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DO�- Psi����gi� e Edu��ção
Uni���� 3: FE�ÔME��� SO���I� O� ED����I�N�I�?
Indisciplina escolar
Todos nós, em algum momento da nossa vida, nos deparamos com o fenômeno da indisciplina
escolar, seja como aluno, como professor ou outros. Partindo de experiências tão cotidianas,
cabe a nós identificarmos a indisciplina escolar como um fenômeno social e universal. Mas
quais seriam algumas das razões desse acontecimento considerado “atual”?
Apoiada pelas palavras de Pedro Demo (2004), essa indisciplina pode estar relacionada ao
aumento de leis protetivas da criança e do adolescente. Essas proteções legais, algumas vezes,
inibem que pais tomem atitudes com o receio de serem considerados infratores das leis, como
o Estatuto da Criança e do Adolescência (ECA). Outro aspecto a ser analisado é a própria
mudança social que vivemos. Com a velocidade das transformações sociais, a lacuna entre
pais e filhos está cada dia maior. Se antes já haviam os conflitos de geração, imagine hoje para
um pai, uma mãe compreender a importância de um celular como ferramenta de comunicação
que, para eles, parece que o filho “não pensa” em outra coisa? Como aceitar que um aparelho
eletrônico é mais importante que conversar com seus pais?
Esses enfoques nos aproximam de uma realidade de pronto atendimento, de velocidade de
respostas que faz com que os alunos deixem de compreender que os estudos não trarão
respostas imediatas. Além disso, estamos vivendo com uma perspectiva hedonista, em que o
prazer suprime qualquer coisa e o esforço não pertence a esse contexto. E aí, o desprezo por
valores que não trazem prazer imediato se fortalece.
Conceito de (in)disciplina
Seria uma atitude reducionista utilizar somente o dicionário para propor o conceito de
(in)disciplina. De acordo com os dicionários, os significados giram em torno do respeito ou
desrespeito às regras, subordinação ou não das mesmas, mas, um traço em comum é que
existe sempre alguém que manda e outro que obedece ou desobedece.
A relação seria apenas de duas palavras antônimas?
Na verdade, o conceito de indisciplina não pode ser visto como algo estático, invariável e
muito menos universal. Na verdade, é um ato que leva o educando a desordem, a
desobediência e se revela no contexto cultural em que os discentes tentam resistir a essa
tradição para impedir o trabalho escolar.
Paulo Freire (1987) enfoca a (in)disciplina na relação professor-aluno e que a autoridade
encontra-se na liberdade sadia de ambos. Também apresenta a tensão dessa relação, pois a
autoridade e a liberdade que existem no interior de cada um é o que determinará o equilíbrio
da relação.
A disciplina, além disso, tem como moldura o pensamento do quanto os estudantes são
capazes de discernir acerca do que é melhor para eles e aí se legitima a autoridade como parte
integrante da disciplina.
O aluno indisciplinado não acata, não se submete e muito menos se acomoda, importunando
dentro da sala de aula com desrespeito e questionamentos. É a sua incapacidade de se ajustar
às normas e aos padrões explícitos pela escola, como cita Aquino (1998, p. 40):
O ensino teria como um de seus obstáculos centrais a conduta desordenada dos alunos,
traduzida em termos como: bagunça, tumulto, falta de limites, maus comportamentos,
desrespeito às figuras de autoridade etc.
O ato indisciplinar de um aluno costuma partir daqueles que estão mal na escola e ao se
perceberem como seres excluídos no processo de aprendizagem, sentem-se humilhados e
decidem não concordar com o que é oferecido. Cabe ressaltar que essas atitudes nem sempre
são percebidas pelo próprio estudante, relacionadas a esse sentimento.
Causas da indisciplina
Histórica e sociologicamente, o ambiente escolar estaria preparado para ser um lugar ideal
para a formação do indivíduo sob todas as dimensões do ser humano: psíquica, social, política
etc. No entanto, a escola que temos hoje mal está preparada para a transmissão de conteúdos,
que dirá apta para essa formação plena do cidadão. Com essa falta de clareza das propostas
pedagógicas, do papel social da escola, a desorganização contamina as salas de aula com uma
conduta também desordenada, tais quais seus estudantes manifestam. Como cumprir as
normas que o professor dita se nem mesmo ele compreende os contextos sociais, a razão das
regras que lhe são cobradas como reflexo de um pensamento de dominação?
