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CONCEITOS E
FUNÇÕES DE
LOGÍSTICA
Aula 1
LOGÍSTICA INTEGRADA:
SUBPROCESSOS
LOGÍSTICOS
Logística Integrada: Subprocessos
Logísticos
Olá, estudante! Nesta videoaula exploraremos o conceito de
logística, sua importância no cenário atual e os subprocessos
logísticos: suprimentos, produção, distribuição e logística reversa de
pós-uso e pós-consumo. Também será apresentada a diferença
entre logística e cadeia de suprimentos. Este conteúdo é
fundamental para sua prática profissional, pois a logística eficiente é
a espinha dorsal de qualquer negócio bem-sucedido. Então,
prepare-se para esta jornada de conhecimento! Vamos lá!
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Em algum momento, você já parou para
pensar no fato de que todos os produtos e mercadorias que
utilizamos estão disponíveis para a nossa aquisição e consumo
graças a algum processo logístico? Essa percepção contribui em
muito para que possamos compreender a importância da logística
para o nosso bem-estar.
Nesse sentido, o objetivo principal desta etapa de aprendizagem é
apresentar a você os conceitos de logística, como também quais
são os subprocessos que integram a denominada logística
integrada. Além disso, esse importante momento de estudo também
será essencial para que você possa entender a diferença entre a
logística propriamente dita e a cadeia de suprimentos.
Para que possamos colocar em prática esses aprendizados, imagine
a seguinte situação: você atua junto aos gestores da empresa Sabor
Supremo, uma fabricante de molhos e condimentos que vem
enfrentando diversos problemas no que se refere à falta dos
insumos necessários para atender à sua demanda produtiva e
também em relação ao abastecimento de seus clientes, sejam eles
intermediários ou o consumidor final.
Desse modo, para que tais problemas fossem resolvidos, sugeriu-se
que os gestores da empresa elaborassem um mapeamento de toda
a sua cadeia de suprimentos e delimitassem sua sistemática de
produção, a fim de que fosse possível, a partir dessa definição,
adotar estratégias que resultassem na eliminação dos contratempos.
Portanto, esta será a nossa missão: ajudar a empresa Sabor
Supremo a mapear os dois principais ingredientes da sua cadeia de
suprimentos (o tomate e o azeite) e definir sua sistemática de
produção. Preparado? Então, vamos lá!
Vamos Começar!
Conceito de logística e a sua importância no
cenário atual
A logística é um aspecto crítico da gestão de cadeias de
suprimentos. Envolve o planejamento, a execução e o controle do
movimento e armazenamento eficiente e econômico de
mercadorias, serviços e informações relacionadas. Essas atividades
são desenvolvidas desde a origem até o ponto de consumo, com o
objetivo de atender às exigências dos clientes. Nesse contexto,
incluem-se funções como transporte, gestão de estoques,
armazenagem, manuseio de materiais e embalagem.
O termo “logística” tem origem no grego logistikos, que se refere à
arte de calcular. No entanto, o uso moderno desse vocábulo tem
suas raízes no campo militar. Durante as guerras, a logística
envolvia o transporte, a alocação e a entrega eficiente de tropas e
suprimentos.
No século XIX, o termo começou a ser usado em um contexto
empresarial. Com a Revolução Industrial e o crescimento do
comércio, tornou-se crucial gerenciar eficientemente o fluxo de
mercadorias. Assim, a logística evoluiu para incluir a gestão de
transporte, inventário, armazenamento, manuseio de materiais e
embalagem.
Historicamente, embora a palavra “logística” tenha começado a ser
utilizada de forma mais abrangente durante as guerras, voltando-se
à movimentação de tropas e materiais, com o tempo se transformou
em um componente vital do comércio e da indústria. A era industrial
trouxe mudanças significativas com a introdução de ferrovias,
telegrafia e, posteriormente, caminhões e aeronaves.
Contudo, foi a revolução digital e a globalização que transformaram
drasticamente a logística nas últimas décadas. A integração de
sistemas de TI, automação, Internet das Coisas (IoT) e Inteligência
Artificial (IA) melhorou a eficiência, velocidade e confiabilidade das
operações logísticas.
Por sua vez, o aumento das expectativas dos consumidores e,
consequentemente, o nível de exigência, impulsionado pelo e-
commerce e pela instantaneidade da era digital, tem sido um motor
significativo para a evolução da logística. Os consumidores
modernos esperam entregas rápidas, precisas e econômicas, o que
forçou as empresas a inovarem e otimizarem suas operações
logísticas. Essas melhorias incluem o desenvolvimento de sistemas
de entrega mais rápidos, como drones e veículos autônomos, e a
implementação de soluções de rastreamento e previsão mais
precisas.
Financeiramente, a logística é um componente crítico na redução de
custos e no aumento da eficiência operacional das empresas. Uma
logística eficiente pode representar a diferença entre lucro e prejuízo
em muitos setores. No âmbito econômico, a logística é fundamental
para o comércio global, permitindo o fluxo adequado de bens entre
países e continentes, o que é essencial para a economia mundial.
Cabe salientar, ainda, que a logística e suas consequentes
operações também contribuem para a geração de uma grande
variedade de empregos, os quais abrangem desde operações de
armazém até funções de alta tecnologia em análise de dados e
gerenciamento de sistemas de informação. Além disso, uma
logística eficaz é fundamental para a satisfação do cliente, pois
exerce impacto direto sobre a experiência de compra, considerando
fatores como disponibilidade do produto, prazo de entrega e
qualidade do serviço.
Em algum momento, você já parou para pensar no quanto as
operações logísticas facilitam o nosso dia a dia? É por isso que
podemos afirmar que essas operações cooperam significativamente
para a melhoria do padrão de vida.
Elas permitem a disponibilidade de uma variedade mais ampla de
produtos a preços mais acessíveis, graças à eficiência na
movimentação de mercadorias. Vale destacar, ainda, que a logística
moderna viabiliza o acesso rápido a produtos essenciais, como
medicamentos e alimentos, que são indispensáveis para a saúde e
o bem-estar da população. A logística também desempenha um
papel vital em emergências, como na iminência de desastres
naturais, quando uma resposta rápida e eficiente pode ajudar a
salvar vidas.
Desse modo, podemos afirmar que o principal objetivo da logística é
atender às necessidades dos consumidores a partir de um sistema
de trocas que favoreça e complemente o princípio da vantagem
competitiva para as organizações.
Novas exigências globais surgem, dentre elas a preocupação com o
meio ambiente e a responsabilidade social, tendo como fator de
ordem a sustentabilidade. A qualidade, que abrange o atendimento
da parte técnica do produto, continua a mesma, mas atualmente
também é preciso considerar todos os serviços intangíveis
vinculados ao produto.
A globalização deve ser entendida como um ponto forte nessa nova
realidade, na qual a facilidade para se adquirir um produto em
qualquer parte do planeta possibilita uma maior variedade de
opções e escolhas. Nessa comercialização global, surgem novos
países como fortes fornecedores, com preços baixos e qualidade
semelhante à dos concorrentes mais conhecidos. O mercado agora
dita as regras e, em muitas situações, até mesmo o valor de venda
dos produtos que as organizações produzem e comercializam.
Outro ponto a ser considerado diz respeito ao ciclo de vida dos
produtos e serviços, o qual está cada vez menor por causa das
próprias exigências do mercado e da incorporação de novas
tecnologias. Esse cenário faz emergir a obrigação de que as
organizações se adaptem às necessidades do mercado, buscando
técnicas de gestão para um melhor aproveitamento de seus
recursos, a fim de contemplar, principalmente, duas variáveis:
redução de custo e um melhor atendimento aos clientes.
Dentro dessa dinâmica, surge fortemente a valorização do conceito
de logística como fator impulsionador de mudança nas empresas.
Acatado pelo mundoHall, 2015.
https://mundologistica.com.br/noticias/porque-a-colaboracao-entre-os-stakeholders-e-necessaria-em-logistica-urbana
https://mundologistica.com.br/noticias/porque-a-colaboracao-entre-os-stakeholders-e-necessaria-em-logistica-urbana
https://www.scielo.br/j/rac/a/Jr3r7FjzTFj9H7dH7Y53mNR/
https://www.scielo.br/j/rac/a/Jr3r7FjzTFj9H7dH7Y53mNR/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/
CORRÊA, H. L. Administração de cadeias de suprimentos e
logística: integração na era da indústria 4.0. São Paulo: Grupo
GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
LYRA, M. G.; GOMES, R. C.; JACOVINE, L. A. G. O papel dos
stakeholders na sustentabilidade da empresa: contribuições para
construção de um modelo de análise. Revista de Administração
Contemporânea, Curitiba, v. 13, n. spe, p. 39-52, jun. 2009.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rac/a/Jr3r7FjzTFj9H7dH7Y53mNR/. Acesso
em: 25 jan. 2024.
POR QUE a colaboração entre os stakeholders é necessária em
logística urbana? Mundo Logística, 31 jul. 2019. Disponível em:
https://mundologistica.com.br/noticias/porque-a-colaboracao-entre-
os-stakeholders-e-necessaria-em-logistica-urbana. Acesso em: 25
jan. 2024.
