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Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com CONTEÚDO DISPONÍVEL Ortodontia - TOTAL DE: 45 PÁGINAS 1. Introdução à Ortodontia – 2 Páginas; 2. Etiologia das Maloclusões – 7 Páginas; 3. Classificação das Maloclusões – 5 Páginas; 4. Hábitos Bucais – 4 Páginas; 5. Mordida Cruzada – 6 Páginas; 6. Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial – 5 Páginas; 7. Mordida Aberta – 5 Páginas; 8. Extração Seriada – 4 Páginas; 9. Cefalometria – 7 Páginas. PROIBIDO A VENDA E DIVULGAÇÃO DO MATERIAL, ALÉM DE NÃO SER PERMITIDO POSTAR O MESMO EM PLATAFORMAS ONLINE COMO “PASSEI DIRETO”, POR EXEMPLO. O SEU MATERIAL VEM COM SUA IDENTIFICAÇÃO, NOME COMPLETO E CPF, SENDO ASSIM UMA FORMA DE PROTEGER O MATERIAL E NÃO CIRCULAR SEUS DADOS NA INTERNET. DESDE JÁ, AGRADEÇO A COMPREENSÃO, @RESUMODONTOLOGIA! Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre - 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à Ortodontia - @resumodontologia Página 1 Ortodontia – 8º Semestre - 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à Ortodontia Ortodontia: Ortodontia é o ramo da odontologia relacionado com o estudo do crescimento do complexo craniofacial, com o desenvolvimento da oclusão e com o tratamento das anomalias dentofaciais; Ao pé da letra, significa o alinhamento dos dentes e conformação do paciente; O objetivo vai ser diagnosticar, reconhecer e indiciar precocemente os pacientes para uma provável ortodontia; Tipos: Ortodontia Preventiva: Conjunto de procedimentos efetuados para impedir a instalação de uma maloclusão; Orientação: o Higienização; o Restauração de dentes comprometidos; o Acompanhar o desenvolvimento/cronologia da erupção dentária. Hábitos Intrínsecos: o Deglutição atípica; o Fonação atípica; o Repouso da língua; o Interposição lingual; o Interposição. Hábitos Extrínsecos: o Mamadeira; o Chupeta; o Dedo; o Objeto; o Postura. Respiração Bucal: o Mudanças de feição no crescimento facial. Ortodontia Interceptativa: Conjunto de procedimentos efetuados para impedir a progressão de uma maloclusão constatada e, se possível, corrigindo-a; Intervenção de um problema de maneira precoce; Manutenção do Espaço: o Procedimento preventivo, feito para manter o espaço após ter perdido um dente; Recuperação/Controle de Espaço: o Utilizamos o recuperador de espaço. Mordida cruzada deve ser tratada para não gerar uma assimetria esquelética Mordida aberta pode ser interceptada e gerar o transpasse vertical. Ortodontia Corretiva: Alinhamento dos dentes e correção da oclusão – dentição permanente: o Correção de erros esqueléticos – cirurgia; o Estética e perfil são prioridade; o Processo corretivo. Tipos de força: Forças Mecânicas: Produzidas pelo próprio aparelho; Forças Funcionais: Produzidas pela musculatura, principalmente durante a deglutição sendo transferidas às arcadas através de algum tipo de aparelho. Campos de atuação: Más oclusões dentárias; Displasia do crescimento craniofacial; Problemas sintomático-funcionais da neuromusculatura buco-maxilo-facial e das ATMs. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre - 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à Ortodontia - @resumodontologia Página 2 Consequências prováveis: Comprometimento estético; Comprometimento na eficiência mastigatória; Maior predisposição a problemas periodontais e às cáries; Disfunções crânio-mandibulares; Distúrbios fonéticos. Grampos Ortodônticos: Grampos Passivos: Retenção vestibular; Retenção interproximal; Grampo gota; Grampo circunferencial; Grampo de Adams; Grampo de Hawley. Grampos Ativos: Helicoidal (Mola). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MOYERS, R.E. Ortodontia. Trad. Martins, D.R. 3a ed. PROFFIT, W.R. Ortodontia Contemporânea. Pancast Editorial Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Etiologia das Maloclusões - @resumodontologia Página 1 Ortodontia - 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Etiologia das Maloclusões As maloclusões têm origem multifatorial: Influencia no desenvolvimento dos MAXILARES; 1 em cada 4 indivíduos apresentam má oclusão; Evolução do Homem (escala filogenética); Desenvolvimento Craniofacial; Hábitos Alimentares e Sociais; Miscigenação Racial. Teoria da Redução Terminal da Face Humana: O processo evolutivo proporcionou a redução do tamanho da face e dos maxilares devido às mudanças alimentares ao longo do tempo – redução da quantidade de alimentos sólidos; Desta forma o espaço para acomodar todos os dentes torna-se limitado; Consequentemente o último dente de cada série tende a desaparecer (3º Molar, 2º Pré- molar e Incisivo Lateral) Esse processo possui caráter hereditário: Primeiro os antecessores apresentaram dentes com forma anômala; Depois, alguns sucessores já não mais possuíram esses dentes. Mudanças alimentares: Fator contribuinte para a “involução” da face; Ocorreu a transição de alimentos duros e fibrosos à alimentos pastosos, necessitando de menor participação da musculatura e, com isso, comprometendo o crescimento e desenvolvimento da face; O esforço da musculatura facial é importante para o desenvolvimento dos maxilares. Histórico: Salzmann (1996): Classificou as Maloclusões em pré-natais e pós-natais; Graber (1966): Dividiu em 2 grupos: intrínsecos ou locais & extrínsecos ou gerais; Classificação mais usada e mais fácil didaticamente. Moyers (1979): Usou a “Equação Ortodôntica” ou “Equação Dockrell” para interpretar a etiologia das maloclusões; CAUSAS --- atuam em um ---> TEMPO --- sobre ---> TECIDOS --- produzindo ---> EFEITOS. Equação ortodôntica para interpretação da etiologia da má oclusão; Representa uma expressão concisa do desenvolvimento de todas as deformidades dentofaciais; Etiologia dos Problemas Ortodônticos: Durante o processo de diagnóstico é necessário identificação da causa do problema, já que esta é multifatorial. Classificação de Graber: 1. Extrínsecos ou Gerais: Agem à distância; Muitas vezes durante a formação do indivíduo. 2. Intrínsecos ou Locais: Fatores mais diretamente relacionados a cavidade bucal; Mais controlado pelo ortodontista. 1. EXTRÍNSECOS OU GERAIS: 1.1. Hereditariedade: Influência Racial Hereditária: o Miscigenação racial; Em populações raciais homogêneas (grupo geneticamente puro) quase não se observa má oclusão; Já em populações miscigenadas, ocorre o aumento das más oclusões; o Má oclusão de classe II e III tem componente genético na sua etiologia. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Etiologia das Maloclusões - @resumodontologia Página 2 Tipo Facial Hereditário: o Braquifaciais: A largura facial predominando sobre a altura; Tendência a sobremordida profunda; o Dolicofaciais: A altura facial predomina sobre a largura; Tendência à mordida aberta; o Mesofaciais: Características intermediárias entre braquifacial e dolicofacial. 1.2. Moléstia ou Deformidades Congênitas: Lábios Leporinos ou Fendas Palatinas: o Caracteriza-se pela falta de fusão entre os processos palatinos e/ou segmentos que formam o lábio superior e comprometem invariavelmente a arcada superior em maior ou menor extensão de acordobucal em crianças; Os indivíduos que tiveram obstrução crônica podem continuar a respirar principalmente pela boca, mesmo após a ocorrência do alívio desta obstrução. Neste caso, a respiração bucal pode, muitas vezes, ser considerada um hábito. Características: o Apresenta mordida cruzada devido ao estreitamento encontrado na maxila; o Apresenta mordida aberta anterior devido à falta de pressão no lábio superior sobre os incisivos, e os dentes abertos para facilitar respiração; o Palato ogival, pois a pressão negativa do ar entrando pela cavidade bucal, ao invés de entrar pelo nariz, faz com que o palato cresça para cima, provocando desarmonias oclusais e apinhamento, devido à atresia do arco; o Mento retraído. f) Macroglossia verdadeira: Devido ao volume aumentado da língua, há uma pressão maior sobre os dentes, podendo ocorrer problemas oclusais; Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma cirurgia pra redução desse músculo. g) Anquilose e anormalidades na erupção: Dentes anquilosados, principalmente posteriores, são fatores etiológicos para o aparecimento de mordida aberta posterior; Esses dentes apresentam-se em infraoclusão e, durante a oclusão, não se tocam, abrindo a mordida posteriormente. h) Alterações anatômicas e na tonicidade dos músculos peribucais e linguais: Tais alterações levam ao desequilíbrio entre as forças, o que pode causar má oclusões. 4) DIAGNÓSTICO a) Análise facial: Observar a proporção entre os terços da face; Nível de exposição dos incisivos inferiores; Espaço interlabial; Perfil do paciente; Vedamento labial; Altura facial anterior inferior (AFAI). b) Avaliação cafalométrica; c) Avaliação dentária com exame clínico e de modelos. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 – Mordida Aberta - @resumodontologia Página 4 5) LOCALIZAÇÃO a) Mordida aberta anterior: Presença de um trespasse vertical negativo existente entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores; Consiste em uma discrepância no sentido vertical, o que a torna mais difícil de ser corrigida e seus resultados finais mostram- se menos estáveis; Apresenta um prognóstico que varia de bom a deficiente, dependendo de sua gravidade idade ou hoje a ela associada; Frequente na população infantil. b) Mordida aberta posterior: Envolve molares e pré-molares; Pode estar associada a fatores como acesso à vertical da maxila, padrão esquelético, anomalias da erupção dentária, interposição lingual, anquilose dentária e hiperplasia condilar; Caracteriza-se por dentes em infraoclusão e subdesenvolvimento dos processos dentoalveolares nos segmentos posteriores, provocando problemas estéticos e funcionais; O tratamento convencional implica aparatologia fixa bimaxilar e elásticos intermaxilares, de modo a obter extrusão dentária na região da mordida aberta; Em casos graves, a mecânica de tratamento é a cirurgia ortognática. 6) CLASSIFICAÇÃO a) Mordida aberta dentária: Normalmente associada a hábitos bucais deletérios; Apresentam um padrão de crescimento vertical normal; Incisivos na maioria das vezes protruídos, dentes anteriores infraoclusão por deficiência vertical alveolar e altura molar levemente excessiva; Mais comum em crianças com dentadura mista; Pode apresentar remissão espontânea, e 75% 80% regridem sem a necessidade de tratamento. b) Mordida aberta esquelética: Presença de distúrbios dentoalveolares; Discrepância na base do crânio, mandíbula e maxila; Os hábitos atuam como fatores agravantes; Os distúrbios miofuncionais orofaciais seriam adaptações à condição morfológica alterada; Caracterizam-se pela rotação no sentido anti-horário do processo palatino; Associada a um aumento da altura facial anteroinferior, com um ângulo goníaco aumentado e um ramo mandibular encurtado. 