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LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID) POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS Luana de Cassia Machado RA: 0430832 Polo CAMPOLIM 2023 SUMARIO 1. REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS 1.1 Educação? Educações: aprender com o índio; 1.2. O fax do Nirso; 1.3. A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo); 1.4. Uma pescaria inesquecível; 1.5. A Folha Amassada; 1.6. A Lição dos Gansos; 1.7. Assembleia na Carpintaria; 1.8. Colheres de Cabo Comprido; 1.9. Faça parte dos 5%; 1.10. O Homem e o Mundo; 1.11. Professores Reflexivos; 1.12. Um Sonho Impossível; 1.13. Pipocas da Vida. REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS 1.1 Educação? Educações: aprender com o índio. A Europa colonizou boa parte do planeta, nos períodos das grandes navegações com os “descobrimentos” de grandes faixas de terra e sua posterior colonização: seja de povoamento ou exploração; durante a revolta protestantes onde os membros da sociedade europeia que não eram católicos foram enviados as colônias ou mesmo quando os membros de sociedades europeia que eram personas não gratas também foram exilados nas colônias; esse processo trouxe a cultura dos países europeus para as américas, África, Índia, Austrália entre outros pedaços de terra “sem dono” e deu início a aculturação dos povos nativos. Esse processo se deu da ideia de que o europeu era o detentor do conhecimento, eram “educados” enquanto os povos eram selvagens e cabia a sociedade mais “evoluída” ensinar os selvagens, seja em ciência, história, língua ou religião. Esse processo foi o responsável pela grande maioria da população das américas ser cristã (católica ou protestante), responsável por falarmos português, espanhol e inglês ao invés das línguas dos povos originários, foi responsável pelas perseguições e quase extinção da cultura criada por todos os povos que habitaram aqui antes da chegada dos colonizadores. Partindo de toda essa premissa é fácil compreender a postura dos líderes indígenas em resposta aos estados da Virginia e Maryland nos EUA, quando após um tratado de paz a oferta de educação em escolas dos brancos lhes foi feita; já naquele momento eles acreditavam na educação libertaria quando afirmam que a “educação do colonizador contém os saberes de seu modo de vida e ajuda a confirmar a aparente legalidade de seus atos de domínio” (BRANDAO 1993 p. 3-5 citado no livro texto p. 27) e a recusa da oferta se dá na forma de uma carta extremamente cortes e explicativa onde eles explicam ao suposto homem mais evoluído o porquê de sua educação não ser boa aos seus povos, além de uma verdadeira aula sobre como devemos encarar a educação e sempre levar em consideração a realidade do educando. Quando citam que seus bravos guerreiros que receberam a educação do homem branco nas escolas do Norte são inúteis a comunidade(BRANDAO 1993 p. 3-5 citado no livro texto p. 26) expressam o conceito que hoje conhecemos como histórico cultural, onde afirmam de forma extremamente direta que um índio que não sabe caçar, não sabe viver na floresta, construir sua cabana ou mesmo falar a língua de seu povo é inútil a sua comunidade, ou seja alguém que recebe uma educação que não leva em conta a realidade sócio econômica do meio onde está inserido, a cultura de sua comunidade, o seu dia a dia não foi libertado pela educação e sim mais um prisioneiro de sua ignorância que pode ser manipulado ao bel prazer dos que detém o poder. Outro fato curioso na carta e que foi levantado no livro texto é a questão de toda a cordialidade indígena poder ser encarada como ingenuidade, quando na realidade demonstra uma inteligência política extremamente precisa uma vez que no lugar de povo colonizado, minoria e oprimido eles não possuíam o privilégio de se levantar de forma mais rude sem receber represálias dos povos dominantes. Vale ressaltar também que apesar de ofertarem aos estados que enviassem representantes de seu povo para serem educados pelas tribos e povos em nenhum momento eles disseram que sua educação era melhor de forma geral mais sim melhor ao seu povo, mostrando assim que compreendiam a importância da educação ter sentido a quem a recebe. 