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Licenciado para - Gabriel Almeida Novaes - 08440636571 - Protegido por Eduzz.com
CONTEÚDO DISPONÍVEL 
Ortodontia - TOTAL DE: 45 PÁGINAS 
1. Introdução à Ortodontia – 2 Páginas; 
2. Etiologia das Maloclusões – 7 Páginas; 
3. Classificação das Maloclusões – 5 Páginas; 
4. Hábitos Bucais – 4 Páginas; 
5. Mordida Cruzada – 6 Páginas; 
6. Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial – 5 Páginas; 
7. Mordida Aberta – 5 Páginas; 
8. Extração Seriada – 4 Páginas; 
9. Cefalometria – 7 Páginas. 
 
PROIBIDO A VENDA E DIVULGAÇÃO DO MATERIAL, ALÉM DE NÃO SER PERMITIDO POSTAR O MESMO 
EM PLATAFORMAS ONLINE COMO “PASSEI DIRETO”, POR EXEMPLO. O SEU MATERIAL VEM COM SUA 
IDENTIFICAÇÃO, NOME COMPLETO E CPF, SENDO ASSIM UMA FORMA DE PROTEGER O MATERIAL E NÃO 
CIRCULAR SEUS DADOS NA INTERNET. 
DESDE JÁ, AGRADEÇO A COMPREENSÃO, @RESUMODONTOLOGIA! 
 
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Ortodontia – 8º Semestre - 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à Ortodontia - @resumodontologia Página 1 
 
Ortodontia – 8º Semestre - 1ª Unidade – Aula 1 – 
Introdução à Ortodontia 
 Ortodontia: 
 Ortodontia é o ramo da odontologia 
relacionado com o estudo do crescimento do 
complexo craniofacial, com o desenvolvimento 
da oclusão e com o tratamento das anomalias 
dentofaciais; 
 Ao pé da letra, significa o alinhamento dos 
dentes e conformação do paciente; 
 O objetivo vai ser diagnosticar, reconhecer e 
indiciar precocemente os pacientes para uma 
provável ortodontia; 
 Tipos: 
 Ortodontia Preventiva: 
 Conjunto de procedimentos efetuados 
para impedir a instalação de uma 
maloclusão; 
 Orientação: 
o Higienização; 
o Restauração de dentes 
comprometidos; 
o Acompanhar o 
desenvolvimento/cronologia da 
erupção dentária. 
 Hábitos Intrínsecos: 
o Deglutição atípica; 
o Fonação atípica; 
o Repouso da língua; 
o Interposição lingual; 
o Interposição. 
 Hábitos Extrínsecos: 
o Mamadeira; 
o Chupeta; 
o Dedo; 
o Objeto; 
o Postura. 
 Respiração Bucal: 
o Mudanças de feição no 
crescimento facial. 
 
 
 
 
 Ortodontia Interceptativa: 
 Conjunto de procedimentos efetuados 
para impedir a progressão de uma 
maloclusão constatada e, se possível, 
corrigindo-a; 
 Intervenção de um problema de 
maneira precoce; 
 Manutenção do Espaço: 
o Procedimento preventivo, feito 
para manter o espaço após ter 
perdido um dente; 
 Recuperação/Controle de Espaço: 
o Utilizamos o recuperador de 
espaço. 
 Mordida cruzada deve ser tratada para 
não gerar uma assimetria esquelética 
 Mordida aberta pode ser interceptada 
e gerar o transpasse vertical. 
 
 Ortodontia Corretiva: 
 Alinhamento dos dentes e correção da 
oclusão – dentição permanente: 
o Correção de erros esqueléticos – 
cirurgia; 
o Estética e perfil são prioridade; 
o Processo corretivo. 
 
 Tipos de força: 
 Forças Mecânicas: 
 Produzidas pelo próprio aparelho; 
 Forças Funcionais: 
 Produzidas pela musculatura, 
principalmente durante a deglutição sendo 
transferidas às arcadas através de algum 
tipo de aparelho. 
 
 Campos de atuação: 
 Más oclusões dentárias; 
 Displasia do crescimento craniofacial; 
 Problemas sintomático-funcionais da 
neuromusculatura buco-maxilo-facial e das 
ATMs. 
 
 
 
 
 
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Ortodontia – 8º Semestre - 1ª Unidade – Aula 1 – Introdução à Ortodontia - @resumodontologia Página 2 
 
 Consequências prováveis: 
 Comprometimento estético; 
 Comprometimento na eficiência mastigatória; 
 Maior predisposição a problemas periodontais 
e às cáries; 
 Disfunções crânio-mandibulares; 
 Distúrbios fonéticos. 
 
 Grampos Ortodônticos: 
 Grampos Passivos: 
 Retenção vestibular; 
 Retenção interproximal; 
 Grampo gota; 
 Grampo circunferencial; 
 Grampo de Adams; 
 Grampo de Hawley. 
 Grampos Ativos: 
 Helicoidal (Mola). 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MOYERS, R.E. Ortodontia. Trad. Martins, D.R. 3a ed. 
PROFFIT, W.R. Ortodontia Contemporânea. Pancast 
Editorial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Etiologia das Maloclusões - @resumodontologia Página 1 
 
Ortodontia - 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – 
Etiologia das Maloclusões 
 As maloclusões têm origem multifatorial: 
 Influencia no desenvolvimento dos 
MAXILARES; 
 1 em cada 4 indivíduos apresentam má 
oclusão; 
 Evolução do Homem (escala filogenética); 
 Desenvolvimento Craniofacial; 
 Hábitos Alimentares e Sociais; 
 Miscigenação Racial. 
 
 Teoria da Redução Terminal da Face Humana: 
 O processo evolutivo proporcionou a redução 
do tamanho da face e dos maxilares devido às 
mudanças alimentares ao longo do tempo – 
redução da quantidade de alimentos sólidos; 
 Desta forma o espaço para acomodar todos os 
dentes torna-se limitado; 
 Consequentemente o último dente de cada 
série tende a desaparecer (3º Molar, 2º Pré-
molar e Incisivo Lateral) 
 Esse processo possui caráter hereditário: 
 Primeiro os antecessores apresentaram 
dentes com forma anômala; 
 Depois, alguns sucessores já não mais 
possuíram esses dentes. 
 Mudanças alimentares: 
 Fator contribuinte para a “involução” da 
face; 
 Ocorreu a transição de alimentos duros e 
fibrosos à alimentos pastosos, 
necessitando de menor participação da 
musculatura e, com isso, comprometendo 
o crescimento e desenvolvimento da face; 
 O esforço da musculatura facial é 
importante para o desenvolvimento dos 
maxilares. 
 Histórico: 
 Salzmann (1996): 
 Classificou as Maloclusões em pré-natais e 
pós-natais; 
 Graber (1966): 
 Dividiu em 2 grupos: intrínsecos ou locais 
& extrínsecos ou gerais; 
 Classificação mais usada e mais fácil 
didaticamente. 
 
 Moyers (1979): 
 Usou a “Equação Ortodôntica” ou 
“Equação Dockrell” para interpretar a 
etiologia das maloclusões; 
 
CAUSAS --- atuam em um ---> TEMPO --- sobre ---> TECIDOS --- 
produzindo ---> EFEITOS. 
 
 Equação ortodôntica para interpretação 
da etiologia da má oclusão; 
 Representa uma expressão concisa do 
desenvolvimento de todas as 
deformidades dentofaciais; 
 
 Etiologia dos Problemas Ortodônticos: 
 Durante o processo de diagnóstico é 
necessário identificação da causa do 
problema, já que esta é multifatorial. 
 
 Classificação de Graber: 
1. Extrínsecos ou Gerais: 
 Agem à distância; 
 Muitas vezes durante a formação do 
indivíduo. 
2. Intrínsecos ou Locais: 
 Fatores mais diretamente relacionados a 
cavidade bucal; 
 Mais controlado pelo ortodontista. 
 
1. EXTRÍNSECOS OU GERAIS: 
1.1. Hereditariedade: 
 Influência Racial Hereditária: 
o Miscigenação racial; 
 Em populações raciais 
homogêneas (grupo 
geneticamente puro) quase não 
se observa má oclusão; 
 Já em populações miscigenadas, 
ocorre o aumento das más 
oclusões; 
o Má oclusão de classe II e III tem 
componente genético na sua 
etiologia. 
 
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Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Etiologia das Maloclusões - @resumodontologia Página 2 
 
 Tipo Facial Hereditário: 
o Braquifaciais: 
 A largura facial predominando 
sobre a altura; 
 Tendência a sobremordida 
profunda; 
o Dolicofaciais: 
 A altura facial predomina sobre 
a largura; 
 Tendência à mordida aberta; 
o Mesofaciais: 
 Características intermediárias 
entre braquifacial e dolicofacial. 
 
1.2. Moléstia ou Deformidades Congênitas: 
 Lábios Leporinos ou Fendas Palatinas: 
o Caracteriza-se pela falta de fusão 
entre os processos palatinos e/ou 
segmentos que formam o lábio 
superior e comprometem 
invariavelmente a arcada superior 
em maior ou menor extensão de 
acordobucal em crianças; 
 Os indivíduos que tiveram obstrução 
crônica podem continuar a respirar 
principalmente pela boca, mesmo após a 
ocorrência do alívio desta obstrução. Neste 
caso, a respiração bucal pode, muitas vezes, 
ser considerada um hábito. 
 
 Características: 
o Apresenta mordida cruzada devido ao 
estreitamento encontrado na maxila; 
o Apresenta mordida aberta anterior 
devido à falta de pressão no lábio 
superior sobre os incisivos, e os dentes 
abertos para facilitar respiração; 
o Palato ogival, pois a pressão negativa 
do ar entrando pela cavidade bucal, ao 
invés de entrar pelo nariz, faz com que 
o palato cresça para cima, provocando 
desarmonias oclusais e apinhamento, 
devido à atresia do arco; 
o Mento retraído. 
 
f) Macroglossia verdadeira: 
 Devido ao volume aumentado da língua, há 
uma pressão maior sobre os dentes, 
podendo ocorrer problemas oclusais; 
 Em alguns casos, pode ser necessário 
realizar uma cirurgia pra redução desse 
músculo. 
 
g) Anquilose e anormalidades na erupção: 
 Dentes anquilosados, principalmente 
posteriores, são fatores etiológicos para o 
aparecimento de mordida aberta posterior; 
 Esses dentes apresentam-se em 
infraoclusão e, durante a oclusão, não se 
tocam, abrindo a mordida posteriormente. 
 
h) Alterações anatômicas e na tonicidade dos 
músculos peribucais e linguais: 
 Tais alterações levam ao desequilíbrio entre 
as forças, o que pode causar má oclusões. 
 
4) DIAGNÓSTICO 
a) Análise facial: 
 Observar a proporção entre os terços da 
face; 
 Nível de exposição dos incisivos inferiores; 
 Espaço interlabial; 
 Perfil do paciente; 
 Vedamento labial; 
 Altura facial anterior inferior (AFAI). 
b) Avaliação cafalométrica; 
c) Avaliação dentária com exame clínico e de 
modelos. 
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Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 – Mordida Aberta - @resumodontologia Página 4 
 
5) LOCALIZAÇÃO 
a) Mordida aberta anterior: 
 Presença de um trespasse vertical negativo 
existente entre as bordas incisais dos 
dentes anteriores superiores e inferiores; 
 Consiste em uma discrepância no sentido 
vertical, o que a torna mais difícil de ser 
corrigida e seus resultados finais mostram-
se menos estáveis; 
 Apresenta um prognóstico que varia de 
bom a deficiente, dependendo de sua 
gravidade idade ou hoje a ela associada; 
 Frequente na população infantil. 
 
b) Mordida aberta posterior: 
 Envolve molares e pré-molares; 
 Pode estar associada a fatores como acesso 
à vertical da maxila, padrão esquelético, 
anomalias da erupção dentária, 
interposição lingual, anquilose dentária e 
hiperplasia condilar; 
 Caracteriza-se por dentes em infraoclusão e 
subdesenvolvimento dos processos 
dentoalveolares nos segmentos 
posteriores, provocando problemas 
estéticos e funcionais; 
 O tratamento convencional implica 
aparatologia fixa bimaxilar e elásticos 
intermaxilares, de modo a obter extrusão 
dentária na região da mordida aberta; 
 Em casos graves, a mecânica de tratamento 
é a cirurgia ortognática. 
 
