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GERENCIAMENTO DE ENFERMAGEM EM CENTRO 
CIRÚRGICO E OS INTEGRANTES DA EQUIPE 
MULTIDISCIPLINAR
Prof. Dr. Marco Aurélio Ramos 
de Almeida
GESTÃO DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
O trabalho em saúde e de enfermagem, seja qual for a área 
específica de execução, não produz bens a serem comercializados ou 
estocados, e sim serviços que são consumidos no ato de sua produção, 
isto é, no momento em que a assistência é prestada, seja ela coletiva ou 
individual.
No CC, além do alto nível de complexidade, agrega fatores 
causadores de estresse no trabalho, principalmente nas inter-relações 
setoriais e profissionais. Riscos químicos, biológicos e a ansiedade dos 
pacientes e profissionais são causadores de tensão, isso torna a elevado 
a responsabilidade do enfermeiro que gerencia o CC.
GESTÃO DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
O enfermeiro deve estar 
preparado para providenciar 
condições referentes: à estrutura 
física, adequação de recursos 
humanos, materiais, de informação, 
e financeiros, necessários ao 
processo de (cuidar, gerenciar, 
ensinar e pesquisar).
PERFIL PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO DE CC
Para desempenhar com 
eficácia o seu papel e o 
desenvolvimento do processo 
administrativo-assistencial, o 
enfermeiro do CC deve incorporar 
o saber de diferentes ciências: 
(humanas, sociais, biológicas, 
administrativas) e um saber 
próprio da profissão que se 
encontrar em constante 
transformação e atualização. Transplante cardíaco
PERFIL PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO DE CC
Sendo assim, fica entendido 
o contexto em que se encontra o 
enfermeiro de CC e o quanto ele 
deve se preparar em relação à 
responsabilidade de investir em 
sua própria educação e de sua 
equipe, pois, a obsolescência de 
conhecimento frente às contínuas 
mudanças mercadológicas e 
tecnológicas, pode comprometer os 
objetivos institucionais, além de 
expor o paciente a riscos. Cirurgia Robótica
TIPOS DE LIDERANÇA
Liderar em enfermagem é 
mais do que administrar pessoas, 
orçamentos e tempo; é também 
saber compreender as pessoas e 
persuadi-las, em vez que as 
coagir; trata-las com respeito e 
saber se comunicar nas linguagens 
da enfermagem e da 
administração. Entre os diferentes 
tipos de liderança, cabe ao 
enfermeiro escolher o que melhor 
se aplica às diversas situações 
vivenciadas no seu cotidiano. 
TIPOS DE LIDERANÇA
Os estilos de liderança mais conceituados são:
 Autocrática: tipo de liderança que cria um ambiente 
estruturado em recompensa e castigo com ênfase na produção 
(foco na chefia).
 Democrática: as decisões são tomadas após discussão em 
equipe e as tarefas são planejadas após posição do líder e 
concordância do grupo (foco na equipe – líder e liderados).
TIPOS DE LIDERANÇA
 Liberal: estilo onde a equipe toma as decisões com 
participação mínima do líder, que só atende as necessidades do 
grupo quando requisitado (foco na equipe - liderados).
 Situacional: estilo que se adapta a de forma dinâmica a 
diferentes situações e momentos.
 Coaching: líder com características de treinar sua equipe 
extraindo os talentos individuais, orientando, motivando e 
estimulando sua equipe. Tem grande capacidade de persuasão.
QUE TIPO DE LIDERANÇA VOCÊ EXERCERIA?
AUTOCRÁTICA 
(foco no chefe)
DEMOCRÁTICA 
(foco no líder e 
na equipe)
LIBERAL
(foco na equipe)
SITUACIONAL
(foco nas 
situações e 
maturidade dos 
profissionais)
COACHING
(foco nas 
pessoas e nos 
resultados)
TRABALHO SOB PRESSÃO
As principais características de um 
profissional resiliente resumem-se em um 
posicionamento como corresponsável ou 
peça-chave para o alcance dos resultados; 
adaptabilidade às mudanças, às situações 
de estresse, de ansiedade; à aceitação dos 
desafios; da autoconfiança, da autoestima; 
da criatividade e da capacidade de 
inovação, com capacidade para a solução 
de problemas.
