Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

VOLEIBOL 
PROFESSORES
Me. Nayara Malheiros Caruzzo
Me. Suelen Vicente Vieira
Esp. Robson Florentino Xavier
Quando identificar o ícone QR-CODE, utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience para ter acesso aos conteúdos online. 
O download do aplicativo está disponível nas plataformas:
Acesse o seu livro também disponível na versão digital.
Google Play App Store
VOLEIBOL 
2 
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de Administração 
Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, Presidente 
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho, Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha, 
Direção de Operações Chrystiano Mincoff, Direção de Mercado Hilton Pereira, Direção de Polos 
Próprios James Prestes, Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida, Direção de Relacionamento 
Alessandra Baron, Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli, Gerência 
de Produção de Contéudo Gabriel Araújo, Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila 
de Almeida Toledo, Supervisão de projetos especiais Daniel F. Hey, Coordenador(a) de Contéudo 
Mara Cecilia Rafael Lopes, Projeto Gráfico José Jhonny Coelho, Editoração Humberto Garcia da 
Silva, Designer Educacional Ana Claudia Salvadego, Qualidade Textual Hellyery Agda, Revisão 
Textual Alessandra Sardeto, Cintia Prezoto Ferreira, Ilustração Bruno Pardinho, Fotos Shutterstock.
N964 Núcleo de Educação a Distância. CARUZZO, Nayara Malheiros; XAVIER, 
Robson Florentino; VIEIRA, Suelen Vicente.
 Voleibol. Nayara Malheiros Caruzzo; Robson Florentino Xavier; Suelen 
Vicente Vieira. Florianópolis, SC: Arqué, 2024.
 182 p.
 1. Voleibol. 2. Fundamentos Técnicos. 3. EaD. I. Título.
CDD - 701.1 
NEAD 
Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 
Jd. Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Impresso por: 
Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.
Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
02510577
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/17299
4 
autores
Professora Mestre
Nayara Malheiros Caruzzo
Possui mestrado em Atividade Física e Saúde pela Universidade Estadual de Maringá-PR, especia-
lista em Treinamento Desportivo pelo Centro Universitário de Maringá (2011-2012) e Graduação 
(Bacharel) em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá (2007-2010). Atualmente 
é membro do Grupo de Pesquisa Pró-esporte, docente do Departamento de Educação Física da 
Fundação Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Mandaguari (FAFIMAN) e docente no curso 
de Educação Física da Faculdade Ingá.Tem experiência na área de Esporte e Desempenho humano, 
atuando principalmente nos temas de desenvolvimento e aprendizagem motora, Psicologia aplicada 
ao esporte, iniciação esportiva e treinamento de vôlei de praia.
Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas e publicações, acesse 
seu currículo, disponível no endereço a seguir.
.
Professora Mestre
Suelen Vicente Vieira
É mestre em Práticas Sociais em Educação Física pelo Programa de Pós-graduação Associado em 
Educação Física UEM/UEL (2017), especialista em Metodologia do Ensino da Educação Física pela 
Faculdade EFICAZ (2016). Possui graduação em Educação Física - Licenciatura (2013) e Bacharela-
do (2014) pela Universidade Estadual de Maringá. Atualmente é integrante do Grupo de Estudos 
e Pesquisa em Motricidade Humana da Universidade Estadual de Londrina, professora da rede 
municipal de ensino de Maringá e professora mediadora do curso de Licenciatura em Educação 
Física (EAD- Unicesumar). Possui experiência na área de formação de professores, treinamento de 
voleibol e educação física escolar. 
Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas e publicações, acesse 
seu currículo, disponível no endereço a seguir.
.
Professor Especialista
Robson Florentino Xavier
Especialista em Psicologia do Esporte pelo Instituto Wanderley Luxemburgo (2006), graduado em 
Educação Física Licenciatura Plena (2001-2004) pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), 
foi Técnico da Seleção Paranaense de Vôlei de Praia 2005 a 2016, Técnico da Seleção Brasileira 
Universitária 2014. Atualmente é Técnico da Seleção Brasileira de Vôlei de Praia Sub 21 (2017) e 
Coordenador das equipes dos Jogos Olímpicos da Juventude (COB), em 2017.
apresentação
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL
Mestra Nayara Malheiros Caruzzo
Mestra Suelen Vicente Vieira
Especialista Robson Florentino Xavier
Olá, caro(a) aluno(a)! Nas últimas décadas, ficou evidente o desenvolvimento das 
seleções masculina e feminina de voleibol, por meio dos títulos que elas trouxeram 
para o Brasil e que foram instrumentos que popularizaram a modalidade. As con-
quistas das nossas seleções aumentaram, de forma significativa, a exposição dessa 
atividade esportiva na mídia e ajudou a massificação da modalidade, bem como 
no surgimento de ídolos, novas rivalidades e interesse comercial, proporcionando, 
ao voleibol, espaço nos meios de comunicação. 
À luz dos grandes ídolos, o voleibol passou a ser disputado em diferentes con-
textos, como no âmbito do lazer, da saúde e da competição, também passou a ser o 
esporte motivo de orgulho e conquistas de suas seleções. Esses fatos contribuíram 
para a consolidação do voleibol como o segundo esporte na preferência nacional. 
Nesse processo de popularização, a Confederação Brasileira de Voleibol, em con-
junto com as Federações, foi determinante na difusão de algumas especificidades, 
que apaixonam a todos que gostam do esporte. 
Com todos os fatos citados e o momento incrível que o voleibol obteve na úl-
tima década, seu ensino na escola passou a ser tratado com mais responsabilidade 
e tem recebido maior atenção. Vale a ressalva que essa modalidade tem grande 
capacidade de aglutinação e características peculiares, e por isso, precisa que seja 
ensinado com métodos claros e objetivos para que alcance o pleno desenvolvimento 
da criança no período de ensino. 
A partir de agora, você vai imergir em um livro que instrui de modo simples 
e prático como ensinar o voleibol. Enquanto professores, vocês são desafiados a 
transmitir os conhecimentos adquiridos de forma a contemplar todos os alunos. 
Hoje, acreditamos que o voleibol tornou-se indispensável na Educação Física e 
sua prática proporciona às crianças melhora na qualidade de vida e oportunidade 
de adquirir destrezas motoras que podem ser meios de interação social e afetiva 
entre os praticantes.
sumário
UNIDADE I
ASPECTOS PEDAGÓGICOS
12 Por que Estudar Voleibol?
16 Qual é a Idade Ideal para Aprender o Voleibol?
22 Como ensinar voleibol?
32 Ordenamento de Ensino dos Fundamentos
34 Fases Pedagógicas: o Processo Progressivo- 
-Associativo
UNIDADE II
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO VOLEIBOL
48 Histórico do Voleibol
52 Principais Regras do Voleibol
58 Capacidades motoras utilizadas no voleibol
62 Contribuições do Voleibol para o Desenvolvi-
mento da Infância e Adolescência
UNIDADE III
FUNDAMENTOS TÉCNICOS BÁSICOS DO VOLEIBOL
76 Posição de expectativa e movimentação básica
84 Toque de bola por cima
94 Manchete
100 Saque por baixo
106 Cortada
UNIDADE IV
FUNDAMENTOS TÉCNICOS AVANÇADOS
124 Saque tipo tênis
130 Bloqueio
136 Defesa em pé
140 Rolamento
144 Mergulho
UNIDADE V
APRENDIZAGEM DO VOLEIBOL
160 Minivoleibol
168 Sistema de Jogo 6x0
182 Conclusão Geral
Professora Me. Nayara Malheiros Caruzzo
Professor Esp. Robson Florentino Xavier
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Por que estudar voleibol?
• Qual é a idade ideal para aprender o voleibol?
• Como ensinar voleibol?
• Ordenamento de ensino dos fundamentos
• Fases pedagógicas: o Processo Progressivo-associativono 
processo de ensino.
 37
considerações finais
O 
conceito de esporte, no Brasil, está pautado na evolução do fenômeno 
sócio-cultural esportivo, instaurado em nossa sociedade. Isso porque, 
o esporte é tido como direito de todos. Desse modo, as formas de 
manifestação desse direito norteiam a prática desse esporte como o 
Esporte-educação; Esporte-lazer, no qual consideramos, também, os aspectos de 
saúde; e o Esporte-desempenho.
Vimos, nesta unidade, que o esporte-desempenho não representa a totalidade 
do esporte, ainda que, por vezes, seja visto como o todo e não como uma das ver-
tentes que representa. É importante que o professor de Educação Física conheça 
o esporte em sua forma totalitária, para que possa utilizá-lo como ferramenta de 
trabalho na realidade em que estiver inserido.
Estudamos a melhor idade para aprendizagem do voleibol, considerando os 
aspectos físicos e maturacionais da criança, fatores que a distinguem biologica-
mente de adultos. Logo, a indicação do status maturacional da criança vai nos 
ajudar a guiar melhor nossas aulas, conforme a faixa etária, e atender às suas 
necessidades.
Nesse sentido, para que ocorra de fato a aprendizagem da modalidade a qual 
estamos ensinando, faz-se necessário adotar alguns procedimentos metodológi-
cos, de acordo com as especificidades desta. O voleibol, em especial, tem algu-
mas características que o diferem das outras modalidades pois é uma modalidade 
modalidade com rede e não permitir a retenção da bola. Tais elementos são de 
suma importância para a construção da aprendizagem do entendimento do jogo 
e dos fundamentos técnicos.
Do mesmo modo, tão importante quanto às cinco etapas que foram suge-
ridas para o ensino da modalidade, é a ordem em que serão apresentados esses 
fundamentos às crianças. Devemos manter a progressividade deles, do simples 
para o complexo, para que a aprendizagem dessa modalidade ocorra de forma 
natural à criança e que ela possa utilizar os fundamentos, conforme aprenda, 
para jogar voleibol!
38 
LEITURA
COMPLEMENTAR
Importância do Esporte
A importância do esporte na sociedade pode ser de-
monstrada de diversas formas, como, por exemplo, a 
preocupação dos governos em tornar o esporte obriga-
tório onde quer que a sua ação se faça sentir, principal-
mente no ensino, desde a primeira infância até os cursos 
universitários; a dedicação, por parte da imprensa diária, 
em todo o mundo, de grande parte de seu tempo e es-
paço ao noticiário esportivo; a acirrada disputa entre os 
países para sediar eventos esportivos de alcance interna-
cional; e o esforço de muitos países em disseminar novas 
modalidades esportivas.
Alguns aspectos que ressaltam a importância do esporte 
são que ele permite a aproximação e confraternização 
dos povos, como é o caso dos Jogos Olímpicos; possibilita 
a divulgação de uma melhor imagem externa dos países, 
já que os eventos mais importantes são vistos por mi-
lhões de pessoas em todo o mundo (não se pode ques-
tionar a contribuição do futebol brasileiro para a criação 
de uma marca Brasil); pode ser utilizado como elemento 
de motivação da educação tradicional e possibilita maior 
interação das pessoas com o meio ambiente.
No âmbito social, o esporte tem função pedagógica no 
processo de formação do indivíduo, ressaltando a dis-
ciplina, o respeito à hierarquia e às “regras do jogo”, a 
solidariedade, o espírito de equipe e outros fatores do 
desenvolvimento humano. Pode ser utilizado como ins-
trumento de resgate social (a Itália, por exemplo, organi-
zou um programa para recuperar dependentes químicos 
por meio do esporte) e, também, vem sendo considera-
do um antídoto à violência (em Nova Iorque, as ligas da 
meia-noite contribuíram para a diminuição do índice de 
criminalidade).
No âmbito econômico, o esporte envolve muitos recur-
sos financeiros; movimenta uma grande indústria diver-
sificada e especializada na produção de equipamentos 
esportivos, uniformes, equipamentos protetores, calça-
dos, entre outros.
Constitui meio de vida para milhares de pessoas em todo 
o mundo, pois é uma atividade de grande geração de em-
pregos que envolve desde médicos, professores, técni-
cos, dirigentes, fisiologistas, nutricionistas, dirigentes até 
pessoal de apoio que trabalha em rouparia, lavanderia e 
comércio de artigos esportivos, entre outros. Além disso, 
estimula o setor de construção, aumenta o fluxo turístico 
e propicia o surgimento de novos produtos e serviços.
A atividade por si mesma pode apresentar retorno eco-
nômico, deixando de ser considerada despesa e passan-
do a ser considerada investimento. No mundo, diversas 
empresas do mercado financeiro estão comprando a 
propriedade de times profissionais.
O interesse das TVs pela transmissão de eventos esporti-
vos e o surgimento da televisão com programação paga 
em particular têm dado uma dimensão ainda maior ao 
esporte, contribuindo para o aparecimento e crescimen-
to de novas modalidades esportivas e o surgimento de 
novos formatos para esportes já tradicionais.
Fonte: adaptada de Santos (1997).
 39
atividades de estudo
1. Em relação às dimensões do esporte, especi-
ficamente da modalidade voleibol, assinale 
apenas a alternativa correta.
a. O esporte relacionado à educação busca 
qualidade de vida e fins terapêuticos com 
perspectiva preventiva e de reabilitação. Visa, 
assim, as diversas possibilidades físicas, mo-
toras e orgânicas dos indivíduos, com signifi-
cado relevante à promoção da saúde e qua-
lidade de vida.
b. No esporte voltado à saúde e lazer, evita-se 
a seletividade, a hipercompetitividade e tem 
a finalidade de alcançar o desenvolvimento 
integral do indivíduo, com formação para ci-
dadania.
c. O esporte de rendimento pode ser caracte-
rizado como profissional e não profissional. 
O primeiro tem como principal caracterís-
tica a remuneração ou formas contratuais 
pertinentes.
d. Quando sob aspecto do lazer e da saúde, o 
esporte atinge sua expressão máxima da ativi-
dade física e há busca pela excelência da exe-
cução técnica e constante superação da per-
formance pelos profissionais aqui inseridos.
e. Todas as alternativas estão incorretas.
2. Considerando a metodologia do ensino do 
voleibol, sugerida por Bojikian, J. e Bojikian, L. 
(2012), leia as assertivas a seguir e assinale a 
alternativa correta.
I. Em média, as meninas deveriam entrar em 
contato com o ensino dos fundamentos do 
voleibol no período entre 11 e 13 anos e os 
meninos dos 12 aos 14 anos.
II. Sugere-se que as técnicas sejam apresenta-
das por classes (A, B e C), em que A significa as 
condições de execuções simples; B resulta nas 
condições variáveis, porém previsíveis e ante-
cipáveis; e C as quais são situações reais de 
jogo, com condições variáveis e imprevisíveis.
III. Na fase de aplicação, apenas a habilidade que 
foi aprendida é que deve ser inserida no jogo, 
isolando as aprendidas anteriormente.
IV. Recomenda-se que o ensino do voleibol seja 
realizado utilizando a metodologia de práti-
ca por adição. Exemplo: na aprendizagem de 
um movimento que pudesse ser dividido em 
quatro partes; A, B, C e D. Seria representada 
como: A, A+B, A+B+C, A+B+C+D.
V. O tipo normolíneo é o biótipo mais adequado 
ao voleibol e sua avaliação pode ser realizada 
por meio da medida da envergadura que, em 
indivíduos normolíneos, se aproxima do valor 
da estatura.
a. Apenas I e II estão corretas.
b. Apenas II e IV estão corretas.
c. Apenas I está correta.
d. Apenas I, II e IV estão corretas.
e. Nenhuma das alternativas está correta.
40 
atividades de estudo
3. Sobre o processo metodológico de ensino dos 
fundamentos do voleibol, relacione as seguin-
tes colunas.
(a) Apresentação 
da habilidade
( ) Uma vez retido, o movimen-
to passa a ser natural para o 
indivíduo.
(b) Sequência 
pedagógica
( ) Deve-se estimular o aprendiz 
a tentar realizar a atividade mo-
tora sem a bola, para vivenciar a 
sinergia do movimento global.
(c) Exercícios 
educativose 
formativos
( ) Quando grande parte do gru-
po atingiu o movimento deseja-
do, avançam no processo.
(d) Automatização
( ) Objetiva resolver imperfeições 
causadas por equívocos motores 
e técnicos.
(e) Aplicação
( ) Transição não pode ser 
brusca: imobilidade a situações 
complexas.
a. A, D, B, C, E.
b. B, D, E, A, C.
c. D, A, B, C, E.
d. D, A, C, B, E.
e. A, C, D, E, B.
4. O processo metodológico para o ensino dos 
fundamentos do voleibol é composto por cinco 
etapas. Quais são elas? Explique suas respec-
tivas características.
5. Sobre a última fase de aprendizagem, a Aplica-
ção do fundamento à mecânica do jogo, assi-
nale a alternativa incorreta.
a. Exercícios em forma de jogo aprensentam si-
tuações reais de jogo, porém com nível fácil de 
realização e atividades de baixa organização.
b. O jogo adaptado consiste em exercícios com 
dinâmica de jogo, porém em uma dinâmica ar-
tificial criada pelo professor.
c. O jogo de iniciação ainda não permite que a 
criança jogue com a aplicação das regras bá-
sicas.
d. Nos exercícios em forma de jogo sugere-se a 
composição de pequenos grupos para facilitar 
e garantir a participação de todos nas ações.
e. No jogo adaptado prioriza-se a repetição das 
ações de jogo.