1.2. O fax do Nirso; Quando lemos o texto a primeira coisa que nos chama a atenção é a forma como Nirso redige seus fax, claramente sem educação formal completa, e com um sotaque carregado a forma com escreve as palavras não está de acordo com a grafia correta, palavras sem acentos, troca de letras que apesar de não atrapalhar o entendimento final, mesmo que com algum esforço, não correspondem as normas e o levam a sofrer um preconceito e desvalorização de seu gerente. Como o texto é de um autor desconhecido não é possível data-lo, porém, comparando o relatado no texto, onde um vendedor externo tem dificuldade de escrita perceber que não é atual. O que percebemos hoje em dia no mercado de trabalho com a suposta democratização da educação, é que profissionais sem ensino médio completo dificilmente conseguem cargos que não sejam “subalternos” como nas áreas de limpeza e construção civil por exemplo. Claro que no caso do Nirso não podemos realmente dizer seu nível de instrução uma vez que com a luz sobre os transtornos de aprendizagem compreendemos que diferentes indivíduos possuem níveis e dificuldades diferentes, mas pare fins dessa reflexão e relacionando a educação vamos supor que o personagem não recebeu toda a educação formal e por isso se expressa assim na forma escrita, será mesmo que a educação tem perdido espaço no mercado de trabalho ou na realidade vem sendo valorizada cada vez mais, uma vez que chegamos em um nível em que muitos falam que apenas a graduação não é suficiente para o mercado de trabalho, que precisamos apresentar um diferencial. Outro fato importante a ser citado é: a educação realmente é democrática? Todos recebem a mesma educação e possuem a mesma chance ou a a necessidade de equilibrar essa conta ainda se faz presente? Dessa forma o que devemos é como educadores buscar praticar o magistério de forma que a educação seja libertaria e permita que nossos educandos possam, se quiserem, atingir seu máximo. 1.3. A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo). Quando assistimos a um filme como “A onda” (2008) podemos ver o poder que um professor tem de disseminar uma ideia, no filme o professor tenta através de uma demonstração pratica mostrar aos alunos como uma forma de governo pode ser inadequada, porem durante o “experimento” os alunos não compreendem a ideia que o professor quer passar e agem como se o que foi pregado afim de gerar uma descontentamento fosse uma verdade absoluta e as coisas fogem totalmente do controle, nesse sentido entendemos que quando não oferecemos uma educação crítica aos alunos os mesmo podem aderir a ideias absurdos e levar a consequências catastróficas, nem sempre em um nível populacional mais na vida do indivíduo. No texto esse tema é abordado quando a versão dos fatos é contada não pelo “mocinho” mais sim pelo vilão da história que ao confrontar aos demais personagens, por um preconceito por ser de uma espécie predadora , não teve suas preocupações com a comunidade da floresta ouvidas, claro que dentro da metáfora bem construída os personagens apresentam características de quem são, o lobo predador recorreu a violência a fim de silenciar a chapeuzinho e a vovó, as duas personagens femininas mais fracas usaram da força para se defender como podiam do suposto predador e o caçador fez o que sua profissão lhe ensinou, caçou. Porem e se a chapeuzinho tivesse ouvido o lobo ao invés de reproduzir o ensinamento que recebeu de sua avó? Fazendo um paralelo entre as duas histórias fica o questionamento, estamos ensinando nossas crianças a formarem suas próprias opiniões a partir das informações que recebem ou a receberem o que é ensinado com uma verdade absoluta sem possibilidade de dúvida? Dessa forma devemos sempre presar pela educação libertaria onde o educando escutam não só a versão do “vencedor” dos fatos e são incentivadaster um pensamento crítico. 