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DIREITO PENAL 
DO CRIME 
1. São elementos do fato típico: conduta, 
resultado, nexo de causalidade, tipicidade e 
culpabilidade, de forma que, ausente qualquer 
dos elementos, a conduta será atípica para o 
direito penal, mas poderá ser valorada pelos 
outros ramos do direito, podendo configurar, 
por exemplo, ilícito administrativo. 
2. Situação hipotética: Joana contratou Antônia 
para servir de curadora de sua mãe, uma pessoa 
idosa. Certo dia, enquanto Antônia dormia, a 
mãe de Joana, ao caminhar pela sala, caiu e 
fraturou o fêmur da perna esquerda. 
Assertiva: Nessa situação, Antônia não será 
responsabilizada pela lesão sofrida pela mãe de 
Joana: a conduta omissiva de Antônia é penalmente 
irrelevante. 
 
3. Os crimes omissivos próprios são previstos em 
tipos penais específicos e dependem da 
ocorrência de resultado para a sua 
consumação. 
4. Os crimes comissivos por omissão - também 
chamados de crimes omissivos impróprios - 
são aqueles para os quais o tipo penal descreve 
uma ação, mas o resultado é obtido por inação. 
5. A lei pode impor ao agente a obrigação de 
cuidado, proteção e vigilância. 
 
CRIME DOLOSO E CULPOSO 
6. Crime doloso é aquele em que o sujeito passivo 
age com imprudência, negligência ou 
imperícia. 
7. Um indivíduo agiu prevendo o resultado 
naturalístico adverso de sua ação, mas 
esperava que este não viesse a ocorrer. Nesse 
caso, a conduta do indivíduo corresponde ao 
conceito jurídico de dolo eventual. 
8. O agente de conduta culposa assume o risco do 
resultado produzido por sua conduta. 
9. Um crime é classificado como crime culposo 
quando o agente quis o resultado ou assumiu o 
risco de produzi-lo. 
10. Caracteriza-se o dolo eventual no caso de um 
caçador que, confiando em sua habilidade de 
atirador, dispara contra a caça, mas atinge um 
companheiro que se encontra próximo ao 
animal que ele desejava abater. 
11. Caracteriza-se o dolo eventual no caso de um 
caçador que, confiando em sua habilidade de 
atirador, dispara contra a caça, mas atinge um 
companheiro que se encontra próximo ao 
animal que ele desejava abater. 
12. Aquele que for fisicamente coagido, de forma 
irresistível, a praticar uma infração penal 
cometerá fato típico e ilícito, porém não 
culpável. 
13. Ricardo, com o objetivo de matar Maurício, 
detonou, por mecanismo remoto, uma bomba 
por ele instalada em um avião comercial a 
bordo do qual sabia que Maurício se 
encontrara, e, devido à explosão, todos os 
passageiros a bordo da aeronave morreram. 
Nessa situação hipotética, Ricardo agiu com dolo 
direto de primeiro grau no cometimento do delito 
contra Maurício e dolo direto de segundo grau no 
do delito contra todos os demais passageiros do 
avião. 
 
14. A partir da teoria tripartida do delito e das 
opções legislativas adotadas pelo Código 
Penal, é correto afirmar que o dolo integra a 
culpabilidade e corrobora a aplicação concreta 
da pena. 
15. Ocorre crime preterdoloso quando o agente 
pratica dolosamente um fato do qual decorre 
um resultado posterior culposo. Para que o 
agente responda pelo resultado posterior, é 
necessário que este seja previsível. 
16. A culpa inconsciente distingue-se da culpa 
consciente no que diz respeito à previsão do 
resultado: na culpa consciente, o agente, 
embora prevendo o resultado, acredita 
sinceramente que pode evitá-lo; na culpa 
 
 
 
inconsciente, o resultado, embora previsível, 
não foi previsto pelo agente. 
 