7) TRATAMENTO Modificar o comportamento para eliminar hábitos anormais; Movimentação ortodôntica através da extrusão de dentes anteriores ou intrusão de molares; Tratamento ortodôntico convencional com ou sem extrações dentárias; Tratamento ortodôntico associado aos dispositivos de ancoragem temporária; Tratamentos ortodônticos associados à cirurgia ortognática. a) Terapia miofuncional: Utilizada para a correção dos hábitos e consiste em exercícios para reeducar a musculatura orofacial na deglutição, fonação e posição postural de descanso. b) Aparelhos: Esporões linguais; AEb de tração alta; SN3, BIMLER C-Type; Aparelhos fixos; Quadri-hélice; Cirurgia Aparelhos ortopédicos; Grade palatina removível; Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 – Mordida Aberta - @resumodontologia Página 5 Grade palatina fixa: o Com disjuntor; o Com expansor. c) Terapia coadjuvante: Psicologia; Otorrinolaringologia; Fonoaudiologia. Conclusão: O tratamento precoce da mordida aberta proporciona melhores condições funcionais e estéticas, podendo ser feito nas fases dentição decídua, mista e permanente; O tratamento precoce pode prevenir desarmonias ósseas severas e evitar intervenções cirúrgicas de maior complexidade; Eliminando-se todos os seus fatores etiológicos, a estabilidade da correção aumenta significativamente devido à manutenção do equilíbrio entre as estruturas do sistema estomatognático; Para o tratamento mais eficaz é necessária a atuação multidisciplinar entre o ortodontista, o otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo, os quais, após a avaliação, irão encaminhar o paciente para os especialistas das demais áreas (psicologia pediatria e fisioterapia), caso seja pertinente. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Extração Seriada - @resumodontologia Página 1 Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Extração Seriada 1) APINHAMENTO DENTÁRIO Definição: Diferença negativa entre o espaço presente no arco e o espaço requerido para o alinhamento. Causas: Variam desde aspectos hereditários até fatore ambientais como a perda prematura de dentes decíduos. Tratamento: Desgaste interproximal; Expansão dos arcos dentários; Extração seriada. 2) EXTRAÇÕES SERIADAS O programa de extrações seriadas é definido como um método interceptativo de tratamento ortodôntico no período de dentição mista; Consiste em extrações de dentes decíduos e permanentes, em sequência ordenada, com intervalos de tempos que variam individualmente; Tem a finalidade de harmonizar um determinado volume dentário em bases ósseas insuficientes; Em muitas crianças com apinhamento severo pode ser tomada a decisão durante o início da dentição mista que a expansão dos arcos não será proveitosa e que alguns dentes permanentes deverão ser extraídos para fornecer espaço para os outros; Uma sequência planejada de remoção dos dentes pode reduzir o apinhamento e a irregularidade durante a transição da dentição decídua para a permanente. Também irá permitir que os dentes erupcionem sobre o alvéolo e através de tecido queratinizado, ao invés de serem deslocados para vestibular ou lingual; Esta sequência, chamada normalmente de extração seriada, simplesmente envolve a extração programada dos dentes decíduos e, por último, dos permanentes para aliviar o apinhamento severo; A extração seriada é direcionada para o apinhamento dental severo. Por esta razão é mais bem utilizadaquando não há problema esquelético e a discrepância de espaço é grande — maior que 10 mm por arco. Histórico: Angle considerava as extrações seriadas como uma técnica perniciosa; O ortodontista deveria se desdobrar para tratar as maloclusões sem extrair nenhum dente; Hoje as extrações são corriqueiras e, quando bem indicadas, se tornam um aliado importante para o bom andamento do caso; Angle em 1907 relata que as extrações podem sim apresentar vantagens quando bem indicadas e planejadas e retifica que: “o tempo certo para iniciar o tratamento ortodôntico é aquele mais próximo do aparecimento do problema”; Kjellgren (1954) foi o primeiro pesquisador a instituir o procedimento de extração seriada; Dewel (1954) foi o primeiro a preconizar uma sequência, nomeando-a “sequência de extrações no arco deficiente”; Brodie (1954) afirma que o caminho que leva às extrações seriadas é complexo e o plano de tratamento deve ser individualizado e adequado para cada caso; o Em ortodontia não existe receita. Em 1959 foi definido por Newman os principais objetivos da extração seriada: 1. Diminuir a evolução do problema dento alveolar; 2. Evitar o trauma psicológico da criança; 3. Encurtar o tempo de tratamento. Robert Bunoni (1943) foi o primeiro profissional a descrever a técnica, sugerindo a extração dos caninos decíduos seguidas dos 1ºs pré-molares; Fox (1803) sugeriu a mesma sequência, seguida dos molares permanentes; Newman (1959) relatou que o objetivo principal a extração seriada era diminuir a Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Extração Seriada - @resumodontologia Página 2 evolução do problema, evitando o trauma psicológico da criança e encurtando o tempo de tratamento no futuro; Mayne (1975) também descreveu a técnica como uma alternativa de evitar o desenvolvimento de uma maloclusão na dentição permanente; McNamara (1993) diz que não podemos deixar de fazer uma análise do desenvolvimento esquelético, muscular ou dentário de uma criança com dentição mista, para percebermos o intuito da realização deste programa de extrações seriadas. 3) SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO Sistema esquelético: Deve ser avaliado o tamanho das estruturas basais dos maxilares e suas relações entre si para avaliar a necessidade das extrações seriadas; Um fator importante para o prognóstico na evolução esquelética é nível de maturação avaliado na radiografia de mão e punho; Nos casos de classe I, a extração seriada é mais bem sucedida: o Pacientes portadores de Classe I, com boa harmonia entre o sistema ósseo e muscular, são ideais para a extração seriada. Sistema muscular: A musculatura é a forma primária que possibilita o posicionamento dos dentes em erupção; Auxilia no alinhamento e reposicionamento dos dentes já erupcionados. Sistema dental: a) Classificação de Baume: Tipo I: o Apresenta diastemas nos anteriores; o Mais favorável para erupção dos sucessores permanentes. Tipo II: o Não possui os diastemas; o Arco mais desfavorável, pois facilita o apinhamento dos sucessores. b) Espaços primatas: Na maxila: entre incisivos laterais e caninos; Na mandíbula: entre caninos e 1ºs molares. c) Relação distal dos segundo molares decíduos: O plano terminal guia a erupção do molar permanente (Classe I, II ou III). d) Estágio de Nolla: 0 – Ausência da cripta; 1 – Presença da cripta; 2 – Início da calcificação; 3 – 1/3 da formação da coroa; 4 – 2/3 da formação da coroa; 5 – Coroa quase completa; 6 – Coroa completa (erupção); 7 – 1/3 da formação da raiz; 8 – 2/3 da formação da raiz; 9 – Raiz quase completa e ápice aberto; 10 – Raiz completa e ápice fechado (encerra erupção). Se o dente decíduo for extraído após o permanente ter iniciado os movimentos ativos de erupção (estágio 6 de Nolla), o permanente irromperá precocemente; Se o dente decíduo for extraído antes do permamente ter iniciado os movimentos ativos de erupção, provavelmente sua erupção irá atrasar. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Extração Seriada - @resumodontologia Página 3 e) Perímetro do arco dental: Mais importante das dimensões dos arcos dentais; O perímetro do arco mandibular diminui em relação a arcada maxilar, que aumenta em função da inclinação vestibular dos incisivos permanentes; Segundo Mayne, a natureza ajuda no posicionamento dos incisivos superiores permanentes, diminuindo discrepâncias existentes através de quatro formas: 1. Aumento da distância intercaninos de 3 a 4mm; 2. Espaços interdentários de 2 a 3mm; 3. Posição mais anterior dos incisivos permanentes ao fazerem sua erupção: 3mm; 4. Variações favoráveis na relação de tamanho entre os incisivos decíduos e permanentes. 4) ANÁLISE DA DENTADURA MISTA ER = distância mesiodistal de cada dente; EP = perímetro do arco. Discrepância positiva: ER EP. Para extração seriada é necessário haver discrepância negativa de 5mm em cada hemiarco. 5) TÉCNICA DE EXTRAÇÃO SERIADA a) Indicações: Pacientes com dentição mista; Má oclusão de Classe I de Angle, bilateral; Bom perfil facial e com discrepância dentoalveolar; Relação esquelética craniofacial em equilíbrio nos sentidos anteroposterior vertical e mesiolateral com discrepância de tamanho de dente; A discrepância deve ser de no mínimo 5 mm em cada quadrante; Não deve haver mordida aberta ou sobremordida; Deve haver ausência de diastema fisiológico na dentição decídua; O perfil deve ser reto ou levemente convexo. b) Contraindicações: Má oclusão classe I com leve apinhamento; Má oclusão classe III; Classe II divisão II; Ausências congênitas de dentes; Diastemas inter-incisivos; Mordidas abertas severas; Quando não é possível aplicar ortodontia corretiva com aparelhagem fixa após as extrações. c) Fases da extração seriada: 1ª fase: REVERSÍVEL: o Extração dos caninos decíduos; o Extração dos 1ºs molares decíduos. 2ª fase: IRREVERSÍVEL: o Extração dos 1ºs pré-molares. 1. Extração dos caninos decíduos: Ocorre entre 8 e 9 anos; Finalidade de permitir a erupção e alinhamento dos incisivos laterais; A posição do incisivo lateral corrigido previne a migração mesial dos caninos. 2. Extração dos 1ºs molares decíduos: Ocorre entre 9 e 10 anos; O objetivo é influenciar os primeiros pré- molares permanentes a erupcionarem antes dos caninos, então eles podem ser extraídos e os caninos podem se movimentar distalmente nesse espaço; Os pré-molares superiores geralmente erupcionam antes dos caninos, então a sequência de erupção raramente é um problema no arco superior. No arco inferior os caninos geralmente erupcionam antes dos primeiros pré molares, o que provoca o deslocamento dos caninos para vestibular. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Extração Seriada - @resumodontologia Página 4 Para evitar este resultado, os primeiros molares decíduos devem ser extraídos após os primeiros pré-molares terem ultrapassado o estágio 6 de Nolla (coroa completamente formada). Isto irá geralmente acelerar a erupção do pré- molar e causar sua entrada no arco antes do canino; Pode ocorrer uma complicação se o primeiro molar decíduo for extraído cedo e o primeiro pré-molar não erupcionar antes do canino. Isto pode levar à impacção do pré-molar, o que requersua posterior remoção cirúrgica; A forma coronária convexa dos segundos molares decíduos pode interferir na erupção do primeiro pré-molar. 