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6ºAula
Depreciação e o efeito do Imposto 
de Renda
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• entender o que é um ativo imobilizado.
• verificar como incide a depreciação e qual a sua função.
• calcular a depreciação por diferentes métodos.
• entender qual o efeito da depreciação para cálculo do Imposto de Renda. 
Caros(as) alunos(as), nesta aula aprenderemos uma 
importante característica dos bens imobilizados das empresas, 
a depreciação. Ela é uma despesa que incide no resultado da 
empresa, com o intuito de permitir que a ela renove seu parque 
de máquinas de tempos em tempos. 
Bons estudos!
52Engenharia Econômica
Seções de estudo
1- Imobilizado
2- Depreciação 
3- Métodos de depreciação 
4- Efeito da depreciação sobre o Imposto de Renda
1- Imobilizado
Um ativo imobilizado é aquele que possui natureza 
relativamente permanente, que pode ser mantido na empresa 
para a utilização na produção de mercadorias ou prestação 
de serviços. São bens, com vida útil igual ou superior a um 
ano e que não estão na empresa com o intuído de venda. De 
acordo com a legislação societária, todos os componentes 
considerados como imobilizado devem ser registrados pela 
empresa pelo custo de aquisição e deduzidos pela quota de 
depreciação, amortização ou exaustão de acordo com sua vida 
útil (CUMARÚ, 2015). 
A vida útil de um bem pode ser defi nida como o tempo 
que a empresa possui para usufruir de determinado ativo, ou 
seja, o prazo que a entidade pretende utilizar o ativo, podendo 
também ser medido como a quantidade que o ativo irá gerar 
de produção. Isso, pois, todos os bens que fazem parte 
dos itens imobilizados estão sujeitos a um consumo físico 
e, portanto, desvalorizam-se. Essa perda de capacidade do 
imobilizado deve ser contabilizada e chamada de depreciação 
(MONTEIRO e RIOS, 2015). 
2-Depreciação
A depreciação é a forma de organizar as parcelas de 
desvalorização de um bem no decorrer da sua vida útil. Ela 
registra a perda natural do valor do bem em decorrência de 
fatores, como desgaste natural, obsolescência ou perda. A 
depreciação pode ser reconhecida no resultado da empresa 
como uma despesa, e existem também, alguns ativos 
incorporados na produção, que, portanto, são reconhecidos 
como custo (CUMARÚ, 2015).
Apesar de a depreciação ser contabilizada como despesa, 
ela não apresenta uma despesa real, ou seja, ela não afeta o 
caixa da empresa (MONTEIRO e RIOS, 2015). Assim, 
percebemos que contabilizar a depreciação dos ativos é uma 
forma de permitir a criação de um fundo com parcelas do 
lucro, destinadas à substituição futura dos equipamentos 
utilizados pelas empresas conforme as que estão em utilização 
tornam-se obsoletas, de forma que a depreciação é um custo 
amortizado. 
A depreciação do ativo imobilizado possui relação direta 
com os aspectos fi scais, uma vez que a despesa de depreciação é 
dedutível para fi ns tributários (PAES; ULYSSES; COELHO, 
2018), como o pagamento do Imposto de Renda, ao qual 
será dado maior foco nesta disciplina. Ou seja, a despesa 
com depreciação é deduzida do lucro da empresa antes do 
pagamento do Imposto de Renda, diminuindo, assim, o valor 
a ser tributado e, consequentemente, o valor do tributo a ser 
recolhido. 
Contudo, a vida útil de determinado bem é defi nida pela 
legislação fi scal, a qual adota parâmetros que restringem a 
liberdade das empresas para a defi nição da taxa de depreciação. 
De forma que, o próprio fi sco estabelece os percentuais 
máximos a serem utilizados na determinação do valor a ser 
depreciado a cada ano. Isso é feito, pois, em caso contrário, 
a tendência das empresas seria de depreciar o bem o mais 
rapidamente possível, para que o benefício fi scal se realize o 
quanto antes (SIMÕES; CERVI; FENNER, 2013). 
Nesse sentido, a próxima sessão tem como objetivo 
apresentar diferentes formas de depreciação, as quais podem 
ser utilizadas com fi nalidade gerencial de análise de resultados 
da empresa, sendo permitido o uso de apenas uma delas para 
cálculos ofi ciais de tributação e recolhimento de tributos. 
3-Métodos de depreciação 
Existem várias formas de calcular as depreciações, que 
abordam diferentes aspectos, em especial da característica do 
equipamento e do tipo de processo produtivo. As empresas 
devem selecionar o método que melhor refl ita a forma de 
utilização dos bens (MIMORIA; MONTEIRO, 2019). 
Hoje em dia, um aspecto muito considerado ao escolher-se 
a forma de depreciação, é o alto avanço tecnológico, que torna 
as máquinas e os equipamentos obsoletos em um curtíssimo 
espaço de tempo. O ciclo de vida dos produtos no mercado 
reduziu consideravelmente, fazendo com que a empresa escolha 
o método de depreciação que venha atender suas necessidades 
de recuperação de investimentos de acordo com o perfi l de sua 
atividade e dos produtos (GONÇALVES, 2001). 
O processo de depreciação se trata do registro na 
contabilidade da empresa, de uma despesa periódica a ser 
controlada com as receitas de cada período. Dessa forma, 
o método de depreciação escolhido pela empresa deve 
contemplar o máximo de benefícios econômicos possíveis 
para a entidade, podendo ser revisado em cada exercício 
(CUMARÚ, 2015). 