6) CLASSIFICAÇÃO 
a) Mordida aberta dentária: 
 Normalmente associada a hábitos bucais 
deletérios; 
 Apresentam um padrão de crescimento 
vertical normal; 
 Incisivos na maioria das vezes protruídos, 
dentes anteriores infraoclusão por 
deficiência vertical alveolar e altura molar 
levemente excessiva; 
 Mais comum em crianças com dentadura 
mista; 
 Pode apresentar remissão espontânea, e 
75% 80% regridem sem a necessidade de 
tratamento. 
 
b) Mordida aberta esquelética: 
 Presença de distúrbios dentoalveolares; 
 Discrepância na base do crânio, mandíbula 
e maxila; 
 Os hábitos atuam como fatores agravantes; 
 Os distúrbios miofuncionais orofaciais 
seriam adaptações à condição morfológica 
alterada; 
 Caracterizam-se pela rotação no sentido 
anti-horário do processo palatino; 
 Associada a um aumento da altura facial 
anteroinferior, com um ângulo goníaco 
aumentado e um ramo mandibular 
encurtado. 
 
7) TRATAMENTO 
 Modificar o comportamento para eliminar 
hábitos anormais; 
 Movimentação ortodôntica através da 
extrusão de dentes anteriores ou intrusão de 
molares; 
 Tratamento ortodôntico convencional com ou 
sem extrações dentárias; 
 Tratamento ortodôntico associado aos 
dispositivos de ancoragem temporária; 
 Tratamentos ortodônticos associados à cirurgia 
ortognática. 
 
a) Terapia miofuncional: 
 Utilizada para a correção dos hábitos e 
consiste em exercícios para reeducar a 
musculatura orofacial na deglutição, 
fonação e posição postural de descanso. 
 
b) Aparelhos: 
 Esporões linguais; 
 AEb de tração alta; 
 SN3, BIMLER C-Type; 
 Aparelhos fixos; 
 Quadri-hélice; 
 Cirurgia 
 Aparelhos ortopédicos; 
 Grade palatina removível; 
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Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 – Mordida Aberta - @resumodontologia Página 5 
 
 Grade palatina fixa: 
o Com disjuntor; 
o Com expansor. 
 
c) Terapia coadjuvante: 
 Psicologia; 
 Otorrinolaringologia; 
 Fonoaudiologia. 
 
 Conclusão: 
 O tratamento precoce da mordida aberta 
proporciona melhores condições funcionais e 
estéticas, podendo ser feito nas fases 
dentição decídua, mista e permanente; 
 O tratamento precoce pode prevenir 
desarmonias ósseas severas e evitar 
intervenções cirúrgicas de maior 
complexidade; 
 Eliminando-se todos os seus fatores 
etiológicos, a estabilidade da correção 
aumenta significativamente devido à 
manutenção do equilíbrio entre as estruturas 
do sistema estomatognático; 
 Para o tratamento mais eficaz é necessária a 
atuação multidisciplinar entre o ortodontista, 
o otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo, 
os quais, após a avaliação, irão encaminhar o 
paciente para os especialistas das demais 
áreas (psicologia pediatria e fisioterapia), 
caso seja pertinente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Extração Seriada - @resumodontologia Página 1 
 
Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – 
Extração Seriada 
1) APINHAMENTO DENTÁRIO 
 Definição: 
 Diferença negativa entre o espaço 
presente no arco e o espaço requerido 
para o alinhamento. 
 Causas: 
 Variam desde aspectos hereditários até 
fatore ambientais como a perda 
prematura de dentes decíduos. 
 Tratamento: 
 Desgaste interproximal; 
 Expansão dos arcos dentários; 
 Extração seriada. 
 
2) EXTRAÇÕES SERIADAS 
 O programa de extrações seriadas é definido 
como um método interceptativo de 
tratamento ortodôntico no período de 
dentição mista; 
 Consiste em extrações de dentes decíduos e 
permanentes, em sequência ordenada, com 
intervalos de tempos que variam 
individualmente; 
 Tem a finalidade de harmonizar um 
determinado volume dentário em bases ósseas 
insuficientes; 
 Em muitas crianças com apinhamento severo 
pode ser tomada a decisão durante o início da 
dentição mista que a expansão dos arcos não 
será proveitosa e que alguns dentes 
permanentes deverão ser extraídos para 
fornecer espaço para os outros; 
 Uma sequência planejada de remoção dos 
dentes pode reduzir o apinhamento e a 
irregularidade durante a transição da dentição 
decídua para a permanente. Também irá 
permitir que os dentes erupcionem sobre o 
alvéolo e através de tecido queratinizado, ao 
invés de serem deslocados para vestibular ou 
lingual; 
 Esta sequência, chamada normalmente de 
extração seriada, simplesmente envolve a 
extração programada dos dentes decíduos e, 
por último, dos permanentes para aliviar o 
apinhamento severo; 
 A extração seriada é direcionada para o 
apinhamento dental severo. Por esta razão é 
mais bem utilizadaquando não há problema 
esquelético e a discrepância de espaço é 
grande — maior que 10 mm por arco. 
 Histórico: 
 Angle considerava as extrações seriadas 
como uma técnica perniciosa; 
 O ortodontista deveria se desdobrar para 
tratar as maloclusões sem extrair nenhum 
dente; 
 Hoje as extrações são corriqueiras e, 
quando bem indicadas, se tornam um 
aliado importante para o bom andamento 
do caso; 
 Angle em 1907 relata que as extrações 
podem sim apresentar vantagens quando 
bem indicadas e planejadas e retifica que: 
“o tempo certo para iniciar o tratamento 
ortodôntico é aquele mais próximo do 
aparecimento do problema”; 
 Kjellgren (1954) foi o primeiro 
pesquisador a instituir o procedimento de 
extração seriada; 
 Dewel (1954) foi o primeiro a preconizar 
uma sequência, nomeando-a “sequência 
de extrações no arco deficiente”; 
 Brodie (1954) afirma que o caminho que 
leva às extrações seriadas é complexo e o 
plano de tratamento deve ser 
individualizado e adequado para cada 
caso; 
o Em ortodontia não existe receita. 
 Em 1959 foi definido por Newman os 
principais objetivos da extração seriada: 
1. Diminuir a evolução do problema dento 
alveolar; 
2. Evitar o trauma psicológico da criança; 
3. Encurtar o tempo de tratamento. 
 Robert Bunoni (1943) foi o primeiro 
profissional a descrever a técnica, 
sugerindo a extração dos caninos 
decíduos seguidas dos 1ºs pré-molares; 
 Fox (1803) sugeriu a mesma sequência, 
seguida dos molares permanentes; 
 Newman (1959) relatou que o objetivo 
principal a extração seriada era diminuir a 
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Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Extração Seriada - @resumodontologia Página 2 
 
evolução do problema, evitando o trauma 
psicológico da criança e encurtando o 
tempo de tratamento no futuro; 
 Mayne (1975) também descreveu a 
técnica como uma alternativa de evitar o 
desenvolvimento de uma maloclusão na 
dentição permanente; 
 McNamara (1993) diz que não podemos 
deixar de fazer uma análise do 
desenvolvimento esquelético, muscular 
ou dentário de uma criança com dentição 
mista, para percebermos o intuito da 
realização deste programa de extrações 
seriadas. 
 
3) SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 Sistema esquelético: 
 Deve ser avaliado o tamanho das 
estruturas basais dos maxilares e suas 
relações entre si para avaliar a 
necessidade das extrações seriadas; 
 Um fator importante para o prognóstico 
na evolução esquelética é nível de 
maturação avaliado na radiografia de mão 
e punho; 
 Nos casos de classe I, a extração seriada é 
mais bem sucedida: 
o Pacientes portadores de Classe I, com 
boa harmonia entre o sistema ósseo 
e muscular, são ideais para a 
extração seriada. 
 
 Sistema muscular: 
 A musculatura é a forma primária que 
possibilita o posicionamento dos dentes 
em erupção; 
 Auxilia no alinhamento e 
reposicionamento dos dentes já 
erupcionados. 
 
 Sistema dental: 
a) Classificação de Baume: 
 Tipo I: 
o Apresenta diastemas nos anteriores; 
o Mais favorável para erupção dos 
sucessores permanentes. 
 
 Tipo II: 
o Não possui os diastemas; 
o Arco mais desfavorável, pois facilita o 
apinhamento dos sucessores. 
 
b) Espaços primatas: 
 Na maxila: entre incisivos laterais e 
caninos; 
 Na mandíbula: entre caninos e 1ºs 
molares. 
 
c) Relação distal dos segundo molares 
decíduos: 
 O plano terminal guia a erupção do molar 
permanente (Classe I, II ou III). 
d) Estágio de Nolla: 
0 – Ausência da cripta; 
1 – Presença da cripta; 
2 – Início da calcificação; 
3 – 1/3 da formação da coroa; 
4 – 2/3 da formação da coroa; 
5 – Coroa quase completa; 
6 – Coroa completa (erupção); 
7 – 1/3 da formação da raiz; 
8 – 2/3 da formação da raiz; 
9 – Raiz quase completa e ápice aberto; 
10 – Raiz completa e ápice fechado 
(encerra erupção). 
 Se o dente decíduo for extraído após o 
permanente ter iniciado os movimentos 
ativos de erupção (estágio 6 de Nolla), o 
permanente irromperá precocemente; 
 Se o dente decíduo for extraído antes do 
permamente ter iniciado os movimentos 
ativos de erupção, provavelmente sua 
erupção irá atrasar. 
 
 
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Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Extração Seriada - @resumodontologia Página 3 
 
e) Perímetro do arco dental: 
 Mais importante das dimensões dos arcos 
dentais; 
 O perímetro do arco mandibular diminui 
em relação a arcada maxilar, que aumenta 
em função da inclinação vestibular dos 
incisivos permanentes; 
 Segundo Mayne, a natureza ajuda no 
posicionamento dos incisivos superiores 
permanentes, diminuindo discrepâncias 
existentes através de quatro formas: 
1. Aumento da distância intercaninos de 3 
a 4mm; 
2. Espaços interdentários de 2 a 3mm; 
3. Posição mais anterior dos incisivos 
permanentes ao fazerem sua erupção: 
3mm; 
4. Variações favoráveis na relação de 
tamanho entre os incisivos decíduos e 
permanentes. 
 
4) ANÁLISE DA DENTADURA MISTA 
 ER = distância mesiodistal de cada dente; 
 EP = perímetro do arco. 
 Discrepância positiva: ER EP. 
 Para extração seriada é necessário haver 
discrepância negativa de 5mm em cada 
hemiarco. 
 
5) TÉCNICA DE EXTRAÇÃO SERIADA 
a) Indicações: 
 Pacientes com dentição mista; 
 Má oclusão de Classe I de Angle, bilateral; 
 Bom perfil facial e com discrepância 
dentoalveolar; 
 Relação esquelética craniofacial em 
equilíbrio nos sentidos anteroposterior 
vertical e mesiolateral com discrepância de 
tamanho de dente; 
 A discrepância deve ser de no mínimo 5 
mm em cada quadrante; 
 Não deve haver mordida aberta ou 
sobremordida; 
 Deve haver ausência de diastema fisiológico 
na dentição decídua; 
 O perfil deve ser reto ou levemente 
convexo. 
 
b) Contraindicações: 
 Má oclusão classe I com leve apinhamento; 
 Má oclusão classe III; 
 Classe II divisão II; 
 Ausências congênitas de dentes; 
 Diastemas inter-incisivos; 
 Mordidas abertas severas; 
 Quando não é possível aplicar ortodontia 
corretiva com aparelhagem fixa após as 
extrações. 
 
c) Fases da extração seriada: 
 1ª fase: REVERSÍVEL: 
o Extração dos caninos decíduos; 
o Extração dos 1ºs molares decíduos. 
 2ª fase: IRREVERSÍVEL: 
o Extração dos 1ºs pré-molares. 
 
1. Extração dos caninos decíduos: 
 Ocorre entre 8 e 9 anos; 
 Finalidade de permitir a erupção e 
alinhamento dos incisivos laterais; 
 A posição do incisivo lateral corrigido 
previne a migração mesial dos caninos. 
 
2. Extração dos 1ºs molares decíduos: 
 Ocorre entre 9 e 10 anos; 
 O objetivo é influenciar os primeiros pré-
molares permanentes a erupcionarem 
antes dos caninos, então eles podem ser 
extraídos e os caninos podem se 
movimentar distalmente nesse espaço; 
 Os pré-molares superiores geralmente 
erupcionam antes dos caninos, então a 
sequência de erupção raramente é um 
problema no arco superior. No arco inferior 
os caninos geralmente erupcionam antes 
dos primeiros pré molares, o que provoca o 
deslocamento dos caninos para vestibular. 
 