3. Extração dos 1ºs pré-molares: Só deve ser realizado após nova avaliação diagnóstica; Finalidade de permitir ao canino irromper distalmente no espaço criado pela extração. 6) TÉCNICA DE EXTRAÇÃO SERIADA – TWEED 1. Extração dos 1ºs molares decíduos: Realizado até os 8 anos, mantendo os caninos decíduos no arco; Diminuição da inclinação lingual exagerada dos incisivos; Diminuição da sobremordida; Diminuição da concavidade do perfil; Não se preocupa com apinhamento anterior. 2. Extração dos 1ºs pré-molares e caninos decíduos: Exodontia quando eles chegam ao nível gengival e é extraído junto com os caninos decíduos; Vai ocorrer o alinhamento anterior e os caninos permanentes vão erupcionar. a) Imperfeições deixadas pela extração seriada: Diastemas; Giroversões; Mordida cruzada; Verticalização das raízes dos caninos e segundo pré-molar. b) Vantagens: Melhora na estética; Diminuição do tempo de uso do aparelho fixo no futuro; Melhora a higiene com a dissolução do apinhamento; Reduz a má oclusão ocasionada por discrepância dentoalveolar; A técnica pode facilmente ser utilizada em pacientes com problemas psíquicos. c) Desvantagens: Inclinação lingual dos incisivos inferiores; Sobremordida; Aumento da curva de spee. Considerações Finais: Não há uma única orientação da técnica; Raramente proporcionam relações oclusais ideais; Necessita de tratamento após a fase de extrações; Há ainda que se ter em mente que se deve individualizar o tratamento às características da má-oclusão presente na criança; A técnica é uma aliada para interceptação de maloclusões. Independente da técnica e sequência das extrações, o mais importante será um diagnóstico correto, pois de este não for feito corretamente, os resultados podem ser desastrosos. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 4 – Cefalometria - @resumodontologia Página 1 Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 4 – Cefalometria Estuda as mudanças de feição no crescimento facial; Realiza as análises: 1. Esquelética; 2. Dentária; 3. Perfil. Para obtenção da radiografia, é necessário o uso do cefalostato, no qual permite que o paciente fique imóvel durante a realização do exame; Esse aparelho possui duas olivas que se encaixam no ouvido do paciente e uma parte anterior que se encaixa na região da glabela. Objetivos: Estudar as telerradiografias de frente ou de perfil, determinando pontos, planos e ângulos, a partir de reparos ósseos pré- estabelecidos, para estudar as modificações pelo crescimento e desenvolvimento craniofacial ou a magnitude das anomalias a serem tratadas. Importância: Estudo do crescimento craniofacial; Diagnóstico das desarmonias dentárias e craniofaciais (classe II e III esquelética, assimetrias, etc); Avaliação dos casos tratados; Predição do tratamento ortocirúrgico; Comunicação dos objetivos pretendidos. Radiografias: Telerradiografia frontal – PA; Telerradiografia de perfil; 45°. TRAÇADO CEFALOMÉTRICO A análise cefalométrica é realizada a partir de reparos ósseos pré-estabelecidos e por meio de: 1. Pontos; 2. Linhas; 3. Planos; 4. Ângulos. 1) ESTRUTURAS DO TRAÇADO a) Sela turca b) Corpo do esfenoide c) Fissura ptérigo-maxilar Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 4 – Cefalometria - @resumodontologia Página 2 d) Pório e) Posicionador auricular do cefalostato f) Ossos frontal e nasal g) Órbita e processo zigomático h) Maxila e dentes superiores i) Mandíbula e dentes inferiores j) Sínfise mandibular k) Contorno do perfil mole Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 4 – Cefalometria - @resumodontologia Página 3 2) ANÁLISE DE TWEED a) Pontos S – Sela tuca N – Sutura frontonasal Po – Ponto superior da superfício do pório Or – Órbita A – Concavidade maior da maxila B – Concavidade maior da mandíbula Pg – Pogônio (parte mais convexa da mandíbula) Pg’ – Parte mais convexa do perfil mole Me – Sai do mento para o início do corpo da mandíbula. b) Planos A união dos planos forma um triângulo e a soma dos ângulos é igual a 180o. Plano horizontal de Frankfort: o União do Po com Or: Pório Or. Plano mandibular: o União do Me com a porção inferior da mandíbula. Mento Mandíbula (porção inferior). Longo eixo do incisivo inferior: o Linha vertical que passa pelo incisivo inferior: c) Ângulos Ângulo IMPA: o Formado pela linha do incisivo com o plano mandibular; o Angulação: 90o (+/- 2 o); Se o ângulo estiver aumentado, o incisivo está vestibularizado; Se o ângulo estiver diminuído, o incisivo está lingualizado. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 4 – Cefalometria - @resumodontologia Página 4 Ângulo FMA o Formado pelo plano de frankfort com o plano mandibular; o Angulação: 25o (+/- 2 o); Se o ângulo estiver aumentado, a mandíbula rotacionou no sentido horário – maior crescimento vertical da mandíbula; Se o ângulo estiver diminuído, a mandíbula rotacionou no sentido anti-horário – maior crescimento horizontal da mandíbula. Ângulo FMIA o Formado pelo plano de frankfort com a linha do incisivo; o Angulação: 65o (+/- 2 o); o Inversamente proporcional com o IMPA (se o IMPA aumenta, o FMIA diminui e vice versa); Se um aumentar e o outro continuar normal, o plano de frankfort é que está alterado. d) Triangulo diagonal facial IMPA + FMA + FMIA = 180° 3) ANÁLISE DE STEINER a) Pontos: S – Sela S N – Násio Ponto A Ponto B Ponto D (sínfise) Pog – Pogônio Gn – Gnátio Go – Gônio b) Planos e linhas Plano mandibular Plano oclusal Longo eixo do ICS Longo eixo do ICI Linha Sela-Násio – SN Linha Násio-A – NA Linha Násio-B – NB Linhas Násio-D – ND Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 4 – Cefalometria - @resumodontologia Página 5 c) Ângulos Ângulo SNA: o União entre os pontos: S (sela turca), N (násio) e A (concavidade maior da maxila); o Intersecção no N (násio); o Angulação: 82o (+/- 2 o); Se o ângulo estiver aumentado, a maxila está protruída; Se o ângulo estiver diminuído, a maxila está retruída. Ângulo SNB: o União entre os pontos: S (sela turca), N (násio) e B (concavidade maior da mandíbula); o Intersecção no N (násio); o Angulação: 80o (+/- 2 o); Se o ângulo estiver aumentado, a mandíbula está protruída; Se o ângulo estiver diminuído, a mandíbula está retruída. Ângulo ANB: o Obtido pela subtração entre SNA e SNB; SNA – – SNB = 2o (+/- 2o). o Se o ângulo estiver aumentado, paciente Classe II esquelética; Se o ângulo estiver diminuído (ângulo negativo), paciente Classe III esquelética. Ângulo Inc Sup-Na: o União entre a linha do incisivo superior com a NA (násio - concavidade maior da maxila); o Angulação: 22o (+/- 2o); Se o ângulo estiver aumentado, o incisivo está vestibularizado; Se o ângulo estiver diminuído, o incisivo está lingualizado. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 4 – Cefalometria - @resumodontologia Página 6 Distância Inc Sup-NA: o Distância da bossa do incisivo superior até a linha NA (násio - concavidade maior da maxila); o Distância: 4mm; Se a distância estiver aumentada, o incisivo está protruído; Se a distância estiver diminuída, o incisivo está retruído. Ângulo Inc Inf-NB: o União entre a linha do incisivo inferior com a NB (násio - concavidade maior da mandíbula); o Angulação: 25o (+/- 2 o); Se o ângulo estiver aumentado, o incisivo está vestibularizado; Se o ângulo estiver diminuído, o incisivo está lingualizado. Distância Inc Inf-NB: o Distância da bossa do incisivo inferior até a linha NB (násio - concavidade maior da mandíbula); o Distância: 4mm; Se a distância estiver aumentada, o incisivo está protruído; Se a distância estiver diminuída, o incisivo está retruído. d) Avaliação de tecidos moles Linha S: o Linha que vai da parte mais convexa da base do nariz até o Pog’ (pagônio – parte mais convexa do perfil mole); o Serve para avaliar a posição dos lábios (superior e inferior). Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 4 – Cefalometria - @resumodontologia Página 7 Considerações Finais: A radiografia cefalométrica é um instrumento de grande valor no diagnóstico, planejamento e avaliação do tratamento ortodôntico, bem como no estudo do crescimento e desenvolvimento do complexo craniofacial; A cefalometria conferiu precisão à ortodontia, mas não se pode ser usada como método único para estabelecer a etiologia, diagnóstico e plano de tratamento, embora seja um instrumento valioso. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.comcom o tipo de fissura; o Prevalência: 1 para cada 650 mil indivíduos; o Fissuras de palato são mais frequentes e mais graves/extensas no sexo feminino devido ao dimorfismo sexual: O palato secundário de embriões femininos se fecha numa velocidade mais lenta que os embriões masculinos; No embrião masculino, durante a 7ª semana de vida intrauterina enquanto no sexo feminino, este período coincide com a 8ª semana de vida intrauterina. Classificação de acordo com a localização (referência anatômica: forame incisivo); o Grupo I: Envolve somente o Palato Primário; Varia desde fissura cicatricial no lábio superior até um rompimento completo do palato primário envolvendo o lábio superior, rebordo alveolar, assoalho da fossa nasal, terminando na região do forame incisivo. Podem ser: - Unilaterais: direita, esquerda (completa/incompleta); - Bilaterais (completa / incompleta); - Medianas (completas / incompletas). o Grupo II: Fissura Trans-Forame Incisivo; Fissuras que englobam o lábio superior e o palato em toda a sua extensão. Todos possuem má oclusão; Podem ser: - Unilaterais: direita/esquerda; - Bilaterais. o Grupo III: Fissuras Pós-Forame Incisivo; Pouco comprometimento estético; Envolvimento anatômico limita- se à região posterior; Podem ser: - Total (Palato duro e mole); - Parcial (Somente palato mole). o Grupo IV: Fissuras Oblíquas; Fissuras Transversais; Fissuras Lábio Inferior. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Etiologia das Maloclusões - @resumodontologia Página 3 o Características: A. Fissura Pré-Forame Unilateral Incompleta; B. Fissura Pré-Forame Bilateral Incompleta; C. Fissura Pré-Forame Unilateral Completa; D. Fissura Pré-Forame Bilateral Completa E. Fissura Transforam Unilateral; F. Fissura Transforame Bilateral; G. Fissura Pós-Forame Completa; H. Fissura Pós-Forame Incompleta. Paralisia Cerebral: o Hipotonia por causa de uma falta de comando correto; o Essa hipotonia leva ao desequilíbrio das forças necessárias para o correto desenvolvimento do terço inferior da face: Crescimento vertical excessivo; Extrusão dos dentes superiores; Mordida aberta superior. Disostose Cleidocraniana: o Hipoplasia da clavícula; o Retrusão maxilar; o Protrusão mandibular; o Erupção tardia dos permanentes; o Frequência de supranumerário; o Hipoplasia do cemento. Sífilis Congênita: o A principal manifestação oral são os dentes de Hutchinson: Dentes em forma de chave de fenda ou molares em amora; Torcicolo: o Causado pela atrofia do esternocleidomastóideo; o Leva a: Assimetrias faciais; Desvio da linha média dental; o Restringe o crescimento da mesma forma que uma cicatriz; Febres Exantematosas: o Rubéola, catapora, sarampo e escarlatina podem afetar o desenvolvimento dos dentes; o Hipoplasia do esmalte; o Erupção retardada; 1.3. Meio Ambiente: Influência Pré-Natal: o Posição intrauterina do feto; o Fibromas uterinos; o Rubéola e uso de drogas; o Dieta e metabolismo materno. Influência Pós-Natal: o Ingestão de antibióticos; o Lesões traumáticas ao nascer; o Fratura de côndilo; o Tecido cicatricial por queimadura; o Anquilose condilar. 