Gonçalves (2001) afi rma que não há como defender um 
método de depreciação como superior a outro, haja vista que 
não há uma base teórica para preferir um em detrimento de 
outro, mas existem processos e realidades empresariais que se 
encaixam melhor em um método do que em outros. Sendo essa 
a necessidade da correta escolha do método de depreciação, 
dada às características específi cas de cada empresa, podendo 
usufruir da melhor forma possível dos benefícios futuros ou 
da obsolescência econômica.
De acordo com Paes, Ulysses e Coelho (2018), outros 
pontos importantes, no que se trata de depreciação, são:
•	 Correta mensuração dos custos de aquisição, já que 
esse valor será utilizado como base de cálculo;
•	 Correta mensuração do valor residual do bem, que 
também é parte importante no cálculo;
•	 Controle do ativo imobilizado da empresa, pois 
infl uencia diretamente a formação da estrutura da 
empresa e a determinação dos encargos formadores 
de custo e despesas;
•	 Adequada estimativa de depreciação do ativo, 
auxiliando no planejamento de reaparelhamento de 
maquinários, reposição de peças, trocas de veículos 
etc. 
53
Como visto, existem vários métodos de depreciação. 
Então, o método escolhido pela empresa deve ser capaz 
de refletir o melhor consumo pela entidade dos benefícios 
econômicos futuros gerados pelo imobilizado. A seguir, serão 
apresentados métodos de depreciação mais comuns e mais 
conhecidos na literatura. 
3.1. Método Linear ou Linha Reta
O Método de alocação em linha reta, ou método linear 
de depreciação, consiste em dividir o valor do bem do ativo 
pelo tempo de vida útil, obtendo a quota de depreciação anual, 
sendo o valor que deve ser reconhecido como despesa a cada 
exercício (MONTEIRO e RIOS, 2015). 
De acordo com Gonçalves (2001), algumas das 
características desse método são:
•	 A depreciação é contabilizada apenas em função do 
tempo e não em relação ao uso do equipamento; 
•	 Não considera o fator custo do capital; 
•	 Considera a eficiência do equipamento como se 
fosse constante ao longo dos anos de sua vida útil.
Sendo essa terceira característica aqui apresentada a que 
pode ser considerada como o principal erro desse método, ao 
supor que a perda do potencial do equipamento acontece de 
forma igual em todos os períodos, não se considera o fator 
desconto. 
Apesar de tudo, o Método Linear ou da Linha Reta é o 
mais utilizado e, como foi visto, consiste na aplicação de taxas 
constantes de depreciação ano a ano no decorrer do tempo de 
vida útil estimado para o bem (SIMÕES; CERVI; FENNER, 
2013). Dessa forma, podemos encontrá-lo através da fórmula:
Onde:
D – depreciação 
Vi – valor inicial do bem a ser depreciado
Vf – valor final do bem a ser depreciado
Nu – vida útil econômica do bem
Como podeser visto através da fórmula, nesse método, 
a depreciação é calculada, dividindo-se o custo inicial menos 
o valor final, pelo número de anos de duração provável. De 
acordo com Freitas, Silva e Machado (2007), podemos ainda 
interpretar esses valores usados na fórmula como:
•	 Valor inicial – valor de aquisição do bem que se está 
depreciando;
•	 Valor final – valor residual ao final do período de 
depreciação, valor pelo qual o bem ainda poderia 
ser vendido ao final do período de depreciação, por 
exemplo. 
•	 Vida útil – pode ser entendida como o período 
durante o qual se espera que um ativo depreciável 
seja utilizado pela empresa ou o número de unidades 
de produção ou outras unidades similares que a 
empresa espera obter desse ativo.
Vejamos um exemplo de depreciação de equipamento 
através do método linear, para uma máquina que foi adquirida 
pelo valor de R$ 120.000,00 e tem uma vida útil de 5 anos, 
podendo ser vendida por R$ 20.000,00, ao final desse período. 
D = (Vi – Vf) / Nu
D = (120.000 – 20.000) / 5
D = R$ 20.000,00 ao ano 
Dessa forma, o valor que pode ser transferido para o 
resultado da empresa, ou seja, abatido como despesa nos 
demonstrativos contábeis, é o de R$ 20.000,00 por ano, ao 
longo dos 5 anos. 
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
Valor do bem 120.000 120.000 120.000 120.000 120.000
Depreciação 
no exercício
20.000 20.000 20.000 20.000 20.000
Depreciação 
acumulada
20.000 40.000 60.000 80.000 100.000
Valor contábil 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000
Quadro – depreciação pelo método linear. Fonte: elaborado pela autora. 
Sendo o valor contábil, ao final do 5º ano, o valor 
residual, pelo qual o equipamento será vendido. 
Ou, ainda, podemos enxergar o cálculo da seguinte 
forma: um equipamento custa R$150.000,00 e será usado 
por determinada empresa ao longo de 5 anos, sendo vendido 
ao final desse período pelo valor de R$ 15.000,00. Vamos 
encontrar a depreciação anual desse equipamento através do 
método de depreciação linear.
Valor de 
aquisição
Valor 
residual
Valor 
depreciável
Período de 
depreciação
Apuração da 
depreciação por período
Depreciação 
ao ano
Valor contábil 
final
150.000 15.000 135.000
1º ano‘
135.000/5 anos
= 27.000
27.000 108.000
2º ano 27.000 81.000
3º ano 27.000 54.000
4º ano 27.000 27.000
5º ano 27.000 0
 
54Engenharia Econômica
O método de depreciação linear assume que a parcela 
de depreciação será constante ao longo do tempo, mas é 
sabido que a produtividade de qualquer equipamento, ou 
bem, diminui ao longo do tempo, de forma que no início da 
vida útil do equipamento os produtos receberiam uma parcela 
muito pequena de depreciação e, com o passar do tempo, 
a depreciação passa a ter uma representatividade maior no 
custo do produto, conforme pode ser visto no gráfi co abaixo:
Figura – efeito da depreciação constante sobre a produtividade. Fonte: Gonçalves 
(2001). 
