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BRIEFING DO PROJETO: 1. Dados do Projeto Nome: Edifício Samaúma Localização: Av. Conselheiro Furtado - Belém - PA Zoneamento: ZAU 6 - Setor I Enquadramento na LCCU: M16 Dimensões: 30 metros de largura x 50 metros de profundidade Área total: 1.500 m² 2. Objetivos Do Projeto Desenvolver um edifício comercial sustentável, de imagem moderna e alta eficiência energética, com foco na flexibilidade de uso e boa rentabilidade para o investidor. 3. Projeto Do Edifício • Térreo com fachadas envidraçadas, promovendo conexão visual com o entorno e sensação de abertura e segurança. • Aplicação de fachada ventilada + brises móveis, que controlam a incidência solar e melhoram a eficiência térmica. • Aproveitamento máximo de iluminação e ventilação natural, com ventilação cruzada em áreas de uso prolongado. • Espaço para coleta de resíduos com zona de reciclagem (vidro, plástico, óleo), ventilado e de fácil acesso. • Ambientes com divisórias leves para permitir layouts flexíveis no interior das unidades. 4. Estratégias De Sustentabilidade • Uso de energia solar (placas fotovoltaicas) • Fachada ventilada • Brises móveis e fixos para controle solar • Telhado verde para retenção de calor e água • Captação e reaproveitamento de água da chuva • Iluminação e ventilação natural otimizadas • Sensores de presença e luminosidade 5. Água • Monitoramento de consumo por setor, com detecção de vazamentos. • Reuso de águas cinzas, captação de pluvial, reservatórios para retenção e infiltração. • Sistema de irrigação por gotejamento controlado para paisagismo. 6. Segurança • Implantação de vigilância natural: áreas abertas, circulação bem iluminada, eliminação de pontos cegos. 7. Acessibilidade • Circulações, rampas, elevadores e sanitários acessíveis. • Pisos táteis em caminhos principais e itinerários acessíveis. • Vagas de estacionamento especiais próximas às rotas acessíveis. 8. Conscientização Sobre Sustentabilidade • Sinalização visual para uso sustentável (coleta seletiva, economia de energia, regulação ambiental). 9. Conscientização Sobre Sustentabilidade • Sinalização visual para uso sustentável (coleta seletiva, economia de energia, regulação ambiental). CLASSIFICAÇÃO DE USO E ATIVIDADES O projeto prevê salas comerciais, ambientes corporativos e serviços de baixa interferência, caracterizando-se como uma edificação de uso misto voltada à atividade econômica urbana. REGRAS URBANISTICAS O Edifício Samaúma está enquadrado na zona M16, conforme a Lei Complementar de Uso e Ocupação do Solo (LCCU) de Belém, dentro da Zona do Ambiente Urbano 6 (ZAU 6) – Setor I. Esta classificação permite uso misto, incluindo comercial, residencial e serviços, com parâmetros urbanísticos definidos para garantir o desenvolvimento ordenado e sustentável da área. Os principais parâmetros aplicáveis ao terreno são: • Afastamento mínimo frontal: 5 metros • Afastamento mínimo lateral: 2,5 metros para edificações com altura inferior a 13 metros 3,0 metros para altura inferior a 22 metros 3,5 metros para altura superior a 22 metros Até 7 metros de altura, não é exigido afastamento lateral • Afastamento mínimo de fundos: 5 metros • Coeficiente de aproveitamento: 1,4, permitindo a construção de até 1,4 vezes a área do terreno (aproximadamente 2.100 m² para o terreno de 1.500 m²) TERRENO O terreno destinado está localizado em uma região predominantemente urbana. O lote possui 30 metros de largura por 50 metros de profundidade, totalizando 1.500 m² de área. • Nível topográfico: O terreno apresenta cota média aproximada de 10 metros acima do nível do mar, segundo levantamento altimétrico regional. Em relação ao logradouro, há uma leve elevação de cerca de 25 cm acima do nível da rua, o que favorece o escoamento superficial e previne alagamentos localizados, comuns em algumas áreas da cidade. • Vegetação presente: O lote apresenta quatro árvores de médio porte na faixa frontal, junto à calçada, que contribuem com sombreamento natural e amenização microclimática. Essas árvores podem ser mantidas ou integradas ao projeto paisagístico, reforçando o compromisso com a sustentabilidade e a integração urbana. • Tipo de solo: ????? ENTORNO Sombras Geradas: • O entorno é composto por edifícios de médio a grande porte, alguns com mais de 10 pavimentos, que geram sombras significativas ao longo do dia, especialmente nos períodos da manhã e fim da tarde. Essas sombras podem influenciar diretamente a incidência solar no terreno, reduzindo a carga térmica direta em certos horários. Circulação de Vias: • A Avenida onde o prédio está localizado o é uma via arterial de grande fluxo, com circulação constante de veículos e transporte coletivo. Trata-se de uma via de mão dupla com canteiro central, conectando-se a diversas outras ruas importantes da cidade, o que indica uma boa acessibilidade, porém com possível impacto de ruído e poluição do ar. Paisagem: • A paisagem urbana do entorno é marcada por uma mistura de vegetação densa (grandes árvores como mangueiras) e edificações verticais contemporâneas. A arborização contribui para o sombreamento natural das calçadas e melhora o microclima local. A composição visual é de um ambiente urbano consolidado, com presença equilibrada entre natureza e construção. ZONEAMENTO BIOCLIMÁTICO Com base na NBR 15220 (Zoneamento Bioclimático Brasileiro), o município de Belém está inserido na Zona Bioclimática 8, caracterizada por clima quente e úmido. O Pará está dividido, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, em 6 mesorregiões, nessa Belém está inserida no Zoneamento bioclimático 1. A região apresenta temperaturas elevadas ao longo do ano, alta umidade relativa do ar e significativa incidência solar, com chuvas frequentes e ventos predominantes, especialmente nas horas da tarde. Diante desse cenário climático, as estratégias passivas de conforto térmico a seguir foram adotadas no projeto do Edifício Samaúma: 1. Implantação e Orientação • Uso de vegetação existente e projetada para auxílio na criação de microclimas agradáveis e redução da temperatura superficial do entorno imediato. 