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1 
 
 
NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA 
2 
 
 
Sumário 
 
1.0 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 
2.0 PREOCUPAÇÕES NUTRICIONAIS .................................................................................. 6 
2.1 INGESTÕES RECOMENDADAS DE MACRONUTRIENTES EM GRAMAS ..................... 7 
2.2 RECOMENDAÇÕES ENERGÉTICAS PARA CRIANÇAS .............................................. 9 
2.3 NUTRIÇÃO NA ADOLESCÊNCIA ....................................................................................12 
3.0 NUTRIÇÃO NA IDADE ADULTA .....................................................................................19 
3.1 ENVELHECIMENTO ..........................................................................................................22 
3.2 IDOSOS NO BRASIL .........................................................................................................27 
3.3 ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NOS IDOSOS ...............................................................28 
3.4 NUTRIÇÃO NO ENVELHECIMENTO ..............................................................................30 
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
1.0 INTRODUÇÃO 
 
Nutrição é o processo pelo qual o organismo recebe e transforma os 
alimentos, retirando e utilizando as substâncias necessárias à sua 
manutenção. 
 Quanto à nutrição, pode ser identificada nos alimentos que contêm 
substâncias importantes para a saúde, cuja escolha adequada pode contribuir 
sobremaneira para a prevenção de doenças. 
O crescimento dos 6 aos 12 anos é lento mas estável, com um aumento na 
ingestão de alimentos. Nessa fase, a criança começa a passar parte de seu tempo na 
escola, sua vida social é mais intensa e a convivência com outras crianças e adultos 
que não fazem parte do círculo familiar começa a influenciar seus hábitos de vida. A 
criança tem agora maior prazer em se alimentar para aliviar a fome e obter satisfação 
social. 
Os conceitos sobre alimentação saudável devem ser trabalhados do 
nascimento até a fase escolar com maior ênfase, pois a criança assimila mais 
facilmente ficando com uma boa base para “enfrentar” a adolescência e aceitar 
melhor a fase adulta. Os conceitos sobre nutrição são abstratos para as crianças da 
pré-escola e escolar, por isso devem ser fixados através de experiências significantes 
para que se tenham resultados positivos. Atividades que envolvam preparo de 
alimentos dão às crianças uma oportunidade de praticar e fortalecer seu 
conhecimento nutricional. 
A obesidade na sociedade moderna e globalizada tem se espalhado à níveis 
alarmantes em todas as faixas etárias e em todas as populações. É uma doença 
crônica, rica em complexidade, com etiologia multifatorial com variáveis biológicas, 
psicológicas, sociais e econômicas, que envolve também aspectos genéticos e 
ambientais. 
Dentre os principais fatores determinantes da obesidade destaca-se elevado 
peso ao nascer; obesidade materna no período gestacional e dos pais; o baixo nível 
socioeconômico; e a baixa escolaridade materna. A obesidade pode gerar riscos à 
saúde, como diabetes mellitus, hipertensão, hiperlipidemia, aterosclerose, entre 
outras patologias. 
5 
 
 
Além disso, algumas dessas doenças são processos iniciados na infância e 
estão estreitamente relacionados ao excesso de peso. Atualmente, é fundamental a 
prevenção e promoção da saúde para o controle da obesidade na infância e 
adolescência, pois é na infância que são formados os hábitos alimentares e de 
atividade física. 
Estudos conduzidos nos Estados Unidos e Europa a partir de intervenções em 
escolas relatam mudanças positivas nos hábitos alimentares na adolescência. 
Destaca-se a importância da atuação educativa dos profissionais da saúde por meio 
de ações voltadas para a promoção da saúde e adoção de hábitos saudáveis nesta 
população. 
 A escola é o espaço onde as crianças passam grande parte de sua vida, e 
ocorre à formação de opiniões e construção de conceitos, sendo um local de 
referência para a implementação de qualquer programa que vise à educação do 
indivíduo. O planejamento de ações educativas junto a família e funcionários que 
realizam o cuidado pode constituir em uma forma significativa de reduzir a prevalência 
dos problemas de saúde entre as crianças e adolescentes. 
 