A indisciplina seria, talvez, o pior inimigo do educador atual, pois ultrapassa o âmbito
estritamente didático-pedagógico. O conjunto de teorias pedagógicas não dá conta de como
manejar esse conflito escolar de forma imediata. Parece até que essa situação se mostra como
um imprevisto, uma situação casual.
Tiba (2006, p. 159) apresenta outro olhar para a indisciplina quando afirma que: “Se a criança
encontrar terreno fértil dentro de casa, se tornará uma planta rebelde na escola, expandindo-se
depois em direção à sociedade”. Nesse contexto, ele coloca a família como uma das origens
para esse fenômeno.
A escola tem como dever continuar a educação que o núcleo familiar proporciona, ou seja, as
primeiras orientações, partindo dos pais, é o ponto fundamental para a educação das crianças.
Caso contrário, se as crianças conviverem com maus exemplos, acabam sendo reprodutoras
para o desenvolvimento de seres indisciplinados, os quais se estendem em direção à escola e,
consequentemente, à sociedade.
Aquino (1998, p. 48) reforça afirmando que a indisciplina eclode como sintoma de relações
descontínuas e conflitantes entre o espaço escolar e outras instituições sociais. A família é um
começo para que todos possam conviver bem em sociedade, é a base para enfrentar qualquer
problema. Entretanto, se por alguma razão a família for desestruturada ou vive em conflitos,
terá uma razão para a indisciplina permanecer em uma criança, interferindo diretamente no
espaço escolar e na sociedade.
Desde muito cedo a criança entra em contato com modelos diferentes de funcionamento, pois
é uma criação de pais que, por sua vez, possuem formações diferentes. Em muitas famílias
ainda existem pais que delegam a outras pessoas a educação de seus filhos por causa dos seus
trabalhos ou afazeres, sem tempo para esse momento tão importante na vida de uma criança.
Além disso, os meios tecnológicos ou até mesmo a televisão dificultam ainda mais a
coexistência e interferem no processo de ensino-aprendizagem. Por isso, temos, em geral,
uma falta de interesse pelos estudos e um déficit de atenção nas aulas. Além disso, esses
estudantes frequentam a escola apenas por obrigação, já que muitos pais recebem benefícios
de programas federais, os quais determinam que a frequência escolar dos filhos é uma
condição para o recebimento. Dessa forma, a escola não é percebida pela família como uma
condição necessária para a mudança de consciência do ser, mas apenas uma atitude necessária
para angariar recursos financeiros. Se a escola não é valorizada pela família, a criança ou o
jovem perceberá o ambiente educacional da mesma forma. O resultado desses conflitos
provocados por alunos indisciplinados dentro da sala de aula é o desgaste emocional de
professores, com a perda de autoridade. A falta de estímulo para profissão pelo pensamento
de que se está perdendo tempo dentro da sala de aula os consomem, quando esse espaço
deveria ser utilizado para a produção de conhecimento.
Assim, como a escola não tem valor, a reprodução do descaso surge na relação com os
professores, que por mais que sejam grandes mestres, ainda são mirados como mandões,
autoritários e carrascos. É comum acontecer no primeiro dia de aula de o professor ser testado
pelo estudante. Isso acontece para que o professor “saiba”, a partir da rebeldia do aluno, com
quem está lidando. Com essa atitude, passa a ser o inimigo número um do educador, que se vê
compelido a abrir mão de seu tempo para prevenir que os demais educandos se aliem. Apesar
disso, nenhuma disciplina conseguirá conter toda a desordem que o indisciplinado realiza.
Por outro lado, temos o emergente sentimento de baixa autoestimade estudantes com
situações familiares desajustadas, sejam de classes abastadas ou não. Esses alunos também
podem ser indisciplinados, mas incomodam menos, pois sofrem muito mais do que causam
sofrimento aos outros. A indisciplina ocorre pela falta de instrumentos internos em lidar com
o outro ser com poder e autoestima mais elevada que a dele. Por isso, a figura do professor é o
primeiro alvo a ser atacado. Dessa forma, podem ser reações e pouca tolerância àquilo que
não aceitam (TIBA, 2006, p. 148).
FIQUE DE OLHO: O filme “Escritores da liberdade” conta a história de uma professora que
tenta combater um sistema educacional deficiente e transformar a sala de aula para que esta
faça a diferença na vida de seus alunos, criados em meio à violência e agressividade. Por meio
de diários, os adolescentes escrevem suas histórias e têm a chance de ter uma voz própria. O
mais interessante é que se trata de um caso real, relatado pela professora Erin Gruwell e seus
alunos no livro “O Diário dos Escritores da Liberdade”.
