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SUGESTÕES, CRÍTICAS | contato@focadonoedital.com.br 
ATOS ADMINISTRATIVOS – CONCURSO COLÉGIO PEDRO II 2023/24 
CONCEITO DA ATO ADMINISTRATIVO 
Apresentarei a você neste momento os conceitos de atos administrativos dos doutrinadores clássicos, 
tenho observado nos últimos concursos públicos uma incidência maior na exigência do conhecimento 
do conceito da professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro que diz: 
• É A DECLARAÇÃO DO ESTADO OU DE QUEM O REPRESENTE; 
 
• QUE PRODUZ EFEITOS JURÍDICOS IMEDIATOS SOB A OBSERVÂNCIA DA LEI E 
REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO; E 
 
• É PASSÍVEL DE CONTROLE PELO PODER JUDICIÁRIO. 
Não posso deixar de citar também o conceito do grande mestre Hely Lopes Meirelles, segundo conceito 
mais cobrado em concursos públicos. Segue o referido conceito: (mnemônico: DI MARTE) 
 
• É a manifestação UNILATERAL da Administração Pública que agindo nessa qualidade tem por 
fim imediato: 
 
D eclarar 
 
OS DIREITOS OU Impor 
OBRIGAÇÕES DE SEUS 
ADMINISTRADOS OU DE SI 
PRÓPRIA 
M odificar 
A dquirir 
R esguardar 
T ransferir 
E xtinguir 
 
ELEMENTOS OU REQUISITOS DE VALIDADE DO ATO 
Os atos administrativos possuem CINCO ELEMENTOS também conhecidos como requisitos de 
validade. São eles: (mnemônico: COMFIFORMOOB) 
 
➢ COM PETÊNCIA: elemento vinculado 
➢ FI NALIDADE: elemento vinculado 
➢ FOR MA: elemento vinculado 
➢ MO TIVO: elemento que pode ser vinculado OU Discricionário 
➢ OB JETO: elemento que pode ser vinculado OU Discricionário 
 
 
 
 
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COMPETÊNCIA (QUEM FAZ?) 
É o poder atribuído ao agente da administração para praticar determinados atos administrativos. OBS! 
A professora Maria Silvia Zanella Di Pietro chama de SUJEITO COMPETENTE. 
 
CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA 
 
• IRRENUNCIÁVEL: Lei 9784 Art.11- A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos 
administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente 
admitidos. 
 
O QUE SERIA DELEGAÇÃO? Resposta: nada mais é do que uma divisão de parte da competência 
originária com outro órgão de igual hierarquia ou inferior. (não exige hierarquia) 
 
O QUE SERIA AVOCAÇÃO? Resposta: não mais é do que um chamamento de atribuição de órgão 
inferior por um órgão superior. (exige sempre hierarquia) 
 
OBS! NÃO PODEM SER OBJETO DE DELEGAÇÃO: (mnemônico: EDEMA) 
 
E dição de atos de caráter normativo; 
DE cisão de recursos administrativos; 
MA térias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
 
➢ IMODIFICÁVEL: como a competência é instituída pela lei, o administrador não poderá por sua 
simples vontade tentar modificá-la. 
 
➢ IMPRESCRITÍVEL: ainda que o agente público passe um bom tempo sem usar de sua competência, 
não perderá a titularidade de sua competência. 
 
➢ IMPRORROGÁVEL: em processos judiciais quando a competência é relativa (territorial e em 
razão do valor da causa) e as partes não questionam a atuação do juiz incompetente naquele respectivo 
processo teremos o instituto da prorrogação da competência, aqui nos procedimentos administrativos 
isso não, ou seja, não se transfere a um agente incompetente pelo simples fato de não ter havido 
contestações. 
 
FINALIDADE (PARA QUE?) 
É o resultado que se quer alcançar com a prática do ato, está ligada intrinsecamente ao interesse 
público. Enquanto motivo antecede o ato, a finalidade o sucede, ou seja, está ligado a ideia de futuro. 
 
OBS! A finalidade do ato possui o chamado EFEITO MEDIATO. 
 
FORMA (COMO?) 
É o modo de exteriorização/materialização do ato, é a maneira como a administração se manifesta. 
Em regra, eles deverão observar a FORMA ESCRITA, admitindo-se excepcionalmente: 
 
➢ ATOS GESTUAIS; 
 
➢ VERBAIS OU; 
 
 
 
 
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➢ EXPEDIDOS VISUALMENTE POR MÁQUINAS. (semáforos, especialmente em casos de urgência 
e transitoriedade da manifestação) 
MOTIVO (O PORQUÊ) 
É o pressuposto de fato e de direito que SERVE DE FUNDAMENTO para o ato administrativo, é 
O PORQUÊ, a razão da prática do ato. 
 
➢ De Fato: corresponde ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de características que levam 
a administração pública a praticar o ato. 
 
➢ De Direito: é o dispositivo legal em que se baseia o ato. 
 