1.4. Ambiente Metabólico e Enfermidades Predisponentes: Poliomielite; Distrofia muscular; Endocrinopatias da hipófise, tireóide e paratireoide. Variam de acordo com o excesso ou carência de metabolismo dos hormônios produzidos pelas glândulas; Disfunções Endócrinas causam: o Hipoplasia dos dentes; Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Etiologia das Maloclusões - @resumodontologia Página 4 o Retardamento ou aceleração do crescimento; o Distúrbios no fechamento das suturas, na erupção e na reabsorção dos dentes decíduos; Hipotireoidismo: o Cretinismo: Arco Dental diminuído; Macroglossia; Retardo no período da erupção e no desenvolvimento da dentina e da raiz; Hipoplasia do esmalte; Erupção retardada. Hipoparatireoidismo: o Podem causar interferência na mineralização das raízes dentais; o Raízes curtas; o Esmalte alterado. 1.5. Deficiência Nutricional: São capazes de produzir distúrbio na amelogênese: o Distúrbios nutritivos com carência proteica; o Deficiência de ácidos graxos; o Carência de vitaminas e minerais. Fatores Nutricionais: o Falha nutritiva nas crianças em crescimento e desenvolvimento, provoca um retardo dos centros de ossificação; o Deficiência de vitamina A, B, C, D, Riboflavina e Iodo: contribui para as más formações esqueléticas e dentárias. 1.6. Endocrinopatias: Relacionados às glândulas tireoide, paratireoide e hipófise; Variam de acordo com o excesso ou carência de metabolismo dos hormônios produzidos pelas glândulas. 1.7. Enfermidades Sistêmicas: Febres agudas, infecções crônicas, paralisias cerebrais, distrofias musculares quando presentes na fase de crescimento e desenvolvimento podem expressar alterações na cavidade bucal. 1.8. Hábitos e Pressões Anormais: Hábitos de Sucção de Dedo e Chupeta: o A sucção dos dedos, língua e lábios é uma atitude instintiva dos mamíferos; o Ao nascimento, o bebê apresenta a função de sucção completamente desenvolvida; o A percepção bucal é meio de comunicação da criança com o meio exterior; o O ato de sugar traz sentimento de conforto, segurança e satisfação emocional; o No caso de impossibilidade de amamentação materna, é recomendado o uso mamadeira com bico ortodôntico pois o orifício de saída do alimento é reduzido, exigindo que o bebê succione de modo muito semelhante à amamentação no peito. Bico Convencional X Bico Ortodôntico Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Etiologia das Maloclusões - @resumodontologia Página 5 Causas adquiridas proximais – Hábitos Bucais: o Uma oclusão normal é construída com base no: Equilíbrio entre as bases ósseas, a musculatura adjacente e a musculatura intra e extrabucal; Engrenamento dos arcos dentários, ou seja, proporção correta entre maxila e mandíbula; Posicionamento dentário; Função normal dos músculos do sistema estomatognático. o Mecanismo do Bucinador: Equilíbrio de forças entre a língua, os lábios e as bochechas sobre os dentes e as estruturas ósseas. Considera-se normal a sucção de dedo ou chupeta no início do desenvolvimento infantil; A oposição dos pais ao hábito de sucção, geram consequências psicológicas; À medida que a criança começa a desenvolver outros meios de comunicação externa, acaba por abandonar o hábito de sucção; A persistência do hábito a partir da dentadura mista, com a irrupção dos incisivos permanentes, constitui um potente fator etiológico das más oclusões; O dedo e a chupeta, durante a sucção, interpõem-se entre os incisivos superiores e inferiores, restringindo a irrupção destes dentes, enquanto os dentes posteriores continuam a desenvolver-se no sentido vertical. o Uso de chupeta: Mordida aberta, de forma circular e bem circunscrita. o Sucção Digital: Inclinação dos incisivos superiores para vestibular, surgindo diastemas entre eles, com os incisivos inferiores inclinados para lingual. Outros fatores relacionados à sucção digital: - Respiração Bucal: - Retrognatismo mandibular; -Musculatura labial superior hipotônica; - Atresia do palato; - Interposição lingual;- Calo ósseo na região do polegar; - Assimetria anterior; - Atresia do arco superior; -Musculatura labial inferior hipertônica; - Prognatismo maxilar. 1.9. Postura: Uma postura inadequada pode ser causa de más oclusões; A projeção do pescoço para frente tende a levar a um retrognatismo mandibular e uma protrusão maxilar. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Etiologia das Maloclusões - @resumodontologia Página 6 1.10. Acidentes e Traumatismo podem causar: Descoloração do esmalte; Hipoplasia do esmalte; Dilaceração coronária; Má formação semelhante a um odontoma; Duplicação de raiz; Dilaceração radicular; Interrupção na formação da raiz; Desaparecimento de todo o germe dental; Impactação do dente permanente; Erupção ectópica prematura ou tardia. 1.11. Acidentes e Traumatismo. 2. INTRÍNSECOS OU LOCAIS: 2.1. Anomalias de Número: Anadontias e supranumerários; Possuem origem hereditária; Associada a deformidades congênitas (displasia ectodérmica/Disostose cleidocraniana); Dentes supranumerários e agenesias (associam-se a evolução humana); 2.2. Anomalias de Forma: Macrodontia; Microdontia; Dentes conóides; Talon Cusp ou Cuspide de Garra; Fusão; Geminação; Geminação e Fusão 2.3. Freios Labiais e Mucosa: Freio Labial Superior: o Consiste em uma lâmina fibrosa de tecido conjuntivo com forma triangular; o Nos recém nascidos o freio estende-se desde o lábio superior até inserir-se na papila lingual, cruzando o rebordo alveolar; o Durante o desenvolvimento da oclusão: A inserção do freio paulatinamente desloca-se para a superfície vestibular do processo alveolar, alcançando as proximidades do limite mucogengival. 2.4. Perda prematura de dentes decíduos: Leva à mesialização dos dentes posteriores, distalização dos dentes anteriores e extrusão dos antagonistas. A associação desses fatores reduz o espaço para os dentes permanentes, instalando- se uma má oclusão. 2.5. Via de erupção anormal: Possíveis causas: o Rizólise tardia; o Anquilose do dente decíduo; o Agenesia do sucessor permanente; o Distúrbios endócrinos. 2.6. Anquilose: Frequência entre 6 e 12 anos; Causa: o Lesão, que ocasiona alterações no ligamento periodontal com formação de uma ponte óssea unindo o cemento e a lâmina dura. 2.7. Cárie Dental: Interproximais: o Responsáveis pela redução do comprimento do arco dentário; No geral, as cáries provocam a extração prematura de dentes decíduos; A incidência de cárie no Brasil ainda é a maior responsável pelo aumento do número de más oclusões. 2.10. Outros fatores: Retenção prolongada de dentes decíduos; Erupção tardia dos dentes permanentes; Restaurações Inadequadas; Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Etiologia das Maloclusões - @resumodontologia Página 7 2.11. Diagrama representativo dos 3 fatores etiológicos básicos das más oclusões: OBS.: Fatores extrínsecos podem causar problemas intrínsecos. Estes fatores estão associados. O que seria a oclusão perfeita? Oclusão normal: Complexo constituído pelos dentes, maxila e mandíbula, e em posição normal dos planos inclinados dos dentes, em harmonia com suas bases ósseas e forças musculares, apresentam pontos de contatos proximais e inclinações axiais corretas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MOYERS, R.E. Ortodontia. Trad. Martins, D.R. 3a ed. PROFFIT, W.R. Ortodontia Contemporânea. Pancast Editorial Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Classificação das Maloclusões - @resumodontologia Página 1 Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Classificação das Maloclusões Histórico: Edward H. Angle, cuja influência começou a ter destaque por volta de 1890, foi responsável por grande parte do desenvolvimento de um conceito de oclusão na dentição natural; O estabelecimento da classificação da má oclusão de Angle na década de 1890 foi um passo importante no desenvolvimento da ortodontia não somente porque ela subdividiu os principais tipos de má oclusão, mas também porque foi a primeira definição clara e simples de oclusão normal em uma dentição natural; O postulado de Angle afirmava que os primeiros molares superiores eram a chave da oclusão e que os molares superiores e inferiores deveriam se relacionar de modo que a cúspide mesiovestibular do molar superior ocluísse no sulco vestibular do molar inferior; Se os dentes estivessem dispostos em uma curva suave de oclusão, e esta relação de molar existisse então se teria como resultado uma oclusão normal; As classificações não servem como sistema de diagnóstico ou para determinar prognóstico; Além disso, não define tratamento. Importância das classificações: Reunir um grupo de casos clínicos para facilitar a manipulação e a discussão; Facilita a referência; Serve de comparação; Facilita a autocomunicação; Organização: Simplicidade; Clareza; Praticidade; Precisão; Ser completa. Importante que a classificação seja feita de forma completa. Linha de oclusão: Relacionamento oclusal e interarcos quando a posição dos molares está estabelecida; Maxila: A linha passa pela fossa central de cada molar superior e através do cíngulo dos caninos e incisivos superiores. Mandíbula: A linha passa pelas cúspides vestibulares e bordas incisais dos dentes inferiores. Tipos de Face: Braquicefálico: Possui rosto largo e musculatura facial hipertônica; Em caso de mordida aberta devido ao uso de chupeta, a reversão pode ser feita apenas com a interrupção do hábito até os 3 anos, devido à força da musculatura. Dolicocefálico: Possui rosto longo e musculatura facial hipotônica; A reversão natural de problemas oclusais em decorrência de hábitos bucais é mais difícil devido à força reduzida da musculatura. Mesocefálico: Proporções medianas; Corresponde à maior parte da população. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Classificação das Maloclusões - @resumodontologia Página 2 Classificação de Angle: Maloclusão é um termo mais expressivo e abrangente que envolve cúspides, coroas, raízes, arcadas entre si, músculos, lábios e harmonia facial; O sistema de Angle é baseado nas relações anteroposteriores dos maxilares um com o outro; A teoria dele é que o primeiro molar superior permanente está invariavelmente na posição correta – constância da posição do 1º molar permanente; Classificação estritamente dentária; Os caninos auxiliam na classificação. A classificação de Angle tem quatro classes: 1. Oclusão normal; 2. Má oclusão Classe I; 3. Má oclusão Classe II; 4. Má oclusão Classe III. A oclusão normal e a má oclusão Classe I compartilham a mesma relação molar, mas diferem na disposição dos dentes em relação à linha de oclusão; A linha de oclusão pode ou não estar correta nas Classes II e III. Classificação de Angle Vantagens Críticas - Tradicional; - Prática; - Simples; - Clara; - Popular. - Não considera as discrepâncias num plano vertical ou transversal; - Baseada na posição dos 1ºs molares superiores; - Puramente dentária. Princípios básicos: O corpoda mandíbula e seu correspondente arco dentário devem ocupar na anatomia craniana uma posição; Os primeiros molares permanentes superiores ocupam uma posição fixa e definida em relação à anatomia craniana; Se houver modificação na posição dos primeiros molares superiores esta se evidenciará pela mudança das inclinações axiais da arcada superior, principalmente dos caninos; Uma oclusão normal deve possuir: Overjet e overbite adequados: 1 a 2 mm; Ausência de giroversões; Presença de chave de molares e caninos. CLASSES: ANGLE CLASSE I (neutroclusão): Cúspide mesiovestibular do 1º molar superior oclui no sulco mesiovestibular do 1º molar inferior; Há harmonia entre as arcadas, isto é, comprimento do osso da maxila compatível com o comprimento da mandíbula. Características: Cúspide mesiovestibular do 1º molar superior oclui no sulco mesiovestibular do 1º molar inferior (neutroclusão). Perfil facial: normalmente é reto, mas pode ser convexo (biprotrusão); Tipo facial: normalmente é mesocefálico; Ausência de problemas esqueléticos; Pequenos desvios dentários: o Desvios do ponto de contato; o Apinhamento; o Giroversões; o Desarmonia do alinhamento. Quando os incisivos estão vestibularizados o perfil do paciente será convexo. Etiologia: Perda prematura dos decíduos; Retenção prolongada; Dentes supranumerários; Freios labiais; Caninos inclusos e biprotrusão. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Classificação das Maloclusões - @resumodontologia Página 3 Classe I – biprotrusão: Incisivos vestibularizados = perfil convexo; ANGLE CLASSE II (distoclusão): Características: Cúspide mesiovestibular do 1º molar superior oclui na vertente distal do 2º pré- molar inferior (distoclusão). Relação distal da mandíbula em relação à maxila; Angle Classe II – 1ª DIVISÃO: Características: o Overjet acentuado; o Overbite exagerado; o Curva de Spee acentuada; o Arcos estreitos; o Palato profundo; o Hiperatividade do músculo mentoniano; o Associado a respiração bucal; o Perfil facial: convexo; o Tipo facial: dolicocefálico; o Ausência de problemas esqueléticos; o Lábio superior curto; o Incisivos a mostra; o Base do nariz estreita; o Mandíbula para trás; Etiologias: o Sucção do lábio inferior; o Sucção do dedo polegar; o Respiração bucal; o Falta de crescimento da mandíbula; o Crescimento exagerado do maxilar Angle Classe II – 2ª DIVISÃO: Características: o Incisivos centrais bem verticalizados; o Incisivos laterais superiores a frente dos centrais; o Overjet menor que a classe I; o Overbite exagerado; o Curva de Spee plana; o Apinhamento anterior superior; o Arcos amplos e achatados na região anterior (inclinação para lingual); o Perfil facial: reto ou levemente convexo; o Tipo facial: normalmente braquicefálico; o Falta de harmonia anteroposterior; o Boa competência labial. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Classificação das Maloclusões - @resumodontologia Página 4 Etiologias: Falta de crescimento anteroposterior da mandíbula; Crescimento alterado, levando ao deslocamento da maxila pra baixo e para frente. Angle Classe II - SUBDIVISÕES: Quando a distoclusão ocorre apenas de um lado do arco, por exemplo: o Classe II (divisão 1) do lado direito e classe I do lado esquerdo: - Classe II, divisão 1ª, subdivisão direita. o Classe II (divisão 2) do lado esquerdo e classe I do lado direito: - Classe II, divisão 2ª, subdivisão esquerda. 1º molar inferior relaciona-se mesialmente com o superior; Há uma relação mesial da mandíbula com a maxila. ANGLE CLASSE III (mesioclusão): 1º molar inferior relaciona-se mesialmente com o superior; Há uma relação mesial da mandíbula com a maxila. Característica: Sobremordida exagerada ou mordida aberta; Perfil facial: normalmente côncavo; Tipo facial: pode ser braquicefálico, dolicocefálico ou mesocefálico; Subdivisão: Quando a mesioclusão ocorre apenas de um lado do arco, por exemplo: o Classe III do lado direito e classe I do lado esquerdo - Classe III subdivisão direita. CLASSIFICAÇÃO DE LISCHER: Além das relações dos arcos classificou as posições dentárias; Classifica a situação de cada dente de acordo com o desvio apresentado; Referência: linha de oclusão; Nomenclatura: [direção do desvio dentário (1 ou mais pré-fixos) + versão] 1. LABIOVERSÃO: Dente inclinado para a região labial; Usado para dentes anteriores. 2. VESTIBULOVERSÃO: Dente inclinado para a região do vestíbulo oral; Usado para dentes posteriores. 3. LINGUOVERSÃO: Dente inclinado para a região lingual; Usado para dentes inferiores. 4. PALATOVERSÃO: Dente inclinado para a região do palato; Usado para dentes superiores. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Classificação das Maloclusões - @resumodontologia Página 5 5. MESIOVERSÃO: Dente inclinado para o lado mesial, tomando a linha média como referência. 6. DISTOVERSÃO: Dente inclinado para distal, tomando a linha média como referência. 7. GIROVERSÃO: Dente girado sobre seu próprio eixo. 8. INFRAVERSÃO: Dente em infraoclusão; Se encontra abaixo da linha de oclusão. 9. SUPRAVERSÃO: Dente que se encontra acima da linha da oclusão: 10. TRANSPOSIÇÃO: Dente que se encontra na posição de outro dente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MOYERS, R.E. Ortodontia. Trad. Martins, D.R. 3a ed. PROFFIT, W.R. Ortodontia Contemporânea. Pancast Editorial Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 1 – Hábitos Bucais - @resumodontologia Página 1 Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 1 – Hábitos Bucais Hábitos Bucais: O cirurgião-dentista possui a responsabilidade de detectar precocemente alguns problemas, como a respiração oral e a instalação de hábitos deletérios como a sucção de chupeta e dedo; Hábito é um comportamento adquirido que, muitas vezes praticado, torna-se inconsciente e passa a ser incorporado à personalidade da pessoa; A sua instalação ocorre por ser agradável e trazer satisfação e prazer no início, mas, em função da repetição contínua, automatiza- se, aperfeiçoa-se e torna-se inconsciente. A criança possui impulsos naturais, mesmo antes de nascer; Psique: Ato de relação do ser com o mundo: 1º ato: entrada de ar no pulmão – dor, choro. A sucção é considerada um impulso natural do bebê, sendo que, para Freud, a fase oral se estende até o primeiro ano de vida; A amamentação é um ato de sucção importante para a nutrição, para o desenvolvimento emocional, para a respiração e também para a deglutição; Após a fase de sucção vem a da apreensão, seguida do ato de morder, quando nascem os primeiros dentes, e, por fim, a fala, já que os dentes são considerados de extrema importância nesse processo; A fase da apreensão coincide com o período da introdução de outros alimentos; Quando a criança começa a morder (7 a 8 meses de vida), recomenda-se a estimulação com brinquedos para aliviar os sintomas relacionados à erupção dos primeiros dentes. Quando o bebê não consegue amamentar, é necessário uma investigação mais detalhada para detectara causa, que pode ser tanto relacionada à criança (inserção do freio lingual, por exemplo), quanto à mãe (adversidades nas mamas). 1) Deglutição Normal: 1.1. Fase Bucal: Mandíbula em descanso; Língua em descanso, com a ponta contra os incisivos; Lábios em contato passivo; Palato mole inclinado para baixo e apoiado contra o dorso da língua; Ao deglutir: Lábios passivos; Mandíbula estabilizada; Dentes em contato; Língua apoiada rapidamente nas faces linguais dos dentes (ponta e lateral); Palato mole abaixa ainda mais. 1.2. Fase Faríngea: O palato mole se levanta para fechar a passagem da nasofaringe; A epiglote posiciona horizontalmente, obliterando a laringe, juntamente com os músculos; Ocorre controle respiração/deglutição 1.3. Fase Esofágica: O bolo alimentar se desloca para o esôfago com o movimento da epiglote. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 1 – Hábitos Bucais - @resumodontologia Página 2 2) Deglutição Atípica: 2.1. Causas: Desequilíbrio do controle nervoso; Ex: pacientes com paralisia cerebral. Tonsilas inflamadas; Macroglossia; Anquiloglossia; Freio labial anormal; Logo ao nascer, o bebê passa por avaliação do freio com um fonoaudiólogo – teste da linguinha. Perdas dentárias precoces; Diastemas; Desnutrição; Hábitos alimentares inadequados na primeira infância; Respiração bucal; Sucção de dedo. 2.2. Tipos: Com pressão atípica de lábio: Mordida profunda. Com pressão atípica de língua: Mordida aberta. Hábitos Bucais: 1) Respiração Oral: É a situação onde a boca assume o papel do nariz durante a respiração; Pode alterar o crescimento da fase, das arcadas dentárias e comprometer o desenvolvimento global da criança. Características: Desenvolvimento assimétrico dos músculos faciais, ossos do nariz, lábios e bochechas; Lábio inferior curto; Mandíbula posicionada para trás e pouco desenvolvida; Alteração da musculatura da face que pode influenciar a posição e forma dos arcos dentários; Dentes projetados para frente; Palato ogival (céu da boca alto e profundo); Dificuldade para mastigar e engolir alimentos duros; Atresia da arcada superior, podendo causar mordida cruzada posterior; Postura corporal comprometida, com o pescoço para frente, os ombros curvados comprimindo o tórax e o peito afundado; o Essas alterações faz com que a respiração seja rápida e curta, o que causa um cansaço constante; Face alongada. Sinais e Sintomas: Lábios entreabertos; Ronco, sono agitado e pesadelos; Baba durante o sono, pois dorme de boca aberta; Olheiras e aspecto de cansado; Irritabilidade por noites mal dormidas, podendo ficar hiperativos ou sonolentos durante o dia; Respiração barulhenta; Por causa da flacidez na boca e na língua, o processo de mastigação e deglutição também ficam comprometidos; Assimetria da face e narinas estreitas; Come rápido, mastiga pouco, utiliza líquido para auxiliar na hora de engolir e prefere alimentos pastosos; A fala, sono e concentração sofrem danos; A criança não precisa apresentar todas as alterações, mas é importante que a família fique atenta. O atendimento precoce significa melhor qualidade de vida. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 1 – Hábitos Bucais - @resumodontologia Página 3 Aspectos Radiográficos: Radiografia Panorâmica: o Radiopacidez na cavidade nasal, especialmente de um lado. NORMAL ALTERADO Telerradiografia: o Volume reduzido da orofaringe. NORMAL ALTERADO Hábitos Deletérios: Podem começar ainda na fase intrauterina, como o hábito de sucção de dedo; Podem interferir no crescimento e desenvolvimento dos ossos da face; Necessita de estudos interdisciplinares em relação às suas origens nos meios médico, psicológico, fonoaudiológico e odontológico. Classificação: Intrínsecos: o Sucção de língua ou lábios; o Hábito de morder a bochecha. Extrínsecos: o Chupeta, dedo e caneta. Tipos: Sucção não nutritiva: o Sucção de chupeta; o Sucção digital. Hábitos de morder: o Objetos; o Unha (onicofagia); o Bruxismo. Hábitos parafuncionais: o Respiração bucal; o Deglutição atípica; o Alteração de fala. Causas: Fisiológicas: o Respiração bucal por hipertrofia das adenoides, desvio de septos e pólipos nasais. Emocionais: o Cobrança excessiva dos pais; o Comportamento maduro; o Aceitação da responsabilidade; o Inconstância no comportamento dos pais; o Nascimento de um irmão; o Ansiedade; o Insegurança; o Medo. Aprendizado condicionado: o Comportamento aprendido para alívio de um desconforto. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 1 – Hábitos Bucais - @resumodontologia Página 4 1) Sucção NÃO Nutritiva: Quando a criança faz sucção digital, ela está mantendo a pressão nos maxilares, que ocasionará futuramente uma má oclusão, denominada de mordida aberta; Os fatores ambientais são determinantes na incidência da maloclusão em idade precoce, assim como os problemas de ordem genética são em idades mais avançadas; Os distúrbios funcionais podem ser considerados como agentes etiológicos primários ou secundários, além de poder corroborar com a predisposição a desordens temporomandibulares; Está relacionada com a distoclusão, mordida aberta, mordida cruzada e mordida profunda; Impactos sociais: Gagueira; Tendência antissocial; Perversão social. Tratamento: Reportar ao fator etiológico. 2) Bruxismo: É uma atividade parafuncional caracterizada pelo hábito de ranger ou apertar os dentes, ocorrendo com maior frequência no período noturno, especialmente em crianças muito ansiosas; Geralmente é identificado pelos pais, devido à intensidade do ruído; Na criança, a maioria dos desgastes produzida é mínima e, portanto, o tratamento odontológico não é indicado, recomendando- se apenas um acompanhamento psicológico. No entanto, quando a frequência, a intensidade e a duração do hábito ultrapassam um limite tolerável, a intervenção odontológica é necessária. Problema que podem ser observados em crianças de 6 a 8 anos: Excesso de espaço; Apinhamento; Mordida aberta; Sobremordida; Sobressaliência; Erupção anormal; Mordida cruzada anterior; Mordida cruzada posterior; Mordida cruzada total. Aparelhos auxiliares: Aparelho ortodôntico removível com grade lingual; Placa lábio ativa; Cada criança é única e cada família tem suas crenças que devem ser respeitadas. Cabe ao profissional esclarecer sobre os prós e contras de cada atitude em relação ao desenvolvimento da criança e cabe à família escolher qual atitude adotar, visando sempre o bem estar do indivíduo que está em desenvolvimento. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 2 – Mordida Cruzada - @resumodontologia Página 1 Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 2 – Mordida Cruzada Diagnóstico: O diagnóstico da mordida cruzada deve ser feito analisando a face de forma tridimensional, observando: Transversal; Vertical; Antero posterior/sagital. Tipos de Mordida: Problemas anteroposteriores e/ou transversos: Mordida cruzada anterior: o Quando envolve os dentes anteriores; Mordida cruzada posterior: o Quando envolve os dentes posteriores, independente do envolvimento dos dentes anteriores. Tanto para a mordida cruzada posterior quanto para a anterior é importante a distinção entre etiologia dentária e esquelética. Problema Vertical: Mordida aberta; Mordida profunda. MORDIDA CRUZADA ANTERIOR A maioria das crianças com mordida cruzada anterior, especialmente se mais de um ou dois dentes estão cruzados, tem um problema esquelético; Se múltiplos dentes estão em mordida cruzada anterior, é quase certo que o problema seja de discrepância entre as bases ósseas, e não de mau posicionamento dentário; A mordida cruzada de todos incisivos raramente é encontrada em crianças que não possuam uma relação esquelética de Classe III; Um ou dois dos dentes anteriores podem estar cruzados em uma criança que tenha boas proporções faciais; Há uma tendência do ILS erupcionar à lingual; A recidiva da mordida cruzada é improvável na ausência de problema esquelético; Tipos: Dentária: Tipicamente se desenvolvem enquanto os incisivos permanentes erupcionam; As diagnosticadas depois do estabelecimento da sobremordida requerem terapia com aparelhos para sua correção; Características: o Mudança na inclinação axial; o Boa relação esquelética basal; o Palato-versão dos incisivos superiores; o Lábio-versão do incisivo inferior; o Combinação de ambos. Esquelética: Desarmonia da base óssea; Presença de retrognatismo maxilar ou de prognatismo mandibular; Pode haver uma combinação de ambos. Funcional: Decorrente de acomodação postural da mandíbula; Ocorre devido a uma adaptação funcional às interferências dentárias, como contato prematuro, levando a um desvio mandibular. Etiologia: O fator etiológico mais comum para as mordidas cruzadas anteriores não esqueléticas é a falta de espaço para os incisivos permanentes, sendo importante focar o plano de tratamento na administração do espaço total e não apenas na mordida cruzada; Já a esquelética ocorre por atresia maxilar ou alargamento mandibular; Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 2 – Mordida Cruzada - @resumodontologia Página 2 Desvio da direção de irrupção também pode levar a mordida aberta anterior, sendo causado por: Trauma no dente decíduo; Retenção prolongada do dente decíduo; Presença de supranumerários; Deficiência no comprimento do arco. Os hábitos bucais possuem forte influência no aparecimento dessa má oclusão, destacando-se: Interposição de lábio; Uso incorreto de chupeta; Contatos prematuros; Padrão esquelético desfavorável. Tratamento: Se a mordida cruzada em desenvolvimento for descoberta antes da completa erupção e a sobremordida ainda não estiver estabelecida, os dentes decíduos adjacentes poderão ser extraídos para fornecer o espaço necessário; A primeira preocupação é o espaço adequado para o movimento dentário, o que normalmente requer desgastes bilaterais, extração dos dentes decíduos adjacentes ou abertura de espaço para o movimento dentário; A avaliação de diagnóstico deve determinar se a inclinação irá proporcionar correção adequada. Dentária ou Funcional: Tala de Madeira: o Deve ser usada 4h por dia durante 1 a 2 semanas; o Necessita da colaboração do paciente; o A tala deve ser colocada na palatina dos dentes superiores, aplicando a força para vestibular. Plano inclinado fixo: o Possui a mesma finalidade que a tala de madeira, porém o aparelho é fixado nos dentes em questão. Placa com mola digital (batente + mola): o Também necessita da colaboração do paciente; o É móvel e deve ser removido apenas durante as refeições e higienização; o A ativação é feita a cada 15 dias. Arco lingual com molas digitais: o Um dos aparelhos fixos mais simples para correção do apinhamento dos incisivos superiores com mordida cruzada anterior moderada; o Algumas vezes denominadas mola chicote; o Por ser fixo, é indicado para crianças em que se pode prever problemas de colaboração; o Quando essas molas são ativadas adequadamente a cada visita mensal, elas produzem movimento dentário a uma taxa ótima de 1 mm por mês; Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 2 – Mordida Cruzada - @resumodontologia Página 3 o Os maiores problemas são distorção e quebra devido à pouca colaboração do paciente e má higiene oral, que pode levar a descalcificações e deterioração. Bimler C: o É projetado para correção precoce das classes III e mordidas cruzadas anteriores; o O objetivo é estimular o crescimento da maxila e posicionar a mandíbula em uma posição retruída. Aparelho 4x2: o São usadas 2 bandas nos molares e 4 bráquetes colados nos incisivos; o Esta pode ser a melhor escolha para um paciente mais velho em dentição mista; o Vários incisivos podem ser corrigidos com esse método em um período curto de tempo; o A correção não será mantida se a mordida cruzada for esquelética e não dentária; o Em casos em que é necessário levantar a mordida do paciente, coloca-se resina nas oclusais, para permitir a movimentação dos dentes anteriores para vestibular e descruzar a mordida. Esquelética: Pacientes Jovens: o Pode ser usada uma máscara facial para tração reversa e um disjuntor palatino que servirá de suporte para a máscara; o Tipos de disjuntor: 1. Hyrax – dentossuportado; 2. Hass – dentomucossuportado Pacientes Adultos: o Pode ser feita apenas a compensação dentária ou realizar uma cirurgia ortognática. MORDIDA CRUZADA POSTERIOR Tipos: Dentária: Comprometimento das angulações axiais; Afetam alguns dentes; Menos severas; Lingual: o Cúspide vestibular do superior na fossa do inferior. Lingual completa: o Face vestibular do superior totalmente pela lingual. Vestibular: o Face palatina do superior na face vestibular do inferior. SÍNDROME DE BRODIE Má oclusão que se caracteriza por uma relação anormal no sentido vestibulo-lingual entre a maxila e a mandíbula, onde a maxila engloba toda a mandíbula, ou seja, em mordida cruzada vestibular Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 2 – Mordida Cruzada - @resumodontologia Página 4 total. Pode resultar de um excesso de largura maxilar ou de uma atresia severa mandibular. Funcional: Ocorre por interferência dentária; Unilateral; Observar o desvio de linha média. Esquelética: Comprometimento das bases ósseas; Múltiplos dentes envolvidos; Falta harmonia entre as larguras dos maxilares; Inclinação axial correta; Linha média coincidente; Atresia de maxila. Etiologia: A mordida cruzada posterior bilateral com envolvimento completo de uma cúspide quase sempre tem um componente esquelético; A mordida cruzada posterior unilateral quase sempre ocorre devido ao mau posicionamento dentário, mas pode ser resultante de assimetria esquelética; Hábitos viciosos, força postural, respiração bucal e fenda palatina também estão envolvidos na etiologia. Tratamento: Difere de acordo com sua causa subjacente; Existem três abordagens básicas para o tratamento das mordidas cruzadas