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Resumo AP2 Educação e Trabalho
Aula 7: A política neoliberal e a contrarreforma na educação dos trabalhadores no governo
Fernando Henrique Cardoso
1. Contexto da Reforma Educacional:
• Adoção da política neoliberal durante a década de 1990.
• Justificativa da necessidade de reformas fiscais, administrativas e estruturais para superar a
crise econômica e competir no mercado globalizado.
2. Objetivos da Reforma na Educação:
• Atender às demandas do capitalismo transnacional.
• Adaptar-se às mudanças no mundo do trabalho, incluindo a precarização das relações
laborais.
3. Mudanças na Educação:
• Reformas no financiamento, currículo e gestão educacional.
• Ênfase na formação de um trabalhador "novo tipo": polivalente, adaptável e conformado
com a perda de direitos.
4. Questões Propostas:
• Qual pedagogia foi adotada para formar o trabalhador demandado pelo capital?
A pedagogia adotada para formar o trabalhador demandado pelo capital foi a pedagogia das
competências e habilidades. Essa abordagem visava desenvolver no indivíduo um conjunto de
competências que o tornassem capaz de se adaptar à sociedade do não emprego, capacitando-o a se
acostumar com contratos de trabalho por tempo determinado e/ou a buscar alternativas no mercado
informal, no trabalho autônomo, pelo empreendedorismo e/ou cooperativismo. Essa pedagogia
enfatizava a flexibilidade, adaptabilidade e capacidade de lidar com mudanças constantes, alinhadas
com as demandas do mercado de trabalho contemporâneo.
• Quais mudanças ocorreram no financiamento e gestão visando reduzir os gastos públicos?
As mudanças no financiamento e gestão visavam reduzir os gastos públicos, seguindo uma lógica
neoliberal de racionalidade financeira. Isso incluiu a descentralização dos recursos educacionais e a
promoção de parcerias público-privadas para a execução de programas de educação, como o
Programa Trabalhar e Aprender: Qualificação Profissional. Houve também uma redução na carga
horária dos cursos de qualificação profissional e um aumento na ênfase da oferta de educação
técnico-profissional simplificada e de curta duração.
• Qual o impacto dessas medidas na qualidade da educação para os trabalhadores?
O impacto dessas medidas na qualidade da educação para os trabalhadores foi negativo. A redução
dos investimentos públicos, a ênfase na formação de competências utilitaristas para o mercado de
trabalho e a falta de investimento em educação integral e cidadã contribuíram para uma educação de
qualidade inferior, mais voltada para as demandas imediatas do mercado do que para o
desenvolvimento humano integral.
• Que ações foram tomadas para melhorar a inserção dos brasileiros no mercado de trabalho?
Para melhorar a inserção dos brasileiros no mercado de trabalho, foram tomadas medidas como a
implementação de programas de qualificação profissional, como o Programa Trabalhar e Aprender:
Qualificação Profissional, e a promoção de parcerias público-privadas para oferecer cursos de
educação profissional. Além disso, houve uma ênfase na formação de competências demandadas
pelo mercado, como habilidades técnicas e comportamentais.
• Quais foram os resultados dessas medidas?
Os resultados dessas medidas foram mistos. Por um lado, houve um aumento na oferta de cursos de
qualificação profissional e uma maior ênfase na formação de competências demandadas pelo
mercado. No entanto, a qualidade desses cursos foi muitas vezes questionada, e a falta de
investimento em educação integral e cidadã levantou preocupações sobre o desenvolvimento
humano dos trabalhadores. Além disso, a ênfase na flexibilidade e adaptação ao mercado de
trabalho pode ter contribuído para uma maior precarização das condições de trabalho e uma maior
instabilidade ocupacional.
5. Desafio Adicional:
• Propor questões adicionais a partir da leitura do texto.
• Reconhecer a continuidade de aspectos da reforma educacional dos anos 90 no século XXI.
Conceitos-Chave:
• Neoliberalismo: Ideologia econômica que defende a redução da intervenção estatal na
economia e a ênfase na livre iniciativa e mercado.
• Precarização do Trabalho: Processo de deterioração das condições de trabalho, incluindo
terceirização, subcontratação e contratos temporários.
• Polivalente: Capacidade de desempenhar várias funções ou tarefas.