Quando a Administração Pública praticar um ato administrativo, não pode praticar do nada, sem 
fundamento. Pense no ATO DE DEMISSÃO que é um ato punitivo, para que ele possa ser praticado, 
o servidor tem que dar um MOTIVO para que a própria administração possa praticá-lo, se o fizer sem 
um motivo teremos um ato viciado por inexistência de motivo. 
 
CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR 
MOTIVO é diferente de MOTIVAÇÃO. 
 
MOTIVO é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento para o ato administrativo. 
Enquanto a MOTIVAÇÃO (justificativa) é a exposição dos motivos, ela exige que a Administração 
Pública indique, apresente os fundamentos de fato e de direito de suas decisões. 
 
OBJETO (O QUE?) 
É o conteúdo do ato, ou seja, é o efeito jurídico IMEDIATO que o ato produz. A ordem por ele 
determinada, ou o resultado prático pretendido ao se expedi-lo. A doutrina também o chama de 
OBJETO ou CONTEÚDO do ato. 
 
Ex: em um decreto de desapropriação o objeto é a própria desapropriação, em uma nomeação de 
concurso o objeto é a própria nomeação. 
 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO (CARACTERÍSTICAS) 
 
Os atributos do ato são conhecidos também pela doutrina como características, são elas que traçam 
os contornos do mesmo. (mnemônico: PATI) 
 
➢ P resunção de legitimidade e veracidade; 
➢ A utoexecutoriedade; (exigibilidade e executividade) 
➢ T ipicidade; (Di Pietro) 
➢ I mperatividade; 
 
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE (LEGALIDADE) 
Por conta desse atributo presume-se que todo ato administrativo praticado pela administração ou por 
quem a esteja representando está em consonância (de acordo) com a lei. Essa presunção de legitimidade 
é RELATIVA, o que chamamos de presunção “IURIS TANTUM” que significa que cabe prova em 
contrário. 
 
 
 
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Imagine que um servidor em uma atuação impecável esteja sendo perseguindo e venha a ser demitido 
em um PAD indevido, o servidor prejudicado posteriormente poderá pleitear a anulação desse ato de 
demissão ilegal? 
 
Resposta: Claro que sim! Justamente por termos nesse ato apenas uma PRESUNÇÃO de legitimidade. 
 
A doutrina afirma que a presunção de legitimidade inverte o ônus da prova, não cabendo ao agente 
público demonstrar que o ato por ele praticado é válido, e sim ao particular incumbe a prova 
da ilegalidade caso o ato praticado seja ilegal. 
 
IMPORTANTÍSSIMO 
 
➢ É UM ATRIBUTO PRESENTE EM TODOS OS ATOS ADMINISTRATIVOS! 
 
➢ ENQUANTO NÃO FOR DECLARADA A NULIDADE DO ATO ELA PRODUZIRÁ 
EFEITOS! 
Exemplo: Imagine um servidor que tenha sido demitido por em sua demissão injusta, pautada em uma 
inverdade. Mesmo sendo ilegal tal demissão produzirá efeitos até que a própria Administração anule o 
ato de demissão, de ofício ou provocado, ou o servidor prejudicado provoque o judiciário para que o 
mesmo possa anular tal erro cometido pela administração, mas podemos afirmar com certeza que o 
tempo em que a demissão surtiu efeito foi por conta do atributo da presunção de legalidade. 
 
PRESUNÇÃO DE VERACIDADE 
Enquanto na presunção de legitimidade observa-se a legalidade do ato, na presunção de veracidade 
afirma-se que são verdadeiros os fatos narrados no respectivo ato administrativo. 
 
Veja, um candidato que quer prestar um concurso para área da segurança pública precisa apresentar uma 
certidão de ANTECEDENTES CRIMINAIS, quem vai conceder essa certidão (ato enunciativo) é o 
PODER PÚBLICO e por conta do atributo da PRESUNÇÃO DE VERACIDADE podemos presumir 
que as informações contidas nesse ato são verdadeiras. 
 
AUTOEXECUTORIEDADE 
Porele o ato administrativo pode ser posto em execução pela própria administração pública sem 
necessidade de intervenção do Poder Judiciário. 
 
OBS! A autoexecutoriedade jamais afasta a apreciação judicial do ato, apenas dispensa a 
administração de obter ordem judicial prévia para poder praticá-lo. Afirmamos que nesses casos o 
CONTRADITÓRIO, que é uma garantia constitucional, será exercido: 
➢ A posteriori; 
➢ De forma diferida; 
➢ De forma protraída; 
➢ Postergado; 
 
 
 
 
 
 
 
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A doutrina majoritária vai nos apresentar um desdobramento na Autoexecutoriedade em DOIS NÍVEIS, 
são eles: 
➢ EXIGIBILIDADE (multa) 
• É o privilégio pelo qual a administração utiliza MEIOS INDIRETOS para constranger o 
administrado a adotar determinada conduta, diz-se que a imposição administrativa é EXIGÍVEL, mas 
não é EXECUTÓRIA. 
EX: A Administração deve multar o particular em casos de infração as leis de trânsito, esse ato é 
exigível, mas não é executório. Pois, se o particular não efetuar o pagamento da respectiva multa, a 
própria administração não poderá por meios próprios retirar do particular bens para quitar o débito, nesse 
caso ELA terá que ir ao Poder Judiciário e ajuizar uma ação de execução fiscal para ter a obrigação 
satisfeita. 
 