posteriores moderadas nas crianças: Desgastes para eliminar o deslocamento mandibular; Expansão do arco superior constrito; Reposicionamentoindividual dos dentes para eliminar a assimetria intra-arco. Finalidades do tratamento: Eliminar os desvios funcionais, o desgaste nos dentes permanentes já erupcionados e a possível assimetria dento-alveolar; Aumentar o perímetro do arco e promover mais espaço para os dentes permanentes. A recidiva é improvável na ausência de problema esquelético; Correção precoce simplifica o tratamento futuro. Esqueléticas: As mordidas cruzadas esqueléticas, que geralmente resultam de uma maxila estreita e às vezes de uma mandíbula excessivamente larga, em geral são tratadas com forças intensas para abrir a sutura palatina mediana e alargar a maxila. Dentárias: As mordidas cruzadas dentárias são tratadas pela movimentação dos dentes com forças menos intensas; Forças intensas e expansão rápida não estão indicadas na dentição decídua ou no início da mista, pois há risco significativo de distorção do nariz se esse procedimento for executado em crianças jovens. Funcional: Em poucos casos, observados principalmente na dentição decídua ou início da mista, a posição levemente lingual dos caninos decíduos pode levar a interferências oclusais, resultando em deslocamento que se transforma em mordida cruzada posterior; Nesse caso, é necessário de apenas um pouco de desgaste dos caninos decíduos para eliminar a interferência e o deslocamento lateral que resulta em mordida cruzada. Aparelhos: Para eliminar prematuridades Desgaste do dente decíduo Para efeito dentário Sistema banda-elástico Placa expansora Arco de Porter Quadri-hélice Para efeito esquelético e dentário Disjuntor palatino Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 2 – Mordida Cruzada - @resumodontologia Página 5 Aparelho em arco em W ou de Porter: É um aparelho fixo construído com fio de aço de soldado às bandas dos molares; É ativado simplesmente abrindo-se os ápices do W e é facilmente ajustado para proporcionar mais expansão anterior do que posterior, ou vice-versa, se assim for desejado; Não é incomum que os dentes e a maxila se movam mais de um lado que do outro, dessa forma a expansão bilateral precisa é exceção e não regra, mas posicionamento dentário e correção aceitáveis são quase sempre conseguidos. Quadri-hélice: É uma versão mais flexível do arco em W; Os helicoides localizados na porção anterior do palato são volumosos e podem servir como lembrete para interromper o hábito de sucção, quando este estiver presente; A combinação de mordida cruzada posterior e hábito de sucção digital é a melhor indicação deste aparelho. A quantidade de fio extra incorporado a este aparelho lhe dá amplitude de ação ligeiramente superior ao arco em W, mas as forças são equivalentes; Atentar quanto à irritação dos tecidos moles; Tanto o arco em W, quando o quadri- hélice, deixam uma impressão na língua, sobre a qual os pacientes e seus pais devem ser avisados. Banda/botão elástico: Se os dentes de ambos os arcos contribuem para o problema, o uso de elásticos cruzados em acessórios bandados ou colados em ambos os arcos pode reposicionar os dentes superiores e inferiores; O vetor de força dos elásticos cruzados é diretamente vertical, bem como vestibulolingual, o que irá extruir os dentes posteriores e reduzir a sobremordida; Dessa forma, os elásticos cruzados devem ser usados com cuidado em crianças com aumento do terço inferior da face ou sobremordida limitada. Mordidas cruzadas tratadas com elásticos devem ser sobrecorrigidas e os acessórios mantidos em posição imediatamente após o tratamento ativo; O problema mais comum nessa forma de correção da mordida cruzada é a falta de colaboração da criança, já que é necessário a retirada durante a alimentação e higienização. Placa expansora: Usada para expandir a arcada – o foco é o dente e não o osso (diferente da placa disjuntora); Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 2 – Mordida Cruzada - @resumodontologia Página 6 É um aparelho removível, seccionado de forma assimétrica, o que tem o efeito de contrapor mais dentes com menos dentes; Seu sucesso depende da qualidade de seus grampos e da colaboração do paciente. Esquelética: Pacientes Jovens: Uso de disjuntor palatino: o Hyrax – dentição mista e permanente; o Hass – dentição mista e permanente; o Macnamara – dentição decídua. Cuidado com lesões no palato. Expansão rápida da maxila: o Ativação: ¼ de volta pela manhã e pela noite; o Ativar até mordida de Brodie; o Tempo de uso: 15 dias da fase ativa e mantido por aproximadamente 3 meses; o Quando mais idade o paciente tiver, mais difícil é a disjunção; o Vantagens: - Mais estabilidade pós tratamento; - Ganho de espaço no perímetro do arco; - Ajuda nos apinhamentos; - Melhora a respiração nasal e apneia obstrutiva do sono, devido à expansão da cavidade nasal. Pacientes Adultos: Compensação dentária; Cirurgia ortognática. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 1 – Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial - @resumodontologia Página 1 Ortodontia – 8º Semestre - 3ª Unidade – Aula 1 – Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial: A falta ou excesso de crescimento, ou ambos, em diferentes maxilares, pode explicar uma maloclusão e é necessário detectar a causa para realizar o tratamento adequado; Aparelhos ortodônticos: 1. Mentoneira: Não se usa mais devido ao risco de deslocamento condilar; 2. Máscara de Prostração: usado para favorecer o crescimento maxilar; 3. AEB (Aparelho Extrabucal): usado para inibir o crescimento maxilar. 1) CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Crescimento e desenvolvimento, apesar de estarem intimamente relacionados, não são sinônimos: 1.1) Crescimento: É, em grande parte, um fenômeno anatômico; Altera o volume de um tecido; Resultado do aumento do número de células e do volume celular. 1.2) Desenvolvimento: É fisiológico e comportamental; Resultado da maturação de uma estrutura que entra em função e do aumento da sua complexidade; Crescimento + diferenciação + deslocamento. Deslizamento: Crescimento real promovido pela remodelação óssea (reabsorção e aposição); A estrutura sempre desliza para o lado da aposição. Deslocamento: Movimento do osso como um todo, afastando-se de sua articulação; Pode ser primário ou secundário; 1. Primário: quando a própria estrutura que está crescendo (deslizando) se desloca. É próprio do osso e no sentido oposto ao de deposição. 2. Secundário: quando uma estrutura se desloca (desliza) e provoca ao deslocamento passivo de outra. Ocorre pelo crescimento de ossos vizinhos ou distantes. Ex.: osso esfenoide desloca a maxila. 2) PADRÃO DE CRESCIMENTO: Padrão em crescimento também representa proporcionalidade, mas de um modo ainda mais complexo, porque se refere não somente ao conjunto de relações proporcionais num determinado período de tempo, mas às alterações nestas relações proporcionais através do tempo: Na vida fetal, por volta do terceiro mês de desenvolvimento intrauterino, a cabeça Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 1 – Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial - @resumodontologia Página2 representa quase 50% do comprimento total do corpo; Na época do nascimento, o tronco e os membros cresceram mais rápido do que a cabeça e a face, de tal maneira que a proporção do corpo inteiro compreendida pela cabeça decresceu cerca de 30%; O padrão total de crescimento, consequentemente, segue este curso, com uma redução progressiva do tamanho relativo da cabeça para cerca de 12% no adulto. Ao nascimento, a face e os maxilares são relativamente subdesenvolvidos comparados à sua extensão no adulto. Como resultado, há muito mais crescimento facial do que das estruturas cranianas após o nascimento. 2.1) Etapas do Crescimento: 1ª Etapa: 3 anos de idade; Geralmente não se intervém, pois é um momento emocionalmente crítico para a criança, muitas vezes esta ainda se encontra na fase oral e a manipulação ortodôntica pode ser um processo doloroso psicologicamente. 2ª Etapa: 6 e 7 anos no sexo feminino; 7 e 9 no sexo masculino. 3ª Etapa (pré-puberal): 10 e 11 anos no sexo feminino; 12 e 13 anos no sexo masculino. 4ª Etapa (puberal): 12 e 13 anos no sexo feminino; 14 e 15 anos no sexo masculino. 3) TEORIAS DE CRESCIMENTO Teoria de Sicher (Dinâmica Sutural) – 1952: As suturas são os centros primários de crescimento e impulsionam o crescimento facial com forte determinação genética; Há proliferação do tecido conjuntivo dos ossos nas suturas; As suturas devem ser consideradas áreas reativas, e não determinantes primários; As suturas da maxila são áreas de crescimento, mas não são centros de crescimento. Teoria de Scott (Domínio Cartilaginoso) – 1953: O crescimento facial dependente a princípio das cartilagens (cartilagem nasal) e periósteo, tendo as suturas como elementos secundários e passivos; As cartilagens epifisárias e as sincondroses da base do crânio podem agir e agem como centros de crescimento independentes, como o faz o septo nasal (talvez em menor grau); Os côndilos removidos não fornecem suporte para a ideia de que a cartilagem do côndilo mandibular é um centro importante. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 1 – Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial - @resumodontologia Página 3 Teoria de Moss (Domínio Funcional) – 1960: Teoria mais aceita; Uma matriz funcional periosteal influencia a aposição e reabsorção do tecido ósseo adjacente e controla a remodelação, tamanho e forma do osso; O tecido esquelético cresce somente em resposta ao crescimento dos tecidos moles: o Olhos – cavidade orbitária; o Cérebro – calota craniana; o Dentes – osso alveolar; o Músculos bucinador e língua – maxila e mandíbula. Teoria de Enlow: Teoria do crescimento em “V”; O crescimento sobre os extremos livres aumenta a distância entre as extremidades; O crescimento transversal da mandíbula na região do côndilo é maior que o crescimento transversal ocorrido na região anterior. 4) PROCESSO DE OSSIFICAÇÃO Endocondral: Alteração morfogenética que proporciona a produção de osso em regiões com níveis de compressão relativamente altos (articulações); Ocorre na base do crânio, ossos longos e côndilo. 1. Processo de ossificação ou substituição do tecido cartilaginoso por ósseo (à semelhança dos ossos longos); 2. Revestimento fibroso (crescimento aposicional); 3. Cartilagem Hialina. Intramembranoso: O osso origina-se a partir de membranas conjuntivas (periósteo e endósteo); Suturas e ligamento periodontal. 