 41
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Iniciação Esportiva Universal: da aprendizagem mo-
tora ao treinamento técnico.
Pablo Juan Greco e Rodolfo Novellino Benda 
Editora: Editora UFMG
Ano: 1998
Sinopse: a resistência à prática de esportes verificada entre 
crianças e jovens decorre, em boa parte, da maneira como a iniciação esportiva vem sendo 
desenvolvida nas escolas, clubes e, mesmo, escolinhas de esportes.
Este livro apresenta uma filosofia de atuação adequada à melhor compreensão da atividade 
física, da Educação Física e da iniciação esportiva, a partir de pesquisas nas áreas da coordena-
ção e da aprendizagem motora, dos treinamentos técnico e tático.
Duelo de Titãs
Ano: 2000
Sinopse: as vitórias da equipe do técnico Herman Boone (Den-
zel Washington) foram importantes; mas, a mais marcante foi a 
superação do racismo, dos preconceitos e do ódio racial. Pode 
ser utilizado como material para redação, história, geografia, so-
ciologia e ética, pois desperta para as dimensões em que o esporte pode abranger.
Comentário: vimos, no Capítulo 1. sobre as dimensões do esporte, especificamente do vo-
leibol. Esse filme vai mostrar os contextos que o esporte está inserido e como ele pode ser 
influente em diversos assuntos sociais.
Ao falarmos das dimensões do esporte apresentadas no Tópico I desta unidade, falamos 
sobre o esporte no âmbito do lazer. Vimos que as regras podem ser adaptadas, quando 
olhamos para o voleibol sob este aspecto, mas como podemos adaptar? Neste vídeo, temos 
um exemplo do voleibol indicado para a iniciação esportiva, voltada ao lazer. Aproveitem e, 
a partir dele, tenham novas ideias! Acesse o site disponível em: .
42 
referências
BOJIKIAN, J. C.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando Volei-
bol. 5. ed. São Paulo: Phorte Editora, 2012.
GALLAHUE, D. L. OZMUN, J. C. GOODWAY, J. D. 
Compreendendo o Desenvolvimento Motor. 3. ed. 
São Paulo: Phorte editora, 2013.
GAYA, A. A reinvenção dos corpos: por uma peda-
gogia da complexidade. Sociologias. Porto Alegre, 
ano 8, n. 15, p. 250-272, jan/jun, 2006.
GRECO, P. J.; BENDA, R. N. Iniciação esportiva 
universal: da aprendizagem motora ou treinamento 
técnico. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.
HAYWOOD, K. M; GETCHELL, N. Desenvolvi-
mento Motor ao longo da vida. 3 ed. São Paulo: 
Artmed, 2010.
MAGILL, A. R. Aprendizagem e controle motor. 
Conceitos e aplicações. 8. ed. São Paulo: Phorte.
______. Aprendizagem motora: Conceitos e aplica-
ções. São Paulo: Edgard Blücher, 2000.
MANOEL, E. J.; CONNOLLY, K. J. Variability and 
the development of skilled actions. International 
Journal of Psychophysiology, v. 19, p. 129-47, 1995.
MARINHO, N. F. S. et al. Desenvolvimento humano: 
uma breve visão voltada para a educação física. In: 
Iniciação Esportiva. Rio de Janeiro: MedBook Edi-
tora Científica, 2012. p. 19-42.
MEZZADRI, F. M.; FIGUEIRÔA, K. M.; SILVA, M. 
M. Os jogos olímpicos, paraolímpicos de 2016 e os 
legados de esporte de lazer. In: MARINHO, A.; NAS-
CIMENTO, J. V.; OLIVEIRA, A. A. B. Legados do 
esporte brasileiro. Florianópolis: UDESC, 2014.
PÚBLIO, N. S.; TANI, G. Aprendizagem de habilida-
des motoras seriadas da ginástica olímpica. Revista 
Paulista de Educação Física, São Paulo, v. 7, p. 58-68, 
1993.
SANTOS, A. M. M. M. et al. Esportes no Brasil: situ-
ação atual e propostas para desenvolvimento, 1997.
SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. Aprendizagem e 
performance motora: uma abordagem da aprendi-
zagem baseada no problema. Porto Alegre: Artmed, 
2010.
SILVA, A. S. Treinamento físico para crianças e ado-
lescentes. In: SILVA, F. M.; ARAÚJO, R. F.; SOARES, 
Y. M (orgs.). Iniciação Esportiva. Rio de Janeiro: 
MedBook Editora Científica, 2012. p. 1-18.
WHEELOCK, D.; HARTMANN, D. Midnight 
basketball and the 1994 crime bill debates: The ope-
ration of a racial code. The Sociological Quartely. v. 
48, p. 315-342, 2007.
Referências On-line
¹ Em: . Acesso em: 
23 maio 2017. 
² Em: . Acesso em: 23 maio 
2017.
 43
gabarito
1. C.
2. D.
3. C.
4. 
• Apresentação da habilidade: tem a finalidade de dar ciência da importân-
cia do movimento;
• sequência pedagógica: realizado com um número mínimo de repetições;
• exercícios educativos e formativos: não deve ocorrer a automatização até 
esse momento. Existência de engramas fracos que podem ser corrigidos 
nessa fase.
• automatização: processo de fixação que exige repetições.
• aplicação: recomenda-se começar com habilidades fechadas para progre-
dir para as abertas, aumentando a variabilidade dos exercícios propostos.
5. C.
Professora Me. Nayara Malheiros Caruzzo
Professora Me. Suelen Vicente Vieira
Professor Esp. Robson Florentino Xavier
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Histórico do voleibol
• Principais regras do voleibol
• Capacidades motoras utilizadas no voleibol
• O desenvolvimento físico na infância e na adolescência
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer o histórico do voleibol.
• Conhecer as principais regras da modalidade.
• Estudar as capacidades motoras utilizadas no jogo do 
voleibol.
• Estudar o desenvolvimento na infância e na adolescência.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO 
VOLEIBOL
II
unidade
INTRODUÇÃO
Olá aluno(a), seja bem-vindo à segunda unidade do nosso livro! Na 
unidade, anterior percebemos que esse esporte é utilizado em diversos 
âmbitos e com diferentes intencionalidades; além disso, conhecemos os 
aspectos pedagógicos da modalidade.
Nesta unidade, veremos algumas caracterizações do Voleibol. Para 
melhor entendimento da modalidade na perspectiva atual, faremos um 
breve histórico sobre o voleibol e a inserção de suas práticas no Brasil.
Dentre as diferentes práticas corporais presentes na Educação Física, 
cada uma possui características específicas que foram construídas por 
meio de seu desenvolvimento histórico. Com o Voleibol não é diferente. 
Perceba você, aluno(a), como já foi estudado em disciplinas anteriores, 
que o conhecimento histórico oferece subsídios para que possamos com-
preender a atualidade.
Elencaremos, também, algumas das principais regras que norteiam o 
Voleibol. É importante destacar que as regras do voleibol, diferentemen-
te de outras práticas esportivas presentes na Educação Física, orientam, 
além das ações táticas do jogo, também as ações técnicas, e consequente-
mente, as funções de cada jogador em quadra.
Por fim, estudaremos as principais capacidades motoras que a moda-
lidade exige para que, então, você, como futuro professor(a) de Educação 
Física, saiba como trabalhá-las na infância e adolescência, respeitando o 
período de crescimento e as diferenças que os seus futuros alunos apre-
sentarão.
Caberáa você, o olhar sensível para os diferentes estágios de cresci-
mento e desenvolvimento nos diversos aspectos de seus alunos. Vale des-
tacar que não estamos em busca de um atleta profissional de Voleibol e 
sim de auxiliar na promoção de um desenvolvimento integral dos nossos 
alunos por meio dessa modalidade.
Aproveite o conteúdo desta unidade e faça uma boa leitura!
VOLEIBOL 
48 
A
o pesquisarmos sobre a história e surgi-
mento do voleibol, encontramos diversas 
leituras e interpretações sobre o assunto. 
Por isso, vamos nos basear na história 
contada por Bizzocchi (2004), que nos traz detalhes 
sobre a criação e evolução da modalidade.
O voleibol é uma adaptação americana do jogo 
italiano conhecido como faustball (faust em alemão 
significa punho), que era jogado por equipes de duas 
a nove pessoas, que devolviam a bola sobre uma 
rede, utilizando os punhos e poderiam deixar a bola 
Histórico do 
Voleibol 
quicar no chão duas vezes antes de rebatê-la. Apesar 
disso, o voleibol foi criado com características pró-
prias, diferente de seus predecessores.
Basicamente, quando falamos em surgimento 
de algum esporte, devemos analisar a história da so-
ciedade naquele determinado momento, visto que 
novas criações vêm para aclarar carências da socie-
dade da época. Desse modo, sabe-se que os norte-
-americanos, no final do século XIX, dedicavam-se 
a esportes específicos, de acordo com as estações 
do ano. Na primavera, o esporte praticado era o 
 49
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
beisebol; no outono, era vez do futebol americano 
e quando chegava o inverno e as nevascas, que não 
permitiam esportes ao ar livre, as pessoas se reu-
niam nos ginásios, onde havia prática da ginástica, 
que dominavam os programas de Educação Física 
da época (BIZZOCCHI, 2004).
Nesse momento, em 1891, foi requerido ao 
professor James Naismith, da Associação Cristã de 
Moços (ACM), de Springfield, Massachusetts, que 
criasse algum esporte que pudesse ser jogado den-
tro do ginásio, por causa do rigoroso inverno, e que 
fosse menos agressivo que o futebol. Assim, surgiu o 
basquetebol, esporte que foi aceito de imediato e em 
pouco tempo popularizou-se em todas as ACMs dos 
Estados Unidos (BIZZOCCHI, 2004).
Naismith foi apresentado a um aluno que de-
fendia a escola no momento, em um jogo de futebol 
americano, do qual era assistente técnico, e logo se 
tornaram grandes amigos. Este aluno era William 
George Morgan, que nasceu em 23 de janeiro de 
1870, na cidade de Lockport, Nova Iorque, e que saiu 
de casa aos 14 anos e foi para Escola Preparatória de 
Mount Hermon, onde conheceu Mary King, que vi-
ria a ser, anos depois, sua esposa (BIZZOCHI, 2004).
Morgan foi incentivado por Naismith a ingres-
sar na Escola para Trabalhadores Cristãos da ACM 
de Springfield (atualmente, Springfield College), em 
1894, mesmo ano em que Morgan foi transferido 
para a cidade de Auburn, Maine. Um ano mais tar-
de, ele foi transferido para Holyoke, Massachusetts 
e assumiu o cargo de diretor do Departamento de 
Atividades Físicas da ACM local. Foi lhe solicitado, 
pelo pastor Lawrence Rinder, que desenvolvesse um 
jogo menos vigoroso que o basquetebol (visto que 
os alunos mais velhos não se adaptaram à modalida-
de em razão dos choques e lesões que ocasionava) e 
mais recreativo que a calistenia - ginástica promovi-
da para beleza e vigor físico, praticada pelos associa-
dos de meia-idade na época (BIZZOCCHI, 2004).
Morgan aceitou o desafio e começou a idealizar 
o projeto de um novo jogo, sem imaginar que estava 
prestes a criar um esporte que viria a ser olímpico e 
praticado em países espalhados por todos os con-
tinentes. Para isso, baseou-se no basquetebol e no 
tênis, esportes populares nos Estados Unidos.
Assim, no inverno de 1895, Morgan apresentou 
um jogo de rebater, batizado de minonette. A rede 
que era utilizada no tênis foi elevada a 1,98 (do chão 
até o bordo superior), utilizou-se como bola, a câ-
mara da bola de basquetebol e, inicialmente, foram 
elaboradas 10 regras básicas. Apresentado aos alu-
nos da ACM de Holyoke, o minonette - como o es-
porte foi chamado inicialmente - foi bem aceito e 
recebeu algumas sugestões de mudanças após suas 
primeiras exibições. Os alunos solicitaram que hou-
vesse substituição da bola, pois a utilizada, por ser 
muito leve, deixava o jogo lento. Desse modo, tes-
tou-se a bola de basquete, porém foi considerada 
pesada. Isso levou Morgan a pedir à empresa A. G. 
Spalding e Brothers, a fabricação de uma bola espe-
cial, com peso intermediário, que variava de 255 a 
340g, e que ficou muito parecida com a bola que te-
mos atualmente (BIZZOCCHI, 2004).
Em 1896, Morgan foi convidado pelo diretor 
Dr. Luther H. Gullickda da Escola para Trabalhado-
res Cristãos da ACM, de Springfield, para mostrar 
o novo jogo, em uma Conferência de diretores dos 
Departamentos de Atividades Físicas das ACMs da 
região. Morgan, junto aos 10 voluntários, divididos 
em dois times de cinco pessoas, apresentaram-se e 
causaram impacto, despertando discussões entusias-
madas. Nessa ocasião, Gullick sugeriu que alteras-
sem o nome do jogo, em que foi aceita a ideia de um 
docente da escola, A. T. Halstead. O professor pro-
VOLEIBOL 
50 
pôs o nome volleyball, já que a bola ficava em cons-
tante voleio (volley, em inglês) sobre a rede. A ACM, 
rapidamente adotou o voleibol em todas as unidades 
dos EUA e Canadá, o que contribuiu para a difusão 
do esporte (BOJIKIAN, J.; BOJIKIAN, L., 2012). 
Em 1897, foram publicadas as primeiras regras, 
porém só em 1918 é que se fixou o número de seis 
participantes, assim como é atualmente. Em 1922, 
limitou-se a quantidade de toques por equipe, em 
no máximo três, visto que, até então, ambos eram 
livres. Em abril de 1922, foi realizado, no Brooklyn, 
Nova Iorque, o Primeiro Campeonato Nacional de 
Voleibol entre as ACMs, reunindo 27 núcleos de 11 
estados norte-americanos. Em 1928, fundou-se uma 
filiação com 22 associações, que promoveu torneios 
e a Associação de Voleibol dos Estados Unidos (US-
VBA), presidida por George Fischer, que se manteve 
no cargo por 24 anos. 
O voleibol chegou na América do Sul em 1910, 
e o Peru foi o país pioneiro na prática. No Brasil, 
há duas prováveis datas de início do esporte, sendo 
a primeira delas em Pernambuco, em 1915, no Co-
légio Marista de Recife. Outros estudiosos afirmam 
que foi na ACM de São Paulo, em 1916. De qualquer 
forma, o primeiro campeonato nacional foi dispu-
tado somente em 1944 (BIZZOCCHI, 2004; BOJI-
KIAN, J.; BOJIKIAN, L. 2012). 
Em 27 de dezembro de 1942, aos 72 anos, o cria-
dor do voleibol, William George Morgan, faleceu em 
sua cidade natal. Porém, conseguiu ver sua modali-
dade se expandir pelo mundo, tomando forma com 
regras cada vez mais consolidadas. A National Re-
creation Associations (NRA), em 1946, considerou 
o voleibol o quinto esporte mais praticado nos Es-
tados Unidos, em uma publicação Recreation, com 
mais de 5 milhões de participantes, com aproxima-
damente 1.210 cidades associadas à NRA. Ainda, foi 
apontado como o segundo esporte mais praticado 
pelas tropas norte-americanas, ficando atrás apenas 
do softball (BIZZOCCHI, 2004).
Devido à prática do voleibol pelos soldados nor-
te-americanos, o mundo enxergou a modalidade 
como um esporte vigoroso e dinâmico, conveniente 
também para os homens fortes. Isso porque, até a 
Segunda Guerra Mundial (1945), o voleibol era visto 
como esporte recreativo, praticado por mulheres e 
pessoas de meia-idade. Assim, foi criada, em Paris, a 
Federação Internacional de Voleibol (FIVB), em 20 
de abril de 1947. 
O Brasil foi um dos 14 países a participar do 
congresso de fundação junto com França, Itália, 
Checoslováquia, Estados Unidos, Bélgica, Egito, 
Hungria, Iugoslávia, Holanda, Portugal, Romênia, 
Uruguai, Líbano e Polônia. Dois anos mais tarde, a 
FIVB promoveu o I Campeonato Mundial, em Pra-
ga, vencida, nesta edição, pelos soviéticos (FIVB).
Em 1954, houve a criação da Confederação Bra-
sileira de Voleibol (CBV), momento emque a orga-
nização da modalidade deixou de ser realizada pela 
Confederação Brasileira de Desportos. Em 1955, o 
voleibol estreou nos Jogos Pan-Americanos que teve 
sua edição no México e todos seus ingressos esgota-
dos, antes mesmo do início dos jogos.
