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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO BRASIL – IESB 
FACULDADE MONTENEGRO – FAM 
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
ANATOMIA I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE 
ANATOMIA APLICADA A 
EDUCAÇÃO FÍSICA I 
Leonardo Delgado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra do Corda/MA 
2010 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Prezado Aluno. 
 
Fruto de um trabalho de anos de pesquisa e da evolução tecnológica e que 
atualmente, poderemos usufruir das novas formas de aprendizado, um 
exemplo disso é a nossa disciplina Anatomia Aplicada a Educação Física I, que 
tem a função de acompanhar a evolução do mundo virtual. 
 
A disciplina terá um momento presencial, e o segundo momento será virtual 
através da utilização da ferramenta moodle, onde o aluno irá realizar seus 
estudo e enviará as atividades propostas pelo professor. Além disso, para ler e 
compreender a forma e a estrutura do corpo humano é de fundamental 
importância acompanhar a leitura em Atlas de Anatomia, que permite a 
visualização de todas as partes do corpo que foram objetos do estudo. Para 
isso utilizaremos o Atlas Interativo de Anatomia Humana, de Frank H. Netter, 
que traz imagens com detalhes de ossos, músculos e outras estruturas com a 
nova nomenclatura anatômica, anexo em forma de CD na apostila. 
 
A disciplina será concluída com exame presencial aonde o aluno irá comprovar 
seus conhecimentos. Para tanto, é importante saber o que é necessário para 
que você alcance o êxito em todas as etapas que serão apresentadas durante 
o período de vigência do curso. 
 
Não esqueça que este apostila, apesar de todo o nosso esforço é um caminho 
de estudo a ser percorrido e que se completa com as aulas práticas e com a 
sua dedicação em pesquisar e estudar as referências citadas. 
 
Esperamos que você o leia com cuidado e atenção, uma vez que este 
conteúdo será vivenciado na prática! Afirmo que se você tiver alguma dúvida, 
não hesite em entrar em contato com o seu tutor para saná-la. Além disso, 
procure discutir as temáticas apresentadas neste material com os seus colegas 
de curso, seja no ambiente de aprendizagem, seja no pólo de sua cidade. 
 
Essa prática certamente lhe trará ganhos, pois você poderá ter acesso a 
diferentes pontos de vista. 
 
Leonardo Delgado 
aquabarra@sapo.pt 
 
 
 
 
Índice 
 
 
 
Unidade I: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE ANATOMIA 01 
Quando começou o estudo da Anatomia? 02 
Conceitos 04 
Divisão da anatomia 05 
Normal e Variação Anatômica 08 
Anomalias X Monstruosidade 08 
Fatores Gerais das Variações Anatômicas 08 
Divisão do Corpo Humano 10 
Nomenclatura Anatômica 13 
Estudos dos Planos Anatômicos – Planimetria 15 
Unidade II: OSTEOLOGIA 25 
Conceito Etimólogo 26 
Conceito Anatômico 26 
Ossos 26 
Número de Ossos no Corpo Humano 26 
Esqueleto 27 
As Funções do Esqueleto são 27 
Classificação dos Ossos 28 
Estrutura dos Ossos 30 
Descrição das Superfícies Ósseas 33 
Ossos da Cabeça 37 
Ossos do Crânio Neural 38 
 Frontal 38 
 Etmóide 38 
 Occipital 39 
 Temporal 39 
 Parietal 39 
Ossos da Face ou Viscerocrânio 39 
 Mandíbula ou Osso Maxilar Inferior 39 
 Vômer 40 
 Maxila 40 
 Conchas Nasais Inferiores 40 
 Zigomáticos 41 
 Palatinos 41 
 Nasais 41 
 Lacrimais 41 
Suturas do Crânio 42 
O Osso Hióide 42 
Coluna Vertebral 43 
 Constituição da Coluna Vertebral 43 
 Curvaturas da Coluna Vertebral 43 
 Funções da Coluna Vertebral 44 
 Características dos Ossos da Coluna Vertebral 44 
 Características Gerais 44 
 Vértebras Cervicais 45 
 Atlas 45 
 
 
 Áxis 46 
 Vértebras Torácicas 46 
 Vértebras Lombares 47 
 Vértebras Sacrais 48 
 Vértebras Coccígeas 49 
Esterno 49 
Costela 50 
Esqueleto Apendicular 51 
Esqueleto dos Membros Superiores 51 
Cintura Escapular 52 
Clavícula 52 
Escápula 53 
Braço 55 
 Úmero 55 
Antebraço 58 
 Rádio 59 
 Ulna 60 
Mão 61 
 Ossos do Carpo 61 
 Ossos do Metacarpo 61 
 Ossos dos Dedos da Mão 61 
Esqueleto dos Membros Inferiores 62 
Cintura Pélvica (ou Quadril) 62 
Funções do Osso do Quadril 64 
Coxa (Fêmur) 64 
Joelho (Patela) 65 
Tíbia 66 
Fíbula 67 
Ossos do pé 68 
 Metatarso 69 
 Dedos do Pé 69 
Unidade III: INTRODUÇÃO A ARTROLOGIA OU 
SINDESMOLOGIA 70 
Conceitos 71 
Ponto de Contato 71 
Artrologia 71 
Articulações ou Junturas 71 
Funções das Articulações 71 
Classificações 72 
Junturas Fibrosas (Sinartroses ou art. Imóveis) 74 
Suturas 74 
Sindesmoses 76 
Gonfose 77 
Junturas Cartilaginosas 77 
Sincondroses 77 
Fontanelas 78 
Sínfises 78 
Junturas Sinoviais 79 
Componentes Essenciais 79 
Componentes Acessórios 80 
 
 
Classificação das Junturas Sinoviais 81 
Algumas entidades patológicas do sistema articular 84 
Unidade IV: MIOLOGIA 86 
Definições de Músculos 86 
Funções dos Músculos 87 
Propriedades dos Músculos 87 
Variedades do Tecido Muscular 88 
Músculos Esqueléticos 90 
Composição Química dos Músculos Esqueléticos 90 
Componentes Anatômicos 91 
Classificação 91 
Fáscia Muscular 95 
Noções Histológicas dos Músculos Esqueléticos 95 
Contração Muscular 99 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
1
UNIDADE I: INTRODUÇÃO AO 
ESTUDO DE ANATOMIA 
 
 
Você, caro aluno, nesta unidade, ira realizar uma breve introdução ao estudo 
da anatomia. Serão apresentados os conceitos de Anatomia Humana e seu 
histórico. Fatores de variação. Biótipo. Termos de posição para se proceder à 
localização das partes do corpo humano. Planos de secção e delimitação do 
corpo humano. Designações genéricas básicas em Anatomia. 
 
 
 
Competência 
 
- Conhecimento introdutório de Anatomia Humana, suas divisões, posições e 
partes do corpo humano. 
 
 
Objetivo 
 
- Conceituar Anatomia, normal e variação anatômica; 
- Descrever a “posição de descrição anatômica”, os planos de delimitação e 
secção, bem como ser capaz de definir os termos de posição e direção. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
2
Quando começou o estudo da 
Anatomia? 
 
 Começou nos primórdios da 
história humana. O homem pré-histórico já 
observava à sua volta a existência de 
seres diferentes de seu corpo, os animais. 
Com isso, passou a gravar nas paredes 
das cavernas e fazer esculturas das 
formas que via. Com isso passou a notar 
detalhes, que hoje nos permite identificar 
as espécies animais descritas. 
 
 A história da anatomia inicia-se 
na Mesopotâmia e Egito. Mesopotâmia 
era o nome dado a uma longa faixa de 
terra localizada entre os rios Tigre e 
Eufrates, atualmente parte do Iraque. Cerca de 4.000 anos atrás, povos dessa 
região, conhecida como Berço da Civilização, faziam investigações voltadas 
em tentativas de descrever as forças básicas da vida, por exemplo, as pessoas 
desejavam descobrir em qual órgão se alojava a alma humana. O fígado era 
considerado o “guardião da alma e dos sentimentos que nos fazem homens”, 
uma suposição lógica visto o seu tamanho e pela íntima associação com o 
sangue, considerado essencial para a vida. 
 
 Algum tempo depois, Menes, sobre o qual paira uma antigadiscussão: seria ele o lendário primeiro faraó (chamado de Narmer) ou médico 
do rei da primeira dinastia egípcia cerca de 3.400 a.C., foi fundador de Mênfis 
como capital egípcia. Escreveu o que é considerado o primeiro manual em 
anatomia. 
 
 Porém, foi na Grécia antiga que a anatomia, inicialmente, ganhou 
maior aceitação como ciência. As escritas de vários filósofos gregos tiveram 
um forte impacto no pensamento científico futuro. Homero, em Ilíada, 
descreveu com precisão a anatomia das feridas ocorridas em batalhas, 
aproximadamente 800 a.C. 
 
 Aristóteles (384-322 a.C) é considerado o criador do termo 
“Anatome”, uma palavra grega significando “cortar em pedaços, separa”. A 
palavra latina “Dissecare” tem um significado idêntico. Hipócrates, o mais 
famoso médico grego e considerado o “pai da medicina” por seus princípios 
éticos pregados em seus ensinamentos, teve seu nome imortalizado no 
juramento Hipocrático que muitos estudantes, ao se formarem em medicina, 
repetem como compromisso de exercício profissional e dever perante a 
sociedade. Seguia a doutrina dos quatro humores, cada um associado a um 
órgão em particular: sangue com o fígado; cólera, ou bile amarela, com a 
vesícula biliar; fleuma com os pulmões; e melancolia, ou bile preta, com o baço. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
3
Imaginava-se que uma pessoa teria saúde com o equilíbrio desses quatro 
humores, princípio esse seguido por mais de 2.000 anos. 
 
 Aristóteles, discípulo de Platão, contratado pelo Rei Filipe da 
Macedônia para ensinar seu filho, Alexandre, conhecido como Alexandre, o 
Grande. Apesar de suas extraordinárias realizações, cultuava teorias errôneas 
como a sede da inteligência no coração e citava que a função do cérebro, 
banhado em líquido, era esfriar o sanguebombeado pelo coração para 
manutenção da temperatura corporal. Foi o fundador da Anatomia Comparada, 
384 a 322 a.C. 
 
 Vieram os períodos Alexandrino e Romano, com os pensadores 
Herófilo e Erasistrato, Celsus e Galeno, este último cujas escritas 
perduraram cerca de 1.500 anos, foi um dos escritores médicos mais influentes 
de todos os tempos. 
 
O Renascimento, período 
posterior à Idade Média, é 
marcado como o período do 
renascimento da ciência, visto 
que durante a Idade Média a 
forte pressão da Igreja Cristã 
estagnou as atividades 
médicas, cultuando a “fé” como 
centro das respostas. 
Introduzido nas grandes 
universidades européias, 
reativou a busca pelo 
conhecimento e engrenou os 
estudos da anatomia humana, 
centralizando o interesse nos métodos e técnicas de dessecação em lugar de 
avançar no conhecimento do corpo humano. 
 
 Surgiram grandes personagens daquele tempo, Leonardo da Vinci 
e Andréas Vesalius, cada qual com estudos monumentais da forma humana. 
O primeiro produziu desenhos anatômicos de qualidade sem precedente 
baseado em dessecações de cadáveres humanos. O segundo refutou os falsos 
conceitos do passado sobre estrutura e função do corpo por observação direta 
e experiências; é chamado o “pai da anatomia moderna”. Durante os séculos 
XVII e XVIII, a anatomia atingiu uma aceitação inigualável. 
 
 Duas das contribuições mais importantes foram a explicação da 
circulação sanguínea e o desenvolvimento do microscópio. Harvey, em 1628, 
com a obra “Sobre o Movimento do Coração e do Sangue nos Animais”, 
provando a circulação contínua do sangue no interior dos vasos, e 
Leeuwenhoek, aperfeiçoando o microscópio, desenvolvendo técnicas para 
examinar tecidos e descrição de células sanguíneas, músculo esquelético e a 
lente do olho. Malpighi, lembrado como “pai da histologia”, primeiro a confirmar 
a existência dos capilares. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
4
 A principal contribuição científica do século XIX foi a formulação da 
teoria celular. Princípio creditado a dois cientistas alemães, Matthias Schleiden 
e Theodor Schwann. 
 
 O objetivo desse tópico é definir, conceituar e abordar aspectos 
históricos da Anatomia. A Posição, planos e termos anatômicos. 
 
CONCEITOS 
 
 Segundo DANGELO & FATTINI 
(1984, p.1) no seu conceito mais amplo 
anatomia (ana = em partes; tomein = cortar) é 
a ciência que estuda macro e 
microscopicamente, a constituição e o 
desenvolvimento dos seres organizados. 
 
 Anatomia é a ciência da estrutura e 
função do corpo. Um excelente e amplo 
conceito de Anatomia foi proposto em 1981, 
pela American Association of Anatomists: 
anatomia é a análise da estrutura biológica, 
sua correlação com a função e com as 
modulações de estrutura em resposta a fatores 
temporais, genéticos e ambientais. 
 
 Tem como metas principais à compreensão dos princípios 
arquitetônicos da construção dos organismos vivos, a descoberta da base 
estrutural do funcionamento das várias partes e a compreensão dos 
mecanismos formativos envolvidos no desenvolvimento destas. A amplitude da 
anatomia compreende, em termos temporais, desde o estudo das mudanças 
em longo prazo da estrutura, no curso de evolução, passando pelas das 
mudanças de duração intermediária em desenvolvimento, crescimento e 
envelhecimento; até as mudanças de curto prazo, associadas com fases 
diferentes de atividade funcional normal. Em termos do tamanho da estrutura 
estudada vai desde todo um sistema biológico, passando por organismos 
inteiros e/ou seus órgãos até as organelas celulares e macromoléculas. 
 
 Agora que você conhece o conceito de Anatomia, antes de 
aprofundar seus estudos, é conveniente também conhecer os conceitos 
básicos de biologia e fisiologia. O termo biologia é conceituado como o 
conjunto de leis que regulam os fenômenos relacionados aos seres vivos, ao 
passo que a fisiologia é a ciência que estuda as funções dos organismos vivos. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
5
DIVISÃO DA ANATOMIA 
 
 A anatomia pode ser dividida em: 
 
Segundo o Método de Observação: 
 
Anatomia Microscópica (Histologia): 
 
 Necessita para o seu estudo a utilização de um aparelho que 
aumente as dimensões das estruturas para uma melhor observação 
(microscópio). Com a descoberta do microscópio desenvolveram-se ciências 
que, embora constituam especializações, são ramos da anatomia: 
 
- Citologia: estudo das células; 
- Histologia: estudo dos tecidos e como estes se organizam para 
a formação de órgãos; 
- Embriologia: estudo do crescimento e desenvolvimento do ser 
humano. 
 
Anatomia Macroscópica: 
 
 Não necessita para o seu estudo o uso de aparelhos especiais. As 
estruturas são observadas a olho nu, pela dissecação de peças previamente 
fixadas por soluções apropriadas. A onde se pode observar os seguintes tipos 
de anatomia macroscópica: 
 
- Anatomia antropológica: que estuda os tipos raciais; 
- Anatomia biotipológica: que se ocupa dos tipos morfológicos 
constitucionais; 
- Anatomia comparativa: que se refere ao estudo comparado dos 
órgãos de indivíduos de espécies diferentes; 
- Anatomia superficial: estudo dos relevos morfológicos na 
superfície do corpo humano. 
 
 O estudo do corpo humano macroscopicamente ainda pode ser 
dividido com relação a região estudada e quanto ao tipo de sistema. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
6
Quanto a Região Estudada 
 
Porção Axial: cabeça; tronco. Na cabeça, são estudados o crânio e a face. No 
tronco, são estudados o pescoço, o tórax e o abdome. 
 
Porção Apendicular: membros superiores; membros inferiores. Nos membros 
superiores: cintura escapular ou ombro, braço, antebraço, mão; e nos membros 
inferiores: cintura pélvica ou quadril, coxa, perna e pé. 
 
Quanto ao Tipo de Sistema: 
 
- Osteologia: parte da anatomia que estuda os ossos. 
- Sindesmologia ou Artrologia: parte da anatomia queestuda as 
articulações. 
- Miologia: parte da anatomia que estuda os músculos. 
- Angiologia: parte da anatomia que estuda o coração e os 
grandes vasos. 
- Neuroanatomia: parte da anatomia que estuda o sistema 
nervoso central e o periférico. 
- Estesiologia: parte da anatomia que estuda os órgãos que se 
destinam à captação das sensações. 
- Esplancnologia: parte da anatomia que estuda as vísceras que 
se agrupam para o desempenho de uma determinada função 
como: fonação, digestão, respiração, reprodução e urinária. 
- Endocrinologia: parte da anatomia que estuda as glândulas sem 
ducto, que segregam hormônios, os quais são drenados 
diretamente na corrente sanguínea. 
- Tegumento comum: parte da anatomia que estuda a pele e os 
seus anexos. 
 
 
Anatomia Mesoscópica: 
 
 Necessita para o seu estudo do uso de um aparelho que aumente as 
dimensões das estruturas, para uma melhor observação de forma 
tridimensional. 
 
 
Segundo o Método de Estudo: 
 
Anatomia Sistemática ou Descritiva: 
 
 Estuda o corpo mediante uma divisão por sistemas orgânicos 
isoladamente. 
 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
7
Anatomia Topográfica ou Regional: 
 
 Estuda o corpo mediante uma divisão por segmentos ou regiões. 
 
Anatomia por Rádio-imagem: 
 
 Estuda o corpo mediante o uso de imagens (Raios X) , tomografias, 
ressonâncias magnéticas. 
 
Anatomia de Superfície: 
 
 Estuda o corpo mediante os relevos e as depressões existentes em 
sua superfície. 
 
Anatomia em Cortes Segmentados: 
 
 Estuda o corpo mediante o uso de cortes seriados para ser 
associado aos estudos de tomografias e ressonâncias magnéticas. 
 
 
 
Segundo a Aplicação Prática 
- Anatomia orientada para clínica: da ênfase a estruturas e 
funções relacionadas à prática médica e a outras ciências da 
saúde. 
- Anatomia patológica: estuda as mudanças estruturais causadas 
por doenças. 
- Anatomia do desenvolvimento: estuda o desenvolvimento do 
indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta. Ela 
engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o 
nascimento. 
 
Você imagina como o corpo humano é organizado e como ele funciona? 
Ao estudar os sistemas do corpo, você notará, por exemplo, que as células do 
corpo humano se reúnem formando os tecidos que, por sua vez, constituem os 
órgãos; os órgãos formam os sistemas que são reunidos nos diversos aparelhos. 
Para exemplificar, citamos o aparelho locomotor que é formado pelos sistemas 
ósseos, articular e muscular. 
Você consegue perceber a função de cada parte específica do corpo e sua relação com as 
estruturas? 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
8
Normal e Variação Anatômica 
 
 De acordo com DANGELO & FATTINI (op.cit) variações anatômicas 
são as diferenças morfológicas, externas ou internas, entre os elementos que 
compõe um grupo, ou no mesmo indivíduo onde se comparam dois lados, que 
se apresentam sem prejuízo funcional para o indivíduo. 
 