➢ EXECUTORIEDADE 
• É o atributo que permite a Administração execute diretamente a sua decisão pelo uso da força SEM 
ir antes a juízo e SEM necessitar do poder judiciário. 
 
Nesse caso a administração emprega MEIOS DIRETOS DE COERÇÃO obrigando materialmente o 
administrado a fazer algo se utilizando inclusive da força. 
EX: Quando a Administração através de seus agentes apreende de mercadorias com prazo de validade 
vencido ou vendidas em local proibido e reboca carros em estacionados em locais proibidos. 
 
TIPICIDADE 
É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela 
lei como aptas a produzir determinados resultados. A TIPICIDADE diz respeito à necessidade de 
respeitar-se a finalidade específica definida na lei para cada espécie de ato administrativo proibindo 
que a mesma venha a praticar ATOS INOMINADOS! 
EX: a tipicidade proíbe que a regulamentação de determinada lei seja feita por meio de uma portaria, 
pois tal situação cabe por força da própria lei a outra categoria de ato administrativo que é o decreto. 
 
OBS! A Prof. Maria Silvia Zanella Di Pietro afirma que a tipicidade não se encontra nos Contratos 
Administrativos, pois esses são formados a partir de uma bilateralidade de vontades. 
 
IMPERATIVIDADE 
É o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros independentemente de sua 
concordância. É a prerrogativa do poder público de, por meios de atos unilaterais, impor obrigações à 
terceiros. 
 
A IMPERATIVIDADE decorre do denominado poder EXTROVERSO DO ESTADO. Essa 
expressão é utilizada para representar a prerrogativa a qual o poder público tem para praticar atos que 
extravasam sua própria esfera jurídica e adentram a esfera jurídica alheia, alterando-a, 
independentemente da anuência prévia de qualquer pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MUITO CUIDADO! 
Ao contrário da presunção de legitimidade, a imperatividade é atributo da maioria dos atos 
administrativos, mas não estando presente nos: 
 
ATOS ENUNCIATIVOS 
(capa) 
ATOS NEGOCIAIS 
(Phalava) 
C ERTIDÕES 
A TESTADOS 
P ARECERES 
A POSTILAS 
 
 
P ERMISSÕES DE USO 
H OMOLOGAÇÃO 
A UTORIZAÇÃO 
L ICENÇA 
A PROVAÇÃO 
V ISTO 
A DMISSÃO 
 
EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO 
Segundo o professor CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, um ato administrativo extingue-
se pelas seguintes MODALIDADES: 
 
➢ 1ª - DESAPARECIMENTO DO SUJEITO OU DO OBJETO; 
 
➢ 2ª - CUMPRIMENTO DE SEUS EFEITOS: 
• Esgotamento do conteúdo jurídico; por exemplo, o gozo de férias de um funcionário; 
 
• Execução material; por exemplo, a ordem, executada, de demolição de uma casa; 
 
• Implemento de condição resolutiva ou termo final. 
 
➢ 3ª - RETIRADA DO ATO ADMINISTRATIVO 
 
• CADUCIDADE: é a retirada do ato em razão de nova norma jurídica que tornou inadmissível a 
situação que antes era permitida. 
Ex: caducidade de permissão para explorar parque de diversões em local que, em face da nova lei de 
zoneamento, tornou-se incompatível. 
 
• CONTRAPOSIÇÃO OU DERRUBADA: é a retirada do ato administrativo pela edição de um outro 
ato administrativo, expedido com base em competência diferente e com efeitos incompatíveis, 
impedindo a continuidade da sua eficácia. Os efeitos do primeiro ficam inibidos pelo do segundo. 
Ex: Os efeitos da demissão impedem os efeitos da nomeação. 
 
CASSAÇÃO: é a retirada do ato administrativo por ter o seu beneficiário descumprido condição 
indispensável para a manutenção do ato. 
Ex: Cassação do alvará de funcionamento do pasteleiro por não atingir condições de higiene. 
 
 
 
 
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• RENÚNCIA: é a retirada do ato administrativo eficaz por seu beneficiário não mais desejar a 
continuidade dos seus efeitos. A renúncia só se destina aos atos ampliativos (atos que trazem 
privilégios), pois seria impensável no particular renunciando um ato punitivo. 
Ex: Alguém que tem uma permissão de uso de bem público não a quer mais. 
 
• ANULAÇÃO: é a declaração de invalidade de um ato administrativo ILEGÍTIMO ou ILEGAL, 
feita pela Administração ou pelo PODER JUDICIÁRIO por motivo de Ilegitimidade ou Ilegalidade. 
 
Possui o chamado EFEITO EX TUNC, ou seja, retroage até o nascimento do Ato. 
 
