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e) Gente não vem com manual de instruções quando nasce: nem para viver, nem para morrer.
44. (Cesgranrio – CEF – Arquiteto – 2012) O trecho “Mas não. Não serve qualquer uma.” pode ter sua pontuação alterada,
sem modificar-lhe o sentido original, em:
a) Mas não: não serve qualquer uma.
b) Mas, não; não, serve qualquer uma.
c) Mas não; não serve, qualquer uma.
d) Mas: não, não. Serve qualquer uma.
e) Mas não – não; serve qualquer uma.
45. (CEPERJ – Procon – Advogado – 2012) O emprego da vírgula marca anteposição de termos, com alteração da ordem
direta da frase, no seguinte exemplo do texto:
a) “O consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou umas das características culturais mais
marcantes da sociedade atual.”
b) “obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da
agressividade e violência, entre outras.”
c) “Para o mercado, antes de tudo, a criança é um consumidor em formação.”
d) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do mercado para a persuasão do público infantil, que cada vez mais cedo
é chamado a participar do universo adulto.”
e) “salvo decisões relacionadas a planos de seguro, combustível e produtos de limpeza.”
46. (Consulplan – TSE – Analista Judiciário – 2012) Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar, mas exigir dinheiro
em troca de uma ação qualquer na contramão do dever, é porque no sistema da corrupção o valor da honestidade,
que garantiria ao sujeito a sua autonomia, foi substituído pela vantagem do dinheiro.
Assinale a alternativa que apresente pontuação para o trecho anterior igualmente correta.
a) Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar – mas exigir dinheiro em troca de uma ação qualquer na contramão do
dever, é porque – no sistema da corrupção –, o valor da honestidade, que garantiria ao sujeito a sua autonomia, foi
substituído pela vantagem do dinheiro.
b) Se a conduta de praxe seria não, apenas, aceitar, mas exigir dinheiro, em troca de uma ação qualquer na contramão do
dever, é porque no sistema da corrupção, o valor da honestidade, que garantiria – ao sujeito – a sua autonomia, foi
substituído pela vantagem do dinheiro.
c) Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar, mas exigir dinheiro em troca de uma ação qualquer na contramão do
dever, é porque, no sistema da corrupção, o valor da honestidade – que garantiria ao sujeito a sua autonomia –, foi
substituído pela vantagem do dinheiro.
d) Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar – mas exigir dinheiro em troca de uma ação qualquer na contramão do
dever –, é porque, no sistema da corrupção, o valor da honestidade – que garantiria ao sujeito a sua autonomia – foi
substituído pela vantagem do dinheiro.
Fragmento de texto
(...) o que é detectado pelas respostas vagas, inconsistentes, sem coerência, coesão (...) O x dá lugar ao ch em
“xícara”, “mexer” e “vexame”; o inverso ocorre em “chuchu”, “enchimento” e “pichação”. (...) A tecnologia deveria
ser uma parceira em vez de contribuir para a alienação dos jovens. Como ensinar redação a estudantes sem
argumentos para defender seu ponto de vista? É imprescindível enfatizar a necessidade da leitura para redigir com
clareza, no português padrão, usando um vocabulário rico e adequado, de forma coerente, concisa e sem repetição de
ideias.
47. (FUMARC – TJ/MG – Oficial Judiciário – 2012) Sobre o emprego dos sinais de pontuação, analise as afirmativas a seguir,
nos trechos:
I. “( ...) respostas vagas, inconsistentes, sem coerência, coesão...” o uso das vírgulas se justifica pela enumeração das
informações.
II. “xícara”, “mexer” e “vexame” os sinais das aspas nas palavras foram utilizados para enfatizar a maneira correta como
cada uma deve ser grafada.
III. “Como ensinar redação a estudantes sem argumentos para defender seu ponto de vista?” compreende-se o uso do
ponto de interrogação, nesta frase, uma articulação de indignação.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(as):
a) I, II e III.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I.
