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Prova Impressa
GABARITO | Avaliação Final (Discursiva) - Individual (Cod.:986532)
Peso da Avaliação 2,00
Prova 86338428
Qtd. de Questões 2
Nota 10,00
A sociedade moderna está alicerçada em uma visão política que estabelece o Estado como ‘ente’ político-jurídico imparcial. Sua função, dentre outras, é garantir a 
liberdade, os direitos e intermediar as disputas sociais quando necessário. Todavia, o Estado não pode se tornar cooptado por um grupo social ou classe, deve 
manter sua condição imparcial. Como aponta Bobbio, o Estado representa o poder político estabelecido em uma sociedade:
“Aquilo que ‘Estado’ e ‘política’ têm em comum (e é inclusive a razão da sua intercambialidade) é a referência ao fenômeno do poder. Do grego Kratos, ‘força’, 
‘potência’, e arché, ‘autoridade’ nascem os nomes das antigas formas de governo, ‘aristocracia’, ‘democracia’, ‘oclocracia’, ‘monarquia’, ‘oligarquia’ e todas as 
palavras que gradativamente foram sendo forjadas para indicar formas de poder, ‘fisiocracia’, ‘burocracia’, ‘partidocracia’, ‘poliarquia’, ‘exarquia’ etc” (Bobbio, 
1987, p. 76.)
 
Fonte: adaptado de: BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Tradução de Marco Aurélio Nogueira. Rio de Janeiro: Paz e 
Terra, 1987. p. 76.
Com base no exposto e partindo de uma concepção moderna de Estado, como mediador e garantir de justiça, liberdade e direitos para todos os cidadãos, disserte 
sobre a relação de tais atribuições do Estado e a desigualdade social a partir das classes sociais.
Resposta esperada
O chamado Estado Moderno surge como centralizador do poder político existente em determinada sociedade, sua legitimação vem da vontade popular e de
sua participação. Uma das diretrizes básicas para a existência de tal ente político-jurídico é a garantia da imparcialidade e da igualdade para todos os
indivíduos que se encontram na situação de cidadãos. Por este prisma, diante da existência de diferentes classes sociais, o Estado não pode tomar partido ou
ser parcial ao tender para os interesses de determinada classe. Como consequência, o Estado deve garantir, por vias políticas e jurídicas, a liberdade, a justiça
e a igualdade de tratamento para todos os indivíduos. Diante da desigualdade econômica, o Estado deve agir de maneira a buscar uma equidade, a qual visará
sanar as possíveis desigualdades e injustiças sociais.
Referência Bibliográfica: NETTO, A. P. et al. Cidadania e Protagonismo Social. Florianópolis, SC: Arqué, 2024. 216p. [CONTRA FATOS E ATOS, NÃO
HÁ BOATOS; A VIDA É PARA VIVER, MAS COMO VIVER E CONVIVER?]
Minha resposta
A concepção moderna de Estado, atribui-lhe o papel de mediador das relações sociais, garantindo justiça, liberdade e direitos para todos os cidadãos. Essa
função é central para a ideia de um Estado de Direito, onde as leis e instituições devem servir para proteger os direitos dos indivíduos e promover a equidade
social, porém, a relação entre o Estado e a desigualdade social, especialmente considerando as classes sociais, é complexa e de características variadas.