Interpretando o gráfi co temos que, a depreciação se 
mantém constante, enquanto que a produtividade no começo 
é alta e diminui consideravelmente ao longo do tempo, sendo 
que em determinado momento a taxa de depreciação pode 
chegar a superar a produtividade do equipamento, conforme 
ilustrado. 
3.1.1. Metodologia de cálculo de 
depreciação para fi ns fi scais
No Brasil, para fi ns legais de lançamentos de despesas de 
depreciação, a Receita Federal instituiu uma relação de bens, 
os respectivos prazos de vida útil e a taxa de depreciação 
para fi ns de determinação das quotas a serem registradas na 
escrituração das pessoas jurídicas (GONÇALVES, 2001). O 
método utilizado é a depreciação linear ou constante. 
Esse método ressalta que a depreciação deverá ser 
realizada mediante o rateio do valor de aquisição, dividido 
pela vida útil determinada pela própria Receita Federal. 
Ressaltando, ainda, que o prazo estipulado independe do 
tempo que o bem permaneça em operação na empresa, 
de forma que o tempo de vida útil para que as despesas de 
depreciação sejam lançadas será classifi cada de acordo com o 
NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) de cada produto 
(MIMORIA; MONTEIRO, 2019).
As principais taxas anuais de depreciação normalmente 
admitidas pelo fi sco são:
TIPO DE BEM TAXA DE 
DEPRECIAÇÃO 
ANUAL
ANOS DE VIDA ÚTIL 
CONSIDERADA
Edifícios 4% 25
Máquinas e 
Equipamentos
10% 10
Instalações 10% 10
Móveis e 
utensílios
10% 10
Veículos 20% 5
Tabela – principais taxas de depreciação anual. Fonte: elaborado pela autora. 
A principal motivação para a aplicação de taxas 
homogêneas para cada tipo de operações de bens é equalizar 
as despesas de depreciação a serem registradas nos registros 
contábeis, e que serão utilizadas como despesas dedutíveis 
(MIMORIA; MONTEIRO, 2019). Dessa forma, os cálculos 
de impostos tornam-se mais constantes quanto possível. A 
taxa de depreciação é fi xada tendo como base o prazo do 
que se espera com a utilização econômica do bem. Percebe-
se que, por meio desse método, que não importa quanto o 
bem já foi usado durante os meses do ano, os valores a serem 
lançados mês a mês serão sempre constantes. 
Um exemplo para ilustrar o que foi dito seria uma 
máquina classifi cada para fi m de depreciação como Máquinas 
e Equipamentos (vida útil de 10 anos), no valor de R$ 
1.500.000,00. A depreciação ocorreria da seguinte forma: 
Valor de 
aquisição
Período de 
depreciação
Apuração da 
depreciação 
por período
Depreciação 
ao ano
V a l o r 
c o n t á b i l 
fi nal
1.500.000
1º ano
1.500.000/10 
anos
= 150.000/
ano
150.000/12 
meses 
= 12.500/
mês
150.000 1.350.000
2º ano 150.000 1.200.000
3º ano 150.000 1.050.000
4º ano 150.000 900.000
5º ano 150.000 750.000
6º ano 150.000 600.000
7º ano 150.000 450.000
8º ano 150.000 300.000
9º ano 150.000 150.000
10º ano 150.000 0
Dessa forma, a empresa poderá informar mensalmente 
a despesa de R$12.500,00 referente à depreciação desse 
equipamento. 
3.2. Método Exponencial ou Saldo 
Decrescente
Também é conhecido como método da Depreciação 
Acelerada. Nesse método a depreciação decresce com o 
passar do tempo. Isso, pois, busca-se reduzir os riscos futuros, 
provocados pelo obsoletismo ou a perda de utilidade daquele 
ativo fi xo. Gonçalves (2001) aponta alguns motivos que 
poderiam levar uma empresa a ter preferência pelo método 
do saldo decrescente ao depreciar um bem:
•	 O desempenho operacional declinante do bem 
resulta naturalmente em acréscimos em outros 
custos operacionais, que poderiam ser compensados 
pela redução da despesa com depreciação; 
•	 Valor do ativo, declinado mais nos primeiros anos e 
menos nos últimos anos de vida do ativo; 
•	 Custo crescente de reparos e manutenção 
proporcional ao passar do tempo para cada bem; 
•	 Receitas ou entradas de caixa declinantes, resultado 
da diminuição no nível de produtividade; 
•	 Incerteza das receitas dos últimos anos em virtude 
da possível obsolescência daquele bem.
Nesse mesmo sentido, existem ainda algumas 
55
outras vantagens análogas que fazem o Método do Saldo 
Decrescente ser apresentado como bastante vantajoso, dentre 
elas (GONÇALVES, 2001): 
•	 Vantagens fiscais – como a depreciação é um redutor 
do lucro tributável, ela será maior nos primeiros 
anos significando menos impostos nestes períodos. 