48. (FUNCAB – MPE/RO – Analista – 2012) Assinale a opção correta quanto à pontuação.
a) O nosso século, que se iniciou e tem se desenvolvido sob a insígnia da civilização industrial, primeiro inventou a máquina
e depois fez dela o seu modelo de vida.
b) O nosso século, que se iniciou e tem se desenvolvido, sob a insígnia, da civilização industrial primeiro inventou a máquina
e depois fez dela o seu modelo de vida.
c) O nosso século que se iniciou e tem se desenvolvido sob a insígnia da civilização industrial, primeiro inventou a máquina,
e depois fez dela, o seu modelo de vida.
d) O nosso século que se iniciou, e tem se desenvolvido, sob a insígnia da civilização industrial, primeiro inventou a máquina
e, depois fez dela o seu modelo de vida.
e) O nosso século que se iniciou, e tem se desenvolvido sob a insígnia da civilização industrial primeiro, inventou a máquina
e depois, fez dela o seu modelo de vida.
49. (Vunesp – Pref. São José dos Campos/SP – Analista Técnico – 2012) Nos versos – Quando se vê, já é sexta-feira/ Quando
se vê, já passaram 60 anos – o emprego da vírgula é obrigatório, mas ele é facultativo em:
a) Se pudesse, o poeta nem olharia o relógio.
b) Já era sexta-feira, quando ele se deu conta da passagem do tempo.
c) Se me dessem uma oportunidade, seguiria sempre em frente.
d) Embora tenha sido reprovado, o poeta espera nova oportunidade.
e) Conforme se constatou, já se passaram 60 anos.
50. (FCC – TRE/PR – Técnico Judiciário – 2012) A maioria desses usos é nobre, já que eles aumentam o nosso conforto,
o nosso bem-estar, a nossa saúde.
Considere as afirmativas seguintes sobre o emprego das vírgulas no segmento acima.
I. A vírgula colocada após é nobre pode ser retirada, sem prejuízo da correção.
II. A vírgula que separa as expressões o nosso bem-estar, a nossa saúde pode ser corretamente substituída por um e .
III. A vírgula após a expressão o nosso conforto pode ser substituída por dois-pontos, sem prejuízo da correção e do
sentido original.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) III.
b) II.
c) I e III.
d) I e II.
e) I.
Minha vida meu amor
Olha minha vida meu amor
Há muito não és mais meu
Toda a loucura que fiz
Foi por você
Que nunca me deu valor
(...)
Por tua causa João
Eu morro pelada
(...)
No fundo do poço
Amor desculpe algum erro
E a falta de vírgula
Dalton Trevisan, Minha vida meu amor. Revista Língua, ano 7, jan. 2011. (texto adaptado)
51. (COPESE – UFT – Vestibular – 2012) Considerando a linguagem utilizada no texto Minha vida meu amor, podemos
afirmar que a falta do uso da vírgula nos vocativos você (linha 4), João (linha 6) e Amor (linha 9) é uma inadequação à
variedade padrão escrita?
Gabarito
1. A. 11. ERRADO. 21. A. 31. ERRADO. 41. B.
2. B. 12. CERTO. 22. A. 32. ERRADO. 42. E.
3. B. 13. CERTO. 23. INCORRETA. 33. CERTO. 43. E.
4. E. 14. ERRADO. 24. CORRETA. 34. ERRADO. 44. A.
5. B. 15. ERRADO. 25. CORRETA. 35. CERTO. 45. C.
6. C. 16. A. 26. INCORRETA. 36. C. 46. D.
7. B. 17. D. 27. CERTO. 37. E. 47. A.
8. ERRADO. 18. C. 28. CERTO. 38. C. 48. A.
9. CERTO. 19. D. 29. ERRADO. 39. A. 49. B.
10. CERTO. 20. CORRETA. 30. ERRADO. 40. E. 50. B.
51. INCORRETA.
Os comentários sobre as questões estão no site da editora na página
www.elsevier.com.br/agramatica_pestana
http://www.elsevier.com.br/agramatica_pestana
Capítulo 28
Concordância Verbal e Nominal
Definição
A concordância diz respeito à conformidade de palavras que mantêm relações entre si.