 Segundo esses autores, o conceito de normal para o anatomista é o 
que ocorre com mais freqüência e para o médico é o que é sadio, ou não 
doente. Assim, a artéria braquial mais comumente divide-se na fossa cubital. 
Este é o padrão. Entretanto, em alguns indivíduos esta divisão ocorre ao nível 
da axila. Como não existe perda funcional esta é uma variação. 
 
Anomalias X Monstruosidade 
 
 
 Anomalias são variações morfológicas que determinam 
perturbações funcionais. Por exemplo, um indivíduo pode nascer com um dedo 
a menos na mão direita. 
 
 Monstruosidade é uma anomalia acentuada de modo a deformar 
profundamente a conformação corporal do indivíduo, sendo, em geral, 
incompatível com a vida: por exemplo, a agenesia (não formação) do encéfalo. 
 
 
Fatores Gerais das Variações Anatômicas 
 
- Idade: é o tempo decorrido ou a duração da vida. Notáveis modificações 
anatômicas ocorrem nas fases da vida intra e extra -uterina do mamífero, bem 
como nos principais períodos em que cada fase, se subdividem em: 
Fase intra-uterina (ou embrionária) 
Célula ovo ou zigoto: quinze primeiros dias. 
Embrião: até o 2º ano, Feto : até o 9º mês. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
9
Fase extra-uterina 
Recém-nascido: até 1 mês após o nascimento. 
Infante: até o fim do 2º ano. 
Menino: até o fim do 10° ano. 
Pré-púbere: até a puberdade, 
Púbere: dos 12 anos aos 14 anos, corresponde à maturidade sexual que 
é variável nos limites da fase e nos sexos. 
Jovem: até os 21 anos no sexo feminino e 25 anos no sexo masculino. 
Adulto: até a menopausa feminina ( cerca de 50 anos ) e ao processo 
correspondente no homem (cerca do 60 anos). 
Velho: além dos 60 anos . 
 
- Sexo: é o caráter de masculinidade ou feminilidade. É possível reconhecer 
órgãos de um e de outro sexo, graças a características especiais, mesmo fora 
da esfera genital. 
- Raça: é a denominação a cada agrupamento humano que possui caracteres 
físicos comuns, externa e internamente, pelos quais se distinguem dos 
demais. Conhecem-se, por exemplo, representantes das raças branca, 
negra e amarela e seus mestiços, ou seja, "o produto do seu entrecruzamento". 
- Biótipo: é a resultante da soma dos caracteres herdados e dos caracteres 
adquiridos por influência do meio e da sua inter-relação. Os biótipos 
constitucionais existem em cada grupo racial. São três tipos principais 
reconhecidos: 
 
ƒ Brevilíneo: é o indivíduo baixo e forte, com o tronco prevalecendo sobre 
os membros. É o tipo pícnico com seus contornos externos bem 
arredondados e grandes cavidades corporais. Apresenta o ângulo de 
encontro entre costelas e apêndice xifóide maior que 90º. 
ƒ Longilíneo: é o indivíduo alto e magro, com os membros prevalecendo 
sobre o tronco. É o tipo leptossômico. Apresenta o ângulo de encontro 
entre costelas e apêndice xifóide menor que 90º. 
ƒ Normilíneo: é o indivíduo atlético que mostra proporções intermediárias 
entre os dois tipos referidos. Apresenta o ângulo de encontro entre 
costelas e apêndice xifóide igual a 90º. 
 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
10
DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
Por segmentos: 
 
- Cabeça. 
- Pescoço. 
- Tronco: 
o Tórax. 
o Abdome. 
o Pelve. 
- Membros Superiores: 
o Raiz (ombro). 
o Parte livre: 
a. braço. 
b. cotovelo. 
c. antebraço. 
d. punho. 
e. mão. 
- Membros Inferiores: 
o Raiz (quadril). 
o Parte livre: 
a. coxa. 
b. joelho. 
c. perna. 
d. tornozelo. 
e. pé. 
 
Por Sistemas: 
 
 De acordo com a anatomia macroscópica os sistemas que, em 
conjunto formam o organismo são: 
 
- Sistema tegumentar: estuda o tegumento e suas estruturas derivadas 
(pelas unhas e glândulas sudoríparas e sebáceas). Sua função é 
proteger o corpo, regular sua temperatura, eliminar resíduos e receber 
certos estímulos (tátil, calor, dor etc.); 
- Aparelho Locomotor: 
o Sistema Ósseo ou esquelético: composto de ossos e partes 
cartilaginosas, cuja sua função é fornecer suporte e proteção ao 
corpo, permitir movimento, produzir células sanguíneas 
(hemopiese) e armazenar minerais;. 
o Sistema Articular: composto de articulações, seus ossos e 
ligamentos associados. Sua função é unir qualquer parte rígida do 
esqueleto proporcionar ou não movimento entre eles. 
o Sistema Muscular: constituído de músculos e seus ligamentos. 
Sua função é efetuar movimentos, manter a postura e produzir 
calor. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
11
 
- Sistema Circulatório: compreendendo o coração e os vasos 
sanguíneos (artérias, veias e capilares), inclui o “sistema linfático”, 
composto por linfonodos e vasos. O sistema cardiovascular refere-se aocoração e vasos sanguíneos. 
o Sistema Sangüíneo. 
o Sistema Linfático. 
o Órgãos Hematopoiéticos. 
 
- Sistema Digestório: composto pela cavidade da boca, faringe e 
intestinos, estende-se da boca ao ânus. Associados a ele estão 
glândulas (fígado e pâncreas). O sistema está relacionado à assimilação 
de alimento.. 
- Sistema Respiratório: compreende os pulmões e o sistema de tubos 
pelo qual o ar os atinge e se relaciona com a troca de oxigênio e dióxido 
de carbono.. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
12
 
- Aparelhos Urogenitais: compreende vários órgãos que estão 
relacionados com a reprodução. Por causa de sua íntima associação, 
especialmente no homem adulto, os sistemas urinário e genital são 
freqüentemente referidos como sistema urogenital. 
o Sistema Urinário. 
o Sistema Genital Masculino. 
o Sistema Genital Feminino. 
- Sistema Endócrino: consistem em glândulas sem ducto produtoras de 
secreções chamadas hormônios que são levadas pelo sistema 
circulatório para todas as partes do corpo. 
 
- Sistema nervoso: é o grande sistema que controla e coordena as 
atividades de todos os outros sistemas. É formando pelo cérebro, 
medula espinhal (sistema nervoso e periférico) e órgãos dos sentidos, 
como os olhos e os ouvidos (sistema nervoso autônomo). Tem como 
função detectar e responder às mudanças do meio interno e externo, 
capacitar o raciocínio e a memória e regular as atividades do corpo. 
 
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13
 
 
NOMENCLATURA ANATÔMICA 
 
 Como toda ciência, a anatomia tem sua 
linguagem própria. Ao conjunto de termos empregados 
para designar e descrever o organismo ou suas partes 
dar-se o nome de nomenclatura anatômica. 
 
 Embora você esteja familiarizado com os 
nomes comuns de muitas partes e regiões do corpo, 
deve aprender a utilizar a nomenclatura anatômica 
adotada internacionalmente: por exemplo, use a 
palavra axila ao invés de “sovaco” e clavícula ao invés 
de osso do “colarinho”. Contudo, trate de aprender as 
palavras que os alunos podem usar na descrição de 
suas queixas. Além disto, você deve usar nomes que 
eles possam entender quando recebem explicações sobre seus problemas. 
 
 Com o extraordinário acúmulo de conhecimento, foi estimado que, 
em fins do século XIX, aproximadamente 50.000 nomes anatômicos estavam 
em uso para cerca de 5.000 formações do corpo humano. A primeira tentativa 
de uniformizar e criar uma nomenclatura anatômica internacional ocorreu em 
1895, contudo, uma lista de cerca de 4.500 termos foi preparada e aceita em 
Brasiléia. Este sistema de nomenclatura é conhecido como Basle Nomina 
Anatômica (ABN) e é em latim. 
 
 Em sucessivos congressos de anatomia em 1933, 1936 e 1950 
foram feitas revisões e finalmente em 1955, em Paris, foi aprovada oficialmente 
a nomenclatura anatômica, conhecida sob a sigla de PNA (Paris Momina 
 
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14
Anatômica). Revisões subseqüentes foram feitas em 1960, 1965 e 1970, visto 
que a nomenclatura anatômica tem caráter dinâmico, podendo ser sempre 
criticada e modificada, desde que haja razões suficientes para as modificações 
e que estas sejam aprovadas em Congressos Internacionais de Anatomia, 
realizados de cinco em cinco anos. 
 
 A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), 
porém cada país pode traduzi-la para seu próprio vernáculo. Ao designar uma 
estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que não sejam 
apenas sinais para a memória, mas tragam também alguma informação ou 
descrição sobre a referida estrutura. Dentro deste princípio, foram abolidos os 
epônimos (nome de pessoas para designar coisas) e os termos indicam: a 
forma (músculo trapézio); a sua posição ou situação (nervo mediano); o seu 
trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas conexões ou inter-relações 
(ligamento sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto (artéria radial); sua 
função (m. levantador da escápula); critério misto (m. flexor superficial dos 
dedos – função e situação). Entretanto, há nomes impróprios ou não muito 
lógicos que foram conservados, porque estão consagrados pelo uso. 
 
 
 
1. Conceituar anatomia em sentido amplo e em sentido restrito; 
2. Citar os sistemas e os aparelhos do organismo; 
3. Conceituar normal em Anatomia, variação anatômica, anomalia e 
monstruosidade; 
4. Citar os fatores gerais de variação anatômica: 
5. Definir Biótipo: 
6. Definir longilínio, brevelínio e mediolínio e citar suas características 
morfológicas: 
7. Definir nomenclatura Anatômica: 
8. Citar os princípios fundamentais da nomenclatura Anatômica usado para 
designar estruturas do corpo humano, exemplificando: 
 
 
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15
ESTUDOS DOS PLANOS 
ANATÔMICOS – PLANIMETRIA 
 
 A necessidade de se colocar o corpo humano em uma posição 
padrão existiu e, a partir daí, com o auxílio de planos geométricos foi elaborado 
um estudo que ficou conhecido como Planimetria 
 
 Todos os termos apreendidos nesta aula serão utilizados durante 
todo o curso de Anatomia. 
 
 Para entender os Estudos dos Planos Anatômicos é importante 
conhecermos alguns conceitos, termos e divisões. Assim temos: 
 
Planimetria 
 
 É um método convencional aplicado em Anatomia, visando o estudo 
do indivíduo como um todo ou por meio de peças anatômicas isoladas. 
 
Posição Anatômica 
 
 A posição anatômica é uma posição de referência, que dá 
significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas partes e regiões 
do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta, sua 
postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como um 
todo está numa posição específica chamada POSIÇÃO ANATÔMICA. Deste 
modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de 
 
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16
descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição 
padronizada. 
 
 A posição anatômica pode ser descrita da seguinte forma, com o 
indivíduo em posição ereta (de pé, posição ortostática ou bípede), com a face 
voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores 
estendidos, aplicados ao tronco e com palmas voltadas para frente, membros 
inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente. 
 
 Posição SUPINA e PRONA são expressões utilizadas na descrição 
da posição do corpo, quando este não se encontra na posição anatômica. 
 
Posição Supina ou Decúbito Dorsal 
 O corpo está deitado com a face voltada para cima. 
 
 
 
Posição Prona ou Decúbito Ventral 
 O corpo está deitado com a face voltada para baixo. 
 
 
Decúbito Lateral 
 O corpo está deitado de lado. 
 
Posição de Litotomia 
 
 O corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 
90° de quadril e joelho, expondo o períneo. 
 
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17
 
 
 
Posição de Trendelemburg 
 
 O corpo está deitado com a face voltada para cima, com a cabeça 
sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40°. 
 
 
Pontos de Referência 
 
 São estruturas do corpo humano que servem como base para 
estudo dos planos anatômicos. São referenciados: osso frontal, osso occipital, 
suturas sagital e coronal, ventre, dorso, coluna vertebral, apêndice caudal e 
superfície plantar. 
 
Eixos do Corpo Humano 
 
 São linhas imaginárias que se projetam no corpo, indo do centro de 
um pólo anatômico a outro. 
 
- Eixo longitudinal, crânio-caudal ou céfalo-
podálico: é um eixo heteropolar que vai do 
centro do pólo cefálico ao centro do podálico. 
- Eixo sagital ou antero-posterior: é um eixoheteropolar que vai do centro do plano anterior 
ou ventral ao centro do plano posterior ou 
dorsal. 
 
- Eixo transversal ou latero-lateral: é um eixo 
homopolar que vai do centro do pólo lateral 
direito ao centro do pólo lateral esquerdo. 
 
 
 
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18
 Os deslocamentos destes eixos nos permitem realizar os cortes que 
vão dar origem aos planos de divisão que nos levam as secções básicas do 
corpo humano: 
 
- Corte sagital mediano, obtido pelo deslocamento do eixo céfalo-
podálico ao longo do plano mediano (no sentido antero-posterior), 
divide o indivíduo em metade direita e esquerda. 
 
- Corte transversal, se consegue ao deslocar o eixo antero-posterior 
em 180 graus, tendo como resultado uma metade superior e outra 
inferior. 
- Corte coronal, se consegue com o deslocamento do eixo latero-
lateral no sentido céfalo-podálico, divide o indivíduo em metade 
anterior e posterior. 
 
 
 
 
Planos Anatômicos 
 
 São planos imaginários que tangenciam ou seccionam a superfície 
corporal do indivíduo. Têm o objetivo de separar o corpo em partes para 
facilitar o estudo e nomear as estruturas anatômicas com relação espacial. Ou 
seja, através dos planos anatômicos podemos dividir o corpo humano em 3 
dimensões e assim podemos localizar e posicionar todas as estruturas. 
 
 
 
 
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19
Planos Fundamentais, Tangenciais ou de 
Enquadramento 
 
 Tangenciam a superfície corporal. Pela interseção dos planos 
obtemos a formação de um sólido geométrico – 
paralelepípedo –, dentro do qual estaria o 
indivíduo. Podem ser horizontais e verticais. 
 
 
- Verticais: 
o Dorsal ou posterior. 
o Ventral ou anterior. 
o Laterais. 
- Horizontais: 
o Cefálico, cranial ou superior. 
o Podálico ou inferior. 
 
 
 
Planos Seccionais ou de Divisão 
 
 Neste estudo quatro planos são fundamentais: 
 
a. Plano Mediano: 
 
 Plano vertical que passa longitudinalmente através 
do corpo, dividindo-o em metades direita e esquerda. 
Parassagital, usado pelos neuroanatomistas e neurologistas 
é desnecessário porque qualquer plano paralelo ao plano 
mediano é sagital por definição. Um plano próximo do 
mediano é um Plano Paramediano. 
 
b. Planos Sagitais: 
 
 São planos verticais que passam através do corpo, 
paralelos ao plano mediano. 
 
 
c. Planos Frontais (Coronais): 
 
 São plano verticais que passam através do corpo 
em ângulos retos com o plano mediano, dividindo-o em partes 
anterior (frente) e posterior (de trás). 
 
 
 
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20
d. Planos Transversos (Horizontais): 
 
 São planos que passam através do corpo 
em ângulos retos com os planos coronais e mediano. 
Divide o corpo em partes superior e inferior. 
 
 
 
TERMOS DE RELAÇÃO 
 
 Vários adjetivos são usados para descrever a relação de partes do 
corpo na posição anatômica. 
 
Anterior: 
 
 Significa “próximo da frente” do corpo. 
Ventral é um substituto de anterior comumente 
empregado em neuroanatomia, onde é vantajoso 
porque igualmente aplicável a seres humanos e 
animais, que são com freqüência usados em 
pesquisa. 
 
Posterior: 
 
 Significa “próximo ao dorso” do corpo, por 
exemplo, a região glútea (nádegas) está na 
superfície posterior. Dorsal é um substituto de 
posterior. Quando se descreve a face posterior ou 
dorsal da mão ou do pé. 
 
Superior: 
 
 Significa “próximo a cabeça”. Cranial e 
cefálico são adjetivos correspondentes. Costal é 
amiúde usado ao invés de anterior quando se 
descreve partes do encéfalo, e significa “mais 
próximo da extremidade da frente”, por exemplo, o 
lobo frontal é costal ao cerebelo. 
 
Inferior: 
 
 Significa “em direção ao pé” ou parte mais 
baixa do corpo; um exemplo: o diafragma é inferior 
ao coração. O termo caudal, uma palavra latina, adjetiva “cauda”. Corresponde 
a inferior, mas é mais comumente usada em descrições de embriões. 
 
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21
Medial: 
 
 Significa “em 
direção ao plano mediano” 
do corpo; as narinas, por 
exemplo:, são mediais aos 
olhos. Em odontologia o 
termo mesial (g. mesos, 
meio) é equivalente a 
medial e significa “me 
direção a linha média do 
arco dental”. 
 
Lateral: 
 
 Significa “mais distante do plano mediano” do corpo. Os ligamentos 
colaterais do joelho. O ligamento colateral fibular está localizado lateralmente 
enquanto que o ligamento colateral tibial está 
localizado medialmente, ou seja, mais próximo 
à linha sagital mediana. 
 
Intermédio: 
 
 Significa “entre duas estruturas”, 
uma das quais é medial e a outra lateral, por 
exemplo: o quarto dedo da mão (anular) é 
intermédio ao quinto (dedo mínimo) e terceiro 
(dedo médio). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Médio: 
Estrutura ou órgão interposto entre outro 
superior e inferior ou entre anterior e 
posterior. 
Mediano: 
Estrutura situada 
exatamente sobre o eixo 
sagital mediano. 
 
 
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22
Termos de Comparação 
 
 Estes termos comparam as posições relativas de duas estruturas 
entre si. 
- Proximal: significa “mais próximo ao tronco”. 
- Distal: significa “mais distante do tronco”. 
- Superficial: significa “mais próximo da” ou “na superfície”. 
- Profundo: significa “mais distante da superfície”. 
- Interno: significa “em direção ou no interior de um órgão ou cavidade”. 
- Externo: significa “em direção” ou “no exterior de um órgão ou 
cavidade”. 
- Ipsilateral: significa “no mesmo lado do corpo”. 
- Contralateral: significa “no lado oposto do corpo”. 
 
Termos de Movimento: 
 
Flexão: 
 
 Curvatura ou diminuição do 
ângulo entre os ossos ou partes do 
corpo. 
 
Extensão: 
 
 Endireitar ou aumentar o 
ângulo entre os ossos ou partes do 
corpo. 
 
Adução: 
 
 Movimento na direção do plano 
mediano em um plano coronal. 
 
Abdução: 
 
 Afastar-se do plano mediano no plano 
coronal. 
 
 
Rotação Medial: 
 
 Traz a face anterior de um membro para mais perto do plano 
mediano. 
 
 
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23
Rotação Lateral: 
 
 Leva a face anterior para longe do plano mediano. 
 
Retrusão: 
 
 Movimento de retração (para trás) como 
ocorre na retrusão da mandíbula e no ombro. 
 
Protrusão: 
 
 Movimento dianteiro (para frente) como 
ocorre na protrusão da mandíbula e no ombro. 
 
Oclusão: 
 
 Movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com 
a arcada dentária inferior. 
 
Abertura: 
 
 Movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido 
súpero-inferior. 
 
Rotação Inferior da Escápula: 
 
 Movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da 
escápula move-se medialmente e a cavidade glenóide move-se caudalmente. 
 