 
6 
 
 
2.0 PREOCUPAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
Obesidade infantil - aumento visível na população, não só infantil como adulta também. A 
obesidade não tem nível socioeconômico, ela aparece em todas as camadas sociais 
e já é considerado o mal do século. Juntamente com a obesidade se instalam outras 
doenças associadas como diabetes, hipertensão e dislipidemias, além dessas 
patologias existem consequências psicossociais como: discriminação, baixa 
autoestima, depressão e socialização diminuída. É difícil determinar se uma criança 
em crescimento está ou não obesa. A 
criança pré-púbere pode pesar 
mais por estar passando por 
mudanças fisiológicas e por isso 
necessitará de uma reserva. Situar essa 
criança na curva de crescimento e 
acompanhá-la faz com que o sobrepeso 
ou a obesidade seja identificado. Assim 
fica mais fácil determinar ações 
preventivas, nessa faixa etária é mais prudente a correção de erros alimentares como 
retiradas de alimentos muitos energéticos (bolachas recheadas, sorvetes, 
salgadinhos, balas, chocolates...) e aumentar a atividade física com incentivo a prática 
esportiva. 
 Baixo Peso e Dificuldade no Desenvolvimento 
 - A perda de peso, a ausência do ganho de peso ou dificuldade em se 
desenvolver podem ser indicadores de uma patologia aguda ou crônica. Crianças pré-
adolescentes que se preocupam em demasia com o corpo podem apresentar baixo 
peso, baixa estatura e puberdade atrasada por ingerirem quantidades de alimentos 
menores que as necessárias. 
A baixa ingestão de fibras leva a constipação, o mau funcionamento intestinal 
faz com que a criança tenha um menor apetite. Comendo menos seu desenvolvimento 
fica comprometido. A baixa estatura deve ser investigada, se não há fatores genéticos 
poderá a criança estar com uma deficiência de zinco, mineral necessário para o 
crescimento. 
7 
 
 
 Alimentos fonte: peixes e frutos do mar, hortaliças e verduras também 
contêm, mas em quantidades menores. Alguns alimentos estão sendo enriquecidos 
com zinco. 
Deficiência de Ferro - A deficiência de ferro em crianças escolares é maior em 
populações de baixa renda, nas quais o nível de escolaridade dos pais é baixo, o 
acesso médico é precário e a ingestão é a de alimentos de baixa e/oumá qualidade. 
A deficiência de ferro leva a anemia, que pode comprometer o aprendizado do escolar. 
Estudos têm mostrado que a baixa ingestão de ferro na faixa etária de 6 a 16 
anos leva a um raciocínio mais lento. Alimentos que contenham ferro devem fazer 
parte da alimentação do escolar, como: carnes, peixes e aves. Já o ferro de origem 
vegetal (espinafre, couve, brócolis...) deve ser ingerido com alimentos que contenham 
a vitamina C (laranja, acerola, goiaba), ela facilita a absorção do ferro dos vegetais. 
2.1 INGESTÕES RECOMENDADAS DE MACRONUTRIENTES 
EM GRAMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
INGESTÕES RECOMENDADAS DE MACRONUTRIENTES EM PORCENTAGENS 
 
9 
 
 
 
2.2 RECOMENDAÇÕES ENERGÉTICAS PARA CRIANÇAS 
 
Um guia brasileiro desenvolvido por Philippi é um instrumento para 
orientação nutricional baseado na proposta da pirâmide alimentar norte -
americana, adaptada às crianças brasileiras de dois e três anos de idade. 
Essa pirâmide foi baseada em uma dieta padrão, planejada para essa faixa 
etária, contendo os alimentos mais comumente consumidos. 
E dividida em oito grupos: 
 Arroz, pão, massa, batata, mandioca (cinco porções), 
 Verduras e legumes (três porções), 
 Frutas (três porções), 
 Carnes e ovos (duas porções), 
 Leite, queijo e iogurte (três porções), 
 Leguminosas (uma porção), óleos e gorduras (uma 
porção) e açúcares e doces (uma porção). 
 Além disso, é recomendado escolher uma dieta variada com alimentos 
de todos os grupos da pirâmide, dar preferência aos vegetais, como frutas, 
verduras e legumes, ficar atento ao modo de preparo dos alimentos, 
procurando facilitar a mastigação e deglutição pelas crianças e dando 
prioridade aos alimentos em sua forma natural e às preparações assadas, 
cozidas em água ou vapor e grelhadas. 
Os autores ressaltam, também, as preparações culinárias, que devem 
ser elaboradas de modo a atrair a atenção das crianças, orientam a leitura 
dos rótulos dos alimentos infantis industrializados para conhecer o valor 
nutritivo do alimento e seu modo de preparo. 
Os autores afirmam que: a introdução de novos alimentos e 
preparações deve ser feita de forma gradual e frequente para que a criança 
possa aprovar e incluir em seus hábitos alimentares; 
 Açúcares, doces, sal e alimentos ricos em sódio 
devem ser utilizados com moderação; 
 Devem-se consumir alimentos com baixo teor de 
gordura total, dando preferência às carnes magras; 
10 
 
 
 Devem-se usar gorduras poli-insaturadas 
encontradas em óleos vegetais (girassol, milho, canola e soja). 
 