1.4. Uma pescaria inesquecível. Ética apesar de ser um ramo de estudo formal da filosofia é algo que a maioria de nós aprende na educação não formal, ainda muito jovem em casa com nossas famílias, comunidade, religião, para um pais de maioria católica os 10 mandamentos bíblicos são a definição de ética, do certo e do errado mais enraizada na criação da população; esses conceitos vindos de um tempo arcaico vão sendo adaptados aos diferentes povos e épocas e passam por mudanças mesmo sem perder a essência do ensinamento. No texto quando o pai por duas horas apenas orienta ao filho que devolva o melhor peixe de sua vida ao lago por ainda não ter começado oficialmente a temporada de caça, ensina de forma duradoura o respeito a uma questão moram e ética, ninguém saberia que ele pegaram aquele peixe tão pouco antes do permitido, outras pessoas inclusive, talvez tivessem pego peixes da mesma espécie no mesmo horário não feito a coisa certa, porem a lição que ficou foi a de que “ o que é certo é certo mesmo que ninguém veja”, mesmo sem a consequência de uma punição pelo ato. Nesse sentido quando passamos a educação formal entendemos a importância de ensinar não só conceitos, fatos históricos e regras matemáticas e linguísticas, mais também de uma forma multidisciplinar a ética e a moral para o bom comportamento de nossos alunos enquanto cidadão ativo e útil na sociedade, ajudar o próximo, não roubar, fazer o bem. Se faz é claro a necessidade de conteúdos mais voltados nessa área, como nos momentos em que a disciplina de filosofia trabalha mais afundo os conceitos, pensadores e as relações sociais que implicam nessa questão, porém é de suma importância que todas as disciplinas apliquem ao seu conteúdo o ensino desses conhecimentos tão relevantes a vida em sociedade. 1.5. A Folha Amassada. Quando se escolhe ser profissional da educação é de suma importância levar em consideração o controle mental e emocional que a profissão exige. Alguns profissionais ao final de sua graduação focam em uma carreira acadêmica que acaba por não coloca-los em uma sala de aula, por outro lado temos os profissionais que focam em aulas particular ou direcionadas que os levam a cursos, cursinhos ou apenas um aluno por hora aula ou a grande maioria vai para as salas de aula, sejam em escolas (públicas ou particulares) e outras instituições de ensino e é nesse momento que são postos a prova, lidar com um outro ser humano, em formação, com suas peculiaridades oriundas da personalidade ou de questões com o meio é um processo que exige do educador um grande auto controle uma vez que nossa relação com os educando pode não ser só benéfica como acrescentar problemas ao desenvolvimento quando nos excedemos no trato, no linguajar ou explodimos com eles. O grande desafio se encontra ao nos depararmos com aquele aluno considerado problema, o que explode em aula, que testa os limites, é desrespeitoso ou as vezes só bagunceiro e não para; é nesse momento que precisamos demonstrar o autocontrole, a maturidade esperada de um adulto educador, por mais difícil que seja. Nesse contexto é fundamental ao educador buscar apoio psicológico, da comunidade escolar e dos familiares do aluno, buscando retirar o estigma de aluno problema e compreender a criança como um ser em desenvolvimento e fruto de sua realidade; além é claro de aliviar a carga mental de um convívio conflituoso. 1.6. A Lição dos Gansos. Os gansos demonstram enorme senso de comunidade em seus voos, além de todos os benefícios aerodinâmicos que auxiliam no voo e facilitam a chegada do grupo ao destino é citado no texto que sempre que um se fere ou não esta bem, outros o acompanham até que a situação se resolva e os gansos fo final do grupo gritam em apoio aos da frente e esse é um comportamento fundamental dentro de uma comunidade, fazendo um paralelo para uma escola vemos diferentes grupos sendo liderados e formando um todo os professores e sala de aula que lideram seus alunos e auxiliam em seus “voos” e o reconhecimento dos alunos, apoio verbal ou silencioso a aula são como nos gansos. Para além das salas temos a equipe administrativa e de apoio que está sempre lá para como no grupo de gansos dar apoio quando algo sai errado e supervisionado está a equipe gestora que para além de liderar e facilitar precisa do apoio dos demais. Apesar de como profissionais realizarmos nossa função por vocação, tendo como motivadores a realização pessoal, os frutos colhidos através dos alunos e o financeiro o reconhecimento dentro da profissão é importante para mantermos a motivação, assim como os gansos lideres precisamos de gritos de apoio para manter nossas realizações funcionais e eficientes. 