Pode ser feita pela própria ADMINISTRAÇÃO através do controle de legalidade pautado no poder de 
autotutela do Estado. É uma justiça interna, exercida para a defesa da instituição e da legalidade de seus 
atos. 
 
Também pode ser feita pelo PODER JUDICIÁRIO, através do controle de legalidade, DESDE QUE 
haja provocação, ou seja, desde que sejam levados à sua apreciação pelos meios processuais cabíveis., 
aqui não existe a autotutela, pois o ato está sendo anulado por outro Poder. 
 
ATOS QUE NÃO PODEM SER ANULADOS: 
ATO ILEGAL de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários APÓS EM 5 ANOS, contados 
da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. Por conta da aplicação do Princípio da 
segurança jurídica. 
 
• REVOGAÇÃO: é a retirada de um ato administrativo legítimo e eficaz, tem seu fundamento no 
poder discricionário e somente a própria Administração pode realizar, por motivo de sua conveniência 
e oportunidade, sendo por isso PRIVATIVA da Administração. Possuindo o EFEITO conhecido como 
EX NUNC. 
 
ATOS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS: 
1º - Atos consumados (atos que exauriram os seus efeitos) 
 
2º - Atos vinculados (precisamente porque nestes não há os aspectos concernentes à oportunidade e 
conveniência) 
 
3º - Meros atos administrativos (como certidões, atestados, votos, porque os efeitos deles decorrentes 
são estabelecidos pela lei.) 
 
4º - Atos que integram um procedimento, pois a cada novo ato ocorre a preclusão com relação ao ato 
anterior; 
 
5º - Atos que já geraram direito adquiridos, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VÍCIOS NOS ELEMENTOS DO ATO 
O vício nos elementos do ato administrativo tem por base a lei 4.717/1965 que é a lei de ação popular. 
 
VÍCIO DE COMPETÊNCIA 
 LEI 4717/65 
Art. 2º parágrafo único, a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas 
atribuições legais do agente que o praticou; 
Costumeiramente a doutrina apresenta três. são eles: 
1º - EXCESSO DE PODER 
2º - USURPAÇÃO DE FUNÇÃO 
3º - FUNÇÃO “DE FATO” 
 
 
➢ EXCESSO DE PODER: Ocorre quando o agente público excede os limites de suacompetência atuando FORA OU ALÉM de sua esfera de atribuições estabelecida em lei. 
• Exemplo 1: nos termos do artigo 17 do código de processo penal, a autoridade policial é 
quem deve presidir o inquérito policial e a autoridade policial é o Delegado de Polícia, se um inspetor 
ou investigador da polícia Civil baixar uma portaria para iniciar um inquérito policial teremos um ato 
viciado na competência por excesso de poder, justamente pelo fato desse servidor não possui tal 
competência em seu rol de atribuições. 
 
• Exemplo 2: no que se refere ao decreto autônomo sabemos que nos termos do artigo 84, 
inciso VI da constituição federal quem deve utilizá-lo é o presidente da república, mas o próprio 
parágrafo único do referido artigo permite sua delegação para os ministros de estado, advogado-geral da 
união e para o procurador-geral da República, se algum desses agentes praticarem um decreto autônomo 
sem a referida delegação teremos um decreto autônomo viciado na competência por excesso de poder. 
 
➢ USURPAÇÃO DE FUNÇÃO: Positivado em nosso código penal em seu artigo 328, usurpador de 
função é aquela pessoa que de nenhuma forma teve algum tipo de vínculo com a administração pública, 
determinado sujeito ativo da conduta delituosa criminal se passa por um agente público praticando atos 
administrativos como se fosse um agente de verdade. 
• Exemplo: seria o caso de uma pessoa que, embora não tenha sido investida no cargo de delegado de 
polícia, começa a praticar atos privativos deste cargo. 
 
➢ FUNÇÃO DE FATO: para que possamos dizer que uma pessoa é detentora de um cargo público 
sem nenhuma irregularidade dizemos que ele é um servidor de fato e de direito. A função de fato nasce 
quando determinada pessoa não detém o direito de estar naquele cargo público, porém o está de fato. 
Para a doutrina seriam aqueles casos em que a pessoa não possui os requisitos necessários para 
investidura no cargo público. 
• Exemplo: Candidato de concurso público que toma posse em cargo de delegado de polícia sem o 
respectivo diploma de direito que é uma exigência trazida pela própria lei do cargo. 
 
 
 
 
 
 
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MUITO CUIDADO! 
As questões de prova que afirmarem que os atos praticados pelo agente de fato serão nulos ou anuláveis 
ou até mesmo inexistentes tais afirmativas deverão ser assinaladas como errada pois temos a aplicação 
de uma teoria no ordenamento jurídico brasileiro que irá validar os atos praticados por tais agentes e a 
denominada teoria da aparência através dela os atos praticados pelo agente de fato serão considerados 
válidos 
 
VÍCIO DE FINALIDADE (DESVIO DE PODER OU DESVIO DE FINALIDADE) 
 LEI 4717/65 
Art. 2º parágrafo único e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a 
fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. 
A finalidade será maculada quando determinado agente público no exercício de suas atribuições exercer 
um ato administrativo procurando alcançar uma finalidade diferente proposta nas regras de competência. 
 