É o professor que fica na linha de frente para ser o maior acometido nesse processo, pois é ele
que se encontra diretamente com os estudantes em sala e isso é claro para esses profissionais.
Ainda por razões sociais, “além dos muros” escolares, a coletividade está transferindo para a
escola a responsabilidade de agente disciplinador e os conflitos ficam reduzidos, de forma
mascarada, no ambiente acadêmico.
A escola, por sua vez, por razões fenomenológicas, assume esse papel e procura regularizar a
situação a partir de regras e normas e ainda buscar de alguma maneira, a participação e a
compreensão de todos os envolvidos na educação das crianças e dos adolescentes. Assim,
enquanto nada de concreto acontece, a indisciplina na escola passa a ser a causa das causas.
Influência da sociedade na indisciplina escolar
Vivemos atualmente numa sociedade perversa que confunde democracia com egocentrismo.
As mudanças sociais ocorreram rapidamente e em função destas, encontramo-nos num país
mais democrático. Apesar de todo esse processo democrático alcançado, a ética da sociedade
não acompanhou esse processo de forma adequada. A democracia atual é mesclada com a
falsa impressão de que tudo pode ser feito ou dito sem critérios de empatia ou tolerância.
O que se observa é um grupo social que desvaloriza o outro e valores aliados a instituições,
como a família, passam a ser ignorados ou distorcidos. Percebe-se que o prazer imediato está
em voga, como criar cenários para motivar atitudes que exigem empenho para resultados
posteriores e de média e longa duração.
Na questão da escola, pensar em frequentá-la por tantos anos para adquirir um certificado se
torna sem sentido na atualidade, não atende às necessidades emergentes e com muito pouco
treinamento para uma visão de futuro. Há uma permissão subliminar que sugere que o
respeito é com cada estilo de vida, não há porque se preocupar com ninguém, agindo
conforme sua vontade. Se o foco é o indivíduo, o desgaste das instituições estruturadoras da
sociedade, como a família, a escola e outras, seria uma consequência de caráter ameaçador,
pois encontram-se enfraquecidas e sem razão de ser.
Ao desvalorizar as regras da boa convivência, temos as facilidades para se viver de forma
irresponsável, e a própria mídia transmite que bom é aquele que leva vantagem em tudo. A
vida sexual inicia-se mais cedo ou, ainda, o uso indiscriminado de drogas, lícitas ou ilícitas, é
motivado apenas para se sentir pertencente a um grupo de amigos.Com esse quadro, a
influência da sociedade é muito grande, e quando falamos em sociedade, esta fará com que
seus integrantes reproduzam algo que é coletivo.
As profundas mudanças, como a expansão dos meios de comunicação, a rapidez do processo
da industrialização, o desenvolvimento precoce das crianças, o desemprego e muitas outras
razões vêm elevando cada vez mais a indisciplina nas escolas do nosso país. É um fenômeno
social que precisa ser observado com muita cautela.
Em certo sentido, o considerado bom aluno é aquele que é obediente, esforçado e estudioso,
porém seria um enquadramento em um modelo ou um aprendizado para a vida social? Afinal
de contas, o aluno que sabe somente obedecer não tem “personalidade”. Segundo Demo
(2004, p. 168), “não se aprende sem disciplina, mas a aprendizagem criativa é indisciplinada”.
É fundamental nos conscientizar de que, além de ajudar os alunos a desenvolverem suas
habilidades e competências requeridas pela vida social, é preciso ajudá-los a abranger noções
de argumentação, persuasão, sempre baseados num consenso através da ética. Não será pelo
uso da força ou do constrangimento que se formarão cidadãos autônomos e protagonistas de
suas vidas, e sim por meio do debate aberto e do entendimento. De qualquer forma, algo
precisa ser desenvolvido para reduzir esse quadro e enfrentá-lo garantirá que a educação não
pereça.
Para concluir, podemos nos lembrar das palavras de Içami Tiba (2006, p. 141): “Um país que
não cuida da educação de seu povo está condenando seu futuro”.
Fracasso escolar como objeto de estudo: uma perspectiva histórica
A expressão fracasso escolar tem sido amplamente debatida e pesquisada, mas comumente
sob aspectos estatísticos para levantamentos escolares. Por outro lado, ao abordarmos esse
assunto, é necessário remeter à própria história da educação. Afinal, os conceitos, os perfis
dos alunos, dos docentes, das instituições acadêmicas se modificaram.
Por essa razão, poder viajar pela história é poder olhar criticamente para o presente e,
consequentemente, planejar o futuro. Mas qual é o futuro que queremos?