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos:
uma introdução. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível
em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
Encerramento da Unidade
CONCEITOS E FUNÇÕES DE
LOGÍSTICA
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/
https://www.scielo.br/j/rac/a/Jr3r7FjzTFj9H7dH7Y53mNR/
https://mundologistica.com.br/noticias/porque-a-colaboracao-entre-os-stakeholders-e-necessaria-em-logistica-urbana
https://mundologistica.com.br/noticias/porque-a-colaboracao-entre-os-stakeholders-e-necessaria-em-logistica-urbana
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/
Videoaula de Encerramento
Olá, estudante! Nesta videoaula você retomará a análise dos
conceitos e funções de logística, atividades logísticas, técnicas e
métodos aplicados à logística, e planejamento logístico. Esses
assuntos são essenciais para a sua prática profissional, pois a
logística eficiente é a espinha dorsal de qualquer negócio bem-
sucedido. Além disso, gerenciar tais atividades é de fundamental
importância para o sucesso de qualquer organização. Então,
prepare-se para esta jornada de conhecimento! Vamos lá!
Ponto de Chegada
Olá, estudante! Para desenvolver a competência associada a esta
unidade de aprendizagem, que é “Compreender os conceitos e
definições acerca da logística e sua importância no cenário atual,
bem como identificar e entender os subprocessos logísticos e a
forma com que eles se interconectam e contribuem para a
efetividade das operações e a eficiência geral de uma organização”,
você deverá, antes de tudo, conhecer os conceitos fundamentais e
funções relacionados à logística.
Em seguida, você deverá investigar a logística integrada e seus
subprocessos, entendendo como a logística agrega valor e contribui
para a cadeia de valor. Também é interessante assimilar a
importância da qualidade na logística e as diversas atividades
logísticas, como transporte, armazenagem, movimentação e gestão
de estoques.
Vale destacar, ainda, que você precisará se familiarizar com as
técnicas e métodos aplicados à logística, como Logística Lean, Just
in Time, Kanban e método SIPOC, além de compreender a
importância da embalagem, unitização, outsourcing e aplicação da
tecnologia de informação na logística.
Por fim, você deverá aprofundar seus conhecimentos sobre o
planejamento logístico, entendendo o nível de serviço logístico, a
medição de desempenho e os custos logísticos.
É Hora de Praticar!
Uma empresa de médio porte no setor de eletrônicos busca otimizar
sua cadeia de suprimentos e operações logísticas. Essa instituição
vem enfrentando problemas como atrasos na entrega, custos
elevados de transporte e armazenamento, e ineficiências no
gerenciamento de estoques.
Questões norteadoras:
Como a logística integrada pode melhorar a eficiência
operacional da empresa?
De que maneira a qualidade na logística interfere no valor
percebido pelo cliente?
Quais estratégias de gestão de estoques e tecnologias de
informação podem ser aplicadas para otimizar o planejamento
logístico?
Reflita
Para que você possa solidificar seu entendimento sobre os assuntos
estudados nesta etapa de aprendizagem, considere as seguintes
perguntas: 
Como a compreensão dos conceitos e funções de logística pode
impactar a eficiência de uma organização?
De que maneira a tecnologia de informação aplicada à logística
pode otimizar os processos logísticos?
Como o planejamento logístico contribui para a efetividade das
operações de uma organização?
Resolução do estudo de caso
1. Aplicação da logística integrada
A logística integrada envolve a coordenação eficaz dos
subprocessos logísticos – transporte, armazenagem, movimentação
e gestão de estoques. Ao adotar uma abordagem integrada, a
empresa pode melhorar a sincronização entre esses elementos,
reduzindo atrasos e custos. A implementação do conceito de
Logística Lean, especialmente por meio de práticas como Just in
Time e Kanban, pode minimizar desperdícios e melhorar o fluxo de
materiais.
2. Qualidade na logística e valor ao cliente
A qualidade nos processos logísticos é diretamente proporcional ao
valor percebido pelos clientes. Ao garantir entregas pontuais e
seguras, a empresa aumenta a satisfação do consumidor. Isso pode
ser alcançado por meio da melhoria contínua dos processos e da
implementação de medidas de controle de qualidade rigorosas em
todas as fases da logística.
3. Estratégias de gestão de estoques e tecnologia da informação
A adoção de técnicas avançadas de gestão de estoques, como o
método SIPOC (Suppliers, Inputs, Process, Outputs and
Customers), permite obter uma visão mais clara do fluxo de
materiais e a identificação de pontos de melhoria. Além disso, o uso
de tecnologias de informação, como sistemas de gestão de
armazéns (WMS) e planejamento de recursos empresariais (ERP),
pode trazer transparência e eficiência ao planejamento logístico.
Outras perspectivas e reflexões
Embora essa abordagem centralize-se na integração dos processos
e na qualidade do serviço, existem outras perspectivas a serem
exploradas, como a sustentabilidade na logística e a adaptação a
cenários de incerteza econômica. Convido você a refletir sobre
essas e outras possíveis estratégias que poderiam ser aplicadas ao
contexto analisado para aprimorar ainda mais a eficácia da cadeia
de suprimentos da empresa.
Dê o play!
Assimile
Referências
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São
Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/.
Acesso em: 23 jan. 2024. 
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos:
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2015. 
CORRÊA, H. L. Administração de cadeias de suprimentos e
logística: integração na era da indústria 4.0. São Paulo: Grupo
GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/.
Acesso em: 23 jan. 2024. 
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos:
uma introdução. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível
em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/empresarial como fator de fundamental
importância para a busca por melhores resultados, a logística
conquistou um espaço de grande relevância nas organizações
globais, agregando cada vez mais valor a essas empresas.
Logística integrada: subprocessos logísticos
A logística integrada é um conceito que se refere à coordenação e
gestão harmoniosa de todas as atividades de logística de uma
empresa, compreendendo processos como a aquisição de matérias-
primas, a produção, a entrega do produto final ao cliente e o retorno
dos produtos ao fabricante.
A ideia por trás da logística integrada é a de que, ao gerenciar e
coordenar todas as atividades de logística como um sistema
unificado, em vez de considerar departamentos separados, uma
empresa pode melhorar a eficiência, reduzir custos e aprimorar o
atendimento ao cliente.
Essas atividades são denominadas subprocessos logísticos e
incluem: logística de aquisição, logística de produção, logística de
distribuição e logística reversa. 
Logística de suprimentos: este subprocesso logístico é
responsável por todos os procedimentos que têm por finalidade
fazer com que os insumos estejam disponíveis para atender ao
processo produtivo. Dentre suas principais atividades, podemos
citar: a aquisição, seleção de fornecedores, transporte e
armazenagem das matérias-primas; gestão de estoques e de todo o
fluxo de informações requeridas nesses procedimentos, como
cotações, acompanhamento e rastreamento de entregas e tempos
de lead time.
Logística de produção: este subprocesso diz respeito ao momento
efetivo da produção do produto ou serviço e tem, dentre suas
atividades, as funções de abastecimento das linhas e
movimentações dos produtos semiacabados durante o processo de
produção (exemplo: movimentação entre setores).
Logística de distribuição: é responsável pelo recebimento do
produto acabado e seu encaminhamento para os canais de
distribuição. Portanto, todas as operações de transporte,
armazenagem, gestão de estoques, informações, recebimento de
pedidos, separação de materiais, embalagem e expedição do
produto ou serviço acabado até o momento em que esteja
disponível nos pontos de venda são atribuições da logística de
distribuição.
Logística reversa: tem por finalidade viabilizar o fluxo reverso dos
materiais do ponto de venda ou a partir dos consumidores até a
empresa produtora. É importante salientar que a logística reversa
ocorre em dois momentos: no pós-venda, ou seja, quando um
produto apresenta algum defeito ou é entregue de maneira
inadequada, por exemplo; e no pós-consumo, quando já se
extinguiu a vida útil do produto e deve-se fazer o fluxo reverso de
seus rejeitos, como acontece com garrafas de refrigerante
retornáveis, latas de alumínio, baterias, lâmpadas e pneus.
Portanto, esse subprocesso tem, dentre suas funções, a coleta, a
correta armazenagem e estocagem, o transporte e a destinação dos
despojos para o local apropriado, como aterros, incineradores ou
organizações que os reprocessem, na intenção de transformá-los
em matéria-prima novamente, como ocorre com plásticos, papéis e
vidros.
Portanto, todos esses subprocessos, quando trabalham de maneira
interdependente, resultam na chamada logística integrada,
garantindo o alinhamento estratégico, melhor nível de serviço,
qualidade e redução de custos.
Siga em Frente...
Diferença entre logística e cadeia de
suprimentos
A cadeia de suprimentos é fundamental para que uma empresa,
independentemente de seu porte (pequeno, médio ou grande) e de
sua atividade-fim (indústria, comércio ou prestação de serviço)
obtenha sucesso frente ao mercado em que atua, bem como para
que a sua mortalidade não seja definida precocemente por causa da
má administração de sua cadeia. Mas o que é a cadeia de
suprimentos?
A cadeia de suprimentos corresponde aos processos que envolvem
fornecedores-clientes e unem organizações desde a fonte inicial de
insumos até o ponto de consumo do produto acabado. Pode se
referir, ainda, a uma cadeia de empresas autônomas, ou
semiautônomas, que são de fato responsáveis pela aquisição,
produção e liberação de um determinado produto e/ou serviço ao
cliente final.
