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SUMÁRIO 
Guerra na Ucrânia e suas consequências em 2023 - atualidades ..................................................................... 2 
Contextualizando ......................................................................................................................................... 2 
Panorama e fases do conflito ................................................................................................................... 2 
Pontos essenciais...................................................................................................................................... 3 
 
 
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GUERRA NA UCRÂNIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS EM 2023 - 
ATUALIDADES 
 
CONTEXTUALIZANDO 
No dia 24 de fevereiro de 2022, teve início o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que 
ocorreu após um aumento das tensões na região fronteiriça entre os dois países. Para 
compreender as causas e os motivos alegados por ambas as partes para os ataques, é necessário 
examinar a relação histórica entre essas nações. 
Os territórios russo e ucraniano estão situados no Leste Europeu e compartilham 
semelhanças nos aspectos econômicos, socioculturais e étnicos. Ambos os países foram 
originalmente habitados pelos povos eslavos, conhecidos como Rus. Além disso, entre os 
séculos IX e XIII, antes da sua separação, a Rússia, a Ucrânia e Belarus faziam parte do território 
de Rus de Kiev, também chamado de Rússia de Kiev. 
No século XVIII, uma parte da Ucrânia foi anexada ao Império Russo, um processo que se 
repetiu durante o século XX com a Revolução Bolchevique em 1917, que marcou o fim do 
sistema monárquico na Rússia e a ascensão dos socialistas ao poder. Cinco anos depois, foi 
estabelecida a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), da qual vários territórios do 
Leste Europeu, incluindo a maior parte da Ucrânia, faziam parte. A Ucrânia só alcançou sua 
independência em 1991, quando ocorreu a dissolução da URSS. 
Nesse contexto, é importante abordar a questão da Crimeia. A Crimeia é uma península 
localizada ao sul da Ucrânia e a sudoeste do território russo, situada às margens do Mar Negro. 
Devido à sua importância estratégica tanto do ponto de vista militar quanto comercial, a região 
tem sido palco de muitas disputas territoriais ao longo da história. 
A Rússia exerceu controle sobre a Crimeia em diferentes momentos e, em 1954, o 
território foi transferido pela União Soviética para a Ucrânia como um gesto simbólico e 
estratégico de fraternidade entre os países. Após o colapso da URSS, o Memorando de 
Budapeste, em 1994, garantiu as fronteiras territoriais da Ucrânia e a manutenção da Crimeia 
como parte de seu território. No entanto, a aparente estabilidade não durou muito, e uma crise 
se desencadeou na região a partir de 2010. 
As negociações para a entrada da Ucrânia na União Europeia provocaram uma intensa 
turbulência política interna e tensões geopolíticas regionais, que culminaram na invasão e 
anexação da Crimeia pela Rússia em 2014. O presidente russo, Vladimir Putin, justificou essa 
ação com base na origem russa da maioria da população da Crimeia, mas a comunidade 
internacional não reconheceu essa alegação. 
Em 2014, a região de Donbass também se tornou um cenário de conflitos entre a Ucrânia 
e grupos separatistas que, politicamente alinhados com a Rússia, proclamaram a independência 
das regiões administrativas de Lugansk e Donetsk. Assim como na Crimeia, a população de 
Donbass é majoritariamente de origem étnica russa, tornando-a uma área altamente visada 
pela Rússia durante o atual conflito com a Ucrânia. Vale ressaltar que a Rússia é a única nação 
que reconhece a independência de Lugansk e Donetsk. 
 
PANORAMA E FASES DO CONFLITO 
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia teve início oficialmente em 24 de fevereiro de 2022, 
quando mais de 200 mil soldados russos invadiram o território ucraniano por várias frentes. 
Desde então, o conflito tem sido dividido em diferentes fases. 
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Na primeira fase (de 24 de fevereiro de 2022 ao início de junho), ocorreu a invasão das 
tropas russas no território ucraniano. Diversas regiões, especialmente aquelas no leste e na 
fronteira entre os dois países, foram ocupadas. Inicialmente, a capital ucraniana, Kyiv, não foi 
diretamente atacada. 
A segunda fase (de junho a agosto) foi caracterizada pela retirada das tropas russas da 
região de Kyiv, concentrando-se os ataques e bombardeios no leste da Ucrânia, na região de 
Donbass. No entanto, os russos foram surpreendidos pelo contra-ataque promovido pela 
Ucrânia em defesa de seus territórios. A usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, foi 
ocupada pelas tropas russas. Pouco tempo depois, a central foi desligada devido a intensos 
ataques de mísseis que atingiram várias cidades, gerando preocupações sobre um possível 
desastre semelhante a Chernobyl, ocorrido em 1986 e que afetou Belarus e Ucrânia. 
Na terceira fase (de setembro a novembro), a Ucrânia conseguiu recuperar áreas no leste 
e no sul que estavam sob domínio russo, incluindo a cidade de Kherson e a região nordeste 
próxima a Kharkiv. No entanto, o impasse em relação às regiões declaradas independentes 
continua, e a Rússia mantém o controle militar sobre a maior parte do leste ucraniano. 
Durante o conflito, uma forte explosão danificou a estrutura da única ponte que liga a 
Rússia à Crimeia, localizada no estreito de Kerch. A Ucrânia não assumiu a responsabilidade 
pelo incidente, e a Rússia reforçou a segurança na região. 
Na fase atual, iniciada em novembro de 2022, foram realizados ataques às usinas de 
geração de energia elétrica na Ucrânia, resultando na destruição estimada de pelo menos um 
terço delas. Além dos prejuízos isolados causados pela falta de eletricidade, a situação se tornou 
preocupante com a chegada do inverno no Hemisfério Norte. 
Em março de 2023, novos ataques de mísseis foram lançados pela Rússia, atingindo 
cidades como Kyiv, Kharkiv, Zhytomyr e Odessa. Esses ataques levaram, mais uma vez, à 
interrupção das atividades da usina nuclear de Zaporizhzhia, que já foi desligada em pelo menos 
seis ocasiões durante o conflito. 
 
PONTOS ESSENCIAIS 
 A guerra entre Rússia e Ucrânia teve início em 24 de fevereiro de 2022, quando as 
tropas russas invadiram o território ucraniano. As tensões entre os dois países 
vinham aumentando desde 2014, com a anexação da Crimeia pela Rússia e a 
presença de grupos separatistas em Donbass, região no leste da Ucrânia; 
 Um dos principais motivos do conflito é a possibilidade de entrada da Ucrânia na 
Otan, mas há também a alegação de desmilitarização por parte da Rússia como 
justificativa para a guerra; 
 Os combates ocorrem em solo ucraniano, com a presença de centenas de milhares 
de soldados russos. As cidades próximas a Kyiv foram alvo de ataques antes da 
capital. A Rússia lançou ofensivas no leste e no sul da Ucrânia, regiões estratégicas 
para o país; 
 Após um ano de conflito, ainda são registrados novos ataques com mísseis em várias 
cidades ucranianas, incluindo a capital. A guerra resultou em milhares de mortes, 
tanto civis quanto militares; e 
 Mais de 8 milhões de ucranianos buscaram refúgio em outros países europeus, 
enquanto cerca de 6 milhões procuram abrigo dentro do próprio território 
ucraniano. 
 
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