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Processo do cuidar na sala de operação Profª Yvone Sciola Processo do cuidar na sala de operação Limpeza em Sala de Operações Classificação das cirurgias Limpeza em SO Processo do cuidar na sala de operação Limpeza preparatória Limpeza operatória Limpeza concorrente Limpeza terminal Limpeza em SO Processo do cuidar na sala de operação Limpeza preparatória Circulante de sala e profissional do serviço de higiene. Uma hora antes do início da primeira cirurgia do dia. Remover partículas depositadas nas superfícies horizontais dos mobiliários e equipamentos. Limpeza e desinfecção com detergente e desinfetantes, por exemplo álcool 70% no mobiliário e compostos fenólicos no chão. Mobiliário e chão de todas as SO, independentemente do tipo de cirurgia. Limpeza em SO Processo do cuidar na sala de operação Limpeza operatória Circulante de sala. Durante o procedimento cirúrgico. Remover a matéria orgânica dos locais onde houve contaminação. Limpeza e desinfecção com agentes químicos de amplo espectro, por exemplo: fenóis e hipoclorito de sódio. Em todos os locais onde haja secreção, independentemente do tipo de sala e de cirurgia. Limpeza em SO Processo do cuidar na sala de operação Limpeza concorrente Circulante de sala e profissional da higiene. Ao término da cirurgia, entre dois procedimentos na mesma SO. Evitar contaminação envolvendo a retirada de todo o material sujo e remoção da sujidade da sala dos materiais e dos equipamentos. Limpeza e desinfecção com produtos químicos desinfetantes, por exemplo álcool 70, fenóis e hipoclorito. Em todas as SO, independentemente do tipo de cirurgia. Limpeza em SO Processo do cuidar na sala de operação Limpeza terminal Circulante de sala e profissional da higiene. Diariamente ou semanalmente, dependendo do movimento cirúrgico. Evitar contaminação, envolvendo lavagem completa de toda a unidade e das SO, inclusive teto e paredes. Limpeza e desinfecção com produtos químico desinfetantes, por exemplo álcool 70%, fenóis e hipoclorito. Em todas as SO, independentemente do tipo de cirurgia. Processo do cuidar na sala de operação Classificação de cirurgias Por que classificar? Assegurar prioridades; Melhorar eficiência no CC; Entender os riscos e prevenir complicações e infeções; Reservar salas, equipes e insumos; Melhorar o giro de leito da instituição; Processo do cuidar na sala de operação Classificação de cirurgias Quanto à finalidade; Quanto à urgência; Quanto ao potencial de contaminação; Quanto ao porte. Processo do cuidar na sala de operação Classificação das cirurgias quanto à finalidade Curativa – remover a causa de uma doença: apendicectomia, exérese tumor; Paliativa – melhorar a qualidade de vida, sem possibilidade de cura através do procedimento cirúrgico: gastrostomia; Diagnóstica – coletar material biológico ou imagens para fins diagnósticos: biópsia; Reparadora – reconstituir um tecido: enxertia de pele; Reconstrutora, cosmética ou plástica – reconstruir ou alterar a aparência de alguma parte do corpo: mamoplastia, rinoplastia. Processo do cuidar na sala de operação Classificação das cirurgias quanto à urgência Ordem de prioridade entre os atendimentos. Cirurgia eletiva – deve aguardar pelo melhor momento, conforme indicação e avaliação médica: mamoplastia. Cirurgia de urgência – podem até não ser feitas imediatamente, mas o adiamento não deve ultrapassar 24 ou 48 horas: apendicectomia. Cirurgia de emergência – situações críticas, com grave risco à vida do paciente, que precisam de cirurgia imediata: ferimentos por arma de fogo, lesões que causem sangramento contínuo... Processo do cuidar na sala de operação Classificação das cirurgias por potencial de contaminação Utilizada para diminuir infecções em sítio cirúrgico (ISC) – divide as operações em 4 grupos, considerando localização, possibilidade de inflamações, presença de secreções e pus para fazer a divisão de forma correta. Cirurgias