Por exemplo, as palavras que acompanham um substantivo ou substituem-no ficam no
mesmo gênero e no mesmo número que ele (normalmente, são artigos, adjetivos, numerais e
pronomes).
Perceba que, no parágrafo anterior, há uma relação de concordância entre algumas palavras
(as em azul concordam com as em negrito):
Por exemplo, as palavras que acompanham um substantivo ou substituem-no, ficam no
mesmo gênero e no mesmo número que ele (normalmente, são artigos, adjetivos, numerais
e pronomes).
Sabe por que os falantes cultos jamais colocariamno feminino os vocábulos um, no, o,
mesmo e ele? Por causa de um princípio da língua, chamado concordância nominal.
A concordância nominal trata da adequada variação em gênero e número dos
determinantes (artigos, adjetivos, numerais e pronomes) com o substantivo, pois tais
classes dependem dele e relacionam-se com ele! Digo mais: note que os artigos (um e o)
acompanham um substantivo, certo? Mas os pronomes (no, mesmo, ele) podem substituir
substantivos, concordando em gênero e número com ele.
Por isso, atenção! As palavras de um texto mantêm relações de concordância entre si.
Jamais você construiria um texto assim:
Por exemplo, os palavras que acompanham uma substantivo ou substituem-na, ficam na
mesma gênero e na mesma número que ela (normalmente, são artigos, adjetivos, numerais
e pronomes).
Adivinha por quê? Não há respeito à concordância! Beleza? Em certos casos, porém, o
determinante pode concordar só com o substantivo mais próximo. Dizemos que, nesses casos,
há uma concordância nominal atrativa. Veja:
– O aluno e a aluna estudiosa conquistaram a tão desejada vaga de Analista Judiciário.
É óbvio que o adjetivo poderia concordar com os dois substantivos:
– O aluno e a aluna estudiosos conquistaram a tão desejada vaga de Analista Judiciário.
“Ok! Entendi! Mas, Pestana, e a concordância verbal?” Vejamos agora.
Na concordância verbal, o conceito de concordância se mantém. O que ocorre nesse caso é
a relação entre o verbo e o sujeito.
Note, por exemplo, o primeiro período deste parágrafo anterior: “Na concordância verbal,
o conceito de concordância se mantém”. Imagine se ele estivesse escrito assim: “Na
concordância verbal, o conceito de concordância se mantêm, ...” E aí? Alguma diferença? É
claro que sim! Sutil, mas sim, há diferença!
Nessa reescritura, o sujeito o conceito de concordância está na 3a pessoa do singular, e o
verbo mantêm está na 3a pessoa do plural. Por isso, não há con-cor-dân-cia, pois o verbo
deve concordar com o sujeito, ficando na mesma pessoa e no mesmo número!
Obs.: Muito cuidado com os verbos vir e ter (e seus derivados, como manter), pois eles, no
plural, recebem acento circunflexo! Cai direto na prova!
Assim, a concordância verbal trata da adequada flexão, em número e pessoa, de um
verbo com seu sujeito. Ou seja: sujeito no singular = verbo no singular; sujeito na 3a pessoa
= verbo na 3a pessoa... e por aí vai...
Imagine se eu dissesse assim:
De todos os povos mais plurais culturalmente, o Brasil, mesmo diante de opiniões
contrárias, as quais insistem em desmentir que nosso país é cheio de “brasis” – digamos
assim –, ganham disparado dos outros, pois houve influências de todos os povos aqui:
europeus, asiáticos e africanos.
Nem o Word me corrigiu! Espero que você já tenha corrigido. Sublinhe o verbo e procure o
sujeito depois:
De todos os povos mais plurais culturalmente, o Brasil, mesmo diante de opiniões
contrárias, as quais insistem em desmentir que nosso país é cheio de “brasis” – digamos
assim –, ganham disparado dos outros, pois houve influências de todos os povos aqui:
europeus, asiáticos e africanos.