Isso permite afirmar que qualquer empresa ou trabalhador autônomo
envolvido no processo de fabricação de um produto ou na prestação
de um serviço pode ser denominado “agente, elemento ou
componente” de uma cadeia de suprimentos, tornando-se
responsável por todo o fluxo de materiais, informações e questões
financeiras relacionado a um determinado produto e/ou serviço.
A Figura 1, a seguir, demonstra a relação entre a cadeia de
suprimentos e a logística.
Figura 1 | Abrangência da cadeia de suprimentos e da logística integrada.
Portanto, como aponta a Figura 1, é possível identificar claramente a
abrangência da logística integrada e da gestão da cadeia de
suprimentos. Nesse cenário, cabe ressaltar que a cadeia de
suprimentos se mostra mais abrangente e responsável por integrar
todos os processos e negócios que ocorrem em função do produto
oferecido ao consumidor final.
Por fim, um fator de fundamental importância no contexto da cadeia
de suprimentos é a sistemática de produção adotada pela empresa,
que pode ser: sistema puxado, sistema empurrado e sistema
híbrido.
O sistema de produção puxado consiste em uma metodologia na
qual quem dá início à produção é o próprio consumidor. Exemplos
de empresas que adotam esse sistema produtivo são os fabricantes
de móveis planejados ou pizzarias.
Já ao optar pelo sistema de produção empurrado, a empresa, por
meio de previsões quantitativas ou qualitativas, consegue mensurar
um volume de consumo para um determinado bem ou serviço dentro
de um período. Então, produz e “empurra” o que foi produzido para
o mercado, como acontece com as empresas fabricantes de
produtos alimentícios, de higiene e limpeza.
Por fim, o sistema híbrido, ou conjugado, se trata de uma junção
dos dois sistemas citados anteriormente, isto é, o sistema de
produção puxado e o sistema de produção empurrado.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Você se lembra do caso da empresa Sabor
Supremo? Agora já podemos ajudá-la a mapear a cadeia de
suprimentos de dois dos seus principais ingredientes (o tomate e o
azeite) e, ainda, definir qual a sistemática de produção dessa
organização para que sua cadeia possa ser estrategicamente
gerenciada, a fim de que não haja mais rupturas tanto em seu
processo produtivo quanto no que se refere aos produtos acabados
para o mercado.
Em um primeiro momento, é necessário descrever todos os
fornecedores responsáveis pela disponibilização das matérias-
primas, considerando tanto o fornecedor primário, ou seja, o
produtor do tomate o do azeite, quanto o fornecedor secundário, isto
é, quem distribui esses produtos para a empresa (central de
abastecimento de hortifrutis, sacolão, supermercado, etc.). Após
mapear os fornecedores, é preciso definir quem são os clientes
primários, como um distribuidor ou atacadista, e os clientes
secundários ou de segundo nível, como um varejista. Essas etapas
são importantes porque permitem identificar exatamente quais
desses agentes da cadeia estão apresentando problemas na
entrega, bem como verificar se as quantidades estão abaixo daquilo
que foi solicitado pelo departamento de compras.
Essa abordagem também ajuda a detectar se algum dos clientes,
independentemente do nível, está gerando a falta de produtos ao
consumidor final. Os produtos da empresa Sabor Supremo podem
estar parados em um distribuidor, por exemplo, aguardando a
“montagem da carga”. 
Saiba Mais
Entender o sistema de produção de uma empresa é imprescindível
para o eficiente funcionamento e a integração das operações
logísticas e, consequentemente, de toda a cadeia de suprimentos,
uma vez que todo o planejamento dessa cadeia deve ser feito em
função da sistemática escolhida. Quer saber mais detalhes sobre os
tipos de sistema de produção? Então, acesse o vídeo sugerido a
seguir. 
CADEIA de suprimento: Pull e Push | Supply Chain.
Referências Bibliográficas
CADEIA de suprimento:Pull e Push | Supply Chain. [S. l.]:
Instituto Montanari, 10 fev. 2017. 1 vídeo (5min49s). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=WUELdN6Mj7s. Acesso em: 23
jan. 2024. 
https://www.youtube.com/watch?v=WUELdN6Mj7s
https://www.youtube.com/watch?v=WUELdN6Mj7s
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São
Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/.
Acesso em: 23 jan. 2024. 
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos:
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2015. 
CORRÊA, H. L. Administração de cadeias de suprimentos e
logística: integração na era da indústria 4.0. São Paulo: Grupo
GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/.
Acesso em: 23 jan. 2024. 
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos:
uma introdução. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível
em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
 
 
Aula 2
LOGÍSTICA, VALOR E
CADEIA DE VALOR
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/
Logística, valor e cadeia de valor
Olá, estudante! Nesta videoaula você investigará a definição de
valor, os atributos logísticos ganhadores de pedidos e o conceito de
vantagem competitiva. Esses conteúdos são essenciais para a sua
prática profissional, pois ajudam a entender como criar e manter
uma vantagem competitiva no mercado. Prepare-se para esta
jornada de conhecimento! Vamos lá!
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Em algum momento, você já ouviu um
ditado que afirma o seguinte: “as pessoas não compram produtos;
elas compram benefícios”? São exatamente esses benefícios que
ajudarão a constatar valor em uma determinada transação. Nunca é
demais lembrar que a percepção de valor é o passo anterior à
fidelização dos clientes.
Nesse sentido, o principal objetivo desta etapa de aprendizagem é
apresentar a você a definição de valor, bem como diferenciá-lo dos
custos e preço. Além disso, descreveremos quais são os atributos
logísticos ganhadores de pedidos que contribuem para a entrega de
um elevado nível de serviço e, consequentemente, de valor. Por fim,
discorreremos sobre o conceito e a importância da vantagem
competitiva para as organizações.
Para que possamos colocar em prática esses aprendizados,
usaremos mais uma situação hipotética. Voltaremos a atuar junto
aos gestores da empresa Sabor Supremo, uma fabricante de
molhos e condimentos que agora pretende expandir sua atuação no
mercado. Para alcançar essa meta, a empresa precisará instalar
novas fábricas em locais estratégicos, a fim de minimizar tanto os
custos referentes ao transporte quanto o tempo de atendimento aos
clientes. A intenção da Sabor Supremo é não apenas atender ao
mercado regional, como ocorre atualmente, mas dispor os seus
produtos para comercialização em todo o território nacional.
Desse modo, para que a empresa possa atingir os seus objetivos,
quais são os principais atributos logísticos aos quais ela deve
atentar para que os novos consumidores possam efetivamente
compreender e constatar valor, tornando-se fiéis aos produtos da
Sabor Supremo?
Preparado para ajudar a resolver esse caso? Então, vamos lá!
Vamos Começar!
Definição de valor
Em um primeiro momento, para que possamos definir “valor”, é
essencial conceituar as terminologias “custo” e preço”, isso porque
esses termos são recorrentemente tomados como iguais, tanto em
sua essência quanto na aplicabilidade.
O custo consiste na quantidade de recursos, geralmente medidos
em termos monetários, que são gastos para produzir um bem ou
serviço. Isso pode incluir coisas como materiais, mão de obra e
tempo. Por exemplo, o custo de produção de um carro incluiria o
custo dos materiais (aço, plástico, etc.), o custo da mão de obra
para montá-lo e o custo do tempo e dos recursos usados na sua
fabricação.
Por sua vez, preço é a quantidade de dinheiro que um comprador
paga a um vendedor em troca de um bem ou serviço. O preço é
determinado por vários fatores, os quais incluem o custo de
produção, a oferta e a demanda, e o valor percebido pelo
comprador.
Por fim, o valor se trata de uma medida da importância ou utilidade
de um bem ou serviço para um indivíduo ou empresa, podendo se
mostrar totalmente subjetivo, uma vez que pode variar de pessoa
para pessoa. Por exemplo, um carro pode ter um alto valor para
alguém que precisa se deslocar diariamente para o trabalho, mas
pode ter um valor menor para alguém que trabalha em casa. Logo,
podemos afirmar que, no contexto da logística, o valor é uma
percepção da relação custo-benefício que o consumidor tem de um
produto e/ou serviço em comparação com outro disponibilizado pela
concorrência.
Com base nesse contexto, pode-se afirmar que o valor é gerado no
momento em que “as percepções dos benefícios em uma transação
superam os custos totais de propriedade”. De modo genérico, o
consumidor está disposto a pagar por algo a mais do que o bem que
ele adquiriu quando percebe o valor agregado ao produto/serviço, o
que aumenta o diferencial estratégico da organização.
Portanto, enquanto o custo está relacionado à produção de um bem
ou serviço, o valor refere-se à percepção do comprador sobre a
utilidade ou importância desse bem ou serviço. O preço é o ponto de
equilíbrio onde o valor percebido pelo comprador encontra o custo
de produção do vendedor.
Entretanto, para que a empresa possa entregar valor aos seus
consumidores, é essencial que ela disponha de uma estrutura e um
conjunto de processos, chamado de cadeia de valor (value chain),
que agreguem valor aos produtos e serviços.