5) CRESCIMENTO 5.1) MAXILA A maxila desenvolve-se no período pós-natal, inteiramente por ossificação intramembranosa; Por não haver substituição de cartilagem, o crescimento ocorre de duas maneiras: 1 - Por aposição do osso nas suturas que articulam a maxila ao crânio e à base do crânio; 2 - Por remodelação da superfície. Deslocamento para baixo e para frente; À medida que o crescimento dos tecidos moles circunjacentes translada a maxila para baixo e para a frente, novo osso é adicionado em ambos os lados das suturas. Áreas de aposição: Túber; Processo alveolar; Espinha nasal anterior; Suturas (fronto-maxilar, zigomático- maxilar, pterigopalatina); Superfície bucal do palato. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 1 – Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial - @resumodontologia Página 4 a) Pré-Maxila: Remodelação por: Aposição anterossuperior; Reabsorção ântero-inferior. b) Palato: Crescimento vertical: Aposição inferior; Reabsorção superior. Princípio do V. c) Arco Maxilar: Princípio do V. d) Processo Alveolar: O crescimento depende da presença dos dentes; Ocorre de forma vertical (40%), transverso e antero- posterior. e) Tuberosidade: Ocorre deposição posterior; Aumento do comprimento do arco para erupção dos molares permanentes; Crescimento ântero-posterior; Princípio do V. f) Processo Zigomático: Formação externa e absorção interna; Aumento lateral e vertical. g) Órbita: Reabsorção lateral; Aposição posterior; Princípio do V. h) Cavidade Nasal: Aumento lateral e vertical; Princípio do V. 5.2) MANDÍBULA: Ao contrário do que ocorre com a maxila, as atividades tanto endocondral quanto do periósteo são importantes no crescimento da mandíbula; Na cartilagem da ATM ocorre hiperplasia, hipertrofia e substituição endocondral. Todas as outras áreas da mandíbula são formadas e crescem por aposição direta na superfície e por remodelação; Áreas de aposição: Processo condilar, coronoide e alveolar; Borda posterior do ramo mandibular; Borda inferior do corpo mandibular; Mento. Deslocamento mandibular para baixo e para frente e condilar para trás. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 1 – Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial - @resumodontologia Página 5 a) Côndilo: Princípio do V; Aposição na cabeça; Absorção no colo; Crescimento anteroposterior e vertical. b) Ramo: Aposição posterior; Reabsorção anterior; Crescimento anteroposterior para acomodação dos molares; Em casos em que há desenvolvimento mandibular exagerado, pode-se fazer a remoção precoce dos 3ºs molares para reduzir esse processo. Crescimento transverso (princípio do V). c) Processo Alveolar: Crescimento vertical e transverso. d) Arco Mandibular: Princípio do V. e) Processo coronoide: Aposição posterior, superior e medial; Absorção anterior. f) Corpo mandibular: Crescimento anteroposterior e transverso; Aposição ântero-inferior; Reabsorção anterossuperior. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 – Mordida Aberta - @resumodontologia Página 1 Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 - Mordida Aberta A mordida aberta se dá quando há ausência de contatos incisais dos dentes envolvidos em relação cêntrica; A sobremordida é definida como trespasse vertical dos incisivos. Normalmente as bordas incisais inferiores tocam a superfície lingual dos incisivos superiores (normalmente de 1 a 2mm). Na mordida aberta, o trespasse vertical é inexistente e a separação vertical dos incisivos é medida para quantificar sua severidade; Pode haver ou não trespasse horizontal; A força dos lábios e língua permitemo contato incisal dos dentes anteriores e, consequentemente, o estabelecimento de uma sobremordida normal. A mordida se abre quando há um desequilíbrio entre essas forças; Na sucção, a forma do arco é afetada pela alteração no equilíbrio entre as pressões da língua e das bochechas; Se o polegar é colocado entre os dentes, a língua se abaixa, o que diminui a pressão pela língua contra a superfície palatina dos dentes superiores posteriores. Ao mesmo tempo, a pressão das bochechas contra esses dentes aumenta à medida que o músculo bucinador se contrai durante a sucção. A pressão das bochechas é maior nos cantos da boca, e isto provavelmente explica por que o arco maxilar tende a obter uma forma em “V”, com maior constrição nos caninos do que nos molares; Uma criança que suga os dedos vigorosamente tem maior possibilidade de ter um arco superior estreito do que uma que apenas coloca o polegar entre os dentes. A instalação de uma má oclusão não depende apenas na existência do hábito, mas também do padrão de crescimento facial que a criança possui, bem como da duração, intensidade e frequência com que o hábito é realizado; Apesar de transmitirem sensação de segurança e conforto, é importe que os hábitos bucais deletérios sejam abandonados o mais precocemente possível, evitando alterações estruturais e funcionais graves. 1) FREQUÊNCIA Manifesta-se com maior frequência na região anterior, porém pode ser encontrada na posterior; Na região posterior, está relacionada a hábitos como interpor objetos entre os dentes posteriores (ex.: morder caneta) ou a anquilose. Na região anterior, está mais relacionado a hábitos de sucção (digital ou de chupeta); A frequência dessa má oclusão alcança, aproximadamente, 16% da população melanoderma e 4% da população leucoderma americana; Varia de 1 a 11% da população, sofrendo influência do fator idade (maior prevalência em crianças menores, tendendo ao fechamento da mordida quando da eliminação do hábito); A prevalência sofre grande alteração entre os grupos étnicos e faixas etárias; Na dentadura decídua, varia de 31,1% a 36,8%, quando está associada aos hábitos bucais deletérios, decrescendo na dentadura mista (13,5 a 18,6%), com o abandono dos hábitos e amadurecimento emocional da criança. 2) CONSEQUÊNCIAS Alteração na estética do indivíduo; Dificulta a apreensão e corte dos alimentos; Prejudica a pronúncia de alguns fonemas; Acarreta em condições psicológicas desfavoráveis. 3) FATORES ETIOLÓGICOS Nas fases de dentadura decídua e mista, os fatores mais encontrados para o desenvolvimento da mordida aberta são os extrínsecos, como a hipertrofia das amídalas, a respiração bucal e, principalmente, os hábitos bucais deletérios; Os hábitos bucais deletérios interferem no padrão de crescimento facial de cada Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 – Mordida Aberta - @resumodontologia Página 2 indivíduo de acordo com suas características genéticas, com alguns fatores determinantes como hereditariedade, desnutrição, doenças e clima. a) Padrão de crescimento: A hereditariedade é um fator de extrema importância na etiologia da mordida aberta anterior; Quanto mais vertical for o vetor de crescimento, maior será a probabilidade de existir uma tendência a mordida aberta anterior; o Pacientes dolicofaciais são mais suscetíveis à mordida aberta. Um paciente com tendência ao crescimento vertical apresenta: o Rotação mandibular no sentido horário, ângulo goníaco aberto, ramo mandibular curto, divergência entre os planos palatino e mandibular, superirrupçãodos dentes póstero- superiores e aumento na altura facial anterior inferior (AFAI). b) Deglutição atípica: Pode ser causada pela hipertrofia das amídalas; Quanto maior a hipertrofia, maior a dificuldade para deglutir e, com isso, o paciente interpõe a língua entre os incisivos para facilitar a passagem do bolo alimentar, levando ao aparecimento da mordida aberta. c) Sucção de chupeta/digital: São os fatores mais comuns envolvidos no aparecimento de mordida aberta anterior; Quando o polegar ou dedo é colocado entre os dentes anteriores, a mandíbula é posicionada para baixo para acomodá-los. A interposição direta do polegar impede a erupção dos incisivos. Ao mesmo tempo, a separação dos maxilares altera o equilíbrio vertical dos dentes posteriores e, como resultado, há mais erupção dos dentes posteriores do que teria ocorrido de outra forma; O padrão de mordida causada pela chupeta é diferente da causada pela sucção de dedo: o Sucção de chupeta: abertura de forma circular e bem circunscrita; o Sucção digital: Inclinação dos incisivos superiores para vestibular, surgindo diastemas entre eles, com os incisivos inferiores inclinados para lingual. Apesar de os hábitos de sucção serem uma contribuição poderosa para a má oclusão, a sucção por si só irá criar uma má oclusão grave se o hábito persistir durante os anos da dentição mista: o Um deslocamento suave dos incisivos decíduos é geralmente percebido em uma criança com o hábito de sucção entre 3 e 4 anos de idade; porém, se a sucção parar nesta fase, a pressão dos lábios e bochechas logo restabelecerá os dentes para as suas posições corretas; o Se o hábito persistir após o início da erupção dos incisivos permanentes, o tratamento ortodôntico poderá ser necessário para corrigir o deslocamento resultante dos dentes. d) Interposição lingual: Se um paciente tem uma postura de descanso da língua para frente, a duração desta pressão, mesmo que muito leve, poderia afetar a posição dentária, vertical ou horizontalmente; A protrusão da ponta da língua durante a deglutição está algumas vezes associada a uma alteração na postura da língua. Se a posição de onde se iniciam os movimentos da língua é diferente da normal, de tal forma que o padrão de pressão em descanso é diferente, parece existir, então, um efeito sobre os dentes. Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 – Mordida Aberta - @resumodontologia Página 3 e) Respirador bucal: A respiração bucal obriga o paciente a manter a boca aberta para suprir a deficiência de ar respirado; O equilíbrio vestibulolingual é removido, alterando o equilíbrio da musculatura facial. As necessidades respiratórias são o determinante principal na postura dos maxilares e da língua (e da própria cabeça, em um grau menor); Um padrão respiratório alterado, tal como a respiração bucal, pode mudar a postura da cabeça, dos maxilares e da língua. Isto, por sua vez, poderia alterar o equilíbrio de pressões nos maxilares e nos dentes e afetar tanto o crescimento dos maxilares como a posição dentária; Para se respirar pela boca é necessário abaixar a mandíbula e a língua e inclinar a cabeça para trás; o Se essas mudanças posturais forem mantidas, a altura facial aumenta, os dentes posteriores supererupcionam, a mandíbula rotaciona para baixo e para trás, abrindo a mordida anteriormente. A obstrução respiratória crônica pode ser produzida por inflamação prolongada da mucosa nasal, associada a alergias ou infecções crônicas. Também pode ser produzida por obstrução mecânica em qualquer local do sistema nasorrespiratório, desde as narinas até as coanas nasais posteriores; Sob condições normais, o tamanho das narinas já é um fator limitante à passagem de ar nasal. As amígdalas ou adenoides faringianas normalmente estão aumentadas nas crianças, e a obstrução parcial desta natureza pode contribuir para uma respiração