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MÉTRICAS DO PROJETO 
LOGÍSTICO
ALESSANDRA CONCEIÇÃO DO NASCIMENTO
Introdução
O elevado grau de competitividade no mundo empresarial exige cada vez mais das empresas e corporações
acompanhamento e avaliação constante da qualidade dos produtos e serviços que oferecem. Pecar com o
controle significa perda da vantagem competitiva que adquiriu frente à concorrência. A análise de desempenho
da cadeia de suprimentos se faz essencial. Com isso a utilização de indicadores de desempenho servirá para
avaliar a performance de cada setor e avaliar fragilidades e pontos fortes, resultando numa melhor aplicação de
recursos melhorando atividades operacionais.
É importante ressaltar que a criação de indicadores deve estar alinhada ao planejamento estratégico. Nesse
ponto as métricas auxiliam na orientação daquilo que se almeja avaliar e analisar por meio de ferramentas com
dados palpáveis e informações que orientam a tomada de decisões mais assertivas.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• compreender as métricas utilizadas no projeto logístico.
INSTRUMENTOS BÁSICOS DE INTEGRAÇÃO DE 
UM PROJETO DE REDE LOGÍSTICA
A vantagem competitiva é algo muito buscado pelas empresas. Distanciar-se no mercado frente à concorrência,
ser preferência entre os clientes. Para se conseguir a vantagem competitiva é preciso que as empresas se
autoavaliem e controlem suas atividades estabelecendo assim padrões que a coloquem em diferenciação no
mercado. Desta forma as empresas, ao estabelecerem sua própria estrutura de avaliação acompanham a sua
evolução. Os sistemas de medição eficazes devem responder a três situações chave: monitoramento, controle e
direcionamento das operações logísticas.
Os sistemas de medição atuam com três objetivos: monitoramento, controle e direcionamento das operações
logísticas. O monitoramento estabelece medidas adequadas para acompanhar o desempenho do sistema.
Medidas e coleta de dados relatam o desempenho dos serviços por meio de avaliação junto a taxas de
atendimento e entregas, além de cálculos de custos logísticos associados a transportes e armazenagem. Para se
realizar o controle é importante a existência de padrões de desempenho com medidas que apontem quando o
sistema logístico pede alterações. Também é importante a motivação dos empregados.
O gerenciamento das operações logísticas e sua integração com a cadeia de suprimentos pede uma estrutura de
avaliação do desempenho. O é uma metodologia de medição e desempenho que auxilia nobalanced scorecard 
monitoramento do desempenho do sistema. Através dele é possível promover o controle de atividades e realizar
o direcionamento de funcionários com vistas no aumento dos índices de produtividade. Bowersox et al. (2014)
considera que cinco dimensões devem ser abordadas: , , , e custo serviço ao cliente qualidade produtividade
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considera que cinco dimensões devem ser abordadas: , , , e custo serviço ao cliente qualidade produtividade
.gerenciamento de ativos
Inúmeras métricas podem ser adotadas. Empresas podem optar por realizar medições de desempenho absoluto
ao invés de desempenho médio, por exemplo. Por este motivo convém escolher métricas mais adequadas para as
necessidades da empresa. Empresas criaram medidas de autoavaliação. A avaliação financeira envolve
conhecimento da análise de custos, dentre outros.
A tomada de decisões pede dos gerentes conhecimento das receitas e das despesas, canais e produtos. O custeio
permite aos gerentes monitoramento das despesas logísticas. Ferramentas como modelo estratégico de
rentabilidade auxiliam a gerencia na avaliação do impacto das decisões sobre a rentabilidade, ativos, dentre
outros. Permite avaliar os segmentos quanto ao lucro e retorno sobre investimentos.
O benchmarking, por exemplo, é uma ferramenta que auxilia na busca das melhores práticas de gestão na
avaliação do desempenho.