• Inserção Competitiva: Capacidade de um país ou trabalhador se integrar e competir no
mercado globalizado.
I. Introdução
• Contextualização da década de 1990 no Brasil, marcada pela transição democrática e crises
econômicas.
• Crescente adoção do discurso neoliberal como solução para modernização e
competitividade.
II. A Política Neoliberal e Reforma do Estado
• Descrição dos pressupostos do neoliberalismo e sua adoção no Brasil nos anos 1990.
• Principais políticas propostas pelo Consenso de Washington.
• A reforma do Estado como central para promover eficiência e competitividade.
III. Impactos do Neoliberalismo na Educação e Trabalho
• Combate ao Estado de Bem-Estar Social e suas implicações econômicas.
• Expansão da flexibilização laboral e aumento do desemprego.
• Degradação da relação homem-natureza e precarização do trabalho.
IV. Contrarreforma na Educação
• Desmonte do Estado desenvolvimentista e ataque aos direitos sociais e trabalhistas.
• Reforma do Estado e desqualificação dos serviços públicos.
• Priorização do ensino fundamental como forma de oferecer mínima qualificação para
mercado informal.
V. Focalização dos Gastos Públicos na Educação
• Criação do FUNDEF e suas limitações na correção de disparidades educacionais.
• Baixo investimento público em educação, exacerbando desigualdades regionais e
socioeconômicas.
VI. Impactos na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Profissional
• EJA e Educação Profissional como alvos da contrarreforma, voltadas para atender interesses
do capital.
• Enfoque na formação de "trabalhadores de novo tipo" flexíveis e adaptáveis ao mercado.
• Efeitos negativos da focalização de investimentos na educação básica na qualidade da EJA e
Educação Profissional.
Conceitos-Chave:
• Neoliberalismo: Ideologia econômica que preconiza a redução do papel do Estado na
economia, a privatização de serviços públicos e a livre atuação do mercado.
• Estado de Bem-Estar Social: Modelo de Estado que busca garantir o bem-estar e segurança
social dos cidadãos por meio de políticas públicas de educação, saúde e previdência.
• Contrarreforma: Processo de desmonte ou retrocesso em políticas sociais ou trabalhistas
conquistadas anteriormente, geralmente promovido por governos alinhados ao
neoliberalismo.
• Flexibilização Laboral: Política que busca flexibilizar as relações de trabalho, permitindo
formas de contratação mais precárias e adaptáveis às demandas do mercado.
• FUNDEF: Fundo criado para financiar e valorizar o ensino fundamental no Brasil,
estabelecendo critérios de distribuição de recursos entre estados e municípios.
• Educação de Jovens e Adultos (EJA): Modalidade de ensino destinada a pessoas que não
tiveram acesso ou concluíram a educação básica na idade apropriada.
• Educação Profissional: Formação técnica ou profissionalizante voltada para capacitar
trabalhadores para o mercado de trabalho em diversas áreas.
Objetivos e Metas:
• Compreender os impactos da política neoliberal na educação e no trabalho durante o
governo de Fernando Henrique Cardoso.
• Identificar as principais mudanças nas políticas sociais e educacionais decorrentes da adoção
do neoliberalismo.
• Analisar os efeitos da focalização dos investimentos na educação básica sobre a qualidade
da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Profissional.
• Conceituar e explicar os termos-chave encontrados no texto para melhor entendimento do
contexto político e educacional abordado.
Contexto da contrarreforma neoliberal na Educação deJovens e Adultos (EJA) e na Educação
Profissional:
Marcos históricos da década de 1990:
• Mudanças iniciadas no governo Collor de Melo.
• Reversão do direito à educação para todos, priorizando a população jovem.
Desresponsabilização do Estado:
• Transferência progressiva da responsabilidade para empresas e organizações civis.
• Exemplos: Programa Telecurso 2000, experiências do MST, universidades privadas, ONGs.
Legitimação pela LDB 9.394/1996:
• Não define claramente a responsabilidade pela oferta da EJA.
• Mantém conceitos da legislação militar dos anos 1970.
• Separa educação básica da formação profissional.
Educação Profissional e PLANFOR:
Adoção da agenda neoliberal:
• Dualidade estrutural do ensino: educação científico-tecnológica restrita vs. qualificação
profissional simplificada.