 
 Pirâmide alimentar para crianças 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
2.3 NUTRIÇÃO NA ADOLESCÊNCIA 
 
Momento em que a velocidade de crescimento é realmente aumentada, o 
adolescente ganho em período de tempo curto cerca de 20% de sua altura adulta e 
50% de seu peso. Esse período também é chamado de estirão do crescimento e 
ocorre em idades diferentes para cada indivíduo. Em geral as meninas maturam mais 
cedo que os meninos. 
 Na fase pré-puberal (aquela que antecede a maturação sexual) os meninos e 
as meninas tendem a ser igual na gordura corporal 15-19%. Já na fase puberal (onde 
a capacidade de reprodução já foi atingida) e adulta as meninas tendem a ter maior 
gordura corporal cerca de 22-26% contra 15-18% nos meninos. Já os meninos 
ganham na puberdade duas vezes mais tecido magro que as meninas. Mais uma vez 
as curvas de crescimento devem ser utilizadas para o monitoramento do crescimento 
do adolescente. O adolescente passa por um desenvolvimento cognitivo e emocional 
que pode ser dividido em: inicial, intermediário e final. 
O aconselhamento nutricional deve ser diferente dependendo da fase em que 
o adolescente está. Na fase inicial o adolescente apresenta as seguintes 
características: é preocupado com a sua imagem corporal, ele confia e respeita os 
adultos e é ansioso quanto a sua relação com os colegas. 
São desejosos em fazer ou experimentar qualquer coisa que melhore sua 
imagem corporal de maneira rápida. Trabalhos educativos nessa fase devem ser de 
curto prazo. 
O adolescente na fase intermediária é muito influenciado pelo grupo de 
colegas, desconfia dos adultos, tem a independência como algo muito importante e 
experimenta um desenvolvimento cognitivo significante. Nessa fase o adolescente 
escutará mais os amigos que a própria família; estão se tornando mais responsáveis 
pelo que consomem. O impulso para a independência faz com que tenham repulsa 
pelos hábitos alimentares da família. A orientação alimentar deve ser focada para os 
cuidados que se deve ter ao alimentar-se fora de casa. 
A fase final é aquela em que o adolescente já estabeleceu sua imagem 
corporal, pensa no futuro e faz planos, está mais independente, está desenvolvendo 
intimidade e relações permanentes. Nessa fase, já estão preocupados com sua saúde 
geral, assim os aconselhamentos nutricionais devem ser em longo prazo e devem ser 
acompanhadas de um fundamento lógico. 
13 
 
 
Eles gostam de tomar suas próprias decisões, mas estão abertos a informações 
fornecidas pelos profissionais da saúde. A imagem corporal (autoconceito mental 
relacionado à taxa de crescimento e alterações nas proporções corporais) é um 
amadurecimento intelectual e emocional mesclado por considerações nutricionais. 
O adolescente se sente incomodado com as alterações sofridas pelo corpo, em 
relação a estarem ou não atendendo padrões impostos pelo grupo em que convive. 
Nessa fase, a alimentação e o exercício físico do adolescente devem ser observados 
e orientados por profissionais que possam identificar possíveis problemas com a 
imagem corporal. Os transtornos alimentares como bulimia, anorexia e alimentação 
compulsiva são distúrbios que envolvem a imagem corporal. 
A adolescência é uma fase de intensas transformações. Nela, o 
crescimento e a alimentação aliam-se e integram o processo de 
desenvolvimento integral da criança. 
 
 Compreende a idade entre 10 e 19 anos; 
 
 Período de transição entre a infância e na vida adulta 
 
 O crescimento relativamente uniforme da criança é 
subitamente alterado por um aumento na sua velocidade; 
 
 
 Essas alterações criam necessidades nutricionais 
especiais; 
 
A adolescência é considerada um período vulnerável em aspectos 
nutricionais por várias razões: 
 
 Há maior demanda de nutrientes relacionados ao aumento 
dramático no crescimento e desenvolvimento físicos; 
 A mudança no estilo de vida e hábitos alimentares dos 
adolescentes afeta a ingestão e as necessidades nutricionais; 
14 
 
 
 Há necessidades especiais de nutrientes associadas à 
participação em esportes, gravidez, desenvolvimento de distúrbio 
alimentar, realização excessiva de dietas, uso de álcool e drogas. 
 