O agente público pode até ter determinada competência sendo que, por conta do princípio da 
impessoalidade, ele não pode fazer o que quiser, ou seja, não pode agir de forma pessoa. Todo ato 
administrativo precisa alcançar a finalidade pública para qual foi praticado, se o agente ao atuar estiver 
agindo de forma pessoal, mesmo que ele tenha competência para praticá-lo violara finalidade do 
ato. 
 
Exemplos muito comuns em provas de concurso é a REMOÇÃO no intuito de punir o servidor, 
sabemos que a remoção é um ato que está inserido dentro do ordenamento jurídico brasileiro e serve 
para deslocamento do servidor, muitas vezes de ofício por interesse da administração outras vezes a 
pedido do servidor por motivos particulares. Sendo praticado destas formas será um ato lícito, porém se 
a autoridade competente ao remover o servidor praticar tal ato com o intuito de puni-lo teremos um ato 
maculado em sua FINALIDADE. 
 
IMPORTANTE 
Estudaremos a convalidação um pouco mais à frente, mas já para adiantar o vício na finalidade não pode 
ser convalidado, portanto caso haja um vício nesse elemento o mesmo deverá ser anulado, ele é 
impossível de ser convalidado. 
 
ESQUEMATIZANDO 
ABUSO DE PODEER 
EXCESSO DE PODER DESVIO DE PODER 
 
VÍCIO NA COMPETÊNCIA VÍCIO NA FINALIDADE 
 
 
 
 
 
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VÍCIO NA FORMA 
LEI 4717/65 
Art. 2º parágrafo único b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou 
irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; 
Em relação ao vício na forma deve-se ter em mente que ele consistirá numa omissão ou na observância 
incompleta ou irregular as formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato. Quando a lei 
determinar a maneira como o ato será praticado o administrador deverá obedecer a essas formalidades, 
se não o fizer ou fizer de forma incompleta, teremos vício elemento OBJETO. 
 
Exemplo: a lei 9.784/99 em seu artigo 50 diz que os atos a serem praticados deverão ser motivados 
então, via de regra, quando um agente público deixar de motivar um ato teremos o vício na forma porque 
a própria lei estabelece que o ato ao ser praticado precisa ser motivado: 
 
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos 
jurídicos, quando: 
 
I - Neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
 
II - Imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
 
IV - Dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
 
V - Decidam recursos administrativos; 
 
VI - Decorram de reexame de ofício; 
 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, 
propostas e relatórios oficiais; 
 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. 
 
 
VÍCIO DE MOTIVO 
LEI 4717/65 
Art. 2º parágrafo único d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, 
em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado 
obtido; 
Ocorre quando a matéria de fato ou de direito em que se fundamenta o ato é materialmente inexistente 
ou juridicamente inadequada ao resultado obtido. 
O motivo é elemento do ato que está relacionado ao pressuposto de fato e de direito para a prática do 
mesmo, então se a administração pública precisa de um motivo para praticar um ato encontrarei o vício 
no motivo quando ela pratica um ato e não tiver um motivo ou quando o motivo apresentado for ilegítimo 
ou juridicamente na adequado. 
 
Exemplo: o servidor público para alcançar a estabilidade precisa, a partir do exercício, esperar um prazo 
de 3 anos para alcançar a estabilidade, prazo esse em que o servidor estará sujeito ao estágio probatório 
 
 
 
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e nesse estágio ele será avaliado por alguns critérios que segundo a lei 8.112/90 serão os seguintes: 
assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade. Caso o servidor seja 
totalmente eficiente deverá por consequência ganhar estabilidade, caso venha receber como surpresa 
uma exoneração por inassiduidade, por exemplo. Será possível dizer que exoneração está viciada no 
motivo justamente pela inexistência de inassiduidade. 
 
VÍCIO DE OBJETO 
LEI 4717/65 
Art. 2º parágrafo único c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação 
de lei, regulamento ou outro ato normativo; 
Ocorre quando o RESULTADO DO ATO importar VIOLAÇÃO de lei, regulamento ou outro ato 
normativo. 
 
Para se enxergar o vício no objeto faz-se necessário relembrar o que ele é. Segundo a doutrina majoritáriao objeto é o conteúdo do ato, ou seja, o efeito jurídico imediato que ele produz, exemplo: ao interditar 
um estabelecimento comercial o objeto interdição é a suspensão das atividades por determinado período 
ou até mesmo a sua supressão total. Quando um servidor é demitido o efeito (objeto ou conteúdo) dessa 
demissão é a punição e a consequência vacância do cargo. 
 