•	 Diminuição dos riscos de prejuízo – caso um 
bem necessite ser baixado antes do término da 
depreciação, o prejuízo será menor, pois o saldo 
residual a depreciar estará reduzido, se comparado 
com outros métodos; 
•	 Possibilidade de uniformidade dos custos – o natural 
aumento das despesas com manutenção e reparos de 
determinado bem com maior desgaste, poderia ser 
compensado com a menor despesa de depreciação 
proporcionada por esse método. Tornando os 
custos globais da empresa mais uniformes.
Para calcular a depreciação através desse método, 
estipulamos uma taxa fixa a ser aplicada sobre o saldo do 
valor contábil no período anterior. Dessa forma, o ativo é 
depreciado a uma taxa fixa (t), que influencia o valor ainda não 
depreciado período a período (SIMÕES; CERVI;FENNER, 
2013). A taxa de depreciação (t) pode ser calculada da seguinte 
forma: 
Onde:
t – taxa de depreciação aplicada ao saldo anterior não 
depreciado
n – vida útil econômica do bem 
Vf – valor final do bem 
Vi – valor inicial do bem 
Para encontrar o valor da depreciação em cada período, 
basta multiplicar a taxa de depreciação encontrada pelo saldo 
do valor contábil final do período anterior (n-1). 
Dn = t * Vfn-1
 Onde:
 Dn = depreciação no período n
 t = taxa de depreciação 
 Vfn-1 = saldo do valor contábil no período anterior 
(n-1)
 
Um exemplo de aplicação dessa forma de depreciação 
seria: a indústria de calçados Pise Bem realiza o investimento 
em uma máquina de costura no valor de R$ 200.000,00 e 
pretende permanecer com ela pelos próximos 10 anos. Ao 
final do décimo ano, a empresa venderá a máquina por R$ 
40.000,00. Sabendo que se trata de um bem com um desgaste 
acelerado, o gerente financeiro da empresa opta por depreciar 
essa máquina através do método de depreciação decrescente, 
para fins de análises de resultados gerenciais. Calcule, quais 
serão as depreciações anuais informadas por esse gerente nos 
resultados da indústria Pise Bem. 
t = 1 – (Vf/Vi)1/n
t = 1 – (40.000/200.000)1/10
t = 1 – 0,8513
t = 0,1487 
Valor de 
aquisição
Período de 
depreciação
A p u r a ç ã o 
da taxa de 
depreciação
Depreciação 
no ano
V a l o r 
c o n t á b i l 
final
200.000
1º ano
t = 0,1487
200.000 * 
0,1487
= 29.740
200.000 – 
29.740
= 170.260
2º ano 170.260 * 
0,1487
= 25.317,66
170.260 – 
25.317,66
= 
144.942,34
3º ano 144.942,34 * 
0,1487
= 21.552,93
144.942,34 
– 21552,93
= 
123.389,41
4º ano 123.389,41 * 
0,1487
= 18.348
123.389,41 
– 18.348
= 
105.041,41
5º ano 105.041,41 * 
0,1487
= 15.619,66
105.041,41 
– 15.619,66
= 89.421,75
6º ano 89.421,75 * 
0,1487
= 13.297,01
89.421,75 – 
13.297,01
= 76.124,74
7º ano 76.124,74 * 
0,1487
= 11.319,75
76.124,74 – 
11.319,75
= 64.804,99
8º ano 64.804,99 * 
0,1487
= 9.636,5
64.804,99 – 
9.636,5 
= 55.168,49
9º ano 55.168,49 * 
0,1487
= 8.203,55
55.168,49 – 
8.203,55
= 46.964,94
10º ano 46.964,94 * 
0,1487
= 6.983,69
46.964,94 – 
6.983,69 
= 39.981,25
Como pode ser visto através do exemplo, ao utilizar o 
método de depreciação decrescente, o impacto da depreciação 
cai com o passar do tempo. O gráfico, a seguir, ilustra o efeito 
da depreciação em relação à produtividade da máquina.
Figura – efeito da depreciação em relação a produtividade. Fonte: Gonçalves 
(2001). 
Note que, depreciação e produtividade decrescem 
proporcionalmente com o passar do tempo. Dessa forma, 
podemos dizer que, em especial para equipamentos que 
56Engenharia Econômica
possuem um rápido e acentuado desgaste ao longo do tempo, 
o método de quotas decrescentes seria o mais aconselhável, 
uma vez que, o impacto da depreciação nos custos de 
produção seria menor (GONÇALVES, 2001). 
Nesse mesmo sentido, equipamentos que possuem uma 
vida tecnológica curta, ou seja, que se tornam tecnologicamente 
obsoletos rapidamente, também devem ser depreciados, 
preferencialmente pelo método de depreciação decrescente. 
O método exponencial é coerente com o argumento de que a 
contribuição de dado bem para geração de renda é maior nos 
anos iniciais de sua vida útil e decresce com o uso (FREITAS; 
SILVA; MACHADO, 2007).
3.3. Método Somatório dos Dígitos 
(Método de COLE)
O método de depreciação somatório dos dígitos é outra 
forma de depreciação acelerada, assim como no método 
de depreciação decrescente, o bem irá depreciar mais nos 
primeiros e proporcionalmente menos com o passar do 
tempo. Também é mais indicado para empresas que possuem 
itens de imobilizado que são explorados com mais vigor nos 
primeiros anos (MIMORIA; MONTEIRO, 2019). 
Suas características são basicamente iguais ao do método 
visto anteriormente. Sendo que, sua principal vantagem 
também é proporcionar maior uniformidade nos custos, já 
que com o passar do tempo, os bens naturalmente demandam 
mais gastos com manutenção e perdem produtividade. De 
forma que, a diminuição da despesa com depreciação permite 
que os custos fi quem mais estabilizados ao longo do tempo 
de utilização do bem.