O Brasil... ganham?!
“Caiu a ficha” sobre concordância verbal agora, não? Esse exemplo que eu dei é o que as
bancas adooooooooram fazer com você: distanciar o sujeito do seu verbo, não deixando o
candidato perceber a concordância. Pelo amor de Deus! Cuidado com isso!
O que torna a “maldade” deles ainda pior é que há uma série de palavras no “meio do
caminho”, entre o sujeito e o verbo, de modo que perceber a concordância culta fica realmente
mais difícil. Pois bem... de acordo com a concordância formal, o período acima deveria ficar
assim:
De todos os povos mais plurais culturalmente, o Brasil, mesmo diante de opiniões
contrárias, as quais insistem em desmentir que nosso país é cheio de “brasis” – digamos
assim –, ganha disparado dos outros, pois houve influências de todos os povos aqui:
europeus, asiáticos e africanos.
Verbo no singular, pois sujeito no singular.
Em certos casos, o verbo pode concordar com o termo mais próximo do sujeito. Dizemos
que, nesses casos, há uma concordância verbal atrativa. Veja:
– Conquistou o aluno e a aluna a tão sonhada vaga de Analista Judiciário.
É óbvio que o verbo poderia concordar com os dois núcleos do sujeito composto:
– Conquistaram o aluno e a aluna a tão sonhada vaga de Analista Judiciário.
Em outros casos, o verbo concorda com um sujeito implícito tendo como referente um ou
mais termos. Leia este texto (sujeito em azul, verbo em negrito):
Caberia aos cidadãos do Brasil, cujas leis são muitas vezes negligenciadas por eles
mesmos, o direito de reclamar. É por isso que deve ser levado a sério, pois quanto mais
reclamações, maior possibilidade de se corrigirem problemas.
“O que deve ser levado a sério?” Resposta: “o direito de reclamar”. Note que o sujeito de
deve ser levado está implícito; como ele está na 3a pessoa do singular, o verbo fica igualmente
na 3a pessoa do singular. Fácil, não?
Bem... espero que você tenha entendido os conceitos básicos de concordância nominal e
verbal. Poderia ser só isso, mas existem algumas... ”regrinhas”... Vamos a elas? Sem medinho!
Eu quero sangue nos olhos a partir de agora, pois “missão dada é missão cumprida”!
Concordância Verbal com o Sujeito Simples
Toda vez que você quiser saber se o verbo está concordando em número e pessoa com o
sujeito, busque o verbo da oração. Depois de encontrado, procure o núcleo do sujeito. Em
regra geral, o verbo concorda com o núcleo do sujeito.
Os jogadores de futebol ganham um salário exorbitante.
Por que o verbo (ganham) está no plural? Porque o núcleo do sujeito simples (jogadores)
está no plural. Quem ganha um salário exorbitante? Os jogadores de futebol. Logo, eles
ganham.
Apesar de já ter falado, quero reiterar que as provas não costumam apresentar questões de
concordância neste nível fácil. O intuito delas é testá-lo, por isso procuram inverter a ordem
dos termos. A minha dica é esta: sublinhe primeiramente o verbo da oração (veja qual é a
pessoa e número dele); depois disso, leia a oração e faça a pergunta “O que/Quem...?” ao
verbo, a fim de achar o sujeito; depois de achá-lo, veja se seu núcleo está na mesma pessoa e
número do verbo. Se sim, houve concordância. Veja uma oração com inversão de termos:
No começo da semana, foi publicado, para o preenchimento de vagas no Ministério
Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ) – cuja procura por parte dos candidatos é
grande –, o tão aguardado edital.
Percebeu que o sujeito está bem depois do verbo? Colocando na ordem direta, fica mais
fácil de “enxergar”: O tão aguardado edital foi publicado no começo da semana ...
Vamos às regras agora.
1) O núcleo do sujeito é uma palavra de sentido coletivo.