Alterações Fisiológicas 
 
A puberdade, o processo de desenvolvimento físico de uma criança em 
adulto, é iniciada por fatores fisiológicos e inclui a maturação do corpo todo. 
O adolescente ganha cerca de 20% da altura e 50% do peso durante este 
período. Este crescimento continua durante 5 a 7 anos de desenvolvimento 
puberal. Uma grande porcentagem da al tura será ganha durante o período de 
18 a 24 meses de estirão de crescimento. Em geral, as meninas começam o 
processo puberal aproximadamente 2 anos antes que os meninos. 
 
Os fatores que marcam o desenvolvimento puberal são: 
 
Meninas: Estirão de altura, menarca, mamas, pelos pubianos 
Meninos: Estirão de altura, genitália e pelos pubianos. 
 
Durante a puberdade os homens ganham duas vezes mais massa 
magra que as mulheres e as mulheres ganham mais gordura. Juntamente com 
o crescimento físico da puberdade, o crescimento emocional e intelectual são 
rápidos. 
 
O desenvolvimento cognitivo e emocional pode ser dividido em 
adolescência inicial, intermediária e tardia, que podem ter implicações no 
estado nutricional. 
 
Na adolescênciainicial, o adolescente: 
 
 Está preocupado com o corpo e imagem corpórea; 
 Confia e respeita os adultos; 
 É ansiosa sobre as relações com os colegas; 
15 
 
 
 É ambivalente sobre autonomia. 
 
Na adolescência intermediária, o adolescente: 
 
 É muito influenciado por seu grupo de colegas; 
 Desconfia dos adultos; 
 Vê a independência como muito importante; 
 Experimenta um desenvolvimento cognitivo significante. 
 
Na adolescência tardia, o adolescente: 
 
 Estabeleceu uma imagem corpórea; 
 Está fazendo planos para o futuro; 
 Está cada vez mais independente; 
 É mais consistente em seus valores e crenças; 
 Está desenvolvendo intimidade e relações permanentes. 
 
A alimentação do adolescente é fortemente influenciada pela 
convivência com os outros adolescentes e, geralmente, as hortaliças e frutas 
são excluídas de sua alimentação – momento em que podem ocorrer conflitos 
nas escolhas alimentares. Entretanto, como já compreendem o conceito de 
nutriente, a questão resume-se entre escolher alimentos nutritivos ou 
consumir os seus preferidos – não nutritivos, mas com forte influência e 
aceitação por seu grupo de amizades. 
 
Conforme adquire mais idade, aumentam as chances de o adolescente 
alimentar-se fora de casa – em geral, de forma inadequada. Apesar disso, 
suas famílias devem continuar a oferecer-lhe refeições saudáveis e apoiar os 
esforços de educação nutricional das escolas, pois é exatamente nesta fase 
que o corpo requer maior quantidade de vitaminas e minerais. Numa 
adolescência saudável, a alimentação é um meio de prevenção de muitas 
doenças na vida adulta. 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
As necessidades de proteínas e energia, na adolescência se correlacionam 
mais com o padrão de crescimento do que com a idade cronológica. A ingestão 
insuficiente de proteína na população adolescente é rara, mas se a ingestão calórica 
estiver abaixo do recomendado por algum motivo, sua ingestão estará comprometida. 
A ingestão excessiva de proteínas pode interferir no metabolismo do cálcio e também 
aumentar a necessidade de líquidos, em atletas adolescentes deve-se dobrar a 
vigilância no que diz respeito à desidratação. 
A ingestão de cálcio tende a diminuir na adolescência devido ao alto consumo 
de refrigerantes, as meninas adolescentes estão em maior risco de ingestão 
inadequada de cálcio. O risco de desenvolverem osteoporose na fase adulta vai 
depender parcialmente de quanto depósito de cálcio ósseo se teve nessa fase. Uma 
maior necessidade de ferro é justificada pelo aumento da massa muscular, 
principalmente nos meninos, e o início da menstruação nas meninas. 
Sua deficiência pode levar a uma anemia, prejudicar a resposta imunológica e 
afetar o aprendizado, pois causa problemas de memória de curto prazo. O zinco é 
19 
 
 
essencial para o crescimento e maturação sexual, a retenção desse mineral no 
organismo aumenta significativamente no estirão de crescimento físico. 
As vitaminas têm suas necessidades aumentadas, mas deve-se destacar o 
ácido fólico que, na fase em que as mulheres podem engravidar, deve ser 
suplementado ou através de alimentos fortificados ou suplementos orais. Sua 
deficiência pode causar uma má formação no tubo neural do feto. 
Os padrões alimentares dos adolescentes são normalmente caóticos, 
fastfoods, ingestão exagerada de refrigerantes, alimentos gordurosos, sem contar o 
começo do uso de substâncias químicas como o álcool, tabaco, medicamentos para 
perda de peso, drogas estimulantes e outros. 
 O uso dessas substâncias compromete a absorção de alguns nutrientes como 
cálcio, vitamina C e B12. 
 