• Objetivo de qualificar 20% da população economicamente ativa.
Implementação do PLANFOR:
• Parceria público-privada para execução de cursos de qualificação.
• Tendência de redução de recursos e carga horária dos cursos.
Visão do Banco Mundial:
• Ênfase na formação flexível para mercado global.
• Políticas educacionais para competências empregatícias flexíveis.
Impactos e Contradições:
Desemprego e qualificação:
• Ilusão da correlação direta entre qualificação e empregabilidade.
• Cursos assistencialistas minimizam pressão social, mas não aumentam escolaridade.
Responsabilização individual:
• Transferência da culpa pelo desemprego aos trabalhadores.
• Ênfase na busca de capital humano individualmente.
Atualidade e Continuidade:
Retomada do projeto neoliberal:
• Reformas administrativas, fiscais, previdenciárias e trabalhistas.
• Implementação do novo Ensino Médio e reformulação curricular.
Reforço da subalternidade brasileira:
• Continuidade da lógica de capitalismo dependente.
• Reformas atuais seguem matriz do projeto dos anos 1990.
Conceitos chave:
• Contrarreforma neoliberal: Processo de reformulação das políticas públicas, visando redução
do Estado e maior participação do setor privado na oferta de serviços, como educação e
saúde.
• EJA (Educação de Jovens e Adultos): Modalidade de ensino voltada para pessoas que não
tiveram acesso à educação na idade apropriada.
• LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação): Legislação que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional no Brasil.
• PLANFOR (Plano Nacional de Qualificação do Trabalhador): Programa destinado a
qualificar a população economicamente ativa para inserção ou reinserção no mercado de
trabalho.
• Banco Mundial: Instituição financeira internacional que fornece empréstimos a países em
desenvolvimento para projetos de desenvolvimento econômico.
• Competências empregatícias: Conjunto de habilidades e conhecimentos necessários para o
desempenho de uma atividade profissional.
• Pedagogia das competências: Abordagem educacional que visa desenvolver no indivíduo
habilidades adaptativas para o mercado de trabalho.
• Flexibilização curricular: Estratégia que permite adaptação do currículo escolar às
necessidades do mercado e às demandas individuais dos alunos.
• Subalternidade brasileira: Condição de dependência e subordinação do Brasil em relação aos
países desenvolvidos, especialmente no contexto econômico.
• Reformas administrativas, fiscais, previdenciárias e trabalhistas: Conjunto de medidas
políticas para reestruturar e modificar o funcionamento do Estado e da sociedade em
aspectos como administração pública, tributação, previdência e relações trabalhistas.
Aula 8: Empreendedorismo, privatização e o trabalho sujo da educação
• Proposta de transformação da educação: O economista Ricardo Paes de Barros sugere que as
escolas se tornem locais de trabalho para os estudantes, permitindo que produzam e vendam
serviços para complementar a renda familiar. Essa ideia visa resolver o problema dos jovens
que precisam trabalhar durante o dia.
• Currículo flexível e empreendedorismo: O currículo escolar em São Paulo enfatiza o
empreendedorismo como forma de fortalecer o protagonismo juvenil, com disciplinas como
empreendedorismo e educação financeira. Além disso, as escolas oferecem itinerários
formativos, incluindo formação técnica e profissional em parceria com empresas.
• Habilidades socioemocionais e metodologias ativas: Programas como o Inova Educação
focam no desenvolvimento de competências socioemocionais, utilizando metodologias
ativas para aumentar a atratividade do Ensino Médio e combater a evasão escolar.
• Relação entre trabalho e educação: O texto aborda a relação entre educação e trabalho,
destacando a intensificação do trabalho precário e a influência do empresariado na educação
da juventude trabalhadora, visando à produção de mão de obra adaptável às demandas do
mercado.
• Privatização da educação e filantropia empresarial: Fundações e institutos sociais
empresariais estão cada vez mais envolvidos na gestão da educação, promovendo políticas
sociais para a juventude e influenciando as políticas educacionais.
Palavras-chave:
• Protagonismo juvenil
• Currículo flexível
• Empreendedorismo
• Habilidades socioemocionais
• Trabalho precário
• Privatização da educação
• Filantropia empresarial
Conceitos:
• Currículo flexível: Estratégia educacional que permite aos estudantes escolherem disciplinas
e itinerários formativos de acordo com seus interesses e necessidades.