O que muda drasticamente é a forma de calcular a 
depreciação incidente em cada período. Esse método utiliza 
quotas de depreciação decrescentes dadas pela razão entre 
o ano atual e o somatório dos dígitos do período total de 
utilização da máquina (SIMÕES; CERVI; FENNER, 2013).
Onde:
Dn – depreciação no ano atual 
n – vida útil econômica do bem 
N – ano da vida útil econômica em análise
Vi – valor inicial do bem 
Vf – valor fi nal do bem 
Sd – somatório dos dígitos periódicos 
Uma forma de realizar o cálculo somatório dos dígitos 
periódicos (Sd) é através da utilização da fórmula abaixo. 
 
Onde:
SD = somatório dos dígitos periódicos
N = total de períodos referentes à vida útil do bem
Exemplo de somatório dos dígitos periódicos (Sd):
 
Período 
(anos)
Somatório dos dígitos 
periódicos
Através da fórmula
5 1+2+3+4+5 = 15 [5*(5+1)]/2 = 15
10 1+2+3+4+5+6+7+8+9+10 
= 55
[10*(10+1)]/2 = 55
100 1 + 2 + ... + 99 + 100 = 
5.050
[100*(100+1)]/2 = 5.050
Utilizaremos o seguinte exemplo para ilustrar o método 
de depreciação somatórios dos dígitos periódicos. Uma 
indústria química compra um novo caminhão (veículo – vida 
útil 5 anos) para transporte de um resíduo químico produzido 
em seu processo produtivo, pelo valor de R$90.000,00. 
Como o uso desse veículo é intenso e o seu desgaste ocorre 
rapidamente devido ao tipo de material transportado, a 
empresa opta por depreciá-lo através do método somatórios 
dos dígitos periódicos para fi ns de análises gerenciais. Sabemos 
que o caminhão não poderá ser vendido ao fi nal do período 
de sua vida útil. Determine qual valor poderá ser atribuído 
como depreciação a cada ano pela indústria. 
Vida útil do caminhão – 5 anos 
Soma dos dígitos = 1+2+3+4+5 = 15
Valor de 
aquisição
Período de 
depreciação
Depreciação no ano
Dn = [(n-(N-1))/Sd] * 
(Vi-Vf)
Valor contábil fi nal
90.000
1º ano 30.000 90.000 – 30.000
= 60.000
2º ano 24.000 60.000 – 24.000
= 36.000
3º ano 18.000 36.000 – 18.000
= 18.000
4º ano 12.000 18.000 – 12.000
= 6.000
5º ano 6.000 6.000 – 6.000
= 0
1º ano D1 = [(5-(1-1))/15] * (90.000-0)
 D1 = [(5-0)/15] * 90.000
 D1 = 30.000
2º ano D2 = [(5-(2-1))/15] * (90.000-0)
 D2 = [(5-1)/15] * 90.000
 D2 = 24.000
3º ano D3 = [(5-(3-1))/15] * (90.000-0)
 D3 = [(5-2)/15] * 90.000
 D3 = 18.000
4º ano D4 = [(5-(4-1))/15] * (90.000-0)
 D4 = [(5-3)/15] * 90.000
 D4 = 12.000
5º ano D5 = [(5-(5-1))/15] * (90.000-0)
 D5 = [(5-4)/15] * 90.000
 D5 = 6.000
Note que, há depreciação decresce ao longo dos anos. 
57
3.4. Método Somatório Inverso dos 
Dígitos 
Esse método possui características semelhantes ao 
apresentado anteriormente, mas se diferencia pelo fato de a 
depreciação ser desacelerada. A cota de depreciação incide 
sobre o valor depreciável, de acordo com diferentes frações 
ano a ano, ou seja, resulta numa depreciação anual crescente 
(SIMÕES; CERVI; FENNER, 2013).
Ao contrário da soma dos dígitos, esse método propicia 
uma carga anual de depreciação crescente. A escolha entre uma 
depreciação crescente ou decrescente ocorre de acordo com 
as características do bem que está sendo depreciado. Sempre 
será escolhida aquela que beneficie as análises financeiras 
gerenciais das empresas (FREITAS; SILVA; MACHADO, 
2007).
Pode ser calculada através da fórmula. 
Onde:
Da – depreciação ao ano 
N – vida útil econômica 
SD – somatório dos dígitos periódicos
Vi – valor inicial do bem 
Vf – valor final do bem 
Nesse método, o somatório dos dígitos periódicos (SD) é realizado da 
mesma forma que apresentado no método anterior. 
Para ilustrar esse método de depreciação, utilizaremos 
o seguinte exemplo. Fábio está abrindo uma fábrica de 
embalagens plásticas. Para isso, compra um equipamento no 
valor de R$ 220.000,00, que não possui desgastaste acelerado 
ao longo do tempo,ou seja, poderá ser utilizado por muitos 
e muitos anos sem significativos prejuízos em relação à 
produtividade. Apesar disso, sua vida útil é considerada como 
10 anos e ainda poderá ser vendido por R$ 40.000,00 ao final do 
décimo ano. Como Fábio está iniciando agora seus trabalhos 
e gostaria de apresentar resultados financeiros positivos, opta 
por depreciar gerencialmente seu equipamento de forma 
crescente, para que as parcelas maiores de depreciação passem 
a incidir quando sua produtividade e vendas já tiverem 
crescido.