Resiliência: termo utilizado na física que designa a propriedade pelo 
qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida, 
como um elástico.
CONFLITO E NEGOCIAÇÃO
A competência na solução de conflitos depende da identificação 
dos motivos que o geraram:
 O conflito é essencialmente de interesses;
 O conflito é formulado no sistema social e presente na 
dinâmica da sociedade, trazido para a organização pelo 
trabalhador;
 O conflito aparece sob forma de desajustes nos benefícios 
decorrentes dos contratos de trabalho ou de sua precarização.
Ao identificar os motivos do conflito, o enfermeiro pode atuar 
como negociador, transformando a situação de conflito em solução 
negociada.
A PRÁTICA DO ENFERMEIRO DE CC
No CC o papel do enfermeiro decorre, 
basicamente, em sua permanência em tempo 
integral, de sua capacidade de estabelecer 
relações formais e não formais, de estreita 
ligação com as equipes profissionais, pacientes e 
familiares, constituindo um elo entre os 
diferentes níveis organizacionais.
O enfermeiro, ora desempenha papéis 
terapêuticos na assistência prestada ao 
paciente, ora desempenha papel instrumental e 
técnico, que corresponde às atividades 
administrativas da organização de trabalho 
(hospital).
Como conciliar a assistência 
ao paciente com o 
gerenciamento do setorial?
DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL 
E CAPACITAÇÃO DA EQUIPE
Considerando que o CC é uma 
unidade altamente especializada e 
tecnologicamente avançada, onde há 
pacientes em estado crítico e situações de 
estresse constante para a equipe, os 
pacientes e suas famílias, dois aspectos são 
importantes: o dimensionamento adequado
do pessoal e a capacitação contínua da 
equipe.
DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL E CAPACITAÇÃO DA EQUIPE
O dimensionamento de pessoal pode ser calculado pelo grau de 
dependência do paciente em relação à equipe de enfermagem, 
conforme propõe o COFEN, ou por meio do cálculo de pessoal de CC 
baseado na estrutura (especialidade/modalidade) do serviço e na 
carga de trabalho, ou seja, o tipo de o número de trabalhadores varia 
de acordo com a especialidade. Por exemplo, cirurgia ortopédica, 
cirurgia oncológica, cirurgia cardíaca. Esse último método é o proposto 
pela SOBECC.
Independente do cálculo utilizado, é sabido que a aplicação de 
um modelo assertivo contribui para uma melhor assistência, levando à 
melhoria da produtividade.
RECURSOS HUMANOS E 
ATRIBUIÇÕES INDIVIDUAIS
Para que o CC seja organizado, é 
necessário que as pessoas trabalhem juntas
para alcançar objetivos comuns, como 
prestar assistência de qualidade aos 
pacientes e suas famílias.
O trabalho em equipe deve ser 
respeitoso e harmonioso entre os membros 
da equipe e entre a equipe e os pacientes. 
Isso ajuda a garantir uma assistência eficaz 
durante o ato anestésico-cirúrgico.
RECURSOS HUMANOS E 
ATRIBUIÇÕES INDIVIDUAIS
São três as equipe que mais atuam no 
CC: equipe de médicos cirurgiões, equipe de 
anestesiologistas e a equipe de 
enfermagem.
A equipe de enfermagem é composta 
por: enfermeiro gerente, supervisor e 
assistencial. Os técnicos de enfermagem 
(circulante da SO) e o instrumentador 
cirúrgico completam a equipe.