Na década de 60, o voleibol foi apontado como 
o esporte mais popular em 25 países, dentre os 100 
filiados à FIVB, sendo o terceiro esporte coletivo 
mais praticado no mundo, chegando a ter mais de 
60 milhões de praticantes. Em 1962, o Congresso 
Olímpico Internacional realizado em Sofia, Bulgá-
ria, aceitou o voleibol como esporte olímpico, após 
ter feito uma demonstração prática. Desse modo, 
em Tóquio (1964), o voleibol estreou em Olimpí-
adas com 10 equipes masculinas e seis femininas 
(BIZZOCCHI, 2004).
 51
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Os Jogos Olímpicos de Munique (1972) apresen-
taram um voleibol que começava a evoluir taticamen-
te, em que as equipes adotaram um padrão defensivo 
e levantamentos com maior alternância de ritmo (bo-
las mais baixas e mais rápidas). O destaque foi para 
a equipe japonesa masculina, que nesta edição revo-
lucionou a forma de jogo. Em 1980, em Moscou, a 
União Soviética assumiu o lugar mais alto do pódio, 
com a fusão entre o modo de jogar dos japoneses, 
aliado à sua superioridade na estatura dos jogadores.
Em 1984, o mexicano Rubén Acosta assumiu a 
presidência da FIVB. Com ideias inovadoras, apro-
veitou o bom momento do voleibol e sua popula-
ridade para conseguir poderosas parcerias com as 
redes de televisão, vendeu eventos internacionais e 
buscou patrocínios fortes, que distribuíram prêmios 
milionários. Em suma, transformou o voleibol em 
um forte espaço para o marketing esportivo (BIZ-
ZOCCHI, 2004).
Desse modo, em 1990, a Liga Mundial foi dis-
putada pela primeira vez e distribuiu 1 milhão de 
dólares em prêmios. Já em 2002, 15 milhões de dó-
lares foram disputados por 16 seleções masculinas, 
atestando o voleibol como exemplo administrativo 
e empresarial. Perceba você que todo o desenvolvi-
mento histórico do Voleibol contribuiu para tornar-
-se a potência vista hoje. A TV é o veículo de maior 
importância para os patrocinadores do esporte, pois 
suas aparições são extremamente valiosas. O vôlei 
de praia tem acompanhado o vôlei de quadra como 
exemplo de investimento em marketing. 
VOLEIBOL NO BRASIL
A partir da metade de 1970, a CBV, com a cola-
boração de algumas federações, passou a investir 
na formação de técnicos e atletas brasileiros por 
meio de cursos que eram ministrados por técnicos 
estrangeiros. Nesse momento, vários campeonatos 
internacionais foram sediados no Brasil, fazendo 
com que grandes clubes e seleções viessem aqui 
competir. O intercâmbio contribuiu para o aumen-
to do nível do nosso voleibol, o que despertou inte-
resse do público e, consequentemente, da televisão. 
A presença da televisão trouxe empresas patroci-
nadoras, que possibilitaram a profissionalização do 
voleibol, permitindo que técnicos e atletas se dedi-
cassem exclusivamente ao esporte (BOJIKIAN, J.; 
BOJIKIAN, L., 2012).
O constante estudo, especialização e dedica-
ção dos técnicos favorecia o aumento da qualida-
de do trabalho oferecido. Enquanto isso, o mesmo 
acontecia fora das quadras, quanto à organização e 
infraestrutura. Hoje, as equipes são compostas por 
profissionais de várias áreas, compondo comissões 
técnicas multiprofissionais, que trabalham em har-
monia e com base científica, buscando a excelência 
da performance (BOJIKIAN, J.; BOJIKIAN, L., 2012).
O Brasil é um dos poucos países a possuir des-
taque no cenário mundial com as equipes do fe-
minino e do masculino. Além disso, a força inter-
nacional do voleibol brasileiro é notada, também, 
nas equipes de base, bem como no voleibol de praia 
adulto e juvenil.
O fato do nosso voleibol ser o mais respeitado no 
mundo deve-se ao empenho e à capacitação de pro-
fessores, técnicos, atletas e dirigentes. E, para isso, a 
CBV contribui para o processo de formação qualifi-
cada dos técnicos, que oferece cursos de atualização 
profissional e organiza-os por níveis (existem, atual-
mente, cinco níveis no voleibol de quadra e dois no 
voleibol de praia). Assim, preserva-se a qualidade e 
a seriedade nas atuações que transformam o voleibol 
do Brasil na potência que é hoje.
VOLEIBOL 
52 
N
este tópico serão apresentados as prin-
cipais regras e características da moda-
lidade. Além de direcionar um jogo de 
voleibol, as regras orientam ações téc-
nicas, táticas e também norteiam as funções dos 
jogadores na quadra. Os fundamentos do Voleibol 
possuem algumas orientações presentes nas regras. 
O objetivo não é que você, aluno(a), memorize as 
regras da modalidade, mas que compreenda a totali-
dade que compõe um jogo de Voleibol. 
Principais Regras Voleibol
REGRAS DO VOLEIBOL
Neste subtópico não vamos fazer uma descrição 
detalhada de todas as regras de voleibol, mas sim, 
explanar sobre as características do voleibol, bem 
como as principais regras e funções dos envolvidos: 
professores e alunos.
Uma partida de voleibol pode ser disputada em 
quadras abertas e fechadas. O jogo é disputado por 
duas equipes, compostas por seis jogadores cada. 
 53
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
ZONA DEATAQUE
LINHA DE MEIO
DE QUADRA
ANTENA
REDE
FAIXA
LATERAL
LINHA DA ZONA
DE ATAQUE (3m)
ZONA DE
SAQUE (9m)
LINHA
FUNDO
LINHA
LATERAL
(5cm)
ZONA DE
DEFESA
9m
9m
3m 3m
9m
>3-8m >3-5m
1,75m
1m2,24m/2,43m
F M
Figura 1 - Medidas da Quadra
Fonte: os autores.
Cada grupo é coordenado por um técnico e pos-
sui outros seis jogadores reservas. O jogo acontece 
com a presença de dois árbitros, um apontador e 
quatro fiscais de linha.
As partidas podem ter cinco sets; porém, vale 
ressaltar que a maior parte dos eventos escolares 
ou jogos de categorias menores, o jogo será em 
uma partida “melhor de 3 sets”, ou seja, a equipe 
que vencer dois sets é a vencedora. Se houver ne-
cessidade, haverá a disputa de um terceiro set, até 
15 pontos. Cada set tem, pelo menos, 25 pontos, 
de modo que o placar só é finalizado quando se 
atinge uma diferença de dois pontos. Exemplo: 25 
x 23. Quando essa diferença não é obtida, pros-
segue-se o set até que uma das equipes consiga 
tal vantagem. A quadra oficial do voleibol dispõe 
de 18m x 9m de largura. É dividida por uma rede 
de 9,5m x 1m de largura, suspensa a uma altura 
de 2,43 m para as equipes masculinas e 2,24 m 
para as femininas em jogos oficiais, podendo va-
riar em categorias infantis. A bola oficial tem cir-
cunferência de 65 a 67cm e deve pesar entre 260 
e 280g. (CBV, 2015-2016, on-line1; BOJIKIAN, J.; 
BOJIKIAN, L., 2012).
VOLEIBOL 
54 
REGRAS DO VOLEIBOL EM RELAÇÃO À 
EXECUÇÃO DOS FUNDAMENTOS
Saque: fundamento que inicia a disputa de cada 
ponto. O objetivo do sacador é enviar a bola para o 
lado do adversário. Ele posiciona-se atrás da sua li-
nha de fundo e saca, se a equipe adversária não con-
seguir efetuar o passe será computado ponto para a 
equipe do sacador, o qual terá outra oportunidade 
para sacar. 
Recepção: fundamento de característica defen-
siva, também denominado como passe. Utilizado 
para receber a bola que é lançada pela equipe ad-
versária no saque. A forma mais usual de efetuar 
esta ação é por meio da manchete, porém hoje 
também pode-se efetuar a recepção com o toque. 
O objetivo do passador é evitar que a bola toque 
o chão de sua equipe, e recepcionar a bola para o 
levantador de sua equipe.
Levantamento: fundamento também chama-
do de transição. Realizado antes do ataque, geral-
mente é o segundo toque da equipe. O levantador 
é o responsável por preparar a jogada e distribuir a 
bola para os seus atacantes, normalmente fazendo 
uso do toque. 
Corte: movimento de ataque. Fundamento de 
característica ofensiva. Tem o objetivo de agredir a 
equipe adversária desestruturando seu sistema de-
fensivo transpondo o bloqueio e a defesa. O ataque 
só pode ser feito com uma das mãos, geralmente 
utilizado um ataque agressivo e veloz, porém tam-
bém temos as largadas ou “caixinhas”,golpes que 
quebram o sistema defensivo, (devido a imprevisi-
bilidade do golpe, geralmente utilizado com o atleta 
empurrando a bola com a ponta dos dedos)
Bloqueio: primeira ação defensiva da equipe. 
Utilizado para cessar o ataque adversário ou mesmo 
amortece-lo. Pode ser simples (uma pessoa) duplo 
(duas pessoas) ou triplo (tres pessoas). Só pode exe-
cutar esse fundamento os jogadores que se encon-
tram nas posições 2, 3 e 4. Assim, saltam próximo 
à rede com as palmas da mãos voltadas para o ad-
versário. É o movimento realizado na tentativa de 
defender o corte. Um ou mais jogadores (no limite 
de três jogadores) saltam próximo à rede para inter-
romper a jogada do adversário e rebater a bola com 
as palmas das mãos.
Defesa: fundamento defensivo, utilizado para 
conter o ataque (corte) da equipe adversária. Por 
meio desse fundamento, busca-se evitar o ponto 
ou criar oportunidade de contra-ataque, pode-se 
utilizar qualquer parte do corpo para executar 
esse fundamento, porém o mais efetivo é a man-
chete (CBV, 2015-2016, on-line1; BOJIKIAN, J.; 
BOJIKIAN, L., 2012).
 55
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
QUANTO ÀS FUNÇÕES DE CADA 
 JOGADOR
Líbero: recepciona o saque e defende o ataque. 
Lembramos que é proibido ao líbero efetuar o ata-
que, bem como levantar utilizando-se de toque 
dentro da linha de ataque. Uma das características 
principais do líbero é ter habilidade para conduzir 
a bola em boas condições para o levantador (CBV, 
2015-2016, on-line1). 
Levantador: atleta que prepara a jogada para 
o ataque. No sistema 5x1 (esse sistema consiste na 
equipe com 5 atacantes e 1 levantador, utilizado 
em equipes de rendimento), o levantador, quando 
encontra-se no fundo da quadra, não pode efetuar 
bloqueio nem mesmo atacar a bola para a quadra 
adversária quando a mesma estiver acima do bordo 
superior da rede.
Atacante ponteiro: seu principal objetivo é o 
passe; responsável pelo sistema de passe da equipe, 
o atleta deve possuir força, velocidade e capacidade 
para atacar a bola nas pontas ou atrás da linha dos 
três metros.
Atacante central: é o jogador que tem como ca-
racterística física a altura e velocidade e sua prin-
cipal função é o bloqueio e o ataque pelo meio de 
rede. Com o advento do líbero, atualmente o ata-
cante não atua no fundo da quadra. (CBV, 2015-
2016, on-line1; FEDÉRATION, [2017], on-line)2.
REGRAS GERAIS PARA UM JOGO DE 
VOLEIBOL
O jogo só se inicia ou continua com pelo menos 6 
jogadores em quadra. Portanto sem o número mí-
nimo não se pode iniciar a partida. Cada professor/
técnico tem direito a 6 substituições durante um set. 
Lembrando que o aluno/atleta substituído só pode 
retornar no set no lugar do aluno/atleta que o subs-
tituiu (CBV, 2015-2016, on-line)1.
Cada equipe tem direito a dois tempos de um 
minuto por set, que pode ser solicitado a qualquer 
momento, por meio de sinalização ao segundo árbi-
tro. O professor/técnico é o responsável por deter-
minar e preencher, em uma papeleta que lhe é en-
tregue pelos árbitros, a ordem inicial de sua equipe. 
Essa papeleta de ordem inicial é entregue no início 
de cada set de uma partida de voleibol, além da or-
dem inicial de saque de sua equipe, ela contém o es-
paço para designar o Líbero e também a assinatura 
do técnico (CBV, 2015-2016, on-line)1. 
Equipe:
Ass. Téc.:
Líbero:
IVIV
IIIIIIV
Figura 2 - Ordem inicial de Saque
Fonte: os autores. 
VOLEIBOL 
56 
A quadra de voleibol é dividida em seis posições 
e a rotação ocorre em sentido horário. Exemplo: 
sempre ao realizar o saque o jogador estará na po-
sição 1. Cada posição possui um limite de espaço de 
atuação que deve ser respeitado antes do saque, caso 
o posicionamento não seja respeitado ocorrerá um 
erro de rodízio. Quando a bola está em jogo, os joga-
dores podem atuar nos diversos espaços da quadra. 
O jogo tem início com o saque que, após auto-
rizado pelo árbitro, terá 8 segundos para ser reali-
zado pelo jogador, podendo lançar a bola para sua 
execução apenas uma vez. Desse modo, é permitido 
apenas uma tentativa de saque. Caso haja um erro 
do sacador, o ponto é dado para outra equipe, que 
passa a ter o direito de sacar. 
Nesse momento, quando a equipe recebe o di-
reito de sacar, ela é obrigada a realizar um rodízio. 
É proibido que os jogadores de defesa (posições 5, 
6, 1) ataquem na área de ataque (área dos 3m) e exe-
cutem o bloqueio acima do bordo superior da rede, 
visto que esse papel deve ser realizado pelos joga-
dores que estão na área de ataque, posições 2, 3 e 4, 
de acordo com o rodízio (CBV, 2015-2016, on-line1; 
BOJIKIAN, J.; BOJIKIAN, L., 2012).
O jogador não pode tocar a bola duas vezes se-
guidas, exceto quando o primeiro toque foi prove-
niente do toque no bloqueio. No momento em que 
a bola está no campo adversário, não é permitido a 
tentativa de toque na bola, caso isso ocorra, haverá 
uma falta de invasão. Durante o bloqueio, os atletas 
podem tocar a bola além da rede, porém sem inter-
ferir no ataque do oponente, caso isso ocorra, é con-
siderada falta quando algum jogador toca a borda 
superior da rede (CBV, 2015-2016, on-line)1.
Caso a bola toque o chão fora da delimitação das 
linhas da quadra, os cabos, as antenas ou se passar 
pela área fora da delimitação das antenas, a bola é 
considerada fora e o ponto é marcado para a equipe 
adversária. Nenhum jogador, sob hipótese alguma, 
pode tocar a rede, essa falta é considerada perda de 
ponto para a equipe que a executou. O jogador tam-
bém não pode adentrar a quadra adversária, essa 
falta é chamada de invasão e penalizada com ponto 
(CBV, 2015-2016, on-line)1.
1
23
4
5
6
Figura 3 - Posições e sentido da rotação
Fonte: os autores.
• Posição nº 1 - defesa direita e saque; 
• Posição nº 2 - oposto ou saída de rede; 
• Posição nº 3 - meio de rede ou central;
• Posição nº 4 - ponta ou entrada de rede;
• Posição nº 5 - defesa esquerda;
• Posição nº 6 - defensor central ou defesa 
central.
Dentro da quadra, o responsável é o capitão da 
equipe, que tem a função de participar do sorteio 
no início da partida e assinar a súmula no início e 
ao final do jogo, representando sua equipe junto ao 
técnico.
 57
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
VOLEIBOL 
58 
N
ão podemos falar de capacidades físicas 
no voleibol sem antes discutirmos as 
suas características e a sua aplicabilida-
de. Faz-se necessário, para o desenvolvi-
mento do aluno nesta modalidade, que ele tenha um 
bom condicionamento físico, o qual caracteriza-se 
pela boa recuperação entre as sessões de prática, 
bem como a prevenção de lesões, como aspecto de 
suma importância (KRAEMER; HAKKINEN, 2004; 
BOMPA, 2002).
Capacidades Motoras 
Utilizadas no Voleibol
O voleibol é considerado um esporte que possui 
uma alternância no ritmo e intensidade das ativida-
des durante um jogo, denominado de atividades di-
nâmicas acíclicas, as quais predominam os sistemas 
anaeróbios. A intensidade e o curto período em que 
ocorrem as jogadas determinam que os alunos utili-
zem o esforço máximo para sua execução, como as 
corridas de rápida mudança de direção e os saltos 
verticais para os ataques/bloqueios com curtos perí-
odos de recuperação. 
 59
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Sendo assim, existem dois tipos de capacidades 
que podem ser trabalhadas na modalidade do volei-
bol: as capacidades físicas condicionais e as coorde-
nativas, que serão sempre mais complexas na me-
dida em que o nível técnico dos alunos envolvidos 
aumentar (GROSSER, 1983).
Podemos classificar capacidade física como todas 
as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento. 