 
3.0 NUTRIÇÃO NA IDADE ADULTA 
 
 
 
 A alimentação na fase adulta é voltada para uma nutrição defensiva, isto 
é, uma nutrição que enfatiza fazer escolhas de alimentos saudáveis para promover o 
bem-estar e prover os sistemas orgânicos de maneira que tenham um funcionamento 
20 
 
 
ótimo durante o envelhecimento. É uma nutrição baseada no consumo de frutas, 
hortaliças, grãos integrais, nozes, leguminosas, peixes, ovos e aves. 
O consumo de carne vermelha deve ser limitado. As gorduras saudáveis, que 
devem ser ingeridas (ácido graxo ômega 3 e ômega 6), são encontradas nos óleos 
vegetais, oliva e nos peixes de água fria; e as não saudáveis, saturadas e trans, como 
gorduras de origem animal (manteiga, carnes gordurosas), e as gorduras de origem 
vegetal que sofrem saturação (margarina, recheio de bolachas), devem ser evitadas. 
 Uma dieta de base predominantemente vegetal, aliada a exercícios físicos bem 
dosados pode ter um impacto positivo sobre o envelhecimento pela redução do risco 
de doença cardiovascular, obesidade, câncer e diabetes. 
 
 
 
 
Mulheres Enquanto forem férteis podem ter mudanças de humor nos períodos 
menstruais. A síndrome pré-menstrual (SPM) está presente na vida da mulher e identificar os 
sintomas pode facilitar relacionamentos. Apesar de nenhum estudo ter demonstrado 
deficiências de nutrientes no período pré-menstrual, teorias sugerem que as alterações 
hormonais ocorridas nesse período podem favorecer deficiências de B6 e Cálcio. 
21 
 
 
Mulheres suplementadas com B6 e Cálcio relataram uma diminuição nos sintomas 
como inchaço nas mamas e depressão. A redução do estresse nesse período é de 
fundamental importância, a ansiedade faz com que o consumo de carboidratos refinados 
(açúcar, chocolate, pão branco, doces e outros) aumente e assim o peso corporal pode 
aumentar também. A alimentação saudável com frutas, hortaliças principalmente de folhas 
escuras, grãos integrais, leguminosas, gordura e proteína de boa qualidade e a prática de 
exercícios físicos podem ajudar a diminuir os sintomas da S.P.M. No início dos 50 anos, 
começa em geral a fase da menopausa, momento que sinaliza o final do período reprodutivo. 
 A produção de um hormônio estrógeno fica diminuída e algumas mulheres relatam 
sintomas indesejáveis (calor, depressão), Nesse período podem surgir problemas como 
osteoporose, aumento peso corporal e dislipidemias (elevação no nível sanguíneo de 
gorduras). 
Acrescentar a soja na alimentação pode diminuir esses sintomas, pois esse vegetal 
possui o estrógeno natural que tende a diminuir esses sintomas, lembrando que alimentos de 
soja são bons substitutos protéicos e não são fontes de cálcio como o leite e derivados. 
Homens As perdas hormonais no homem não acontecem de maneira tão significativa 
como quanto nas mulheres, mas os problemas cardiovasculares, câncer de próstata e câncer 
de pulmão têm preocupado a saúde pública. A alimentação saudável pode colaborar para que 
esse quadro seja revertido, o licopeno é uma substância encontrada no tomate e é mais bem 
absorvido se for consumido em forma de molho. 
O consumo habitual desse nutriente tem demonstrado uma diminuição nos índices de 
câncer de próstata e de doenças cardiovasculares. O aumento na ingestão de frutas e 
hortaliças, diminuição da ingestão de álcool, diminuição no consumo de carnes vermelhas e 
exercícios físicos diários são essenciais para a promoção da saúde. 
 
 
22 
 
 
3.1 ENVELHECIMENTO 
 
A qualidade do envelhecimento é determinada pela vida pregressa do 
indivíduo: é nessa hora que avaliamos realmente o que fomos. A necessidade 
nutricional, além de levar em conta o sexo e a idade, deve se ater na atividade física 
do idoso, de extrema importância nessa hora. Algumas alterações no paladar, olfato, 
trato gastrintestinal devem ser consideradas, pois afetarão diretamente no hábito 
alimentar do idoso. 
Energia - As necessidades energéticas vão diminuindo com o passar dos anos, 
a massa muscular (consumidora de energia) diminui, a gordura corporal tende a 
aumentar modificando assim a composição corporal do idoso. Limitações nos 
movimentos também ocorrem, já que a flexibilidade diminui e o equilíbrio também ficacomprometido. 
 O peso corporal deve ser controlado, pois se sabe que tanto a obesidade como 
o baixo peso para idosos apresentam riscos iguais para desenvolvimentos de 
patologias. O quadro abaixo sugere o IMC (Índice de Massa Corporal) por idade. 
 