2. Ventilação Natural • Ventilação cruzada como estratégia principal, favorecida pela geometria das plantas e aberturas em fachadas opostas. • Uso de painéis de fachada ventilada para permitir resfriamento passivo das superfícies externas do edifício. 3. Sombreamento e Proteções Solares • Brises ajustáveis foram incorporados nas fachadas mais expostas, permitindo o controle da insolação direta sem impedir a ventilação. 4. Envoltória Térmica • Uso de materiais de alta refletância nos revestimentos externos (tons claros) para minimizar o ganho térmico pela radiação solar. 5. Cobertura • Telhado verde implantado na cobertura técnica, promovendo maior isolamento térmico, retenção de água da chuva e conforto ambiental. 6. Iluminação e Uso da Luz Natural • Ambientes internos são distribuídos de modo a maximizar a captação da luz natural, principalmente nas áreas comuns e salas comerciais. 7. Recursos Sustentáveis Complementares • Placas fotovoltaicas para geração de energia limpa, suprindo parte significativa do consumo das áreas comuns. • Reaproveitamento de águas pluviais para irrigação de jardins e uso em bacias sanitárias. PRINCÍPIOS SUSTENTÁVEIS ADOTADOS Eixo da sustentabilidade adotado: Sustentabilidade Econômica O projeto será fundamentado no eixo da sustentabilidade econômica, priorizando estratégias que garantam baixo custo de operação e manutenção, longevidade dos sistemas e materiais e eficiência no uso de recursos, visando a viabilidade financeira durante a construção, o uso e a vida útil do edifício. As decisões projetuais buscam: • Redução do consumo de energia e água por meio de soluções tecnológicase arquitetônicas passivas; • Uso de materiais duráveis, de fácil manutenção e com bom custo-benefício; • Implantação de sistemas que resultem em economia a longo prazo, como iluminação LED e reuso de água; Gestão das águas: A proposta adota uma gestão racional e econômica da água, aliando baixo custo de implementação com eficiência no uso. As estratégias incluem: • Sistema de captação e armazenamento de águas pluviais para uso não potável, como irrigação do paisagismo e limpeza das áreas comuns, diminuindo os custos com fornecimento público; • Infraestrutura preparada para futura individualização da medição de água, promovendo consumo consciente por parte dos usuários e redução de despesas gerais do edifício. Gestão dos resíduos sólidos: Com foco na eficiência operacional e custos reduzidos, o projeto prevê uma gestão de resíduos prática e funcional: • Implantação de um espaço exclusivo para armazenamento temporário de resíduos, com área separada para coleta seletiva (papel, vidro, metal, plástico e orgânicos); • Localização do ponto de descarte em área de fácil acesso para coleta pública e para os usuários do edifício; • Utilização de revestimentos laváveis e ventilação adequada nesse espaço, evitando custos com manutenção frequente. Planejamento de Paisagismo Sustentável: O paisagismo do projeto será eficiente e estratégico, contribuindo com conforto térmico e valorização do edifício: • Uso de espécies nativas da região amazônica ou adaptadas ao clima local, exigindo pouca irrigação e baixa manutenção; • Aproveitamento de parte da água pluvial armazenada para irrigação simples, reduzindo o custo operacional do paisagismo. • Sombras e conforto térmico nas áreas comuns externas: Serão utilizadas árvores de médio porte para proporcionar sombreamento e redução da temperatura nas áreas de convivência, além de manter e integrar ao projeto as árvores já existentes na frente do terreno, que contribuem significativamente para o conforto térmico e a qualificação da paisagem urbana. • Valorização visual e integração com o entorno: O paisagismo também busca melhorar a paisagem urbana, promovendo continuidade com as calçadas arborizadas da região e incentivando o uso dos espaços externos pelos moradores. Recursos de Eficiência Energética: Para garantir consumo energético eficiente sem sobrecarregar os custos de implantação, o projeto incorporará soluções acessíveis com impacto direto na economia de energia: • Iluminação 100% em LED nas áreas comuns, com sensores de presença em corredores e halls; • Implantação de ventilação cruzada e aproveitamento da iluminação natural, reduzindo o uso de ar-condicionado e luz elétrica durante o dia; • Fachadas com cores claras ou materiais refletivos para minimizar a absorção de calor e o uso de climatização artificial; • Preparação técnica para futura instalação de painéis solares fotovoltaicos, caso haja investimento dos usuários ou do condomínio, otimizando a geração de energia a médio prazo. • Brises verticais e/ou horizontais nas fachadas mais expostas: Para proteção solar e redução da carga térmica.