CIRURGIÃO TITULAR - ATRIBUIÇÕES
Ser o principal responsável pelo ato cirúrgico, qualificar 
e supervisionar o médico assistente, decidir as técnicas 
empregadas durante o procedimento cirúrgico;
Avaliar situações de segurança do ambiente hospitalar e 
praticar o ato cirúrgico apenas quando estiverem 
asseguradas as condições para sua realização;
Participar do checklist cirúrgico no seguintes momentos: 
antes da incisão da pele (Timeout), e ao término da 
cirurgia, ou antes do paciente sair da SO (Sign-out);
Responsabilizar-se integralmente pelo ato cirúrgico 
incluindo: planejamento, comando, ordem e harmonia 
durante o ato operatório.
CIRURGIÃO ASSISTENTE - ATRIBUIÇÕES
Providenciar que chegue à SO, os exames de imagem, 
de laboratório, além do prontuário do paciente;
Colaborar com o instrumentador na montagem da mesa 
e no pedido de materiais ao circulante da sala;
Assim como o cirurgião titular, participar do checklist
cirúrgico no seguintes momentos: Timeout e Sign-out;Fazer antissepsia da pele do paciente de acordo com a 
solicitação do cirurgião;
Auxiliar o cirurgião no ato cirúrgico, exercendo 
atividades delegadas;
Substituir o cirurgião responsável em caso de 
necessidade.
ANESTESIOLOGISTA – ATRIBUIÇÕES (PARTE 1)
Realizar visita pré-anestésica, conhecendo as condições 
clínicas do paciente e decidindo sobre a realização ou 
não do ato anestésico de modo autônomo;
Conferir o funcionamento de materiais e equipamentos 
necessários à anestesia, antes do procedimento;
Manter vigilância do estado neurológico, hemodinâmico 
e respiratório do paciente, verificar e registrar SSVV 
durante o ato anestésico-cirúrgico;
ANESTESIOLOGISTA – ATRIBUIÇÕES (PARTE 2)
Participar da realização do checklist cirúrgico, no 
primeiro momento, ou seja, antes da indução anestésica 
(Sign-in);
Permanecer com o paciente na SO até a liberação da 
SRPA, caso o leito não esteja disponível;
Responsabilizar-se pelos critérios de alta do paciente 
durante sua permanência na SRPA, junto com o 
enfermeiro da recuperação.
INSTRUMENTADOR 
CIRÚRGICO
A instrumentação cirúrgica não é 
reconhecida como uma profissão no Brasil. 
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) a 
caracteriza como uma especialidade para 
profissionais com formação básica na área 
da saúde. O instrumentador cirúrgico pode 
ser contratado pelo cirurgião responsável e 
fazer parte da equipe cirúrgica, ou ser 
funcionário do hospital e integrar a equipe 
de enfermagem, subordinado ao 
enfermeiro responsável pelo CC.
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO – ATRIBUIÇÕES
Conferir os materiais e equipamentos necessários ao ato 
cirúrgico;
Reconhecer os instrumentos cirúrgicos por seus nomes e 
acomodá-los sobre a mesa, de acordo com sua 
utilizações nos tempos cirúrgicos;
Conferir gazes, compressas e agulhas juntamente com o 
circulante de sala antes do fechamento da ferida 
operatória;
Auxiliar no curativo após a cirurgia e encaminhar o 
material utilizado à CME.
EQUIPE DE ENFERMAGEM
Como já referido, a equipe de 
enfermagem é composta por enfermeiros 
(gerentes, supervisores e assistenciais), 
técnicos e auxiliares de enfermagem, 
instrumentador e, em alguma instituições, 
pelo auxiliar administrativo, que está sob 
responsabilidade do enfermeiro do CC.
O enfermeiro é o profissional 
capacitado tanto para exercer a função 
gerencial quanto a a função assistencial, que 
envolve o ato anestésico-cirúrgico.
EQUIPE DE ENFERMAGEM
Ainda sobre o enfermeiro, de 
maneira ampla, tem suas ações voltadas 
para coordenação, ensino, assistência e 
pesquisa.
Assim, as ações a seguir serão 
descritas conforme o cargo que o enfermeiro 
ocupa de acordo com as recomendações da 
SOBECC - Associação Brasileira de 
Enfermeiros de Centro Cirúrgico, 
Recuperação Anestésica e Centro de 
Material e Esterilização.