A cadeia de valor é formada por: atividades primárias, as quais
abrangem concepção e desenvolvimento do produto; e atividades
secundárias, como venda, modo de distribuição ao comprador,
assistência pós-venda e atividades de apoio, as quais consistem em
práticas de suporte às atividades primárias e a si mesmas, como
mostra a Figura 1, a seguir.
Figura 1 | Cadeia de valor. 
Dentro desse contexto, a logística tem por finalidade gerar
agregação de valor ao processo operacional de uma organização
como um todo, otimizando desde o transporte de matéria-prima até
a expedição do produto final ao cliente, na intenção de garantir um
bom nível de serviço durante o processo de comercialização de um
produto/serviço.
Nesse sentido, a gestão eficiente das atividades da cadeia de valor
assegura o nível de serviço e um processo eficiente, fato que gera
maior percepção de valor pelo cliente. Assim, na medida em que é
possível garantir ou superar as expectativas dos consumidores,
garante-se também a satisfação deles, ampliando a vantagem
competitiva de uma organização.
Siga em Frente...
Atributos logísticos ganhadores de pedidos
A identificação dos atributos logísticos, chamados comumente de
atributos ganhadores de pedidos, é fundamental para a
competitividade e lucratividade das organizações. São esses os
atributos que podem influenciar a satisfação dos clientes, fazendo
com que eles percebam que lhes foi entregue ou agregado valor.
Cabe evidenciar que os argumentos e a subjetividade sobre os
principais atributos ganhadores de pedidos são bastante amplos.
Esses atributos podem ser sintetizados da seguinte forma: 
Agilidade de entrega: velocidade com que o pedido, após
definido pelo cliente, é entregue. De modo geral, esse atributo
consiste na identificação do tempo de ciclo de um pedido.
Algumas empresas de comercialização eletrônica (e-
commerce) determinam prazos menores que os da
concorrência, como 48 horas. Um desafio e tanto, não é?
Confiabilidade do prazo entrega: capacidade de uma empresa
em entregar o pedido no prazo acordado e de modo constante.
O exemplo das empresas de e-commerce pode ser sustentado
nessa dimensão, pois mais importanteque prometer ao cliente
é cumprir o que foi combinado.
Confiabilidade da quantidade correta: capacidade de atender
aos pedidos de forma integral, sem variações na quantidade ou
problemas de qualidade dos itens. É comum, em uma cadeia
de suprimentos, que uma empresa de varejo ou atacado emita
um pedido com diversos produtos e em diferentes quantidades,
por isso é necessário atender ao pedido na íntegra (ou, no
mundo logístico, sem quebra). Imagine como você ficaria
desapontado caso fosse organizador do time de vôlei do seu
condomínio e tivesse comprado em um e-commerce o novo
uniforme para disputar um jogo decisivo, mas, ao receber a
encomenda, tivesse descoberto que vieram apenas quatro
camisetas.
Confiabilidade do produto correto: consiste na não existência
de erros nos pedidos ou substituição de produtos na entrega.
Imagine, agora, se todas as quatro camisetas de vôlei que você
recebeu fossem de outro time.
Entrega sem danos ao produto: engloba o índice de defeitos
dos produtos e danos ocorridos durante as operações
logísticas (armazenagem, movimentação, transporte, etc.).
Flexibilidade no serviço prestado: capacidade de adequação às
necessidades do cliente quanto a pedidos especiais, de
urgência, possibilidade de transportar cargas especiais ou
perigosas, tamanho do lote de entrega e flexibilidade nos
horários de coleta e entrega.
Recuperação de falhas: identifica o comportamento da
empresa na ocorrência de falhas em seu serviço, no tratamento
das reclamações e na velocidade de correção dos problemas.
Essa dimensão também pode ser denominada como
resiliência. Um exemplo claro é o de recall das cadeias
automotivas, ou seja, a convocação feita pelo fabricante ou
distribuidor para que o produto seja levado de volta para
substituição ou reparo de possíveis ou reais defeitos.
Rastreabilidade: capacidade de fornecer informações sobre a
situação do pedido e das operações de entrega. Atualmente, é
possível saber o status de uma correspondência, e o mesmo
acontece com outros produtos e empresas que possuem,
muitas vezes, status em tempo real.
Comunicação: representa os aspectos de comunicação de uma
empresa com o cliente, inclusive no aviso de problemas de
entrega, clareza no contrato de fornecimento do serviço,
qualidade na previsão de data de entrega, etc.
Confiança e conhecimento da equipe de contato com o cliente:
inclui ferramentas de gestão de conhecimento das informações
fornecidas aos clientes acerca de um determinado pedido.
Disponibilidade dos produtos e do serviço: refere-se à
disponibilidade de estoques para os produtos solicitados ou até
mesmo à disponibilidade de meios para prestação do serviço.
Apoio pós-entrega: envolve as ações após a entrega das
mercadorias na empresa, que incluem o apoio na venda dos
produtos, bem como em serviços de intermediação com
fornecedores, e suporte na entrega do produto para os clientes.
Preço: política de preço e condições de venda. 
Todos esses atributos permitem ampliar a agregação de valor, bem
como corroboram a já citada definição e a missão para a logística: a
entrega de mais valor ao cliente e, consequentemente, a busca por
maior vantagem competitiva no mercado.
A vantagem competitiva é toda e qualquer ação que uma empresa
faz que a diferencia positivamente da concorrência, chamando
atenção do público e atribuindo mais valor à sua oferta. Ou seja, é
um ponto forte bem explorado por um negócio, pois faz com que ele
se destaque em um determinado contexto ou nicho de mercado.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Voltaremos agora ao caso da empresa Sabor
Supremo, que pretende aumentar sua atuação e atender a todo o
território nacional. Para isso, os gestores da empresa querem saber
quais atributos ganhadores de pedidos deverão receber mais
atenção para que os novos mercados e seus respectivos
consumidores possam identificar valor e, dessa forma, tornem-se
fiéis à marca.
Em um primeiro momento, é fundamental entender que se trata de
um novo produto entrando no mercado, ou seja, de algo totalmente
desconhecido pelos novos clientes. Logo, todos os atributos
logísticos possíveis devem ser considerados. Entretanto, caso essa
abordagem não seja viável, uma maior atenção deve ser dada
àqueles atributos que contribuem para ganhar a confiança e
despertar a curiosidade nos clientes, como agilidade de entrega,
confiabilidade quanto ao prazo de entrega, confiabilidade quanto à
quantidade correta, confiabilidade do produto correto, entrega sem
danos e avarias, flexibilidade no serviço prestado, recuperação de
falhas, imediata disponibilidade dos produtos e do serviço, e preço.
Saiba Mais
Quanto mais complexa for uma atividade, maior será a necessidade
de uma logística eficiente para sistematizar as etapas que a
constituem, evitando erros e reduzindo custos operacionais. Para
que você possa saber como sistematizar um sistema logístico, além
de compreender a importância das operações logísticas para a
gestão estratégica e assertiva de uma organização, acesse o
conteúdo sugerido para leitura a seguir. 
LOGÍSTICA melhora a experiência do cliente e reduz custos
operacionais.
Referências Bibliográficas
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São
Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/.
Acesso em: 23 jan. 2024. 
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos:
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2015. 
CORRÊA, H.L. Administração de cadeias de suprimentos e
logística: integração na era da indústria 4.0. São Paulo: Grupo
GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/.
Acesso em: 23 jan. 2024. 
LOGÍSTICA melhora a experiência do cliente e reduz custos
operacionais. Sebrae, 26 jan. 2023. Disponível em:
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-experiencia-do-cliente-e-reduz-custos-operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-experiencia-do-cliente-e-reduz-custos-operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022/
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-
experiencia-do-cliente-e-reduz-custos-
operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD.
Acesso em: 24 jan. 2024. 
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos:
uma introdução. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível
em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
Aula 3
LOGÍSTICA E VALOR AO
CLIENTE E DESAFIOS
LOGÍSTICOS
Logística, valor ao cliente e
desafios logísticos
Olá, estudante! Nesta videoaula você compreenderá o potencial da
logística no que se refere à geração de valor aos clientes, além de
conhecer quais são os principais desafios logísticos enfrentados
pelas organizações no contexto atual. Esses tópicos são
fundamentais para a sua prática profissional, pois contribuem para
uma tomada de decisão mais estratégica e acertada, bem como
ajudam a otimizar processos e a melhorar a satisfação do cliente.
Prepare-se para esta jornada de conhecimento! Vamos lá!
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-experiencia-do-cliente-e-reduz-custos-operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-experiencia-do-cliente-e-reduz-custos-operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-experiencia-do-cliente-e-reduz-custos-operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023220/
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? A nossa percepção de valor em relação
à aquisição de um produto ou à contratação de um serviço é um dos
principais motivos que nos levama comprar novamente esse
produto ou serviço, não é mesmo? Mas alguns questionamentos
recorrentes surgem nesse contexto: como a logística e as operações
por ela contempladas podem contribuir para a geração de valor ao
mercado consumidor? Qual a responsabilidade da logística no que
tange à fidelização de um cliente a um produto ou marca?