Estado como Mediador e Garantidor de Justiça e Direitos, tem a responsabilidade de criar e implementar políticas públicas que promovam a justiça social,
assegurem a liberdade e garantam os direitos fundamentais de todos os cidadãos. Isso inclui desde a segurança pública, passando pela educação e saúde, até a
proteção dos direitos civis e políticos. Em tese, essas funções deveriam reduzir as desigualdades sociais ao oferecer igualdade de oportunidades e acesso
universal a recursos e serviços essenciais. As classes sociais, por sua vez, representam as divisões econômicas e sociais dentro da sociedade, baseadas
principalmente na posse de capital e no acesso a recursos. Em uma sociedade desigual, as classes mais altas têm maior acesso a bens, serviços e
oportunidades, enquanto as classes mais baixas enfrentam barreiras estruturais que limitam seu acesso ao desenvolvimento e à mobilidade social. Essa
disparidade é muitas vezes perpetuada por sistemas econômicos que favorecem a acumulação de riqueza nas mãos de poucos, isso, vemos a grande
desigualdade social. Embora o Estado tenha o papel de mediador e promotor da justiça social, muitas vezes ele enfrenta dificuldades em cumprir essa função
devido às pressões exercidas pelas diferentes classes sociais. As elites econômicas, que detêm maior poder político e econômico, podem influenciar o Estado
a adotar políticas que perpetuem a desigualdade, como a flexibilização de impostos para os mais ricos ou cortes em programas sociais. Isso cria uma tensão
inerente entre a função teórica do Estado como garantidor de direitos e a realidade prática da manutenção da desigualdade social. Para enfrentar a
desigualdade social, o Estado pode adotar políticas redistributivas, como impostos progressivos, subsídios e programas sociais destinados a melhorar as
condições de vida das classes mais baixas. No entanto, a eficácia dessas políticas muitas vezes depende da vontade política e da capacidade do Estado de
resistir às pressões das elites econômicas. Em muitos casos, as políticas públicas acabam sendo insuficientes para quebrar o ciclo de pobreza e desigualdade,
perpetuando a divisão de classes. A relação entre o Estado, a desigualdade social e as classes sociais é complexa e carregada de contradições. Enquanto o
Estado é concebido como um mediador imparcial e garantidor de direitos, na prática, ele muitas vezes se vê limitado por forças econômicas e políticas que
impedem uma redistribuição justa dos recursos e o enfrentamento eficaz das desigualdades sociais. Para que o Estado cumpra seu papel de forma plena, é
essencial que ele esteja comprometido com a justiça social e seja capaz de resistir às pressões que buscam perpetuar a desigualdade entre as classes sociais.
Retorno da correção
Parabéns, acadêmico, sua resposta atingiu os objetivos da questão e você contemplou o esperado, demonstrando a competência da análise e síntese do
assunto abordado, apresentando excelentes argumentos próprios, com base nos materiais disponibilizados.
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Na Modernidade surgem vários dos princípios que nortearam a constituição dos chamados ‘Estados Modernos’, dentro do arranjo proporcionado por esta nova 
organização política viu-se surgir o desenvolvimento dos chamados ‘direitos dos cidadãos’, posteriormente se ampliando para ‘direitos humanos’. Sobre este 
tema, leia a citação que segue:
“A ideia de que todos os Estados são ‘igualmente responsáveis perante os acordos aos quais estão vinculados’ foi há muito codificada em normas internacionais 
como as Convenções de Genebra – criadas em 1864 para proteger os feridos em tempos de guerra e posteriormente ampliadas por uma série de protocolos, 
notadamente em 1949 e 1977…” (Chomsky, 2009, p. 49-50).
Fonte: adaptado de: CHOMSKY, Noam. Estados fracassados: o abuso do poder e o ataque à democracia. Tradução de Pedro Jorgensen Jr. Rio de Janeiro: 
Bertrand Brasil, 2009.
Conforme o texto apresentado e sobre o tema Estado, cidadania e direitos humanos, disserte sobre a relação entre a constituição do Estado na Modernidade e o 
conceito de cidadania para a formação de uma noção de direitos humanos.
Resposta esperada
Na Modernidade, a concepção de Estado surge como forma de organização política, baseado no acordo mútuo entre os indivíduos, sua constituição permite a
existência de instituições públicas impessoais, as quais têm a função de regular e intermediar as relações entre os indivíduos através de leis e dispositivos
jurídicos adequados. A partir desta constituição político-jurídica, cada indivíduo está resguardado em seus direitos, não podendo ser julgado de forma
arbitrária ou ser discriminado de nenhuma forma. Esta noção de cidadania permite que cada indivíduo participe da vida pública e desenvolva sua própria vida
particular. A partir destas noções de Estado e cidadania, os direitos dos cidadãos, e bem como os direitos humanos em suas várias expressões, se tornaram
pressupostosessenciais para a existência do Estado Moderno, bem como a relação entre os diversos Estados existentes.