O verbo fica no singular.
– A multidão gritou entusiasticamente o nome do jogador.
– O grupo, ontem à noite, decidiu que iria ao congresso.
Cuidado!!!
1) Coletivo especificado ou partitivo: a metade de, a maior parte de, a maioria de, uma
porção de, uma parte de, uma turba de, o resto de, um grupo de, um bando de, a metade
de, o grosso de, um grande número de, um bom número de... (verbo no singular,
concordando com o núcleo do sujeito, ou verbo no plural, concordando com o núcleo do
adjunto).
– A multidão de torcedores gritou entusiasticamente.
– A multidão de torcedores gritaram entusiasticamente.
O gramático Cegalla recomenda que, se este tipo de sujeito vier deslocado, o verbo ficará
no singular, concordando com o núcleo:
– Gritou entusiasticamente a multidão de torcedores.
2) Sujeitos formados por milhão, bilhão, trilhão etc. seguem o mesmo modelo acima:
– Mais de um milhão de mulheres foi às ruas a fim de protestar contra o abuso sexual.
– Mais de um milhão de mulheres foram às ruas a fim de protestar contra o abuso
sexual.
2) O sujeito é o pronome relativo que.
Neste caso, o verbo posterior ao pronome relativo (com função de sujeito!) concorda com o
antecedente do relativo.
– Depois de participar da promoção, presentearam a mim, que nunca ganhei um “parou ímpar”.
– Quais são os limites do Brasil continental que se situam mais próximos e mais
distantes do Meridiano?
Cuidado!!!
1) Se houver pronome pessoal reto seguido de outra palavra antes do pronome relativo, o
verbo após o relativo concordará com o pronome reto ou com a outra palavra.
No entanto, a maioria dos gramáticos enfatiza que, neste caso, o verbo fica na 3a pessoa.
– Não seremos nós os que, depois de tudo, mentiremos/mentirão.
2) Se houver dois substantivos antes do pronome relativo, pode o pronome concordar com
um dos dois, desde que o sentido da frase esteja claro.
– O resultado das pesquisas que se apurou/se apuraram provocou polêmica.
3) Com a expressão um(a) dos(as) + substantivo/pronome vindo antes do pronome relativo
que, o verbo pode concordar com um(a) ou com o substantivo/pronome.
– Aquela aluna é uma das pessoas que precisava/precisavam de ajuda.
Se o sentido da frase exigir que o verbo após o relativo fique no singular, só haverá esta
possibilidade de concordância:
– Santos Dumont foi um dos brasileiros que inventou o avião. (Só ele inventou.)
4) Lembre-se disto: o pronome relativo que precisa ter função de sujeito para que o verbo
após ele concorde com o antecedente do relativo. Veja esta frase: “As acusações que
promove quem defende o ‘assembleísmo’ baseiam-se na decantada ‘soberania’ das
assembleias”. Algumas pessoas poderiam pensar que o verbo promover deveria ficar no
plural concordando com o antecedente do relativo (acusações), mas nessa frase, o que
tem função de objeto direto, e não de sujeito. Na ordem direta a frase é esta: “As
acusações que quem defende o ‘assembleísmo’ promove baseiam-se na decantada
‘soberania’ das assembleias”.
3) O sujeito é o pronome indefinido quem.
Por via de regra, o verbo fica na 3a pessoa do singular concordando com quem.
– Fomos nós quem resolveu a questão.
Obs.: Se no lugar do pronome reto vier outra palavra, o verbo vai concordar
obrigatoriamente com quem: Foram os rapazes da Jovem Guarda quem fez sucesso.
Pode concordar com o pronome reto antecedente também, por razões de ênfase: Fomos
nós quem resolvemos a questão. Sobre isso, consulte: Esaf – SRF – AUDITOR-
FISCAL DA RECEITA FEDERAL – 2012 – QUESTÃO 36 (P1-G1).