Escola e manutenção da ordem social
É legítimo o pensamento de Paulo Freire (1987, p. 29-56) de que “toda ação educativa, para
ser válida, deve ser necessariamente precedida por uma reflexão sobre o homem a quem se
deseja educar”. Sem essa reflexão, há o risco de se adotar estratégias educacionais que
restringem o homem a uma condição de objeto, sem levar em consideração o contexto
histórico, social em que está inserido.
Ao considerarmos essa premissa, a educação, para ser genuína, deve considerar tanto a
vocação ontológica do homem, ou seja, sua vocação para ser sujeito, quanto às condições nas
quais ele vive. O ser humano é um ser da práxis, compreendida como ação e reflexão dos
homens sobre o mundo, com o objetivo de modificá-lo.
Luckesi (1990)
Ao tratar da relação entre educação e filosofia, diz que não é a prática educacional que se
constitui em seus fins. Quem o faz é a reflexão filosófica sobre a educação dentro de uma
sociedade.
Mannoni (1988)
Em Educação impossível, afirmar que as crianças padecem por ser a educação perversa, tendo
como resultado uma armadilha que o próprio ser humano criou para si.
Se o fracasso escolar se cultiva por tanto tempo, é preciso ser inserido na história para
retirar-lhe o caráter de elemento natural que, por ser esperado, já que é apropriado, não é
problematizado e nem questionado. Primeiramente, o que se deve observar é que, enquanto
fenômeno, ele é histórico, nem sempre houve e se isso não ocorria era porque a maioria da
população brasileira não tinha acesso à escola, ou seja, os indivíduos das classes
trabalhadoras, tanto urbanas quanto rurais não tinham como estudar.
Assim, o conceito de quem fracassa inicia-se por uma análise abstrata para identificar quando
ocorre e em que circunstâncias a escola denuncia de forma contaminada um rendimento
diferenciado.
FIQUE DE OLHO: Os índices de aprendizagem para basear as políticas educacionais são
dados numéricos, estatísticos, que podem ser conhecidos por meio de informações do censo
escolar no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Neste último, existem
vários documentos que delineiam a forma como são colhidas essas informações.
Para compreender a aprendizagem de modo legítimo, esta deve seguir o caminho que
desnaturaliza o fracasso escolar, interpretando-o como umacultura a serviço da exclusão e das
injustiças sociais.
Não podemos esquecer de que a escola é uma instituição de nossa sociedade atual, que se
fundamenta em algumas ideias do mundo ocidental, como individualismo, direitos humanos,
igualdade, liberdade, democracia, livre mercado, tal como a competitividade, o capitalismo
etc.
O fracasso escolar é um conceito recente e, conforme sugerem Islambart-Jamati (1985b) e
Prost (1985), está conectado com as condições históricas e os efeitos da presença originária de
meios desfavorecidos na escola e sociologicamente falando, interessada na análise dos efeitos
das desigualdades sociais no ensino.
Como consequência, Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron (1975) e Boudieu, Passeron e
Saint-Martin (1965), entre 1964 e 1970, praticamente definiram essa questão abordando a
discussão sobre o significado social da seleção escolar.
De muitos modos, Bourdieu com Passeron (1975) exploram situações em que a ação escolar
revela-se bastante desigual, ou porque opera sobre indivíduos previamente dotados pela ação
familiar ou porque transforma as desigualdades diante da cultura em desigualdades de
sucesso, utilizando as estratégias de seleção no sentido stricto da palavra.
Antigamente, baseava-se na educação que incentivava a reprodução, a repetição, em que as
práticas características da vida na escola eram entendidas apenas como mantenedoras da
ordem social vigente. Em seguida, com a crítica do “reprodutivismo”, a escola passa a ser
encarada como um lugar que poderia ser afinado com a transformação da sociedade de classes
(PATTO, 1988, p. 76).
Não é suficiente haver escolas para os mais capazes, e sim é imprescindível que existam
escolas para todos e, indo além, é condição indispensável que todos aprendam.
Antes, com o caráter seletivo, a reprovação era quase o indicador da qualidade do ensino. Se
muitos falharam, significava que os critérios de julgamento eram realmente competentes e,
assim, se estava refinando para a formação das elites intelectuais e profissionais da população.
Contudo, a escola tem como finalidade ensinar a todos e, atualmente, o aluno reprovado não
pode significar êxito do aparelho selecionador, mas sim, um fracasso da instituição de preparo
dos cidadãos para a vida comum. Sob esse aspecto, é coerente afirmar que a própria escola é
um agente importante nos resultados por ela obtidos (PATTO, 1988, p. 75).