Weineck (2003) relata que as capacidades condicionan-
tes são mais diretamente voltadas para energia necessá-
ria a uma ação motora, enquanto as coordenativas são 
mais relevantes à precisão delas, as quais são proprie-
dades qualitativas do nível de rendimento do indivíduo 
que o capacitam a executar determinadas ações.
Como Grosser (1983), outros autores corrobo-
ram com a definição que classifica as capacidades 
motoras desportivas em: Capacidades Condicionais(âmbito quantitativo) e Capacidades Coordenativas 
(âmbito qualitativo). A seguir podemos ver as defi-
nições de ambas.
CAPACIDADES CONDICIONAIS. 
• Força: é a capacidade física que permite des-
locar um objeto, o corpo de um parceiro ou 
o próprio corpo por meio da contração dos 
músculos.
• Velocidade: é a capacidade física que permite 
realizar movimentos no menor tempo possí-
vel ou reagir rapidamente a um sinal.
• Coordenação Motora (destreza): é a capaci-
dade física que viabiliza a realização de uma 
sequência de exercícios de forma coordenada.
• Flexibilidade: propicia a execução de movimen-
tos em grande amplitude (GROSSER, 1983).
• Resistência: proporciona realizar esforço du-
rante um tempo, com suporte da fadiga e re-
cuperação após pouco tempo da prática. 
CAPACIDADES COORDENATIVAS.
• Agilidade: é a qualidade física que permite a 
mudança na direção do corpo no menor tem-
po possível. Conhecida como velocidade de 
“troca de direção”. Para a agilidade, a flexibi-
lidade é importante.
• Equilíbrio: adquirida por uma combinação 
de ações musculares que objetiva sustentar o 
corpo sobre uma base, contra a lei da gravi-
dade. Pode ser de 3 tipos: dinâmico, estático 
e recuperado (GROSSER, 1983).
Em relação ao desenvolvimento das capacidades 
coordenativas, estas ocorrem entre os sete anos e o 
início da puberdade. É observado que nesta idade 
ocorre o amadurecimento do Sistema Nervoso Cen-
tral (SNC), que leva a uma melhoria do processa-
mento de informações e da função acústica e ótica 
(WEINECK, 2003). Isso, como vimos no Tópico 2 
da Unidade I, facilita a execução de movimentos que 
utilizam capacidades coordenativas, como as visuo-
-manuais, por exemplo, como é o caso do toque de 
bola por cima. 
Perceba que todas essas capacidades elencadas 
anteriormente são cabíveis para diversas modali-
dades esportivas. É importante que você, futuro(a) 
professor(a), trabalhe essas capacidades motoras 
durante uma aula de Educação Física por meio de 
atividades lúdicas e globais. 
Porque as capacidades motoras devem ser tra-
balhadas dessa forma? Como posso trabalhar essas 
atividades? É importante compreender que um dos 
nossos propósitos na docência é propiciar ao aluno 
o contato com a modalidade esportiva. A técnica dos 
movimentos e as capacidades motoras devem ser tra-
balhadas sem a exigência de um alto nível técnico. O 
objetivo é trabalhar as capacidades necessárias para 
o voleibol de uma maneira prazerosa para o aluno. 
VOLEIBOL 
60 
Sendo assim, sugerimos que as atividades para 
os jovens tenham as seguintes características:
• Exercícios/atividades com grau de dificulda-
de relativamente baixo e médio.
• Exercícios/atividades com graus diferentes de 
dificuldade, partindo do mais simples para os 
complexos.
• Exercícios/atividades de baixa intensidade, 
pois o nível de preparação física é pequeno e 
o aluno ainda não possui capacidades técni-
cas de alto nível.
• Verificar nas atividades/exercícios a duração 
e intensidade. Para a característica do Volei-
bol, indica-se atividades/exercícios de baixa 
intensidade e curta duração.
• Iniciar o trabalho com baixa intensidade e 
aumentando progressivamente, conforme 
acontece a ampliação das capacidades técni-
co-táticas.
Lembramos que Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012) 
dividem o processo de aprendizagem dos funda-
mentos em três grandes grupos. Esses grupos foram 
unidos observando as capacidades motoras seme-
lhantes exigidas para execução dos movimentos. 
Vamos, então, retomar o exposto no Tópico 5 da 
unidade anterior e utilizar como exemplo os funda-
mentos do grupo l (posição básica, movimentação, 
toque, manchete e saque por baixo). Todos esses 
fundamentos do voleibol têm como características 
a requisição de capacidades físicas, como equilíbrio, 
coordenação do aparelho locomotor, velocidade de 
reação, coordenação viso-motora e coordenação es-
paço-temporal para sua boa execução. 
Observamos, nesta unidade, que os autores, em 
todas as situações propostas, defendem ser de suma 
importância o planejamento do trabalho em longo 
prazo, para que, assim, possa oferecer condições 
do praticante desenvolver por completo seu acervo 
motor. Entretanto, é importante sempre se adequar 
ao planejamento e ao tempo destinado à modalida-
de do Voleibol, de maneira que o aluno consiga ter 
uma compreensão total da modalidade. Cabe a você, 
futuro(a) professor(a)/profissional de Educação Fí-
sica, utilizar toda a sua criatividade e entendimento 
do assunto, para planejar e criar atividades variadas 
com exercícios e jogos, dando condições às crianças 
vivenciarem o voleibol com toda a sua dinâmica.
Existem diversas atividades que trabalham as 
capacidades motoras das crianças. Por isso, 
elencamos algumas formas de abordagem.
• Capacidades Condicionais – Flexibi-
lidade: o trabalho de flexibilidade nas 
aulas não deve ser extenuante. Você, 
enquanto professor(a), pode trabalhar 
no início das aulas um alongamento 
com a turma. Além de prevenir lesões 
e preparar o corpo para a realização de 
uma atividade física, você trabalhará a 
flexibilidade de seus alunos. Idade indi-
cada: todas as idades, o(a) professor(a) 
deve adequar o alongamento para as 
diferentes idades. 
• Capacidades Coordenativas – Equilí-
brio: atividade do Saci-Pererê. Indique 
aos alunos que todos estão em uma 
floresta e fazem parte de uma comu-
nidade em que todos são sacis-pere-
rês. Ao comando do (a) professor(a), os 
alunos devem realizar os movimentos 
indicados como saci-pererê (ou seja, com 
apenas uma perna). Direcionamento 
do(a) professor(a): andar pela floresta, 
saltar entre as pedras para atravessar 
um lago e saltar em grupo. Idade indi-
cada: crianças de 6 a 9 anos. 
Fonte: adaptado de Slideshare.net ([2017], on-line)3.
SAIBA MAIS
 61
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
VOLEIBOL 
62 
A 
prática de atividades físicas e esporti-
vas durante a vida, ocorridas no âmbi-
to educacional, do lazer, rendimento 
ou iniciação esportiva, deve ser consi-
derada como um momento importante da vida da 
criança. Por isso, Greco e Benda (1998) sugerem 
que esse momento deve ser entendido como um 
processo mais amplo, denominado ensino-apren-
dizagem-treinamento (E-A-T), independente da 
esfera a qual estiver inserida. 
Contribuições do Voleibol para o 
Desenvolvimento da 
Infância e Adolescência
Contudo você deve estar se perguntando: esta-
mos falando de treinamento na no ensino do volei-
bol? A resposta é sim, e a justificativa para a utili-
zação desse termo é simples. Greco e Benda (1998) 
defendem que um dos graves problemas na biblio-
grafia sobre esportes no Brasil é a consideração de 
treinamento como alta performance. Entretanto, o 
termo treinamento é tido como um processo peda-
gógico, inter-relacionado com o ensino que pode 
alcançar diferentes objetivos e significados.
 63
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Portanto, é com base nessa definição que usare-
mos o termo treinamento nesta unidade. Sem reme-
ter a um alto rendimento, mas sim a um processo 
que visa buscar melhora nos padrões e nas capaci-
dades motoras. 
No período de crescimento e desenvolvimento, 
predominantemente nas duas primeiras décadas de 
vida, diversas são as mudanças que os jovens estão 
sujeitos. Componentes como os de ordem social, es-
truturais e morfológicos, que conduzem ao aumento 
nas dimensões do corpo, na composição dos tecidos 
das suas partes específicas e também em mudanças 
nas atitudes e comportamentos, produzem uma in-
fluência no desenvolvimento do aluno. 
Sendo assim, devemos ter em mente que as 
crianças não devem ser expostas à mesma carga e a 
forma de treinamento dos adultos. Expor as crian-
ças a uma simples repetição de movimentos, sem 
embasamento teórico-científico para idade, so-
mente imitando o modelo adulto, é prejudicial por 
dois motivos: (1) o organismo infantil não tem ma-
turidade para adaptar-se às cargas de treinamento; 
(2) pode gerar danos psicobiológicos que compro-
meterão o desenvolvimento motor e cognitivo des-
sa criança (SILVA,2012).
Desse modo, devemos salientar que é de suma 
importância que a criança tenha um trabalho ela-
borado de forma eficaz e correta. Assim, podemos 
concluir os seguintes pontos:
1. As orientações de atividades são determina-
das pela idade, porém o professor deve ob-
servar que o ritmo cronológico da criança, às 
vezes, não representa o ritmo biológico.
2. Evitar exercícios de alta intensidade.
3. Os professores devem evitar a especialização 
precoce e priorizar atividades que envolvam 
grande repertório motor e de caráter lúdico.
4. Deve-se evitar especialização em determina-
da função tática (no voleibol não deve espe-
cializar por funções, todos devem passar pelas 
posições dos atacantes, levantadores e defen-
sores – por isso utiliza-se o sistema 6x0 nessa 
fase de iniciação escolar, pois todos devem ser 
estimulados a jogar em todas as funções).
5. Na primeira infância, de 6 a 11 anos, meni-
nos e meninas possuem a mesma capacidade 
de força e resistência (por isso, meninas e me-
ninos não precisam fazer atividades separa-
das nessa fase).
Lembre-se que dentro de uma turma, você en-
contrará crianças que estão em fases diferen-
tes do desenvolvimento. Por isso é importante 
uma constante mediação para compreender 
qual é o limite do seu aluno.
REFLITA
A vivência na modalidade e a compreensão do fe-
nômeno esportivo devem ser transmitidas ao aluno 
durante seu percurso escolar. Desse modo, vistas 
às diferenças individuais entre crianças, adolescen-
tes e os adultos, fica claro que não podemos utili-
zar modelos de ensino destinados aos adultos para 
aplicar às crianças. Além disso, é importante consi-
derar as diferentes crianças que você irá encontrar. 
Suas diferenças fisiológicas e morfológicas exigem 
um olhar sensível para o desenvolvimento integral 
de seus alunos.
64 
considerações finais
Caro(a) aluno(a), durante esta unidade você pôde perceber que o desenvolvi-
mento histórico da modalidade, bem como suas principais regras são componen-
tes essenciais na compreensão de uma modalidade esportiva.
As práticas corporais podem contribuir e fortalecer na formação e no desen-
volvimento integral do jovem inserido em uma prática esportiva, devidamen-
te organizada. Cabe a nós, professores de Educação Física, entendermos nossos 
alunos, suas especificidades e diferenças biológicas individuais. É necessário que 
você, enquanto futuro(a) professor(a), compreenda que, em uma mesma turma, 
terão indivíduos em estágios de maturação biológica bem diferentes, o que, con-
sequentemente, ocasionará em respostas diferentes aos estímulos dados em aula.
Por esses e outros motivos, é inaceitável a especialização do aluno em qual-
quer posição tática nessa fase. Isso porque, enquanto alguns alunos já estarão 
alcançando seu pico máximo de desenvolvimento morfológico, outros ainda nem 
estarão passando pela fase do estirão de crescimento. Assim, o entendimento das 
capacidades motoras e do desenvolvimento do aluno é de suma importância para 
a atuação docente.
Ainda assim, isso não impede que façamos trabalhos com exigências físicas, 
que visam trabalhar e desenvolver as capacidades motoras que, mais tarde, servi-
rão de base para a prática esportiva em diversas modalidades. Contudo, fica aqui 
expresso que o desenvolvimento das capacidades físicas não necessita de traba-
lhos com peso resistido, realizado exclusivamente em uma academia de muscula-
ção. Este deve ser inserido nas aulas de educação física, por meio de aquecimen-
tos, atividades lúdicas e globais; até porque, enquanto não atingir a maturação, os 
ganhos de força específica são quase nulos nesta fase.
Lembre-se: o objetivo aqui é propiciar ao aluno a vivência e o contato com a 
modalidade do Voleibol.
 65
LEITURA
COMPLEMENTAR
Maturação Biológica
Franz Boas (1858-1942), um dos fundadores da Auxologia 
Moderna, salientou, no seu tempo, que a idade cronoló-
gica não era o melhor indicador para identificar o timing 
(momento em que ocorre um dado evento maturacio-
nal) e tempo (ritmo com que esse evento se manifesta) 
nas alterações que se verificam em diferentes caracterís-
ticas biológicas. É de entendimento generalizado que o 
timing e tempo dos diferentes indicadores de maturação 
biológica são independentes da idade cronológica. Num 
grupo de crianças do mesmo sexo e mesma idade crono-
lógica ocorrem variações na idade biológica ou na matu-
ridade alcançada, i.e., as crianças apresentam trajetórias 
próprias em direção ao estado adulto, o que lhes confere 
estatutos maturacionais distintos, comumente denomi-
nados de ‘avançado’, ‘normal’ e ‘atrasado’ . 
A avaliação da maturação biológica é uma prática co-
mum na área da Medicina e da Auxologia Desportiva. 
No domínio das Ciências do Desporto, o seu uso tem 
sido variado, de que destacamos: identificar o timing do 
salto pubertário e idade no pico de velocidade da altu-
ra; estimar a velocidade de crescimento e previsão da 
estatura adulta; descrever e interpretar o significado da 
variação da maturação esquelética em função da idade 
cronológica. 
Na literatura, são referenciados os seguintes sistemas: 
maturação esquelética, sexual, somática, dentária e bio-
química/hormonal. É unânime considerar que a matura-
ção esquelética é o melhor sistema para avaliar a idade 
biológica e o estatuto maturacional de uma criança ou 
jovem. São bem conhecidas as mudanças na forma, ta-
manho e densidade do osso durante o crescimento, o 
que permite a sua avaliação e atribuição de significado, 
em termos de “distância”, relativamente ao estado adul-
to ou maturo. As mudanças que ocorrem em cada osso 
desde o início do seu processo de ossificação até à mor-
fologia adulta são uniformes e ocorrem de modo regular 
e irreversível. 
A estimação da idade óssea de uma criança ou jovem 
exige uma elevada precisão. Embora os métodos dis-
poníveis apresentem alguma facilidade operacional, é 
exigido do avaliador o conhecimento minucioso das es-
pecificidades do método e fundamentalmente, uma con-
siderável experiência prática. O controle e a qualidade 
dos resultados de avaliação são os pilares de qualquer 
pesquisa científica. Esta processologia não está publica-
da em livros de texto nem artigos no espaço lusófono da 
Educação Física e Ciências do Desporto. Decorrem, da-
qui, os objetivos do presente artigo: apresentar os pro-
cedimentos metodológicos utilizados na estimação da 
idade óssea em crianças e jovens; descrever o método 
Tanner-Whitehouse 3 (TW3) e esboçar os resultados de 
um treinamento para a reprodutibilidade do método em 
crianças e jovens.
Fonte: Silva et al. (2012).
66 
atividades de estudo
1. Nesta unidade aprendemos algumas caracte-
rísticas específicas do voleibol e quais são as 
habilidades e capacidades a serem desenvolvi-
das no trabalho dessa modalidade. Em relação 
a esse conteúdo, leia as assertivas a seguir e, 
em seguida, assinale a alternativa correta.
I. Voleibol é uma modalidade que tem como 
características uma alternância de atividade 
estáticas cíclicas. 
II. Segundo Grosser (1983), as capacidades mo-
toras são classificadas e subdivididas dentro 
de um grupo nomeado de capacidades coor-
denativas. 
III. As capacidades Condicionais se dividem em 
Força, Velocidade, Coordenação Motora, Fle-
xibilidade e Resistência; as capacidades Coor-
denativas se dividem em Agilidade e Equilíbrio. 
IV. O trabalho dessas capacidades (condicionais 
e coordenativas) são fundamentais para o 
aprendizado de diversas modalidades e devem 
ser trabalhadas de maneira lúdica e global.
V. Componentes de ordem social, estruturais e 
morfológicas produzem influência na capaci-
dade de desempenho físico, nas mudanças de 
comportamentos e atitudes dos alunos. 
a. Apenas I e II estão corretas.
b. Apenas II e III estão corretas.
c. Apenas I está correta.
d. Apenas IIl, IV e V estão corretas. 
e. Nenhuma das alternativas está correta.