Vida útil do equipamento – 10 anos 
Soma dos dígitos = [10*(10+1)]/2 = 55
Valor de 
aquisição
Período de 
depreciação
Depreciação no ano
D = (N/SD) * (Vi – Vf)
Valor contábil 
final
220.000
1º ano 3.272,73 216.727,27
2º ano 6.545,45 210.181,82
3º ano 9.818,18 200.363,64
4º ano 13.090,91 187.272,73
5º ano 16.363,64 170.909,09
6º ano 19.636,36 151.272,73
7º ano 22.909,09 128.363,64
8º ano 26.181,82 102.181,82
9º ano 29.454,55 72.727,27
10º ano 32.727,27 40.000,00
1º ano D1 = (1/55) * 
(220.000 – 40.000)
D1 = 3.272,73
2º ano D2 = (2/55) * 
(220.000 – 40.000)
D2 = 6.545,46
3º ano D3 = (3/55) * 
(220.000 – 40.000)
D3 = 9.818,18
4º ano D4 = (4/55) * 
(220.000 – 40.000)
D4 = 13.090,91
5º ano D5 = (5/55) * 
(220.000 – 40.000) 
D5 = 16.363,36
6º ano D6 = (6/55) * (220.000 – 40.000)
D6 = 19.636,36
7º ano D7 = (7/55) * (220.000 – 40.000))
D7 = 22.909,09
8º ano D8 = (8/55) * (220.000 – 40.000)
D8 = 26.181,82
9º ano D9 = (9/55) * (220.000 – 40.000)
D9 = 29.454,55
10º ano D10=(10/55)*(220.000 – 40.000)
D10 = 32.727,27
Note que a depreciação aumenta com o passar do tempo. 
3.5. Método das quotas variáveis
O método das quotas variáveis não considera a passagem 
do tempo para fins de depreciação de bens e sim o seu uso. 
Dessa forma, todos os bens serão depreciados na proporção 
em que são utilizados pelas empresas e não à medida que o 
tempo passa, como foi visto até aqui. Esse método é indicado 
para uso em bens cuja taxa de utilização é importante para 
determinar as condições de produtividade e estado físico em 
que o bem se encontra (GONÇALVES, 2001). Por outro 
lado, para bens estáticos como edificações, esse método é 
impróprio.
Esse método de depreciação é bastante utilizado 
gerencialmente para fábricas e indústrias que produzem 
itens em larga escala, onde as máquinas necessariamente 
irão se desgastar na proporção da fabricação dos estoques, 
na proporção da sua produção (MIMORIA; MONTEIRO, 
2019).
Para realizar o cálculo da depreciação através desse 
método, precisamos primeiro definir qual a produtividade 
58Engenharia Econômica
anual (Pdn) do equipamento que está sendo depreciado e qual 
a capacidade produtiva total (Pdt). 
Onde:
D – depreciação 
Pdn – produtividade naquele ano (n)
Pdt – produtividade total do equipamento 
Vi – valor inicial do bem 
Vf – valor fi nal do bem 
Observe esse exemplo. Uma máquina de corte, que custa 
R$ 400.000,00, tem a capacidade produtiva total de 1.000.000 
m2, sendo que a produtividade prevista é de 300.000 m2 no 
ano 1, 250.000 m2 no ano 2, 200.000 m2 no ano 3, 150.000 
m2 no ano 4 e 100.000 m2 no ano 5. Encontre qual o valor de 
depreciação alocado para cada ano ao longo desses 5 anos de 
vida útil do equipamento, sabendo que ao fi nal deste período 
não terá valor contábil residual. 
Valor de 
aquisição
Período de 
depreciação
Depreciação 
no ano
D = (Pdn/ 
Pdt)*(Vi – Vf)
Valor 
contábil 
fi nal
400.000
1º ano 120.000 280.000
2º ano 100.000 180.000
3º ano 80.000 100.000
4º ano 60.000 40.000
5º ano 40.000 0
1º ano D1 = (300.000/1.000.000) * (400.000 – 0)
 D1 = 120.000
2º ano D2 = (250.000/1.000.000) * (400.000 – 0)
 D2 = 100.000
3º ano D3 = (200.000/1.000.000) * (400.000 – 0)
 D3 = 80.000
4º ano D4 = (150.000/1.000.000) * (400.000 – 0)
 D4 = 60.000
5º ano D5 = (100.000/1.000.000) * (400.000 – 0)
 D5 = 40.000
Note que, nesse método de depreciação os valores a 
serem lançados serão proporcionais à produção do período, 
ou seja, quanto menor for a produção, menor será a despesa a 
ser lançada no resultado.
3.6. Método Fundo de Renovação 
(Sinking Fund)
Esse método tem como diferencial a intenção de criar 
um fundo de amortização, visando a reposição do bem que 
está sendo depreciado, quando acabar sua vida útil. Dessa 
forma, esse método não trata da perda de valor dos bens 
depreciados, mas do objetivo de substituir o bem ao fi nal da 
sua vida útil (FREITAS; SILVA; MACHADO, 2007). 
Sua principal característica é ter um objetivo duplo, 
ou seja, além da necessidade de depreciar o bem, alia o 
planejamento de recursos fi nanceiros para a substituição do 
item ao fi nal da sua vida útil, mediante a constituição de um 
fundo, o qual é formado por uma contribuição periódica em 
dinheiro, acrescida de juros de sua aplicação a determinada 
taxa anual (GONÇALVES, 2001).
Como visto, esse método permite que se faça uma 
reserva de capital, sobre a qual incidem juros, de modo 
que ao fi nal da vida útil econômica do bem a empresa teria 
recursos sufi cientes para sua substituição (SIMÕES; CERVI; 
FENNER, 2013). Podemos calcular a quota de depreciação 
anual (a), sufi ciente para cobrir a substituição do bem ao fi nal 
do período, através da seguinte fórmula. 