Caso a Administração pratique um o ato buscando um conteúdo ilegal ou buscando conteúdo 
juridicamente impossível estaria violando objeto. Pois pautado como o que o código civil estabelece em 
seu artigo 104 o OBJETO deve ser: 
➢ LÍCITO 
➢ POSSÍVEL 
➢ DETERMINADO ou 
➢ DETERMINÁVEL 
 
Exemplos de vícios e objetos trazidos pela professora MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO: 
 
➢ Ilícito: um Município que desaproprie bem imóvel da União; 
 
➢ Impossível: a nomeação para um cargo inexistente; 
 
➢ Imoral: Parecer emitido sob encomenda, apesar de contrário ao entendimento de quem o profere; 
 
➢ Incerto em relação aos destinatários, às coisas, ao tempo, ao lugar: desapropriação de bem não 
definido com precisão. 
 
VÍCIOS QUE ADMITEM CONVALIDAÇÃO 
Convalidação ou saneamento é a eliminação do vício existente em um ato ilegal, com efeitos 
retroativos (EX TUNC) à data em que este foi praticado. 
 
Os vícios relativos a COMPETÊNCIA e a FORMA (mnemônico: FOCO) podem ser convalidados. Os 
outros elementos, se estiverem viciados, geram nulidade absoluta, ou seja, não permitem a 
convalidação do ato. 
 
 
 
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LEI 9.784/99 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a 
terceiros, os atos que apresentarem DEFEITOS SANÁVEIS poderão SER CONVALIDADOS pela 
própria Administração. 
 
É bem verdade que 80% das questões de prova que fala sobre convalidação você conseguirá acertar 
levando em consideração que os elementos que podem ser convalidados serão FORMA E 
COMPETÊNCIA, porém para o professor José dos Santos Carvalho Filho é possível que haja uma 
convalidação no elemento “objeto” caso ele seja “plúrimo”, levando em consideração as questões de 
concursos que adotam a doutrina do prestigiado professor transcrevo abaixo as formas de convalidação 
trazidas pelo ilustre mestre, são elas: 
 
RATIFICAÇÃO: “é o ato administrativo pelo qual o órgão competente decide sanar um ato inválido 
anteriormente praticado, suprindo a ilegalidade que o vicia”. A autoridade que deve ratificar pode ser 
a mesma que praticou o ato anterior ou um superior hierárquico; 
 
REFORMA: ocorre quando um novo ato suprime a parte inválida do ato anterior, mantendo sua 
parte válida. Ex: ato anterior concedia licença e férias a um servidor; se se verifica depois que não tinha 
direito à licença, pratica-se novo ato retirando essa parte do ato anterior e se ratifica a parte relativa às 
férias; 
 
CONVERSÃO: ocorre quando a Administração, depois de retirar a parte inválida do ato anterior, 
processa a sua substituição por uma nova parte, de modo que o novo ato passa a conter a parte válida 
anterior e uma nova parte, nascida com o ato de aproveitamento. Ex: um ato promoveu A e B por 
merecimento e antiguidade, respectivamente; verificando após que não deveria ser B, mas C o 
promovido por antiguidade, a Administração pratica novo ato mantendo a promoção de A (que não teve 
vício) e insere a de C, retirando a de B, por ser esta inválida. 
(Manual de Direito Administrativo – 33ª edição - Jose dos Santos Carvalho Filho; Pag. 275) 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS 
Em relação à classificação dos atos administrativos fiz um compilado dos doutrinadores clássicos HELY 
LOPES MEIRELLES e MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO, pois são os mais cobrados em 
prova. 
 
QUANTO AO REGRAMENTO 
➢ ATOS VINCULADOS 
• São atos regrados onde a lei estabelece condições e requisitos legais para a sua realização, a 
Administração Pública atuará sem liberdade, mas dentro dos limites legais impostos por lei. 
 
➢ ATOS DISCRICIONÁRIOS 
• Onde a Administração Pública tem liberdade de ação. É ela que escolhe seu motivo, seu conteúdo, 
seus destinatários no momento de sua conveniência e oportunidade e o modo de sua realização. 
 
 
 
 
 
 
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QUANTO AO OBJETO 
➢ GESTÃO 
• São atos praticados SEM USAR A SUPREMACIA sobre os destinatários. São sempre atos da 
administração. Ocorrem nos atos Negociais – (PALAVAH) – de bens e serviços públicos. 
 
➢ EXPEDIENTE 
• São sempre atos internos que dão ANDAMENTO AOS PROCESSOS NAS REPARTIÇÕES. 
 
➢ IMPÉRIO 
• Esses atos USAM A SUPREMACIA SOBRE O ADMINISTRADO OU SERVIDOR. São atos 
obrigatórios, unilaterais, revogáveis e modificáveis a critério da administração. 
 
QUANTO AO DESTINATÁRIO 
 
➢ ATOS INDIVIDUAIS 
• Sempre tem destinatário certo, específico. Também são chamados de atos especiais. 
 
➢ ATOS GERAIS 
• Sem destinatários (atingem a todos que se encontram na mesma situação) com fim normativo ou 
ordinatório eles prevalecem sobre os atos individuais que vem da mesma autoridade. Esses atos 
dependem de publicação em órgão oficial quando visam ter efeitos externos. 
 