ENFERMEIRO SUPERVISOR
De acordo com a Associação Norte 
Americana de Enfermeiros do Centro Cirúrgico 
(AORN), as habilidades necessárias para que o 
enfermeiro gerencie a unidade de CC incluem:
• Planejar: determinar antecipadamente o que 
deve ser feito;
• Organizar: definir quando e em que sequência 
o trabalho deve ser realizado;
• Executar: aplicar força humana ao trabalho;
• Controlar: verificar se o trabalho foi concluído;
• Avaliar: revisar o cuidado prestado.
ENFERMEIRO SUPERVISOR
A SOBECC divide as atribuições do 
enfermeiro supervisor entre: atividades 
relacionadas ao funcionamento da unidade, 
atividades técnico-administrativas, atividades 
assistenciais e atividades administrativas de 
pessoal.
A seguir, veremos as principais atribuições 
do enfermeiro supervisor.
ENFERMEIRO SUPERVISOR – ATRIBUIÇÕES (PARTE 1)
Participar de reuniões de gerenciamento das equipes 
multiprofissionais e da própria equipe de enfermagem do 
CC;
Planejar as ações de atuação da equipe de enfermagem;
Participar e elaborar instrumentos administrativos como 
normas, rotinas e procedimentos do setor;
ENFERMEIRO SUPERVISOR – ATRIBUIÇÕES (PARTE 2)
Colaborar com a Comissão de Controle de Infecção 
Hospitalar (CCIH), sendo parte integrante e atuante na 
prevenção de infecções dos pacientes e da equipe;
Zelar pelo bom relacionamento interpessoal das equipes 
multidisciplinares;
Participar do planejamento e treinamento das atividades 
de educação continuada da equipe de enfermagem;
ENFERMEIRO SUPERVISOR – ATRIBUIÇÕES (PARTE 3)
Realizar a avaliação de desempenho dos integrantes da 
equipe de enfermagem conforme as normas estabelecidas 
pela instituição;
Participar no processo de seleção integração e 
treinamento admissional de novos funcionários;
Prever e prover materiais, equipamentos e recursos 
humanos para realização do ato cirúrgico com segurança 
para o paciente e as equipes que atuam no CC;
ENFERMEIRO SUPERVISOR – ATRIBUIÇÕES (PARTE 4)
Desenvolver e implementar a Sistematização da 
Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP) junto ao 
paciente e sua família;
Controlar a dinâmica da equipe de enfermagem quanto à 
presença, atrasos, faltas e licenças;
Elaborar escalas mensais e diárias das atividades dos 
funcionários;
ENFERMEIRO SUPERVISOR – ATRIBUIÇÕES (PARTE 5)
Participar do planejamento de reformas e/ou na 
construção da planta física do setor.