Nesse sentido, o principal objetivo desta etapa de aprendizagem é
apresentar a você a relação e a importância das operações
logísticas e da geração de valor para os clientes, bem como quais
os principais desafios logísticos que são diuturnamente enfrentados
pelas organizações contemporâneas.
Para que possamos colocar em prática esses aprendizados, imagine
a seguinte situação: você trabalha junto aos gestores da empresa
Tudo Eletrônicos. O sr. José, diretor dessa instituição, tem
experiência na área de vendas e, por esse motivo, a empresa vem
crescendo rapidamente. No entanto, os conhecimentos do sr. José
em técnicas e metodologias inovadoras utilizadas na área de
logística são limitados. Além disso, a empresa nunca ofereceu
treinamentos, muito menos profissionalização, aos profissionais que
trabalham na área logística.
Os colaboradores são profissionais que conhecem muito da
operação e estão há muito tempo na organização. Em uma visita ao
centro de distribuição (CD) e conversando com o gestor do
armazém, este informou que ocorrem algumas perdas, mas que a
equipe é muito boa, afirmando que em time que está vencendo não
se mexe.
Em seus processos logísticos, a Tudo Eletrônicos lida com 520
fornecedores, contando com um estoque de até 40 dias para todos
os produtos. Há problemas de perda de capital em decorrência
desse amplo estoque, pois não é utilizado nenhum método de
gestão de estoques ou previsão de demanda, e a aquisição de
materiais acontece por meio da opinião e do conhecimento do sr.
José.
Para executar o processo de entrega, usa-se um sistema de
formação de carga para liberar a distribuição ao cliente final, o que
atrasa, em até 15 dias, a atividade de distribuição e faz com que os
clientes busquem por concorrentes da empresa. Além do atraso,
percebe-se a ocorrência de avarias (13%) e extravios (5%),
prejudicando ainda mais a imagem da Tudo Eletrônicos em
comparação a outras organizações.
Para o estado de São Paulo, as entregas podem acontecer
utilizando-se o transporte da própria empresa. Para pedidos de
outros locais, a distribuição é feita pela Agência Nacional de
Correios e Telégrafos. Apesar de toda a infraestrutura do estado de
São Paulo, ainda existem regiões que são carentes de
investimentos na malha rodoviária, o que prejudica o nível de
qualidade da entrega. Já no serviço terceirizado, não há qualquer
nível de controle da Tudo Eletrônicos para com as cargas remetidas,
fato associado a um total de 85% das principais reclamações de
clientes.
A concorrência automatizou o CD, e todos os veículos passaram a
ser rastreados via satélite, possibilitando sua localização a qualquer
momento. Porém, na contramão dessa tendência logística, a Tudo
Eletrônicos ainda utiliza métodos antiquados para a gestão de
informação. Para se ter uma ideia, em uma das visitas à empresa,
foi possível perceber que um colaborador da área de logística
estava tentando ligar para um dos motoristas na intenção de
descobrir em que ponto da rota ele estava, pois outro motorista tinha
sofrido um acidente e precisava de apoio. O detalhe era que a rota
pela qual o primeiro motorista passava ficava bem distante do local
do acidente, a aproximadamente 500 quilômetros da rota do
segundo motorista. Imagine o tempo perdido e o atraso em entregas
que isso gerou!
Com base nessas informações, devemos responder ao seguinte
questionamento: quais são os desafios logísticos que limitam a
capacidade de uma empresa?
Para sanar essa dúvida, será necessário desenvolver um
levantamento dos desafios das operações logísticas da Tudo
Eletrônicos, sugerindo um plano de ações de melhoria com foco
voltado à compreensão de como esses desafios podem impulsionar
o crescimento e o diferencial da empresa.
Preparado? Então, vamos lá!
Vamos Começar!
Logística e valor ao cliente
É bastante comum constatarmos que a maior parte das empresas
percebe a necessidade de maximizar o desempenho de operações
logísticas apenas quando é preciso reduzir custos. Contudo,
algumas organizações passam a utilizar o sistema logístico como
fonte de vantagem competitiva e, por isso, conseguem personalizar
pacotes de serviços oferecidos, a fim de atender às necessidades
específicas dos clientes, fato que gera um diferencial estratégico
substancial.
Para satisfazer essas exigências, as empresas precisam reorganizar
e estruturar as suas atividades, tornando-as um sistema. Ou seja,
devem pensar na logística integrada.
É importante destacar que a logística é um conjunto de atividades
funcionais repetido muitas vezes ao longo do canal de suprimentos
a partir do qual as matérias-primas são convertidas em produtos
acabados e o valor é adicionado aos olhos dos consumidores.
Vamos tomar como exemplo um pãozinho que é produzido em uma
determinada padaria, a qual tem sua demanda estimada e, por essa
razão, programa sua produção e operações para atendê-la. Ou seja,
se espera vender 500 pãezinhos por dia, a padaria precisa organizar
seus recursos materiais, financeiros e físicos (pessoas, máquinas e
equipamentos, etc.), além de obter informações para atender aos
seus clientes. Conseguiu visualizar essa cadeia de valor que se
inicia com a compra de farinha e segue até a venda do pão
quentinho?
Você se lembra dos subsistemas logísticos? Então, vamos juntar os
conceitos de logística e cadeia de valor. A logística de suprimentos
do pãozinho será responsável pela aquisição, armazenagem,
estocagem, entre outras atividades necessárias para disponibilizar
os materiais aos colaboradores da empresa, a fim de que estes
produzam os produtos finais.
Mas em que momento produzir e com quais recursos? Essas
perguntas fazem parte da logística de produção, que organizará os
recursos produtivos de forma mais apropriada para que seja
possível atender à demanda. Depois que o produto estiver pronto,
será necessário disponibilizá-lo aos clientes. Atualmente, esse
processo é feito na própria loja (padaria), mas antigamente havia os
entregadores de pães e leite, o que tornava mais complexa a
distribuição, atividade que fazia parte da logística de distribuição.
Desse modo, ao analisarmos a cadeia de valor, podemos constatar
que ela engloba três sequências logísticas: suprimentos, produção e
distribuição. Além disso, é complementada com a área comercial
(vendas) e de pós-vendas (serviços). Esta última, inclusive, tem a
logística reversa como parte do processo. Todas essas etapas são
importantes e essenciais para agregar valor ao cliente.
É nesse contexto que surge outro questionamento: como a logística
ajuda a gerar valor aos consumidores?
A logística incorpora valor de lugar, de tempo, de qualidade e de
informação à cadeia produtiva. Além de agregar os valores positivos
para o consumidor final, a logística moderna também procura
eliminar do processo tudo o que não tenha valor para o cliente, ou
seja, aquilo que acarrete somente custos e perda de tempo.
Nesse sentido, a logística tem valor quando são considerados os
8Rs:
Right material: material certo.
Right quantity: quantidade correta.
Right quality: qualidade justa.
Right place: lugar certo.
Right time: tempo correto.
Right method: método adequado.
Right cost: custo justo.
Right impression: boa impressão. 
Nesse contexto, a logística é uma das competências que podem
colaborar no processo de agregação de valor para o cliente. Quando
as operações estão integradas e são consideradas como
competências-chave do negócio, podem servir como base para a
obtenção de vantagem estratégica.
Fica evidente a importância da logística para as organizações. Três
grandes aspectos podem resumir sua importância empresarial:
Obtenção de vantagem competitiva.
Redução de custos.
Agregação devalor.
O grande desafio da logística, então, é conseguir equilibrar as
variáveis de custos e nível de serviço. É possível melhorar o nível de
serviço e reduzir o custo simultaneamente? Nem sempre isso é
viável. Vamos tomar como exemplo uma expectativa ou acordo
realizado junto ao cliente, que é atender aos pedidos em até 48
horas. Trata-se de um objetivo altamente complexo quando
pensamos em todos os desafios logísticos enfrentados pelas
empresas contemporâneas.
Para essa rápida resposta ao consumidor, será necessário ter
produtos em estoque para o atendimento de requisito. O aumento
de estoque significará maiores custos. Então, qual é a solução? Não
existe uma resposta exata. Cada empresa, processo, cliente e até
mesmo produto apresentará sua especificidade e estratégia distinta.
Cabe ao gestor decidir esse trade off, ou seja, escolher o que
priorizar. Essa decisão pode resultar em vantagem competitiva e
agregação de valor. 
Desafios logísticos
Você já deve ter ouvido a seguinte frase: “O maior de todos os
desafios logísticos é, sem dúvida, a infraestrutura”.
Esse é um jargão comum para todo e qualquer profissional da área
de logística, pois muitas empresas, de âmbito nacional ou
internacional, atendem a mercados e produções em que a distância
e a qualidade do sistema de movimentação não podem ser um fator
limitador. Para esse tipo de desafio, torna-se necessário um sistema
logístico bem estruturado que favoreça o desenvolvimento
operacional da organização. Mas você concorda com essa
afirmação?
De forma abrangente, os desafios logísticos começam com a
seleção dos fornecedores, passando pelos processos de
negociação com clientes e fornecedores, pelo planejamento da
produção, inclusive pelo dimensionamento dos níveis de estoques e
dos locais de armazenagem, bem como pelos mecanismos de
distribuição dos produtos aos clientes, e, tendo em vista aspectos da
economia contemporânea, seguem até chegar ao processo de
logística reversa e a questões de sustentabilidade.