Referência bibliográfica: Referência Bibliográfica: NETTO, A. P. et al. Cidadania e Protagonismo Social. Florianópolis, SC: Arqué, 2024. 216p. [O
SUJEITO: TER OU SER, EIS A QUESTÃO - EU SOU SUJEITO - CIDADÃO OU SUJEITADO?]
Minha resposta
Na modernidade, especialmente a partir dos séculos XVII e XVIII, trouxe a consolidação do Estado-nação, caracterizado por um governo centralizado e
soberano que detém o monopólio da força e a capacidade de legislar sobre seu território. Esse modelo de Estado emergiu em contraposição à fragmentação
de poder típica do feudalismo, estabelecendo uma autoridade política que deveria, em teoria, servir aos interesses coletivos de sua população. Filósofos como
Hobbes, Locke e Rousseau contribuíram significativamente para o entendimento do Estado moderno, cada um oferecendo perspectivas diferentes sobre a
legitimidade do poder estatal e o contrato social que o fundamenta. No contexto da modernidade, o Estado se tornou o principal garantidor dos direitos e
liberdades dos indivíduos, sendo responsável por criar e aplicar leis que assegurem a ordem social e o bem-estar dos cidadãos. A criação de constituições
escritas, como a dos Estados Unidos em 1787 e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão na França em 1789, marcou a institucionalização de
direitos que passaram a ser vistos como inerentes à condição humana, não mais como concessões do soberano. Com o fortalecimento do Estado moderno, o
conceito de cidadania ganhou centralidade. Ser cidadão significa não apenas pertencer a uma comunidade política, mas também possuir direitos e deveres
reconhecidos pelo Estado. A cidadania envolve a participação ativa na vida pública, o exercício de direitos civis, políticos e sociais, e o reconhecimento de
deveres como o respeito às leis e a contribuição para o bem comum. A noção de cidadania moderna se desenvolveu em paralelo ao conceito de direitos
humanos, na medida em que o Estado passou a ser visto como o garantidor desses direitos. A cidadania, então, tornou-se o meio pelo qual os indivíduos
podem reivindicar e exercer seus direitos, sendo reconhecidos como sujeitos de direitos perante a lei. Os direitos humanos, enquanto conceito, emergiram
como uma resposta às injustiças e abusos de poder que marcaram a história da humanidade. A ideia de que todos os seres humanos possuem direitos
inalienáveis, que devem ser respeitados independentemente de sua origem, classe social ou nacionalidade, ganhou força com os movimentos iluministas e as
revoluções burguesas, que lutaram pela liberdade, igualdade e fraternidade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela ONU em 1948, é um
marco na consolidação de uma noção global de direitos humanos, afirmando a dignidade inerente a todos os membros da família humana e os direitos iguais
e inalienáveis como fundamento da liberdade, justiça e paz no mundo. Esse documento é resultado de um longo processo de reflexão sobre a condição
humana e o papel do Estado na garantia desses direitos. A relação entre o Estado, a cidadania e os direitos humanos é de interdependência. O Estado, como
entidade política, tem o dever de garantir os direitos humanos e assegurar que todos os cidadãos possam exercê-los plenamente. A cidadania, por sua vez, é o
status que permite aos indivíduos reivindicarem esses direitos e participarem da vida política de sua nação. No entanto, essa relação também é marcada por
desafios. O Estado deve equilibrar a proteção dos direitos humanos com a manutenção da ordem pública e a segurança nacional, o que pode gerar tensões,
especialmente em contextos de crise. Além disso, o reconhecimento dos direitos humanos não garante automaticamente sua realização prática, especialmente
em sociedades marcadas por desigualdades e exclusão social. Sendo assim, constituição do Estado na modernidade e a evolução do conceito de cidadania
foram cruciais para a formação de uma noção abrangente de direitos humanos. A cidadania moderna se fundamenta no reconhecimento dos direitos humanos,
e o Estado é visto como o guardião desses direitos. No entanto, a efetivação desses princípios exige um compromisso contínuo com a justiça social, a
igualdade e a dignidade humana, desafios que continuam a moldar as soci
Retorno da correção
Parabéns, acadêmico, sua resposta atingiu os objetivos da questão e você contemplou o esperado, demonstrando a competência da análise e síntese do
assunto abordado, apresentando excelentes argumentos próprios, com base nos materiais disponibilizados.
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