23 
 
 
 
 
A ingestão calórica média é de 2000cal/dia para idosos e 1600cal/ para idosas, 
há uma sugestão de que ingestões menores que 1500 calorias por dia podem causar 
problemas de saúde. Proteínas - A ingestão de proteína torna-se mais importante no 
envelhecimento devido à perda de massa muscular. Hábitos como sedentarismo, 
baixo consumo alimentar e depressão podem levar o idoso a uma desnutrição e 
deficiência de proteínas e micronutrientes. 
A deficiência de proteínas faz com que o idoso não tenha como processar os 
aminoácidos essenciais que participam das reações metabólicas a nível celular. Essas 
reações têm um papel importante no bom funcionamento do organismo. Uma ingestão 
segura de proteínas fica em torno de 1-1,25g/kg de peso. 
Carboidratos - Cerca de 45-65% das calorias diárias devem vir dos 
carboidratos, essa quantidade tem que ser garantida para que não se utilize a proteína 
como fonte de energia. As fontes devem ser de carboidratos complexos como grãos 
integrais, leguminosas, hortaliças; as frutas têm um papel importante no fornecimento 
das fibras. 
 Lipídeos - As recomendações sugerem que a ingestão de lipídeos seja de 25-
35% das calorias diárias totais, enfatizando a redução no consumo de gor-duras 
saturadas e a importância das monoinsaturadas e polinsaturadas. Dietas com 
porcentagens de gorduras menores que 20% podem afetar o paladar, a saciedade e 
a digestão. 
24 
 
 
Minerais - O estado precário de minerais em pessoas idosas pode ser atribuído 
à ingestão de alimentos inadequada, alterações fisiológicas e medicação. A 
diminuição na secreção de lactase (enzima que degrada a lactose açúcar do leite) 
pode levar o idoso a uma intolerância de leite. A falta na ingestão da principal fonte de 
cálcio, aliada a uma diminuição na capacidade de absorção do cálcio, pode levar esse 
idoso a uma osteoporose. 
O cálcio é um mineral de 
extrema importância na alimentação 
do idoso, está presente em todas as 
contrações musculares e sua 
deficiência, juntamente com a falta de 
vitamina D e a não exposição ao sol 
por parte da população idosa, leva à 
osteoporose. A recomendação de 
cálcio é de 1200mg/dia para ambos 
os sexos. A deficiência de zinco na população idosa pode ocorrer naqueles que não 
se alimentam de carnes e peixes, pois os vegetais não são fontes importantes desse 
mineral, sua falta está associada à função prejudicada do sistema imunológico, 
anorexia (falta de apetite), perda da sensação de paladar e cicatrização demorada. 
A recomendação é de 11mg/dia para idosos e de 8mg/dia para idosas. O sódio 
deve ser ingerido de maneira controlada devido à hipertensão; a recomendação é 2-
4g/dia. A redução do sal de cozinha no preparo dos alimentos geralmente diminui essa 
ingestão. 
 Vitaminas - Há muito ainda que se aprender sobre a real necessidade desse 
nutriente na dieta do idoso, processos oxidativos (aqueles que aceleram o 
envelhecimento) influenciam e muito na velocidade do envelhecimento e na qualidade 
de vida. Assim, as vitaminas com funções antioxidantes têm sido utilizadas para a 
melhoria da qualidade desse envelhecimento. 
 São as vitaminas C, E e A (preferencialmente os carotenóides). 
A vitamina A está relacionada a uma adequada resposta imunológica; 
hortaliças verde escuras, cenoura, pimentão, tomate, mamão e abóbora são alimentos 
com boas quantidades de carotenóides. Os carotenóides são pigmentos naturais dos 
alimentos que podem ser transformados em vitamina A pelo organismo, a vantagem 
é que o organismo só os utiliza se houver necessidade, e o excesso fica depositado 
25 
 
