Prévia do material em texto
EnsaioEnsaioEnsaioEnsaioEnsaioEnsaioEnsaioEnsaio TriaxialTriaxialTriaxialTriaxialTriaxialTriaxialTriaxialTriaxial Laboratório de Solos Plano de Aula 1. Introdução 2. Tipos de ensaio � CD (S – Slow) � CU (R – Rapid) � UU (Q – Quick) 3. Procedimentos 3. Procedimentos 4. Resultados 5. Conclusões � Conhecimentos básicos: � Resistência ao cisalhamento do solo � Coleta e armazenamento de amostras indeformadas 1. Introdução � O ensaio triaxial é um ensaio especial utilizado para obter os parâmetros de resistência de solos (coesão e ângulo de atrito) a serem utilizados em: � Análises de estabilidade de taludes � Barragens � Fundações de pilhas de estéril e rejeito dentre outras � Deve ser realizado em corpos de prova de amostras indeformadas. • compactada quando inviável moldagem � Mínimo de 3CPs por ensaio para construção da envoltória 1. Introdução � Em síntese o ensaio consiste na aplicação de um estado hidrostático de tensões (σ3 atuando em todas as direções) e de um carregamento axial (∆σ1, ou tensão desviadora) sobre o CP, controlado por um pistão de carga, ou pelo movimento ascendente da câmara. Superfície de ruptura 1. Introdução � Objetivos principais e vantagens: � Fornecer curva tensão-deformação � Envoltória de Mohr-coulomb � Parâmetros de resistência � Pode-se medir permeabilidade � Trajetórias de tensão (o que não é possível no cisalhamento� Trajetórias de tensão (o que não é possível no cisalhamento direto) � Estudos sobre potencial de liquefação quando equipamento permite carregamento dinâmico. � Comportamento sobre variação do volume � Permite controlar as condições internas da amostra 1. Introdução � O plano de ruptura forma o ângulo α com o plano principal maior. Se do centro do círculo de Mohr (ponto D), traçar-se uma paralela à envoltória de resistência, constata-se que o ângulo 2 α é igual ao ângulo φ mais 90º. Geometricamente, chega-se à expressão: α = 45 + φ / 2α = 45 + φ / 2 2. Tipos de ensaios Ensaio Drenagem Poropressões Parâmetros Emprego CD – consolidated drained ou S – slow) Permitida na fase de adensamento e compressão axial. Nulas *Aguarda-se o tempo de adensamento – dissipação da poropressão. Efetivos Análise da resistência ao cisalhamento de solos de alta permeabilidade CU – consolidated Permitida somente na Medidas na compressão Totais e efetivos Análise a curto e longo prazo da resistência aoconsolidated undrained ou R – rapid) somente na fase de adensamento. compressão axial efetivos prazo da resistência ao cisalhamento de solos de baixa permeabilidade adensados (aterro após construção, ou rebaixamento rápido do reservatório de barragem. UU – unconsolidate d undrained ou Q – quick) Não permitida Medidas Totais Análise a curto prazo da resistência ao cisalhamento de solos de baixa permeabilidade não adensados. a) Ensaio lento (com consolidação e com drenagem) A característica fundamental desse ensaio, que também é conhecido como ensaio tipo CD – consolidad drained ou tipo S – slow (lento), é que as tensões aplicadas na amostra são efetivas (tensões atuam no arcabouço estrutural dos solos). São ensaios em que há permanente drenagem do corpo de prova. Aplica-se a pressão confinante e espera- se que o corpo de prova adense, ou seja, que a pressão neutra se dissipe. A seguir, a tensão axial é aumentada lentamente, para que a água sob pressão possa sair. Desta forma, a pressão neutra durante todo o carregamento é praticamente nula, e as tensões totais aplicadas todo o carregamento é praticamente nula, e as tensões totais aplicadas indicam as tensões efetivas que estavam ocorrendo, sendo portanto os parâmetros determinados em termos de tensões efetivas (TTE). A referencia “lento” não se refere à velocidade de carregamento, mas sim à condição de ser tão lento quanto necessário para a dissipação das pressões neutras; se o solo for muito permeável, o ensaio pode ser realizado em poucos minutos, mas, para argilas, o carregamento axial requer 20 dias ou mais. b) Ensaio adensado rápido (com consolidaçào e sem drenagem) Nesse tipo de ensaio, também conhecido como ensaio tipo CU – consolidad undrained ou tipo R – rapid (rápido) ou ainda rápido pré-adensado, a amostra se consolida primeiramente sob a pressão hidrostática σ3, como no ensaio lento. Em seguida, após aplicação lenta de σ3, a amostra é levada a ruptura por uma rápida aplicação da carga axial σ1 de maneira que não se permita