As métricas específicas derivam de uma compreensão da estratégia básica de negócios da empresa. Bowersox et
al. comentam que, as métricas escolhidas por uma empresa que trabalhe com a estratégia de baixo custo diferem
de uma empresa que busque como estratégia o alto nível de serviço. “O desafio para os executivos de logística é
definir essa estratégia e selecionar um conjunto equilibrado de métricas apropriadas para orientá-los no
monitoramento, controle e direcionamento para uma implementação bem-sucedida” (BOWERSOX ET AL., 2014,
p. 374).
Medir o desempenho logístico da envolve muitos pontos. O custo mede a relação do valor totalsupply chain
gasto. O custo logístico total vai trabalhar a soma de custos que envolvem operação e administração das áreas de
trabalho. Para tanto o desafio se estende a coleta de informações necessárias para a realização do cálculo. Há a
taxa de atendimento a pedidos, que envolve disponibilidade de produtos. A métrica relacionada a qualidade do
produto e confiabilidade do serviço também é muito usada pelas empresas para aferir o grau do serviço. Podem
ser usadas como medidas a frequência de danos, incluindo pontos de acesso logístico, dentre outros.
É possível estabelecer métricas para aferir índices de devoluções, danos, reclamações, acurácia da separação,
dentre outros.
Indicadores de Desempenho (KPI)
É importante se levar em consideração alguns pontos sobre indicadores de desempenho: O primeiro diz respeito
ao número de indicadores que, para haver foco, não deve ser adotado um número elevado. Evitar indicadores
que gerem conflitos ou cuja métrica não se permita focar em estratégias de negócios e aqueles que gerem baixa
confiabilidade. Ao se criar indicadores é essencial que eles estejam alinhados com o planejamento estratégico.
O modelo SCOR (Supply Chain Operation Reference)inclui métricas e ferramentas para representar graficamente
e descrever os processos da cadeia de suprimentos. Esse modelo quantifica e avalia a cadeia de suprimentos
mostrando problemas de desempenho do sistema, trabalhando novas iniciativas e melhorias operacionais na
cadeia de suprimentos. No SCOR as métricas devem obedecer a um desdobramento hierárquico. As métricas de
desempenho estratégico devem ser monitoradas pela alta gestão são apoiadas por métricas mais detalhadas
auxiliem no diagnóstico e controle das operações no nível tático. No nível tático estão presentes as métricas de
taxa de atendimento, entrega no prazo, taxas de danos. O SCOR viabiliza a comunicação eficaz, na cadeia de
suprimentos. Sugere definições e requisitos de dados padrão para muitas métricas, que depois podem ser
utilizados para comparar e fazer o benchmarking do desempenho.
O modelo SCOR atua nos objetivos para melhorias operacionais envolvendo o suprimento de bens e serviços, a
manufatura e a distribuição. Trata-se de um modelo de certa complexidade e resulta em certa dificuldade por
parte da sua operacionabilidade.
Entretanto pequenas empresas podem criar indicadores que atendam as suas necessidades focando no objetivo
principal e nos métodos aplicados. Se utiliza para isso Indicadores de atendimento, que podem levar em conta
indicadores associados ao prazo de entrega
Em função disso, é possível elaborar indicadores para pequenas e médias empresas levando-se em conta: o
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Em função disso, é possível elaborar indicadores para pequenas e médias empresas levando-se em conta: o
escopo da atividade logística da empresa; os objetivos dos diversos setores ou departamentos focados no
objetivo principal da empresa e a análise dos princípios e métodos operacionais utilizados. Podem ser utilizados
criar indicadores como de Atendimento que trabalha prazos de entrega e exatidão dos pedidos; de
Produtividade, focando em números de pedidos diários, número de pedidos separados e embalados, tempo de
entrega etc. Também o Indicador de Performance que leva em conta capacidade de armazenamento, ausência de
produtos, utilização de equipamentos de movimentação etc.
Os indicadores auxiliam as empresas a implementarem melhorias nos processos elaborando melhorias nasoperações das empresas e garantindo sua vantagem competitiva e índices de qualidade que a mantenham no
mercado.
