Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

D A T A 
PROJETO DE 
PAISAGISMO 
 P r o f ª E r i k a D i n i z 
PROJETO DE PAISAGISMO 
U N I D A D E 0 1 
• Introdução à história do paisagismo 
 
• Evolução dos estilos de jardim 
 
• Evolução histórica dos jardins 
 
• Metodologia do projeto de paisagismo 
 
• O paisagismo e a recuperação de áreas degradadas e de risco 
 
 
O B J E T I V O S 
• Apresentar as características introdutórias da história do paisagismo no Brasil e 
no mundo, além de alguns de seus conceitos; 
• Abordar os estilos de jardins e suas características determinantes nos diferentes 
períodos históricos. 
• Entender o paisagismo como ciência-chave para a recuperação ambiental; 
• Compreender as fases de projeto de paisagismo urbano; 
• Explorar aspectos de projeto para áreas degradadas; 
• Explorar aspectos de projeto para áreas de risco 
 
1. CONCEITOS 
C O N C E I T O S B Á S I C O S 
 Lugar: uma representação espacial que possui 
identidade, características próprias e exclusivas - 
identificação única de um espaço; 
 
 Paisagem: conceito amplo que engloba um 
conjunto de elementos naturais e construídos pelo 
homem - cenários culturais de um lugar; 
 
 Paisagismo: resultado da interação entre homem e 
o ambiente - qualidade ambiental; 
 
 Paisagista: é o profissional que elabora e executa 
projetos paisagísticos nos espaços livres de edificação. 
 
PAISAGEM 
natural x artificial 
 
“A paisagem é uma porção de um espaço da 
superfície terrestre apreendida visualmente” 
 
“ A paisagem é um conjunto de cenários 
naturais e artificiais onde o homem é, além de 
um observador, um transformador desses 
elementos que compõe o sítio” 
 
 
PAISAGEM 
natural x construída 
D A T A 
 
“A paisagem é uma entidade que muda com o 
tempo (...) É afetada pelas tradições, pelas 
reformas, pelas revoluções, e a comunidade 
que a habita reconhece-se nela (...)”. 
 
 
2. HISTÓRIA 
E V O L U Ç Ã O H I S T Ó R I C A D O S J A R D I N S 
 
Jardim antigo (egípcio, babilônico, persa, grego e romano) 
Jardim ocidental (italianos, franceses e ingleses) 
Jardim oriental (islâmico, chinês, japonês) 
Jardim brasileiro (eclético, moderno, contemporâneo) 
ANTIGO 
“O jardim do Éden surge da ideia simbólica de 
um lugar prometido, com natureza, pessoas e 
animais, com um caráter divino e espiritual”. 
 
Durante a Antiguidade, populações antigas dão 
início à paisagem reconhecendo, na natureza, 
lugares sagrados de cultos religiosos e ritos, 
como cavernas, montanhas, fontes e bosques. 
Era atribuída uma força espiritual a estes 
espaços. 
Jardim 
antigo 
Egípcio 
Babilônico 
Persa 
Grego 
Romano 
EGÍPCIO 
 
“O jardim egípcio tinha função ambiental de 
modo a amenizar o clima quente e árido; e 
servia como local de plantio e cultivo da 
casa. Tinha função estética nos templos”. 
 
 
BABILÔNICO 
No jardim suspenso babilônico (605-652 a.C.), 
que foram construídos pelo rei Nabucodonosor 
para sua esposa, foram utilizadas plantas 
ornamentais e frutíferas em terraços em 
diferentes pavimentos. 
 
Formado por uma sucessão de terraços que 
eram irrigados, dispostos em patamares 
ascendentes, ancorados a uma encosta, se 
desenvolviam até a altura de 100 metros. 
 
Através de um sistema de irrigação a água era 
levada ao terraço superior e depois drenada 
entre os pisos. 
 
 
PERSA 
 
O jardim persa surgiu nas proximidades dos 
palácios, apresentando forte influência grega e 
egípcia, caracterizados por serem 
contemplativos e voltados para o interior, 
cercados por muros, árvores e flores aromáticas 
de simbolismo religioso. 
 
 Eram espaços criados para a 
espiritualidade, meditação e introspecção. 
 
 A planta dos jardins era dividida em 
quatro partes, formadas por dois canais 
principais que se cruzavam ao meio, onde havia 
uma fonte. 
 
 
Jardim persa Bargh – Shiraz (Irã) 
GREGO 
“O jardins gregos eram funcionais e ficavam 
próximos a santuários. Eram lugares naturais, 
sem a intervenção humana, abençoados e 
dedicados aos deuses.” 
 
Geralmente com uso de vegetação nativa, com 
baixa intervenção humana, as formas buscavam 
sempre remeter à natureza. 
 
Eram utilizados leguminosas, frutíferas e poucas 
floríferas. 
 
 
ROMANO 
Inicialmente influenciados pelos gregos, 
próximos a templos e monumentos, depois 
passando às residências. 
 
“O jardins romanos passam a figurar os interiores 
e exteriores das casas dos aristocratas. 
 