 
 
 
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Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Extração Seriada - @resumodontologia Página 4 
 
 Para evitar este resultado, os primeiros 
molares decíduos devem ser extraídos após 
os primeiros pré-molares terem 
ultrapassado o estágio 6 de Nolla (coroa 
completamente formada). Isto irá 
geralmente acelerar a erupção do pré-
molar e causar sua entrada no arco antes 
do canino; 
 Pode ocorrer uma complicação se o 
primeiro molar decíduo for extraído cedo e 
o primeiro pré-molar não erupcionar antes 
do canino. Isto pode levar à impacção do 
pré-molar, o que requersua posterior 
remoção cirúrgica; 
 A forma coronária convexa dos segundos 
molares decíduos pode interferir na 
erupção do primeiro pré-molar. 
 
3. Extração dos 1ºs pré-molares: 
 Só deve ser realizado após nova avaliação 
diagnóstica; 
 Finalidade de permitir ao canino irromper 
distalmente no espaço criado pela extração. 
 
6) TÉCNICA DE EXTRAÇÃO SERIADA – TWEED 
1. Extração dos 1ºs molares decíduos: 
 Realizado até os 8 anos, mantendo os 
caninos decíduos no arco; 
 Diminuição da inclinação lingual exagerada 
dos incisivos; 
 Diminuição da sobremordida; 
 Diminuição da concavidade do perfil; 
 Não se preocupa com apinhamento 
anterior. 
 
2. Extração dos 1ºs pré-molares e caninos 
decíduos: 
 Exodontia quando eles chegam ao nível 
gengival e é extraído junto com os caninos 
decíduos; 
 Vai ocorrer o alinhamento anterior e os 
caninos permanentes vão erupcionar. 
 
a) Imperfeições deixadas pela extração 
seriada: 
 Diastemas; 
 Giroversões; 
 Mordida cruzada; 
 Verticalização das raízes dos caninos e 
segundo pré-molar. 
 
b) Vantagens: 
 Melhora na estética; 
 Diminuição do tempo de uso do 
aparelho fixo no futuro; 
 Melhora a higiene com a dissolução do 
apinhamento; 
 Reduz a má oclusão ocasionada por 
discrepância dentoalveolar; 
 A técnica pode facilmente ser utilizada 
em pacientes com problemas psíquicos. 
c) Desvantagens: 
 Inclinação lingual dos incisivos 
inferiores; 
 Sobremordida; 
 Aumento da curva de spee. 
 
 Considerações Finais: 
 Não há uma única orientação da técnica; 
 Raramente proporcionam relações oclusais 
ideais; 
 Necessita de tratamento após a fase de 
extrações; 
 Há ainda que se ter em mente que se deve 
individualizar o tratamento às características 
da má-oclusão presente na criança; 
 A técnica é uma aliada para interceptação de 
maloclusões. Independente da técnica e 
sequência das extrações, o mais importante 
será um diagnóstico correto, pois de este não 
for feito corretamente, os resultados podem 
ser desastrosos. 
 
 
 
 
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Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 4 – 
Cefalometria 
 Estuda as mudanças de feição no crescimento 
facial; 
 Realiza as análises: 
1. Esquelética; 
2. Dentária; 
3. Perfil. 
 Para obtenção da radiografia, é necessário o uso 
do cefalostato, no qual permite que o paciente 
fique imóvel durante a realização do exame; 
 Esse aparelho possui duas olivas que se 
encaixam no ouvido do paciente e uma parte 
anterior que se encaixa na região da glabela. 
 
 Objetivos: 
 Estudar as telerradiografias de frente ou de 
perfil, determinando pontos, planos e 
ângulos, a partir de reparos ósseos pré-
estabelecidos, para estudar as modificações 
pelo crescimento e desenvolvimento 
craniofacial ou a magnitude das anomalias a 
serem tratadas. 
 
 Importância: 
 Estudo do crescimento craniofacial; 
 Diagnóstico das desarmonias dentárias e 
craniofaciais (classe II e III esquelética, 
assimetrias, etc); 
 Avaliação dos casos tratados; 
 Predição do tratamento ortocirúrgico; 
 Comunicação dos objetivos pretendidos. 
 
 Radiografias: 
 Telerradiografia frontal – PA; 
 Telerradiografia de perfil; 
 45°. 
 
 TRAÇADO CEFALOMÉTRICO 
 A análise cefalométrica é realizada a partir de 
reparos ósseos pré-estabelecidos e por meio 
de: 
1. Pontos; 
2. Linhas; 
3. Planos; 
4. Ângulos. 
 
1) ESTRUTURAS DO TRAÇADO 
a) Sela turca 
 
 
 
 
 
 
b) Corpo do esfenoide 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Fissura ptérigo-maxilar 
 
 
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d) Pório 
 
e) Posicionador auricular do cefalostato 
 
 
f) Ossos frontal e nasal 
 
g) Órbita e processo zigomático 
 
 
h) Maxila e dentes superiores 
 
i) Mandíbula e dentes inferiores 
 
 
j) Sínfise mandibular 
 
k) Contorno do perfil mole 
 
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2) ANÁLISE DE TWEED 
a) Pontos 
S – Sela tuca 
N – Sutura frontonasal 
Po – Ponto superior da superfício do pório 
Or – Órbita 
A – Concavidade maior da maxila 
B – Concavidade maior da mandíbula 
Pg – Pogônio (parte mais convexa da 
mandíbula) 
Pg’ – Parte mais convexa do perfil mole 
Me – Sai do mento para o início do corpo da 
mandíbula. 
 
b) Planos 
 A união dos planos forma um triângulo e a 
soma dos ângulos é igual a 180o. 
 Plano horizontal de Frankfort: 
o União do Po com Or: 
 Pório  Or. 
 Plano mandibular: 
o União do Me com a porção inferior 
da mandíbula. 
 Mento  Mandíbula (porção 
inferior). 
 
 
 
 
 Longo eixo do incisivo inferior: 
o Linha vertical que passa pelo incisivo 
inferior: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Ângulos 
 Ângulo IMPA: 
o Formado pela linha do incisivo com o 
plano mandibular; 
o Angulação: 90o (+/- 2 o); 
 Se o ângulo estiver aumentado, 
o incisivo está vestibularizado; 
 Se o ângulo estiver diminuído, o 
incisivo está lingualizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Ângulo FMA 
o Formado pelo plano de frankfort com 
o plano mandibular; 
o Angulação: 25o (+/- 2 o); 
 Se o ângulo estiver aumentado, 
a mandíbula rotacionou no 
sentido horário – maior 
crescimento vertical da 
mandíbula; 
 Se o ângulo estiver diminuído, 
a mandíbula rotacionou no 
sentido anti-horário – maior 
crescimento horizontal da 
mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ângulo FMIA 
o Formado pelo plano de frankfort com 
a linha do incisivo; 
o Angulação: 65o (+/- 2 o); 
o Inversamente proporcional com o 
IMPA (se o IMPA aumenta, o FMIA 
diminui e vice versa); 
 Se um aumentar e o outro 
continuar normal, o plano de 
frankfort é que está alterado. 
 
d) Triangulo diagonal facial 
 IMPA + FMA + FMIA = 180° 
 
 
 
 
3) ANÁLISE DE STEINER 
a) Pontos: 
S – Sela S 
N – Násio 
Ponto A 
Ponto B 
Ponto D (sínfise) 
Pog – Pogônio 
Gn – Gnátio 
Go – Gônio 
b) Planos e linhas 
Plano mandibular 
Plano oclusal 
Longo eixo do ICS 
Longo eixo do ICI 
Linha Sela-Násio – 
SN 
Linha Násio-A – NA 
Linha Násio-B – NB 
Linhas Násio-D – ND 
 
 
 
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c) Ângulos 
 Ângulo SNA: 
o União entre os pontos: S (sela turca), 
N (násio) e A (concavidade maior da 
maxila); 
o Intersecção no N (násio); 
o Angulação: 82o (+/- 2 o); 
 Se o ângulo estiver aumentado, 
a maxila está protruída; 
 Se o ângulo estiver diminuído, a 
maxila está retruída. 
 
 Ângulo SNB: 
o União entre os pontos: S (sela turca), 
N (násio) e B (concavidade maior da 
mandíbula); 
o Intersecção no N (násio); 
o Angulação: 80o (+/- 2 o); 
 Se o ângulo estiver aumentado, 
a mandíbula está protruída; 
 Se o ângulo estiver diminuído, a 
mandíbula está retruída. 
 
 Ângulo ANB: 
o Obtido pela subtração entre SNA e 
SNB; 
 SNA – – SNB = 2o (+/- 2o). 
o Se o ângulo estiver aumentado, 
paciente Classe II esquelética; 
 Se o ângulo estiver diminuído 
(ângulo negativo), paciente 
Classe III esquelética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ângulo Inc Sup-Na: 
o União entre a linha do incisivo 
superior com a NA (násio - 
concavidade maior da maxila); 
o Angulação: 22o (+/- 2o); 
 Se o ângulo estiver aumentado, 
o incisivo está vestibularizado; 
 Se o ângulo estiver diminuído, o 
incisivo está lingualizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Distância Inc Sup-NA: 
o Distância da bossa do incisivo 
superior até a linha NA (násio - 
concavidade maior da maxila); 
o Distância: 4mm; 
 Se a distância estiver 
aumentada, o incisivo está 
protruído; 
 Se a distância estiver 
diminuída, o incisivo está 
retruído. 
 
 Ângulo Inc Inf-NB: 
o União entre a linha do incisivo 
inferior com a NB (násio - 
concavidade maior da mandíbula); 
o Angulação: 25o (+/- 2 o); 
 Se o ângulo estiver aumentado, 
o incisivo está vestibularizado; 
 Se o ângulo estiver diminuído, 
o incisivo está lingualizado. 
 
 
 
 
 Distância Inc Inf-NB: 
o Distância da bossa do incisivo inferior 
até a linha NB (násio - concavidade 
maior da mandíbula); 
o Distância: 4mm; 
 Se a distância estiver 
aumentada, o incisivo está 
protruído; 
 Se a distância estiver diminuída, 
o incisivo está retruído. 
 
 
 
 
d) Avaliação de tecidos moles 
 Linha S: 
o Linha que vai da parte mais convexa 
da base do nariz até o Pog’ (pagônio 
– parte mais convexa do perfil mole); 
o Serve para avaliar a posição dos 
lábios (superior e inferior). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Considerações Finais: 
 A radiografia cefalométrica é um instrumento 
de grande valor no diagnóstico, planejamento 
e avaliação do tratamento ortodôntico, bem 
como no estudo do crescimento e 
desenvolvimento do complexo craniofacial; 
 A cefalometria conferiu precisão à ortodontia, 
mas não se pode ser usada como método 
único para estabelecer a etiologia, diagnóstico 
e plano de tratamento, embora seja um 
instrumento valioso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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o Prevalência: 1 para cada 650 mil 
indivíduos; 
o Fissuras de palato são mais 
frequentes e mais graves/extensas no 
sexo feminino devido ao dimorfismo 
sexual: 
 O palato secundário de 
embriões femininos se fecha 
numa velocidade mais lenta que 
os embriões masculinos; 
 No embrião masculino, 
durante a 7ª semana de vida 
intrauterina enquanto no sexo 
feminino, este período coincide 
com a 8ª semana de vida 
intrauterina. 
 Classificação de acordo com a 
localização (referência 
anatômica: forame incisivo); 
 
o Grupo I: 
 Envolve somente o Palato 
Primário; 
 Varia desde fissura cicatricial no 
lábio superior até um 
rompimento completo do palato 
primário envolvendo o lábio 
superior, rebordo alveolar, 
assoalho da fossa nasal, 
terminando na região do forame 
incisivo. 
 Podem ser: 
- Unilaterais: direita, esquerda 
(completa/incompleta); 
- Bilaterais (completa / 
incompleta); 
- Medianas (completas / 
incompletas). 
 
o Grupo II: 
 Fissura Trans-Forame Incisivo; 
 Fissuras que englobam o lábio 
superior e o palato em toda a 
sua extensão. Todos possuem 
má oclusão; 
 Podem ser: 
- Unilaterais: direita/esquerda; 
- Bilaterais. 
 
o Grupo III: 
 Fissuras Pós-Forame Incisivo; 
 Pouco comprometimento 
estético; 
 Envolvimento anatômico limita-
se à região posterior; 
 Podem ser: 
- Total (Palato duro e mole); 
- Parcial (Somente palato mole). 
 
o Grupo IV: 
 Fissuras Oblíquas; 
 Fissuras Transversais; 
 Fissuras Lábio Inferior. 
 