• Empreendedorismo: Capacidade de identificar oportunidades e transformá-las em negócios
bem-sucedidos.
• Habilidades socioemocionais: Competências relacionadas à inteligência emocional, como
empatia, resiliência e autogestão.
• Trabalho precário: Emprego caracterizado pela falta de estabilidade, baixos salários e
poucos benefícios.
• Privatização da educação: Processo pelo qual a gestão da educação é transferida do setor
público para o setor privado, geralmente por meio de parcerias público-privadas ou
financiamento privado.
• Filantropia empresarial: Prática das empresas de dedicarem parte de seus recursos para
iniciativas sociais, geralmente visando a obter benefícios de imagem e reputação.
Protagonismo e Empreendedorismo Periférico Cultural:
• Necessidade de engajar-se totalmente na criação de empregos, não apenas em buscá-los.
• Revalorização de hobbies e paixões como profissões.
Formação de Jovens por Fundações e Institutos Sociais:
• Treinamento semelhante a processos seletivos para empregos.
• Desenvolvimento de habilidades e condutas avaliadas.
• Oportunidades de emprego temporário e voluntariado.
Conceito de Protagonismo Juvenil:
• Educação para "sobreviver na adversidade" e reproduzir esse modo de vida.
• Incitação desde cedo a viver como "projetos", aceitando trabalho precário em troca de
oportunidades.
Gestão da Pobreza e Trabalho Precário:
• Empresas e institutos sociais induzem jovens a desenvolver projetos sociais em troca de
oportunidades.
Segmentação na Educação e Privatização:
• Propostas de divisão radical na educação entre redes formais e não formais.
• Educação ao longo da vida como instrumento de controle e disciplina.
Educação como Simulacro de Trabalho:
• Ensino do empreendedorismo como forma de gestão da pobreza e disciplinamento ao
capital.
• Transformação de toda ação em trabalho ou simulacro de trabalho.
Palavras-chave:
Protagonismo Juvenil:
• Refere-se à capacidade dos jovens de assumirem um papel ativo na sociedade,
especialmente na criação de oportunidades e no desenvolvimento de projetos que impactam
suas comunidades. No texto, é abordado como uma estratégia para envolver os jovens em
atividades empreendedoras e sociais, muitas vezes em troca de oportunidades futuras.
Empreendedorismo Periférico Cultural:
• Este termo descreve a atividade empreendedora que surge em comunidades periféricas,
muitas vezes impulsionada pela cultura local e pela necessidade de criar oportunidades
econômicas onde as tradicionais são escassas. No texto,é destacado como uma forma de
reinventar hobbies e paixões como fonte de renda e de desenvolvimento pessoal.
Formação de Jovens:
• Refere-se aos programas e iniciativas destinados a capacitar e educar os jovens em diversas
áreas, preparando-os para ingressar no mercado de trabalho ou para se envolver em
atividades sociais e comunitárias. No texto, é mencionada a formação oferecida por
fundações e institutos sociais, que envolve dinâmicas de seleção e oportunidades de
emprego.
Educação ao Longo da Vida:
• Este conceito sugere que a educação não se limita apenas à fase escolar, mas é um processo
contínuo ao longo da vida, incluindo aprendizado formal e informal em diferentes estágios e
contextos. No texto, é discutido como parte da gestão da pobreza, incentivando a
participação em programas educacionais mesmo após a escola.
Gestão da Pobreza:
• Refere-se às estratégias e políticas adotadas para lidar com a pobreza em uma sociedade,
muitas vezes envolvendo programas assistenciais, treinamento de habilidades e medidas
para incentivar a autonomia financeira. No texto, é abordada como uma abordagem que usa
o trabalho precário e a educação como formas de controle social.
Trabalho Precário:
• Descreve formas de emprego caracterizadas pela instabilidade, baixos salários, falta de
benefícios e pouca segurança no emprego. No texto, é mencionado como parte das
contrapartidas oferecidas em programas de formação de jovens, muitas vezes voluntários e
mal remunerados.
Objetivos e Metas:
• Compreender o papel do protagonismo juvenil e do empreendedorismo periférico na criação
de empregos.