Monumentos e estátuas nas composições 
paisagísticas com plantas diversas: arbóreas 
(coníferas, plátanos, amendoeiras, pessegueiros, 
macieiras, etc.), 
 
Uso da topiaria: cipestre, louro, buxo entre 
outros”. 
 
 
MEDIEVAL 
Os jardins na Idade Média ficaram enclausurados 
nos castelos e nos monastérios, em espaços 
planos e fechados. Eram marcados pela 
simplicidade das formas geométricas. 
 
Foram destinados ao plantio e cultivo de plantas 
medicinais , hortaliças, aromáticas e floríferas 
para ornamentação dos altares das edificações 
religiosas 
 
Labirintos nos jardins de castelos e a arte de 
dobrar ramos para formar alamedas datam deste 
período. 
RENASCENTISTA 
Durante o período do Renascimento, marcado 
pelo ressurgimento da cultura de um modo 
geral, que trouxe novos ares no que dizia respeito 
à arte, à ciência e à filosofia, também houve uma 
expansão e renovação do paisagismo, 
principalmente em países como Itália, França e 
Inglaterra. 
 
Cresce o conceito de que o jardim deve valorizar 
o domínio do homem sobre a natureza, assim, os 
jardins caracterizavam-se pela sua organização, 
artificialidade e extrema racionalidade. 
 
Forte simetria e geometria, com as árvores 
alinhadas, rigorosamente podadas, jogos de 
água, escadarias, esculturas, pérgolas em pedra. 
 
Jardim 
ocidental 
Italiano 
Francês 
Inglês 
ITALIANO 
Marcados pelo renascimento, buscam referência 
nos jardins romanos, com o uso de escadarias e 
terraços acompanhando o terreno natural e 
tirando partido de corredeiras de águas. 
 
Estes espaços eram ocupados por sábios e 
artistas que buscavam refúgio das já tumultuadas 
cidades. Buscava-se o contraste entre o natural e 
aquilo que era criado pelo homem. 
 
A vegetação recebia podas com formas 
determinadas e eram dispostas de forma a 
compor com a arquitetura e demais elementos. 
Utilizava-se o louro, o cipreste, o pinheiro, o buxo 
sendo que o último era muito utilizado para as 
formas recortadas. 
 
 
 
FRANCÊS 
Os jardins franceses são caracterizados por 
plantações baixas, permitindo maior destaque e 
visibilidade das construções. As perspectivas 
direcionavam os olhares dos espectadores em 
caminhos monumentais. 
 
O uso da topiaria estava presente em árvores, e 
as plantas eram dispostas de forma alinhada e 
conduzidas em formas geométricas, já os 
gramados eram impecáveis e sempre podados. 
 
Vasos de plantas e esculturas em mármore 
compunham os canteiros preenchidos com flores 
coloridas. Destacam-se grandes projetos 
paisagísticos, entre eles o castelo Vaux-le-
Vicomte e o palácio de Versalhes de Andrè Le 
Nôtre. 
 
. 
 
 
 
Jardins do Castelo de Villandry - França 
Jardins do Palácio de Versalhes - França 
INGLÊS 
Os jardins ingleses trouxeram uma maior 
aproximação com a natureza, através de 
irregularidades e assimetria, principalmente nos 
caminhos, desenhados com maior liberdade. 
 
 Este estilo de paisagismo predominava em 
parques, jardins públicos, áreas livres e abertas 
em áreas urbanas. Cultivo de grande variedade 
de flores, porém muito detalhado com relação às 
espécies e à composição em si. 
 
Variadas espécies anuais e as perenes se 
misturavam com flores silvestres e forrações, 
dando destaque a uma árvore, um lago ou uma 
vista panorâmica. Eram encontradas poucos 
elementos arquitetônicos, sendo utilizados ruínas 
e formas mais exóticas. 
Jardins do Castelo de Stourhead- Inglaterra 
ORIENTAL 
Podemos dividir os jardins orientais em trêsmomentos: o islâmico, o chinês e o japonês. 
 
 
 
Jardim 
oriental 
Islâmico 
Chinês 
Japonês 
ISLÂMICO 
 
“O jardim islâmico eram geométricos (cruz e 
retângulo) possuindo espelhos d’água, chafariz, e 
sistema de irrigação. Uso de planta aromáticas 
( jasmim e lavanda) e arbustos diversos”. 
 
Os jardins eram divididos em quatro partes 
(formato de cruz). O centro era ocupado por um 
chafariz do qual saíam os quatro rios do paraíso, 
que traziam a água, o leite, o mel e o néctar, 
segundo a simbologia islâmica. 
Jardins do Generalife- Granada (Espanha) 
CHINÊS 
 
O jardim chinês era um lugar de sociabilidade, 
contemplação e meditação. Como tinha 
importância religiosa, seguia os princípios da 
filosofia do feng-shui (vento-água). 
 
Para construir um jardim, ou antes de qualquer 
intervenção e escolha do sítio, era consultado um 
geomante, uma espécie de sábio sacerdote que 
possuía conhecimentos especiais. 
 