É possível perceber uma crescente preocupação das empresas no
que tange à tarefa de lidar com os desafios logísticos. Nesse
cenário, surgiu a necessidade de utilizar um conjunto de métodos e
técnicas, como o Just in Time (JIT), o controle estatístico de
processo, o desdobramento da função da qualidade (QFD),
engenharia simultânea e produção enxuta (Lean Manufacturing).
Essas são algumas ferramentas adotadas em quase todos os
países industrializados e sua utilização contribui para a otimização
dos processos logísticos. Mas do que se trata esses conceitos?
Vamos entender? 
Just in Time (JIT): é uma filosofia que visa à redução do
estoque, produzindo somente a quantidade necessária, no
tempo necessário.
Desdobramento da função da qualidade (QFD): engloba
ferramentas da qualidade que têm por objetivo o
desenvolvimento de produtos que incorporem as reais
necessidades do cliente em seus projetos de melhoria.
Engenharia simultânea: é o envolvimento da gestão da
produção ainda no desenvolvimento do produto, buscando
antever os processos e possíveis ocorrências.
Lean Manufacturing ou produção enxuta: é uma filosofia
operacional que visa à eliminação dos desperdícios e à criação
de valor.
Siga em Frente...
Principais desafios logísticos
Embora os desafios logísticos possam apresentar distinções e
especificidades singulares em função do tipo de negócio, região e
diversos outros fatores, os mais comuns são:
Planejamento da demanda: praticamente todos os desafios da
logística surgem por causa da escassez de processos que
visem ao entendimento do comportamento da demanda do
mercado com relação aos itens comercializados pela
organização. Pense em uma lanchonete que tenha comprado
uma quantidade pequena de pães em um dia de pico de
vendas; o resultado só pode ser desastroso! Com o propósito
de alcançar uma maior precisão da demanda, podem-se utilizar
métodos quantitativos (uso de recursos matemáticos e
estatísticos) ou métodos qualitativos (pesquisa de mercado,
analogia histórica, etc.), além de planejamentos colaborativos
entre as áreas e empresas envolvidas.
Métodos de aquisição de materiais: este desafio relaciona os
processos de identificação, seleção, negociação e avaliação de
fornecedores. Como podemos perceber, a seleção incorreta do
fornecedor pode levar à falência de um negócio.
Armazenagem: os desafios logísticos integrados ao processo
de armazenagem podem ser divididos em dois pontos de vista:
o estratégico (localização do armazém ou centro de
distribuição) e operacional (planejamento e controle dos
processos de estocagem, tecnologias de facilitação de
estocagem, movimentação e atendimento dos pedidos pelo
armazém). Se o centro de distribuição de uma empresa está
distante do seu principal mercado consumidor, podem
acontecer problemas relativos à demora no tempo de entrega.
Gestão de estoques: o desafio de gerenciamento de estoques
possibilita a agregação de valor quando o produto está
disponível para o cliente no momento desejado, gerando um
resultado favorável para os quesitos relacionados ao nível de
serviço. Contudo, é necessário que o profissional de logística
busque por melhores técnicas de gestão de estoque.
Transportes: abrange desde a seleção correta do modal
(tipo/modelo) de transporte até o gerenciamento das rotas e
frotas, pois o custo do transporte é um dos maiores
responsáveis pelo aumento no custo logístico, bem como a
relação direta dessa atividade com o recebimento dos insumos
e o nível de serviço, o que demanda muita atenção dos
profissionais de logística.
Infraestrutura: é um dos desafios com maior grau de
importância, pois problemas na infraestrutura logística
prejudicam o fluxo de produtos entre os diversos pontos da
cadeia logística. No Brasil, encontramos grandes dificuldades
para utilizar modais de transporte diferentes do rodoviário
(caminhões) por causa da falta de infraestrutura para os
demais modos de transporte (portos, aeroportos, ferrovias,
etc.). No entanto, até mesmo o modal rodoviário sofre com as
consequências da ausência de infraestrutura, visto que, longe
dos grandes centros, as estradas nacionais não possuem
condições adequadas.
Visibilidade das informações: compartilhar informações de
forma integrada, em um ambiente colaborativo, para que todos
os atores da cadeia logística visualizem o processo de
atendimento a um determinado pedido, é um desafio, mas
também um grande diferencial estratégico.
Tecnologia da informação: o tratamento das informações
envolvidas no processo de planejamento das operações
logísticas, aliado aos avanços da tecnologia, exige que o
profissional de logística direcione uma atenção especial a essa
área, pois tecnologia e logística, quando associadas, se
transformam em um diferencial estratégico das empresas.
Gestão de pessoas: este desafio é iniciado com a seleção de
profissionais, seguindo com a capacitação, motivação e, acima
de tudo, desenvolvimento de equipes multifuncionais
comprometidas com os resultados desejados.
Tributação: o conceito de tributo engloba impostos, taxas de
serviços públicos e contribuições de melhoria (decorrentes de
obras públicas), contribuições sociais e econômicas, encargos
e tarifas tributárias (com características fiscais) e emolumentos
a serem pagos pelo Poder Público em função de
obtenção/transferência de bens e/ou serviços diretos,
específicos ou de concessão. O Brasil possui 92 tipos
diferentes de tributos, sendo que pelo menos 44 deles afetam
os custos logísticos.
Globalização: é notória a possibilidade de comercializar
qualquer produto ou serviço em nível mundial. Isso é efeito da
globalização, que permite a expansão dos negócios, ao mesmo
tempo em que traz maiores concorrências. No entanto, ser uma
empresa global não significa, necessariamente, ter o mesmo
produto distribuído e comercializado em qualquer parte do
mundo. Muitas vezes será preciso entender a regionalização.
Uma empresa de fast-food que pretende vender seus produtos
na Índia, por exemplo, não poderá ofertar alimentos à base de
carne bovina, pois a vacaé sagrada para os moradores
daquele país.
Exigências legais, sociais e ambientais: a legislação é um
conjunto de leis que organiza a vida de um país. No âmbito
nacional, existem várias leis especificas (sendo nacionais,
estaduais e/ou municipais) para a área logística. Por exemplo,
a Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015, dispõe sobre o
exercício da profissão de motorista, estabelecendo períodos de
paradas e/ou troca de motorista em longos trajetos. Já
imaginou o quanto isso pode impactar os custos e prazos de
uma operação? O mesmo acontece com questões sociais e
ambientais.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Os desafios logísticos enfrentados pela Tudo
Eletrônicos são complexos e multifacetados, com impactos diretos
sobre a eficiência operacional, a satisfação do cliente e a
competitividade no mercado por parte dessa empresa. Vamos
analisar os principais desafios e propor um plano de ações de
melhoria.
Desafios logísticos da Tudo Eletrônicos
Gestão de estoque ineficiente: com um estoque de até 40 dias
e sem métodos de gestão ou previsão de demanda, a empresa
enfrenta perda de capital e falta de agilidade.
Processos de distribuição lentos e ineficazes: atrasos de até 15
dias na distribuição, além de altas taxas de avarias e extravios,
afetam negativamente a reputação da empresa e levam à
perda de clientes.
Falta de profissionalização e treinamento: a equipe de logística,
apesar de experiente, carece de conhecimento em técnicas e
metodologias modernas, o que limita a capacidade de inovação
e melhoria contínua.
Dependência excessiva do diretor nas decisões de compra: a
falta de um sistema estruturado para a aquisição de materiais,
tomando como base apenas a intuição e experiência do sr.
José, aumenta os riscos de erros e ineficiências.
Infraestrutura e tecnologia defasadas: comparada aos
concorrentes, que utilizam rastreamento via satélite e
automação, a Tudo Eletrônicos está atrasada
tecnologicamente, o que interfere na eficiência e na
rastreabilidade dos seus produtos.
Problemas com o transporte e entrega: dificuldades na malha
rodoviária de São Paulo e a falta de controle sobre o serviço
terceirizado de entrega agravam a insatisfação dos clientes. 
Plano de ações de melhoria
Implementar um sistema de gestão de estoque: adotar
metodologias como Just in Time (JIT) ou Kanban para reduzir o
estoque e melhorar a eficiência.
Otimização dos processos de distribuição: adotar tecnologias
de rastreamento e automação para acelerar a distribuição e
diminuir avarias e extravios.
Programa de treinamento e desenvolvimento de equipe: investir
em treinamento para atualizar a equipe com as últimas
tendências e tecnologias em logística.
Sistematizar o processo de compra e previsão de demanda:
utilizar ferramentas analíticas e de Big Data para uma tomada
de decisão baseada em dados, e não apenas na intuição.
Modernização tecnológica: investir em tecnologias como
rastreamento via satélite e automação de armazéns para
melhorar a eficiência operacional e a rastreabilidade.
Melhorar a gestão de transporte e entrega: reavaliar e otimizar
as rotas de entrega, além de estabelecer um controle mais
efetivo sobre o serviço terceirizado. 
Impacto dos desafios no crescimento e diferencial
da empresa
Eficiência operacional: a melhoria nos processos logísticos
pode resultar em uma redução de custos e tempos de entrega,
aumentando a competitividade da empresa.