Participar da elaboração e implementação do Programa 
de Cirurgia Segura e supervisionar a realização do 
Timeout em todos os procedimentos;
Realizar e implementar pesquisas, proporcionando base 
científica para atuação no CC;
ENFERMEIRO ASSISTENCIAL – ATRIBUIÇÕES 
(PARTE 1)
Prever o prover o CC de recursos humanos e materiais 
necessários (consignados)* para o atendimento das SO;
Elaborar o plano de cuidado de enfermagem para o 
período transoperatório e supervisionar sua 
implementação;
Supervisionar as ações dos profissionais da equipe de 
enfermagem;
ENFERMEIRO ASSISTENCIAL – ATRIBUIÇÕES 
(PARTE 2)
Orientar a desmontagem das SO e o encaminhamento 
dos materiais à CME;
Orientar montagem e a distribuição dos materiais e 
equipamentos em SO;
Realizar a escala de atividades diárias ou semanais 
para os funcionários;
ENFERMEIRO ASSISTENCIAL – ATRIBUIÇÕES 
(PARTE 3)
Aplicar o SAEP, incluindo visitas pré e pós-operatórias, 
recepção dos pacientes no CC, checagem dos impressos, 
identificação do paciente e exames pré-operatórios;
Manter o ambiente seguro, tanto para o paciente quanto 
para a equipe multiprofissional, observando os fatores 
de risco para contaminação;
Priorizar o atendimento aos pacientes, conforme o grau 
de complexidade e dependência clínica e cirúrgica;
ENFERMEIRO ASSISTENCIAL – ATRIBUIÇÕES 
(PARTE 4)
Auxiliar no posicionamento do paciente para realização 
do ato anestésico-cirúrgico e utilizar as proteções 
adequadas;
Auxiliar o anestesiologista durante o início do ato 
anestésico (caso a instituição não disponha de um 
auxiliar de anestesia);
Realizar checklist cirúrgico dos três momentos: Sign-in, 
Timeout e Sign-out;
ENFERMEIRO ASSISTENCIAL – ATRIBUIÇÕES 
(PARTE 5)
Prestar assistência à equipe e ao paciente, checando 
resultados dos exames laboratoriais, quando realizados 
no período transoperatório;
Certificar-se do posicionamento correto de dispositivos 
como sondas, drenos, cateteres, placa dispersiva do 
bisturi elétrico e outros específicos;
Realizar procedimentos de sondagem vesical, sondagem 
gástrica, punção venosa, curativos ao término da cirurgia 
ou quando solicitado;
ENFERMEIRO ASSISTENCIAL – ATRIBUIÇÕES 
(PARTE 6)
Informar as condições do paciente ao enfermeiro 
responsável por meio da passagem de plantão.
Realizar registro de anotações e evolução de 
enfermagem no prontuário do paciente;
Conferir junto com o circulante de sala, o 
acondicionamento da peça cirúrgica e seu registro para 
encaminhamento ao laboratório de anatomia patológica;
MATERIAL CONSIGNADO
*Consignação: ato de obter um 
produto junto ao seu fornecedor e pagar 
pelo mesmo somente mediante 
informação de uso, existindo ainda a 
possibilidade de devolução do item a 
custo zero se não for utilizado. Os 
produtosconsignados tem como 
características: alto custo, especificidade, 
baixo e esporádico consumo.
CIRCULANTE DE SO
Atualmente, técnicos de enfermagem 
atuam em áreas críticas, como o CC, 
realizando atividades de maior 
complexidade conforme a Lei n. 7.498/87. 
Em SO, essas atividades podem ser 
realizadas por auxiliares de enfermagem, 
pois são comuns a ambos. Técnicos e 
auxiliares colaboram com o enfermeiro 
assistencial.
CIRCULANTE DE SO
A SOBECC recomenda que 
atividades específicas que envolvam 
procedimentos anestésico-cirúrgicos 
complexos sejam realizadas, 
preferencialmente, pelo enfermeiro 
assistencial ou, na falta deste, pelo 
técnico de enfermagem, com 
conhecimentos técnicos-científicos 
especializados para tais.