Onde: 
a – quota de depreciação anual 
Vi – valor inicial do bem
Vf – valor fi nal do bem 
i – taxa de juros (ao ano)
n – vida útil econômica do bem (anos)
Depois de encontrarmos a quota de depreciação, 
devemos encontrar a parcela de depreciação anual, através da 
fórmula: 
Dn = a (1 + i)
n-1
Onde:
Dn – depreciação no período n
a – quota de depreciação 
i – taxa de juros (ao ano)
n – período atual 
Para entender como funcionam os cálculos para esse 
método, vamos utilizar novamente o exemplo da indústria de 
calçados Pise Bem, que realiza o investimento em uma máquina 
de costura no valor de R$ 200.000,00 e pretende permanecer 
com ela pelos próximos 10 anos. Ao fi nal do décimo ano, 
a empresa venderá a máquina por R$ 40.000,00 e comprará 
uma nova. Para isso, o gestor fi nanceiro decide agora realizar 
um fundo de investimento, para que seja possível comprar o 
novo equipamento ao fi nal do décimo ano. A melhor taxa de 
juros encontrada no mercado para essa operação foi de 12% 
ao ano. Calcule a quota de depreciação anual.
59
Valor a ser 
depreciado
Quota de 
depreciação
Período de 
depreciação
Depreciação no ano
Dn = a (1 + i)n-1
Valor contábil fi nal
200.000
- 40.000
= 160.000
9.117,47
1º ano 9.117,47*(1 + 0,12)0
= 9.117,47
190.882,53
2º ano 9.117,47*(1 + 0,12)1
= 10.211,56
180.670,97
3º ano 9.117,47*(1 + 0,12)2
11.436,95
169.234,02
4º ano 9.117,47*(1 + 0,12)3
12.809,38
156.424,64
5º ano 9.117,47*(1 + 0,12)4
= 14.346,51
142.078,13
6º ano 9.117,47*(1 + 0,12)5
= 16.068,09
126.010,04
7º ano 9.117,47*(1 + 0,12)6
= 17.996,26
108.013,78
8º ano 9.117,47*(1 + 0,12)7
= 20.155,81
87.857,96
9º ano 9.117,47*(1 + 0,12)8
= 22.574,51
65.283,45
10º ano 9.117,47*(1 + 0,12)9
= 25.283,45
40.000,00
a = (Vi – Vf) * (i/[(1+i)n-1])
a = (200.000 – 40.000) * (0,12/[(1+0,12)10 – 1])
a = 160.000 * 0,06
a = 9.117,47
Perceba que se somarmos os valores referentes às 
depreciações no período 9117.46 + 10211.56 + 11436.94 + 
12809.38 + 14346.50 + 16068.09 + 17996.26 + 20155.81 
+ 22574.51 + 25283.45 = 160.000 que, somado aos 40.000 
da venda do equipamento antigo, é exatamente os 200.000 
para a compra de um novo equipamento similar ao velho 
depreciado. 
Diante do exposto, percebe-se que as empresas podem 
escolher, dentre os métodos disponíveis, aquele que melhor 
possa representar a realidade de funcionalidade da operação 
da empresa, a fi m de que as despesas geradas e lançadas na 
DRE gerencial possam refl etir no momento, o resultado real 
gerado na operação do negócio (MIMORIA; MONTEIRO, 
2019).
4- Efeito da depreciação sobre o 
Imposto de Renda
A taxa de depreciação é determinada de acordo com o 
tempo de vida útil do ativo. A maior parte das empresas utiliza 
as taxas máximas de depreciação definidas pela Secretaria da 
Receita Federal. As empresas que utilizam o Lucro Real para 
apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuição Social 
(CSSL) devem utilizar os percentuais fi xados pelo Fisco em 
virtude das limitações existentes na dedução das despesas de 
depreciação que o próprio fi sco estipula (CUMARÚ, 2015). 
As principais taxas anuais de depreciação normalmente 
admitidas pelo fi sco são:
TIPO DE BEM TAXA DE 
DEPRECIAÇÃO 
ANUAL
ANOS DE VIDA ÚTIL 
CONSIDERADA
Edifícios 4% 25
Máquinas e 
Equipamentos
10% 10
Instalações 10% 10
Móveis e utensílios 10% 10
Equipamentos de 
informática 
20% 5
Tratores 25% 4
Motociclos 25% 4
Veículos 20% 5
Tabela – principais taxas de depreciação anual. Fonte: elaborado pela autora. 
As empresas devem utilizar o método de depreciação 
constante a partir das taxas defi nidas pela Receita Federal 
para o cálculo da depreciação a fi m de apurar a tributação do 
imposto de renda pessoa jurídica e contribuição social. De 
acordo com a Receita Federal, a depreciação do imobilizado 
poderá ser reconhecida como uma despesa no período de sua 
apuração (MONTEIRO e RIOS, 2015). As empresas somente 
têm o direito de utilizar taxas diferentes das estabelecidas 
pela Secretaria da Receita Federal, desde que comprovem 
essa adequação e que seja realizada a alteração por decisão 
administrativa superior ou sentença judicial baseada em laudo 
técnico adequado. 
Observando a estrutura de um Demonstrativo de 
Resultados do Exercício (DRE) podemos perceber como a 
depreciação infl uencia na tributação do Imposto de Renda e 
Contribuição Social. 