QUANTO AO ALCANCE 
➢ ATOS EXTERNOS 
• Alcançam os administrados, os contratados e os servidores, incidindo sobre seus direitos e obrigações. 
Só vigoram após publicação EM ÓRGÃO OFICIAL pois tem interesse público. 
 
➢ ATOS INTERNOS 
• Ocorre somente no interior das repartições. Não produz efeito a estranho. NÃO DEPENDEM DE 
PUBLICAÇÃO. Incidem sobre os órgãos e agentes da administração que os expediu. 
 
Podem ser: gerais normativos, ordinatório, punitivo, etc... 
 
QUANTO AO FORMAÇÃO 
Sem sombra de dúvida temos aqui a classificação mais cobrada em concurso público, o candidato tem 
que ter em mente que em relação ao critério de formação o que deve ser analisado é a manifestação. Se 
ela for de um órgão o ato será simples, se for uma manifestação de um órgão mais que precisa da 
ratificação de outro órgão será um ato composto, se temos a manifestação de dois órgãos para praticar 
apenas um ato então teremos um ato complexo. 
 
➢ COMPLEXO 
• É o que se forma pela conjugação da vontade de mais de um órgão. É o concurso de vontades de 
órgãos diferentes para a formação de um único ato. 
 
 
 
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Ex.: aposentadoria do servidor e nomeação para os ministros do Supremo Tribunal Federal. 
 
➢ COMPOSTO 
• É o que resulta da vontade de um único órgão, mas depende da verificação e ratificação por parte de 
outro órgão para se tornar possível de ser executado. 
 
Ex: um ato de autorização sujeito a outro ato para confirmá-lo. 
➢ SIMPLES 
• É o que resulta da manifestação de vontade de um único órgão unipessoal ou colegiado. O que importa 
é a vontade unitária que expressam. 
Ex.: Unitário (O despacho de um chefe de seção é ato simples). Colegiado (A decisão de conselho de 
contribuintes). 
 
QUANTO AO EFICÁCIA 
➢ VÁLIDO 
• É o que provém de autoridade competente para praticá-lo e contém todos os requisitos necessários à 
sua eficiência. 
 
➢ INEXISTENTE 
• É o que apenas tem aparência de manifestação da administração. Não chega a se aperfeiçoar como 
ato administrativo. 
Ex.: Usurpação de ato público praticado por quem não era competente. 
 
➢ NULO 
• É o que nasce afetado de vício insanável por ausência ou defeito substancial em seus elementos 
constitutivos. 
 
QUANTO AO EXEQUIBILIDADE 
➢ PERFEITO 
• É aquele que está em condições de produzir efeitos jurídicos, porque já completou todo o seu ciclo 
de formação. 
 
➢ PENDENTE 
• É aquele, embora perfeito não produz seus efeitos por não ter sido verificado o termo ou a condição 
de que depende sua execução ou operabilidade. 
 
➢ IMPERFEITO 
• É o que se apresenta incompleto na sua formação ou carente de um ato complementar (que ratifica 
ou aprova) para se tornarexequível ou operante. 
 
 
 
 
 
 
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➢ CONSUMADO 
• É o que produziu todos os seus efeitos tornando-se por isso mesmo, irretratável ou imodificável por 
lhe faltar objeto. 
 
QUANTO AOS EFEITOS 
➢ CONSTITUTIVOS 
• É aquele pelo qual a Administração cria, modifica ou extingue um direito ou uma situação do 
administrado. É o caso da permissão, autorização, dispensa, aplicação de penalidade, revogação. 
 
➢ ENUNCIATIVOS 
• É aquele pelo qual a Administração apenas atesta ou reconhece determinada situação de fato ou de 
direito. Alguns autores acham, com razão, que esses atos não são atos administrativos propriamente 
ditos, porque não produzem efeitos jurídicos. 
 
➢ DECLARATÓRIOS 
• É aquele em que a Administração apenas reconhece um direito que já existia antes do ato. Como 
exemplo, podem ser citadas a admissão, licença, homologação, isenção, anulação. 
 
 
DEFINIÇÕES DAS ESPÉCIES DOS ATOS 
P UNITIVOS - O RDINÁRIOS - N ORMATIVOS - N EGOCIAIS - E NUNCIATIVOS 
 
PUNITIVOS 
➢ MULTA – Multa Administrativa é toda imposição pecuniária que se sujeita o administrado a título 
de compensação do dano causado pela infração; nessa modalidade constam as multas fiscais do direito 
tributário. 
 
➢ INTERDIÇÃO DE ATIVIDADE – É o ato pelo qual a Administração veda a alguém a prática de atos 
sujeitos a seu controle ou que incidam sobre os seus bens. 
 
➢ DESTRUIÇÃO DE COISA – É o ato pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias, objetos ou 
instrumentos nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei. 
 
ORDINÁRIOS 
➢ CIRCULARES – São ordens uniformes expedidas a determinados funcionários incumbidos de certas 
tarefas ou atribuições em circunstâncias especiais. 
 
➢ OFÍCIOS – São comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e 
superiores e entre a Administração e o particular. 
 