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o Características: 
 
A. Fissura Pré-Forame Unilateral 
Incompleta; 
B. Fissura Pré-Forame Bilateral 
Incompleta; 
C. Fissura Pré-Forame Unilateral 
Completa; 
D. Fissura Pré-Forame Bilateral 
Completa 
E. Fissura Transforam Unilateral; 
F. Fissura Transforame Bilateral; 
G. Fissura Pós-Forame Completa; 
H. Fissura Pós-Forame Incompleta. 
 
 Paralisia Cerebral: 
o Hipotonia por causa de uma falta de 
comando correto; 
o Essa hipotonia leva ao desequilíbrio 
das forças necessárias para o correto 
desenvolvimento do terço inferior da 
face: 
 Crescimento vertical excessivo; 
 Extrusão dos dentes superiores; 
 Mordida aberta superior. 
 
 Disostose Cleidocraniana: 
o Hipoplasia da clavícula; 
o Retrusão maxilar; 
o Protrusão mandibular; 
o Erupção tardia dos permanentes; 
o Frequência de supranumerário; 
o Hipoplasia do cemento. 
 
 Sífilis Congênita: 
o A principal manifestação oral são os 
dentes de Hutchinson: 
 Dentes em forma de chave de 
fenda ou molares em amora; 
 Torcicolo: 
o Causado pela atrofia do 
esternocleidomastóideo; 
o Leva a: 
 Assimetrias faciais; 
 Desvio da linha média dental; 
o Restringe o crescimento da mesma 
forma que uma cicatriz; 
 
 Febres Exantematosas: 
o Rubéola, catapora, sarampo e 
escarlatina podem afetar o 
desenvolvimento dos dentes; 
o Hipoplasia do esmalte; 
o Erupção retardada; 
 
1.3. Meio Ambiente: 
 Influência Pré-Natal: 
o Posição intrauterina do feto; 
o Fibromas uterinos; 
o Rubéola e uso de drogas; 
o Dieta e metabolismo materno. 
 Influência Pós-Natal: 
o Ingestão de antibióticos; 
o Lesões traumáticas ao nascer; 
o Fratura de côndilo; 
o Tecido cicatricial por queimadura; 
o Anquilose condilar. 
 
1.4. Ambiente Metabólico e Enfermidades 
Predisponentes: 
 Poliomielite; 
 Distrofia muscular; 
 Endocrinopatias da hipófise, tireóide e 
paratireoide. 
 Variam de acordo com o excesso ou 
carência de metabolismo dos hormônios 
produzidos pelas glândulas; 
 Disfunções Endócrinas causam: 
o Hipoplasia dos dentes; 
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o Retardamento ou aceleração do 
crescimento; 
o Distúrbios no fechamento das 
suturas, na erupção e na reabsorção 
dos dentes decíduos; 
 
 Hipotireoidismo: 
o Cretinismo: 
 Arco Dental diminuído; 
 Macroglossia; 
 Retardo no período da erupção 
e no desenvolvimento da 
dentina e da raiz; 
 Hipoplasia do esmalte; 
 Erupção retardada. 
 
 Hipoparatireoidismo: 
o Podem causar interferência na 
mineralização das raízes dentais; 
o Raízes curtas; 
o Esmalte alterado. 
 
1.5. Deficiência Nutricional: 
 São capazes de produzir distúrbio na 
amelogênese: 
o Distúrbios nutritivos com carência 
proteica; 
o Deficiência de ácidos graxos; 
o Carência de vitaminas e minerais. 
 Fatores Nutricionais: 
o Falha nutritiva nas crianças em 
crescimento e desenvolvimento, 
provoca um retardo dos centros de 
ossificação; 
o Deficiência de vitamina A, B, C, D, 
Riboflavina e Iodo: contribui para as 
más formações esqueléticas e 
dentárias. 
 
1.6. Endocrinopatias: 
 Relacionados às glândulas tireoide, 
paratireoide e hipófise; 
 Variam de acordo com o excesso ou 
carência de metabolismo dos hormônios 
produzidos pelas glândulas. 
 
 
1.7. Enfermidades Sistêmicas: 
 Febres agudas, infecções crônicas, paralisias 
cerebrais, distrofias musculares quando 
presentes na fase de crescimento e 
desenvolvimento podem expressar 
alterações na cavidade bucal. 
 
1.8. Hábitos e Pressões Anormais: 
 Hábitos de Sucção de Dedo e Chupeta: 
o A sucção dos dedos, língua e lábios é 
uma atitude instintiva dos mamíferos; 
o Ao nascimento, o bebê apresenta a 
função de sucção completamente 
desenvolvida; 
o A percepção bucal é meio de 
comunicação da criança com o meio 
exterior; 
o O ato de sugar traz sentimento de 
conforto, segurança e satisfação 
emocional; 
o No caso de impossibilidade de 
amamentação materna, é recomendado 
o uso mamadeira com bico ortodôntico 
pois o orifício de saída do alimento é 
reduzido, exigindo que o bebê succione 
de modo muito semelhante à 
amamentação no peito. 
 
 
 
Bico Convencional X Bico Ortodôntico 
 
 
 
 
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 Causas adquiridas proximais – Hábitos 
Bucais: 
o Uma oclusão normal é construída com 
base no: 
 Equilíbrio entre as bases ósseas, a 
musculatura adjacente e a 
musculatura intra e extrabucal; 
 Engrenamento dos arcos dentários, 
ou seja, proporção correta entre 
maxila e mandíbula; 
 Posicionamento dentário; 
 Função normal dos músculos do 
sistema estomatognático. 
o Mecanismo do Bucinador: 
 Equilíbrio de forças entre a língua, 
os lábios e as bochechas sobre os 
dentes e as estruturas ósseas. 
 
 Considera-se normal a sucção de 
dedo ou chupeta no início do 
desenvolvimento infantil; 
 A oposição dos pais ao hábito de 
sucção, geram consequências 
psicológicas; 
 À medida que a criança começa a 
desenvolver outros meios de 
comunicação externa, acaba por 
abandonar o hábito de sucção; 
 A persistência do hábito a partir da 
dentadura mista, com a irrupção 
dos incisivos permanentes, constitui 
um potente fator etiológico das 
más oclusões; 
 O dedo e a chupeta, durante a 
sucção, interpõem-se entre os 
incisivos superiores e inferiores, 
restringindo a irrupção destes 
dentes, enquanto os dentes 
posteriores continuam a 
desenvolver-se no sentido vertical. 
 
 
o Uso de chupeta: 
 Mordida aberta, de forma circular e 
bem circunscrita. 
 
o Sucção Digital: 
 Inclinação dos incisivos superiores 
para vestibular, surgindo diastemas 
entre eles, com os incisivos 
inferiores inclinados para lingual. 
 Outros fatores relacionados à 
sucção digital: 
- Respiração Bucal: 
- Retrognatismo mandibular; 
-Musculatura labial superior 
hipotônica; 
- Atresia do palato; 
- Interposição lingual;- Calo ósseo na região do polegar; 
- Assimetria anterior; 
- Atresia do arco superior; 
-Musculatura labial inferior 
hipertônica; 
- Prognatismo maxilar. 
 
1.9. Postura: 
 Uma postura inadequada pode ser causa de 
más oclusões; 
 A projeção do pescoço para frente tende a 
levar a um retrognatismo mandibular e uma 
protrusão maxilar. 
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 1.10. Acidentes e Traumatismo podem causar: 
 Descoloração do esmalte; 
 Hipoplasia do esmalte; 
 Dilaceração coronária; 
 Má formação semelhante a um odontoma; 
 Duplicação de raiz; 
 Dilaceração radicular; 
 Interrupção na formação da raiz; 
 Desaparecimento de todo o germe dental; 
 Impactação do dente permanente; 
 Erupção ectópica prematura ou tardia. 
 1.11. Acidentes e Traumatismo. 
 
2. INTRÍNSECOS OU LOCAIS: 
2.1. Anomalias de Número: 
 Anadontias e supranumerários; 
 Possuem origem hereditária; 
 Associada a deformidades congênitas 
(displasia ectodérmica/Disostose 
cleidocraniana); 
 Dentes supranumerários e agenesias 
(associam-se a evolução humana); 
 
2.2. Anomalias de Forma: 
 Macrodontia; 
 Microdontia; 
 Dentes conóides; 
 Talon Cusp ou Cuspide de Garra; 
 Fusão; 
 Geminação; 
 Geminação e Fusão 
 
2.3. Freios Labiais e Mucosa: 
 Freio Labial Superior: 
o Consiste em uma 
lâmina fibrosa de 
tecido conjuntivo 
com forma 
triangular; 
o Nos recém nascidos 
o freio estende-se desde o lábio 
superior até inserir-se na papila lingual, 
cruzando o rebordo alveolar; 
 
o Durante o desenvolvimento da 
oclusão: 
 A inserção do freio paulatinamente 
desloca-se para a superfície 
vestibular do processo alveolar, 
alcançando as proximidades do 
limite mucogengival. 
 
2.4. Perda prematura de dentes decíduos: 
 Leva à mesialização dos dentes 
posteriores, distalização dos dentes 
anteriores e extrusão dos antagonistas. A 
associação desses fatores reduz o espaço 
para os dentes permanentes, instalando-
se uma má oclusão. 
 
2.5. Via de erupção anormal: 
 Possíveis causas: 
o Rizólise tardia; 
o Anquilose do dente decíduo; 
o Agenesia do sucessor permanente; 
o Distúrbios endócrinos. 
 
2.6. Anquilose: 
 Frequência entre 6 e 12 anos; 
 Causa: 
o Lesão, que ocasiona alterações no 
ligamento periodontal com formação 
de uma ponte óssea unindo o 
cemento e a lâmina dura. 
 
2.7. Cárie Dental: 
 Interproximais: 
o Responsáveis pela redução do 
comprimento do arco dentário; 
 No geral, as cáries provocam a extração 
prematura de dentes decíduos; 
 A incidência de cárie no Brasil ainda é a 
maior responsável pelo aumento do 
número de más oclusões. 
2.10. Outros fatores: 
 Retenção prolongada de dentes decíduos; 
 Erupção tardia dos dentes permanentes; 
 Restaurações Inadequadas; 
 
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 2.11. Diagrama representativo dos 3 fatores 
etiológicos básicos das más oclusões: 
OBS.: Fatores extrínsecos podem causar problemas 
intrínsecos. Estes fatores estão associados. 
 
 
 O que seria a oclusão perfeita? 
 Oclusão normal: 
 Complexo constituído pelos dentes, 
maxila e mandíbula, e em posição 
normal dos planos inclinados dos 
dentes, em harmonia com suas bases 
ósseas e forças musculares, apresentam 
pontos de contatos proximais e 
inclinações axiais corretas. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MOYERS, R.E. Ortodontia. Trad. Martins, D.R. 3a ed. 
PROFFIT, W.R. Ortodontia Contemporânea. Pancast 
Editorial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – 
Classificação das Maloclusões 
 Histórico: 
 Edward H. Angle, cuja influência começou a ter 
destaque por volta de 1890, foi responsável 
por grande parte do desenvolvimento de um 
conceito de oclusão na dentição natural; 
 O estabelecimento da classificação da má 
oclusão de Angle na década de 1890 foi um 
passo importante no desenvolvimento da 
ortodontia não somente porque ela subdividiu 
os principais tipos de má oclusão, mas também 
porque foi a primeira definição clara e simples 
de oclusão normal em uma dentição natural; 
 O postulado de Angle afirmava que os 
primeiros molares superiores eram a chave da 
oclusão e que os molares superiores e 
inferiores deveriam se relacionar de modo que 
a cúspide mesiovestibular do molar superior 
ocluísse no sulco vestibular do molar inferior; 
 Se os dentes estivessem dispostos em 
uma curva suave de oclusão, e esta 
relação de molar existisse então se teria 
como resultado uma oclusão normal; 
 As classificações não servem como sistema de 
diagnóstico ou para determinar prognóstico; 
 Além disso, não define tratamento. 
 
 Importância das classificações: 
 Reunir um grupo de casos clínicos para facilitar 
a manipulação e a discussão; 
 Facilita a referência; 
 Serve de comparação; 
 Facilita a autocomunicação; 
 Organização: 
 Simplicidade; 
 Clareza; 
 Praticidade; 
 Precisão; 
 Ser completa. 
 Importante que a classificação seja feita de 
forma completa. 
 
 
 
 
 
 Linha de oclusão: 
 Relacionamento oclusal e interarcos quando a 
posição dos molares está estabelecida; 
 Maxila: 
 A linha passa pela 
fossa central de cada 
molar superior e 
através do cíngulo dos 
caninos e incisivos 
superiores. 
 
 Mandíbula: 
 A linha passa pelas 
cúspides vestibulares e 
bordas incisais dos 
dentes inferiores. 
 