ERRO DO TIPO 
17. O erro sobre elemento constitutivo do tipo 
penal exclui o dolo, se inevitável, ou diminui a 
pena de um sexto a um terço, se evitável. 
18. Segundo o Código Penal, no caso de erro de 
execução, devem-se considerar, para fins de 
aplicação da pena, tanto as condições ou 
qualidades da pessoa contra a qual se deseja 
praticar o delito quanto as condições ou 
qualidades da pessoa contra a qual 
efetivamente se praticou o crime. 
19. O erro de tipo inevitável exclui o dolo e a 
culpa. 
20. O erro de tipo, se vencível, afasta o dolo e a 
culpa, estando diretamente ligado à tipicidade 
da conduta do agente. 
21. Considere que Fábio, antes de passar pela porta 
giratória de segurança, tenha deixado seu 
aparelho celular na caixa de vidro ao lado 
dessa porta, para entrar em uma agência 
bancária. Quando foi recolher o seu pertence, 
por engano, apoderou-se de um aparelho 
idêntico ao seu, mas que pertencia a outro 
cliente. 
Nessa situação, trata-se de erro de tipo essencial 
inescusável, devendo Fábio responder pelo delito 
de furto culposo. 
 
22. O médico Caio, por negligência que consistiu 
em não perguntar ou pesquisar sobre eventual 
gravidez de paciente nessa condição, receita-
lhe um medicamento que provocou o aborto. 
Nessa situação, Caio agiu em erro de tipo vencível, 
em que se exclui o dolo, ficando isento de pena, por 
não existir aborto culposo. 
 
 
 
TIPICIDADE E RESULTADO 
23. Todo crime tem resultado jurídico, porque 
sempre agride um bem tutelado pela norma. 
24. O fato típico é composto apenas pela conduta 
do agente, dolosa ou culposa, comissiva ou 
omissiva, e pelo resultado. 
25. Um resultado típico perpetrado por alguém em 
razão de força irresistível, de movimentos 
reflexos ou de estado de inconsciência não 
pode ser atribuído penalmente a seu causador, 
dada a inexistência de conduta. 
 
NEXO DE CAUSALIDADE 
26. Como a relação de causalidade constitui 
elemento do tipo penal no direito brasileiro, foi 
adotada como regra, no CP, a teoria da 
causalidade adequada, também conhecida 
como teoria da equivalência dos antecedentes 
causais. 
27. No sistema penal brasileiro, é adotada a teoria 
da equivalência das condições, ou da conditio 
sine qua non, sendo considerada causa a 
condição sem a qual o resultado não teria 
ocorrido, o que limita a amplitude do conceito 
de causa com a superveniência de causa 
independente. 
28. A superveniência de causa relativamente 
independente exclui a imputação quando, por 
si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, 
entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
29. Considere a seguinte situação hipotética. 
Alberto, pretendendo matar Bruno, desferiu 
contra este um disparo de arma de fogo, 
atingindo-o em região letal. Bruno foi 
imediatamente socorrido e levado ao hospital. 
No segundo dia de internação, Bruno morreu 
queimado em decorrência de um incêndio que 
assolou o nosocômio. Nessa situação, ocorreu 
uma causa relativamente independente, de 
forma que Alberto deve responder somente 
pelos atos praticados antes do desastre 
ocorrido, ou seja, lesão corporal. 
 
 
 
 
30. Considere a seguinte situação hipotética. 
Fábio, vendo um carro em alta velocidade vindo em 
direção a Carlos, empurrou este, para evitar o 
atropelamento. Em virtude da queda sofrida em 
decorrência do empurrão, Carlos sofreu lesões 
corporais, ficando com a perna quebrada. Nessa 
situação, a conduta de Fábio é atípica, pois 
destinada a reduzir a probabilidade de uma lesão 
maior, consistindo, assim, em uma ação dirigida à 
diminuição do risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabaritos: 
1-E; 2-E; 3-E; 4-C; 5-C; 6-E; 7-E; 8-E; 9-E; 10-E; 11-C; 
12-E; 13-C; 14-E; 15-C; 16-C; 17-E; 18-E; 19-C; 20-E; 21-
E; 22-C; 23-C; 24-E; 25-C; 26-E; 27-C; 28-C; 29-E; 30-C.

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