1.7. Assembleia na Carpintaria. Em um cenário utópico poderíamos focar apenas nas qualidades dos que nos cercam em nossa vida profissional, nas qualidades de nossos alunos, de nossos colegas e gestores, porem sob essa abordagem viveríamos em um lugar estagnado, sem mudanças, sem melhoramento; claro que a forma como lidamos com os defeitos dos outros é um assunto delicado e deve ser tratado com extremo cuidado e bom senso, uma vez que nem tudo que julgamos defeitos ou falhas realmente é um defeito ou nos cabe julgar e “concertar”. Dessa forma o que temos é que nos habituar a um equilíbrio tênue onde valorizar as qualidades é de suma importância para a motivação e bom convívio porem pontuar as fragilidades relacionadas ao desempenho e convívio em sala de aula, as nuances das relações nossas com os demais profissionais é fundamental, não só para o crescimento profissional bem como para auxiliar no desenvolvimento dos alunos e comunidade escolar. O que podemos tirar nesse contexto é que focar em apenas um dos aspectos, seja somente defeitos ou somente qualidades, é totalmente desvantajoso e pouco profissional. 1.8. Colheres de Cabo Comprido. Quando falamos de escola é importante lembrar que ela não é apensar um prédio e dependências mais sim uma comunidade viva voltada ao ensino, sendo assim o trabalho em grupo é uma realidade presente no cotidiano dessa comunidade, sendo como organizador, participante ou apenas apoio em projetos é ideal que saibamos como lidar com as pessoas que nos cercam. O trabalho em grupo pode se dar tanto na forma de ser o gestor de um projeto em sala de aula onde você fica responsável por delegar funções, acompanhar o desenvolvimento e notar possíveis falhas indicando ou levando os alunos a possíveis soluções, dessa forma sendo corresponsável com eles no desenvolvimento. Outro momento é quando um trabalho multidisciplinar se faz necessário e para além de lidar com os alunos precisamos trabalhar junto com outros professores para desenvolvê-lo, nesse cenário ter o discernimento de saber quando dar e quando solicitar apoio para que ninguém se sobrecarregue enquanto outros estão sossegados em suas funções, quando delegar e quando receber instruções. O trato, a cordialidade e principalmente o respeito mesmo que difícil em alguns momentos mais conflituosos, são fundamentais para o bom relacionamento e para que o projeto floresça. Nesse interim é interessante que o professor durante sua formação e vida profissional busque sempre trabalhar esses conceitos de forma manter um bom relacionamento dentro da comunidade escolar, apoio psicológico, rede de corresponsabilidade com a gestão e colegas de profissão, para além de muito estudo são fundamentais. 1.9. Faça parte dos 5%. O texto é motivador e interessante, nos faz pensar o que estamos fazendo para estarmos nos 5%, como marcamos a vida das pessoas e como podemos fazer para dar sempre nosso melhor, porem o considero simplista do ponto de vista que não especifica que não é possível sermos dos 5% em tudo, sermos os melhores em todas a as áreas de nossa vida, em todos os dias; agir dessa forma é um tipo de prisão que tira de nos o fazer só pelo prazer de fazer algo que gostamos, por exemplo alguém que ama pintar mas nunca será um dos 5% que ficara mundialmente famoso por isso, ele deve parar? Deve se esforçar ao máximo e sefrustrar com o resultado que não foi tão gratificando quanto foi para um dos membros do 5%? Seguindo essa premissa concordo com a ideia de que sim devemos dar o nosso melhor a cada dia, mesmo que esse melhor não seja o melhor de todos, devemos reconhecer nossas conquistas sejam elas grandes ou pequenas e não se elas estão nos colocando nos 5% dos