 Tipos de Face: 
 Braquicefálico: 
 Possui rosto largo e 
musculatura facial 
hipertônica; 
 Em caso de mordida aberta 
devido ao uso de chupeta, a 
reversão pode ser feita 
apenas com a interrupção do 
hábito até os 3 anos, devido à 
força da musculatura. 
 
 Dolicocefálico: 
 Possui rosto longo e 
musculatura facial hipotônica; 
 A reversão natural de 
problemas oclusais em 
decorrência de hábitos bucais é 
mais difícil devido à força reduzida da 
musculatura. 
 
 Mesocefálico: 
 Proporções medianas; 
 Corresponde à maior parte da 
população. 
 
 
 
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 Classificação de Angle: 
 Maloclusão é um termo mais expressivo e 
abrangente que envolve cúspides, coroas, 
raízes, arcadas entre si, músculos, lábios e 
harmonia facial; 
 O sistema de Angle é baseado nas relações 
anteroposteriores dos maxilares um com o 
outro; 
 A teoria dele é que o primeiro molar superior 
permanente está invariavelmente na posição 
correta – constância da posição do 1º molar 
permanente; 
 Classificação estritamente dentária; 
 Os caninos auxiliam na classificação. 
 A classificação de Angle tem quatro classes: 
1. Oclusão normal; 
2. Má oclusão Classe I; 
3. Má oclusão Classe II; 
4. Má oclusão Classe III. 
 A oclusão normal e a má oclusão Classe I 
compartilham a mesma relação molar, mas 
diferem na disposição dos dentes em relação 
à linha de oclusão; 
 A linha de oclusão pode ou não estar correta 
nas Classes II e III. 
 
Classificação de Angle 
Vantagens Críticas 
- Tradicional; 
- Prática; 
- Simples; 
- Clara; 
- Popular. 
- Não considera as 
discrepâncias num plano 
vertical ou transversal; 
- Baseada na posição dos 
1ºs molares superiores; 
- Puramente dentária. 
 
 Princípios básicos: 
 O corpoda mandíbula e seu correspondente 
arco dentário devem ocupar na anatomia 
craniana uma posição; 
 Os primeiros molares permanentes 
superiores ocupam uma posição fixa e 
definida em relação à anatomia craniana; 
 Se houver modificação na posição dos 
primeiros molares superiores esta se 
evidenciará pela mudança das inclinações 
axiais da arcada superior, principalmente dos 
caninos; 
 Uma oclusão normal deve possuir: 
 Overjet e overbite adequados: 1 a 2 mm; 
 Ausência de giroversões; 
 Presença de chave de molares e caninos. 
 
 CLASSES: 
 
 ANGLE CLASSE I 
(neutroclusão): 
 Cúspide mesiovestibular 
do 1º molar superior 
oclui no sulco 
mesiovestibular do 1º 
molar inferior; 
 Há harmonia entre as arcadas, isto é, 
comprimento do osso da maxila compatível 
com o comprimento da mandíbula. 
 Características: 
 Cúspide mesiovestibular do 1º molar 
superior oclui no sulco mesiovestibular do 
1º molar inferior (neutroclusão). 
 Perfil facial: normalmente é reto, mas 
pode ser convexo (biprotrusão); 
 Tipo facial: normalmente é mesocefálico; 
 Ausência de problemas esqueléticos; 
 Pequenos desvios dentários: 
o Desvios do ponto de contato; 
o Apinhamento; 
o Giroversões; 
o Desarmonia do alinhamento. 
 Quando os incisivos estão vestibularizados 
o perfil do paciente será convexo. 
 Etiologia: 
 Perda prematura dos decíduos; 
 Retenção prolongada; 
 Dentes supranumerários; 
 Freios labiais; 
 Caninos inclusos e biprotrusão. 
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 Classe I – biprotrusão: 
 Incisivos vestibularizados = perfil convexo; 
 
 
 
 ANGLE CLASSE II (distoclusão): 
 Características: 
 Cúspide mesiovestibular do 1º molar 
superior oclui na vertente distal do 2º pré-
molar inferior (distoclusão). 
 Relação distal da mandíbula em relação à 
maxila; 
 
 Angle Classe II – 1ª DIVISÃO: 
 Características: 
o Overjet acentuado; 
o Overbite 
exagerado; 
o Curva de 
Spee 
acentuada; 
o Arcos estreitos; 
o Palato profundo; 
o Hiperatividade do músculo 
mentoniano; 
o Associado a respiração bucal; 
o Perfil facial: convexo; 
o Tipo facial: dolicocefálico; 
o Ausência de problemas 
esqueléticos; 
o Lábio superior curto; 
o Incisivos a mostra; 
o Base do nariz estreita; 
o Mandíbula para trás; 
 
 Etiologias: 
o Sucção do lábio inferior; 
o Sucção do dedo polegar; 
o Respiração bucal; 
o Falta de crescimento da mandíbula; 
o Crescimento exagerado do maxilar 
 
 
 Angle Classe II – 2ª DIVISÃO: 
 Características: 
o Incisivos centrais bem 
verticalizados; 
o Incisivos laterais superiores a frente 
dos centrais; 
o Overjet menor que a classe I; 
o Overbite exagerado; 
o Curva de Spee plana; 
o Apinhamento anterior superior; 
o Arcos amplos e achatados na região 
anterior (inclinação para lingual); 
o Perfil facial: reto ou levemente 
convexo; 
o Tipo facial: normalmente 
braquicefálico; 
o Falta de harmonia anteroposterior; 
o Boa competência labial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Etiologias: 
 Falta de crescimento anteroposterior da 
mandíbula; 
 Crescimento alterado, levando ao 
deslocamento da maxila pra baixo e para 
frente. 
 
 Angle Classe II - SUBDIVISÕES: 
 Quando a distoclusão ocorre apenas de 
um lado do arco, por exemplo: 
o Classe II (divisão 1) do lado direito e 
classe I do lado esquerdo: 
- Classe II, divisão 1ª, subdivisão 
direita. 
o Classe II (divisão 2) do lado esquerdo 
e classe I do lado direito: 
- Classe II, divisão 2ª, subdivisão 
esquerda. 
 1º molar inferior relaciona-se 
mesialmente com o superior; 
 Há uma relação mesial da mandíbula com 
a maxila. 
 
 
 ANGLE CLASSE III (mesioclusão): 
 1º molar inferior relaciona-se mesialmente 
com o superior; 
 Há uma relação mesial da mandíbula com a 
maxila. 
 Característica: 
 Sobremordida exagerada ou mordida 
aberta; 
 Perfil facial: normalmente côncavo; 
 Tipo facial: pode ser braquicefálico, 
dolicocefálico ou mesocefálico; 
 
 Subdivisão: 
 Quando a mesioclusão ocorre apenas de 
um lado do arco, por exemplo: 
o Classe III do lado direito e classe I do 
lado esquerdo 
- Classe III subdivisão direita. 
 CLASSIFICAÇÃO DE LISCHER: 
 Além das relações dos arcos classificou as 
posições dentárias; 
 Classifica a situação de cada dente de acordo 
com o desvio apresentado; 
 Referência: linha de oclusão; 
 Nomenclatura: [direção do desvio dentário (1 
ou mais pré-fixos) + versão] 
 
1. LABIOVERSÃO: 
 Dente inclinado para a região labial; 
 Usado para dentes anteriores. 
 
 
 
 
 
2. VESTIBULOVERSÃO: 
 Dente inclinado para a região do vestíbulo 
oral; 
 Usado para dentes posteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
3. LINGUOVERSÃO: 
 Dente inclinado para a região lingual; 
 Usado para dentes inferiores. 
 
4. PALATOVERSÃO: 
 Dente inclinado para a região do palato; 
 Usado para dentes superiores. 
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5. MESIOVERSÃO: 
 Dente inclinado para o lado mesial, 
tomando a linha média como referência. 
 
 
 
 
 
6. DISTOVERSÃO: 
 Dente inclinado para distal, tomando a 
linha média como referência. 
 
7. GIROVERSÃO: 
 Dente girado sobre seu próprio eixo. 
 
 
8. INFRAVERSÃO: 
 Dente em infraoclusão; 
 Se encontra abaixo da linha de oclusão. 
 
 
 
 
 
9. SUPRAVERSÃO: 
 Dente que se encontra acima da linha da 
oclusão: 
 
 
 
 
 
 
 
10. TRANSPOSIÇÃO: 
 Dente que se encontra na posição de outro 
dente. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MOYERS, R.E. Ortodontia. Trad. Martins, D.R. 3a ed. 
PROFFIT, W.R. Ortodontia Contemporânea. Pancast 
Editorial 
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Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 1 – 
Hábitos Bucais 
 Hábitos Bucais: 
 O cirurgião-dentista possui a responsabilidade 
de detectar precocemente alguns problemas, 
como a respiração oral e a instalação de 
hábitos deletérios como a sucção de chupeta e 
dedo; 
 Hábito é um comportamento adquirido que, 
muitas vezes praticado, torna-se inconsciente 
e passa a ser incorporado à personalidade da 
pessoa; 
 A sua instalação ocorre por ser agradável e 
trazer satisfação e prazer no início, mas, em 
função da repetição contínua, automatiza-
se, aperfeiçoa-se e torna-se inconsciente. 
 A criança possui impulsos naturais, mesmo 
antes de nascer; 
 Psique: Ato de relação do ser com o mundo: 
 1º ato: entrada de ar no pulmão – dor, 
choro. 
 A sucção é considerada um impulso natural do 
bebê, sendo que, para Freud, a fase oral se 
estende até o primeiro ano de vida; 
 A amamentação é um ato de sucção 
importante para a nutrição, para o 
desenvolvimento emocional, para a respiração 
e também para a deglutição; 
 Após a fase de sucção vem a da apreensão, 
seguida do ato de morder, quando nascem os 
primeiros dentes, e, por fim, a fala, já que os 
dentes são considerados de extrema 
importância nesse processo; 
 A fase da apreensão coincide com o período 
da introdução de outros alimentos; 
 Quando a criança começa a morder (7 a 8 
meses de vida), recomenda-se a 
estimulação com brinquedos para aliviar os 
sintomas relacionados à erupção dos 
primeiros dentes. 
 Quando o bebê não consegue amamentar, é 
necessário uma investigação mais detalhada 
para detectara causa, que pode ser tanto 
relacionada à criança (inserção do freio lingual, 
por exemplo), quanto à mãe (adversidades nas 
mamas). 
 
1) Deglutição Normal: 
1.1. Fase Bucal: 
 Mandíbula em descanso; 
 Língua em descanso, com a 
ponta contra os incisivos; 
 Lábios em contato passivo; 
 Palato mole inclinado para 
baixo e apoiado contra o dorso da 
língua; 
 Ao deglutir: 
 Lábios passivos; 
 Mandíbula estabilizada; 
 Dentes em contato; 
 Língua apoiada rapidamente nas faces 
linguais dos dentes (ponta e lateral); 
 Palato mole abaixa ainda mais. 
 
1.2. Fase Faríngea: 
 O palato mole se levanta para fechar a 
passagem da nasofaringe; 
 A epiglote posiciona horizontalmente, 
obliterando a laringe, juntamente com os 
músculos; 
 Ocorre controle respiração/deglutição 
 
1.3. Fase Esofágica: 
 O bolo alimentar se desloca para o esôfago 
com o movimento da epiglote. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2) Deglutição Atípica: 
 2.1. Causas: 
 Desequilíbrio do controle nervoso; 
 Ex: pacientes com paralisia cerebral. 
 Tonsilas inflamadas; 
 Macroglossia; 
 Anquiloglossia; 
 Freio labial anormal; 
 Logo ao nascer, o bebê passa por 
avaliação do freio com um fonoaudiólogo 
– teste da linguinha. 
 Perdas dentárias precoces; 
 Diastemas; 
 Desnutrição; 
 Hábitos alimentares inadequados na primeira 
infância; 
 Respiração bucal; 
 Sucção de dedo. 
 
 2.2. Tipos: 
 Com pressão atípica de lábio: 
 Mordida profunda. 
 Com pressão atípica de língua: 
 Mordida aberta. 
 
 Hábitos Bucais: 
1) Respiração Oral: 
 É a situação onde a boca assume o papel do 
nariz durante a respiração; 
 Pode alterar o crescimento da fase, das 
arcadas dentárias e comprometer o 
desenvolvimento global da criança. 
 Características: 
 Desenvolvimento assimétrico dos 
músculos faciais, ossos do nariz, lábios e 
bochechas; 
 Lábio inferior curto; 
 Mandíbula posicionada para trás e pouco 
desenvolvida; 
 Alteração da musculatura da face que 
pode influenciar a posição e forma dos 
arcos dentários; 
 Dentes projetados para frente; 
 Palato ogival (céu da boca alto e 
profundo); 
 
 
 
 
 
 Dificuldade para mastigar e engolir 
alimentos duros; 
 Atresia da arcada superior, podendo 
causar mordida cruzada posterior; 
 Postura corporal comprometida, com o 
pescoço para frente, os ombros curvados 
comprimindo o tórax e o peito afundado; 
o Essas alterações faz com que a 
respiração seja rápida e curta, o que 
causa um cansaço constante; 
 Face alongada. 
 