Mas não é assim que costuma cair em prova, como se vê nas duas questões a seguir:
11. (FUNCAB – MPE/RO – Analista – 2012) Assinale a opção correta quanto à concordância verbal.
D) Eram eles quem fazia a ronda no local. (Gabarito!)
– (Cespe/UnB – PM/SE – Médico – 2006) Assinale a opção que obedece às orientações da norma culta.
B) Na passagem “Por que não fui eu que criei a Microsoft?” (l.12-13), o segundo “que” pode ser corretamente
substituído por quem, sem modificações das formas verbais.
Comentário: O gabarito foi outro, logo, para o Cespe/UnB, prevaleceu a regra principal,
isto é, não se pode usar quem no lugar do segundo que, de modo que o verbo concorde com
o pronome reto: “Por que não fui eu quem criei a Microsoft?” (errado)
4) O sujeito é um pronome interrogativo, demonstrativo ou indefinido no plural + de
nós/de vós.
O verbo pode concordar com o pronome no plural (interrogativo, demonstrativo ou
indefinido) ou com nós/vós.
– Quais de vós me ajudarão? / Quais de vós me ajudareis?
– Aqueles de nós se expressam bem. / Aqueles de nós nos expressamos bem.
– Alguns de nós resolviam essas questões. / Alguns de nós resolvíamos essas questões.
Obs.: Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o verbo concorda com
eles em pessoa e número: Qual de vós me ajudará agora?
5) O sujeito é formado de palavras pluralizadas, normalmente topônimos, como:
Amazonas, Alpes, Andes, Alagoas, Campinas, Campos, Buenos Aires, Emirados Árabes
Unidos, Filipinas, Marrocos, Minas Gerais, Montes Claros, Patos, Vassouras, etc.
Se o sujeito vier antecedido de artigo no plural, o verbo ficará no plural. Se o sujeito não
vier antecedido de artigo (ou de artigo no plural), o verbo ficará no singular.
– Os Estados Unidos continuam sendo a maior potência mundial.
– Santos fica em São Paulo.
– O Marrocos foi dominado pelos árabes no século VIII.
– Férias faz bem à saúde.
– Vozes verbais diz respeito, basicamente, a três formas diferentes do verbo.
– As vozes verbais são tradicionalmente divididas em ativa, passiva e reflexiva.
Obs.: Há muita polêmica em torno deste caso, mas, de um modo geral, quando o sujeito
apresenta nome de obra artística pluralizada (livros, filmes...), o verbo pode ficar no
singular ou no plural, quando antecedida de artigo no plural (Os Sertões, Os Maias,
Os pastores da noite, etc.):
– Os Lusíadas imortalizou/imortalizaram Camões.
– Velozes e Furiosos marcou o cinema relativo a carros.
6) O sujeito é formado pelas expressões mais de um, cerca de, perto de, menos de, coisa
de, obra de etc.
O verbo concorda com o numeral.
– Mais de um aluno não compareceu à aula.
– Mais de cinco alunos não compareceram à aula.
Obs.: A expressão mais de um tem particularidades: se a frase indicar reciprocidade
(pronome reflexivo recíproco se), se houver coletivo especificado ou se a expressão
vier repetida, o verbo fica no plural:
– Mais de um irmão se abraçaram.
– Mais de um grupo de crianças veio/vieram à festa na praia.
– Mais de um aluno, mais de um professor estavam presentes.
7) Sujeito formado de número percentual ou fracionário.
O verbo concorda com o numerador (o número antes da barra da fração) ou com o número
inteiro (o número antes da vírgula na porcentagem), mas pode concordar com o especificador
dele. Se o numeral vier precedido de determinante, o verbo concordará apenas com o numeral.
– Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabe o que é viver bem.
– Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabem o que é viver bem.
– Apenas 30% do povo sabem o que é viver bem.
– Apenas 30% do povo sabe o que é viver bem.
– Os 30% da população não sabem o que é viver mal.