Satisfação do cliente: processos mais rápidos e confiáveis
melhoram a experiência do consumidor, contribuindo para a
fidelização e atração de novos clientes.
Inovação e competitividade: a adoção de novas tecnologias e
práticas inovadoras posiciona a empresa à frente dos
concorrentes, destacando-a no mercado. 
Implementar essas ações requer um compromisso com a mudança
e o investimento em recursos, mas os benefícios a longo prazo são
significativos tanto para a eficiência operacional quanto para o
crescimento sustentável da Tudo Eletrônicos.
Saiba Mais
Quanto mais complexa for uma atividade, maior será a necessidade
de uma logística eficiente para sistematizar as etapas que a
constituem, evitando erros e reduzindo custos operacionais. Para
que você possa saber como sistematizar um sistema logístico, além
de compreender a importância das operações logísticas para a
gestão estratégica e assertiva de uma organização, acesse o
conteúdo sugerido para leitura a seguir.
LOGÍSTICA melhora a experiência do cliente e reduz custos
operacionais.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o
exercício da profissão de motorista; altera a Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, e as Leis nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 -
Código de Trânsito Brasileiro, e 11.442, de 5 de janeiro de 2007
(empresas e transportadores autônomos de carga), para disciplinar
a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional;
altera a Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985; revoga
dispositivos da Lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012; e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF: 3 mar. 2015.
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-experiencia-do-cliente-e-reduz-custos-operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD
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Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13103.htm. Acesso em: 23 jan. 2024.
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São
Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos:
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2015. 
CORRÊA, H. L. Administração de cadeias de suprimentos e
logística: integração na era da indústria 4.0. São Paulo: Grupo
GEN, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022.
Acesso em: 23 jan. 2024.
LOGÍSTICA melhora a experiência do cliente e reduz custos
operacionais. Sebrae, 26 jan. 2023. Disponível em:
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-
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operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD.
Acesso em: 24 jan. 2024.
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos:
uma introdução. São Paulo: Grupo GEN, 2019. E-book. Disponível
em:
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Aula 4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597023022
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-experiencia-do-cliente-e-reduz-custos-operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-experiencia-do-cliente-e-reduz-custos-operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/logistica-melhora-a-experiencia-do-cliente-e-reduz-custos-operacionais,0d66ce7503ee5810VgnVCM1000001b00320aRCRD
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QUALIDADE NA LOGÍSTICA
Qualidade na logística
Olá, estudante! Nesta videoaula você conhecerá tanto o conceito
quanto a evolução histórica da qualidade, bem como sua
importância como elemento primordial para que as empresas
possam permanecer competitivas no mercado contemporâneo.
Também será possível explorar a qualidade aplicada às operações
logísticas, apresentando, inclusive, os principais atributos que
ajudam os clientes a constatarem elevados níveis de qualidades em
operações logísticas. Esses tópicos são fundamentais paraa sua
prática profissional, pois cooperam para uma tomada de decisão
mais estratégica e adequada, otimização de processos e melhoria
da satisfação do cliente. Prepare-se para esta jornada de
conhecimento! Vamos lá!
Ponto de Partida
Olá, estudante! Tudo bem? Do seu ponto de vista, o que é
qualidade? O que faz você perceber qualidade em um produto ou
serviço? Quais são os atributos primordiais para que isso ocorra?
Entrega no prazo? Produto íntegro? Um bom atendimento?
Produtos ou serviços que superem as suas expectativas? E agora a
pergunta que não quer calar: será que alguém próximo a você
percebe qualidade dessa mesma forma?
Todos esses questionamentos foram elencados apenas para que
possamos compreender o nível de subjetividade do fator qualidade.
Entender isso é o que servirá como força motriz para que empresas
se esforcem para entregar aos seus clientes a maior quantidade de
atributos de qualidade, principalmente os aplicados às operações
logísticas, a fim de satisfazer o seu mercado consumidor. Nesse
contexto, surge outro questionamento: quais são esses atributos de
qualidade?
O principal objetivo desta etapa de aprendizagem é apresentar a
você os conceitos inerentes à qualidade e sua evolução ao longo
dos anos. Também vamos verificar quais são os atributos exigidos
no âmbito das operações logísticas que contribuirão
substancialmente para que os clientes possam constatar o
recebimento de um elevado nível de serviço e, consequentemente,
de qualidade.
Para que possamos colocar em prática esses ensinamentos, vamos
atuar junto aos gestores da Souza & Catarino, uma empresa de
médio porte do setor de varejo que está enfrentando dificuldades
significativas na gestão da qualidade de seus serviços e operações
logísticas.
Apesar de contar com um histórico de sucesso na era da artesania e
de ter se adaptado ao modelo de produção em massa, a empresa
não conseguiu evoluir adequadamente para as demandas da gestão
estratégica da qualidade.
Com a crescente complexidade e volatilidade do mercado atual, a
Souza & Catarino está lutando para manter a satisfação do cliente e
a eficiência operacional. Seus principais problemas incluem atrasos
nas entregas, inconsistência na qualidade dos produtos e um
sistema deficiente de feedback dos clientes. Além disso, a empresa
não implementou tecnologias modernas de logística e gestão da
qualidade, como a análise de dados e a automação.
Desse modo, você deverá apresentar sugestões e alternativas que
mitiguem tais adversidades. E então, preparado?
Vamos Começar!
Evolução da qualidade: da artesania à
gestão estratégica
A qualidade, como um conceito fundamental em produção e
serviços, tem suas raízes na história da civilização. Sua origem
remonta à era da artesania, quando a produção era manual e cada
artesão era responsável pela criação e inspeção de seus produtos.
Nesse contexto, a qualidade era sinônimo de habilidade artesanal,
com pouco ou nenhum controle formal de qualidade. Esse período
caracterizou-se por uma relação direta entre produtor e consumidor,
permitindo um feedback imediato sobre a qualidade.
Com o advento da Revolução Industrial, a produção em massa
substituiu a artesania. Essa mudança levou à necessidade de
sistemas mais convencionais de controle de qualidade. Frederick
Taylor e outros personagens introduziram o conceito de
gerenciamento científico, direcionando o foco à eficiência e à
padronização do trabalho. Na década de 1920, o controle estatístico
de qualidade foi introduzido por Walter A. Shewhart, marcando um
ponto de virada na gestão da qualidade.
Já durante a Segunda Guerra Mundial, a qualidade ganhou uma
nova dimensão de importância por causa da necessidade de
produção confiável de materiais de guerra. É nesse momento crucial
da história mundial que foram desenvolvidas e implementadas
técnicas e filosofias que enfatizavam que o enfoque da qualidade
não deveria ser apenas o produto ou serviço acabado, mas sim
todos os níveis da organização. Esse panorama deu origem ao
conceito de gestão da qualidade total (TQM).
Por sua vez, no cenário pós-guerra, a qualidade tornou-se um
diferencial competitivo internacional. A série de normas ISO 9000,
introduzida em 1987, estabeleceu padrões internacionais para
sistemas de gestão da qualidade. Além disso, conceitos como Seis
Sigma e Lean Manufacturing surgiram, concentrando-se na redução
de desperdícios e na melhoria contínua.
Por fim, no atual momento, o qual chamamos de “era digital”, a
qualidade evoluiu para além da manufatura, englobando serviços e
softwares. A qualidade passou a ser integrada com inovação e
agilidade, adaptando-se às rápidas mudanças do mercado e às
expectativas dos consumidores. As ferramentas digitais e a análise
de dados passaram a desempenhar um papel vital na gestão da
qualidade, o que destaca a importância da qualidade não apenas
como uma função operacional, mas também como um pilar
estratégico para o sucesso sustentável das organizações.
Conceito de qualidade
Talvez o valor de qualidade seja conhecido por todos, mas, quando
se trata do conceito, a percepção de cada parte interessada pode
ser diferente, conforme seus anseios e necessidades.
Nesse sentido, é possível pensar que qualidade significa fazer as
coisas da maneira certa, ou seja, como foi combinado com o cliente.
Se ele ficar satisfeito, é porque a qualidade foi atingida.
De modo inerente, pode-se entender por qualidade a competência
em atingir o objetivo que foi definido, uma vez que ela pode estar em
tudo o que se faz, e não apenas nas consequências do que foi feito.
Entretanto, utilizando-se de um conceito mais amplo e abrangente,
podemos afirmar que a qualidade consiste em um conjunto de
características de desempenho de um produto ou serviço que, em
conformidade com as especificações, atende e, por vezes, supera
as expectativas e os anseios do consumidor.
Cabe destacar que apenas o cliente pode definir a qualidade de um
serviço ou produto. Logo, a qualidade passa a ser um termo relativo,
que muda conforme a evolução das necessidades do consumidor.
Assim, os gestores precisam estar aptos a perceber a importância
das pesquisas junto aos consumidores, as teorias e as aplicações
dos métodos estatísticos aos processos de produção.
Nesse sentido, um questionamento bastante recorrente é o
seguinte: quais são os princípios necessários para se desenvolver
uma gestão voltada ao atingimento de níveis elevados de
qualidade? É claro que esses princípios podem variar de
organização para organização, mas as prescrições essenciais
podem ser resumidas nos seguintes pontos: 
Criar uma declaração de objetivos e propósitos para a melhoria
constante dos produtos e serviços, a fim de se tornar
competitivo e criar empregos.
