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WBA0227_v2.0
Aspectos legais e 
normatizações em saúde
O Sistema Único de Saúde
Leis Orgânicas da Saúde
Bloco 1
Mariana da Silva Castro Vianna
Leis Orgânicas da Saúde
Você já pensou em 
tudo que o SUS 
abrange?
Vigilância em saúde.
Programa Nacional 
de Imunização.
Formulação de 
Políticas de Saúde.
Saúde do 
Trabalhador.
Regulação da saúde 
suplementar.
Além da 
assistência à 
saúde 
propriamente 
dita.
Leis Orgânicas da Saúde
Com tantas atribuições e ações 
a serem desenvolvidas, o SUS 
precisa de um suporte legal 
para organizar o seu 
funcionamento. As Leis 
Orgânicas da Saúde (LOS) 
conferem a base desse apoio.
Lei nº 8080/1990.
Lei nº 8142/1990 
(complementar a Lei nº 
8080).
Leis Orgânicas da Saúde
As LOS definem os princípios e 
diretrizes do SUS.
Princípios: conjunto de normas 
ou padrões de conduta a serem 
seguidos por uma instituição.
Diretrizes: orientações que 
definem e regulam o plano a ser 
seguido.
Princípios:
Universalidade.
Equidade.
Integralidade.
Diretrizes:
Descentralização.
Regionalização.
Hierarquização.
Participação da 
comunidade.
(BRASIL, 1990a; OXFORD, 2022)
Leis Orgânicas da Saúde
Universalidade de acesso 
aos serviços de saúde em 
todos os níveis de 
assistência.
Integralidade na 
assistência: ações de 
promoção; prevenção; 
assistência; e 
reabilitação. 
Igualdade da assistência 
(reconhecimento das 
desigualdades existentes 
na população).
Descentralização no 
processo de gestão e 
financiamento do SUS. 
Regionalização: organizar 
as ações de saúde 
conforme os recursos 
disponíveis e as 
necessidades de saúde.
Hierarquização dos 
serviços em uma rede 
com várias densidades 
tecnológicas.
Participação da 
população na 
formulação, 
fiscalização e no 
acompanhamento 
da implantação 
de políticas de 
saúde.
(BRASIL, 1990a; BRASIL, 1990b)
O Sistema Único de Saúde
Diferentes atores, diferentes 
responsabilidades.
Bloco 2
Mariana da Silva Castro Vianna
Normas operacionais
NOBs (Normas 
Operacionais Básicas):
• Início da implantação 
do SUS.
• Quatro edições entre 
os anos de 1991 e 
1996.
• Comissões 
intergestores.
• Regulamentação de 
repasses financeiros.
NOAS (Normas 
Operacionais de 
Assistência à Saúde):
• Duas edições, entre 
2001 e 2002.
• Proposta de redes de 
assistência.
• Mais equidade na 
distribuição de 
recursos financeiros.
• Aumentar o acesso 
da população nos 
diferentes níveis de 
atenção.
(LEVCOVITZ; LIMA; MACHADO, 2001)
Normas operacionais
Pacto pela saúde:
• Acordo federativo.
• Dividido em três 
eixos: Pacto pela 
Vida; Pacto em 
Defesa do SUS; Pacto 
de Gestão.
• Gestão mais 
cooperativa e 
descentralizada do 
SUS.
Decreto nº 7508/2011:
• Regulamenta a Lei nº 
8080/1990, mais de 
20 anos após a sua 
publicação.
• COAP (Contratos de 
Ação Pública).
• RAS (Redes de 
Atenção à Saúde).
(LIMA et al. 2012)
Normas operacionais
NOB 
01/1991 
E NOB 
01/1992
NOB 
01/1993
NOB 
01/1996
NOAS 
(2001 
2002)
Pacto 
pela 
Saúde 
(2006)
COAP 
(2011 até o 
momento)
Diferentes atores
Municipal
Conselho 
Municipal 
(CMS)
Secretaria 
municipal
Estadual
Conselho 
Estadual 
(COSEMS)
Secretaria 
estadual
Comissão 
bipartite
Federal
Conselho 
Nacional 
(CONASS e 
CONASEMS)
Ministério da 
Saúde
Comissão 
tripartite
Normas operacionais
Desafios não superados: 
subfinanciamento das ações do SUS 
e sua baixa valorização entre parte 
da sociedade civil. 
O Sistema Único de Saúde
Saúde suplementar e o SUS
Bloco 3
Mariana da Silva Castro Vianna
Saúde suplementar
• Remonta à década de 1930, com a criação dos 
Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP).
• Expansão da assistência privada à saúde 
durante a ditadura militar (política econômica 
e expansão do setor industrial brasileiro).
• Diferentes empresas de assistência privada 
de saúde.
(SESTELO; BAHIA, 2012)
Saúde suplementar
Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão 
observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo 
órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às 
condições para seu funcionamento – Lei n. 8080/1990, art. 22.
As instituições privadas poderão participar de forma 
complementar do Sistema Único de Saúde (SUS),
segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público 
ou convênio, tendo preferência as entidades
filantrópicas e as sem fins lucrativos – Constituição Federal, art. 
199, § 1º.
(BRASIL, 1990a; BRASIL, 1988)
Saúde suplementar
• Lei nº 9656/1998 –
regulamenta as empresas 
de planos e seguros de 
saúde.
• Obrigação de manter uma 
cobertura mínima de 
assistência aos seus clientes.
• Garantir o ressarcimento ao 
SUS dos serviços prestados 
a clientes de planos de 
saúde em estabelecimentos 
vinculados ao SUS.