➢ PORTARIAS – São atos internos pelos quais os chefes dos órgãos das repartições ou serviços expedem 
determinações gerais ou especiais aos seus subordinados; 
 
 
 
 
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➢ AVISOS – São atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos referentes aos seus 
ministérios. 
 
➢ DESPACHOS – São decisões que as autoridades executivas ou legislativas e judiciárias, em função 
administrativa, proferem em papéis, em requerimentos e em processos que estiveram sujeitos à sua 
apreciação. 
 
➢ ORDENS DE SERVIÇO – São determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou 
serviços públicos, autorizando seu início ou contendo imposições ou especificações sobre o modo e a 
forma de sua realização. 
 
➢ INSTRUÇÕES – São ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de execução de determinado 
serviço público expedida pelo superior hierárquico para orientar os subalternos em suas atribuições. 
 
NORMATIVOS 
➢ DECRETOS – São atos de competência exclusiva do chefe do poder executivo destinados a prover 
situações gerais ou individuais. Ele é normativo ou geral. Ele está sempre em situação inferior a lei. 
 
➢ DELIBERAÇÕES – São atos emanados de órgãos colegiados. 
 
➢ RESOLUÇÕES – São atos expedidos pelas altas autoridades do poder executivo que servem para 
disciplinar matérias de sua competência. 
 
➢ REGULAMENTOS – Servem para especificar a lei ou prover situações ainda não disciplinadas por lei. 
 
➢ REGIMENTO – São atos de atuação interna que se destinam a reger o funcionamento de órgãos 
colegiados e corporações legislativas. 
 
➢ INSTRUÇÕES NORMATIVAS - são atos administrativos expedidos pelos Ministros de Estado para a 
execução das leis, decretos e regulamentos. 
 
NEGOCIAIS 
➢ PERMISSÕES – É o ato discricionário e precário pelo qual o poder público permite ao particular “a 
execução de serviços de interesse coletivo” ou “o uso especial de bens públicos” podendo ser gratuito 
ou remunerado a critério da administração. 
 
➢ AUTORIZAÇÕES – É ato discricionário e precatório pelo qual o poder público torna possível ao 
pretendente de certa atividade e serviços ou utilização de determinados bens particulares ou públicos. 
 
➢ LICENÇA – É ato vinculado e definitivo pelo qual o poder público faculta algo interessado que 
atendeu a todas as exigências, o desempenho de atividades ou realização de fatos materiais antes vedados 
ao particular. 
 
➢ APROVAÇÃO – É o ato pelo qual o poder verifica a legalidade e o mérito de outro ato e de realizações 
materiais de seus próprios órgãos, de outras entidades ou de particulares. 
 
➢ VISTO – É ato pelo qual o poder público controla outro ato da própria administração, dando-lhe 
legitimidade formal para poder ser executado. 
 
 
 
 
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➢ ADMISSÃO – É ato vinculado pelo qual o poder público defere determinada situação jurídica de seu 
exclusivo interesse como ocorre no concurso de habilitação. 
 
➢ HOMOLOGAÇÃO – É ato de controle pelo qual a autoridade superior examina a legalidade e a 
conveniência de um ato anterior praticado pela própria administração, por outra entidade ou por 
particular para dar-lhe eficácia. 
 
ENUNCIATIVOS 
➢ CERTIDÕES – Certidões Administrativas são cópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos que constam 
em processos, livros ou documentos das repartições públicas. 
 
➢ ATESTADOS – Atestados Administrativos são atos pelos quais a Administração Pública comprova o 
fato ou situação de que tenha conhecimento por órgãos competentes. 
 
➢ APOSTILA – São atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por lei. Apostilar 
significa averbar, contar, registrar. Ex: averbação de tempo de serviço. 
 
➢ PARECERES – Pareceres Administrativos são manifestações de caráter meramente opinativos feitos 
por órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração 
 
VEJA COMO ESSE ASSUNTO JÁ FOI COBRADO NAS PROVAS DE CONCURSO PÚBLICO 
1- Assinale a alternativa que apresenta o atributo dos atos administrativos que confere à decisão 
da administração pública a capacidade de produzir efeitos imediatos, independentemente de 
autorização judicial, desde que preenchidos os requisitos legais. 
A) Imperatividade. 
B) Autoexecutoriedade. 
C) Presunção de legitimidade. 
D) Tipicidade. 
E) Razoabilidade. 
 
GABARITO LETRA “B” 
 
2- São características do ato administrativo, EXCETO: 
A) Ele constitui declaração do Estado ou de quem lhe faça as vezes, abrangem-se tanto os órgãos do 
Poder Executivo como os dos demais Poderes, que também podem editar atos administrativos. 
B) Sujeita-se a regime jurídico administrativo, pois a Administração aparece com todas as 
prerrogativas e restrições próprias do poder público. 
C) Produz efeitos jurídicos imediatos, com isso, distingue-se o ato administrativo da lei e afasta-se de 
seu conceito o regulamento. 
D) É sempre passível de controle judicial; 
E) Não se sujeita à lei. 
 
GABARITO LETRA “E”

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