melhores. Outro ponto importante a ser levado em conta é que um texto desse onde o autor declara ter estudado medicina o que já o coloca em uma classe privilegiada da sociedade por poder estar nesse curso e ele claramente não foi um dos que fazem parte da porcentagem de bolsista, nos leva a questionamentos de cunho socioeconômico como fazer parte dos 5% se a fome, o desemprego, a violência, as drogas são a realidade do dia a dia? Quando o seu melhor é conseguir estudar para ter um bom emprego e sustentar a si e a própria família? Dessa forma talvez sejamos parte do 5% para nossa família, mas nunca o que a sociedade espera dos 5%. Enquanto professores ter esse tipo de pensamento em mente é de suma importância, no só para ensinar os 5% melhor da sala, mas sim pra todos os alunos permitindo que eles tenham a oportunidade de superar seus limites, é ensiná-los a ser críticos e entenderem a realidade de onde vem e todo o potencial que possuem para mudar sua realidade e dos que os cercam, é ensinar também que nem sempre se pode ser o melhor em tudo, dar o melhor o tempo todo, mas que ser uma pessoa é fazer o possível e saber que mesmo que não seja o melhor de todos ainda é incrível. 1.10 O homem e o mundo. Vivemos em uma sociedade capital, movida pelo lucro, esse padrão de comportamento nos leva a inúmeros problemas dentro de nossa sociedade, guerras, conflitos, fome, discriminação; são alguns dos inúmeros problemas sociais apresentados dentro de nossa espécie, seja em nível de comunidade, pais, continente até ao nível de aldeia global, como chama hoje; nossa espécie é um tipo de praga super populando o planeta e ainda aprendendo a conviver entre si em paz, quando dizem que homem precisa resolver primeiro seus problemas com outros homens pra então focar nos problema do planeta é sobre esse contexto que estão pontuando. Sob a perspectiva do texto é interessante o poder de um pensamento diferente porem totalmente alinhado com a ideia acima que partiu de uma criança, onde ele concerta o mundo primeiro concertando a imagem do home que se encontra no verso mostrando de forma metafórica que concertar o homem também concerta o mundo; sabendo disso e enquanto futuros professores é importantíssimo não encarar os educandos com tabulas rasas sem conhecimento, criatividade ou pensamento crítico e sim ouvi-los, saber de suas ideias e as propostas que uma nova geração traz consigo no seu modo mais simples de pensar enquanto criança. O ato de ensinar não se dá simplesmente pela passagem do conhecimento e sim pela troca, onde o professor ensina o que sabe e se permite aprender com seus alunos. 1.11 Professores reflexivos. Conforme a criança cresce e se desenvolve ela passa por varios níveis de ensino, apesar de algumas poucas crianças frequentarem a mesma escola desde o matinal até a conclusão do ensino médio a maioria passa por diversas instituições, sejam creches, pré-escola, escolas que oferecem fundamental um, escolas de fundamental dois e escolas de ensino médio, variando é claro em instituições que ofertam mais de um tipo de ensino no mesmo lugar, nessas mudanças as crianças saem do conhecido, do confortável, do confiável e passam pra uma nova escola onde devem aprender novamente todo o funcionamento diário dessa instituição de ensino e se adaptar. Essa passagem pode e deve ser suave, esses indivíduos precisam receber as informações importantes para se sentir acolhidos e pertencentes a esse novo lugar que vão habitar, porem nem sempre é assim que ocorre; recordo-me de uma experiência pessoal de em um primeiro dia de aula não saber onde ficava o banheiro da escola e só descobrir onde ele ficava na saída da aula, esse tipo de acontecimento faz com que você se questione de quem era a responsabilidade nesse caso, do aluno de descobrir sozinho ou da instituição de fornecer as informações tão básicas quanto a localização do banheiro? Hoje em algumas cidades uma pratica conjunta entre escolas de níveis de ensino diferentes auxilia nesse processo, o ato de a escola atual levar seus alunos como em uma pequena excursão a escola nova para conhece-la torna o processo mais