 Sinais e Sintomas: 
 Lábios entreabertos; 
 Ronco, sono agitado e 
pesadelos; 
 Baba durante o sono, 
pois dorme de boca 
aberta; 
 Olheiras e aspecto de cansado; 
 Irritabilidade por noites mal dormidas, 
podendo ficar hiperativos ou sonolentos 
durante o dia; 
 Respiração barulhenta; 
 Por causa da flacidez na boca e na língua, 
o processo de mastigação e deglutição 
também ficam comprometidos; 
 Assimetria da face e narinas estreitas; 
 Come rápido, mastiga pouco, utiliza 
líquido para auxiliar na hora de engolir e 
prefere alimentos pastosos; 
 A fala, sono e concentração sofrem danos; 
A criança não precisa apresentar todas as alterações, 
mas é importante que a família fique atenta. O 
atendimento precoce significa melhor qualidade de 
vida. 
 
 
 
 
 
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 Aspectos Radiográficos: 
 Radiografia Panorâmica: 
o Radiopacidez na cavidade nasal, 
especialmente de um lado. 
 NORMAL 
 ALTERADO 
 
 Telerradiografia: 
o Volume reduzido da orofaringe. 
 NORMAL ALTERADO 
 Hábitos Deletérios: 
 Podem começar ainda na fase intrauterina, 
como o hábito de sucção de dedo; 
 Podem interferir no crescimento e 
desenvolvimento dos ossos da face; 
 Necessita de estudos interdisciplinares em 
relação às suas origens nos meios médico, 
psicológico, fonoaudiológico e odontológico. 
 
 Classificação: 
 Intrínsecos: 
o Sucção de língua ou lábios; 
o Hábito de morder a bochecha. 
 Extrínsecos: 
o Chupeta, dedo e caneta. 
 
 Tipos: 
 Sucção não nutritiva: 
o Sucção de chupeta; 
o Sucção digital. 
 Hábitos de morder: 
o Objetos; 
o Unha (onicofagia); 
o Bruxismo. 
 Hábitos parafuncionais: 
o Respiração bucal; 
o Deglutição atípica; 
o Alteração de fala. 
 
 Causas: 
 Fisiológicas: 
o Respiração bucal 
por hipertrofia das 
adenoides, desvio 
de septos e pólipos 
nasais. 
 
 Emocionais: 
o Cobrança excessiva dos pais; 
o Comportamento maduro; 
o Aceitação da responsabilidade; 
o Inconstância no comportamento dos 
pais; 
o Nascimento de um irmão; 
o Ansiedade; 
o Insegurança; 
o Medo. 
 
 Aprendizado condicionado: 
o Comportamento aprendido para alívio 
de um desconforto. 
 
 
 
 
 
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Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 1 – Hábitos Bucais - @resumodontologia Página 4 
 
1) Sucção NÃO Nutritiva: 
 Quando a criança faz 
sucção digital, ela está 
mantendo a pressão nos 
maxilares, que ocasionará 
futuramente uma má 
oclusão, denominada de 
mordida aberta; 
 Os fatores ambientais são determinantes na 
incidência da maloclusão em idade precoce, 
assim como os problemas de ordem genética 
são em idades mais avançadas; 
 Os distúrbios funcionais podem ser 
considerados como agentes etiológicos 
primários ou secundários, além de poder 
corroborar com a predisposição a desordens 
temporomandibulares; 
 Está relacionada com a distoclusão, mordida 
aberta, mordida cruzada e mordida profunda; 
 Impactos sociais: 
 Gagueira; 
 Tendência antissocial; 
 Perversão social. 
 Tratamento: 
 Reportar ao fator etiológico. 
 
2) Bruxismo: 
 É uma atividade parafuncional caracterizada 
pelo hábito de ranger ou apertar os dentes, 
ocorrendo com maior frequência no período 
noturno, especialmente em crianças muito 
ansiosas; 
 Geralmente é identificado pelos pais, devido à 
intensidade do ruído; 
 Na criança, a maioria dos desgastes produzida 
é mínima e, portanto, o tratamento 
odontológico não é indicado, recomendando-
se apenas um acompanhamento psicológico. 
No entanto, quando a frequência, a 
intensidade e a duração do hábito ultrapassam 
um limite tolerável, a intervenção 
odontológica é necessária. 
 
 
 
 
 Problema que podem ser observados em crianças 
de 6 a 8 anos: 
 Excesso de espaço; 
 Apinhamento; 
 Mordida aberta; 
 Sobremordida; 
 Sobressaliência; 
 Erupção anormal; 
 Mordida cruzada anterior; 
 Mordida cruzada posterior; 
 Mordida cruzada total. 
 
 Aparelhos auxiliares: 
 Aparelho ortodôntico removível com 
grade lingual; 
 Placa lábio ativa; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada criança é única e cada família tem suas crenças 
que devem ser respeitadas. Cabe ao profissional 
esclarecer sobre os prós e contras de cada atitude em 
relação ao desenvolvimento da criança e cabe à 
família escolher qual atitude adotar, visando sempre o 
bem estar do indivíduo que está em desenvolvimento. 
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Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 2 – 
Mordida Cruzada 
 Diagnóstico: 
 O diagnóstico da mordida cruzada deve ser 
feito analisando a face de forma 
tridimensional, observando: 
 Transversal; 
 Vertical; 
 Antero posterior/sagital. 
 
 Tipos de Mordida: 
Problemas anteroposteriores e/ou 
transversos: 
 Mordida cruzada anterior: 
o Quando envolve os dentes 
anteriores; 
 Mordida cruzada posterior: 
o Quando envolve os dentes 
posteriores, independente do 
envolvimento dos dentes 
anteriores. 
 Tanto para a mordida cruzada posterior 
quanto para a anterior é importante a 
distinção entre etiologia dentária e 
esquelética. 
 Problema Vertical: 
 Mordida aberta; 
 Mordida profunda. 
MORDIDA CRUZADA ANTERIOR 
 A maioria das crianças com mordida cruzada 
anterior, especialmente se mais de um ou dois 
dentes estão cruzados, tem um problema 
esquelético; 
 Se múltiplos dentes estão em mordida cruzada 
anterior, é quase certo que o problema seja de 
discrepância entre as bases ósseas, e não de mau 
posicionamento dentário; 
 A mordida cruzada de todos incisivos raramente é 
encontrada em crianças que não possuam uma 
relação esquelética de Classe III; 
 Um ou dois dos dentes anteriores podem estar 
cruzados em uma criança que tenha boas 
proporções faciais; 
 Há uma tendência do ILS erupcionar à lingual; 
 A recidiva da mordida cruzada é improvável na 
ausência de problema esquelético; 
 Tipos: 
 Dentária: 
 Tipicamente se desenvolvem enquanto 
os incisivos permanentes erupcionam; 
 As diagnosticadas depois do 
estabelecimento da sobremordida 
requerem terapia com aparelhos para 
sua correção; 
 Características: 
o Mudança na inclinação axial; 
o Boa relação esquelética basal; 
o Palato-versão dos incisivos 
superiores; 
o Lábio-versão do incisivo inferior; 
o Combinação de ambos. 
 Esquelética: 
 Desarmonia da base óssea; 
 Presença de retrognatismo maxilar ou 
de prognatismo mandibular; 
 Pode haver uma combinação de ambos. 
 Funcional: 
 Decorrente de acomodação postural da 
mandíbula; 
 Ocorre devido a uma adaptação 
funcional às interferências dentárias, 
como contato prematuro, levando a um 
desvio mandibular. 
 
 Etiologia: 
 O fator etiológico mais comum para as 
mordidas cruzadas anteriores não 
esqueléticas é a falta de espaço para os 
incisivos permanentes, sendo importante 
focar o plano de tratamento na 
administração do espaço total e não apenas 
na mordida cruzada; 
 Já a esquelética ocorre por atresia maxilar ou 
alargamento mandibular; 
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 Desvio da direção de irrupção também pode 
levar a mordida aberta anterior, sendo 
causado por: 
 Trauma no dente decíduo; 
 Retenção prolongada do dente decíduo; 
 Presença de supranumerários; 
 Deficiência no comprimento do arco. 
 Os hábitos bucais possuem forte influência 
no aparecimento dessa má oclusão, 
destacando-se: 
 Interposição de lábio; 
 Uso incorreto de chupeta; 
 Contatos prematuros; 
 Padrão esquelético desfavorável. 
 
 Tratamento: 
 Se a mordida cruzada em desenvolvimento 
for descoberta antes da completa erupção e 
a sobremordida ainda não estiver 
estabelecida, os dentes decíduos adjacentes 
poderão ser extraídos para fornecer o espaço 
necessário; 
 A primeira preocupação é o espaço 
adequado para o movimento dentário, o que 
normalmente requer desgastes bilaterais, 
extração dos dentes decíduos adjacentes ou 
abertura de espaço para o movimento 
dentário; 
 A avaliação de diagnóstico deve determinar 
se a inclinação irá proporcionar correção 
adequada. 
 Dentária ou Funcional: 
 Tala de Madeira: 
o Deve ser usada 4h por dia durante 1 
a 2 semanas; 
o Necessita da colaboração do 
paciente; 
o A tala deve ser colocada na palatina 
dos dentes superiores, aplicando a 
força para vestibular. 
 Plano inclinado fixo: 
o Possui a mesma finalidade que a 
tala de madeira, porém o aparelho 
é fixado nos dentes em questão. 
 
 Placa com mola digital (batente + mola): 
o Também necessita da colaboração 
do paciente; 
o É móvel e deve ser removido 
apenas durante as refeições e 
higienização; 
o A ativação é feita a cada 15 dias. 
 
 Arco lingual com molas digitais: 
o Um dos aparelhos fixos mais 
simples para 
correção do 
apinhamento dos 
incisivos 
superiores com 
mordida cruzada 
anterior 
moderada; 
o Algumas vezes denominadas mola 
chicote; 
o Por ser fixo, é indicado para 
crianças em que se pode prever 
problemas de colaboração; 
o Quando essas molas são ativadas 
adequadamente a cada visita 
mensal, elas produzem movimento 
dentário a uma taxa ótima de 1 mm 
por mês; 
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o Os maiores problemas são 
distorção e quebra devido à pouca 
colaboração do paciente e má 
higiene oral, que pode levar a 
descalcificações e deterioração. 
 
 Bimler C: 
o É projetado para correção precoce 
das classes III e mordidas cruzadas 
anteriores; 
o O objetivo é estimular o 
crescimento da maxila e posicionar 
a mandíbula em uma posição 
retruída. 
 Aparelho 4x2: 
o São usadas 2 bandas nos molares e 
4 bráquetes colados nos incisivos; 
o Esta pode ser a melhor escolha para 
um paciente mais velho em 
dentição mista; 
o Vários incisivos podem ser 
corrigidos com esse método em um 
período curto de tempo; 
o A correção não será mantida se a 
mordida cruzada for esquelética e 
não dentária; 
o Em casos em que é necessário 
levantar a mordida do paciente, 
coloca-se resina nas oclusais, para 
permitir a movimentação dos 
dentes anteriores para vestibular e 
descruzar a mordida. 
 Esquelética: 
 Pacientes Jovens: 
o Pode ser usada uma máscara facial 
para tração reversa e um disjuntor 
palatino que servirá de suporte 
para a máscara; 
o Tipos de disjuntor: 
1. Hyrax – dentossuportado; 
2. Hass – dentomucossuportado 
 
 
 Pacientes Adultos: 
o Pode ser feita apenas a 
compensação dentária ou realizar 
uma cirurgia ortognática. 
 