• Analisar a formação de jovens por fundações e institutos sociais, incluindo dinâmicas de
seleção e oportunidades de emprego.
• Investigar a relação entre gestão da pobreza, trabalho precário e educação ao longo da vida.
• Discutir a segmentação na educação e os impactos da privatização.
• Refletir sobre a educação como simulacro de trabalho e sua função na sociedade
contemporânea.
Aula 9: A uberização do trabalho docente no Brasil: uma tendência de precarização no século
XXI
Introdução:
• Desemprego no Brasil em 2019 atingiu 12,7%, com 13,4 milhões de pessoas buscando
trabalho.
• A uberização é uma tendência do trabalho no século XXI, estendendo-se aos trabalhadores
docentes do setor público.
• Destaque para as condições contratuais precárias dos professores da educação básica,
especialmente em redes públicas.
Uberização do trabalho como tendência:
• Uberização: nova forma de organização do trabalho caracterizada pela autonomização dos
contratos e pela precarização.
• Eliminação do conceito de contratação por jornada, salário como custo variável e jornadas
extensas para aumentar renda.
• Uber exerce controle sobre trabalhadores sem oferecer garantias trabalhistas, transferindo
custos e riscos para eles.
Lutas e resistências:
• Movimentos minoritários lutam contra práticas de uberização, buscando reconhecimento
legal do vínculo empregatício.
• Maioria dos trabalhadores cede a abusos trabalhistas para manter emprego.
• Uber exerce controle rígido sobre trabalhadores, manipulando sistema para benefício
próprio.
Conclusão:
• A uberização é uma forma de extração de mais-valia, baseada na precarização das profissões
e na intensificação do trabalho.
• Tendência inserida na dinâmica do capitalismo do século XXI, dificultando a reprodução do
trabalhador e forçando-o a aceitar qualquer forma de ocupação para subsistência.
Palavras-chave:
• Uberização: Tendência de organização do trabalho caracterizada pela precarização e
autonomização dos contratos.
• Precarização: Condição de trabalho caracterizada pela falta de garantias trabalhistas e baixos
salários.
• Trabalho Docente: Atividade profissional relacionada ao ensino e educação.
Este texto aborda a problemática da "uberização" do trabalho docente, especialmente na rede
pública estadual de São Paulo. Ele começa destacando a contradição entre a Constituição Federal,
que exige concursos públicos para a contratação de professores, e a realidade de muitos estados,
onde a contratação temporária é comum. O texto descreve a situação dos professores eventuais, que
são convocados apenas quando há falta de professores efetivos, sem garantia de trabalho contínuo
ou salário fixo. Destaca-se que esses profissionais não têm vínculo empregatício com o Estado,
recebendo apenas pelas aulas dadas, o que os coloca em uma situação de extrema precariedade.
Além disso, o texto discute tendências que podem agravar essa situação, como a possibilidade de
utilização de plataformas online para contratação de professores substitutos, sem vínculo
empregatício e pagos por aulas avulsas. Essas iniciativas, apresentadas como inovações para a
educação, na verdade, perpetuam a precarização do trabalho docente e ferem princípios
constitucionais e legais.
O texto alerta para o risco de que essas práticas se generalizem, substituindo os concursos públicos
e os professores efetivos por um modelo de trabalho intermitente e despersonalizado. Além disso,
destaca a possibilidade de que os professores sejam monitorados e avaliados por meio de
plataformas digitais, semelhante ao sistema de classificação do Uber, o que poderia aumentar ainda
mais a pressão sobre esses profissionais.
Em conclusão, o texto argumenta que a "uberização" do trabalho docente é uma tendência
preocupante que ameaça a qualidade da educação e a dignidade dos professores. Ele aponta para a
necessidade de resistência e mobilização contra essas práticas, buscando compreender e enfrentar os
desafios colocados pela precarização do trabalho no setor educacional.
Aula 10: A precarização do trabalho docente: o ajuste normativo encerrando o ciclo
Primeira parte do texto:
1. Introdução
• A precarização do trabalho é uma característica do capitalismo, visando acumulação de
capital ao longo da história.
• O trabalho docente sofre com a precarização, inserindo-se no contexto mais amplo do
trabalho em geral.
• Compreender a precarização implica analisar suas determinações no regime de acumulação
vigente.