 
na derme. As recomendações de vitamina A para idosos é de 900mg para homens e 
700mg para mulheres. 
A vitamina C tem como recomendação diária 90mg para homens e 75mg para 
mulheres, o aparecimento de catarata está relacionado com níveis baixos de vitamina 
C. Os alimentos fontes são laranja, goiaba, acerola; hortaliças folhosas verdes 
também apresentam boas quantidades desse nutriente. O estresse, o fumo e alguns 
medicamentos podem comprometer a absorção de vitamina C. 
 A vitamina E é facilmente encontrada em óleos vegetais, uma dieta 
equilibrada faz com que sua recomendação seja atendida, ela é de 15mg/dia. Seu 
efeito antioxidante pode auxiliar na redução de risco para doenças cardiovasculares. 
 A vitamina D tem sua síntese diminuída em 60% nos idosos e é dependente 
das quantidades ideais de cálcio e fósforo, além de necessitar da exposição do idoso 
ao sol. Idosos que não conseguem tomar sol e têm uma alimentação desequilibrada 
devem receber suplementação de cálcio e vitamina D. 
 A deficiência de vitamina B12 afeta cerca de 10-15% dos idosos, isso ocorre 
devido a alterações metabólicas do trato gastrintestinal sua suplementação deve ser 
para os idosos em geral. A recomendação é de 2,4mg/dia. Alimentos que contenham 
B12 devem ser fornecidos assim como carnes. 
Água - Ela é responsável por cerca de 50% do peso de um idoso, diferente do 
adulto jovem que é 60%. A sede diminuída, quantidade hídrica menor, incontinência 
urinária e função renal diminuída aumentam o risco de desidratação. A desidratação 
é muito comum em idosos. Alguns sintomas como: cefaléia, constipação, efeitos 
alterados de medicamentos, sede, perda de elasticidade da pele, perda de peso, 
perda de funções cognitivas, tontura, boca e mucosas do nariz secas, alterações na 
pressão arterial, olhos fundos, débito urinário e dificuldade na fala, podem estar 
indicando uma desidratação. 
 
 
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3.2 IDOSOS NO BRASIL 
 
O Brasil conta com 14 milhões de pessoas idosas, ou seja, 8,6% da população 
total do País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com 
base no Censo 2010. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, 
mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para 
os países em desenvolvimento. 
Entretanto, o IBGE considerou idoso a partir de 65 anos (IBGE, 2010). A 
proporção de idosos vem crescendo mais rapidamente que a proporção de crianças. 
Em 1980, existiam cerca de 16 idosos para cada 100 crianças; em 2000, essa relação 
praticamente dobrou, passando para quase 30 idosos por 100 crianças. Um exemplo 
é o grupo das pessoas de 75 anos ou mais de idade que teve o maior crescimento 
relativo (49,3%) nos últimos dez anos, em relação ao total da população idosa (IBGE, 
2002). 
No Brasil, em média, as mulheres vivem oito anos a mais que os homens. As 
diferenças de expectativa de vida entre os sexos mostram: em 1991, as mulheres 
correspondiam a 54% da população de idosos; em 2000, passaram para 55,1%. 
Portanto, em 2000, para cada 100 mulheres idosas havia 81,6 homens idosos. 
O grau de urbanização da população idosa também acompanha a tendência 
da população total, ficando em torno de 81% em 2000. A proporção de idosos 
residentes nas áreas rurais caiu de 23,3%, em 1991, para 18,6%, em 2000. O Rio de 
Janeiro tem a maior proporção de idosos (IBGE, 2002). A população brasileira vive, 
hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90. 
Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 
milhões de pessoas (13% do total), e a esperança de vida, há 70,3 anos esse 
envelhecimento é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido aos avanços na 
área da saúde e a redução da taxa de natalidade (SERASA, 2000). 
 
 
28 
 
 
3.3 ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NOS IDOSOS 
 
Com o passar do tempo o organismo apresenta uma série de modificações 
anatômicas e funcionais, relevantes aos aspectos nutricionais, sendo que uma das 
maiores alterações é a mudançana composição corporal, cujo tecido adiposo 
aumenta paralelamente a redução de massa magra, sendo mais acentuada nos rins 
e no fígado, proporcionalmente intensa também na massa muscular. 
 Essa redução de massa magra, a massa consumidora de oxigênio, reflete 
diretamente no metabolismo basal (OLIVEIRA; MARCHINI, 1998). As funções 
orgânicas decaem como um todo, por exemplo, a habilidade para responder aos 
hormônios é reduzida, assim como a capacidade para sintetizar ou degradas 
proteínas. 
O colágeno se torna mais fibroso e menos elástico. Já o coração, apresenta 
uma progressiva queda do débito cardíaco e da capacidade aeróbica, o que 
compromete a sua reserva funcional. Em situações normais o idoso saudável mantém 
uma boa função cardíaca, porem, por possuir reserva limitada, reage mal às 
sobrecargas, podendo assim precipitar uma insuficiência cardíaca, que será ainda 
mais grava caso o paciente tenha o seu estado nutricional comprometido (OLIVEIRA; 
MARCHINI, 1998). 
O sistema renal nesta etapa de vida esta com o fluxo plasmático reduzido à 
metade sendo que, aos 70 anos os rins possuem 50% da sua reserva funcional prévia. 
Também esta concentrada a sua capacidade para concentrar ou diluir urina, assim 
diminui a habilidade para lidar com os produtos do metabolismo a serem eliminados, 
particularmente água, ureia e sódio, de tal forma que, quando submetido a uma 
sobrecarga funcional como desidratação ou acidose, o rim do idoso tem uma tem 
velocidade de depuração muito lenta. 
 Outro fator que influencia negativamente a ingestão de alimentos é a 
diminuição do olfato, paladar e visão, assim como a coordenação motora fina também 
fica comprometida e tende a piorar com as doenças neurológicas (OLIVEIRA; 
MARCHINI, 1998). 
29 
 