a variação de volume, na fase de aplicação de σ1, sem a saída de água (ensaio lento para σ3 e ensaio rápido para σ1). A condição essencial desse ensaio é não permitir nenhum adensamento adicional na amostra durante a fase de aplicação da carga axial até a rutura (σ1). Logo, após aplicar σ3, fecha-se as válvulas de saída de água pelas pedras porosas dando garantia da condição pré-estabelecida, independente da velocidade em que essa carga axial seja aplicada. Na segunda etapa do ensaio, aplicação de σ1, pode-se pensar que a água dos vazios é que Na segunda etapa do ensaio, aplicação de σ1, pode-se pensar que a água dos vazios é que irá receber toda a carga de pressão em forma de pressão neutra, mas, no real isso não se dá, pois, parte dessa pressão axial é recebida pela fase sólida do solo, pois a amostra não está totalmente confinada lateralmente (como no caso do ensaio de adensamento). Como no triaxial a amostra só está envolvida por uma delgada membrana de latex, há, portanto, condição da estrutura granular absorver esforços cortantes desde o início do ensaio. No ensaio a pressão neutra age-ocorre em seu valor absoluto, podendo ser medida. Este ensaio indica a resistência não drenada em função da tensão de adensamento. Se as pressões neutras forem medidas, a resistência em termos de tensões efetivas também é determinada, razão pela qual ele é muito empregado, pois permite determinar a envoltória de resistência em termos de tensão efetiva (TTE) num prazo muito menor do que o ensaio CD ou ainda em termos de tensões totais (TTT). c) Ensaio rápido (sem consolidação e sem drenagem) Neste ensaio, também denominado ensaio tipo UU – unconsolidated undrained ou tipo Q – quick (imediato), não se permite em nenhuma etapa adensamento (consolidação) da amostra. As válvulas de comunicação entre as pedras porosas e as buretas de medição serão fechadas impedindo a drenagem da mesma durante as aplicações das tensões. No ensaio, aplica-se a pressão hidrostática σ3 e, de imediato, se rompe o corpo de prova com a aplicação da pressão axial σ1, em velocidades padronizadas. Não se conhecem as pressões efetivas em nenhuma das fase de execução do ensaio nem tão pouco sua distribuição. O ensaio é geralmente interpretado em ensaio nem tão pouco sua distribuição. O ensaio é geralmente interpretado em termos de tensões totais (TTT). 3. Procedimento de ensaio � Referências: ASTM (1988). Standard Test Method for Consolidated-Undrained Triaxial Compression Test on Cohesive Soil. D 4767, American Society For Testing And Materials.11p. ASTM (1987). Standard Test Method for Unconsolidated, Undrained Compressive Strength of Cohesive Soil in Triaxial Compression. D 2850, American Society For Testing And Materials.6p. Head, K.H. (1988). Manual of Soil Laboratory Testing. Effective stress tests, 3 vol., Head, K.H. (1988). Manual of Soil Laboratory Testing. Effective stress tests, 3 vol., London, UK. Procedimento detalhado – material didático prof. Luciene 3. Procedimento de ensaio a) Pode-se observar a seqüência de montagem do ensaio, sendo que o corpo de prova é colocado na base da câmara de confinamento, com uma pedra porosa na sua base e outra no seu topo, b) Observa-se a colocação de uma membrana impermeável envolvendo a amostra que é presa por anéis de borracha e a retirada de ar b)a) 3. Procedimento de ensaio c) e d) O corpo de prova é conectado no topo e na base para permitir a drenagem para as buretas ou medidas de poropressão d)c)3. Procedimento de ensaio (e) É mostrada a fixação da câmara de material resistente e transparente. (f) Esta câmara é cheia com água cuja função é aplicar a tensão confinante (σ3) através do dispositivo mostrado. f)e) 3. Procedimento de ensaio Em (g) observa-se o dispositivo para medição da pressão neutra e em (h) o reservatório de água destilada aerada e o manômetro. h)g) 4. Resultados h)g) 4. Resultados típicos para areias 4. Resultados para argilas σσσσ' ττττ NA PA σσσσPA' φφφφ ' c' 5. Conclusões � Análise crítica na especificação e avaliação de ensaios! � Hipóteses de projeto usuais: � Solo é contínuo, homogêneo e isotrópico. � Como o solo encontra-se na maioria dos problemas geotécnicos? Descontínuo, heterogêneo e com anisotropia de resistências. 5. Conclusões 5. Conclusões • Heterogeneidade Encontrada argila de baixa resistência no ensaio SPT Nova bateria de ensaios: Adensamento e triaxial CU Obrigada! Até a próxima aula...