2. Ao aplicar atividades para os alunos, você deve 
trabalhar com exercícioslúdicos e globais. Além 
disso, aprendemos, durante essa unidade, que 
as atividade devem seguir algumas caracterís-
ticas. Sobre essas características na aplicação 
de atividades, leia as assertivas a seguir e, em 
seguida, assinale a alternativa correta.
I. Exercícios/atividades com grau de dificuldade 
relativamente baixo e médio.
II. Exercícios/atividades de baixa intensidade, 
pois o nível de preparação física é pequeno e 
o aluno ainda não possui capacidades técni-
cas de alto nível.
III. Exercícios/atividades de alta intensidade, para 
que o aluno compreenda as exigências da 
modalidade. 
IV. Verificar nas atividades/exercícios a duração e 
intensidade. Para a característica do Voleibol, 
indica-se atividades/exercícios de baixa inten-
sidade e longa duração. 
V. Exercícios com graus diferentes de dificulda-
de, partindo do mais complexo.
a. Apenas I e II estão corretas.
b. Apenas II e III estão corretas.
c. Apenas I está correta.
d. Apenas II, III e IV estão corretas.
e. Todas as alternativas estão corretas.
3. Para introduzir a modalidade do Voleibol no 
ambiente o professor deve seguir algumas 
orientações, como o nível de exigência, tipos 
de atividades, entre outros. Em relação a essas 
orientações, assinale Verdadeiro (V) ou Falso 
(F).
( ) Utilizar exercícios de alta intensidade (as 
crianças apresentam um alto volume sanguíneo e 
têm um coração como dos adultos).
( ) Evitar a especialização precoce.
( ) Atividades que envolvam grande repertório 
motor e de caráter lúdico.
( ) Evitar especialização em determinada 
função tática (no voleibol não deve especializar 
por funções, todos devem passar pelas posições 
dos atacantes, levantadores e defensores – por 
 67
atividades de estudo
isso utiliza-se o sistema 6x0 nessa fase de iniciação 
escolar, pois todos devem ser estimulados a jogar 
em todas as funções).
( ) Meninos e meninas podem realizar 
atividades juntos na primeira infância de 6 a 11 
anos, pois eles possuem a mesma capacidade de 
força e resistência.
4. Em relação às regras do voleibol, sobre o rodí-
zio e posições dos jogadores, assinale a alter-
nativa correta.
a. O rodízio acontece em sentido anti-horário, 
e os jogadores podem circular pela quadra 
livremente.
b. Uma quadra de voleibol é divida em 6 posi-
ções, que define o local em que o jogador se 
posicionará. O rodízio sempre acontece em 
sentido horário. 
c. O jogador que está na posição 6 sempre rea-
lizará o saque. 
d. Cada jogador deverá manter sua posição den-
tro de quadra, mesmo após o saque. 
e. Nenhuma das alternativas apresentadas é 
correta.
5. Sobre as regras do voleibol que aprendemos 
no decorrer desta unidade, assinale Verdadei-
ro (V) ou Falso (F):
( ) O jogo só se inicia ou continua com pelo 
menos 6 jogadores em quadra. Portanto, sem o 
número mínimo não se pode iniciar a partida.
( ) Cada técnico tem direito a 6 substituições 
durante um set. Lembrando que o atleta 
substituído só pode retornar no set no lugar do 
atleta que o substituiu.
( ) Cada técnico tem direito a um tempo por set.
( ) O técnico é o responsável por preencher a 
ordem inicial de saque de sua equipe.
( ) Dentro da quadra o responsável pela 
equipe é o capitão que também tem a função de 
participar do sorteio no início da partida.
( ) O início do jogo e de cada ponto acontece 
somente após o saque.
( ) É aceita apenas uma tentativa de saque. 
Caso o jogador erre, o ponto e o direito de sacar 
passam para a equipe adversária.
6. Nesta unidade, aprendemos sobre as diferen-
tes capacidades (coordenativas e condicionais) 
que são necessárias para a apreensão da mo-
dalidade. Nesse sentido, imagine-se enquanto 
futuro(a) professor(a) de Educação Física e ela-
bore 2 atividades lúdicas, uma para trabalhar 
com a Agilidade (Capacidade coordenativa) e 
outra para trabalhar com a Coordenação Mo-
tora (Capacidade condicional).
VOLEIBOL 
68 68 
Iniciação Esportiva
Francisco Martins da Silva, Rossini Freire de Araújo e Ytalo Mota 
Soares
Editora: MedBook
Sinopse: o livro Iniciação Esportiva pretende atingir aqueles pro-
fissionais que estão iniciando na profissão ou aqueles que ainda 
detêm pouca informação sobre o tema. Inicialmente, o livro se dedica às áreas correlatas, 
como fisiologia, aprendizagem motora e psicologia. Posteriormente, são apresentadas as 
modalidades esportivas, com seus respectivos referenciais históricos e os fundamentos téc-
nico-táticos. Para além dessas informações, os leitores poderão aproveitar as sugestões de 
aulas para o início do trabalho nas diferentes modalidades esportivas.
Este link traz todas as regras do voleibol indoor, interessante para os professores saberem as 
regras e diminuírem suas dúvidas. Para conhece-lo, acesse o link disponível em: .
Ouro, Suor e Lágrimas
Ano: 2015
Sinopse: o filme mostra os bastidores das seleções brasileiras 
feminina e masculina e a trajetória dos técnicos na década mais 
vitoriosa do Vôlei do Brasil. Acompanha os atletas, as vitórias e 
derrotas, inclusive mostra como as derrotas impulsionaram a se-
leção feminina na conquista do ouro na olimpíada de 2008.
Comentário: este filme torna-se interessante para mostrar a rotina dos atletas e o trabalho 
em equipe. Mostra o trabalho para se manter no topo do esporte mundial. Também mostra 
como lidar com as derrotas e delas tirar força para recomeçar todos os dias e culminar com 
o objetivo alcançado anos depois.
 69
referências
BIZZOCCHI, C. O voleibol de alto nível: da iniciação à competição. Barueri: 
Manole, 2004.
BOJIKIAN, J. C.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando Voleibol. 5ª. ed. São Paulo: Phorte 
Editora, 2012. 
BOMPA, T. O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4. ed. Guaru-
lhos: Phorte Editora, 2002. 
FREITAS, D. L.; BEUNEN, G. P.; MAIA, J. A. R. Maturação biológica: da sua 
relevância à aprendizagem do método TW3. Revista Brasileira de Cineantropo-
metria Humana. v. 12, n. 5, p. 352-358, 2010. 
GRECO, P. J.; BENDA, R. N. (orgs.). Iniciação esportiva universal: da aprendiza-
gem motora ao treinamento técnico. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.
GROSSER, M. Capacidades Motoras. Treino Desportivo. 23, 23-32, 1983.
KRAEMER, W. J.; HAKKINEN, K. Treinamento de força para o esporte. Porto 
Alegre: Artmed, 2004.
SILVA, A. S. Treinamento físico para crianças e adolescentes. In: SILVA, F. M.; 
ARAÚJO, R. F.; SOARES, Y. M (orgs.). Iniciação Esportiva. Rio de Janeiro: Me-
dBook Editora Científica, 2012. p. 1-18.
WEINECK, J. Treinamento ideal: instruções técnicas sobre o desempenho fisio-
lógico, incluindo considerações específicas de treinamento infantil e juvenil. 9. 
ed. São Paulo: Manole, 2003.
Referências On-line
¹ Em: . Acesso em: 25 maio 2017.
² Em: . Acesso em: 25 maio 
2017.
³ Em: . Acesso em: 
25 maio 2017.
70 
gabarito
1. D.
2. A.
3. F, V, V, V, V.
4. B.
5. V, V, F, V, V, V, V.
6. O importante é que você, futuro(a) professor(a), trabalhe essas capacidades moto-
ras durante uma aula de Educação Física por meio de atividades lúdicas e globais. 
A técnica dos movimentos e as capacidades motoras devem ser trabalhadas sem a 
exigência de um alto nível técnico. O objetivo é trabalhar as capacidades necessárias 
para o voleibol de uma maneira prazerosa para o aluno. Agilidade: Pegando a cau-
da - Cada aluno receberá uma tira de jornal, que deverá ser colocado no cós da calça 
nas costas, imitando uma cauda. Ao sinal do professor, cada aluno tentará roubar 
a cauda dos colegas de turma e ao mesmo tempo proteger a sua. Ao final será feita 
a contagem de quantas caudas cada um conseguiu pegar. Coordenação motora 
(destreza): Estafeta - a turma formará uma fila. Será elaborado um percurso de ati-
vidades, primeira estação: pulos dentro de um caminho de arcos; segunda estação: 
carregaruma bola com apenas uma mão se equilibrando em cima de uma corda 
que estará no chão; terceira estação: correr entre os cones que estarão dispostos no 
espaço em zigue-zague. O primeiro aluno da fila iniciará o percurso, ao voltar para a 
fila, o próximo poderá sair, e assim sucessivamente, até todos participarem.
UNIDADEIII
Professora Me. Nayara Malheiros Caruzzo
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Posição de expectativa e movimentação básica
• Toque de bola por cima
• Manchete
• Saque por baixo
• Cortada
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer o processo pedagógico de ensino da posição de 
expectativa. 
• Entender o processo pedagógico de ensino do toque.
• Estudar o processo pedagógico de ensino da manchete.
• Compreender o processo pedagógico de ensino do saque 
por baixo.
• Estudar o processo pedagógico de ensino da cortada.
FUNDAMENTOS TÉCNICOS BÁSICOS 
DO VOLEIBOL
III
unidade
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), na Unidade l foram contemplados os aspectos pedagó-
gicos de ensino do voleibol. Você viu qual é a ordem dos fundamentos 
que sugerimos aqui para o ensino e, portanto, é baseado nela que vamos 
apresentar os processos pedagógicos dos fundamentos. Entretanto, o que 
são fundamentos? Fundamentos são os gestos técnicos (motores) utiliza-
dos para prática do voleibol, isto é, a técnica aplicada ao jogo.
Desse modo, esta unidade se destina, especificamente, ao ensino dos 
fundamentos, levando em conta a seriação em que utilizar-se-á o volei-
bol como instrumento de ensino e o número de aulas que, usualmente, 
são destinadas à modalidade.
No entanto, o ordenamento de ensino proposto na Unidade l (Tópico 
4) propõe que o saque por cima seja ensinado antes da cortada, pela si-
milaridade entre os movimentos. Porém, ao observar o contexto escolar 
e os múltiplos conteúdos contidos nas diretrizes curriculares nacionais 
da educação, há de se considerar que o tempo destinado às modalidades 
dificilmente ultrapassará as 16 aulas por ano. 
Dessa forma, tendo em vista que, na maioria das vezes, não há tempo 
hábil para se trabalhar o saque por cima na Educação Física escolar, esta 
unidade não contempla tal fundamento, mas sim os quais entendemos 
serem essenciais para que o ensino da modalidade seja contemplado em 
sua totalidade quando nesse contexto. Espero que aproveite o conteúdo 
dessa unidade e o utilize em sua prática cotidiana. 
Como já foi visto anteriormente, estaremos abordando os funda-
mentos técnicos da modalidade de forma sistemática, entretanto, sem 
utilizar-se do método parcial. Isso porque acreditamos nas pesquisas re-
centes em que enfatizam a tática em detrimento da técnica. Nesse senti-
do, seguindo o processo progressivo associativo apresentado na Unidade 
l, trabalharemos as etapas de ensino de cada fundamento e, ao final de 
cada uma delas, a aplicação do fundamento na dinâmica do jogo. 
VOLEIBOL 
76 
A posição de expectativa é um dos fundamentos do voleibol de mais 
simples utilização e ensino. Deverá estar interligada ao ensino da movi-
mentação pela quadra, em um processo pedagógico único. 
APRESENTAÇÃO DA HABILIDADE
Há três tipos de posição de expectativa: a) posição de expectativa alta 
(na rede, que antecede a execução do bloqueio); b) posição de expec-
tativa média (que antecede a recepção da bola - passe ou defesa); e c) 
posição de expectativa baixa (que antecede uma ação defensiva) (LER-
BACH; VIANA JÚNIOR, 2006; FIVB, 2011).
Posição de Expectativa e 
Movimentação Básica
 77
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Figura 1 - Expectativa Alta 
Fonte: UniCesumar.
Figura 2 - Expectativa Média
Fonte: UniCesumar.
Figura 3 - Expectativa Baixa
Fonte: UniCesumar.
VOLEIBOL 
78 
Visto que temos a intenção de trabalhar com a ini-
ciação do voleibol, nos ateremos apenas à posição 
de expectativa dos jogadores que farão a recepção 
da bola (posição de expectativa média). Isso por-
que os conteúdos dos fundamentos, bloqueio e 
defesa, provavelmente não serão ministrados nes-
se contexto, tendo em vista o tempo disponibiliza-
do para a modalidade no plano de ensino escolar. 
Sendo assim, ao falarmos da posição de expectati-
va, estaremos nos referindo à posição média. 
Na posição de expectativa média, as pernas 
devem estar flexionadas levemente, com o quadril 
próximo à altura dos joelhos e braços semiflexio-
nados na altura da cintura e à frente do corpo. Os 
pés devem estar afastados na largura do ombro, 
com um pé ligeiramente à frente do outro. O peso 
do corpo deve estar deslocado para frente, tanto 
quanto for possível, de modo que os calcanhares 
não estejam apoiados no chão e o peso deve es-
tar apoiado na planta do pé de forma equilibrada 
(LERBACH; VIANA JÚNIOR, 2006; FIVB, 2011).
A posição de expectativa deve ser aprendida em 
conjunto com as movimentações, que no terreno 
de jogo são classificadas em função do trabalho dos 
pés. Esse deslocamento pode ocorrer em direção à 
bola ou para uma posição na quadra. São reconheci-
das as seguintes movimentações (LERBACH; VIA-
NA JÚNIOR, 2006):
a. Passo simples: utilizado normalmente no an-
dar, para distâncias curtas, para todas as dire-
ções e quando a bola não está em jogo.
b. Deslocamentos: para troca de posição na 
quadra, sem mudar, no entanto, a posição de 
expectativa do jogador (média, alta), utiliza-
do em todas as direções.
c. Passo cruzado: utilizado para percorrer 
maiores distâncias e necessita de prática.
d. Salto: pode ser utilizado com ou sem deslo-
camento prévio, para alcançar bolas altas ou 
muito distantes.
e. Corrida: com a finalidade de cobrir distân-
cias maiores, é utilizada com passos peque-
nos e rápidos.
Partindo da posição básica, o aluno realiza des-
locamentos em direção à bola que podem ocorrer 
em várias distâncias, porém muito raramente, isso 
acontecerá acima de 4,5 metros. Em média, os des-
locamentos variam de 1,5 a 2m de distância. Como 
os deslocamentos para trás são mais difíceis de se-
rem executados, recomenda-se que os professores 
posicionem seus alunos de forma que tenham maior 
área de cobertura à frente, do que para trás (BOJI-
KIAN, J.; BOJIKIAN, L., 2012).
É importante entendermos que as movimenta-
ções e a posição de expectativa terão sido estimula-
das na fase de iniciação ao voleibol mediante do Mi-
nivoleibol, por meio de alguns jogos. Dessa forma, 
 79
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
esse fundamento será rapidamente contemplado em 
aula (talvez um ou dois encontros), de modo que, ao 
perceber que os alunos estão realizando o movimen-
to satisfatoriamente, o professor deverá avançar para 
o próximo fundamento.
Nesse momento, o professor irá corrigir alguns 
aspectos do deslocamento, de modo a tornar mais 
eficaz a movimentação durante o jogo. Nessa fase, 
os alunos costumam tocar na bola ainda em movi-
mento, ou então, sem estar à uma distância correta 
da bola. Também é essencial enfatizarmos que, para 
tocarem na bola, o deslocamento já deve ter ocorri-
do, de modo que os alunos estejam completamente 
parados para a realização do movimento. Basica-
mente, os alunos devem ter em mente que: primeiro 
chega-se na bola, para depois realizar o movimento.
Como vimos, para distâncias curtas, devemos 
estimular os deslocamentos (que ocorrem sem per-
der a posição de expectativa) e podem ser realiza-
dos com passos cruzados ou com passos laterais (os 
professores podem fazer analogias com os passos de 
caranguejos).