Afastar-se totalmente da dependência da inspeção para atingir
a qualidade. Ou seja, é necessário prevenir e investir,
colocando a produção com qualidade em primeiro lugar.
Acabar com a política de compra baseada no preço.
Dar importância à minimização dos custos totais e à formação
de parcerias.
Aperfeiçoar continuamente o sistema de produção e serviços.
Aplicar o treinamento da função.
Instituir a liderança, bem como estabelecer novas formas de
direção, renovando as práticas de chefia.
Eliminar o medo e evitar uma gestão autoritária, gerando a
confiança.
Derrubar as barreiras entre os departamentos. O trabalho deve
ser realizado em equipe para atingir os objetivos
organizacionais.
Eliminar os slogans e metas numéricas para a força de
trabalho, uma vez que a maioria dos problemas de qualidade é
inerente aos processos e sistemas.
Instituir um programa de educação e autodesenvolvimento.
Entretanto, embora possa parecer que a aplicação desses princípios
seja simples, é de fundamental importância que se adote um
programa de implementação da qualidade. Para isso, podem-se
seguir alguns passos fundamentais: 
1. Planejamento da qualidade: identificar os clientes, estabelecer
suas necessidades, desenvolver características dos produtos e
processos que as satisfaçam, transferir os resultadospara o
nível operacional.
2. Controle da qualidade: manter o processo planejado, a fim de
alcançar as metas. Avaliar o nível de desempenho,
comparando-o às metas estabelecidas, e tomar medidas que
atuem nas diferenças.
3. Melhoria da qualidade: criar mudanças que tragam benefícios e
atinjam altos níveis de desempenho, definir uma base que
proporcione a melhoria da qualidade, identificar e selecionar
projetos de melhoria, criar equipes de projetos comprometidas
com o sucesso, motivar e treinar as equipes para manter o
nível de melhoria. 
A Figura 1, a seguir, ilustra o processo de percepção de qualidade
por parte do cliente.
Figura 1 | Trajetória de percepção da qualidade.
Qualidade em logística
A qualidade em logística é um tema de grande relevância no
contexto acadêmico e empresarial, pois cumpre um papel de grande
importância tanto para as empresas quanto para os consumidores.
Desse modo, é fundamental que a qualidade em logística seja
analisada tanto do ponto de vista das empresas quanto sob a ótica
dos consumidores.
Para as organizações, a qualidade em logística é essencial para
manter a competitividade no mercado. Uma logística eficiente
permite a redução de custos, a otimização de processos e o
aumento da satisfação do cliente.
Empresas que investem na qualidade de suas operações logísticas
conseguem melhorar a gestão de estoque, reduzir tempos de
entrega e aumentar a precisão nas previsões de demanda. Isso se
traduz em uma cadeia de suprimentos mais ágil e eficiente, capaz
de responder rapidamente às mudanças do mercado e às
necessidades dos clientes.
No que se refere aos consumidores, a qualidade logística influencia
diretamente a experiência de compra e a percepção da marca. Um
serviço logístico de alta qualidade garante entregas rápidas, seguras
e no prazo estabelecido, o que aumenta a confiança que o
consumidor tem na empresa. Além disso, oferecer opções de
rastreamento em tempo real e contar com uma política de
devoluções eficiente são aspectos valorizados pelos consumidores.
 
Siga em Frente...
Atributos necessários para constatar
qualidade em logística
Como você perceberá, os atributos essenciais para que se possa
constatar elevados níveis de qualidade em logística, em diversos
momentos, convergem com os atributos logísticos ganhadores de
pedidos. Isso ocorre porque tanto os atributos ganhadores de
pedidos quanto os requisitos vitais à percepção de qualidade devem
se complementar, a fim de satisfazer de maneira plena e satisfatória
o mercado consumidor. Desse modo, os principais atributos que
contribuem para a percepção de qualidade em logística são os
seguintes:
Eficiência operacional: refere-se à capacidade de executar as
operações logísticas de forma rápida e com o menor custo
possível, mantendo a qualidade do serviço.
Confiabilidade: consiste na habilidade de cumprir promessas,
entregando os produtos no prazo e condições acordados.
Flexibilidade: capacidade de adaptar as operações logísticas a
mudanças inesperadas na demanda ou no fornecimento.
Rastreabilidade: facilidade com que os clientes podem
acompanhar seus pedidos, proporcionando transparência e
segurança.
Sustentabilidade: implementação de práticas logísticas que
minimizem o impacto ambiental, o que é cada vez mais
valorizado tanto por consumidores quanto por stakeholders.
Gestão de relacionamentos: ajuda a construir relações sólidas
e de longo prazo com fornecedores e clientes, melhorando a
comunicação e a colaboração.
Inovação tecnológica: uso de tecnologias avançadas, como
automação, inteligência artificial e análise de dados, para
aprimorar as operações logísticas.
Gestão de riscos: capacidade de identificar, avaliar e mitigar
potenciais riscos nas operações logísticas.
Atendimento ao cliente: consiste em oferecer um serviço de
atendimento eficiente e proativo, capaz de resolver
rapidamente quaisquer problemas ou dúvidas.
Qualidade do produto: tem a função de garantir que os
produtos sejam entregues em perfeito estado, sem danos ou
defeitos.
Portanto, podemos concluir que a qualidade em logística é um
aspecto primordial e que afeta diretamente a competitividade das
empresas, bem como a satisfação dos consumidores. Investir nos
atributos mencionados não apenas melhora a eficiência operacional,
mas também constrói uma imagem positiva da empresa, fidelizando
clientes e fortalecendo a marca no mercado.
Vamos Exercitar?
Então, vamos lá! Para solucionar os problemas de qualidade
logística identificados na empresa Souza & Catarino, podemos
trabalhar com as seguintes alternativas:
Implementação de um sistema de gestão da qualidade total
(TQM): a empresa deve adotar um sistema TQM para garantir
que a qualidade seja uma responsabilidade compartilhada em
todos os níveis da organização. Isso inclui treinamento e
engajamento dos funcionários na promoção da melhoria
contínua.
Adoção de tecnologias avançadas: é interessante introduzir
tecnologias como inteligência artificial, análise de dados e
automação para melhorar a eficiência operacional. Essas
tecnologias podem ajudar na previsão de demanda, gestão de
estoque, rastreamento de pedidos e identificação proativa de
problemas de qualidade.
Melhoria no processo de feedback do cliente: deve-se
estabelecer um canal de comunicação robusto e eficiente com
os clientes para coletar feedbacks regulares. Isso pode ser feito
por meio de pesquisas, sistemas de avaliação on-line e um
serviço de atendimento ao cliente mais responsivo.
Foco na flexibilidade e confiabilidade da logística: consiste em
aprimorar a flexibilidade e a confiabilidade das operações
logísticas para responder prontamente a mudanças na
demanda e garantir entregas no prazo.
Práticas sustentáveis: é preciso integrar práticas sustentáveis
nas operações logísticas para atender às crescentes
expectativas dos consumidores e stakeholders em relação à
responsabilidade ambiental.
Treinamento e desenvolvimento de equipes: deve-se investir no
treinamento e desenvolvimento contínuo das equipes,
enfatizando a importância da qualidade em todos os aspectos
das operações.
Gestão de relacionamento com fornecedores: consiste em
construir parcerias estratégicas com fornecedores para
assegurar a qualidade dos insumos e a eficiência da cadeia de
suprimentos.
Monitoramento e avaliação constantes: é importante
implementar um sistema de monitoramento e avaliação
contínuos para medir a eficácia das estratégias de qualidade e
fazer ajustes conforme necessário. 
Por meio dessas medidas, a empresa Souza & Catarino poderá
constatar uma melhoria significativa na satisfação do cliente,
eficiência operacional e competitividade no mercado.
Saiba Mais
É bastante comum nos depararmos com o termo “stakeholders”
quando tratamos de assuntos logísticos. Mas você sabe o que é um
stakeholder? Qual o seu papel e importância no contexto da
logística? Para aprender mais detalhes sobre esse assunto, acesse
os materiais sugeridos para leitura a seguir.
Por que a colaboração entre os stakeholders é necessária em
logística urbana? Este artigo discute a importância da cooperação
entre empresas que atuam diretamente com a operação logística
chamada de coopetição (cooperação + competição), para garantir
melhores práticas em termos operacionais, de sustentabilidade e de
segurança para os cidadãos.
O papel dos stakeholders na sustentabilidade da empresa: este
material analisa o contexto da empresa Alfa e seus stakeholders,
buscando formas de inferir que uma melhor gestão de stakeholders
pode repercutir positivamente no processo de sustentabilidade
dessa organização.
O papel dos stakeholders na sustentabilidade da empresa:
contribuições para construção de um modelo de análise.
Referências Bibliográficas
CAXITO, F. (Coord.). Logística: um enfoque prático. 3. ed. São
Paulo: Saraiva Uni, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440043/.
Acesso em: 23 jan. 2024.
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos:
estratégia, planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson
Prentice

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