2. Contexto da Precarização Intensificada do Trabalho Docente
• A acumulação flexível substitui a rígida com o avanço da base microeletrônica, levando à
flexibilização das relações de trabalho.
• A produção passa a ser definida pela demanda, resultando em automação e terceirização.
• As competências tornam-se mais genéricas e voltadas para a automação industrial, regidas
pela lógica dos arranjos flexíveis.
• Os professores também enfrentam precarização, com vínculos de trabalho substituídos por
formas terceirizadas e temporárias.
3. Projeto Pedagógico da Acumulação Flexível
• A flexibilização permeia o projeto pedagógico, refletindo-se na concepção de aprendizagem,
propostas curriculares e organização do trabalho docente.
• A aprendizagem flexível é justificada pela necessidade de atender demandas de uma
sociedade competitiva, articulando-se com as tecnologias de informação e comunicação.
• Essa concepção ganhou força durante a pandemia de Covid-19, acelerando o processo de
precarização do trabalho docente.
4. Críticas e Perspectivas
• Críticas apontam para a fragmentação, aligeiramento da formação, presentismo e
pragmatismo utilitarista da aprendizagem flexível.
• Epistemologicamente, a aprendizagem flexível se baseia em concepções pós-modernas,
negando a possibilidade de conhecimento objetivo e valorizando a prática imediata.
• Essa visão pragmática reforça o individualismo e reduz as relações sociais ao plano
individual, facilitando formas de controle pelo capital.
Conceitos-chave:
• Precarização do trabalho: processo de deterioração das condições de trabalho, com redução
de direitos e segurança.
• Acumulação flexível: substituição do modelo de acumulação rígida porum mais adaptável
às demandas do mercado.
• Aprendizagem flexível: abordagem pedagógica que enfatiza a adaptabilidade do processo de
aprendizagem às necessidades individuais e contextuais, muitas vezes mediada por
tecnologias.
• Pós-modernismo: corrente de pensamento que questiona as noções tradicionais de verdade,
objetividade e universalismo.
• Pragmatismo: filosofia que enfatiza a importância da prática e da utilidade como critérios
para determinar a validade do conhecimento.
Segunda parte do texto:
1. A Reforma da Legislação Trabalhista: A Institucionalização da Precarização do Trabalho
• A reforma da legislação trabalhista introduziu ajustes jurídico-normativos que
institucionalizaram a precarização do trabalho.
• Leis como a da terceirização e a reforma da CLT flexibilizaram as formas de contratação,
atendendo à demanda por produção flexível.
• A Lei nº 13.429/2017 permitiu a terceirização da atividade fim, estendeu contratos
temporários e não gerou vínculo empregatício com o tomador de serviço.
• A Lei nº 13.467/2017 introduziu contratos de autônomos e intermitentes, flexibilizando
direitos trabalhistas e privilegiando o negociado sobre o legislado.
• O fortalecimento da negociação coletiva esvaziou os sindicatos, enfraquecendo a proteção
dos trabalhadores.
2. A Precarização do Trabalho Docente no Regime de Acumulação Flexível: Espaços para o
Enfrentamento?
• A precarização do trabalho docente se intensifica no contexto da acumulação flexível.
• A flexibilização das formas de contratação responde à demanda por competências
diferenciadas nas cadeias produtivas.
• A mercantilização da formação docente se amplia com a flexibilização das diretrizes
curriculares e a expansão da educação a distância.
• A função do professor é reduzida à produção de conteúdos e tutoria, em detrimento de sua
intervenção pedagógica decisiva.
• A pandemia intensificou essa precarização, com o ensino remoto se tornando uma realidade
cada vez mais presente.
• Os processos pedagógicos mediados pela tecnologia não atendem igualmente a todos os
alunos, reforçando a exclusão educacional.
• A superação da precarização requer a retomada da categoria práxis e a compreensão
histórica do materialismo, para reconstruir teoria e prática.
Conceitos-chave:
• Terceirização: prática de transferir atividades de uma empresa para outra.
• Flexibilização: adaptação das relações de trabalho às demandas do mercado.
• Negociado sobre o legislado: priorização de acordos coletivos sobre as leis trabalhistas.
• Práxis: integração entre teoria e prática na transformação social.
• Materialismo histórico: abordagem que analisa a história e o desenvolvimento do
capitalismo.

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