 
Os idosos tem redução de massa muscular e aumento de tecido adiposo, 
principalmente na região abdominal, o que favorece, em partes, o aparecimento de 
doenças cardiovasculares. Assim, esse grupo, em geral, tem maior risco de 
desenvolver hipertensão arterial, dislipidemias e diabetes. Dessa forma, os alimentos 
para essa faixa etária devem ser pobres em açúcares, gorduras e sódio e, em 
compensação, precisam ser ricos em fibras (OLIVEIRA; ROMAN, 2013). 
A fibra alimentar ou fibra dietética é a parte dos alimentos (vegetais) 
ingeridos, que não é digerida e absorvida pelo organismo para produzir energia. São 
classificadas em fibra solúvel e insolúvel. São importantes na alimentação porque 
aceleram a passagem dos produtos residuais do organismo, absorvem substâncias 
perigosas (toxinas) e mantem o tubo digestivo saudável (SANTOS; VIVIAN, 2011). Os 
alimentos ricos em fibras friccionam as paredes intestinais ao se movimentar, e 
também podem se unir e inibir a ação de substâncias químicas indesejáveis e reduzir 
a possibilidade de se contrair câncer de colón e várias outas doenças gastrintestinais 
comuns do processo de envelhecimento (SANTOS; VIVIAN, 2011). 
Os alimentos para essa faixa etária devem ser saborosos, com temperos 
naturais, uma vez que há redução das papilas gustativas; devido a isso, muitas vezes 
o idoso ingere um teor de sal relativamente maior, o que deve ser evitado nessa faixa 
etária (OLIVEIRA; ROMAN, 2013). 
 
 
 
 
 
 
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3.4 NUTRIÇÃO NO ENVELHECIMENTO 
 
 
 
O envelhecimento é um processo natural que se inicia na concepção e 
findado com a morte. Vários fatores interferem em sua velocidade, haja vista 
que o organismo vai aos poucos deixando de funcionar como antes. Nessa 
fase, a digestão e o aproveitamento dos nutrientes já não são tão eficientes 
– daí a importância de uma alimentação saudável durante toda a vida, pois 
isto interfere esse processo degenerativo. 
Uma pessoa que manteve alimentação rica em lipídios saturados e 
açúcares simples apresenta maiores probabilidades de acelerar o surgimento 
de doenças crônicas, como as cardiovasculares e o Diabetes mellitus. 
Por sua vez, o uso de vitaminas pode ajudar na prevenção de doenças, 
mas não de forma isolada - muitos acreditam que o maior consumo dessas 
substâncias possa, por si só, deter ou adiar o envelhecimento. 
31 
 
 
 Uma alimentação equilibrada e a adoção de melhores hábitos de vida 
deveria ser a meta dos adultos que desejam viver mais e livres - por maior 
tempo - das doenças crônicas. Com o decorrer dos anos, variando de 
indivíduo para indivíduo, os órgãos dos sentidos tendem a ter sua atividade 
reduzida: há diminuição do olfato, visão, paladar, tato e audição, o que pode 
vir a afetar o processo nutricional do idoso. 
Os sistemas cardiovascular e renal podem apresentar alterações, 
exigindo que o idoso faça uma dieta mais restrita, porém rica em vitaminas e 
minerais. É sempre aconselhável a ingestão de frutas ricas em potássio e, 
principalmente, a redução do sal de adição, restrições que muitos idosos 
perdem o prazer e a vontade de alimentar-se e, por vezes, passam a precisar 
de cuidados especiais. 
Além disso, a perda dos dentes pode atrapalhar a mastigação, 
provocando uma natural diminuição no consumo de alimentos ricos em fibras 
- casos em que a constipação pode agravar-se. Nessa fase, a desnutrição 
pode ser um dos problemas; portanto, os profissionais de saúde devem 
atentar para essa eventualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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