MORDIDA CRUZADA POSTERIOR 
 Tipos: 
 Dentária: 
 Comprometimento das angulações 
axiais; 
 Afetam alguns dentes; 
 Menos severas; 
 Lingual: 
o Cúspide vestibular do superior na 
fossa do inferior. 
 Lingual completa: 
o Face vestibular do superior 
totalmente pela lingual. 
 Vestibular: 
o Face palatina do superior na face 
vestibular do inferior. 
SÍNDROME DE BRODIE 
Má oclusão que se caracteriza por uma relação 
anormal no sentido vestibulo-lingual entre a maxila e 
a mandíbula, onde a maxila engloba toda a 
mandíbula, ou seja, em mordida cruzada vestibular 
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total. Pode resultar de um excesso de largura maxilar 
ou de uma atresia severa mandibular. 
 Funcional: 
 Ocorre por interferência dentária; 
 Unilateral; 
 Observar o desvio de linha média. 
 Esquelética: 
 Comprometimento das bases ósseas; 
 Múltiplos dentes envolvidos; 
 Falta harmonia entre as larguras dos 
maxilares; 
 Inclinação axial correta; 
 Linha média coincidente; 
 Atresia de maxila. 
 
 Etiologia: 
 A mordida cruzada posterior bilateral com 
envolvimento completo de uma cúspide 
quase sempre tem um componente 
esquelético; 
 A mordida cruzada posterior unilateral quase 
sempre ocorre devido ao mau 
posicionamento dentário, mas pode ser 
resultante de assimetria esquelética; 
 Hábitos viciosos, força postural, respiração 
bucal e fenda palatina também estão 
envolvidos na etiologia. 
 
 Tratamento: 
 Difere de acordo com sua causa subjacente; 
 Existem três abordagens básicas para o 
tratamento das mordidas cruzadas 
posteriores moderadas nas crianças: 
 Desgastes para eliminar o deslocamento 
mandibular; 
 Expansão do arco superior constrito; 
 Reposicionamentoindividual dos dentes 
para eliminar a assimetria intra-arco. 
 Finalidades do tratamento: 
 Eliminar os desvios funcionais, o 
desgaste nos dentes permanentes já 
erupcionados e a possível assimetria 
dento-alveolar; 
 Aumentar o perímetro do arco e 
promover mais espaço para os dentes 
permanentes. 
 A recidiva é improvável na ausência de 
problema esquelético; 
 Correção precoce simplifica o tratamento 
futuro. 
 Esqueléticas: 
 As mordidas cruzadas esqueléticas, que 
geralmente resultam de uma maxila 
estreita e às vezes de uma mandíbula 
excessivamente larga, em geral são 
tratadas com forças intensas para abrir a 
sutura palatina mediana e alargar a 
maxila. 
 
 Dentárias: 
 As mordidas cruzadas dentárias são 
tratadas pela movimentação dos dentes 
com forças menos intensas; 
 Forças intensas e expansão rápida não 
estão indicadas na dentição decídua ou 
no início da mista, pois há risco 
significativo de distorção do nariz se 
esse procedimento for executado em 
crianças jovens. 
 
 Funcional: 
 Em poucos casos, observados 
principalmente na dentição decídua ou 
início da mista, a posição levemente 
lingual dos caninos decíduos pode levar 
a interferências oclusais, resultando em 
deslocamento que se transforma em 
mordida cruzada posterior; 
 Nesse caso, é necessário de apenas um 
pouco de desgaste dos caninos decíduos 
para eliminar a interferência e o 
deslocamento lateral que resulta em 
mordida cruzada. 
 Aparelhos: 
Para eliminar 
prematuridades 
Desgaste do dente decíduo 
Para efeito dentário 
Sistema banda-elástico 
Placa expansora 
Arco de Porter 
Quadri-hélice 
Para efeito esquelético e 
dentário 
Disjuntor palatino 
 
 
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 Aparelho em arco em W ou de Porter: 
 É um aparelho fixo construído com fio 
de aço de soldado às bandas dos 
molares; 
 É ativado simplesmente abrindo-se os 
ápices do W e é facilmente ajustado 
para proporcionar mais expansão 
anterior do que posterior, ou vice-versa, 
se assim for desejado; 
 Não é incomum que os dentes e a maxila 
se movam mais de um lado que do 
outro, dessa forma a expansão bilateral 
precisa é exceção e não regra, mas 
posicionamento dentário e correção 
aceitáveis são quase sempre 
conseguidos. 
 
 Quadri-hélice: 
 É uma versão 
mais flexível do 
arco em W; 
 Os helicoides 
localizados na 
porção anterior 
do palato são 
volumosos e podem servir como 
lembrete para interromper o hábito de 
sucção, quando este estiver presente; 
 A combinação de mordida cruzada 
posterior e hábito de sucção digital é a 
melhor indicação deste aparelho. 
 A quantidade de fio extra incorporado a 
este aparelho lhe dá amplitude de ação 
ligeiramente superior ao arco em W, 
mas as forças são equivalentes; 
 Atentar quanto à irritação dos tecidos 
moles; 
 Tanto o arco em W, quando o quadri-
hélice, deixam uma impressão na língua, 
sobre a qual os pacientes e seus pais 
devem ser avisados. 
 Banda/botão elástico: 
 Se os dentes de ambos os arcos 
contribuem para o problema, o uso de 
elásticos cruzados em acessórios 
bandados ou colados em ambos os arcos 
pode reposicionar os dentes superiores 
e inferiores; 
 O vetor de força dos elásticos cruzados é 
diretamente vertical, bem como 
vestibulolingual, o que irá extruir os 
dentes posteriores e reduzir a 
sobremordida; 
 Dessa forma, os elásticos cruzados 
devem ser usados com cuidado em 
crianças com aumento do terço inferior 
da face ou sobremordida limitada. 
 Mordidas cruzadas tratadas com 
elásticos devem ser sobrecorrigidas e os 
acessórios mantidos em posição 
imediatamente após o tratamento ativo; 
 O problema mais comum nessa forma 
de correção da mordida cruzada é a falta 
de colaboração da criança, já que é 
necessário a retirada durante a 
alimentação e higienização. 
 
 Placa expansora: 
 Usada para expandir a arcada – o foco é 
o dente e não o osso (diferente da placa 
disjuntora); 
 
 
 
 
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 É um aparelho removível, seccionado de 
forma assimétrica, o que tem o efeito de 
contrapor mais dentes com menos 
dentes; 
 Seu sucesso depende da qualidade de 
seus grampos e da colaboração do 
paciente. 
 
 Esquelética: 
 Pacientes Jovens: 
 Uso de disjuntor palatino: 
o Hyrax – dentição mista e 
permanente; 
o Hass – dentição mista e 
permanente; 
o Macnamara – dentição decídua. 
Cuidado com lesões no palato. 
 Expansão rápida da maxila: 
o Ativação: ¼ de volta pela manhã e 
pela noite; 
o Ativar até mordida de Brodie; 
o Tempo de uso: 15 dias da fase ativa 
e mantido por aproximadamente 3 
meses; 
o Quando mais idade o paciente tiver, 
mais difícil é a disjunção; 
o Vantagens: 
- Mais estabilidade pós tratamento; 
- Ganho de espaço no perímetro do 
arco; 
- Ajuda nos apinhamentos; 
- Melhora a respiração nasal e 
apneia obstrutiva do sono, devido à 
expansão da cavidade nasal. 
 
 Pacientes Adultos: 
 Compensação dentária; 
 Cirurgia ortognática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ortodontia – 8º Semestre - 3ª Unidade – Aula 1 – 
Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial 
 Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial: 
 A falta ou excesso de crescimento, ou ambos, 
em diferentes maxilares, pode explicar uma 
maloclusão e é necessário detectar a causa 
para realizar o tratamento adequado; 
 Aparelhos ortodônticos: 
1. Mentoneira: Não se usa mais devido ao 
risco de deslocamento condilar; 
 
 
 
2. Máscara de Prostração: usado para 
favorecer o crescimento maxilar; 
 
 
 
3. AEB (Aparelho Extrabucal): usado para 
inibir o crescimento maxilar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
 Crescimento e desenvolvimento, apesar de 
estarem intimamente relacionados, não são 
sinônimos: 
1.1) Crescimento: 
 É, em grande parte, um fenômeno 
anatômico; 
 Altera o volume de um tecido; 
 Resultado do aumento do número de 
células e do volume celular. 
1.2) Desenvolvimento: 
 É fisiológico e comportamental; 
 Resultado da maturação de uma estrutura 
que entra em função e do aumento da sua 
complexidade; 
 Crescimento + diferenciação + 
deslocamento. 
 Deslizamento: 
 Crescimento real promovido pela 
remodelação óssea (reabsorção e 
aposição); 
 A estrutura sempre desliza para o lado da 
aposição. 
 Deslocamento: 
 Movimento do osso como um todo, 
afastando-se de sua articulação; 
 Pode ser primário ou secundário; 
1. Primário: quando a própria estrutura que está 
crescendo (deslizando) se desloca. É próprio do osso e 
no sentido oposto ao de deposição. 
2. Secundário: quando uma estrutura se desloca 
(desliza) e provoca ao deslocamento passivo de outra. 
Ocorre pelo crescimento de ossos vizinhos ou 
distantes. Ex.: osso esfenoide desloca a maxila. 
2) PADRÃO DE CRESCIMENTO: 
 Padrão em crescimento também representa 
proporcionalidade, mas de um modo ainda 
mais complexo, porque se refere não somente 
ao conjunto de relações proporcionais num 
determinado período de tempo, mas às 
alterações nestas relações proporcionais 
através do tempo: 
 Na vida fetal, por volta do terceiro mês de 
desenvolvimento intrauterino, a cabeça 
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representa quase 50% do comprimento 
total do corpo; 
 Na época do nascimento, o tronco e os 
membros cresceram mais rápido do que a 
cabeça e a face, de tal maneira que a 
proporção do corpo inteiro compreendida 
pela cabeça decresceu cerca de 30%; 
 
 
 O padrão total de crescimento, 
consequentemente, segue este curso, 
com uma redução progressiva do 
tamanho relativo da cabeça para cerca de 
12% no adulto. 
 Ao nascimento, a face e os maxilares são 
relativamente subdesenvolvidos comparados à 
sua extensão no adulto. Como resultado, há 
muito mais crescimento facial do que das 
estruturas cranianas após o nascimento. 
 
 
 
 
 
 
 
2.1) Etapas do Crescimento: 
 
1ª Etapa: 
 3 anos de idade; 
 Geralmente não se intervém, pois é um 
momento emocionalmente crítico para a 
criança, muitas vezes esta ainda se encontra na 
fase oral e a manipulação ortodôntica pode ser 
um processo doloroso psicologicamente. 
 
2ª Etapa: 
 6 e 7 anos no sexo feminino; 
 7 e 9 no sexo masculino. 
3ª Etapa (pré-puberal): 
 10 e 11 anos no sexo feminino; 
 12 e 13 anos no sexo masculino. 
4ª Etapa (puberal): 
 12 e 13 anos no sexo feminino; 
 14 e 15 anos no sexo masculino. 
 
3) TEORIAS DE CRESCIMENTO 
 Teoria de Sicher (Dinâmica Sutural) – 1952: 
 As suturas são os centros primários de 
crescimento e impulsionam o crescimento 
facial com forte determinação genética; 
 Há proliferação do tecido conjuntivo dos 
ossos nas suturas; 
 As suturas devem ser consideradas áreas 
reativas, e não determinantes primários; 
 As suturas da maxila são áreas de 
crescimento, mas não são centros de 
crescimento. 
 
 Teoria de Scott (Domínio Cartilaginoso) – 
1953: 
 O crescimento facial dependente a 
princípio das cartilagens (cartilagem nasal) 
e periósteo, tendo as suturas como 
elementos secundários e passivos; 
 As cartilagens epifisárias e as sincondroses 
da base do crânio podem agir e agem 
como centros de crescimento 
independentes, como o faz o septo nasal 
(talvez em menor grau); 
 Os côndilos removidos não fornecem 
suporte para a ideia de que a cartilagem 
do côndilo mandibular é um centro 
importante. 
 
 
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 Teoria de Moss (Domínio Funcional) – 1960: 
 Teoria mais aceita; 
 Uma matriz funcional periosteal influencia 
a aposição e reabsorção do tecido ósseo 
adjacente e controla a remodelação, 
tamanho e forma do osso; 
 O tecido esquelético cresce somente em 
resposta ao crescimento dos tecidos 
moles: 
o Olhos – cavidade orbitária; 
o Cérebro – calota craniana; 
o Dentes – osso alveolar; 
o Músculos bucinador e língua – maxila 
e mandíbula. 
 
 Teoria de Enlow: 
 Teoria do crescimento em “V”; 
 O crescimento sobre os extremos livres 
aumenta a distância entre as 
extremidades; 
 O crescimento transversal da mandíbula 
na região do côndilo é maior que o 
crescimento transversal ocorrido na 
região anterior. 
 
4) PROCESSO DE OSSIFICAÇÃO 
 Endocondral: 
 Alteração morfogenética que proporciona 
a produção de osso em regiões com níveis 
de compressão relativamente altos 
(articulações); 
 Ocorre na base do crânio, ossos longos e 
côndilo. 
 
