)
OS VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA 
LIVRE INICIATIVA 
 Esse trabalho não é necessariamente remunerado. E livre iniciativa não é 
absoluta. É limitada por normas do direito do consumidor, por exemplo.
PLURALISMO POLÍTICO 
 DUAS ACEPÇÕES DIFERENTES:
 1) (MULTIPARTIDARISMO) – NO Brasil não existe um regime de partido 
POLÍTICO único. São várias as ideologias e deve haver um respeito por todas 
elas. –
 2) LIBERDADE DE EXPRESSÃO – É AMPLA MAS NÃO É ABSOLUTA. Ex: biografia.
FORMA DE ESTADO
 DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DO ESTADO POLÍTICO – PODE SER ESTADO 
UNITÁRIO OU FEDERAL (BRA).
 Art. 1º A República Federativa do Brasil (FEDERAÇÃO – FORMA DE 
ESTADO), formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos:
 PODER POLÍTICO DESCENTRALIZADO (FEDERAÇÃO – BRA) COM VÁRIOS ENTES 
FEDERATIVOS. AQUI HÁ A IDEIA DE INDISSOLUBILDADE DO VÍNCULO. NO BRASIL 
NÃO EXISTE DIREITO DE SECESSÃO;
Forma de Governo
 Relação que se estabelece entre governantes e Governado.
 Art. 1º A República (forma de governo – república) Federativa do Brasil, 
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
 Forma de governo pode ser: 
monarquia
• Mandato não é eletivo e 
sim hereditário
• Mandato vitalício
• Pessoalmente 
irresponsável e 
inviolável.
república
• A forma adotada no 
Brasil
• Mandato é eletivo e 
temporário.
• Governante tem 
reponsabilidade 
pessoal.(prestar contas)
Regime Político
 Democracia Semi Direta – Poder político pode ser exercido pelo povo 
indiretamente (em que eles elegem seus políticos) e diretamente.
 Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
(SOBERANIA POPULAR).
 Participação direta do povo – por meio de plebiscito, referendo iniciativa 
popular das leis (ação popular por exemplo).
Plebiscito
• Consulta 
Prévia 
Referendo
• Consulta 
posterior

Mais conteúdos dessa disciplina