A escola é a produtora do fracasso escolar e reproduz a estrutura capitalista de que o
“sucesso” escolar não é para todos. Ao levantar conceitos como direitos humanos e
democracia, identificamos que a escola, por não acolher ou não saber acolher seus estudantes
e comunidade com igualdade, apresenta o real fracasso escolar.
Cabe reforçar que o fracasso escolar não é intrínseco aos seus usuários (discentes), mas é mais
ampla, diz respeito às relações sociais. Esse fracasso produzido relaciona-se como a
comunidade escolar, se compõe e se relaciona entre si, com a sociedade em geral e com o
Estado.
Fracasso escolar e psicologização do fenômeno
Como dito em vários outros momentos, todo e qualquer fenômeno se modifica conforme
nossa historicidade, e a abordagem do fracasso escolar carece também de novos olhares.
Em muitos setores, observamos a busca de elementos externos para atender fenômenos que
são intrínsecos à pessoa. Não é à toa que estamos no século dos antidepressivos, dos
ansiolíticos para reduzir os desconfortos internos por meio de uma medicalização para
redução de conflitos interiores. O que essa tendência denuncia, inclusive no ambiente escolar,
é que os conflitos estão no outro e nunca em si mesmo como participante dessa relação
humana.
Focando no desempenho escolar, a aprendizagem e a não aprendizagem pertence a algo
inerente ao aluno e não caberia ao professor nenhuma interferência, pois este seria um
universo que o docente não teria como ingressar. Como resultado, o professor e a escola não
teriam nenhuma responsabilidade; é o aluno que fracassou, e mais uma vez o uso de remédios
é considerado para ajudar esse estudante que tem “problemas”.
Com base nesse pensamento, inúmeras são as vezes em que o diagnóstico é centrado no
aluno, atingindo algumas vezes sua família, mas a instituição escolar, a política educacional,
raramente são interrogadas no cotidiano da escola. Aparentemente, o processo
ensino-aprendizagem seria um sucesso, não fossem os problemas existentes “nos que
aprendem” (COLLARES & MOYSÉS, 1994).
O que vem acontecendo é que um número significativo de crianças com problemas de
aprendizagem está sendo encaminhado aos psicólogos. Surgem, então, debates a respeito do
lugar que o psicólogo vem ocupando nesse cenário.
Como compreender a atitude da escola frente aos alunos “problemas” e ainda, a
culpabilização de outras variáveis para problemas do não aprendizado, da evasão e da
repetência dos alunos?
O psicólogo tem a capacidade de agir de diversos modos, entretanto basicamente a queixa
escolar é acolhida como uma dificuldade do aluno em aprender. A abordagem psicológica
pode produzir diferentes resultados, dependendo da classe social em que a criança se
encontra.
Classe privilegiada
O aluno, diante do diagnóstico, poderá ter acesso a psicoterapias, terapias pedagógicas e
diversos outros elementos que tendem a ajustar a criança a uma escola ideal.
Classe pobre
Mesmo com laudo, encontram-se em si mesmas uma situação para justificar sua dificuldade
na escola e, em tempo futuro, a levará à exclusão do sistema acadêmico (PATTO, 1997).
Essas são ideias preconceituosas e que pactuam com a exclusão de crianças, adolescentes e
ainda adultos desse universo acadêmico.
As condições precárias da maioria das crianças de famílias pobres interferem no desempenho
escolar. No entanto, o conhecimento desse cenário deveria ser o ponto de partida para a
adequação da prática pedagógica e psicológica, e não utilizar esse conhecimento como álibi
para eximir a responsabilidade da escola na produção do fracasso escolar.
Sob outro aspecto, a prática do encaminhamento dessas crianças para psicólogos se enlaça a
uma série de práticas circundantes, como avaliações psicológicas diagnósticas com testes e
encaminhamento dos laudos à escola, permitindo que o professor entenda os problemas das
crianças em caráter individual ou familiar, possibilitando que sejam tomadas atitudes em
relação ao aluno.
A prática da psicologia e mesmo da psicopedagogia precisa ser constantemente avaliada para
que esta não reforce a existência de uma deficiência que pertence ao estudante apenas, sem
colocar a escola como fator integrante no desenvolvimento de estratégias que busquem a
inclusão, seja cognitiva, econômica ou social.