VOLEIBOL 
80 
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - MANCHETE 
COM ANDAR CRUZADO
Link: https://vimeo.com/214841669/55426d5346
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - MANCHE-
TE COM DESLOCAMENTO
Link: https://vimeo.com/214841917/9e38ef53ef
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - MANCHETE 
COM DESLOCAMENTO CORRIDA
Link: https://vimeo.com/214842086/4a8300fd25
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - MANCHETE 
COM SALTO
Link: https://vimeo.com/214842207/8fbb077c82
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - MANCHETE 
LATERAL
Link: https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - MANCHETE 
LATERAL COM DESLOCAMENTOLink: https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - MANCHETE 
PASSO SIMPLES
Link: https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214841669/55426d5346
https://vimeo.com/214841669/55426d5346
https://vimeo.com/214841669/55426d5346
https://vimeo.com/214841669/55426d5346
https://vimeo.com/214841669/55426d5346
https://vimeo.com/214841669/55426d5346
https://vimeo.com/214841669/55426d5346
https://vimeo.com/214841669/55426d5346
https://vimeo.com/214841917/9e38ef53ef
https://vimeo.com/214841917/9e38ef53ef
https://vimeo.com/214841917/9e38ef53ef
https://vimeo.com/214841917/9e38ef53ef
https://vimeo.com/214841917/9e38ef53ef
https://vimeo.com/214841917/9e38ef53ef
https://vimeo.com/214841917/9e38ef53ef
https://vimeo.com/214841917/9e38ef53ef
https://vimeo.com/214841917/9e38ef53ef
https://vimeo.com/214841917/9e38ef53ef
https://vimeo.com/214841917/9e38ef53ef
https://vimeo.com/214842086/4a8300fd25
https://vimeo.com/214842086/4a8300fd25
https://vimeo.com/214842086/4a8300fd25
https://vimeo.com/214842086/4a8300fd25
https://vimeo.com/214842086/4a8300fd25
https://vimeo.com/214842086/4a8300fd25
https://vimeo.com/214842086/4a8300fd25
https://vimeo.com/214842086/4a8300fd25
https://vimeo.com/214842086/4a8300fd25
https://vimeo.com/214842086/4a8300fd25
https://vimeo.com/214842207/8fbb077c82
https://vimeo.com/214842207/8fbb077c82
https://vimeo.com/214842207/8fbb077c82
https://vimeo.com/214842207/8fbb077c82
https://vimeo.com/214842207/8fbb077c82
https://vimeo.com/214842207/8fbb077c82
https://vimeo.com/214842207/8fbb077c82
https://vimeo.com/214842207/8fbb077c82
https://vimeo.com/214842207/8fbb077c82
https://vimeo.com/214842207/8fbb077c82
https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
https://vimeo.com/214842352/ab2fda86b7
https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
https://vimeo.com/214842418/8e0da481e9
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
https://vimeo.com/214842501/2c10d8ac0a
 81
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
• Executar o posicionamento dos pés, joelhos 
e pernas.
• Acrescentar à posição anterior, o posiciona-
mento de tronco e braços.
• Em duplas, um aluno corrige o posiciona-
mento do outro.
• Em duplas, realizam movimentação para di-
reita e esquerda, comandada por um aluno, 
enquanto o outro executa. Após algumas re-
petições, alterna-se quem está executando.
• Mesma coisa, mas agora com deslocamentos 
frente e trás.
• Alunos executam deslocamentos para todas 
as direções, agora, em comando do professor.
EXERCÍCIOS EDUCATIVOS E FORMATIVOS
Agora, após realizados os movimentos em algumas si-
tuações (diversas direções), começam aparecer alguns 
erros de execução. Nesse momento, antes que os alu-
nos automatizem o movimento errado, o ideal é corri-
girmos o que não está satisfatório no movimento. Para 
isso, surgem alguns erros comuns aos executantes:
• Não flexionar as pernas, mas sim o tronco.
• Posicionar os braços muito baixo, para frente 
ou muito abertos.
• Realizar os deslocamentos sem manter a po-
sição de expectativa.
Exercícios educativos
• Em duplas, um aluno segura uma bola baixa, 
na altura dos joelhos, para o outro encostar 
as mãos na bola, em deslocamento para fren-
te, mantendo a posição de expectativa. Após 
algumas execuções determinadas pelo pro-
fessor, troca-se os pares.
• Mesmo exercício anterior, fazendo os deslo-
camentos laterais. Após algumas execuções 
determinadas pelo professor, troca-se.
• Individualmente, os alunos fazem desloca-
mentos, em posição de expectativa, segu-
rando uma bola na altura do quadril, com os 
braços semiflexionados.
• Com a rede mais baixa que a altura oficial, 
os alunos executam os deslocamentos frente 
e trás, tocando na bola que seu companheiro 
está segurando do outro lado da quadra (isso 
os forçará a realizar o deslocamento manten-
do a posição de expectativa).
Exercícios formativos
• Vale reforçar que os exercícios formativos são 
referentes às capacidades motoras e visam 
desenvolver aspectos de força, flexibilidade, 
velocidade etc.
• Nesse caso da posição de expectativa e mo-
vimentação básica, são recomendados exer-
cícios que estimulam o desenvolvimento da 
elasticidade e resistência dos quadríceps, co-
ordenação bilateral do aparelho locomotor. 
VOLEIBOL 
82 
AUTOMATIZAÇÃO
• Em duplas, um aluno lança enquanto o outro 
realiza deslocamentos para direções variadas 
(frente, trás, direita e esquerda), lançadas em 
altura baixa, para que o aluno que a realiza 
faça os deslocamentos e mantenha a posição 
de expectativa. Após determinadas repeti-
ções ou tempo de exercício, o professor tro-
ca-se as funções.
• Em grupos de duas pessoas, um lança e os de-
mais, em posição de expectativa, realizam o 
deslocamento e devem pegar a bola antes que 
caia no chão.
• Os alunos do lado B lançam a bola para os 
alunos do lado A, que devem se deslocar para 
frente e manter a posição de expectativa ao 
segurar a bola.
Devemos lembrar que, de acordo com o que vimos 
na Unidade l, a automatização remete à repetição 
nas mais variadas situações. Portanto, você, profes-
sor(a), deve criar variações e novos exercícios, a par-
tir destes aqui apontados.
APLICAÇÃO
Jogos de iniciação (adaptados de GONZÁLEZ; DA-
RIDO; OLIVEIRA, 2014).
1. Voos e chegadas:
Ficar em grupos de 5 a 6 alunos, em círculo, espaça-
dos a aproximadamente 1m de distância. O objetivo 
é lançar a bola de um para o outro, tentando man-
ter a bola no ar o maior tempo possível. Mover-se 
enquanto observam a bola, chegar em boa posição 
para pegar a bola antes que caia no chão. A fim de 
criar maior competição entre os alunos, o professor 
pode determinar uma competição entre os grupos. 
Quem mantiver a bola no ar por maior tempo, ven-
ce. Pode variar a distância entre os alunos, aumen-
tando gradativamente.
2. Fogo cruzado:
Em grupos de quatro alunos, o jogo acontecerá de 
2x2. As duas duplas estarão trocando lançamentos 
de bola entre si. O objetivo é acertar a bola da outra 
dupla no ar, se deslocando em posição de expec-
tativa.
a b
Figura 4 - Exercício de automatização
Fonte: adaptado de Bojikian, J.; Bojikian, L. (2012, p. 72).
 83
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Exercícios em forma de jogo
• Os alunos entram de 3 em 3 na quadra, agora 
utilizando-se os 9m de largura, até a linha dos 
3m (9mx3m). O objetivo é derrubar a bola 
no campo adversário e não deixar que a bola 
caia em seu campo, somente segurando e re-
alizando lançamentos, mantendo a posição 
de expectativa durante os deslocamentos. O 
professor que determina o mínimo de toques 
para se passar a bola para o outro lado e se os 
alunos devem sair após realizar a ação para 
que outros entrem e continuem o rally, ou se 
esperam na quadra até que alguma equipe 
efetue o ponto. Essa determinação pode va-
riar de acordo com o número de alunos na 
turma.
Jogo Adaptado
• Times de 4 alunos, dispostos na quadraObjetivos de Aprendizagem
• Abordar o voleibol como instrumento pedagógico de 
ensino dos esportes coletivos.
• Averiguar a fase ideal para aprendizagem do voleibol.
• Estudar os métodos de ensino do voleibol.
• Verificar um ordenamento para ensino dos fundamentos 
do voleibol.
• Analisar as fases pedagógicas para o ensino do voleibol.
ASPECTOS PEDAGÓGICOS
I
unidade
INTRODUÇÃO
C
aro(a) aluno(a), falaremos de uma modalidade que, atualmente, é mui-
to popular, apontada como a segunda modalidade mais praticada no 
Brasil e sua prática é difundida em escolas, clubes, parques e ruas. Em 
uma sociedade em que aproximadamente 45,9% dos sujeitos são consi-
derados sedentários (DIESPORTE, 2015, on-line)1, é essencial que nós, enquanto 
professores de educação física, estimulemos a prática de atividade física adequa-
da - o esporte é uma ótima maneira de se fazer isso!
Nesta unidade, você terá o primeiro contato com a modalidade esportiva cole-
tiva que faz parte das diretrizes escolares e é um elemento muito importante para 
os professores licenciados em Educação Física: o voleibol. É essencial para a prática 
docente refletir sobre as ações adotadas em sala de aula, de modo que o ensino seja 
baseado em evidências científicas e suas práxis devidamente justificadas.
Ao longo da unidade, iremos discutir sobre as dimensões em que o voleibol 
está inserido, desmitificando a alta performance como instrumento inerente ao 
esporte. Vamos embasar as razões pelas quais devemos dedicar estudos ao voleibol 
e apontar em quais contextos essa modalidade será nosso instrumento de trabalho.
Além disso, ao final desta unidade, você será capaz de apontar qual é a melhor 
idade para o início da prática do voleibol e como deve ser ensinado. Você já parou 
para pensar como irá ensinar o voleibol? Será que podemos ensinar da mesma 
forma que o handebol, já que os dois são jogados com as mãos? Definitiva-
mente, não! Cada modalidade tem suas especificidades e, por isso, os esportes 
devem ser ensinados de forma peculiar. Temos uma ordem dos fundamentos 
para serem apresentados, e isso você saberá no Tópico 4 desta unidade. 
Por fim, vamos alicerçar o processo metodológico no processo progres-
sivo-associativo, de modo que você seja capaz de ensinar os fundamentos, 
baseado em uma progressão que irá otimizar o aprendizado de seus alu-
nos. Desejamos que você tenha uma boa leitura e aproveite os conheci-
mentos adquiridos nesta unidade!
VOLEIBOL 
12 
A
ntes de iniciarmos nossos estudos sobre 
voleibol e aprendermos sobre suas carac-
terísticas e processos metodológicos de 
ensino, devemos refletir sobre o porquê 
estudar essa modalidade. Inicialmente, o primeiro 
pensamento que vem em nossas mentes se deve ao 
fato de que ele é instrumento da Educação Física es-
colar. Porém, em quais outros campos de atuação o 
voleibol está inserido?
Nas diferentes manifestações do esporte, encon-
tramos diversas intencionalidades e objetivos que 
se diferenciam a partir das expectativas e necessida-
Por que Estudar 
Voleibol?
des dos seus praticantes (GAYA, 2006). Desde 2003, 
com a instituição do Ministério do Esporte (ME), o 
esporte começou a ser tratado de forma diferente, 
com incentivo aos programas, projetos e ações. 
A partir de então, a organização interna do ME 
encontra-se dividida em secretarias que compreen-
de o esporte em três dimensões: Esporte de alto ren-
dimento, Educação e Lazer e Inclusão social (ME-
ZZADRI et al., 2014). Ainda assim, adotaremos a 
proposta de Bojikian, J.; Bojikian, L. (2012), que alo-
ca o voleibol como instrumento da Educação Física 
nas áreas de: Saúde e Lazer; Educação e Competição.
 13
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
SAÚDE E LAZER
Quando visto sob esse aspecto, a prática esportiva 
objetiva o bem-estar, buscando condicionamen-
to físico que permite aos praticantes sentirem-se 
mais aptos e dispostos para suas atividades cotidia-
nas (BOJIKIAN, J; BOJIKIAN, L., 2012). Ademais, 
o esporte relacionado à saúde busca qualidade de 
vida e atua com fins terapêuticos numa perspectiva 
preventiva e de reabilitação. Visa, assim, as diversas 
possibilidades físicas, motoras e orgânicas dos in-
divíduos, com significado relevante à promoção da 
saúde e à qualidade de vida (GAYA, 2006).
Além do aspecto relacionado à saúde, o espor-
te pode ser praticado como lazer, no qual é possí-
vel minimizar o rigor e a cobrança sobre as regras 
oficiais, oportunizando adaptações em busca de um 
volume maior de jogo (GAYA, 2006). Essas altera-
ções podem ser em relação ao espaço, à altura da 
rede, à bola, à dinâmica do jogo ou, ainda, quanto 
à técnica, sempre com intuito de oportunizar maior 
participação e aderência à prática.
O objetivo no aspecto saúde e lazer é oportuni-
zar alegria e prazer com a prática. Joga-se buscando 
autossuperação; de modo que a superação do ad-
versário fica em segundo plano. Pratica-se o esporte 
com perspectiva de autoconhecimento, pelo prazer 
de um corpo belo e saudável, privilegiando-se o 
companheiro e a amizade. Portanto, prioriza-se a 
saúde e o bem-estar, em que utiliza-se como objeto 
o lúdico (GAYA, 2006).
Você sabia que existe um jogo chamado Pu-
nhobol? Em que todas as jogadas são efetu-
adas com o punho fechado e as defesas são 
realizadas com o antebraço? Muitas pessoas 
acham que esse jogo é uma adaptação do vo-
leibol, enquanto, na verdade, o punhobol tem 
seu jogo de forma organizada desde 1893, na 
Alemanha. O voleibol, entretanto, surgiu em 
1895, pelo americano William G. Morgan, em 
Massachusetts, nos Estados Unidos. Dessa 
forma, percebemos que o punhobol teve seu 
início antes mesmo da criação do voleibol e 
que esse pensamento está equivocado. Sendo 
assim, o punhobol é considerado o precursor 
do voleibol e não o contrário.
No Brasil, a referência mais antiga que se 
tem do punhobol é de Maio de 1906, quando 
o professor alemão Georg Black introduziu 
o punhobol na Faculdade de Sogipa (RS). 
Atualmente, o esporte está concentrado nas 
regiões de maior influência alemã, como Rio 
Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e no 
Rio de Janeiro, especificamente na cidade de 
Nova Friburgo, contando com cerca de 100 
equipes praticantes no país. No Paraná, as 
cidades de Curitiba e Ponta Grossa mantém 
suas equipes em constante atividade. A Con-
federação Brasileira de Desportos Terrestres 
é responsável pela representação da moda-
lidade no país. 
Fonte: adaptado de Confederação Brasileira de 
Esportes Terrestres ([2017], on-line)2.
SAIBA MAIS
VOLEIBOL 
14 
EDUCAÇÃO
O esporte escolar possibilita formar valores, atitudes 
e habilidades de conduta. O objetivo específico da li-
cenciatura em Educação Física é oportunizar a alfa-
betização do corpo e a descoberta das possibilidades 
de movimentos, transmitindo cultura esportiva a di-
versas crianças e adolescentes para que esses cidadãos 
sejam capazes de utilizar-se dessas práticas corporais 
ao longo da vida (GAYA, 2006). Ressalta-se que esse 
aspecto é o foco principal deste livro, que será dire-
cionado ao esporte escolar, tendo em vista que futu-
ramente vocês serão licenciados em Educação Física 
e, assim, aptos a trabalhar no contexto escolar.
Toda modalidade esportiva, quando bem tra-
balhada por profissionais competentes e capacita-
dos, pode ser instrumento de educação de crianças 
e jovens (BOJIKIAN, J; BOJIKIAN, L, 2012). Aqui, 
evita-se a seletividade, a hipercompetitividade e tem 
a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral 
do indivíduo, com formação para cidadania (SAN-
TOS et al. 1997). Essa educação pode estar ligada 
às diversas dimensões do comportamento humano, 
como o desenvolvimento físico-motor, cognitivo, 
afetivo e social (GALLAHUE et al., 2013).
No aspecto motor, o aprendiz desenvolve habi-
lidades motoras especializadas, aumentando seu re-
pertório de movimentos, bem como suas capacidades 
motoras, que serão base para o aprimoramento dos 
fundamentos específicos da modalidade (BOJIKIAN, 
J; BOJIKIAN, L, 2012; SCHMIDT; WRISBERG, 2010).
Em relação aode 
4,5mx9m (divide-se a quadra em duas partes, 
utilizando-se os 9m de extensão da quadra 
por 4,5 de largura). Realiza-se uma compe-
tição entre duas equipes apenas segurando e 
lançando a bola. No entanto, agora, determi-
na-se que deve ser realizado 3 toques em cada 
equipe e que a segunda bola deve ser passada 
para o jogador que encontra-se posicionado 
na rede, para que este, por sua vez, escolha 
um dos jogadores posicionados na linha de 
frente (“atacantes”) e, então, estes passem a 
bola para o outro lado da quadra.
• Times de 6 alunos, agora posicionados na 
quadra oficial (9mx9m), realizam jogo idem 
ao anterior, com o início de jogo sendo re-
alizado por bola lançada do professor. En-
fatizar que os alunos devem esperar em po-
sição de expectativa e que devem realizar 3 
toques, sendo a segunda bola para o jogador 
da posição 3, e o terceiro toque deve ser re-
alizado pelos jogadores posicionados na po-
sição 2 ou 4.