• Lei nº 9961/2000 – cria a 
Agência Nacional de Saúde 
Suplementar.
• Vinculada ao Ministério da 
Saúde.
• Órgão de regulação, 
normatização, controle e 
fiscalização das atividades 
que garantam a assistência 
suplementar à saúde.
(BRASIL, 1998; BRASIL, 2000)
Teoria em Prática
Bloco 4
Mariana da Silva Castro Vianna
Reflita sobre a seguinte situação
• As três esferas de governo são gestoras do SUS –
municípios, Estados e Governo Federal. Em um país 
com as dimensões do Brasil, é de se imaginar que 
existam conflitos na relação entre as três esferas de 
governo. Você já ouviu ou presenciou algum conflito 
desse tipo? Considere seu bairro, sua cidade, seu 
trabalho e até mesmo as mídias.
• Se você identificou algum conflito desse tipo, 
reconhece os possíveis motivos para a ocorrência de 
conflitos?
Norte para a resolução...
• Se você ainda não percebeu os conflitos 
existentes entre as três esferas de gestão do SUS, 
observe o noticiário. Quase todos os dias são 
noticiados algum tipo de conflito entre esses 
atores. Um exemplo disso é a liberação de vacinas 
para Covid-19, que desencadeou uma verdadeira 
batalha entre governos municipais, estaduais e o 
Governo Federal.
• Um dos principais motivos para existirem essas 
tensões é a dificuldade de definir as 
responsabilidades de cada gestor, já que muitas 
vezes uma mesma responsabilidade é 
compartilhada pelos três atores.
Norte para a resolução... 
• Um outro aspecto que favorece a ocorrência 
desses conflitos são os espaços de gestão do 
SUS: o político e técnico. Diferentes interesses e 
diferentes pontos de vista são postos em prática 
quase que simultaneamente – e isso é suficiente, 
na maior parte das vezes, para gerar atritos e 
criar conflitos.
• A participação da população na gestão do SUS 
pode servir como um contraponto aos diferentes 
interesses existentes entre as esferas de governo. 
Afinal, o SUS é da população, para a população. 
Dicas do(a) Professor(a)
Bloco 5
Mariana da Silva Castro Vianna
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login
através do seu AVA). Algumas indicações também podem estar 
disponíveis em sites acadêmicos como o Scielo, repositórios de 
instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos 
científicos ou periódicos científicos, acessíveis pela internet.
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que 
você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, te convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Leitura Fundamental
Indicação de leitura 1
E-book interativo O que é o SUS, de Jairnilson Silva Paim. É 
um conteúdo de acesso livre, publicado pela Fiocruz e 
disponível para download. Você pode navegar pelos textos 
e também assistir alguns vídeos, inclusive filmagens 
realizadas na 8ª Conferência de Saúde. 
Referência:
PAIM, J. S. O que é o SUS – ebook interativo. Rio de Janeiro: Editora 
Fiocruz, 2015. 
Indicação de leitura 2
Desafios do SUS está disponívelpara download na biblioteca 
virtual do Conselho Nacional de Secretários de saúde 
(CONASS). Publicado em 2019, essa obra de Eugênio Vilaça 
Mendes traz uma ampla análise da trajetória histórica do 
SUS, além de ser ideal para consultas e uso diário do 
profissional.
Referência:
MENDES, E, V. Desafios do SUS. Brasília: CONASS, 2019. 
Dica do(a) Professor(a)
A animação Um desenho sobre o SUS, produzido 
pela Fiocruz, traz uma breve retrospectiva sobre a 
criação do SUS e nos convida a refletir sobre o 
direito à saúde. 
Essa animação está disponível no canal do YouTube: 
Museu da Vida / Fiocruz, 2015.
Referências
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990. 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e [...]. Brasília: D.O.U., 
1990a. 
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 8142, de 28 de dezembro de 1990. 
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do [...]. Brasília: 
D.O.U., 1990b.
BRASIL. Presidência da República. Constituição da República Federativa do 
Brasil. Brasília: D.O.U., 1988. 
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9656 de 03 de junho de 1998. 
Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. Brasília: 
D.O.U., 1998.
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9961 de 28 de janeiro de 2000. Cria 
a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS e dá outras providências. 
Brasília: D.O.U., 2000. 
LEVCOVITZ, E.; LIMA, L. D.; MACHADO, C. V. Política de saúde nos anos 90: 
relações intergovernamentais e o papel das Normas Operacionais Básicas. 
Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 6(2), p. 269-291, 2001. 
Referências
LIMA, L. D. de et al. Descentralização e regionalização: dinâmica e 
condicionantes da implantação do Pacto pela Saúde no Brasil. 
Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(7), p. 1903-1914, 2012. 
NORONHA, J. C; LIMA, L. D; MACHADO, C. V. O Sistema Único de 
Saúde – SUS. In: GIOVANELLA, L. et al. (orgs.). Políticas e sistemas 
de saúde no Brasil. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: Ed. FIOCRUZ, 2012.
OXFORD. Oxford Languages [on-line]. Disponível em 
https://languages.oup.com/. Acesso em: 18 jan. 2022.
SESTELO, J. BAHIA, L. Sistema de Assistência Médica Suplementar 
(SAMS): breve histórico e modalidades desenvolvidas no Brasil 
(Seguro-Saúde, Medicina de Grupo, Cooperativas Médicas, 
Autogestão e outras). In: PAIM, J. S.; ALMEIDA-FILHO, N. Saúde 
coletiva: teoria e prática. Rio de Janeiro: MedBook, 2014.
Bons estudos!