limpas - procedimentos eletivos em tecidos estéreis / passíveis de descontaminação, que não têm infecção local. Epiderme, tecido celular subcutâneo, sistemas músculo-esquelético, nervoso e cardiovascular. Cirurgias potencialmente contaminadas – tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa, em tecidos cavitários comunicantes com meio externo ou de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local. tratos gastrintestinal (exceto cólon), respiratório, genito-urinário, oculares e de vias biliares. Processo do cuidar na sala de operação Classificação das cirurgias por potencial de contaminação Cirurgias contaminadas - São as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana abundante, de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local. Cirurgias realizadas no cólon, reto e ânus; em tecido com lesões cruentas e cirurgias de traumatismo crânio encefálicos abertos. Cirurgias infectadas – realizada em quaisquer tecidos, na presença de processo infeccioso local. Processo do cuidar na sala de operação Classificação das cirurgias por porte Foco da atenção é o risco de perda sanguínea / fluidos Cirurgias de grande porte - complexas e longas, resultando em maiores chances de perda de sangue e outros fluidos. Cirurgias de médio porte - procedimentos com complexidade um pouco menor que as cirurgias de grande porte, com risco cardiológico menor. Cirurgias de pequeno porte - com risco potencialmente menor, essas cirurgias costumam ser limpas e eletivas. Processo do cuidar na sala de operação Classificação das cirurgias por porte Quanto ao tempo de duração: – Porte I: com tempo de duração de até 2 horas. – Porte II: cirurgias que duram de 2 a 4 horas. – Porte III: de 4 a 6 horas de duração. – Porte IV: com tempo de duração acima de 6 horas. Estudo de caso VAMOS PRATICAR? Dividam-se em grupos de 3 pessoas Vocês compõem a equipe gestora de enfermeiros do Hospital Nem Tudo São Flores. Foram contratados pelo administrador hospitalar, que está com medo de sofrer um processo de um paciente. O paciente JMS foi admitido na instituição dia 15/01/23, às 15h23min, com HD fratura exposta de fêmur D+E, após ter sofrido colisão carro x moto, sendo que o mesmo pilotava a motocicleta. Segundo testemunhas o acidente teria acontecido às 13h10min, e durante a colisão, o jovem foi projetado para um córrego, onde ficou até ser resgatado. Foi submetido à cirurgia de redução e fixação de fratura de fêmur bilateral no dia 15/01, às 17h30min, com término às 22h. No período pós operatório o mesmo passou a apresentar hiperemia local, febre e sepse, sendo diagnosticado com infecção do sítio cirúrgico. O administrador hospitalar está bastante preocupado com a situação, e está disposto a investir em melhorias de processos de trabalho. Dados do movimento cirúrgico, indicam que a cirurgia de JMS, ocorreu na SO4, e que antes dele, havia ocorrido na mesma sala operatória, uma amputação transfemural de paciente em isolamento por KPC. Ao verificarem dados e condições do CC, vocês percebem que não há registros (evidências) de realização da limpeza na S.O. Cenário: gestão de enfermagem O CC conta com a seguinte estrutura física: Corredor SO1 SO3 SO2 Porta SO4 Area administrativa / insumos CAM equipamentos lavabo RPA CME ÁREA LIMPA CME ÁREA SUJA Leito Leito Leito Leito Equipe Adulto Vocês se dividirão em grupos de 03 pessoas e devem considerar os aspectos importantes do caso. Entregar por escrito em 05/06. A – Classifiquem a cirurgia de JMS de acordo com finalidade, urgência, potencial de contaminação e porte cirúrgico. B – Discorram sobre a infeção do jovem: ela foi adquirida no hospital? Justifiquem. C – Qual limpeza deveria ter sido realizada antes da cirurgia de JMS? E depois? D – São necessárias adequações na planta física da unidade? Quais? E – Há alguma outra observação que vocês, como gestores fizeram? image4.emf image5.png image6.png image3.emf image10.png image1.emf image2.png