Jogo
• Visto o que fora exposto na Unidade l, não 
indica-se a execução dos fundamentos ainda 
não ensinados. Desse modo, o jogo acontece-
rá ainda segurando e lançando a bola, enfati-
zando a posição de expectativa e movimenta-
ção, porém com aplicação das regras básicas 
(pisar na linha no momento do saque, toque 
na rede, invasão por baixo, contagem de pon-
tos, rodízio etc.).
VOLEIBOL 
84 
Após ensinada a posição de expectativa e movimen-
tação básica, vamos seguir para o toque de bola por 
cima, novamente passando pelas cinco fases do ensino.
APRESENTAÇÃO DA HABILIDADE
O toque de bola por cima é o fundamento mais ca-
racterístico do jogo (LERBACH; VIANA JÚNIOR, 
2006). É realizado na altura da cabeça ou acima dela, 
em que as mãos são flexionadas para trás, a fim de 
encaixar-se na bola para que seja imediatamente en-
viada ao local desejado. Apresenta maior precisão 
no controle da bola, comparado à manchete e é uti-
lizado principalmente em levantamentos (BIZZOC-
CHI, 2004).
Ainda assim, o professor deve mostrar aos alu-
nos a importância de se aprender a realizar o toque. 
Isso porque, quando um grupo inicia a aprendiza-
gem do voleibol, ainda não sabemos quais serão 
as crianças que futuramente atuarão como levan-
tadores. Além disso, os demais jogadores também 
se utilizam deste fundamento durante o jogo, para 
recepções altas (BIZZOCCHI, 2004; BOJIKIAN, J.; 
BOJIKIAN, L., 2012).
O toque de bola pode ser dividido em três fa-
ses: Entrada sob a bola, Execução e Término do 
Movimento.
Toque de Bola 
por Cima
 85
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Entrada sob a bola
Nesta primeira fase, as pernas e os braços devem es-
tar semiflexionados, com a bola acima da cabeça. As 
pernas flexionadas com afastamento lateral na lar-
gura do ombro, com um pé ligeiramente à frente do 
outro. O tronco inclinado para frente, de modo que 
os braços estajam posicionados acima da altura dos 
ombros, com os cotovelos abertos lateralmente em 
relação ao tronco.
Os dedos polegares e indicadores formarão uma fi-
gura aproximada de triângulo. 
Figura 5 - Entrada sob a bola toque de bola
Fonte: UniCesumar.
Figura 6 - Posição de mãos toque de bola
Fonte: UniCesumar.
Execução
Todo o corpo participa da execução do toque. O 
contato será realizado com a parte interna dos de-
dos, realizando uma pequena flexão de punhos. Os 
braços e as pernas deverão se estender, efetuando, 
assim, uma transferência de peso do corpo da perna 
de trás para a da frente.
VOLEIBOL 
86 
Término do movimento
Ao final do movimento, o corpo terminará todo es-
tendido e o impulso procede do movimento de per-
nas, que continua por meio da extensão do corpo até 
transmitir o toque na bola.
É importante destacar que, em um primeiro mo-
mento da aprendizagem, recomenda-se que os alu-
nos aprendam apenas o toque de frente, para depois 
aprenderem suas variações.
Figura 7 - Término do movimento toque de bola
Fonte: UniCesumar.
As variações de toque, na maioria das vezes, 
utilizados para execução do levantamento, 
podem ser executados em qualquer das pos-
turas básicas: alta, média ou baixa. 
Esses tipos são: 1. Para frente; 2. para trás; 3. 
Lateral; 4. com rolamento e 5. em suspensão 
(com 1 ou 2 mãos). Este último, muito utilizado 
pelos levantadores nos times de alto rendi-
mento e chamado por alguns, de recurso.
Fonte: a autora.
SAIBA MAIS
SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
• Lançar a bola para cima e para frente, correr e 
agarrar a bola na posição do toque.
• Em duplas, um lança a bola alta em diferentes 
direções, para que o outro aluno corra e agar-
re a bola na posição do toque.
• Ficar de cócoras, atrás de uma bola parada no 
solo, com um dos pés ligeiramente à frente 
do outro.
• Idem ao posicionamento anterior, colocar as 
mãos sobre a bola de modo que forme o tri-
ângulo com o posicionamento dos dedos.
• Idem ao anterior, elevar a bola sobre a testa 
(cerca de um palmo da testa).
• Idem ao anterior, acrescentar extensão de 
pernas e braços (terminando o movimento 
em pé, com os braços estendidos à frente do 
corpo, segurando a bola).
 87
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
• Repetir o movimento anterior, agora lançan-
do a bola para cima, no momento em que es-
tiver realizando a extensão de pernas.
• Semelhante ao exercício anterior, mas após 
lançar a bola para cima, realizar, na sequên-
cia, um toque, com movimentos de extensão 
e flexão de braços e pernas.
• Idem ao anterior, realizando uma sequência 
de dois toques.
• Em duplas, um lança bola para o outro rea-
lizar toques (o professor determina número 
de repetições ou de tempo de exercício, para 
troca de funções).
• Em duplas, ambos alunos realizam toques. 
Trocam toques entre si.
• Forma-se 4 colunas de cada lado da rede para 
trocarem toques com as respectivas colunas 
(após execução, vai para o final da fila e o 
próximo aluno executa o movimento).
EXERCÍCIOS EDUCATIVOS E FORMATIVOS
Após as primeiras tentativas nas práticas delibera-
das, começam a surgir os erros de execução. Nes-
se momento, devemos identificar os mais comuns 
para, então corrigi-los.
Erros mais comuns:
• Não se posicionar embaixo da bola.
• Não coordenar extensão de braços e pernas.
• Posicionamento incorreto de mãos e cotovelos.
• Falta de força para enviar a bola (corrigido 
com exercícios formativos).
VOLEIBOL 
88 
Figura 8 - Erros comuns - Toque
Toque 1 - Corpo e pernas mal posicionadas
Toque 4 - Mãos muito baixas
Toque 5 - Mãos separadas
Toque 6 - Cotovelos muito afastados
Toque 7 - Dedos unidos
Toque 8 - Cotovelos muito unidos
Toque 3 - Mão muito à frente
Fonte: Unicesumar.
Toque 2 - Mãos Deselinhadas
 89
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Exercícios educativos
• Em duplas, um aluno lança a bola em dife-
rentes direções para que o outro se desloque 
e, ao chegar embaixo da bola, agarre em posi-
ção inicial do toque.
• Individualmente, os alunos realizam toques 
para cima, dentro de um círculo que eles 
mesmos desenharam no chão (com diâmetro 
aproximado de 1,5m).
• Individualmente, os alunos realizam toques 
deixando quicar a bola no chão entre um to-
que e outro, para que tenham que entrar em-
baixo da bola para realizar o movimento.
• Em duplas, um aluno fica sentado, com a 
bola nas mãos em posicionamento indicado 
(dedos formando um triângulo), enquanto 
o outro aluno segura a bola, de modo a não 
deixar que a bola saia das mãos do aluno que 
está realizando o movimento e oferecendo 
uma pequena resistência (sobrecarga). Isso 
permite que o aluno que executa, aumente a 
percepção do trabalho muscular necessário 
para realização do movimento, o que auxilia 
na correção e automatização do movimento, 
por meio da cinestesia proporcionada.
• Exercício igual ao anterior, mas agora em pé, 
para que o aluno possa vivenciar o movimen-
to de braços e pernas (por meio da transfe-
rência de peso).
• Em duplas, um aluno começa sentado (em 
uma cadeira, banco de reservas, arquibanca-
da) com um pé encostado no banco e o outro 
posicionado a frente, enquanto o outro terá 
a função de lançar a bola. O aluno lançará a 
bola para cima, próximo de quem estará sen-
tado,de modo que o aluno que executa deve 
se levantar e realizar o movimento de exten-
são de braços, enquanto realiza a extensão e 
transferência de peso de pernas (se observar-
mos atentamente, o movimento de se levan-
tar é muito similar ao movimento de transfe-
rência de peso que queremos ensinar).
Você, enquanto professor(a), decidirá quais exercí-
cios aplicará em sua turma. A seleção dos exercícios 
vai depender de quais erros seus alunos estiverem 
apresentando.
Exercícios formativos
• Sentados, utilizando-se de medicine ball (ou 
caso não tenha disponível na escola esse ma-
terial, podemos utilizar bolas de basquete), os 
alunos devem realizar o movimento do toque 
para cima.
• Em pé, realizar toques para cima ainda com 
bola de medicine ball.
• Individualmente, a uma distância próxima da 
parede, realizar toques na parede com bola de 
basquetebol.
Refletindo sobre sua futura prática peda-
gógica: como oportunizar aos seus alunos 
experiências positivas na Educação Física Es-
colar? Como planejar as aulas para atender à 
diversidade de alunos?
REFLITA
VOLEIBOL 
90 
 AUTOMATIZAÇÃO
Nessa fase, o importante é ter grande volume de prá-
tica. Para isso, você deve adaptar os exercícios aqui 
sugeridos à realidade em que atua, como a quanti-
dade de bolas, disponibilidade de paredes, número 
de alunos etc.
• Repetição na parede em séries longas (20 a 30 
repetições), à uma distância de aproximada-
mente 1m.
• Em duplas, trocas de passes, à uma distância 
de 2m aproximadamente.
• Idem ao anterior, ir aumentando a distância 
progressivamente.
• Ainda em duplas, posicionados a 4m de dis-
tância aproximadamente na linha de fundo, 
trocar toques e ir se movimentando lateral-
mente, em direção à rede. Realizar dos dois 
lados da quadra (para que mais alunos reali-
zem o movimento ao mesmo tempo).
• Três alunos estarão posicionados na rede (po-
sição 4, 3 e 2), de frente para a quadra em que 
estão, para lançarem bolas às posições 5, 6 e 
1, respectivamente. Os alunos que irão exe-
cutar estarão em colunas ao final da quadra 
e se deslocarão para realizar o toque de uma 
bola que será lançada pelos alunos que estão 
posicionados na rede. Após realizar o movi-
mento, vai para o final da fila, revezando en-
tre as colunas. O exercício deve ser realizado 
do mesmo modo, do outro lado da quadra.
• Semelhante ao anterior, porém, agora realiza-
-se o toque de bolas lançadas nas três posições 
(1, 6 e 5), utilizando de deslocamento lateral 
(caranguejo). De mesmo modo, do outro 
lado da quadra o exercício deve ser realizado.
• Idem ao anterior, mas agora inverte-se a 
ordem das posições (5, 6 e 1). De mesmo 
modo, o exercício deve ser realizado do outro 
lado da quadra.
APLICAÇÃO
JOGOS DE INICIAÇÃO
3. Jogadas confiáveis:
Os alunos devem preparar-se para receber a 
bola (posição de expectativa), e retornar para sua 
posição original após a rebatida, assim, sugerimos 
realizar a atividade em um espaço de 3m x 3m, uti-
lizando a linha dos 3m como linha de fundo. Desse 
modo, é possível fazer 3 quadras de cada lado, de 
modo que as crianças jogarão contra as respecti-
vas “quadras” de frente da sua. O objetivo é tentar 
manter a bola no jogo, concentrando-se em jogá-la 
por cima da rede e dentro da quadra.
Caso tenham muitos alunos na turma, pode pedir para 
que o aluno execute a ação e saia para que o próximo 
da fila receba e envie a bola, e assim por diante.
Variação: idem ao anterior, porém o aluno fica na 
quadra até a finalização do ponto, em que o objeti-
vo da atividade é, agora, fazer com que a bola toque 
a quadra adversária.
4. Longe e perto, lado e lado:
Delimitar o tamanho da quadra conforme o professor 
julgar adequado, tendo em vista que o jogo será de 
1x1. O professor determinará alvos na quadra (que 
pode ser desenhado ou demarcado com objetos, 
como cordas, cones e colchonetes). Esses alvos estarão 
dispostos na quadra na frente e atrás ou um em cada 
lado da quadra, em que o objetivo é acertar o alvo 
adversário com o toque da bola no chão (que deve ser 
enviada por meio do toque de bola sobre a rede).
Variações: jogo 2x2, 3x3 e quanto à pontuação (exem-
plo: só vale ponto, se a bola cair no alvo. Caso caia fora 
do alvo, não conta ponto para a equipe).
Figura 9 - Jogo de rede
Fonte: adaptado de Brasil ([2017], on-line)1.
 91
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Exercícios em forma de jogo
• Os alunos da coluna A lançam para os alu-
nos da coluna B que, por sua vez, realizam o 
levantamento para os da coluna A, os quais o 
ataque para outro lado. Todos os movimentos 
devem ser realizados de toque. Após a reali-
zação das ações, os alunos trocam de coluna 
no sentido da bola.
• Os alunos da coluna A, lançam a bola para a 
coluna B, que realizam o levantamento para 
os alunos da coluna C realizarem o “ataque” 
para o outro lado sobre a rede. Todos os 
movimentos devem ser realizados de toque. 
Após a realização das ações, os alunos trocam 
de coluna no sentido da bola.
A
A
B
B
Figura 10 - Exercício de aplicação, com ação completa: passe, levanta-
mento e ataque (realizados por meio de toque de bola por cima)
Fonte: adaptada de Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012). 
C
A
A
C
B
B
Figura 11 - Exercício de aplicação, de uma ação completa
Fonte: adaptada de Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012).
• Idem ao anterior, mas agora os alunos que 
estão na posição do levantador (B), se des-
locam para realizar o levantamento. Após a 
realização das ações, os alunos trocam de co-
luna no sentido da bola.
C
A
B
C
A
B
Figura 12 - Exercício de aplicação, de uma ação completa
Fonte: adaptada de Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012). 
• Idem ao anterior, com deslocamento do “le-
vantador” para realizar o movimento. Porém, 
agora, o professor lança a bola para a coluna 
A iniciar a ação, que passará para coluna B, 
que enviará a bola para a C dar o toque sobre 
a rede, para o outro lado da quadra. Após a 
realização das ações, os alunos trocam de co-
luna no sentido da bola.
Figura 13 - Exercício de aplicação, de uma ação completa, com 
lançamento de bola para execução do passe
Fonte: adaptada de Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012).
VOLEIBOL 
92 
• Similar ao exercício anterior, porém com os 
alunos da coluna B se deslocando até a rede 
para efetuarem o levantamento após a execu-
ção do passe pelos colegas da coluna A. Após 
a realização das ações, os alunos trocam de 
coluna no sentido da bola.
• Exercício de continuidade: o primeiro aluno da 
coluna A lança a bola em direção à coluna A 
do lado oposto. O primeiro aluno dessa coluna 
recepcionará, realizando um passe (utilizando 
o toque) para a coluna B, que efetuará um le-
vantamento para a coluna C, que atacará a bola 
(por meio de toque) para a coluna A do outro 
lado da quadra, que dará continuidade do exer-
cício da mesma forma do que fora realizado.
A
C
B
Figura 14 - Exercício de aplicação, de uma ação completa, com lança-
mento de bola para execução do passe e deslocamento do levantador
Fonte: adaptada de Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012). 
• O professor lançará uma bola para a coluna 
A ou B, alternando de forma aleatória. Se o 
lançamento for em direção da coluna A, os 
alunos da coluna B, se deslocam até a rede, 
onde receberão o passe e realizarão o levanta-
mento para o aluno que efetuou o passe. Caso 
o professor lance a bola para a coluna B, os 
papéis se invertem. Executadas as tarefas, os 
alunos devem trocar de coluna.
B
A
Levantador
corre
Figura 15 - Exercício de aplicação, com alternância de lançamento/sa-
que do professor para as colunas
Fonte: adaptada de Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012). 
C
B
B
B
A
A
Figura 16 - Exercício de aplicação com ação de continuidade
Fonte: adaptada de Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012). 
• Exercício de 6x6. A quadra deve ser dividida 
ao meio, demarcada com giz ou corda. O saque 
é realizado por meio de toque e os três toques 
são obrigatórios, de modo que o primeiro toque 
deve ser direcionado ao aluno que encontra-se 
na rede, para que este realize o “levantamento”para um dos alunos que estão nas posições de 
ataque. O jogo acontece de dois contra dois, e 
a rotação acontece para quem perder o ponto. 
Figura 17 - Exercício de aplicação com ação completa de continuidade
Fonte: adaptada de Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012). 
• Idem ao exercício anterior, porém com equi-
pes de 4x4. 
 93
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
JOGO ADAPTADO
• Os alunos estarão posicionados na quadra, 
de acordo com o jogo formal. O professor 
lança uma bola para os alunos que ocupam 
as posições 2, 1, 6, 4 ou 5, para que estes rea-
lizem o toque direcionado à posição 3. O alu-
no que estiver nessa posição, efetuará o toque 
direcionado às posições 2 ou 4, para que estes 
ataquem a bola, utilizando-se do toque.
• Igualmente ao exercício anterior, porém após 
a realização dos três toques (finalização do 
ataque - com toque, enviando a bola para o 
outro lado), os alunos realizam um rodízio 
(6x0), para que todos vivenciem a posição 3, 
destinada ao levantador.