Rotação Superior da Escápula: 
 
 Movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da 
escápula move-se lateralmente e a cavidade glenóide move-se cranialmente. 
 
Elevação: 
 
 Elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros. 
 
Abaixamento: 
 
 Abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros. 
 
 
 
 
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24
Retroversão: 
 
 Posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas 
ântero-superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 
 
Anteroversão: 
 
 Posição da pelve na qual o plano vertical 
através das espinhas ântero-superiores é anterior ao 
planovertical através da sínfise púbica. 
 
Pronação: 
 
 Movimento do antebraço e mão que gira o 
rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de 
modo que a palma da mão olha posteriormente. e no 
ombro. 
 
Supinação: 
 
 Movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em 
torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha 
anteriormente. e no ombro. 
 
Inversão: 
 
 Movimento da sola do pé em direção ao 
plano mediano. Quando o pé está totalmente invertido, 
ele também está plantifletido. 
 
Eversão: 
 
 Movimento da sola do pé para longe do plano 
mediano. Quando o pé está totalmente evertido, ele 
também está dorsifletido. 
 
Dorsi-flexão (flexão dorsal): 
 
 Movimento de flexão na articulação do tornozelo, como acontece 
quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo. 
 
Planti-flexão (flexão plantar): 
 
 Dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se fica em 
pé na ponta dos dedos. 
 
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25
 
 
1. Citar as abreviaturas utilizadas em Anatomia, para os termos gerais: 
2. Citar as partes constituintes do corpo humano: 
3. Descrever a "Posição de Designação Anatômica" no homem e nos 
mamíferos quadrúpedes: 
4. Descrever os "planos de delimitação e secção" do corpo humano e dos 
mamíferos quadrúpedes: 
5. Citar os eixos do corpo humano descrevendo seu trajeto: 
6. Definir os termos de posição e direção: medial, lateral, mediano, superior, 
inferior, anterior, posterior, ventral, dorsal, caudal, médio, intermédio, distal, 
7. Definir os princípios de construção do corpo humano: estratificação, 
antimeria, metameria e paquimeria, e citar exemplos: 
8. Demonstrar, com exemplos, que a simetria bilateral é apenas aparente: 
 
 
 
 
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25
UNIDADE II: OSTEOLOGIA 
 
 
 Com esta unidade você iniciará o estudo da Osteologia que significa, 
o estudo dos ossos. Apesar de sua aparência simples, o osso é um tecido vivo, 
complexo e dinâmico, formado por um conjunto de tecidos distintos e 
especializados que contribuem para o seu arranjo final sendo então, 
constituintes da porção ativa do aparelho locomotor. 
 
 
Competências 
 
- Conhecimento do esqueleto e suas divisões. 
- Compreensão da classificação dos ossos. 
- Descrição dos principais acidentes dos ossos do esqueleto axial e 
apendicular 
 
Objetivos 
 
- Descrever as funções, as formas, os tipos, as estruturas, as 
propriedades e os números dos ossos do corpo humano. 
- Reconhecer e diferenciar os ossos do esqueleto axial e do apendicular, 
e das cinturas escapular e pélvica; 
- Citar e reconhecer os principais acidentes anatômicos dos ossos do 
esqueleto. 
 
 
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26
Conceito Etimólogo: 
 
 Osteologia é derivada das palavras ósteon que significa “osso”, e 
logos, que significa um “ramo de conhecimento”. 
 
Conceito Anatômico: 
 
 É o estudo das formações intimamente ligadas ou relacionadas com 
os ossos, com eles formando um todo (esqueleto). 
 
Ossos: 
 Ossos são como peças rijas, de número, coloração e 
forma variáveis, que quando unidos de forma apropriada formam 
o esqueleto, quanto a constituição são formados por vários 
tecidos, entre os quais predomina um tecido conectivo 
especializado (osteócitos), que em conjunto constituem o 
esqueleto. 
 
 Os ossos são muito fortes, o que é surpreendente se 
levarmos em conta a sua leveza, constituem apenas 14% do peso 
total do corpo, relativamente ao próprio peso, são mais fortes do 
que o aço ou concreto armado. Um único filamento de colágeno, 
com apenas 1mm de espessura, é capaz de suportar um peso de 
até 10 kg. 
 
 
 
Número de Ossos no Corpo Humano: 
 
 No individuo adulto, idade na qual se considera completa o 
desenvolvimento orgânico, o número de ossos é de 206, o que pode varia se 
levarmos em consideração os seguintes fatores: 
 
- Idade: o número de ossos diminui do nascimento à senilidade. 
- Fatores Individuais: persistência da divisão do osso frontal e ossos 
extranumerários. 
- Critério de contagem: varia de autor para autor. 
 
 Cabeça = 22 
 Crânio = 08 
 Face = 14 
 
 Pescoço = 8 
 
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27
 
 Tórax = 37 
 24 costelas 
 12 vértebras 
 1 esterno 
 
 Abdômen = 7 
 5 vértebras lombares 
 1 sacro 
 1 cóccix 
 Membro Superior = 32 
 Cintura Escapular = 2 
 Braço = 1 
 Antebraço = 2 
 Mão = 27 
 
 Membro Inferior = 31 
 Cintura Pélvica = 1 
 Coxa = 1 
 Joelho = 1 
 Perna = 2 
 Pé = 26 
 
 Ossículos do Ouvido Médio = 3 
 
Esqueleto: 
 O Sistema esquelético (ou esqueleto) humano consiste em um 
conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que se interligam para formar o 
arcabouço do corpo. 
 
 Pode ser dividido em duas grandes porções: uma mediana, 
formando o eixo do corpo, composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco, 
o esqueleto axial (aproximadamente 80 ossos); outra, composta pelos ossos 
das extremidades superior e inferior, e as cinturas que ancoram estas 
extremidades ao esqueleto axial, constituindo o esqueleto 
apendicular(aproximadamente 126 ossos). A união entre estas duas porções 
se faz por meio de cinturas: escapular (ou torácica), constituída pela escápula e 
clavícula e pélvica constituída pelos ossos do quadril. 
 
 As Funções do Esqueleto são: 
 
- Proteção de órgãos internos de eventuais choques ou lesões: a 
caixa craniana protege o encéfalo; a caixa torácica protege o coração e 
os pulmões; a espinha dorsal protege o a medula espinhal e etc. 
- Sustentação e conformação do corpo: servem de apoio aos órgãos. 
- Suporte flexível de um complexo sistema de alavancas: que 
movimentadas pelos músculos permitem os deslocamentos do corpo, no 
todo ou em parte. 
 
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28
- Local de produção de certas células do sangue: no interior dos ossos 
são produzidas as células sanguíneas (glóbulos vermelhos e brancos) e 
as plaquetas, que são elementos importantes do sangue. Hemoptise é a 
produção de todos os três tipos de células sanguíneas, eritrócitos 
(glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e trombócitos 
(plaquetas). Eritropoiese refere-se especificamente a produção de 
eritrócitos. 
- Armazenamento de minerais: nos ossos são armazenados sais 
minerais como cálcio, potássio, magnésio e etc. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS 
Quanto a sua Posição Topográfica 
 
 Há várias maneiras de classificar os ossos. Uma delas é classificá-
los por sua posição topográfica, reconhecendo-se: 
 
- Ossos axiais (ou esqueleto axial): são formados pelo crânio, esterno, 
costelas, caixa torácica, coluna vertebral e osso hióide. 
- Ossos apendiculares (ou esqueleto apendicular): são formados por 
estruturas ósseas em torno das quais os membros (inclusive mãos e 
pés) e suas cinturas são fixadas. 
 
Quanto à Forma dos Ossos 
 
 
 Esta é a classificação mais difundida 
leva em consideração a forma dos ossos, 
classificando-os segundo a relação entre suas 
dimensões lineares (comprimento, largura ou 
espessura), em ossos longos, curtos, laminares e 
irregulares. 
 
Ossos longos: 
 Seu comprimento é consideravelmente 
maior que a largura e a espessura. Consiste em 
um corpo ou diáfise e duas extremidades ou epífises. A 
diáfise apresenta, em seu interior, uma cavidade, o canal 
medular, que alojaa medula óssea. Exemplos típicos 
são os ossos do esqueleto apendicular: fêmur, úmero, 
rádio, ulna, tíbia, fíbula, falanges. 
 
Ossos laminares: 
 
 Seu comprimento e sua largura são 
equivalentes, predominando sobre a espessura. Ossos 
do crânio, como o parietal, frontal, occipital e outros 
como a escápula e o osso do quadril, são exemplos bem 
 
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29
demonstrativos. São também chamados (impropriamente) de ossos planos ou 
chatos. 
 
Ossos curtos: 
 
 Apresenta equivalência das três 
dimensões. São encontrados nas mãos e nos pés 
em grupos, os ossos do carpo e do tarso são 
excelentes exemplos. 
 
Ossos irregulares: 
 
 Apresent
a uma morfologia 
complexa não encontrando correspondência em 
formas geométricas conhecidas. As vértebras e 
osso temporal são exemplos marcantes 
 
 Estas quatro categorias são as 
categorias principais de se classificar um osso 
quanto à sua forma. Elas, contudo, podem ser 
complementadas por duas outras: 
 
Ossos pneumáticos: 
 
 Apresenta uma ou mais cavidades, de 
volume variável, revestidas de mucosa e 
contendo ar. Estas cavidades recebem o nome 
de sinus ou seio. Os ossos pneumáticos estão 
situados no crânio: frontal, maxilar, temporal, 
etmóide e esfenóide; 
 
Ossos sesamóides: 
 
 Que se desenvolve na substância de certos tendões ou da cápsula 
fibrosa que envolve certas articulações. os primeiros 
são chamados intratendíneos e os segundos 
periarticulares. A patela é um exemplo típico de osso 
sesamóide intratendíneo. 
 
 
Ossos Alongados: 
 
São ossos longos, porém achatados e não 
apresentam canal central. Exemplo: Costelas. 
 
 
 
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30
Ossos Suturais: 
 
 São pequenos ossos localizados 
dentro de articulações, chamadas de suturas, 
entre alguns ossos do crânio. Seu número varia 
muito de pessoa para pessoa. 
 
Assim, estas duas categorias adjetivam as quatro 
principais: o osso frontal, por exemplo, é um osso 
laminar, mas também pneumático; o maxilar é 
irregular, mas também pneumático, a patela é um 
osso curto, mas é, também um sesamóide (por 
sinal, o maior sesamóide do corpo). 
 
ESTRUTURA DOS OSSOS 
 
 Os ossos são formados essencialmente pelo tecido ósseo (tecido 
conjuntivo duro, com 1,87% de fosfato e cálcio). O estudo microscópico do 
tecido ósseo distingue a substância óssea compacta e a esponjosa. Embora os 
elementos constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substância óssea, 
eles dispõem-se diferentemente conforme o tipo considerado e seu aspecto 
macroscópico também diferem. Na substância óssea compacta, as lamínulas 
de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas umas às outras pelas suas 
faces, sem que haja espaço livre interposto. Por esta razão, este tipo é mais 
denso e rijo. 
 
 Na substância óssea esponjosa as lamínulas ósseas, mais 
irregulares em forma e tamanho, se arranjam de forma a deixar entre si 
espaços ou lacunas que se comunicam umas com as outras e que, a 
semelhança do canal medular, contém medula. 
 
 
Gênese Óssea 
 
 Os ossos se formam no embrião de um esboço constituído por 
tecido cartilaginoso e por tecido membranoso que representam o osso primário 
e secundário. Com o tempo, tais esboços começam a se ossificar e o processo 
de ossificação inicia-se em pontos particulares, os centros de ossificação. 
Desses centros o processo se estende. 
 
 Por ocasião do nascimento, os ossos estão quase inteiramente no 
estado cartilaginoso. A ossificação se processa durante toda a infância e 
adolescência e só está completa depois do 24º ano de idade. Então todo o 
esqueleto tornou-se ósseo. Nos ossos longos forma-se um centro de 
ossificação na diáfise e um em cada epífise; desses três pontos o tecido ósseo 
começa a estender-se até que o tecido proveniente de um centro se funde com 
 
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aquele que provém dos outros centros. Nos ossos chatos, o centro de 
ossificação é na parte mediana e daqui o processo se irradia para a periferia. 
 
 A ossificação se processa de modo diverso conforme o esboço 
originário é de natureza cartilaginosa ou membranosa. Nos ossos de origem 
cartilaginosa, o processo se inicia na membrana que reveste a cartilagem e que 
se chama pericôndrio. 
 
 O pericôndrio se transforma pouco a pouco em periósteo, no qual se 
distinguem células particulares, os osteoblastos, que estão encarregadas de 
produzir o osso: revestem eles a cartilagem formando um fino estrato ósseo 
(lâmina fundamental) e, multiplicando-se, dão origem a uma nova substância 
óssea, a qual se acumula primeiramente de modo irregular e depois em 
delgadas lâminas ósseas estratificadas de modo bastante regular. Começada 
assim a ossificação, ela se estende. Do tecido ósseo apenas formado se 
destacam os osteoblastos que emigram para a cartilagem restante; são eles 
acompanhados de ramificações de vasos sanguíneos. No território invadido, os 
osteoblastos retomam a sua função, formam novo tecido ósseo, até que a 
cartilagem esteja inteiramente transformada em osso. 
 
 A completa transformação da cartilagem em osso só tem lugar na 
idade adulta; até os 20 ou 25 anos ficam sempre, entre a diáfise e as epífises, 
uma linha de cartilagem que faz crescer o osso em comprimento. Pode-se 
demonstrar que o osso se alonga justamente graças à cartilagem de 
conjugação: se inserir uma bolinha de chumbo na epífise (logo além da 
cartilagem) e outra na diáfise (apenas um pouco para cá da cartilagem) em um 
osso em via de crescimento (por exemplo, em um animal jovem), constatar-se-
á, radiografando o osso depois de um período de tempo suficiente, que à 
distância entre as duas bolinhas aumentou. O mesmo se pode fazer para 
demonstrar que o crescimento em espessura é devido ao periósteo. Sempre no 
animal jovem, se cerca um osso com um fio metálico, ou então se insere uma 
bolinha de chumbo no periósteo. Depois de um certo tempo notar-se-á que o 
fio ou a bolinha não estão mais na extrema periferia do osso mas no seu 
interior: evidentemente, o periósteo, produzindo novo osso pela sua parte 
interna, afastou-se perifericamente, enquanto os corpos estranhos ficaram 
onde estavam. Nos ossos secundários, derivados não de uma cartilagem mas 
de um esboço de tecido membranoso, a ossificação tem lugar assim: as células 
embrionárias se transformam em osteoblastos e estes iniciam a sua 
proliferação do centro para a periferia, até que se complete a formação do 
tecido ósseo. 
 
Estruturas dos Ossos Longos 
 
 A diáfise é formada por tecido ósseo compacto e é percorrido 
longitudinalmente por um canal interno, chamado canal medular, ocupado pela 
medula. A medula do osso desempenha uma função importantíssima: fabrica 
os glóbulos do sangue, sejam os vermelhos ou brancos. As epífises são 
formadas por tecido ósseo esponjoso, que, na superfície, é revestido por uma 
camada de tecido ósseo compacto. No osso esponjoso, a medula enche as 
cavidades formadas pelo interpenetrar-se das trabéculas. Até a idade adulta, a 
 
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diáfise e as epífises são separadas entre si, ou, melhor, estão unidas somente 
por um tecido cartilaginoso; é esta a cartilagem de conjugação ou diafisiária 
que permite o desenvolvimento do osso em 
comprimento, e permanece até que o 
indivíduo complete o seu desenvolvimento 
esquelético. Depois, constitui a chamada 
comissura diafisiária. Os ossos longos estão 
presentes, sobretudo nos membros (osso do 
braço: úmero; osso da coxa: fêmur). 
 
 
Periósteo 
 
 No vivente e no cadáver o osso se 
encontra sempre revestido por delicada 
membrana conjuntiva, com exceção das 
superfícies articulares. Esta membrana é 
denominadaperiósteo e apresenta dois 
folhetos: um superficial e outro profundo, este 
em contato direto com a superfície óssea. A 
camada profunda é chamada osteogênica pelo 
fato de suas células se transformarem em 
células ósseas, que são incorporadas à 
superfície do osso, promovendo assim o seu 
espessamento. 
 
 Os ossos são altamente vascularizados. As artérias do periósteo 
penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. Por esta 
razão, desprovido do seu periósteo o osso deixa de ser nutrido e morre. 
 
Cartilagem Articular 
 
 A cartilagem articular é uma forma de tecido 
de suporte firme e resistente, mas não tanto como o 
osso. Não tem vasos sangüíneos nem linfáticos e não 
recebe nervos. Três tipos são conhecidos - cartilagem 
hialina, fibrocartilagem e cartilagem elástica. 
 
A cartilagem hialina: 
 
 Tem uma aparência translúcida, branco-
azulada. É o tipo de mais larga distribuição e aparece 
no modelo cartilagíneo dos ossos em desenvolvimento. 
Ela persiste, na vida adulta, como cartilagem articular, nas extremidades dos 
ossos; como cartilagens costais, da traquéia, do nariz, septo nasal dos 
brônquios e como as maiores cartilagens da laringe. Os representantes não-
articulares da cartilagem hialina têm tendência a se ossificar mais tarde na 
vida. 
 
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A fibrocartilagem: 
 
 Consiste em coleções densas de fibras colágenas nas quais está 
misturada uma matriz cartilagínea. Ela é menos homogênea que a cartilagem 
hialina, porém é mais resistente e mais flexível. Ocorre nos discos 
intervertebrais e articulares e nas orlas glenoidais de certas articulações. Está 
presente na sínfise púbica e cobre tendões onde estes têm relação com ossos. 
 
A cartilagem elástica: 
 
 É atravessada por uma rica rede de fibras elásticas, o que lhe dá, 
além de uma aparência amarelada, a capacidade de retornar rapidamente a 
sua forma original, quando tracionada ou torcida. A cartilagem elástica ocorre 
somente nas partes móveis do ouvido externo, no nariz e na epiglote. 
 
DESCRIÇÃO DAS SUPERFÍCIES 
ÓSSEAS 
Termos Utilizados 
Saliências 
 
 Servem para articular os ossos entre si (superfícies articulares) e 
para a fixação de músculos, ligamentos, cartilagens e etc. Podemos então 
dividi-las em saliências de superfícies de articulação e proeminências não 
articulares. 
 
 Saliências de superfícies de articulação 
 
Côndilo: 
 
 Uma projeção articular grande arredondada. Ex.: Côndilo occipital do 
osso occipital. 
 
Cabeça: 
 
 Uma extremidade articular proximal proeminente, arredondada. Ex.: 
Cabeça do Fêmur. 
 
Face: 
 Uma superfície articular achatada ou pouco profunda. Ex.: Face 
costal de uma vértebra. 
 
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 Saliências de proeminências não articulares 
 
Processo: 
 
 Qualquer proeminência acentuada do osso. Ex.: Processo 
mastóideo do osso temporal. 
 
Tubérculo: 
 
 Um pequeno processo arredondado. Ex. : Tubérculo maior do úmero 
. 
Tuberosidade: 
 
 Um grande processo áspero. Ex. : Tuberosidade da ulna . 
 
Trocanter: 
 
 Processo maciço encontrado apenas no fêmur. Ex.: Trocanter maior 
do fêmur. 
 