Fracasso escolar e cotidiano
O que encontramos nas nossas escolas atualmente? Como qualificar um fracasso escolar? O
que podemos observar atualmente são estudantes do Ensino Fundamental e Médio sem a
capacidade plena de fazer a leitura de um texto simples, de realizar as quatro operações
matemáticas.
Há uma ruptura entre o conhecimento da escola e o conhecimento da vida, eles não se
“conversam”. Na verdade, o que se aprende na escola é algo simplificado, a vida escrita em
outra linguagem. Os estudantes não sabem interpretar a utilidade dos conhecimentos
adquiridos na escola como ferramentas para serem aplicadas no cotidiano: “O que se aplica na
escola não se aplica na vida, o que se aprende na vida não serve para interpretar na escola”
(BOSSA, 2011).
A cada ano, conforme muitas estatísticas, essa situação vem piorando e, ao eliminar a
reprovação, conforme as políticas educacionais brasileiras, tanto os estudantes quanto os
professores ficaram sem um instrumento numérico para avaliação. A reprovação foi retirada,
mas não foi reposto nenhum instrumento para validar o desempenho da aprendizagem.
Com tantos atores nesse processo de ensino-aprendizagem, quem teria a maior
responsabilidade pelo fracasso escolar, visto que já percebemos que este se encontra no
sistema educacional?
Colocando à parte todas as questões de estrutura social,com ou sem carências, no geral, é fato
que existe um desconhecimento ou uma confusão da função da escola. Muitos alunos se
perguntam: “Por que preciso saber história, geografia, equação?”. Na própria escola
encontramos professores que não sabem qual o objetivo desse ou daquele conteúdo. Ele
reproduz porque é mandado repassar. E se professores não sabem, o que pensam as famílias e
os estudantes?
Com tantos convites interessantes na vida, como a escola pode ter um lugar de realce na
mente de um jovem? É nesse momento que a família faz toda a diferença e a escola deve
cultivar todas as formas de aproximação dela ao cotidiano escolar. A família precisa aprender
a respeitar o docente, a compreender a relevância das tarefas escolares, a ensinar seus filhos
acerca do cuidado com os bens da escola e seus livros.
Se precisam aprender é porque não sabem e se não sabem, como lidar com o cenário
acadêmico? Ainda quando a família recebe um comunicado que seu filho tem problemas de
aprendizagem, também não sabe como agir, culpando o professor e vice-versa.
Como complemento, também temos as políticas educacionais que são determinadas de cima
para baixo e sem uma base educativa concreta, que agrava esse quadro de confusão de
responsabilidades e de pouca educação para a autonomia.
Dessa forma, a importância da escola precisa ser ensinada, mas quem assume esse papel?
Pobreza e desenvolvimento cognitivo
A Organização das Nações Unidas (ONU) conceitua pobreza como “a situação
socioeconômica marcada pela privação de necessidades básicas: alimentação, água, moradia,
saúde, educação”.
FIQUE DE OLHO: Você conhece a ONU? Em sua carta de fundação, no Capítulo I, há o
seguinte propósito: “Conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas
internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e
estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem
distinção de raça, sexo, língua ou religião”. Pesquise sobre a ONU e compreenda a extensão e
a importância dessa organização no mundo.
De acordo com o Dicionário Online de Português (2020), pobreza significa: “Estado da
pessoa pobre, de quem tem carência do necessário à sobrevivência”. Os conceitos sempre
trazem “carência para a sobrevivência” neste termo e aí nos perguntamos: o que é necessário
para a sobrevivência?
Já cognição denota, entre outros significados, a “aquisição de conhecimento; capacidade de
discernir, de assimilar esse conhecimento; percepção”; “ação de conhecer, de perceber, de ter
ou de passar a ter conhecimento sobre algo” (DICIO ONLINE, 2020).
Pobreza social do indivíduo
Não há como compreender a pobreza sem abordá-la num contexto social, histórico e cultural.
O conceito é a forma mais genérica, fornece a estrutura em que as definições e medidas
podem ser desenvolvidas. Em essência, busca conceituar o significado da pobreza, tanto para
os que sofrem quanto para os outros grupos sociais. Contudo, temos que nos lembrar que o ser
humano é um ser singular, que dispõe de vários contextos no que está inserido. Uma das
pobrezas que mais gera debates em várias instâncias sociais é a de recursos econômicos.
Lister (2004) ressalta que os conceitos, as definições e as medidas da pobreza têm implicações
políticas que se correlacionam com a definição do tipo de auxílio que será dado e para quais
grupos.