Os jardins eram fechados por muros, para que a 
energia positiva não se dispersasse, e a 
vegetação era disposta de forma a criar jogos de 
luz e sombra. 
JAPONÊS 
 
O jardim japonês é o espaço onde forças 
espirituais se manifestam através de elementos 
naturais (vegetação, animais, pedras, água, 
topografia). 
 
Também é um local ligado à religião e meditação, 
pois são locais baseados na contemplação. 
 
Não são utilizadas formas rígidas geométricas, 
mas sim orgânicas, dinâmicas. 
 
Uso de cerejeiras, bambus, pinheiros, bordôs, 
camélias, azaleias, etc. 
 
BRASILEIRO 
Podemos dividir o paisagismo brasileiro em três 
momentos: o ecletismo, o modernismo e 
o contemporâneo. 
 
 
 
Jardim 
brasileiro 
Ecletismo 
Modernismo 
Contemporâneo 
ECLÉTICO 
Os jardins ecléticos brasileiros, para Gonçalves 
(2017), buscam uma visão romântica, a imagem 
de paraísos, dos campos bucólicos e jardins de 
palácios reais, através de áreas de contemplação, 
com poucos espaços esportivos. 
 
Nesse período surgem os jardins botânicos e as 
praças públicas no Brasil, em várias cidades do 
país. A presença da Corte, a partir de 1808, 
favoreceu o início do cultivo de jardins segundo 
os modelos estéticos da Europa (italianos, 
franceses, ingleses), aderindo, por fim, ao 
paisagismo. 
 
 
Jardins do Museu do Ipiranga – São Paulo 
Jardins Botânico – Rio de Janeiro 
MODERNO 
Os jardins modernos brasileiros, durante o 
período moderno, são jardins de contemplação 
acrescentados de espaços de recreação infantil, 
esportivos, e a inserção de mobiliário urbano, 
tendo como característica principal as 
vegetações nativas exuberantes, muito utilizadas 
por Roberto Burle Marx, o paisagista que se 
destacou neste período. 
 
 
Banco Safra– São Paulo 
Jardins do Museu de Nova Iorque – EEUU 
CONTEMPORÂNEO 
 
Os jardins contemporâneos brasileiros 
caracterizam-se pela diversidade formal, sendo 
influenciados por todas as tendências que se 
desenvolveram no passado, seguindo o conceito 
do espaço e originando cenários. 
 
Isso fica muito evidente sobretudo nos jardins de 
mostras de arquitetura. Nos jardins residenciais, a 
atividade recreativa assume maior importância 
nas áreas externas e de lazer, e a piscina se torna 
um elemento fundamental. 
 
 
Mostra Casa Cor (Alex Hanazaki) – São Paulo 
Jardins do Museu de Nova Iorque – EEUU Casa OF (Daniel Nunes) – Campinas 
Etapas de 
projeto 
Levantamento 
Projeto 
Estudo 
preliminar 
Anteprojeto 
Projeto básico 
Projeto 
executivo 
Execução 
3. PROJETO 
Etapas do projeto de paisagismo 
 
O projeto de paisagismo consiste na concepção e 
planejamento do espaço exterior às edificações. 
 
Ele é composto de etapas básicas que servem 
para qualquer escala de intervenção. 
 
É um processo linear, mas que pode ter idas e 
vindas, dependendo de sua complexidade, 
podendo ser direcionado para áreas públicas ou 
privadas. 
 
 
Etapa1: levantamento de dados  partido, 
zoneamento e plano de massas 
 
•Conhecer o cliente, suas necessidades e 
costumes 
•Observar orientação solar – insolação 
•Identificar a topografia do relevo 
•Fazer estudo do solo – se é fértil ou não 
•Observar presença de vegetação existente 
•Verificar usos de água 
•Verificação de ventos e ruídos 
 
 
Levantamento 
Estudo preliminar 
Etapa 2: estudo preliminar  desenvolvimento 
da implantação com plano conceitual. 
 
• Análise das necessidades e preexistências 
• Definição das diretrizes gerais do projeto 
• Elaboração do partido geral do projeto. 
 
OBS.: Esta etapa deve ser apresentada de forma 
ilustrativa, para que o cliente possa compreender 
as intenções do projeto e todos os espaços que 
foram planejados. 
 
Anteprojeto 
Etapa 3: anteprojeto  aprimoramento do 
estudo preliminar 
 
•Distribuição espacial do projeto 
•Definição das formas das espécies e locais de 
plantio 
•Definição de locais de circulação, permanência, 
pano de fundo, etc. 
•Escolha de outros elementos de composição 
paisagística; 
 
Projeto executivo 
Etapa 4: projeto básico ou projeto executivo  
finalização do anteprojeto. 
 
•Elaboração das plantas definitivas e cotadas 
•Elaboração de detalhes (se necessário) 
•Especificação dos vegetais com quantitativos 
•Especificação dos equipamentos e demais 
elementos; 
•Representação de ponto hidráulicos e de 
iluminação 
•Projeto de Plantio/Manejo + Tabela de Espécies

Mais conteúdos dessa disciplina