Espinha: 
 
 Processo agudo, fino. Ex. : Espinha da escápula . 
 
Crista: 
 
 Projeção em aresta estreita. Ex. : Crista ilíaca do osso do quadril. 
 
Epicôndilo: 
 
 Projeção acima do côndilo. Ex. : Epicôndilo medial do fêmur . 
 
 
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Depressões 
 
 As depressões podem ser articulares ou não e as aberturas, em 
geral servem para a passagem de nervos ou vasos. 
 
Fossa: 
 
 Uma vala rasa. Ex.: Fossa mandibular do osso temporal. 
 
Sulco: 
 
 Goteira que acomoda um vaso, nervo ou tendão. Ex.: Sulco 
intertubercular do úmero. 
 
Fissura: 
 
 Abertura em fenda estreita. Ex.: Meato acústico do osso temporal. 
 
Alvéolo: 
 
 Soquete ou escavação profunda. Ex.: Alvéolos dentários da maxila. 
 
Aberturas 
Forame: 
 
 Abertura circular que atravessa o osso. Ex.: Forame magno do 
occipital. 
 
Seio: 
 
 Cavidade ou espaço oco. Ex.: Seio frontal do osso frontal. 
 
Fóvea: 
 
 Pequena cavidade ou depressão. Ex.: Fóvea da cabeça do fêmur. 
 
 
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Veja a seguir a localização, segmento, região e o total de ossos do esqueleto. 
ESQUELETO AXIAL 
SEGMENTO REGIÃO OSSO NÚMERO TOTAL 
CABEÇA e 
PESCOÇO 
CRÂNIO Frontal 
Occipital 
Etmóide 
Esfenóide 
Temporais 
Parietais 
01 
01 
01 
01 
02 
02 
08 
FACE Vômer 
Mandíbula 
Conchas nasais 
inferior 
Lacrimais 
Palatinos 
Maxilares 
Zigomáticos 
Nasais 
01 
01 
02 
02 
02 
02 
02 
02 
14 
ORELHA Martelo 
Estribo 
Bigorna 
02 
02 
02 
06 
CERVICAL Hióide 
Vértebras 
01 
07 08 
TRONCO TORÁCICA Esterno 
Vértebras 
Costelas 
01 
12 
24 
37 
ABDOMINAL Vértebras 
Sacro 
Cóccix 
05 
01 
01 
07 
 
ESQUELETO APENDICULAR 
SEGMENTO REGIÃO OSSO Número TOTAL 
MEMBRO 
SUPERIOR 
Cintura 
escapular 
Clavícula 
Escápula 
02 
02 
54 
Braço Úmero 02 
Antebraço Rádio 
Ulna 
02 
02 
Mão Escafóide, Semilunar, Piramidal e 
Pisciforme 08 
Trapézio Trapezóide Capitato
Hamato 08 
Metacarpianos 10 
Falange proximal, média e distal 28 
MEMBRO 
INFERIOR 
Cintura pélvica Ilíacos 02 02 
Coxa Fêmur 
Patela 
02 
02 04 
Perna Tíbia 
Fíbula 
02 
02 04 
Pé Calcâneo, Talus, Navicular, 
Cubóide, Cuneiformes
Metatarsianos 
Falanges proximal, média e distal 
02 de 
cada(10) 
10 
28 
52 
 
 
 
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OSSOS DA CABEÇA 
 
 
 
 Na realidade o termo crânio propriamente dito, é comumente 
utilizado para identificar a parte que contém o encéfalo (crânio neural), o 
restante do crânio (os ossos maxilares, orbitais e as cavidades nasais) forma o 
esqueleto facial (crânio visceral). 
 
 O crânio ou esqueleto da cabeça é considerado a estrutura mais 
complexa do corpo, pois: 
 
- Abriga e protege o encéfalo (cujo formato é irregular); 
- Abrigam os órgãos dos sentidos especiais para a visão, audição, 
gustação e olfato; 
- Envolve as aberturas dos tractos digestório e respiratório; 
- Abriga órgãos responsáveis pela mastigação. 
 
 A caixa craniana está constituída por 22 ossos dos quais apenas 
um, a mandíbula, é móvel, concentrando-se como o restante do crânio através 
da articulação tempero mandibular (ATM), os outros ossos articulam-se entre si 
através de junturas praticamente imóveis (suturas). 
 
 
 
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38
 
Ossos do Crânio Neural (8) 
 
- É o revestimento ósseo do encéfalo e dos seus revestimentos 
membranáceos: as meninges cranianas; 
- Contém partes proximais dos nervos cranianos e a rede vascular do 
encéfalo; 
- Tem um tecto em forma de cúpula, a calvária ou calota craniana e um 
assoalho ou base do crânio. 
- Nos adultos, é formado por uma série de 8 ossos: 
o 4 ossos ímpares centralizados na linha mediana: frontal, 
etmóide, esfenóide e occipital; 
o 2 conjuntos de ossos pares e bilaterais: temporal e parietal. 
 
Frontal: 
 
 O osso frontal é um osso 
largo ou chato, situado para frente e 
para cima e apresenta duas porções: 
uma vertical, a escama, e uma 
horizontal, os tectos das cavidades 
orbitais e nasais. 
 
 O frontal articula-se com 
doze ossos: esfenóide, etmóide, 
parietais (2), nasais (2), maxilares (2), 
lacrimais (2) e zigomáticos (2). 
 
Etmóide: 
 É o osso mais leve do crânio 
e consiste predominantemente de 
tecido esponjoso.O etmóide é um osso 
irregular e é a principal estrutura de 
suporte da cavidade nasal e contribui 
para a formação das órbitas. 
 
Esfenoide 
 
 É um osso irregular, forma a 
porção anterior da base do crânio, 
articula-se anteriormente com o 
etmóide e o frontal, e posteriormente com o 
occipital. 
 
 
 
 
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39
Occipital: 
 
 É um osso plano que forma a 
base do crânio, articula-se 
anteriormente com os ossos parietais 
formando a sutura lambdóide. A porção 
inferior possui uma grande abertura, o 
forame magno, por onde passa a 
medula espinhal. 
 
Temporal: 
 
 Os dois ossos temporais são 
irregulares, auxiliam na formação dos 
lados e da base do crânio. Cada um 
inclui a orelha e forma a fossa para a 
articulação da mandíbula. 
 
Parietal: 
 
 Os dois ossos parietais 
formam os lados e o tecto do crânio e 
articulam-se na linha mediana 
formando a sutura sagital. 
 
 
Ossos da Face ou Viscerocrânio (14) 
 
- É o esqueleto facial formado pelos ossos da face; 
- É formado por ossos irregulares: 
- 3 ossos ímpares centralizados na linha mediana: mandíbula, etmóide e 
vômer; 
- 6 ossos pares e bilaterais: maxilas, conchas nasais inferiores, 
zigomáticos, palatinos, ossos nasais e lacrimais. 
- As maxilas e mandíbula, são ossos que circundam a boca e abrigam os 
dentes. 
 
Mandíbula ou Osso Maxilar Inferior: 
 
 É um osso ímpar que contém 
a arcada dentária inferior. Consiste de 
uma porção horizontal, o corpo, e duas 
porções perpendiculares, os ramos, 
que se unem ao corpo em um ângulo 
quase reto. 
 
 
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Vômer: 
 É um osso ímpar. Forma 
as porções posteriores e inferiores do 
septo nasal. O osso vômer articula-se 
com 6 ossos: esfenóide, etmóide, 
maxilares (2) e palatinos (2). 
 
Maxila: 
 
 É um osso plano e irregular. 
Forma quatro cavidades: o tecto da cavidade bucal, o soalho e a parede lateral 
do nariz, o soalho da órbita e o seio maxilar, Cada osso apresenta um corpo e 
quatro processos. 
 
Conchas Nasais Inferiores: 
 
 As duas conchas nasais inferiores, são ossos independentes que se 
localizam, um em cada cavidade nasal, na porção lateral. 
 
 
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41
Zigomáticos: 
 
 Estes dois ossos formam a 
proeminência das maças do rosto, 
localizam-se sobre as maxilas, 
articulando-se com os seus processos 
zigomáticos. 
 
 
Palatinos: 
 
 Os ossos palatinos formam o 
tecto da boca, o palato duro. Parte dos 
ossos palatinos estende-se para cima e 
auxilia na formação da parede externa 
da cavidade nasal. 
 
 
 
 
Nasais: 
 
 Os dois ossos nasais 
articulam-se para formar a ponte do 
nariz. Superiormente, esses ossos 
achatados articulam-se com o osso 
frontal e constituem uma pequena 
porção do tecto da cavidade nasal. 
 
 
 
Lacrimais: 
 
 Os dois ossos lacrimais compõem 
parte da órbita no ângulo interno do olho. 
Esses ossos dispõem-se imediatamente atrás 
do processo frontal da maxila. 
 
 
 
 
 
 
 
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42
Suturas do Crânio 
 
 A região superior do crânio é 
designada por cúpula do crânio e é 
atravessada por três suturas (ligações que 
não permitem mobilidade): 
 
1 – Sutura Coronal – separa o osso frontal 
dos parietais. 
2 – Sutura Sagital – separa os dois ossos 
parietais (linha sagital mediana). 
3 – Sutura Lambdóide – separa os ossos 
parietais do osso occipital. 
O ponto de encontro das suturas coronal e 
sagital é designado de Bregma. 
O ponto de encontro das suturas sagital e 
lambdóide é chamado de Lambda. 
 
 
 
O Osso Hióide 
- Este osso não possui 
articulação; 
- É suspenso a partir do 
processo estilóide do osso 
temporal por dois 
ligamentos estilóideos; 
- Externamente, a sua 
posição, é observada no 
pescoço, entre a mandíbula 
e a laringe; 
- Tem uma forma 
semelhante a ferradura 
com duas projecções 
laterais; 
- O osso hióide funciona 
como suporte para a língua. 
 
 
 
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COLUNA VERTEBRAL 
 
Constituição da Coluna Vertebral 
 
 A coluna vertebral, 
também chamada de espinha 
dorsal, estende-se do crânio 
até a pelve. Ela é responsável 
por dois quintos do peso 
corporal total e é composta 
por tecido conjuntivo e por 
uma série de ossos, 
chamados vértebras, as quais 
estão sobrepostas em forma 
de uma coluna, daí o termo 
coluna vertebral. A coluna 
vertebral é constituída por 24 
vértebras + sacro + cóccix e 
constitui, junto com a cabeça, 
esterno e costelas, o 
esqueleto axial. 
 
 Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); 
inferiormente, articula-se com o osso do quadril ( Ilíaco ). 
 
 A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, 
Lombar e Sacro-Coccígea. 
 
 São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 
cerca de 4 coccígeas. 
 
Curvaturas da Coluna Vertebral 
 
 Numa vista lateral, a 
coluna apresenta várias curvaturas 
consideradas fisiológicas. 
 
 São elas: cervical 
(convexa ventralmente - LORDOSE), 
torácica (côncava ventralmente - 
CIFOSE), lombar (convexa 
ventralmente - LORDOSE) e pélvica 
(côncava ventralmente - CIFOSE). 
Quando uma destas curvaturas está 
aumentada, chamamos de 
HIPERCIFOSE (Região dorsal e 
pélvica) ou HIPERLORDOSE 
 
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(Região cervical e lombar). 
 
 Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta 
nenhuma curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos 
de ESCOLIOSE. 
 
Funções da Coluna Vertebral 
 
- Protege a medula espinhal e os nervos espinhais; 
- Suporta o peso do corpo; 
- Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô 
para a cabeça; 
- Exerce um papel importante na postura e locomoção; 
- Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os 
músculos do dorso; 
- Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, 
para trás e para os lados e ainda girar sobre seu eixo maior. 
 
Características dos Ossos da Coluna Vertebral 
 
 As vértebras podem ser estudadas sobre três aspectos: 
características gerais, regionais e individuais. 
 
Características Gerais 
 
 São encontradas em quase todas as vértebras (com excessão da 1ª 
e da 2ª vértebras cervicais) e servem como meio de diferenciação destas com 
os demais ossos do esqueleto. 
 
 Todas as vértebras apresentam 7 elementos básicos: 
 
1. Corpo: É a maior parte da vértebra. 
É único e mediano e está voltado para 
frente é representado por um segmento 
cilindro, apresentando uma face 
superior e outra inferior. FUNÇÃO: 
Sustentação. 
 
2. Processo Espinhoso: É a parte do 
arco ósseo que se situa medialmente e 
posteriormente. FUNÇÃO: 
Movimentação. 
 
 
3. Processo Transverso: São 2 prolongamento laterais, direito e esquerdo, 
que se projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo 
com a lâmina. FUNÇÃO: Movimentação. 
 
 
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4. Processos 
Articulares: São em 
número de quatro, 
dois superiores e dois 
inferiores. São 
saliências que se 
destinam à 
articulação das 
vértebras entre si. 
FUNÇÃO: Obstrução. 
 
5. Lâminas: São 
duas lâminas, uma 
direita e outra esquerda, que ligam o processo espinhoso ao processo 
transverso. FUNÇÃO: Proteção. 
 
6. Pedículos: São partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao 
corpo vertebral. FUNÇÃO: Proteção. 
 
7. ForameVertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e 
posteriormente pelo arco ósseo. FUNÇÃO: Proteção 
 
Vértebras Cervicais 
 
 
 Possuem um 
corpo pequeno exceto a 
primeira e a segunda 
vértebra. Em geral 
apresentam processo 
espinhal bífido e 
horizontalizado e seus 
processo transversos 
possuem forames 
transversos (passagem 
de artérias e veias 
vertebrais). 
 
Atlas: 
 
 A principal diferenciação desta para as outras vértebras é de não 
possuir corpo. 
 
 Além disso, esta vértebra apresenta outras estruturas: 
 
- Arco Anterior - forma cerca de 1/5 do anel. 
- Tubérculo Anterior 
- Fóvea Dental - articula-se com o Dente do áxis (processo odontóide) 
 
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- Arco Posterior - forma cerca de 2/5 do anel. 
- Tubérculo Posterior 
- Massas Laterais - partes mais volumosas e sólidas do atlas e suportam 
o peso da cabeça. 
- Face Articular Superior - articula-se com os condilos do occipital. 
- Face Articular Inferior - articula-se com os processos articulares 
superiores da 2ª vértebra cervical (Áxis). 
- Processos Transversos - encontram-se os forames transversos. 
 
Áxis: 
 
 É a segunda vértebra cervical. Apresenta um processo ósseo forte 
denominado Dente (Processo Odontóide)que localiza-se superiormente e 
articula-se com o arco anterior do Atlas. 
 
 
Vértebras Torácicas 
 
 As vértebras torácicas localizam-se inferiormente às vértebras 
cervicais e superiormente às vértebras lombares. São em número de doze, 
uma para cada uma das doze costelas. 
 
 
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47
 O que mais 
evidentemente diferencia 
estas vértebras das outras 
são as fóveas costais, que 
são locais de articulações 
sinoviais entre as costelas e 
as vértebras. Normalmente 
há seis fóveas para cada 
vértebra, quatro no corpo 
vertebral e duas no processo 
transverso. As do processo 
transverso articulam-se com 
os tubérculos costais, 
enquanto as do corpo vertebral articulam-se com as cabeças das costelas. 
 
 O corpo vertebral dessas 
vértebras é maior que o das cervicais, 
pois precisa sustentar mais peso, 
enquanto o forame vertebral é menor e 
mais arredondado. O processo 
transverso é mais desenvolvido também, 
mas não possui o forame transverso. O 
processo espinhoso costuma ser longo, 
apontando quase que inferiormente. 
 
 
 
Vértebras Lombares 
 
 As vértebras lombares são os maiores segmentos da porção móvel 
da coluna vertebral, e pode ser diferenciadas pela ausência do forame (orifício) 
nos processos transversos, e pela ausência das facetas nas laterais do corpo 
da vértebra. 
 
Particularidades: processos mamilares, corpo em forma de rim, forame 
vertebral triangular e processo espinhoso quadrangular. 
 
 
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48
Vértebras Sacrais 
 
 São 5, com tamanho decrescente. Durante a infância, são 
independentes, mas na idade adulta apresentam-se fundidas, formando o Osso 
Sacro. 
 
 Entre as vértebras fundidas não existem Discos Intervertebrais (o 
último disco fica entre o Sacro e o Cóccix). Tem formato triangular de ápice 
inferior 
 
Face pélvica: linhas transversas, forames sacrais ventrais e promontório. 
 
Face dorsal: cristas sacrais mediana, intermédias e laterais, forames sacrais 
dorsais, hiato sacral, cornos sacrais, tuberosidade sacral e superfícies 
auriculares. 
 
 
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Vértebras Coccígeas 
 
 O cóccix (pronuncia-se "có-kcis") é um pequeno osso da parte 
inferior da coluna vertebral. É constituído por quatro ou cinco vértebras 
coccígeas, soldadas entre si, sendo as inferiores progressivamente menores. A 
vértebra superior apresenta uma faceta elíptica que se articula com o sacro. 
Atrás desta localizam-se duas saliências verticais denominadas pequenos 
cornos do cóccix. De cada lado encontram-se dois prolongamentos 
transversais denominados grandes cornos do cóccix. 
 
 
ESTERNO 
 O osso esterno, nos seres humanos, é um osso chato, localizado na 
parte anterior do tórax, composto de três partes: o manúbrio, o corpo e a 
apófise xifóide, ou o processo xifóide. 
 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
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50
 O esterno serve para sustentação das costelas e da clavícula, 
formando a caixa torácica onde ficam protegidos os pulmões, coração e os 
grandes vasos (aorta, veia cava, artérias e veias pulmonares). As sete 
primeiras costelas, também chamadas de costelas verdadeiras, se unem ao 
esterno, as três seguintes, conhecidas como costelas falsas, se juntam para 
depois se unirem ao esterno, e as duas últimas costelas, chamadas de 
flutuantes, não se unem ao esterno. As costelas na parte posterior do tórax se 
prendem as vértebras torácicas. O esterno, bem como toda a caixa torácica e a 
musculatura, tem papel fundamental no processo respiratório, através dos 
movimentos de inspiração e expiração. 
 
 O esterno tem superiormente as incisuras claviculares; onde articula 
com as claviculas; e a incisura jugular,e nas bordas laterais incisuras costais, 
onde estão fixados as cartilagens costais. É formado superiormente pelo 
manubrio, ao centro tem se o corpo do esterno e inferiormente o processo 
xifóide, onde se liga o diafragma dentre outros músculos importantes. 
 
COSTELAS 
 
 As costelas são ossos 
alongados, comparáveis a arcos, 
que se estendem da coluna vertebral 
até o esterno, ao qual se unem 
através das cartilagens costais. No 
Homem, há doze de cada lado 
(sendo que o número é variável com 
a espécie animal). As sete primeiras 
articulam-se na frente com o esterno 
por meio de uma cartilagem, que 
lhes é própria (costelas verdadeiras). 
Da oitava à décima costela elas se 
unem através de suas cartilagens a 
uma cartilagem comum, que se articula com o esterno (costelas falsas). A 
décima-primeira e a décima-segunda costela não se articulam com o esterno 
(costelas flutuantes). 
 
 São formadas por cabeças com duas faces articulares para o 
processo transverso, colo, tubérculo, ângulo costal, sulco da costela, face 
interna, face externa, margem superior, margem inferior, cartilagens costais. 
 