1. Processo de ossificação ou 
substituição do tecido cartilaginoso por 
ósseo (à semelhança dos ossos longos); 
2. Revestimento fibroso (crescimento 
aposicional); 
3. Cartilagem Hialina. 
 Intramembranoso: 
 O osso origina-se a partir de membranas 
conjuntivas (periósteo e endósteo); 
 Suturas e ligamento periodontal. 
 
5) CRESCIMENTO 
 
5.1) MAXILA 
 A maxila 
desenvolve-se no 
período pós-natal, 
inteiramente por 
ossificação 
intramembranosa; 
 Por não haver 
substituição de 
cartilagem, o crescimento ocorre de duas 
maneiras: 
1 - Por aposição do osso nas suturas que 
articulam a maxila ao crânio e à base do 
crânio; 
2 - Por remodelação da superfície. 
 Deslocamento para baixo e para frente; 
 À medida que o crescimento dos tecidos 
moles circunjacentes translada a maxila para 
baixo e para a frente, novo osso é adicionado 
em ambos os lados das suturas. 
 Áreas de aposição: 
 Túber; 
 Processo alveolar; 
 Espinha nasal anterior; 
 Suturas (fronto-maxilar, zigomático-
maxilar, pterigopalatina); 
 Superfície bucal do palato. 
 
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a) Pré-Maxila: 
 Remodelação por: 
 Aposição 
anterossuperior; 
 Reabsorção 
ântero-inferior. 
 
b) Palato: 
 Crescimento vertical: 
 Aposição inferior; 
 Reabsorção superior. 
 Princípio do V. 
 
c) Arco Maxilar: 
 Princípio do V. 
d) Processo Alveolar: 
 O crescimento 
depende da 
presença dos 
dentes; 
 Ocorre de forma 
vertical (40%), 
transverso e antero-
posterior. 
e) Tuberosidade: 
 Ocorre deposição posterior; 
 Aumento do comprimento do arco para 
erupção dos molares permanentes; 
 Crescimento ântero-posterior; 
 Princípio do V. 
 
f) Processo Zigomático: 
 Formação externa e absorção interna; 
 Aumento lateral e vertical. 
 
g) Órbita: 
 Reabsorção lateral; 
 Aposição posterior; 
 Princípio do V. 
 
h) Cavidade Nasal: 
 Aumento lateral e vertical; 
 Princípio do V. 
 
 
 
 
5.2) MANDÍBULA: 
 Ao contrário do que ocorre com a maxila, as 
atividades tanto endocondral quanto do 
periósteo são importantes no crescimento da 
mandíbula; 
 Na cartilagem da ATM ocorre hiperplasia, 
hipertrofia e substituição endocondral. Todas 
as outras áreas da mandíbula são formadas e 
crescem por aposição direta na superfície e por 
remodelação; 
 Áreas de aposição: 
 Processo condilar, coronoide e alveolar; 
 Borda posterior do ramo mandibular; 
 Borda inferior do corpo mandibular; 
 Mento. 
Deslocamento mandibular para baixo e para frente e 
condilar para trás. 
 
 
 
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a) Côndilo: 
 Princípio do V; 
 Aposição na cabeça; 
 Absorção no colo; 
 Crescimento anteroposterior e vertical. 
 
b) Ramo: 
 Aposição posterior; 
 Reabsorção anterior; 
 Crescimento anteroposterior para 
acomodação dos molares; 
 Em casos em que há desenvolvimento 
mandibular exagerado, pode-se fazer a 
remoção precoce dos 3ºs molares para reduzir 
esse processo. 
 Crescimento transverso (princípio do V). 
 
c) Processo Alveolar: 
 Crescimento vertical e transverso. 
 
d) Arco Mandibular: 
 Princípio do V. 
 
e) Processo coronoide: 
 Aposição posterior, superior e medial; 
 Absorção anterior. 
 
f) Corpo mandibular: 
 Crescimento anteroposterior e 
transverso; 
 Aposição ântero-inferior; 
 Reabsorção anterossuperior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mordida Aberta 
 A mordida aberta se dá quando 
há ausência de contatos incisais 
dos dentes envolvidos em 
relação cêntrica; 
 A sobremordida é definida como 
trespasse vertical dos incisivos. 
Normalmente as bordas incisais inferiores tocam 
a superfície lingual dos incisivos superiores 
(normalmente de 1 a 2mm). Na mordida aberta, o 
trespasse vertical é inexistente e a separação 
vertical dos incisivos é medida para quantificar 
sua severidade; 
 Pode haver ou não trespasse horizontal; 
 A força dos lábios e língua permitemo contato 
incisal dos dentes anteriores e, 
consequentemente, o estabelecimento de uma 
sobremordida normal. A mordida se abre quando 
há um desequilíbrio entre essas forças; 
 Na sucção, a forma do arco é afetada pela 
alteração no equilíbrio entre as pressões da 
língua e das bochechas; 
 Se o polegar é colocado entre os dentes, a 
língua se abaixa, o que diminui a pressão pela 
língua contra a superfície palatina dos dentes 
superiores posteriores. Ao mesmo tempo, a 
pressão das bochechas contra esses dentes 
aumenta à medida que o músculo bucinador 
se contrai durante a sucção. A pressão das 
bochechas é maior nos cantos da boca, e isto 
provavelmente explica por que o arco maxilar 
tende a obter uma forma em “V”, com maior 
constrição nos caninos do que nos molares; 
 Uma criança que suga os dedos 
vigorosamente tem maior possibilidade de 
ter um arco superior estreito do que uma que 
apenas coloca o polegar entre os dentes. 
 A instalação de uma má oclusão não depende 
apenas na existência do hábito, mas também do 
padrão de crescimento facial que a criança possui, 
bem como da duração, intensidade e frequência 
com que o hábito é realizado; 
 Apesar de transmitirem sensação de segurança e 
conforto, é importe que os hábitos bucais 
deletérios sejam abandonados o mais 
precocemente possível, evitando alterações 
estruturais e funcionais graves. 
 
1) FREQUÊNCIA 
 Manifesta-se com maior frequência na região 
anterior, porém pode ser encontrada na 
posterior; 
 Na região posterior, está relacionada a 
hábitos como interpor objetos entre os 
dentes posteriores (ex.: morder caneta) ou 
a anquilose. 
 Na região anterior, está mais relacionado a 
hábitos de sucção (digital ou de chupeta); 
 A frequência dessa má oclusão alcança, 
aproximadamente, 16% da população 
melanoderma e 4% da população leucoderma 
americana; 
 Varia de 1 a 11% da população, sofrendo 
influência do fator idade (maior prevalência 
em crianças menores, tendendo ao 
fechamento da mordida quando da eliminação 
do hábito); 
 A prevalência sofre grande alteração entre os 
grupos étnicos e faixas etárias; 
 Na dentadura decídua, varia de 31,1% a 
36,8%, quando está associada aos hábitos 
bucais deletérios, decrescendo na 
dentadura mista (13,5 a 18,6%), com o 
abandono dos hábitos e amadurecimento 
emocional da criança. 
 
2) CONSEQUÊNCIAS 
 Alteração na estética do indivíduo; 
 Dificulta a apreensão e corte dos alimentos; 
 Prejudica a pronúncia de alguns fonemas; 
 Acarreta em condições psicológicas 
desfavoráveis. 
 
3) FATORES ETIOLÓGICOS 
 Nas fases de dentadura decídua e mista, os 
fatores mais encontrados para o 
desenvolvimento da mordida aberta são os 
extrínsecos, como a hipertrofia das amídalas, 
a respiração bucal e, principalmente, os 
hábitos bucais deletérios; 
 Os hábitos bucais deletérios interferem no 
padrão de crescimento facial de cada 
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indivíduo de acordo com suas características 
genéticas, com alguns fatores determinantes 
como hereditariedade, desnutrição, doenças 
e clima. 
 
a) Padrão de crescimento: 
 A hereditariedade é um fator de extrema 
importância na etiologia da mordida aberta 
anterior; 
 Quanto mais vertical for o vetor de 
crescimento, maior será a probabilidade de 
existir uma tendência a mordida aberta 
anterior; 
o Pacientes dolicofaciais são mais 
suscetíveis à mordida aberta. 
 Um paciente com tendência ao crescimento 
vertical apresenta: 
o Rotação mandibular no sentido 
horário, ângulo goníaco aberto, ramo 
mandibular curto, divergência entre os 
planos palatino e mandibular, 
superirrupçãodos dentes póstero-
superiores e aumento na altura facial 
anterior inferior (AFAI). 
 
b) Deglutição atípica: 
 Pode ser causada pela hipertrofia das 
amídalas; 
 Quanto maior a hipertrofia, maior a 
dificuldade para deglutir e, com isso, o 
paciente interpõe a língua entre os incisivos 
para facilitar a passagem do bolo alimentar, 
levando ao aparecimento da mordida 
aberta. 
 
c) Sucção de chupeta/digital: 
 São os fatores mais comuns envolvidos no 
aparecimento de mordida aberta anterior; 
 Quando o polegar ou dedo é colocado entre 
os dentes anteriores, a mandíbula é 
posicionada para baixo para acomodá-los. A 
interposição direta do polegar impede a 
erupção dos incisivos. Ao mesmo tempo, a 
separação dos maxilares altera o equilíbrio 
vertical dos dentes posteriores e, como 
resultado, há mais erupção dos dentes 
posteriores do que teria ocorrido de outra 
forma; 
 O padrão de mordida causada pela chupeta 
é diferente da causada pela sucção de 
dedo: 
o Sucção de chupeta: abertura de forma 
circular e bem circunscrita; 
o Sucção digital: Inclinação dos incisivos 
superiores para vestibular, surgindo 
diastemas entre eles, com os incisivos 
inferiores inclinados para lingual. 
 Apesar de os hábitos de sucção serem uma 
contribuição poderosa para a má oclusão, a 
sucção por si só irá criar uma má oclusão 
grave se o hábito persistir durante os anos 
da dentição mista: 
o Um deslocamento suave dos incisivos 
decíduos é geralmente percebido em 
uma criança com o hábito de sucção 
entre 3 e 4 anos de idade; porém, se a 
sucção parar nesta fase, a pressão dos 
lábios e bochechas logo restabelecerá 
os dentes para as suas posições 
corretas; 
o Se o hábito persistir após o início da 
erupção dos incisivos permanentes, o 
tratamento ortodôntico poderá ser 
necessário para corrigir o 
deslocamento resultante dos dentes. 
 
d) Interposição lingual: 
 Se um paciente tem uma postura de 
descanso da língua para frente, a duração 
desta pressão, mesmo que muito leve, 
poderia afetar a posição dentária, vertical 
ou horizontalmente; 
 A protrusão da ponta da língua durante a 
deglutição está algumas vezes associada a 
uma alteração na postura da língua. Se a 
posição de onde se iniciam os movimentos 
da língua é diferente da normal, de tal 
forma que o padrão de pressão em 
descanso é diferente, parece existir, então, 
um efeito sobre os dentes. 
 
 
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e) Respirador bucal: 
 A respiração bucal obriga o paciente a 
manter a boca aberta para suprir a 
deficiência de ar respirado; 
 O equilíbrio vestibulolingual é removido, 
alterando o equilíbrio da musculatura facial. 
 As necessidades respiratórias são o 
determinante principal na postura dos 
maxilares e da língua (e da própria cabeça, 
em um grau menor); 
 Um padrão respiratório alterado, tal como a 
respiração bucal, pode mudar a postura da 
cabeça, dos maxilares e da língua. Isto, por 
sua vez, poderia alterar o equilíbrio de 
pressões nos maxilares e nos dentes e 
afetar tanto o crescimento dos maxilares 
como a posição dentária; 
 Para se respirar pela boca é necessário 
abaixar a mandíbula e a língua e inclinar a 
cabeça para trás; 
o Se essas mudanças posturais forem 
mantidas, a altura facial aumenta, os 
dentes posteriores supererupcionam, a 
mandíbula rotaciona para baixo e para 
trás, abrindo a mordida anteriormente. 
 A obstrução respiratória crônica pode ser 
produzida por inflamação prolongada da 
mucosa nasal, associada a alergias ou 
infecções crônicas. Também pode ser 
produzida por obstrução mecânica em 
qualquer local do sistema nasorrespiratório, 
desde as narinas até as coanas nasais 
posteriores; 
 Sob condições normais, o tamanho das 
narinas já é um fator limitante à passagem 
de ar nasal. As amígdalas ou adenoides 
faringianas normalmente estão 
aumentadas nas crianças, e a obstrução 
parcial desta natureza pode contribuir para 
uma respiração

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