suave; outra pratica simples e até mesmo divertida é no primeiro dia de aula um professor levar a turma toda em tour pela escola, apresentando suas dependências e funcionários, gestores e demais professores que para além de informações ainda promove interação entre a turma. Outro momento impactante é ser transferido durante o ano letivo, começar junto com todos já é difícil mas recomeçar sozinho é por vezes cruel, nesse contexto cabe também a escola apresentar suas dependências, funcionários, gestores e professores, além de fornecer informações e acolhimento desse novo membro do corpo discente. Ensinar não é uma prática exclusiva de sala de aula de passagem de conhecimento, é acolhimento, escuta e compreensão, auxiliando assim a que o aluno se sinta parte integrante de uma comunidade e não só um lugar onde ele deve ir por obrigação. 1.12. Um sonho possível? Trabalhar com educação em um pais continental como o Brasil é uma verdadeira prova de vocação, em um pais tão cheio de desigualdade onde cada alguns estados são o equivalente a nações inteiras vemos a dificuldade de democratizar a educação para além dos papeis e propagandas governamentais; se separarmos apenas por regiões já podemos ver que a distribuição de riqueza entre os estados do norte e do sul é completamente discrepante tendo a maior parte da riqueza circulando em estados como são Paulo e Rio de Janeiro enquanto que estados do norte e nordeste possuem menos renda a sua disposição. Para além desse quadro geral em escala muito menor como de um município podemos também perceber que a desigualdade se faz presente da mesma forma, onde dependendo do bairro a distribuição de renda tem um abismo gritante; nesse cenário quando entramos em escolas é possível ver pequenas parcelas da sociedade e interagir com elas, observando os efeitos da desigualdade social e como educadores tentar lutar contra isso da melhor forma possível. Um professor que por conta da estrutura educacional, escolha ou motivação salarial acaba por trabalhar em mais de uma escola pode vir a ser exposto a essa realidade de forma mais clara, como sugere o livro texto imaginar-se dando aula a crianças de uma escola particular em um período (classe média pra alta) e a tarde em uma escola pública periférica(classe baixa) se vê em um período com crianças privilegiadas que não correm o risco de ter que trabalhar pra ajudar em casa, de não ter seu contra turno livre pra estudo e lazer, de ter preocupações com violência, exclusão, drogas e em outro período tentando trazer sentido na educação para crianças que passam por tudo isso. O que fica nesse contexto é a ideia como educador de dar a mesma aula, proporcionar os mesmos conhecimentos mesmo que adequando de forma a dar sentido e interesse a cada turma e promover a igualdade ao menos em suas aulas. 1.13. Pipocas da Vida. Viver é uma constante mudança, seja nas estações, na idade, na maturidade, em nossa aparência, nosso estilo de vida; como seres em constante mutações estamos sempre buscando o melhor, melhor forma, melhor emprego, melhor conforto, melhor salario, melhor amor e nada disso vem sem as mudanças sejam elas mais ou menos dolorosas mudar é necessário. A questão é, todos mudam ao mesmo tempo? Eventos iguais geram mudanças iguais em todos? É claro que não, cada um de nós tem o seu próprio tempo, tempo no qual vamos estar prontos as mudanças, ao amadurecimento, ao amor, ao emprego melhor. Claro que não podemos nos permitir estagnar, não podemos ficar piruá a vida toda, recusando mudanças vivendo sempre em um lugar estático seja ele confortávelou não. É dessa forma que devemos também encarar nosso alunos frente a educação, eles precisam mudar, as vezes forçados de uma fase da educação para a seguinte, as vezes de forma natural crescendo e aceitando a próxima fase de seu desenvolvimento; a nos cabe observar e auxiliar, fornecer o necessário por meio da educação para que essas mudanças não sejam tão dolorosas ou se dolorosas ao menos compreendidas como fase de crescimento pessoal, facilitando sua aceitação esuperação. REFERÊNCIAS (inserir os dados do livro-texto da disciplina) image1.png