 
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51
ESQUELETO APENDICULAR 
 
 O esqueleto dos membros superiores e o dos inferiores apresentam 
características análogas. Em ambos podemos distinguir três segmentos: o 
primeiro formado por um osso único; o segundo, por dois ossos, e o terceiro 
por uma série de pequenos ossos; vêm depois os ossos das falanges. 
 
 O membro superior é dotado de maior amplitude de movimentos; de 
outro lado, os ossos do membro inferior são mais fortes. Isto é evidente 
levando em consideração as funções: o membro superior desenvolve 
determinadas atividades de trabalho, enquanto o membro inferior tem de 
sustentar o peso do corpo. Os membros estão unidos ao corpo mediante um 
sistema ósseo que toma o nome de cintura ou de cinta. A cintura superior se 
chama cintura torácica ou escapular; a inferior se chama cintura Pélvica. A 
primeira sustenta o úmero e com ele todo o braço; a segunda dá apoio ao 
fêmur e a toda a perna. 
 
Esqueleto dos Membros Superiores 
 
 Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro 
segmentos: 
 
- Cintura Escapular - Clavícula e Escápula 
- Braço - Úmero 
- Antebraço - Rádio e Ulna 
- Mão - Ossos da Mão 
 
 
 
 
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52
Cintura Escapular 
 
 A cintura torácica ou escapular é formada de dois ossos: a clavícula 
e a escápula. Este complexo está unido ao tórax somente mediante a 
articulação que a clavículatem com o esterno. A escápula, por sua vez, está 
unida somente com a clavícula e uma vez que o osso do braço (úmero) se une 
à omoplata, e somente a esta, entende-se como a espádua e o braço sejam 
dotados de movimentos muito amplos. 
 
Clavícula 
 
 
 
 A clavícula forma a porção ventral da cintura escapular. É um osso 
longo curvado como um “S” itálico, situado quase que horizontalmente logo 
acima da primeira costela. Articula-se medialmente com o manúbrio do esterno 
e lateralmente com o acrômio da escápula. Tem duas extremidades, duas 
faces e duas bordas. 
 
 A clavícula articula-se com dois ossos: escápula e esterno. 
 
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53
 
 Os principais acidentes ósseos deste osso são os seguintes: 
 
- Impressão do ligamento costoclavicular (onde a primeira 
costela passa pela clavícula. Mais medial) 
- Sulco do músculo subclávio (mais inferior) 
- Tubérculo conóide (mais lateral) 
- Face articular acromial (onde a clavícula articula com o acrômio 
da escápula) 
- Face articular esternal (onde a clavícula articula com o manúbrio 
do esterno) 
 
 Os principais músculos que se fixam (tanto proximalmente quando 
distalmente) na clavícula são: 
 
Originados: 
- Músculo peitoral maior 
- Músculo esternocleidomastóideo 
- Músculo deltóide 
 
Inseridos: 
- Músculo subclávio 
- Músculo trapézio 
 
 A clavícula, junto com o músculo deltóide e o músculo peitoral maior, 
dá forma ao trígono clavipeitoral, onde pode ser apalpado o processo coracóide 
da escápula. 
 
Escápula 
 
 É um osso par, chato bem 
fino podendo ser translúcido em certos 
pontos. Forma a parte dorsal da cintura 
escapular. Tem a forma triangular 
apresentando duas faces, três bordas e 
três ângulos. 
 
 No plano coronal ou frontal, 
tem formato triangular, e possui três 
ângulos(ângulo inferior, ângulo lateral e 
ângulo superior), duas faces (anterior e 
posterior) e três bordos (superior, 
interno e externo). 
 
 Na sua face posterior, encontra-se a espinha da escápula, que pode 
ser facilmente apalpada, e que termina numa apófise volumosa, o acrômio, em 
cujo bordo interno apresenta uma faceta articular para a clavícula. Possui 
também um processo coracóide, que tem o formato de um dedo fletido, e 
localiza-se inferior ao acrômio, e que serve para inserção muscular; o processo 
coracóide pode ser apalpado no trígono clavipeitoral. 
 
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54
 
 
 
 O ângulo externo da escápula 
apresenta a cavidade glenoideia, localizada 
póstero-lateralmente, que se articula com a 
cabeça do úmero. Há também uma incisura 
escapular e três fossas: subescapular (localiza-se 
em posição inferior nos quadrúpedes), 
infraespinhal e supraespinhal. 
 
 Os principais músculos que inserem 
(distal ou proximalmente) na escápula são: 
 
- Músculo peitoral menor (processo 
coracóide) 
- Músculo subescapular (fossa supescapular) 
- Músculo infraespinhal e músculo supraespinhal 
- Músculo rombóide maior e músculo rombóide menor (borda 
medial posterior) 
- Músculo serrátil anterior (borda lateral anterior) 
- Músculo redondo maior e músculo redondo menor (borda lateral 
posterior) 
- Músculo levantador da escápula (borda superior posterior) 
- Músculo bíceps braquial 
- Músculo coracobraquial 
 
Espinha da Escápula: 
 
 A espinha escapular em sua face dorsal termina no achatado 
acrômio. Acima da espinha fica a fossa supraespinhal, e abaixo, a fossa 
infraespinhal. O processo coracóide da escápula assemelha-se, na forma, a um 
 
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55
dedo curvado; projeta-se para a frente, por baixo da clavícula e na direção da 
cabeça do úmero. 
 
 A superfície articular do acrômio recebe a clavícula, e a do ângulo 
lateral (a glenóide), recebe a cabeça do úmero. 
 
Braço 
 
 É o primeiro segmento livre do membro superior, estende-se do 
ombro ao cotovelo, é formado por apenas um osso, o úmero. 
 
Úmero 
 
 Forma a parte superior do braço, é um osso longo e o maior do 
membro superior, constituído por um corpo e extremidades proximal e distal, 
que se articula superiormente com a cavidade glenóidea da escápula, e 
inferiormente com os ossos do antebraço, rádio e ulna, no cotovelo. 
 
 O lado ao qual o úmero pertence pode ser determinado colocando-
se o osso com sua extremidade arredondada para cima e os tubérculos, 
separados por um sulco, olhado anteriormente. A cabeça está dirigida, então, 
medialmente. 
 
Características Anatômicas 
 
 
 
 
 
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56
Epífises 
 
 Como em todo osso longo as epífises são extremidades dilatadas e 
arredondadas do osso, uma superior ou proximal e outra inferior ou distal. 
 
Extremidade Proximal 
 
 E constituída pela cabeça, colo anatômico, tubérculos maior e 
menor, que estão separados um do outro pelo sulco intertubercular. 
 
- Cabeça do úmero: é a superfície articular lisa e arredondada, 
pouco menor do que meia esfera, que se articula com a cavidade 
glenóidea da escápula. Está voltada superior, medial e 
posteriormente, ou seja, se orienta medialmente, para cima e para 
trás. 
- Colo anatômico: é um sulco anular localizado na porção 
superior, medial e posterior a cabeça do úmero, cuja função e 
separa a cabeça do restante da extremidade proximal. 
- Tubérculo maior (Antero- lateral): projeta-se 
lateralmente, além do acrômio, está coberto pelo músculo 
deltóide, responsável pelo contorno arredondado, normal do 
ombro. 
- Tubérculo menor (Antero- medial): forma a parte mais 
anterior da extremidade proximal do úmero. 
- Sulco intertubercular ou bicipital: separa os tubérculos 
maior e menor é cilindroide, achatando-se no sentido ântero - 
posterior, à medida que se aproxima da extremidade distai 
 
 
 
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Extremidade Distal 
 
 Curva-se anteriormente é constituído por epicôndilos e côndilos. 
 
Epicôndilos: 
 
 São pequenas saliências desprovidas de cartilagem, uma medial e 
outra lateral. 
 
- Epicôndilo medial: aponta, mais ou menos, para a 
mesma direção da cabeça do úmero. É rugoso na frente e dá 
origem aos músculos flexores do antebraço, o sulco para o nervo 
ulnar na fase posterior do epicôndilo medial, é muito vulnerável a 
choque. 
- Epicôndilo lateral: dá origem aos músculos supinador, 
extensores do antebraço e ancôneo. 
 
Côndilos: 
 
 São as saliências revestidas de cartilagem, que inclui a tróclea, o 
capítulo, anteriormente as fossa coronóide e radial e posteriormente do 
epicôndilo. 
 
- Tróclea: é um relevo de superfície articular da porção 
medial, em forma de polia ou carretel, que se articula com a ulna. 
Tem direção espiral da face anterior para a posterior. Sua borda 
medial projeta-se mais que a lateral de modo que seu eixo maior 
é obliquo em relação ao do corpo, mais medial (se articula com a 
ulna). 
- Capítulo: é o relevo da superfície articular da porção 
lateral, que se articula com a cabeça do rádio . 
- Fossa coronoídea: localiza-se anteriormente, superior a 
tróclea. 
- Fossa radial: é a mais rasa, está situada anteriormente 
acima do capítulo. 
 
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58
- Fossa do olécrano: posteriormente, superior a tróclea e 
a mais larga e profunda. 
 
Diáfise ou Corpo do Úmero 
 
 É a região central, compreendida entre as extremidades proximal e 
distai do úmero, seu aspecto é cilíndrico em cima e prismático em baixo, é 
retorcido, longo e com linhas que dão inserção aos músculos do braço e do 
tórax. 
 
Bordas: 
- Anterior: é continuada para cima pela crista do tubérculomaior e para baixo, pela crista que separa a tróclea do capítulo. 
- Medial: é continuada, em cima, pela crista do tubérculo 
menor e, embaixo, pela crista supracondilar medial, um ou mais 
forames nutridos, localizados próximo ou nesta borda, prolonga-
se em canais dirigidos distalmente. 
- Lateral: apagada superiormente, continua-se para baixo 
com a crista supracondilar lateral. 
 
Faces: 
- Ântero - lateral: apresenta próximo ao seu meio, uma 
grande área áspera, a tuberosidade deltóidea, destinada à 
inserção do m. deltóide. 
- Ântero - medial: é a parte mais superior e forma o 
assoalho rugoso do sulco intertubercular; o resto da face é lisa. 
- Face posterior: com direção oblíqua, descendente e 
lateral, observamos o sulco para o nervo radial, largo e mal 
definido. 
 
Antebraço 
 
 Em anatomia, chama-se antebraço à parte da extremidade superior 
ou membro superior do homem situada entre o cotovelo e o carpo (ou punho). 
 
 O antebraço é formado 
pelos ossos ulna e rádio, ligados por 
uma membrana interóssea. Para além 
de se articular com o cotovelo, o 
antebraço tem dois movimentos 
próprios, a pronação e a supinação e, 
por essa razão, tem músculos 
específicos para esses movimentos, 
para além de albergar os músculos 
flexores e extensores dos dedos. O 
movimento em relação ao cotovelo é 
realizado pelo músculo braquiorradial. 
 
 
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Rádio 
 
 É o osso lateral do antebraço. É o mais curto dos dois ossos do 
antebraço. Articula-se proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com 
os ossos do carpo e a ulna. Apresenta duas epífises e uma diáfise. 
 
 
Corpo: 
 
 Possui bordas anterior, posterior e interóssea (será inserido a 
membrana interóssea) que irão delimitar as faces (anterior,posterior e lateral) 
do corpo do rádio.È muito extenso e muito duro. 
 
Extremidade Distal: 
 
- Na sua face lateral se localiza o processo estilóide que é palpável 
in vivo. 
- No término da borda interóssea aparece a incisura ulnar. 
- Na parte lateral do processo estilóide há a face articular carpal. 
 
Extremidade Proximal: 
 
- Possui cabeça, colo e tuberosidade.. 
- A sua cabeça articula-se com o capítulo do úmero. 
- A tuberosidade do rádio se localiza na superfície anterior abaixo 
do colo. 
 
 
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Ulna 
 
 É o osso medial do antebraço. Articula-se proximalmente com o 
úmero e o rádio e distalmente apenas com o rádio. É um osso longo que 
apresenta duas epífises e uma diáfise. 
 
 
 Seus principais acidentes ósseos são: 
 
Parte Proximal: 
 
- Olécrano (onde o tríceps insere, vulgo "cotovelo") 
- Incisura troclear 
- Processo coronóide 
- Incisura radial (lateral ao processo coronóide, onde a cabeça do 
rádio articula-se) 
- Tuberosidade ulnar (imediatamente inferior ao processo 
coronóide) 
 
Parte Distal: 
 
- Cabeça (a bolinha que é facilmente visível quando o antebraço 
está pronado) 
- Processo estilóide (menor que o do rádio, porém ainda visível 
quando há supinação) 
 
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Mão 
 
 A mão se divide em: carpo, metacarpo e falanges. 
 
 
Ossos do Carpo 
 
 São oito ossos distribuídos em duas fileiras: proximal e distal. 
 
- Fileira Proximal: Escáfoide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme 
- Fileira Distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato e Hamato 
 
Ossos do Metacarpo 
 
 É constituído por 5 ossos metacarpianos que são numerados no 
sentido látero-medial em I, II, III, IV e V e correspondem aos dedos da mão. 
Considerados ossos longos, apresentam uma epífise proximal que é a base, 
uma diáfise (corpo) e uma epífise distal que é a cabeça. 
 
 
Ossos dos Dedos da Mão 
 
 Apresentam 14 falanges: 
 
 
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Do 2º ao 5º dedos: 
- 1ª falange (Proximal) 
- 2ª falange (Média) 
- 3ª falange (Distal) 
 
Polegar: 
- 1ª falange (Proximal) 
- 2ª falange (Distal) 
 
Esqueleto dos Membros Inferiores 
 
 O membro inferior, no homem, é 
o órgão especializado para a locomoção, 
sustentação de peso e manutenção do 
equilíbrio, ao estudo do esqueleto do 
membro inferior incluímos, os ossos da 
cintura pélvica, pois estas servem de 
inserção para vários músculos da coxa. 
 
 A base do esqueleto do membro 
inferior é formado pelos dois ossos do 
quadril, que são unidos pela sínfise púbica e 
pelo sacro. O cíngulo do membro inferior e 
o sacro juntos formam a PELVE ÓSSEA. 
 
 Os ossos dos membros inferiores 
podem ser divididos em quatro segmentos: 
 
- Cintura Pélvica - Ilíaco (Osso do Quadril) 
- Coxa - Fêmur e Patela 
- Perna - Tíbia e Fíbula 
- Pé - Ossos do Pé 
 
Cintura Pélvica (ou Quadril) 
 
 Tem uma estrutura complexa e sua formação envolve três ossos 
Ilíaco (parte postero-superior), Isquio (parte posterior) e Púbis (parte ântero-
inferior), que se unem na região onde mais se faz sentir o peso suportado pelo 
osso do quadril (centro do acetábulo), o qual liga o membro inferior a cintura 
pélvica. Anteriormente o osso do quadril se une através da sinfise púbica e 
posteriormente com o sacro. 
 
Obs.: Pelve e o termo geral dado pata o conjunto de ossos formados pelos dois 
ossos do quadril e pelo sacro. 
 
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63
 
 
 
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64
 Funções do Osso do Quadril 
 
- Movimento: participa das articulações com o sacro e o fêmur; 
- Defesa: protege os órgãos pélvicos; 
- Sustentação: transmite aos membros inferiores o peso de todos 
os segmentos do corpo situados acima dele. 
 
Coxa (Fêmur) 
 
 Estende-se do quadril ao joelho, é formada pelo fêmur. O Fêmur é o 
maior osso do corpo humano, e classificado como osso longo, apresentando, 
portanto duas epífises, proximal e distal, e um corpo, ou diáfise. 
 
 
 
 
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Características Anatômicas do Fêmur 
 
Extremidade Proximal: 
- Cabeça: é esferóide e de superfície lisa e encaixa-se 
perfeitamente no acetábulo. 
- Fóvea: pequena depressão ovóide, próximo ao centro da cabeça 
pata a inserção do ligamento da cabeça do fémur . 
- Colo: processo piramidal de osso que liga a cabeça ao corpo e 
situado quase em ângulo reto com a diáfise. O colo possui bordas 
superior e inferior e faces anterior e posterior 
- Trocânter maior: eminência cônica que se projeta 
posteriormente da base do colo em direção medial. 
- Trocânter menor: eminência cônica que se projeta 
posteriormente da base de colo em direção medial. 
- Fossa trocantérica: depressão profunda na fase proeminente 
que liga o trocânter maior. 
- Crista intertrocantérica: crista óssea proeminente que liga o 
trocânter maior ao trocânter menor na face posterior do fêmur. 
- Linha intertrocantérica: linha saliente que liga o trocânter maior 
ao trocânter menor pela face anterior. 
Corpo: 
- Linha áspera: 
- Face anterior: 
- Face lateral: 
- Face medial: 
 
Extremidade Distal: 
- Côndilos medial e lateral: 
- Face patelar: 
- Fossa intercondílar: 
- Tubérculo adutor: 
- Epicôndilos medial e lateral : 
 
Joelho (Patela) 
 
 A patela é um osso pequeno e triangular, localizado anteriormente à 
articulação do joelho. É um osso sesamóide. É dividida em: base (larga e 
superior) e ápice (pontiaguda e inferior). Articula-se somente com o fêmur. 
 
 
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- Face Anterior: É convexa 
- Face Posterior: Apresenta uma área articular lisa e oval 
- Borda Proximal: é espessa epode ser chamada de BASE 
- Borda Medial: é fina e converge distalmente 
- Borda Lateral: é fina e converge distalmente 
 
 A patela articula-se com o fêmur. 
Tíbia 
 Exceto pelo fêmur, a tíbia é o maior osso no corpo que suporta peso. 
Está localizada no lado ântero-medial da perna. Apresenta duas epífises e uma 
diáfise. Articula-se proximalmente com o fêmur e a fíbula e distalmente com o 
tálus e a fíbula. 
 
 
Epífise Proximal: 
 
- Côndilo Lateral - eminência que articula com o côndilo lateral do 
fêmur 
- Côndilo Medial - eminência que articula com o côndilo medial do 
fêmur 
- Eminência Intercondilar - localiza-se entre os dois côndilos 
- Tuberosidade da Tíbia - grande elevação oblonga que se insere o 
ligamento patelar 
- Fóvea Fibular - local da tíbia que articula com a fíbula (lateral à 
tuberosidade da tíbia) 
 
Epífise Distal: 
 
- Maléolo Medial - processo piramidal 
- Fossa para o Tálus - articula-se com o tálus 
- Incisura Fibular - local de articulação com a fíbula 
 
 
 
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 Corpo: 
 
- Borda Anterior - crista (mais proeminente) 
- Borda Medial - lisa e arredondada 
- Borda Lateral - crista interóssea (fina e proeminente) 
- Face Posterior - apresenta a linha do músculo sóleo 
- Face Lateral - mais estreita que a medial 
- Face Medial - lisa, convexa e larga 
 
 A tíbia articula-se com três ossos: fêmur, fíbula e tálus. 
 
Fíbula 
 
 A fina fíbula situa-se póstero-lateralmente à tíbia e serve 
principalmente para fixação de músculos. Não possui função de sustentação de 
peso. Articula-se com a tíbia (proximalmente e distalmente) e o tálus 
distalmente. 
 