Obs.: Note que, no primeiro exemplo, o verbo concordou com o 1 de 1/3, o mesmo ocorre
com 0 em “Só 0,9% das pessoas sabe o que significa ‘lóxia’.”. Veja uma questão sobre
isso:
11. (FGV – SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas – 2008) “... mostram que um terço dos pagamentos realizados por intermédio de
instituições financeiras foi tributado apenas por aquela contribuição...” (L.67-70)
Assinale a alternativa em que, ao se alterar o termo “um terço”, não se tenha mantido a concordância em conformidade com
a norma culta. Desconsidere a possibilidade de concordância atrativa.
a) mostram que 0,27% dos pagamentos realizados por intermédio de instituições financeiras foi tributado apenas por
aquela contribuição.
b) mostram que menos de 2% dos pagamentos realizados por intermédio de instituições financeiras foram tributados
apenas por aquela contribuição.
c) mostram que grande parte dos pagamentos realizados por intermédio de instituições financeiras foi tributado apenas
por aquela contribuição.
d) mostram que três quartos dos pagamentos realizados por intermédio de instituições financeiras foram tributados
apenas por aquela contribuição.
e) mostram que 1,6 milhão dos pagamentos realizados por intermédio de instituições financeiras foi tributado apenas por
aquela contribuição.
Comentário: O gabarito é a C, pois não houve concordância adequada: “... grande parte dos
pagamentos realizados... foi tributado...”; deveria ser “... parte... foi tributada...” ou “...
pagamentos... foram tributados...”. a) “... 0,27%... foi tributado...”. b) “... 2%... foram
tributados...”. d) “...três quartos... foram tributados...”. e) “... 1,6 milhão... foi
tributado...”.
8) Os verbos bater, dar e soar concordam com o número de horas ou vezes (sujeito),
exceto se o sujeito for a palavra relógio, sino, carrilhão...
– Deram duas horas e ela não chegou. (Duas horas deram...)
– Bateu o sino duas vezes. (O sino bateu...)
– Soaram dez badaladas no relógio da escola. (Dez badaladas soaram...)
– Soou dez badaladas o relógio da escola. (O relógio da escola soou dez badaladas.)
Obs.: Alguns gramáticos, como Celso Cunha e Antenor Nascentes, encaram tais verbos como
impessoais, de modo queo número de horas é o adjunto adverbial e a oração é sem
sujeito. Nesse caso, a concordância é atrativa. Já outros gramáticos, como Domingos. P.
Cegalla e Rocha Lima, encaram tais expressões numéricas como o sujeito, de modo que
o verbo não é impessoal.
9) Sujeito em voz passiva sintética.
O verbo concorda com o sujeito paciente. Passe sempre para a voz passiva analítica para
“enxergar” o sujeito mais facilmente.
– Vendem-se casas de veraneio aqui. (Casas de veraneio são vendidas aqui.)
– Nunca se viu, em parte alguma, pessoa tão interessada. (Pessoa tão interessada nunca
foi vista em parte alguma.)
Cuidado!!!
1) Quando o sujeito composto está posposto, vale a regra de atração com o mais próximo ou
com todos os elementos do sujeito composto:
– Modificou-se, no século XXI, ainda que a população brasileira estivesse descrente,
a maneira de fazer política no Brasil, os tratos do Legislativo com os cidadãos e,
por fim, a visão do povo sobre os governantes.
– Modificaram-se, no século XXI, ainda que a população brasileira estivesse
descrente, a maneira de fazer política no Brasil, os tratos do Legislativo com os
cidadãos e, por fim, a visão do povo sobre os governantes.
2) Não confundir se apassivador com se indeterminador do sujeito! Revise o se relendo
Funções Sintáticas dos Pronomes Oblíquos Átonos, no capítulo 21. Cai muito em prova,
hein!