CIRCULANTE DE SO – ATRIBUIÇÕES (PARTE 1)
Prover a SO com recursos adequados à necessidades do 
paciente segundo as especificidades de cada 
intervenção anestésico-cirúrgica;
Seguir as orientações descritas no plano assistencial do 
enfermeiro e providenciar os materiais e equipamentos 
a serem utilizados durante o ato anestésico-cirúrgico;
Estar ciente das cirurgias marcadas no mapa cirúrgico 
da SO sob sua responsabilidade;
CIRCULANTE DE SO – ATRIBUIÇÕES (PARTE 2)
Receber o paciente na SO, quando essa atividade não 
puder ser realizada pelo enfermeiro assistencial, bem 
como verificar os exames e impressos no prontuário;
Montar a SO segundo o agendamento cirúrgico e 
programação feita pelo enfermeiro;
Testar o funcionamento do sistema de gases, 
equipamentos e materiais a serem utilizados nos 
procedimentos anestésico-cirúrgicos;
CIRCULANTE DE SO – ATRIBUIÇÕES (PARTE 3)
Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica e utilizar 
corretamente as técnicas assépticas para abertura de 
materiais estéreis;
Controlar a temperatura e iluminação da SO 
considerando as necessidades do paciente e da equipe 
cirúrgica;
Auxiliar a transferência do paciente da maca para a 
mesa cirúrgica, assim como o posicionamento, 
procurando manter a privacidade e a permeabilidade 
de cateteres e sondas;
CIRCULANTE DE SO – ATRIBUIÇÕES (PARTE 4)
Prestar assistência ao paciente e à equipe durante todo 
o ato anestésico-cirúrgico, não se ausentando da SO, a 
não ser em casos estritamente necessários;
Solicitar a presença do enfermeiro assistencial 
responsável pela SO, quando houver situações 
imprevistas ou de emergência;
Na ausência do enfermeiro, auxiliar o anestesiologista 
na indução e na reversão do procedimento anestésico;
CIRCULANTE DE SO – ATRIBUIÇÕES (PARTE 5)
Encaminhar o paciente para a devida unidade, com 
privacidade e segurança, tomando cuidados pertinentes 
com drenos, sondas e cateteres, mantendo o paciente 
aquecido e com grades elevadas;
Realizar o controle do débito dos materiais utilizados 
em SO;
Assim como os outros membros da equipe cirúrgica, 
realizar checklist cirúrgico dos três momentos: Sign-In, 
Timeout e Sign-out);
CIRCULANTE DE SO – ATRIBUIÇÕES (PARTE 6)
Manusear corretamente os equipamentos e zelar pelo 
seu devido uso.
Manter a ordem no ambiente de trabalho e realizar as 
limpezas específicas da SO (preparatória**, 
operatória***, concorrente e terminal) conforme rotina 
institucional e normas do SCIH;
Após o procedimento cirúrgico, desmontar a SO, 
encaminhar materiais contaminados à CME e 
providenciar a limpeza com a equipe de higiene;
TIPOS ESPECÍFICOS DE LIMPEZA 
EM CENTRO CIRÚRGICO
** Limpeza preparatória: realizada 
antes da primeira cirurgia do dia, antes 
do início da montagem da SO. 
*** Limpeza operatória: realizada 
durante o procedimento cirúrgico, quando 
há contaminação do chão com matéria 
orgânica.
AUXILIAR ADMINISTRATIVO
Em algumas instituições, o auxiliar 
administrativo fica sob responsabilidade do 
enfermeiro. Sua função é executar procedimentos 
administrativos específicos da área, sendo também 
chamado de escriturário ou secretário da unidade.
AUXILIAR ADMINISTRATIVO - ATRIBUIÇÕES
Prestar apoio no 
atendimento ao paciente e 
familiares;
Colaborar para manter a 
unidade e os prontuários 
em ordem;
Realizar atendimento 
telefônico;
Fazer requisições de 
materiais de consumo da 
unidade;
Protocolar peças enviadas 
à anatomia patológica;
Fazer agendamento 
cirúrgico por telefone ou 
informatizado e auxiliar o 
enfermeiro a organizar o 
mapa cirúrgico.
COMO VOCÊ ORIENTARIA UM FUTURO 
CIRCULANTE DE SO DO CENTRO CIRÚRGICO EM 
QUE VOCÊ ATUA?
OS VÍDEOS A SEGUIR TÊM O OBJETIVO DE DEMONSTRAR A 
DINÂMICA DO TRABALHO DO CIRCULANTE DE SO COM O 
INTUITO DE ELUCIDAR AS RESPONSABILIDADES DO 
ENFERMEIRO COMO LÍDER DA EQUIPE DE ENFERMAGEM.
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BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, R.; BIANCHI, E. R. F. (Orgs.) 
Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação. 
2. ed. São Paulo: Manole, 2016.
POSSARI, J. F. Centro de Material e Esterilização: 
planejamento, organização e gestão. 4. ed. São 
Paulo: Iátria, 2010.

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