 
 Epífise Proximal: 
- Cabeça da Fíbula - forma irregular 
- Face Articular para a Tíbia - face plana que articula-se com o 
côndilo lateral da tíbia 
 
Epífise Distal: 
- Maléolo Lateralexpanção distal da fíbula 
- Face Articular para o Tálus 
 
 
 
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Corpo (Diáfise): 
 
- Borda Anterior - espessa e áspera 
- Borda Interóssea - crista interóssea 
- Borda Posterior - inicia no ápice e termina na borda posterior do 
maléolo lateral 
- Face Medial - estreita e plana. Constitui o intervalo entre as 
bordas anterior e interóssea 
- Face Lateral - é convexa e localiza-se entre as bordas anterior e 
posterior 
- Face Posterior - entre as bordas posterior e interóssea 
 
 A fíbula articula-se com dois ossos: tíbia e tálus. 
 
Ossos do Pé 
 O pé se divide em: tarso, metatarso e falanges. 
 
Ossos do Tarso 
 
 São em número de 7 divididos em duas fileiras: proximal e distal. 
 
- Fileira Proximal: Calcâneo (túber do calcâneo) e Tálus (tróclea) 
- Fileira Distal: Navicular, Cubóide, Cuneiforme Medial, 
Cuneiforme Intermédio (Médio) e Cuneiforme Lateral 
 
 
 
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 Metatarso 
 
 É contituído por 5 ossos metatarsianos que são numerados no 
sentido medial para lateral em I, II, III, IV e V e correspondem aos dedos do pé, 
sendo o I denominado hálux e o V mínimo. Considerados ossos longos. 
Apresentam uma epífise proximal que é a base e uma epífise distal que é a 
cabeça. 
 
 
Dedos do Pé 
 
 Apresentam 14 falanges: 
 
 Do 2º ao 5º dedos: 
- 1ª falange (Proximal) 
- 2ª falange (Média) 
- 3ª falange (Distal) 
 
 Hálux: 
- 1ª falange (Proximal) 
- 2ª falange (Distal) 
 
 
 
 
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70
UNIDADE III: INTRODUÇÃO A 
ARTROLOGIA OU 
SINDESMOLOGIA 
 
 
 Com esta unidade pretende-se descrever, classificar e exemplificar 
as articulações do corpo humano, bem como elucidar com desenhos e 
gravuras todos os tipos de articulações encontradas no corpo humano, de uma 
forma simples e que possa ser aplicada aos professores de Educação Física. 
 
 
Competências 
 
- Compreensão da classificação das articulações, eixos, movimentos e a 
importância clínica. 
- Descrição dos principais acidentes dos ossos do esqueleto axial e 
apendicular 
 
Objetivos 
 
- Descrever as funções, as formas, os tipos, as estruturas, as 
propriedades e os números dos ossos do corpo humano. 
- Reconhecer e diferenciar os ossos do esqueleto axial e do apendicular, 
e das cinturas escapular e pélvica; 
- Citar e reconhecer os principais acidentes anatômicos dos ossos do 
esqueleto. 
 
 
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CONCEITOS 
Ponto de Contato: 
 
 Para designar a conexão existente entre quaisquer 
partes rígidas do esqueleto, quer sejam ossos, quer 
cartilagem, empregamos os termos juntura ou articulação. 
 
Artrologia: 
Grego: Arthron = juntura + logus = estudo. 
 
 É a parte da Anatomia que estuda as articulações 
ou junturas. 
 
 
Articulações ou Junturas: 
 
 As articulações ou junturas 
constituem o veículo de união entre 
qualquer parte rígida do esqueleto, quer 
seja osso quer seja cartilagem, cuja sua 
finalidade além do contato é a possibilidade 
de movimento. 
 
 De maneira simples podemos 
dizer que articulação é a reunião de dois ou 
mais ossos, que permite realizar 
movimentos, sustentar ou proteger os 
órgãos, ou que, são uniões funcionais entre 
os diferentes tipos de ossos do esqueleto. 
 
FUNÇÕES DAS ARTICULAÇÕES 
 
- Movimentos: as articulações permitem a livre movimentação do 
corpo. 
- Plasticidade: acomoda o corpo a determinados tipos de postura, 
como o aperto de mãos e decúbitos. 
- Manutenção da postura corpórea; 
- Proteção dos órgãos; 
- Crescimentos em comprimento dos ossos longos: se faz 
através dos discos epifisários presente nas epífises dos ossos 
longos. (ex: disco epifisário); 
- Amortecimentos contra choques (ex: meniscos). 
 
 
 
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CLASSIFICAÇÕES 
Quanto à duração 
- Temporárias: a cartilagem é substituída por osso com o passar 
do tempo (Ex. Linha epifisiária) 
- Permanentes: a estrutura articular não é substituída por osso. 
(Ex. Articulação do ombro) 
 
Quanto a maneira de fixação aos ossos 
- Continuas: com as peças ósseas intimamente ligadas entre si. 
(Ex. Disco intervertebral) 
- Contiguas: onde existe a presença de uma cavidade articular. 
(Ex. Articulação do cotovelo) 
 
Quanto ao número de peças ósseas ou cartilaginosas: 
 
- Simples: entre duas peças. Ex: Art. Interfalângicas. 
- Compostas: entre três ou mais peças. Ex: Art. do ombro. 
 
 
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Quanto ao grau de movimento: 
- Articulações imóveis (Sinartrose): o movimento é praticamente 
nulo. A ligação entre os ossos estabelece-se através de bordas e 
não por superfícies ósseas. Ex. Ossos do crânio 
- Articulações semi-móveis(Anfiartroses): são articulação capaz 
apenas de movimentação reduzida, e que não dispõe de 
cavidade articular nem de membrana sinovial. Ex. Sínfise púbica. 
- Articulações móveis (Diartroses): são articulações que permite 
movimentos extensos, com uma cavidade articular limitada por 
extremidades ósseas revestidas por uma cartilagem lisa e pela 
membrana sinovial. A união das peças ósseas é assegurada por 
uma cápsula articular, por ligamentos capsulares e 
extracapsulares. 
 
 
Quanto a presença da membrana sinovial: 
- Sinoviais: há entre as peças um tecido fibroso ou cartilaginoso 
interposto pelo líquido sinovial ou sinóvia. Ex.: Ombro 
- Adiartroses ou assinoviais: Não possui liquido ou membrana 
sinovial. Ex.: às articulações dos ossos do crânio e da face. 
 
Quanto aos elementos que se interpõe entre as peças:- Fibrosas: há entre as peças tecido conjuntivo fibroso. Ex.: 
Articulações do Crânio 
- Cartilaginosas: há cartilagem entre as peças (tecido fibro 
cartilaginoso do tipo hialina). Ex.: Sínfise Púbica 
- Sinoviais: há entre as peças um tecido fibroso ou cartilaginoso 
interposto pelo líquido sinovial ou sinóvia. Ex.: Ombro 
 
 
 Correspondência: Fibrosa Sinartrose 
 Cartilaginosa Anfiartrose 
 Sinovial Diartrose 
 
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JUNTURAS FIBROSAS (SINARTROSES ou ART. 
IMÓVEIS) 
 
 Sinartrose (do grego syn, junto, unido e artron, articulação) são 
articulações fixas sem mobilidade, nas quais os elementos que se interpõe às 
peças que se articulam, é o tecido conjuntivo fibroso. Nesse tipo de juntura as 
superfícies tornam-se quase contínuas. No caso dos ossos do crânio esse 
tecido é calcificado. 
 
Tipos 
 
 São três os tipos de articulações fibrosas: 
 
- Suturas; 
- Sindesmoses; 
- Gonfoses. 
 
Suturas 
 
 Nas suturas as extremidades dos ossos têm interdigitações ou 
sulcos, que os mantêm íntima e firmemente unidos. Conseqüentemente, as 
fibras de conexão são muito curtas preenchendo uma pequena fenda entre os 
ossos. Este tipo de articulação é encontrado somente entre os ossos planos do 
crânio. Na maturidade, as fibras da sutura começam a ser substituídas 
completamente, os de ambos os lados da sutura tornam-se firmemente 
unidos/fundidos. Esta condição é chamada de sinostose. 
 
 As suturas podem ser classificadas em verdadeiras ou falsas. 
 
 
 
 
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75
 As suturas verdadeiras (ou sutura vera) ocorrem quando as 
margens dos ossos são unidas por uma série de saliências e reentrâncias 
encaixadas em conjunto. Entre elas temos: 
 
- Denteada: forma de dente. Sutura entre os parientais e o 
occiptal. 
 
 
- Serratil: são serrilhas. Ex: art. fronto-pariental. 
 
 
- Limbosa: engrenamento e biselamento. Lâminas encostadas na 
parte interna do crânio. 
 
 As suturas falsas (ou sutura notha) ocorrem quando a articulação é 
formada por uma superfície áspera colocada em oposição com outra. Entre 
elas temos: 
 
 
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- Escamosa: formada pela sobreposição de amplas margens 
biseladas de ossos contíguos. Ex: Art. Temporopariental. 
 
 
- Plana: onde há simples aposição de superfícies rugosas 
continuas. Ex: juntura dos ossos nasais. 
 
- Esquindilese: nota-se na articulação da crista do esfenóide 
com o vômer. 
 
Sindesmoses 
 
 É a formação de articulação na qual dois ossos estão unidos por 
ligamentos interósseos, não há movimento, é encontrada na Art. Tíbio-fibular 
distal e na Art. Costo-esternal. 
 
 
 
 
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Gonfose 
 
 Também chamada de articulação em 
cavilha, é uma articulação fibrosa especializada 
restrita à fixação dos dentes nas cavidades 
alveolares na mandíbula e maxilas. O colágeno do 
periodonto une o cemento dentário com o osso 
alveolar. A gonfose é a articulação por inserção de 
um processo cônico em uma cavidade. Ex: art. Das 
raízes dos dentes com os alvéolos da mandíbula e 
da maxila. 
 
 
JUNTURAS CARTILAGINOSAS 
 
 São articulações que apresentam uma relativa mobilidade, sendo 
consideradas semimóveis, o tecido que une os dois ou mais ossos é 
fibrocartilaginoso, elas também são chamadas de anfiartroses. 
 
Tipos 
Sincondroses 
 
 Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por 
uma cartilagem hialina. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com 
a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre 
em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As articulações entre as dez 
primeiras costelas e as cartilagens costais são sincondroses permanentes. 
 
Sincondroses Cranianas: 
- Esfeno-etmoidal 
- Esfeno-petrosa 
- Intra-occipital anterior 
- Intra-occipital posterior 
 
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Sincondroses Pós-cranianas: 
- Epifisiodiafisárias 
- Epifisiocorporal 
- Intra-epifisária 
- Esternais 
- Manúbrio-esternal 
- Xifoesternal 
- Sacrais 
 
Fontanelas 
 
 Vulgarmente chamada de muleira. São solturas fibrosas, com 
grande quantidade de tecido conjuntivo fibrosos, encontradas nos ossos do 
crânio, que permitem a mudança da forma do crânio durante o parto. 
 
Sínfises 
 
 É encontrada entre os ossos 
púbicos (sínfise púbica) e entre as 
vértebras (disco vertebral). A chamada 
sínfise pubiana, de particular importância 
no esqueleto feminino, onde durante a 
gestação mediante a secreção de um 
hormônio (relaxina), ocorre a diminuição 
da consistência do tecido fibroso, que 
então se relaxa, e os ossos da bacia 
ficam mais móveis, e é por isso que a 
gestante apresenta um certo desequilíbrio na locomoção e maior facilidade 
para quedas. 
 
 
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 O relaxamento da articulação pubiana, que separa um pouco os dois 
ossos púbis, é participante essencial do trabalho de parto: graças a ele, alarga-
se a fenda para a passagem do feto. 
 
JUNTURAS SINOVIAIS 
 
 Permitem a realização de 
movimentos amplos, pois os pontos 
móveis dos ossos são revestidos pela 
cápsula articular, cuja lubrificação se 
faz através do líquido sinovial, que se 
coloca entre a cápsula articular e a 
cavidade articular. As superfícies 
ósseas que articulam são recobertas 
por uma camada de cartilagem hialina, 
que recebe o nome de cartilagem 
articular, esta camada tem a função de 
diminuir o atrito pelo movimento de um osso sobre o outro, onde esta união, 
pode ser dividida completa ou incompletamente por discos ou meniscos. 
 
Componentes Essenciais: 
 
- Cápsula Articular: é uma membrana conjuntiva que envolve a 
juntura sinovial como um manguito, apresentando duas porções 
uma externa formada por uma membrana fibrosa, rica em 
colageno e reforçada pelos ligamentos capsulares e outra interna 
formada pela membrana sinovial que é abundantemente 
vascularizada e inervada, sendo encarregada da produção do 
líquido sinovial ou sinovia. 
- Cavidade Articular (espaço): de acordo com WEINECK (1990, 
45), na realidade, não existe esta "cavidade" senão apenas uma 
fenda capilar, ou um espaço compreendido entre duas superfícies 
articulares, onde se encontra o líquido sinovial, aonde em virtude 
da pressão negativa existente entre as extremidades articulares, 
respectivamente, da tração exercida pelos músculos que passam 
por cima da articulação. 
- Líquido Sinovial: é produzido pela membrana sinovial, cuja 
finalidade e lubrificar as articulações moveis, praticamente 
eliminando o atrito resultante da movimentação entre os ossos. 
 
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Através deste líquido se dá nutrição da superfície articular. É rica 
em ácido hialurônico. 
- Superfície Articular: revestida pela cartilagem ou tecido 
cartilaginoso (hialina), a qual assegura uma superfície de contato 
lisa, e, portanto, um mínimo de fricção. Avascular e não inervada. 
As superfícies articulares podem ser convexas (os elementos 
articulares que apresentam esta forma são chamados de cabeça) 
ou côncavas neste caso, falamos em cavidade glenóidea. Esta 
pode ter a sua superfície articular aumentada pela presença de 
um lábio ao longo da circunferência (lábio glenóideo): a 
articulação do ombro e a articulação coxofemoral são exemplos 
deste tipo. 
- Cartilagem Articular: composta pela cartilagem articular hialina 
reveste toda a superfície articular dando o aspecto liso, polido e 
de cor esbranquiçada é avascular e não possui inervação,tem 
como principal função evitar o desgaste do osso na superfície 
articular. 
Componentes Acessórios: 
 
- Ligamentos Capsulares: são ligamentos ou feixes fibrosos 
destinados a aumentar a resistência da membrana fibrosa da 
cápsula articular. 
- Ligamentos Extra-Capsulares (ou Acessórios): são ligamentos 
independentes da cápsula articular que tem importância nos 
movimentos de rotação das articulações. 
- Ligamentos Intra-Capsulares: são ligamentos encontrados 
dentro da cápsula articular. 
 
- Meniscos: são infiltrações parciais na articulação provocadas 
pelo deposito de substâncias fibrocartiiaginosas, cuja finalidade 
são alem de ajustar irregularidades ósseas, ajuda como 
amortecedor de tensões. 
 
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- Discos: também são depósitos de substâncias 
fibrocartilaginosas, porem dividem totalmente a articulação. Ex: 
Entre as vértebras da coluna vertebral, entre a clavícula e o 
esterno e entre a articulação temporomandibular. 
 
ATENÇÃO: a cápsula articular e os ligamentos têm por finalidade manter a 
união entre os ossos e impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam 
a amplitude dos movimentos considerados normais. 
 
Classificação das Junturas Sinoviais 
 
 
Quanto aos eixos de movimento ou classificação 
funcional: 
- Anaxiais ou Não axiais: deslizamento; 
- Monoaxiais: em um eixo; 
- Biaxiais: em dois eixos; 
- Triaxiais: em três eixos; 
 
Quanto ao funcionamento: 
 
- Dependentes: dependem da integridade de outra articulação 
para se movimentar. 
 
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a. unilaterais. 
b. bilaterais. 
 
- Independentes: independem da integridade de outra articulação 
para se movimentar. 
 
 
Quanto à disposição das superfícies articulares: 
 
- Concordantes: superfícies ósseas encaixam perfeitamente. 
- Discordantes: superfícies ósseas não encaixam perfeitamente. 
 
 
Quanto à forma das superfícies articulares ou 
morfologia: 
Anaxiais (ou planas) 
 
 Sem eixo de movimento, é a que permite menor liberdade de 
movimento, restrito apenas ao escorregamento de uma superfície sobre a 
outra. Ex: intertársica e processos articulares das vértebras cervicais. 
 
Monoaxiais 
 
 Realizam movimentos em torno de um eixo (possui um só grau de 
liberdade). Podem ser de dois tipos glinglimo e trocóide. 
 
 
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Gínglimo ou Dobradiça 
 
 As articulações ginglimo (ou dobradiça) são junturas, que realizam 
apenas os movimentos articulares de flexão e extensão. 
Ex: Art. Úmero-UInar e Art. Interfalângica e do tornozelo. 
 
Trocóidea, Cilindroide ou Pivô 
 
 As articulações Trocóidea (Cilindroide ou Pivô) são junturas 
monoaxiais, que permitem realizar movimentos de rotação medial (Pronação) e 
rotação lateral (Supinação) ao redor do eixo vertical. 
Ex: Art. Rádio Ulnar Proximal e Atlantoaxial. 
 
Biaxiais 
 
 Realiza em torno de dois eixos (dois graus de liberdade) são aqueles 
que realizam extensão, flexão, abdução e adução. Podem condilar ou selar. 
 
Condilar ou Elipsóde 
 
 As articulações condilares são junturas biaxias, que devido ao 
arredondamento das superfícies articulares permitem realizar movimentos de 
flexão, extensão, abdução e adução, mas não a rotação. 
Ex: Rádio Cárpica Distal Joelho e Art. Temporomandibular. 
 
Selar ou Selartroses 
 
 As selartrose são junturas biaxiais, que suas superfícies articulares 
se assemelham a uma sela com concavidade num sentido e convexidade em 
outro, permite flexão, extensão, abdução, adução e rotação 
(conseqúentemente circunduçáo) 
Ex: Art. Carpo Metacarpica e do Polegar. 
 
Triaxiais 
 
 Possuem três graus de liberdade. Além de flexão, extensão, 
abdução e adução permitem também a rotação. 
 
 
Esferóide 
 
 São junturas triaxiais, que apresentam superfícies articulares de 
formato esférico que se encaixam em receptáculos ocos e realizam todos os 
movimentos. 
 
 
 
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Algumas entidades patológicas do sistema articular 
 
- Entorses: torção ou alongamento exagerado. Podem romper o 
ligamento ou se separar da fixação óssea. Severo acúmulo de 
líquido e causa inchaço. 
- Luxação: as superfícies articulares são violentamente 
deslocadas. Ossos, tendões e ligamentos podem ser danificados; 
as mais comuns são ombro, polegar, dedos. 
- Bursite: inflamação das bolsas sinoviais, por lesão, peso 
excessivo e fixação. 
- Tendinite: inflamação da bainha dos tendões com sensibilidade 
local nos pontos de inflamação e dor severa no movimento. 
- Hérnia de disco: na coluna vertebral, uma das causas mais 
comuns de dor nas costas, mais comum em sua porção inferior. 
O núcleo pulposo é pressionado para um dos lados do disco. 
Pode resultar num peso impropriamente distribuído ao longo da 
coluna. Se o disco sobressai na medula pressiona as raízes dos 
músculos resultando em dor ou adormecimento da região 
inervada. 
- Artrite: inflamação. Diferentes tipos: osteoartrite, artrite 
reumatóide. 
- Gota: severa dor aguda e inchaço. O acúmulo de ácido úrico 
resulta na formação de cristais nas articulações. 
- Lesões nos meniscos: não são fortemente fixados, por isso 
durante mudanças súbitas de direção podem ser rompidos, 
resultando em dor intensa e inchaço nas articulações. 
- Desgastes com perda progressiva das superfícies cartilaginosas 
devido ao envelhecimento. 
 