Veja um exemplo de frase para você entender “como” aparece em prova:
Não se discutem muito, afirma o economista sênior do BES Investimentos, Flávio
Serrano, lembrando que no Brasil o sistema de supervisão é muito mais conservador, o
que evitou maiores problemas na crise, a questão do tamanho, mas sim a alavancagem
desses bancos. (Retirado de Carta Capital, 18/10/2012)
Corrija-se para o singular:
Não se discute muito, afirma o economista sênior do BES Investimentos, Flávio
Serrano, lembrando que no Brasil o sistema de supervisão é muito mais conservador, o
que evitou maiores problemas na crise, a questão do tamanho, mas sim a alavancagem
desses bancos. (= ... a questão do tamanho não é discutida...)
Veja mais um:
Não se discute muito, afirma o economista sênior do BES Investimentos, Flávio
Serrano, lembrando que no Brasil o sistema de supervisão é muito mais conservador, o
que evitou maiores problemas na crise, as questões do tamanho, mas sim a alavancagem
desses bancos.
Corrija-se para o plural:
Não se discutem muito, afirma o economista sênior do BES Investimentos, Flávio
Serrano, lembrando que no Brasil o sistema de supervisão é muito mais conservador, o
que evitou maiores problemas na crise, as questões do tamanho, mas sim a alavancagem
desses bancos. (= ... as questões do tamanho não são discutidas... )
Nas provas, há uma tendência muito grande em formular a frase de voz passiva sintética
com verbo no singular, indeterminando o sujeito. Por isso se faz muita pergunta sobre o se.
Não confunda!
3) Concordância com costumar/poder/dever + se + infinitivo + substantivo no plural.
Existem duas análises possíveis para essa construção:
Em “Devem-se resolver rapidamente as questões de Português”, analisamos devem-se
resolver como uma locução verbal com partícula se apassivadora, concordando o verbo
auxiliar da locução com o sujeito as questões de Português. Afinal de contas, “O que se
devem resolver rapidamente?” Resposta: “As questões de Português.”, certo? Passe para a
voz passiva analítica que vai ficar mais fácil ainda:
“As questões de Português devem ser resolvidas rapidamente.” Percebeu?
Agora, a segunda análise possível é feita se os verbos costumar/poder/dever estiverem
no singular, não mais formando uma locução verbal, mas sim um verbo principal seguido de
uma oração reduzida. “Como assim, Pest?” Veja a frase a seguir e sua análise:
“Pode-se / resolver rapidamente estas questões de Português.”
O que “se pode”? Ou seja, o que é possível? Resposta: “resolver rapidamente estas
questões de Português” se pode (= é possível). Logo, resolver rapidamente estas questões
de Português é a oração reduzida com função de sujeito da oração principal Pode-se. O
verbo fica sempre no singular quando seu sujeito é oracional.
Resumindo:
Costumam/Devem/Podem-se resolver questões de Português.
(locução verbal com se apassivador concordando com sujeito no plural)
ou
Costuma/Deve/Pode-se / resolver questões de Português.
(oração principal / oração reduzida de infinitivo com função de sujeito)
4) Com a estrutura querer + se + infinitivo, Bechara indica que a concordância não pode ser
arbitrária quando o sentido falar mais alto: “Quer-se inverter as leis.” não equivale a
“As leis querem ser invertidas.”, logo não faz sentido escrever ou dizer “Querem-se
inverter as leis.”. Sendo assim, o sujeito de “Quer-se inverter as leis.” é oracional:
inverter as leis.
5) Na expressão “não (nunca)... mais que (do que)”, o verbo concorda com o termo que vem
depois do fim da expressão: “Não se viam mais do que corpos espalhados no chão.”
10) O sujeito é um pronome de tratamento.
O verbo fica sempre na 3a pessoa do singular.
– Por que Vossa Majestade está tão preocupada com sua imagem hoje?
– Suas Excelências precisam parar de colocar “panos quentes” no julgamento.
11) Sujeito do verbo viver (orações optativas ou exclamativas).
– Vivam os campeões!
	Capítulo 27 – Pontuação
	Gabarito
	Capítulo 28 – Concordância Verbal e Nominal
	Definição
	Concordância Verbal com o Sujeito Simples

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