Essas questões políticas estabelecem o limite técnico da pobreza como a fronteira em que a
sobrevivência do indivíduo ou de sua família é ameaçada. Por outro lado, como saber? Há de
se refletir sobre as variações culturais, regionais e padrões de consumo e, ainda, a diferença
entre a pobreza material e extramaterial, que envolve as oportunidades reais de progressão
social, ou seja, na nossa sociedade contemporânea entende-se que pobreza é símbolo não
apenas de carência material, mas também de status social.
Levando em consideração que a aprendizagem é um processo próprio do sujeito em toda a sua
existência e que ocorre a partir de experiências de natureza psicológica, biológica e social, se
qualquer um desses aspectos estiver em desequilíbrio, a dificuldade de aprendizagem poderá
ser identificada em algum nível e, assim, podemos avaliar a pobreza como um dos aspectos
que interferem nesse desempenho de forma satisfatória. Por outro lado, temos a pobreza, seja
material ou extra material, esbarrando diretamente na dificuldade de aprimoramento
cognitivo, com muitos estudos sobre suas consequências no desempenho escolar.
Nesse contexto de desequilíbrios, cabe um novo olhar também para a educação. Para Pain
(1985), o processo de aprendizagem se registra na dinâmica da transmissão de uma cultura e
se constitui como definição mais ampla da palavra educação. Para tal, atribui quatro funções
interdependentes para a educação:
Mantenedora
Garante a continuidade da espécie humana por meio da aprendizagem das normas que regem
a ação.
Socializadora
Transforma o indivíduo em sujeito social por meio da linguagem, do seu habitat.
Repressora
Com o objetivo de conservar a espécie, torna-se um instrumento de controle.
Transformadora
A partir das mobilizações primariamente emocionais provenientes das próprias contradições
do sistema, ela modifica o sujeito, de maneiras peculiares e revolucionárias.
A partir dessas funções, podemos compreender a extensa e permanente possibilidade de
inclusão, qualquer que seja o prejuízo no aparelho cognitivo.
Não é necessário ser especialista em economia ou educação, basta olhar para outros lugares
do mundo que conseguiram resolver esses problemas pelo menos em alguns momentos. Há a
preocupação permanente de se promover igualdade desde antes do nascimento, em saúde,
trabalho e educação, para os pais. Se existir uma inclusão social legítima, teremos uma
redução significativa desses contrastes.
Biologia e dificuldades cognitivas
Possuímos fenômenos auto regulatórios que nos permitem viver em sociedade, em família, tal
qual como ir à escola, resolver problemas, adquirir os primeiros conhecimentos e inibir o
impulso de agredir fortuitamente alguém, por exemplo. Desta feita, encontramos múltiplos
fatores biológicos, que vão desde seu nível molecular até a ativação das diferentes áreas do
cérebro. Além disso, é importante considerar também o funcionamento psicológico da
criança, seu temperamento que regula sua conduta e emoção frente a uma dada circunstância
social, assim como o ambiente em que está inserida.
Podemos compreender assim que fatores iguais e diferentes afetam as pessoas de modo
distinto. Sendo a pobreza caracterizada por uma redução geral de recursos materiais e
simbólicos, temos resultados diretamente relacionados a essa escassez. A partir de estudos
realizados, não há dúvidas acerca da boa nutrição na gestação e nos dois primeiros anos de
vida, mas também é certo que muitos não terão isso, que a falta dessa alimentação acarretará
uma irreversibilidade cognitiva.
O desenvolvimento do cérebro continua por duas décadas e isso nos remete ao trabalho que
precisa ser realizado incessantemente com as crianças de áreas carentes com algum déficit
cognitivo. Temos uma plasticidade neurológica que nos permite intervir de modo que esta
apresente um desempenho cognitivo compatível com sua faixa etária. Assim, as funções
podem voltar a operar. Interessante, não é? O importante é saber que a maioria não são
crianças irrecuperáveis.
A alimentação é um fator fundamental para o desenvolvimento neurológico, cognitivo e
neuromotor do indivíduo. Não é à toa que as políticas públicas educacionais privilegiam a
alimentação aliada à educação acadêmica, assim como as Políticas Públicas de
Acompanhamento Gestacional. A gravidez é um momento presente nesse programa, pois a
boa alimentação da mãe influencia no desenvolvimento do embrião, assim como sua situação
emocional. Por exemplo o ferro, um responsável significativo durante a segunda metade da
gestação e o primeiro ano de vida do bebê para a organização do sistema nervoso, sua
ausência chama-se anemia ferropriva e havendocarência, o desenvolvimento do sistema
nervoso pode ser desestabilizado.