 
 
 
1. Conceitue juntura ou articulação. 
2. Conceitue as junturas fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. 
3. Quais os tipos de junturas fibrosas? Exemplifique. 
4. Quais os tipos de junturas cartilagíneas ? Exemplifique. 
5. Cite os elementos constantes e incon stantes das junturas sinoviais. 
6. Cite e conceitue os movimentos das junturas sinoviais. 
7. Classifique as junturas sinoviais sob os diversos critérios. 
 
 
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85
BIBLIOGRAFIAS 
CARNAVAL, Paulo E. Musculação Aplicada. Rio de Janeiro: ed. Sprint, 1995. 
 
CAILLIET, René. O ombro na hemiplegia. 2 ed. São Paulo: Manole, 1981. 
 
DÂNGELO, José Geraldo & FATTINI, Carlos Américo. Anatomia humana 
sistêmica e segmentada. São Paulo: Livraria Atheneu, 1988. 
 
HENRY GRAY, F.R.S. Anatomia. 29 ed. R. de Janeiro: Guanabara, 1977. 
 
MOFFAT, Marilyn. Manual de manutenção e reeducação postural da amercan 
physical therapy association. Porto Alegre: Artme Editora, 2002. 
 
RODRIGUES, Tânia Lúcia. Flexibilidade & alongamento. 20 ed. Rio de 
Janeiro: Sprint, 1998. 
 
WEINECK, Anatomia aplicada ao esporte. 3 ed. São Paulo: Manole, 1990. 
 
WIRHED, Rolf. Atlas de anatomia do movimento. São Paulo: Manole, 1986. 
 
http://www.auladeanatomia.com/artrologia/geral.htm 
 
http://arquivos.unama.br/nead/graduacao/ccbs/pec/anatomia_humana/unidade
2/aula4/aula4_page1.html 
 
 
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UNIDADE IV: MIOLOGIA 
 
 
 O músculo esquelético constitui, aproximadamente, 
45% do peso corporal e é o maior sistema orgânico do ser 
humano, sendo um importante tecido na homeostasia 
bioenergética, tanto em repouso como em exercício. Representa 
o principal local de transformação e de armazenamento de 
energia, sendo o destino final dos sistemas de suporte primários 
envolvidos no exercício, como o cardiovascular e o pulmonar. 
 
 O estudo da fisiologia muscular está estruturado em 
três partes. Uma primeira, onde são dadas as noções histológicas 
fundamentais da fibra esquelética e onde é mencionada a organização 
hierárquica da fibra em termos estruturais. Uma segunda, acerca do 
mecanismo molecular da contração muscular,onde são referidas as diferentes 
características dos miofilamentos e descrito o processo de interação entre a 
actina e miosina, com destaque para o mecanismo de deslize dos 
miofilamentos e o papel desempenhado pelo cálcio durante a contração e o 
relaxamento. Finalmente, uma terceira parte, centrada no estudo da mecânica 
da contração muscular, onde são explicado conceitos fundamentais como, por 
exemplo, o significado de unidade motora, a forma como são recrutadas e o 
efeito de somatório de contrações musculares. Neste capítulo são ainda 
referidos, embora de forma sucinta, os principais tipos de contração muscular, 
bem como as idéias chave em torno dos conceitos de hipertrofia e hiperplasia. 
 
 Nunca será demais salientar que o estudo da fisiologia do músculo 
esquelético é de uma importância fulcral para os profissionais de desporto, 
dado que a principal função do músculo é a de desenvolver tensão e executar 
trabalho mecânico, ou seja, promover o movimento, e um dos grandes 
objetivos desta licenciatura é, precisamente, estimular no aluno uma visão 
integrada do movimento humano. 
 
DEFINIÇÕES DE MÚSCULOS 
 
"São os elementos ativos do movimento, formados por estruturas 
que movem os segmentos do corpo por encurtamento da 
distância que existe entre duas extremidades fixas (contração), 
assegurando a dinâmica e estática do corpo, mantendo unidas as 
peças ósseas, determinado a posição e postura do esqueleto”. 
(Dângelo e Fattini, 1988, p.43) 
 
"É uma máquina capaz de converter a energia química em energia 
mecânica e calorífica, através da ação contra uma resistência 
produzida por estímulos nervosos de origem elétrica.” (Gaya, 
Lucena & Reeberg, 1979) 
 
"Órgão que tem a propriedade de se contrair, isto é, diminuir o seu 
comprimento, sob a influência de um estímulo.” (Caldas & Rocha 
1983) 
 
 
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FUNÇÕES DOS MÚSCULOS 
 
- Movimento: a contração da musculatura esquelética 
produz os movimentos do corpo como andar, escrever e mastigar. 
Os movimentos associados com a respiração, digestão, fluxo 
sanguíneo e linfático são também produzidos por músculos (lisos 
ou cardíacos). 
- Postura e sustentação do corpo: o sistema muscular 
confere a forma e o apoio para o corpo e mantém sua postura em 
oposição à gravidade 
- Produção de calor: todas as células liberam calor como 
produto final do metabolismo e uma considerável quantidade de 
células são musculares. 
- Fluxos: os músculos são fartamente providos com vasos 
sanguíneos, a cada fibra é assegurado um adequado suprimento 
de sangue recentemente oxigenado pelo sistema arterial que 
visam oxigenar o músculo e a remoção de metabólicos como 
dióxido de carbono pelo sistema venoso, provenientes do trabalho 
muscular. 
 
PROPRIEDADES DOS MÚSCULOS 
 
- Contractilidade: é a propriedade que o músculo tem de 
se contrair, ou seja, de ficar mais curto e mais grosso, ocorre em 
função do arranjo alternado de filamentos de actina e miosina, 
cujas extremidades superpostas deslizam umas sobre as outras. 
Quando ocorre a contração há consumo de ATP, que deve ser 
continuamente fornecida ao processo; 
- Condutividade: é a propriedade que têm os músculos de 
ser condutores de calor, impulsos elétricos e etc.. 
- Tonicidade: é o estado em que os tecidos musculares 
mesmo totalmente relaxados mostram um grau de contração 
residual ou sensação de firmeza. 
- Irritabilidade (ou excitabilidade): é a capacidade que 
tem o músculo de reagir a certos agentes químicos e físicos. 
- Elasticidade: é a propriedade que o músculo tem de se 
alongar, ou de se estender, vencendo sua própria resistência 
como conseqüência da contração de seu antagonista. 
 
 
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VARIEDADES DO TECIDO MUSCULAR 
 
 As variedades de tecido muscular são classificadas da seguinte 
forma: 
 
QUANTO AOS ESTÍMULOS NERVOSOS QUE 
DETERMINAM A CONTRAÇÃO MUSCULAR 
 
- Voluntários: se o impulso parte de uma porção do 
sistema nervoso que o indivíduo tenha controle (sistema nervoso 
somático - SNS). Seus movimentos rápidos e vigorosos 
dependem de nossa vontade (movimentos voluntários). 
- Involuntário: se o impulso parte de uma porção do 
sistema nervoso sobre o qual o indivíduo não tem controle 
consciente (sistema nervoso autônomo – SNA), ou seja, não 
podem ser controlados por nossa vontade. 
 
 
 
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QUANTO AO CARÁTER ESTRIADO 
 
- Estriados: cada fibra é 
formada pela fusão de várias células 
embrionárias, o que resulta, por 
definição, num sincício. Apresentam-
se como listas transversais, são 
vasculares, formados por células 
alongadas, cilíndricas e poli-
nucleadas, os núcleos ficam na 
periferia da fibra, e seu interior e quase 
plenamente preenchido por estrias 
transversais, formados pela disposição 
paralela e regular das mio-fibrilas no 
citoplasma. Contraem-se ao receber 
uma mensagem do sistema nervoso na forma de um impulso 
elétrico. 
- Lisos: são constituídas por células alongadas, achatadas, 
sem estrias e mono-nucleadas. Seu citoplasma contém mio-
fibrilas delgadas, não apresentando estrias transversais. 
 
QUANTO À LOCALIZAÇÃO 
 
- Esqueléticos: geralmente ficam presos aos ossos do 
esqueleto por meio de tendões e aponeurose. São responsáveis 
por cerca de 40 % do peso corpo. Quando este músculo se 
contrai, ele encurta, tracionando a extremidade em que está 
aderido, a inserção, na direção da outra, a origem. Os músculos 
parecem contrair-se totalmente, embora o encurtamento 
realmente ocorra em apenas uma parte das fibras de cada 
músculo; 
- Viscerais: são 
encontradas no tracto 
digestivo, nas vísceras, 
traquéia, brônquios e 
vasos sanguíneos. 
Caracterizam-se por 
sua ação involuntária e 
por sua capacidade de 
forma um número maior 
de excitações, não 
podendo ser 
controlados por nossa vontade e, na maioria das partes do corpo, 
sua atividade está sob o controle do sistema nervoso autônomo 
ou involuntário; 
- Cardíaco: é encontrado somente no coração, ocupa uma 
posição intermediária entre os músculos esqueléticos e os lisos. 
Suas células, alongadas com um ou mais núcleos, embora de 
caráter estriado, não obedecem a nossa vontade, são menores do 
 
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que as do músculo esquelético e são ramificadas. Estas se unem 
com as demais para formar uma cadeia com as fibras adjacentes. 
A ação das contrações cardíacas é rítmica, mas a freqüência do 
pulso varia através de sinais enviados pelos nervos vago e 
simpático. Ramificações desses nervos são alimentadas pelo 
nodo sino-atrial (o marcapasso), que está situado no átrio direito. 
O pulso da contração propaga-se por todo miocárdio, devido a 
interstícios ou conexões entre as fibras cardíacas. 
 
MÚSCULOS ESQUELÉTICOS 
 
 A maioria dos músculos esqueléticos, como o 
nome diz, estão fixados aos ossos. São responsáveis por 
cerca de 40 % do peso corpo. Quando este músculo se 
contrai, ele encurta tracionando a extremidade em que 
está aderido, a inserção, na direção da outra, a origem. A 
contração do músculo esquelético é controlada pelo 
sistema nervoso somático e está sobre o controle 
voluntário. Os músculos parecem contrair-se totalmente, 
embora o encurtamento realmente ocorra em apenas 
uma parte das fibras de cada músculo. 
 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS MÚSCULOS 
ESQUELÉTICOS 
 
- 75 % água 
- 20 % proteínas (miosina, actina, tropo-miosina e etc.) 
- Os 5 % restantes são constituídos por sais inorgânicos e 
outras substâncias, incluindo os fosfatos de alta energia (ATP), 
uréia, ácido láctico, os minerais Ca, Mg e P, várias enzimas e 
pigmentos, íonsde Na, K e Cl, e aminoácidos, gorduras e 
carboidratos . 
 
COMPONENTES ANATÔMICOS 
 
 Os músculos estriados são compostos de três 
porções: uma média e duas extremidades. 
 
- Ventre muscular ou corpo do 
músculo (porção média): é carnosa, 
vermelha no vivente (vulgarmente chamada 
"carne"), corresponde a parte ativa do músculo 
(parte contrátil); 
 
- Extremidades: são esbranquiçadas e 
brilhantes, muito resistentes e praticamente 
inextensíveis, constituídos por tecido 
conjuntivo denso, rico em fibras colagenas, 
 
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91
servem para prender o músculo ao esqueleto. Quando as 
extremidades são cilindróides ou tem forma de fita, chamam-se 
tendões, quando são laminares, recebem a denominação de 
aponeurose. 
 
 De acordo com a localização podem ser: 
 
ƒ Extremidade proximal ou origem: é a extremidade do 
músculo presa à peça óssea que não se desloca; 
ƒ Extremidade distal ou inserção: é a extremidade do 
músculo presa, à peça óssea que se desloca. 
 
Obs.: os tendões ou aponeuroses nem sempre se prendem ao esqueleto, podendo fazê-lo em 
outros elementos: cartilagem, cápsulas articulares, septos intermusculares, derme, tendões de 
outros músculos, etc. Em um grande número de músculos, as fibras dos tendões têm 
dimensões tão reduzidas que se tem a impressão de que o ventre muscular se prende 
diretamente ao osso. Em uns poucos músculos, aparecem tendões interpostos a ventres de um 
mesmo músculo, e esses tendões não servem para fixação no esqueleto. 
 
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DOS MÚSCULOS 
ESQUELÉTICOS 
 
Longos: 
 
 Quando predomina o comprimento. É muito comum notar-se uma 
convergência das fibras musculares em direção aos tendões de origem e 
inserção, de tal modo que na parte média o músculo tem maior diâmetro nas 
extremidades e por seu aspecto característico é denominado fusiforme. Ex.: 
Esternocleidomastoideo e Bíceps Braquial; 
 
Largos: 
 
 Quando o comprimento predomina sobre a largura, as fibras podem 
convergir para um tendão em uma das extremidades, tomando o aspecto de 
leque. Ex.: Glúteo Máximo e Peitoral Maior; 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
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92
 
Curtos: 
Quando a largura e o comprimento são 
aproximadamente iguais. Ex.: m. vertebrais; 
 
 Fusiforme: 
 
 É um músculo 
longo em que as fibras 
musculares convergem em 
direção aos tendões. São 
freqüentes nos membros. Ex: Sartório, bíceps braquial. 
 
Leque: 
 É um músculo largo em que as fibras 
musculares convergem para apenas uma das 
extremidades. Ex.: Temporal, peitoral maior. 
 
 Mistos: 
Quando possuem características das classificações 
acima citadas. Ex.: Reto Abdominal. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A DISPOSIÇÃO 
OBLIQUA DAS FIBRAS (PENIFORMES) 
 
 São músculos cujas fibras são oblíquas em relação aos tendões. 
Tem extensão curta e são fortes, mas não tem boa resistência. Podem ser: 
 
- Unipenados: se os feixes musculares se prendem numa só 
borda do tendão. Ex. : m. Extensor longo dos dedos do pé; 
- Bipenados: se os feixes prendem nas duas bordas do 
tendão. Ex: M. Reto da Coxa. 
 
 
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93
De acordo com a origem por mais de um tendão 
 
- Bíceps: duas cabeças de origem. Ex : Bíceps Braquial, Bíceps da 
Coxa . 
- Tríceps: três cabeças de origem. Ex : M. Tríceps Braquial 
- Quadríceps: quatro cabeças de origem. Ex : M. Quadríceps da 
Coxa . 
 
De acordo com a inserção por mais de um tendão 
 
- Bicaudados: dois tendões de inserção. 
- Policaudados: três ou mias tendões de inserção. Ex: M. Flexor 
Longo dos Dedos do Pé. 
 
De acordo com o ventre muscular 
 
- Digástricos: são os músculos que apresentam dois ventres. Ex : 
M.Digástrico 
- Poligástricos: os músculos que apresentam número maior de 
ventres. Ex : M. Reto do Abdome. 
 
De acordo com a ação 
 
- Flexor Ex : Deltóide, Bíceps Braquial, Reto Femoral. 
- Extensor Ex : Tríceps Braquial,Glúteo Máximo . 
- Adutor Ex : Trapézio, Pectíneo . 
- Abdutor Ex : Peitoral Menor, Glúteo médio . 
- Pronador Ex : Pronador Quadrado e Pronador Redondo . 
- Supinador Ex : M. Supinador . 
 
 
 
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94
Quanto à função dos músculos 
 
Motor ou Agonista 
 
 É o músculo responsável pelo movimento de um segmento do corpo. 
Os músculos motores ou agonistas, em função de sua importância maior ou 
menor para o movimento, subdividem-se em: 
 
- Motor primário: é o principal músculo responsável pelo 
movimento realizado; Ex : Bíceps braquial na flexão do cotovelo. 
- Motor secundário ou acessório: são os músculos que auxiliam 
o motor primário na execução do movimento. 
 
Antagonista 
 
 É o músculo que produz uma ação contrária ao movimento realizada 
pela ação do agonista. Ex : Tríceps braquial produz ação contrária ao 
movimento de flexão do cotovelo . 
 
Sinergista 
 
 São músculos que realizam contração com o objetivo de eliminar 
algum movimento indesejado que poderia ser produzido pelo agonista. Ex: 
Bíceps braquial, Braquial, braquiorradial na flexão do cotovelo. 
 
Fixador ou Estabilizador 
 
 São músculos que fixam um determinado osso ou parte do osso 
para que outro músculo tenha um ponto de apoio para exercer tensão, 
movimentando assim outros músculos. Ex: A contração abdominal durante o 
exercício apoio de frente sobre o solo. 
 
Neutralizador 
 
 É o músculo que se contrai para neutralizar a ação indesejada de 
um músculo que não pode participar do movimento. Ex: Oblíquo maior direto e 
Oblíquo maior esquerdo se neutralizam na flexão do tronco. 
 
 
 
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95
FÁSCIA MUSCULAR 
 
 É uma lâmina de tecido conjuntivo 
que envolve cada músculo. A espessura da 
fáscia muscular varia de músculo para 
músculo, dependendo de sua função. Às 
vezes a fáscia muscular é muito espessada e 
pode contribuir para prender o músculo ao 
esqueleto. 
 
 Para que os músculos possam 
exercer eficientemente um trabalho de tração 
ao se contrair, é necessário que eles estejam 
dentro de uma bainha elástica de contenção, 
papel executado pela fáscia muscular. Outra 
função desempenhada pelas fáscias é 
permitir o fácil deslizamento aos músculos 
entre si. Em certos locais, a fáscia muscular 
pode apresentar-se espessada e dela partem 
prolongamentos que vão terminar se fixando 
no osso, sendo denominados septos 
intermusculares. Estes separam grupos musculares em lojas ou 
compartimentos e ocorrem freqüentemente nos membros. 
 
NOÇÕES HISTOLÓGICAS DOS MÚSCULOS 
ESQUELÉTICOS 
 
 O músculo esquelético é formado por 
feixes de células muito longas, cilíndricas, 
multinucleadas e contendo muitos filamentos, as 
miofibrilas, nas fibras musculares esqueléticas os 
numerosos núcleos se localizam na periferia das 
fibras, nas proximidades do sarcolema. 
 
 As células musculares são tão 
diferenciadas e têm características tão peculiares 
que seus componentes receberam nomes 
especiais: a membrana é chamada de 
sarcolema; o citoplasma de sarcoplasma; o 
retículo endoplasmático de retículo 
sarcoplasmático; e as mitocôndrias de sarcossomos. 
 
 
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96
Organização do Músculo Esquelético 
 
 A unidade funcional do tecido muscular 
estriado esquelético é a fibra muscular, que é na 
realidade uma unidade celular também 
denominada como miócito. Cada fibra muscular 
é composta por milhares de miofibrilas, estas, 
apresentam em sua composição filamentos de 
miosina (cerca de 1500) e filamentos de actina 
(3000) dispostos lado a lado, responsáveis pela 
contração muscular. 
Fibra MuscularAs fibras musculares estão arranjadas 
em camadas, geralmente rodeadas por tecido 
conjuntivo constituindo os músculos. 
 