60Engenharia Econômica
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas anuladas
(-) Descontos concedidos
(-) IPI
(-) ICMS sobre vendas 
(-)
(-)
(-)
PIS 
CONFINS 
ISS
= Receita Operacional Líquida
(-) CPV, CMV, CSP
= Resultado Operacional Bruto
(-) Despesas com vendas
(-) Despesas operacionais 
(-) Despesas administrativas
(-) Despesas fi nanceiras
(+) Receitas fi nanceiras
(+) Outras Receitas Operacionais
(-) Outras despesas operacionais (depreciação, 
amortização, etc)
= Resultado Operacional Líquido
(-) Receitas não operacionais
(-) Despesas não operacionais
= Resultado operacional líquido do exercício antes dos tributos sobre 
o lucro (LAIR)
(-) Provisão para Contribuição Social (CSLL)
(-) Provisão para Imposto de Renda (IR)
= Resultado operacional líquido do exercício após o Imposto de Renda
(-) Participações Minoritárias 
= Resultado Operacional Líquido do Exercício
Note que a depreciação é deduzida do resultado da 
empresa antes da incidência do Imposto de Renda e da 
Contribuição Social, ou seja, quanto maior for o valor da 
depreciação, menor será a base de cálculo do tributo. Por isso, 
a importância dada pela Receita Federal, para que não haja 
apropriações impróprias. 
Ao fi nal desta sexta aula, vamos recordar sobre o que 
aprendemos até aqui.
Retomando a aula
1-Imobilizado
Nesta seção, explicamos que um ativo imobilizado é 
aquele que possui natureza relativamente permanente, que 
pode ser mantido na empresa para a utilização na produção 
de mercadorias ou prestação de serviços. A vida útil de um 
bem pode ser defi nida como o tempo que a empresa possui 
para usufruir de determinado ativo.
2- Depreciação 
Existem várias formas de calcular as depreciações, que 
abordam diferentes aspectos, em especial da característica do 
equipamento e do tipo de processo produtivo.
3- Métodos de depreciação 
O Método linear de depreciação consiste em dividir o 
valor do bem do ativo pelo tempo de vida útil. No Método 
Saldo Decrescente, a depreciação decresce com o passar do 
tempo. O método de depreciação somatório dos dígitos é uma 
outra forma de depreciação acelerada. No Método Somatório 
Inverso dos Dígitos, a depreciação é desacelerada. O método 
das quotas variáveis não considera a passagem do tempo para 
fi ns de depreciação de bens e sim o seu uso. O Método Fundo 
de Renovação tem como diferencial a intenção de criar um 
fundo de amortização, visando a reposição do bem que está 
sendo depreciado.
4- Efeito da depreciação sobre o Imposto de Renda
A taxa de depreciação é determinada de acordo com o 
tempo de vida útil do ativo.
GONÇALVES, Constantino de Gaspari. Administração de 
imobilizado enfocando a depreciação. UNOPAR Cient., Ciênc. Juríd. 
Empres., Londrina, v. 2, n. 2, p. 67-76, set. 2001.
SIMÕES, Danilo; CERVI, Ricardo Ghantous; FENNER, 
Paulo Torres. Análise da Depreciação do Forwarder com 
Aplicação do Custo Anual Uniforme Equivalente. Tekhne e Logos, 
Botucatu-SP, v. 4, n. 2, ago. 2013.
PAES, Renan Fonseca; ULYSSES, Cláudio; COELHO, 
Ferreira. Análise dos Critérios de Depreciação das Companhias 
do Subsetor de Transportes Listadas Na Bovespa. Revista de 
Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, Rio de 
Janeiro, v. 23, n. 3, p.18-33, set. 2018.
MONTEIRO, Vivian Barbosa; RIOS, Ricardo Pereira. 
Depreciação Aspecto Societário e Fiscal: Um Estudo de Caso dos 
Impactos na Empresa MBS. Revista Eletrônica Gestão e Negócios, São 
Roque, v. 1, n. 1, jan. 2015.
CUMARÚ, Hyara Pereira. Depreciação do Imobilizado nas 
Empresas Listadas nos Diferentes Níveis de Governança Corporativa da 
Bm&F Bovespa. 2015. 72 f. TCC (Graduação) - Curso de Ciências 
Contábeis e Atuariais, Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
FREITAS, Luis Carlos de; SILVA, Márcio Lopes da; 
MACHADO, Carlos Cardoso. Influência do Cálculo de Depreciação no 
Imposto de Renda e no Fluxo de Caixa de uma Atividade de Transporte 
Florestal. Revista Árvore, Viçosa-MG, v. 31, n. 2, p.257-264, jan. 
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MIMORIA, Fatima Andrade; MONTEIRO, Lucia Helena. 
O Impacto da Depreciação na Apuração do Lucro Real em uma Empresa do 
Ramo Industrial. 2019. 27 f. Monografia (Especialização) - Curso de 
Pós-graduação em Planejamento e Legislação Tributária, Centro 
Universitário FAMETRO, Fortaleza, 2019.
Vale a pena ler
Vale a pena
61
Como Calcular a Depreciação - Depreciação de 
Máquinas e Equipamentos - Consultoria a Distância. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=b2__
NCuLGhA. Acesso em: 25 de fevereiro de 2020.
Depreciação (Contabilidade). Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=125pMbQbvHc. Acesso em: 
25 de fevereiro de 2020.
Depreciação e Amortização: DUAS despesas REAIS 
sem efeito CAIXA. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=_oUrGoMPVCU. Acesso em: 25 de 
fevereiro de 2020.
Vale a pena assistir
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