Sob o ponto de vista emocional, em situação de estresse, a mãe libera hormônios, como o
cortisol, que se transmitido pela placenta também pode afetar a coordenação do sistema de
regulação de estresse do feto. Outros estresses podem ocorrer após o nascimento por falta de
afeto ou por afeto “negativo”, que também podem impactar o desenvolvimento cognitivo.
De forma bem reduzida, pode-se notar quantas interferências podem haver desde a concepção.
Agora avaliem quantas outras tantas podem ocorrer durante toda a vida pós-parto. A carência
de qualquer tipo de recursos afeta diretamente a organização do nosso aparelho regulatório.
Esses impactos que a pobreza suscita interferem desde o nível biológico, passando pelo
psicológico e chegando ao funcionamento social de um indivíduo.
Apesar de tantas situações de privação interferirem tanto no desenvolvimento do aprendizado,
a questão não é quem pode ou não estudar, e sim como incluir para que todos estudem. Não
há como determinar que a subnutrição, por exemplo, causará danos irreversíveis ao cérebro.
Sob o ponto de vista ético, seria um roubo da identidade de milhões e milhões de indivíduos.
Como dizer que esses são incapazes de viver com seus desejos, anseios e, principalmente,
direitos? Não devemos nos enganar acerca daqueles casos que realmente são irreversíveis,
mas mesmo esses, têm o direito à aprendizagem, com parâmetros diferentes sim, mas
aprendizagem verdadeira.
Outro fator de suma importância que comentamos anteriormente é o “estresse contínuo da
pobreza”, com moradias em situações de risco, maus-tratos, falta de afetividade, tráfico como
“vizinho” etc. Sua consequência gera a constante liberação de substâncias que acarretam
fadiga física e, quando pensamos nisso, estamos nos referindo à cobrança excessiva de todos
os sistemas corporais (cardiológico, renal, imunológico, neurológico etc.). A partir do
conceito de homeostase, o corpo busca estar de prontidão, pois se sente ameaçado o tempo
inteiro e gasta sua “munição” para estar pronto permanentemente para se defender. São
circunstâncias que começam em idade tenra e se delongam por muito tempo, o que intervém
diretamente na regulação e na cognição. É o que chamamos de vulnerabilidade do estresse.
Mais uma vez devemos reforçar a importância do nosso papel como cidadão de não
excluirmos essas crianças do seu direito de aprender, de se conscientizar da realidade que nos
cerca e que elas também podem ser agentes de mudança.
Acolhimento: direito de todos
As crianças precisam de adultos que acreditem nas suas capacidades de forma plena, e não
tecendo comentários de desânimo como “esse aluno é lento, deixa ele” ou, ainda, “esse aluno
não tem jeito”. Isso ainda é possível ouvir em muitas escolas, contudo não podemos deixar
que as crianças sejam tratadas de qualquer maneira, a ponto de perderem seus sonhos por
causa de adultos mal orientados. Sendo assim, algumas características, no mínimo, que devem
fazer parte da proposta de ensino-aprendizagem são:
Flexibilidade, para realizar mudanças necessárias de modo a atender as necessidades dos
estudantes. Conhecimento teórico, para compreender e identificar as fases do
desenvolvimento da sua sala.
Ética, para proporcionar chances iguais a todos.
As políticas públicas devem ser mais efetivas sim, mas nós devemos fazer nossa parte,
acolhendo e buscando a melhor forma de transmitir novas possibilidades a essas crianças.
Pensar em intervenções cognitivas ditas normais se faz desnecessário e a pergunta que vem é:
“O que é normal?”. Essa também é uma questão que precisa ser eticamente refletida.
Cada pessoa tem sua própria modalidade para aprender e é constituída a partir dos seus
ensinantes (família, escola e sociedade). A criança é um ser aprendente e que possui
capacidade para pensar; fazer perguntas a partir de suas experiências vividas com
contentamento em relação ao aprender; reconhecer a si mesma como autor dos seus espaços
objetivos e subjetivos.
Cabe ressignificar a aprendizagem como sendo o sujeito o próprio autor de seu conhecimento,
ativo e construtor de sua modalidade de aprendizagem. Sua inteligência assinalará uma forma
única de relacionar-se e buscar a si mesmo como protagonista de seu pensamento.
Enfim, a pobreza está no outro ou em nós mesmos pela carência de empatia e excesso de
comodismo por usar a desculpa de que o outro é incapaz?
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