 Cada músculo possui, geralmente, 
dois tendões (ou aponeuroses) de inserção, 
que correspondem às extremidades que se fixam 
aos ossos ou a outros órgãos, no entanto, músculos nos quais uma das 
extremidades se apresenta constituída por duas, três ou mais porções, cada 
uma delas com seu tendão próprio, inserido, às vezes, em diferentes 
formações ósseas. Os tendões de inserção, de cor branca brilhante, são 
constituídos essencialmente por tecido conjuntivo denso, são muito resistentes 
e praticamente inextensíveis. 
 
 As fibras agrupam-se para constituir os feixes musculares. Também 
são envolvidas por um tecido conjuntivo denominado perimísio, o músculo, 
constituído por agrupamento de feixes, é envolvido pelo epimísio, também de 
tecido conjuntivo. Portanto, na constituição do músculo, estão intimamente 
associadas às fibras musculares e o tecido conjuntivo. 
 
Representação esquemática de músculo esquelético e o revestimento das camadas de tecido 
conjuntivo: perimísio, endomísio e epimísio 
 
 
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97
Miofibrilas 
 
 As miofibrilas são 
organelas cilíndricas dispostas em 
feixes longitudinais que preenchem 
quase totalmente o citoplasma das 
células musculares, em contato com 
as extremidades do sarcolema (a 
membrana celular destas células) e 
são responsáveis pela sua 
contratibilidade. 
 
 Cada fibra muscular 
individual contém entre várias 
centenas e vários milhares de miofibrilas. Estas são os elementos contráteis 
dos músculos esqueléticos. 
 
 As miofibrilas são formadas por feixes de miofilamentos (também 
chamados miômeros ou sarcômeros) de dois tipos: 
 
- Filamentos Finos, constituídos principalmente por actina 
enrolada em filamentos de nebulina; 
- Filamentos Grossos, constituídos principalmente por miosina 
ligada a filamentos de titina. 
 
Sarcômero 
 É um dos componentes básicos do 
músculo estriado que permite a contração 
muscular. Cada sarcômero é constituído por 
um complexo de proteínas, entre as quais 
actina e miosina. 
 
 As proteínas dos sarcômeros 
organizam-se em bandas com características 
particulares, que ao microscópio dão um 
aspecto estriado ao músculo esquelético e ao 
músculo cardíaco. 
 
Bandas e Linhas 
 
A observação de fibras musculares estriadas 
ao microscópio eletrônico permitiu identificar 
um padrão repetitivo de bandas e linhas. 
Estas correspondem a múltiplos sarcômeros, alinhados em série. 
 
 A zona em que um sarcômero se liga ao seguinte traduz-se por uma 
linha mais escura, designada linha (ou disco) Z (do alemão zwischen - entre 
 
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98
ou no meio). Um sarcômero corresponde ao espaço que separa duas linhas Z 
consecutivas. 
 
 De cada lado da linha Z 
encontra-se uma banda clara, 
denominada banda I (de 
isotrópico1, quando observada 
sob luz polarizada), composta por 
filamentos finos de actina. Entre as 
bandas I encontra-se a banda A 
(de anisotrópico2), mais escura, 
onde ocorre uma sobreposição de 
filamentos finos com filamentos 
espessos de miosina. No centro da 
banda A está a linha M, e a 
circundá-la encontra-se uma faixa estreita, mais clara, designada banda H, 
constituída exclusivamente por filamentos de miosina. 
 
 A titina estende-se da linha Z, onde esta ligada ao filamento fino, 
para a linha M, onde acredita-se que haja interação com o filamento grosso. 
 
 Quando é feito um corte 
transversal na banda A, na região 
onde há sobreposição dos filamentos 
finos e grossos, observa-se que um 
filamento grosso encontra-se 
envolvido por seis filamentos finos. É 
nesta zona que se vai iniciar a 
contração muscular, através da 
interação entre filamentos finos e 
grossos. 
 
 O comprimento relativo das bandas varia 
consoante o músculo examinado se encontre em 
posição de repouso, contração, ou estiramento 
passivo. O comprimento da banda A permanece 
constante em todas as fases de contração, mas a 
banda I é maior no músculo estirado, menor na 
posição de repouso e extremamente curta no 
músculo contraído. 
Filamento Fino: 
 
 Este filamento é composto por quatro 
proteínas. A actina que é a principal proteína que 
interage com a miosina durante a acoplagem 
 
1 Isotrópico é a caracterização de uma substância que possui as mesmas propriedades 
físicas, independentemente da direção considerada. 
2 Anisotrópico é a característica que uma substância possui em que uma certa 
propriedade física varia com a direção. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
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99
excitação-contração; a tropomiosina, traduz a mudança na conformação do 
complexo troponina para actina; a troponina, que fixa o Ca2+ e afeta a 
tropomiosina; representa o “interruptor” que transforma o sinal de Ca2+ em 
sinal molecular que induz a ciclagem das pontes cruzadas; e a nebulina, 
presente próximo da actina e considera capaz de controlar o número de 
monômeros da actina unidos reciprocamente em um filamento fino. 
 
Filamento Grosso: 
 
 Tem como principal proteína a miosina que é responsável por 
fracionar o ATP pelo “golpe de potência” da cabeça de miosina; a proteínas C, 
H e M que mantém os filamentos grossos de miosina em uma organização 
regular; miomesina, proporciona um poderoso ponto de acoplagem para a 
proteína titina; proteína Creatina cinase M, proporciona o ATP proveniente da 
fosfocreatina e está localizado próximo às cabeças de miosina. 
 
CONTRAÇÃO MUSCULAR 
 
 A contração muscular refere-se ao deslizamento da actina sobre a 
miosina. 
 
 
 Para entender a contração do sarcômero é necessário primeiro 
compreender alguns aspectos da estrutura do filamento de actina. A proteína 
tropomiosina que está presente do filamento fino cobre o sitio de ligação da 
miosina presente na molécula de actina. Para permitir a contração da célula 
muscular, a tropomiosina deve ser movida para “descobrir” os sítios de lição 
com miosina presentes ao longo do filamento fino. Os íons cálcio ligam-se com 
as moléculas de troponinas (que estão espalhadas ao longo da proteína 
tropomiosina) que, por conseguinte, altera a "posição" da tropomiosina em 
relação a actina, forçando a revelação dos sítios de ligação na mesma. 
Portanto o cálcio é fundamental para o inicio de uma contração muscular, sua 
concentração no sarcoplasma é controlada pelo retículo sarcoplasmático (uma 
forma especializada do reticulo endoplasmático). Conseqüentemente a 
contração muscular termina quando o cálcio é bombeado de volta para o 
retículo sarcoplamatico. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
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100
 
 O músculo estriado só se contrai quando um impulso nervoso é 
recebido de um neurônio motor. Durante a estimulação da célula muscular, o 
neurônio motor libera um neurotransmissor chamado acetilcolina na junção 
neuromuscular (a sinapse entre o botão terminal do neurônio e a célula 
muscular). O potencial de ação dissipa-se ao longo do túbulo T (Transverso) 
até que alcance o retículo sarcoplasmático; o potencial de ação gerado na 
célula muscular muda a permeabilidade do retículo sarcoplasmático, permitindo 
o fluxo de íons cálcio para o sarcômero. Como foi abordado no parágrafo 
anterior, altas concentrações de cálcio no 
sarcômero permite que a cabeça da miosina 
tenha acesso ao sitio de ligação correspondente 
na actina, desencadeando a contração muscular 
que é o deslizamento da actina sobre a miosina 
causando encurtamento dos sarcômeros, e 
conseqüentemente, o encurtamento do músculo. 
É importante ressaltar que no músculo cardíaco 
boa parte do cálcio necessário para a contraçãoprovem do liquido extra celular (LEC) enquanto 
que no músculo esquelético é quase que 
exclusivamente fornecido pelo retículo 
sarcoplasmático. 
 
Nível molecular da contração 
 
 A banda A, banda I e linha Z são os únicos componentes visíveis ao 
microscópio óptico. Na contração muscular, a banda A mantém seu 
comprimento (1.6 micrometros no músculo esquelético de mamíferos) 
enquanto que a banda I é encurta. O modelo de contração descrito a seguir foi 
primeiramente elaborado por Edwin Taylor e modificado por Ivan Rayment, 
Hazel Holden e Ronald Milligan. 
 
 Deve-se ter em mente que a cabeça da miosina tem dois sítios 
principais: um que interage com a actina e outro que se liga com um ATP, este 
último é uma ATPase. 
 
 Etapa 1) Em repouso, a cabeça da 
miosina esta ligada a uma molécula de ATP em 
uma configuração de baixa energia e, neste 
momento, possui 
baixa afinidade pela 
actina; 
 
 Etapa 2) Porem, a cabeça da miosina 
pode hidrolisar o ATP em ADP e um íon de fosfato 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
101
inorgânico. Uma parte da energia liberada nesta reação muda a forma da 
cabeça da miosina e promove uma configuração de alta-energia. Neste 
momento esta tem alta afinidade pela actina e se houver sítios de actina 
disponíveis haverá a formação do complexo actomiosina ou ponte cruzada; 
 
 Etapa 3) Por causa do processo de 
ligação com a actina, a cabeça da miosina libera o 
ADP e o íon de fosfato inorgânico, retornando a 
configuração de baixa-energia, isto faz com que a 
miosina tracione a actina em direção ao centro do 
sarcômero e ao fazer isso a miosina libera o ADP e 
o íon fosfato; 
 Etapa 4) Com a conclusão da etapa anterior, torna-se possível a 
ligação de uma nova molécula de ATP em seu respectivo sitio na miosina, isto 
faz com que a miosina perca afinidade pela actina desfazendo assim o 
complexo actomiosina. A partir desta fase pode haver um novo ciclo ou a 
contração pode cessar, como já foi abordado, isto depende da concentração de 
cálcio no sarcoplasma. 
 
 Cada ciclo causa um encurtamento no sarcômero de 
aproximadamente 10 nm que ocorrem em torno de 5 vezes por segundo (se for 
uma contração rápida), deve-se ter em mente que este ciclo se refere a apenas 
uma cabeça de miosina e o filamento grosso possui algo em torno de 500 
cabeças. 
 
 O rigor mortis deve-se a perturbação na quarta etapa que é causada 
pela falta de ATP, este tem duas implicações: sem ATP não é possível retirar o 
cálcio do sarcoplasma, com isso os sítios de ligação da actina vão estar 
expostos; e sem ATP o complexo actomiosina não pode ser desfeito. Em 
outras palavras o ciclo da contração para na 3º etapa fazendo com que o 
músculo fique enrijecido. 
 
MÚSCULOS ESQUELÉTICOS E EXERCÍCIO 
 
 Ação mecânica de um músculo que leva 
ao deslocamento de um segmento do corpo. O 
ventre muscular não se prende ao esqueleto e as 
extremidades prendem-se em pelo menos dois 
ossos, cruzando uma articulação. Durante a 
contração as fibras musculares reduzem-se em 1/3 
ou metade de seu tamanho inicial. 
 
 O trabalho muscular é diretamente 
proporcional ao número de fibras (potência) e o grau 
de encurtamento (amplitude). 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
102
Fibras musculares de contração lenta e de contração 
rápida 
 
 Nem todas as fibras 
musculares são iguais. Um mesmo 
músculo esquelético contém dois 
tipos principais de fibras: de 
contração lenta, vermelhas ou do tipo 
I (ST, do inglês slow-twitch) e de 
contração rápida, brancas ou do tipo 
II (FT do inglês fast-twitch). 
 
 
Fibra de contração lenta ou oxidativas 
 
 Geram energia para a ressíntese de ATP predominantemente por 
meio do sistema de transferência aeróbica de ação relativamente longa. Possui 
um baixo nível de fosfocreatinoquinase, baixo nível de miosina ATPase e uma 
capacidade glicolítica pouco desenvolvida, implicando em menor velocidade de 
contração (10 a 15 vezes por segundo). Contêm mitocôndrias relativamente 
volumosas e numerosas, possibilitando maior resistência, devido a sua maior 
capacidade para gera energia para ressíntese de ATP e altos níveis de 
mioglobina (pigmentação vermelha características). 
 
 Possuem mais gordura e alta concentração de enzimas mitocôndrias 
(oxidativas) necessárias para sustentar o metabolismo aeróbico, tornando as 
fibras resistentes à fadiga e bem apropriadas para os exercícios aeróbicos 
prolongados. 
 
Fibras de contração rápida ou glicolíticas 
 
 As fibras de contração rápida são brancas (na verdade, cor-de-rosa 
claro) porque contêm menos mio-globina e apresentam as seguintes 
características: 
 
- Alta capacidade para transmissão eletroquímica dos potenciais de 
ação, fazendo com que os mesmos contraiam-se mais 
rapidamente (30 a 50 vezes por segundo) 
- Alto nível de atividade fosfocreatinoquinase e de miosina ATPase 
- Alto nível de liberação e captação do cálcio (que dispara a 
contração muscular) pelo retículo sarcoplasmático. 
- Alto nível de renovação (turnover) das pontes cruzadas, devido a 
maior capacidade de tamponamento que agem no sentido de 
estabilizar o valor do PH . 
- Alta capacidade de gerar energia (capacidade glicolítica) para 
produzir contrações rápidas e vigorosas, por possui mais PC e 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
103
mais enzimas anaeróbicas (fosfocreatinoquinase e de miosina 
ATPase), possibilitando de uma maneira geral uma 
capacidade muito maior para os metabolismos não-aeróbico 
e anaeróbico. 
- Contêm 12 % mais de proteínas (habitualmente as fibras de CR 
são maiores que as de CL). 
 
 Em geral, as fibras de contração rápida são ativadas nas atividades 
explosivas e rápidas, assim como em outras contrações musculares vigorosas, 
que dependem quase que exclusivamente do metabolismo anaeróbico para a 
produção de energia. 
 
 As fibras de contração rápida nos seres humanos podem ser 
subdivididas em: 
 
a) Fibra tipo II A: possui características aeróbicas e anaeróbicas, é 
considerada intermediária, pelo fato de sua velocidade de contração 
rápida estar combinada com uma moderadamente bem desenvolvida 
para a transferência de energia tanto aeróbica (com um alto nível da 
enzima anaerobica fosfofrutocinase ou PFK). Logo podem ser 
classificadas como rápidas, oxidativas e glicoliticas; 
b) Fibra tipo II B: possui maior potencial anaeróbico do que aeróbico e 
constitui a verdadeira fibra rápida e glicolítica; 
c) Fibra tipo II C: é uma fibra rara e indiferente, um pouco diferente 
das outras duas que sofre adaptação de acordo o treinamento 
realizado pelo atleta. 
 
Quadro 01: 
Nomenclatura variada dos tipos de fibras Característica
Tipo I 
Resistência 
Vermelhas 
Tônicas 
Lentas 
Slow twitch fibers (ST) 
Tipo II 
Força e velocidade 
Brancas 
Fásicas 
Rápidas 
Tipo II A – rápida oxidativa 
Tipo IIB – rápida glicolítica 
Fast twitch fibers (FT)
 
Quadro 02: 
Tipos de fibras musculares
Tipo I (Resistência) SubtipoI C
Tipo II (Força e velocidade) 
Subtipos
II A*
II B
II C
II AB
II AC
Chiesa;1999,Fleck & Kraemer;1999, Bacurau;2000. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
104
TIPOS DE CONTRAÇÕES MUSCULARES 
 
 Os músculos são compostos de elementos elásticos e contráteis. 
Dependendo da contração muscular, pode-se contrair ou estirar os elementos 
envolvidos. 
 
 Os tipos de contração muscular são divididos em: 
 
- Contração Isométrica (Estática) - há contração dos elementos 
contráteis, mas os elásticos são estirados. Ainda que 
exteriormente seja possível constatar um encurtamento do 
músculo (Weineck,1989:102). 
- Contração Isotônica (Dinâmica) - Os elementos contráteis do 
músculo são contraídos, mas oselásticos não modificam seu 
comprimento. Produzindo um encurtamento dos músculos 
- Contração Muscular Autotônica - combinação das solicitações 
isométricas com a isotônica. É a forma + freqüente no domínio 
esportivo. 
 
TIPOS DE TRABALHO MUSCULAR 
 
- Concêntrico (Impulsor ou Positivo) - permite, através de um 
encurtamento muscular, mover o peso do próprio corpo ou pesos 
exteriores, ou superar resistências. Está presente na maioria dos 
desenvolvimentos motores esportivos. FM > Resistência. 
- Excêntrico (Frenador ou Negativo) - é caracterizado por um 
aumento longitudinal do músculo, que produz um efeito ativo 
contrário. Intervém no amortecimento de saltos e na preparação 
de movimentos. 
- Isométrico (Estático) - é caracterizado por uma contração 
muscular, que exclui o encurtamento. Serve para a fixação de 
posições determinadas do corpo ou das extremidades. 
- Combinado (Autotônico ou Auxotônico) - caracteriza-se por 
elementos do tipo impulsor, frenador ou estático. É utilizado para 
desenvolver a força sem aumentar o corte transversal. 
- Isocinético (Acomodativo) - Resistência diretamente 
proporcional ao desenvolvimento da força por espaço de tempo. 
Resistência adaptada a força muscular utilizada. 
- Pliométrico (Reativo) - Passagem do trabalho muscular 
excêntrico para o concêntrico. Estimula o reflexo miotático. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
105
BIBLIGRAFIAS 
 
CARNAVAL, Paulo E. Musculação Aplicada. Rio de Janeiro: ed. Sprint, 1995. 
 
CAILLIET, René. O ombro na hemiplegia. 2 ed. São Paulo: Manole, 1981. 
 
DÂNGELO, José Geraldo & FATTINI, Carlos Américo. Anatomia humana 
sistêmica e segmentada. São Paulo: Livraria Atheneu, 1988. 
 
HENRY GRAY, F.R.S. Anatomia. 29 ed. R. de Janeiro: Guanabara, 1977. 
 
MOFFAT, Marilyn. Manual de manutenção e reeducação postural da 
amercan physical therapy association. Porto Alegre: Artme Editora, 2002. 
 
RODRIGUES, Tânia Lúcia. Flexibilidade & alongamento. 20 ed. Rio de 
Janeiro: Sprint, 1998. 
 
Sarcómero. Disponível online via:< 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sarc%C3%B3mero#N.C3.ADvel_molecular_da_contr
a.C3.A7.C3.A3o>, capturado em: 8 de set. 2010. 
 
SANTOS, Paulo J. M. Fisiologia do Músculo Esquelético. Disponível online 
via:< http://www.fade.up.pt/fisiologiageral/_arquivo/musculo_esqueletico.pdf >, 
capturado em: 14 de ago. 2010. 
 
WEINECK, Anatomia aplicada ao esporte. 3 ed. São Paulo: Manole, 1990. 
 
WIRHED, Rolf. Atlas de anatomia do movimento. São Paulo: Manole, 1986. 
 
Sistema Muscular. Disponível online via:< 
http://www.auladeanatomia.com/sistemamuscular/gen-musc.htm>, capturado 
em: 8 de set. 2010. 
 
TECIDO MUSCULAR. Disponível online via:< 
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/histologia-animal/tecido-
muscular.php>, capturado em: 8 de set. 2010.

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