Figura 1 - Planejando a rede
Fonte: johnworks, Shutterstock, 2020.
FIQUE ATENTO
Fique Atento
Além dos custos de transporte e armazenagem, também é importante para as empresas
conhecimento sobre o tempo médio de entrega e o Perfect Order Rate. Ele é muito importante,
não apenas por avaliar quantitativo de pedidos processados, mas enviados e entregas, bem
como contabilizar incidentes ocorridos entre a fábrica e o cliente final. Esse KPI é fundamental
para que empresas verifiquem seu índice de satisfação.
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Figura 2 - Rede
Fonte: johnworks, Shutterstock, 2020.
EXEMPLO
Exemplo
Um case de sucesso de aplicabilidade de ferramentas de diferenciação no mercado é o da
Natura. A multinacional brasileira se estabeleceu no mercado com o gancho de
responsabilidade social emplacando cuidados com a equipe e com o meio ambiente. A Natura,
que recentemente comprou a norte-americana Avon, adotou estratégias que focam em
resultados. Além de ter um avançado Centro de Desenvolvimento e Pesquisa de cosméticos, a
Natura conta com vendedoras independentes que solicitam itens diretamente da internet.
Outro ponto a ser mencionado é o Armazém Vertical da Natura que centraliza processo
logístico de armazenagem e distribuição.
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Figura 3 - Ação
Fonte: johnworks, Shutterstock, 2020.
SAIBA MAIS
Indicamos como sugestão de leitura o livro E-commerce: conceitos, implementação e gestão,
de Nara Stefano e Izabel Cristina Zattar.
FIQUE ATENTO
Os indicadores de desempenho (KPIs) logísticos tem sua aplicabilidade no rastreio de
produtos, sendo de grande utilidade em estoques, por exemplo. Por meio deles se avalia a
performance relacionado ao benchmark. Tais índices servem de ferramenta essencial para
mensurar os níveis de serviço nos processos logísticos. Os KPIs contribuem para que as
empresas tenham uma visão mais assertivas sobre problemas relacionados à qualidade,
custos, produtividade, tomada de decisões, segurança e satisfação.
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Fechamento
Nesta aula aprendemos a compreender mais sobre as Métricas do Projeto Logístico. Tomamos conhecimento
sobre Instrumentos básicos de integração de um projeto de rede logística, de que modo as empresas podem
aplicar KPIs para identificar e ter maior controle sobre a produção. Aprendemos como os índices podem se
tornar ferramentas que consolidem as vantagens competitivas das empresas nos mercados.
Referências
BALLOU, R. . 5. ed. Editora Bookman, 2016.Gerenciamento da Cadeia de suprimentos/Logística Empresarial
BALLOU, R. H. : transportes, administração de materiais, distribuição física. São Paulo:Logística empresarial
Atlas, 2012.
BOWERSOX, D. J. et al. Administração e Logística na Cadeia de Suprimentos. 2. ed. MC Graw Hill, 2014.
BOWERSOX, D. J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2014.
CHIAVENATO, I. : uma abordagem introdutória. 3. reimpr. Rio de Janeiro: Elsevier,Administração de materiais
2014.
CHIAVENATO, I. . 9. ed. Rio de Janeiro : Campus, 2014.Introdução à teoria geral da administração
CHOPRA, S.; MEINDL, P. : Estratégia, planejamento e operação. 3. ed.Administração da cadeia de suprimentos
México: Pearson Educação, 2016.
MARTINS, R. S. . Curitiba: Editora Intersaberes, 2019.Gestão da logística e das redes de suprimentos
NOVAES, A. G. . 11. reimpr. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição
STEFANO, N.; ZATTAR, I. C. : conceitos, implementação e gestão. Editora Intersaberes, 2016.E-commerce
	Introdução
	INSTRUMENTOS BÁSICOS DE INTEGRAÇÃO DE UM PROJETO DE REDE LOGÍSTICA
	Indicadores de Desempenho (KPI)
	Planejando a rede
	Rede
	Ação
	Fechamento
	Referências

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