• Similar ao exercício anterior, porém, os três 
alunos que tocaram na bola devem sair e 
outros três entrarem em seu lugar. Esse mo-
delo de exercício é ideal quando há muitos 
alunos em uma aula. Isso permite que mais 
alunos participem da aula, tornando-a mais 
dinâmica.
• Colocar dois times em quadra. O professor 
lançará a primeira bola, devendo as equipes 
trocar bolas, até que uma delas faça o pon-
to. Os alunos que tocaram na bola ainda 
devem sair e outros três entrarem em seu 
lugar. Ainda, sempre após a bola ser envia-
da ao lado oposto, a equipe deve realizar 
um rodízio (mesmo com a bola em movi-
mento no rali).
Jogo
Nessa etapa, os alunos jogarão em time de seis joga-
dores, porém algumas regras devem ser adaptadas, 
visto que o jogo será realizado apenas com o toque 
de bola (pois ainda não aprenderam os demais).
• O saque será efetuado por lançamento ou por 
toque, de dentro da quadra, na posição 1, em 
lugar determinado pelo professor.
• Pode ser exigido ou não os três toques para cada 
equipe, sendo determinado pelo professor.
• O professor pode determinar que o ataque 
seja direcionado para zona de defesa (posi-
ções 1, 6 e 5).
• Regras como contagem dos pontos, toque na 
rede, invasão por baixo e rodízio devem se-
guir as regras oficiais.
• Para que mais alunos participem, o professor 
pode determinar a substituição dos alunos 
que cheguem a uma determinada posição 
(por exemplo: sempre que chegarem na po-
sição 1, entra em quadra um aluno que esta-
va de fora para realizar o saque e continuar 
o rodízio, até chegar novamente na posição 
1. Assim, em cada rodízio, entrará um novo 
aluno em quadra).
Lembre-se que o nível de complexidade do exercício 
indicado dependerá de qual turma você irá aplicar 
as atividades. As turmas mais novas têm dificulda-
des de assimilar muitas regras e informações, neces-
sitando de exercícios mais simples.
VOLEIBOL 
94 
A 
manchete é o fundamento que utiliza, para sua execução, os 
dois braços unidos, normalmente utilizado para recepções 
de saques e defesas de cortadas, e também utilizado como re-
curso no levantamento. O aluno executa uma ação de ataque 
à bola, que toca em seu antebraço e, por isso, suporta melhor os fortes 
impactos, comparado aos dedos, utilizados no toque, por exemplo (BI-
ZZOCCHI, 2004; LERBACH; VIANA JÚNIOR, 2006).
APRESENTAÇÃO DA HABILIDADE
É um fundamento defensivo, realizado com os braços estendidos à fren-
te do corpo, em que a bola toca no antebraço, normalmente à altura do 
quadril. 
Manchete
 95
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Entrada sob a bola
As pernas devem estar como no toque, semiflexio-
nadas, afastadas lateralmente a uma distância seme-
lhante à largura dos ombros, com um pé ligeiramen-
te à frente do outro. Os braços estarão estendidos e 
unidos à frente do corpo. Os dedos (unidos) de uma 
mão devem estar sobrepostos aos da outra, de forma 
que quando fecharmos as mãos, os polegares estarão 
paralelamente estendidos.
Figura 18 - Mãos da Manchete
Fonte: UniCesumar.
Figura 19 - Posição de entrada na bola (Manchete)
Fonte: UniCesumar.
VOLEIBOL 
96 
Ataque à bola
No movimento de ataque à bola, as pernas se esten-
derão, o peso do corpo é transferido para a perna 
da frente e os braços permanecem sem movimento, 
firmes e com a musculatura contraída. O impacto 
da bola ocorre nos antebraços que devem estar es-
tendido.
Término do movimento
Os braços ainda estendidos e unidos permanecem 
após o contato com a bola, podendo ser elevado até 
a altura aproximada dos ombros. A perna de trás fi-
naliza o momento estendida, de modo a obter uma 
transferência de peso para a perna da frente.
É sugerido que, aos poucos, a manchete lateral 
seja introduzida, de forma que com a sua utilização, 
o atleta possa cobrir grandes áreas da quadra (LER-
BACH; VIANA JÚNIOR, 2006; BOJIKIAN, J.; BO-
JIKIAN, L., 2012). 
SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
Exercícios preparatórios
• Utilizando apenas um braço, manter a bola no ar, 
fazendo o contato desta com seu antebraço, em 
movimento de ataque similar ao da manchete.
• Idem ao exercício anterior, utilizando o braço não 
dominante.
• O aluno deve trocar passes entre seus braços, fa-
zendo o ataque na bola com seu antebraço, man-
tendo a bola no ar.
• Em duplas, de mãos dadas, os alunos devem tro-
car passes, utilizando apenas um deles para tocar 
a bola, que deve ser atacada com seu antebraço, 
similar ao exercício anterior.
Obs: esses exercícios podem ser utilizados em forma 
de competição e sobre a rede. A partir destes, você, 
enquanto professor, pode fazer as variações confor-
me queira.
Exercícios para aprendizagem:
1. Sentados no chão, com as pernas afastadas, os alu-
nos devem executar o posicionamento de mãos.
2. Ainda sentados, com o posicionamento correto de 
mãos, os alunos devem realizar o posicionamen-
to de braços, paralelamente ao solo, procurando 
aproximar os cotovelos e extensão dos punhos 
(em direção ao solo).
3. Idem, fazendo a movimentação da manchete (do 
solo até a altura dos ombros).
4. Em pé, realizar o movimento coordenando braços 
e pernas, ainda sem a bola.
5. Em posição fundamental média, o companheiro 
pressiona a bola contra a superfície de contato da 
manchete com os antebraços, fazendo pequena 
pressão sobre a bola, de modo que fique presa no 
antebraço do colega e este realize o movimento 
de manchete.
6. Colocar a bola sobre os braços, largá-la no chão, 
deixá-la quicar e, novamente, tocá-la executando 
o movimento de manchete.
7. 2x2: um lança a bola para que o outro execute a 
manchete, a uma distância aproximada de 3m. 
Enfatizar a posição de expectativa enquanto es-
pera a bola.Figura 20 - Possível abrangência total da manchete
Fonte: adaptado de Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012).
200m
140m
120m 120m
0,50m
100m
120m
Movimento
 em pé
 2x2 com
lançamento
2x2
com bola 
presa
150m150m
 97
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
EXERCÍCIOS EDUCATIVOS E FORMATIVOS
Erros mais comuns:
• Flexionar os braços na realização do movi-
mento.
• Não flexionar as pernas.
• Tocar as mãos na bola.
• Flexionar o tronco e não os joelhos.
• Não coordenar movimentos de braços com 
os da perna.
Fonte: UniCesumar.
Exercícios educativos
• Em duplas, um lança a bola por baixo da rede, 
para que o outro aluno execute a manchete por 
baixo da rede, de modo que, ao finalizar a man-
chete (aproximadamente na altura do ombro), 
os braços toquem no bordo inferior da rede. 
Enfatizar que os braços devem permanecer es-
tendidos e as pernas devem estar flexionadas.
• Similar ao anterior, porém a bola será lança-
da por cima da rede, de modo que o aluno 
que executa deva rebater a bola bem baixa, 
devolvendo-a por baixo da rede. Enfatizar a 
flexão de pernas. Ainda em duplas, alunos 
trocam manchetes por baixo da rede. Enfati-
zar a flexão de pernas e transferência de peso 
da perna de trás para a perna da frente, além 
da manutenção dos braços estendidos.
• Em duplas, um aluno iniciará a atividade 
sentado em uma cadeira (banco, arquibanca-
da etc.), e receberá uma bola lançada à suafrente, para que realize a manchete e termine 
o movimento em pé.
• Realizar manchetes na parede à uma distân-
cia de, aproximadamente, 1m.
• Realizar manchetes dentro de um círculo de-
senhado no chão, com raio aproximado de 
2m, controlando sucessivos passes para cima.
• Repetir o movimento de manchete, com so-
brecarga de um companheiro, que fará pres-
são no antebraço do colega com uma bola, 
permitindo, assim, sentir o trabalho dos 
músculos mais solicitados.
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - 
EXERCÍCIO EDUCATIVO MANCHETE
Link: https://vimeo.com/214842604/42e252f51a4 - Braço flexionado
2 - Pernas unidas
1 - Flexionar o 
tronco e não os joelhos
3 - Tronco flexionado
e pernas extendidas
Figura 21 - Erros mais comuns aos 
aprendizes do fundamento
https://vimeo.com/214842604/42e252f51a
https://vimeo.com/214842604/42e252f51a
https://vimeo.com/214842604/42e252f51a
https://vimeo.com/214842604/42e252f51a
https://vimeo.com/214842604/42e252f51a
https://vimeo.com/214842604/42e252f51a
https://vimeo.com/214842604/42e252f51a
https://vimeo.com/214842604/42e252f51a
https://vimeo.com/214842604/42e252f51a
https://vimeo.com/214842604/42e252f51a
https://vimeo.com/214842604/42e252f51a
VOLEIBOL 
98 
Exercícios formativos
• Similar ao último exercício apontado, reali-
zar o movimento da manchete, enfatizando 
as pernas flexionadas e os braços estendidos, 
segurando uma bola de medicine ball de 1 
ou 2 kg (caso não tenha disponível, utilize 
uma bola de basquete e aumente o volume do 
exercício).
AUTOMATIZAÇÃO
Todos os exercícios sugeridos para automatização 
do toque de bola por cima podem ser utilizados ago-
ra usando a manchete. 
Individualmente na parede:
• Em duplas, realizando manchetes na parede, 
de forma alternada.
• Realizar manchetes em 2 a 3 pontos da quadra.
• Em duplas, realizar manchete andando na 
lateral da quadra, percorrendo toda quadra, 
em uma distância aproximada de 4m.
APLICAÇÃO
Nesta fase do processo metodológico, devem ser 
utilizados os mesmos exercícios apontados para o 
toque de bola. Torna-se importante ressaltar que, 
para garantir a eficiência do método progressi-
vo-associativo, sugere-se que nos exercícios de 
aplicação seja orientado aos alunos realizarem a 
primeira bola de manchete, a segunda (referente 
ao levantamento), de toque e a última (ataque) de 
toque ou manchete.
Para o jogo adaptado e o jogo, utilizar-se prio-
ritariamente apenas desses dois fundamentos (além 
da posição de expectativa), visto que foram os úni-
cos aprendidos até o momento.
 99
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
VOLEIBOL 
100 
O saque do voleibol é o primeiro fundamento exe-
cutado no jogo e é o único classificado como habi-
lidade fechada, pois depende, exclusivamente, do 
executante e não tem interferência ambiental dos 
adversários. Na escola recomenda-se seu ensino, em 
detrimento do saque por cima (ou tipo tênis), tendo 
em vista sua complexidade de execução.
APRESENTAÇÃO
O jogo de voleibol inicia-se com o saque, pelo jo-
gador que ocupar a posição 1 e que estará atrás da 
linha de fundo, podendo ocupar qualquer lugar na 
zona de saque.
Fase preparatória
O jogador de frente para rede, pés afastados em po-
sição de passo, pernas ligeiramente flexionadas em 
posição contralateral, corpo equilibrado, com tron-
co inclinado para frente. O braço que segura bola 
(braço não dominante) deve estar à frente do corpo 
e um pouco ao lado, na direção do braço batedor. A 
mão do impacto ficará atrás do quadril, em forma de 
concha ou copinho.
Saque por Baixo
 101
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Figura 22 - Saque por baixo - Posição
Fonte: UniCesumar.
Posição 1
Posição 3
Posição 4
Posição 2
Posição 4
VOLEIBOL 
102 
Execução
O braço batedor faz o movimento de pêndulo, que 
deve alcançar a bola por baixo, enquanto o peso do 
corpo é transferido para a perna da frente. A batida 
acontecerá na altura do quadril e o movimento deve 
ser contínuo, sem pausas entre as fases.
Recomendamos o não lançamento da bola no 
momento da batida, e sim uma rápida substituição 
da mão que sustenta, pela mão que golpeia. Isso por-
que lançamentos muito altos geram imprecisões, as 
quais levam a erros.
Término do movimento
Com o golpe na bola e a transferência do peso do 
corpo para a perna da frente, há uma tendência 
natural de a perna de trás ser lançada para frente, a 
qual deve ser aproveitada para realizar o passo que 
introduzirá o jogador na quadra novamente.
Figura 23 - Saque por baixo
Fonte: UniCesumar.
Figura 24 - Saque por baixo - Término do movimento
Fonte: UniCesumar.
SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
• Em duplas, um aluno lança para o outro, uma 
bola rasteira, semelhante ao movimento do 
boliche, de modo que ela seja lançada com 
o braço estendido, vindo de trás para frente, 
acompanhado de flexão e extensão das per-
nas, com transferência de peso da perna de 
trás para perna da frente.
• Idem ao exercício anterior, com o aluno 
acentuando a flexão das pernas e lançando o 
braço para frente e para cima, de modo que a 
bola realize uma parábola alta.
 103
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
• Realizar o movimento de saque por baixo, 
sem a bola. O professor deve questionar os 
alunos sobre qual a semelhança do movi-
mento completo do saque que realizaram 
sem a bola, com os exercícios que estavam 
realizando (enfatizar o movimento de per-
nas e a transferência de peso de uma perna 
para outra).
• Efetuar saques contra uma parede, a diferen-
tes distâncias (aumentar a distância, confor-
me o aluno adquirir segurança).
• Efetuar saques em direção a um companhei-
ro, a diferentes distâncias.
• Efetuar saques por cima da rede, aumentan-
do gradativamente a distância (podendo ser 
iniciado a partir da linha dos 3m).
• Sacar buscando um objetivo no campo 
contrário.
EXERCÍCIOS EDUCATIVOS E FORMATIVOS
Erros mais comuns:
• Flexionar o braço no momento da batida.
• Não utilizar a transferência de peso das per-
nas para sacar.
• Não lançar o braço para frente, em direção ao 
seu objetivo.
Exercícios Educativos
• Em duplas, por baixo da rede, um aluno se-
gura firme a bola do seu lado da quadra, pró-
ximo a rede, para que o outro aluno execu-
te o trabalho de pernas e bata na bola (por 
baixo da rede), mantendo o braço estendido 
até o final do movimento. O aluno que segura 
não deve permitir que a bola saia de sua mão 
quando golpeada pelo colega.
• Sacar ao lado de uma parede, procurando 
movimentar o braço paralelamente à ela.
• A uma distância próxima à rede (1 a 2m), em 
duplas, os alunos sacam fazendo a bola pas-
sar por cima da rede e cair na zona de ataque 
da outra quadra.
Exercícios Formativos
Realizar os dois primeiros exercícios da sequência 
pedagógica com bolas de medicine ball ou bolas de 
basquete (caso a escola em que você trabalhe não 
possua esse material).
AUTOMATIZAÇÃO
• Dispostos em colunas, sacar por cima da 
rede, para coluna respectiva, iniciando a cur-
tas distâncias, aumentando gradativamente.
• Sacar na parede, procurando atingir um alvo 
ou alguma altura predeterminada.
• Sacar livremente, em direção à quadra con-
trária.
• Sacar procurando acertar alvos colocados 
em diferentes pontos da quadra oposta (co-
locar alvos de ambos os lados, para que os 
alunos possam ser distribuídos para realizar 
o saque. Os alvos podem ser cones, arcos, 
coletes espalhados pelo chão ou qualquer 
material disponível).
VOLEIBOL 
104 
APLICAÇÃO
Exercícios em forma de jogo
• Os alunos da coluna A sacam para os alu-
nos da coluna B, que receberão de toque ou 
manchete. A frente dos receptores haverá 
um aluno (um para cada fila) que será res-
ponsável por segurar a bola recepcionada 
e passá-la à fila do saque. Os sacadores vão 
aumentando a distância, a medida que se 
sentirem confiantes. As três colunas sacam, 
para suas respectivas colunas da frente, re-
cepcionar a bola.
• Igual ao anterior, mas o aluno que recebeu a 
bola (coluna B) faz o deslocamento para ata-
car a bola que será levantada pela coluna C. 
A B
Com recepção
Figura 25 - Exercício de aplicação do saque
Fonte: adaptadode Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012, p. 87).
• Os alunos da coluna B recepcionam a bola de 
saque dos alunos da coluna A. Os alunos da 
coluna C levantam a bola para que os alunos 
da coluna D ataquem para o outro lado, de 
toque ou manchete. 
B
D
C
C
A
A
B
D
Figura 26 - Exercício de aplicação do saque, de uma ação completa
Fonte: adaptado de Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012, p. 87).
A
A B
C
BC
Figura 27 - Exercício de aplicação de ação completa: saque, passe, levan-
tamento e ataque (realizados por meio de toque ou manchete).
Fonte: adaptado de Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012, p. 87)
Jogo adaptado
Podem ser utilizados os mesmos exercícios indi-
cados para a aplicação do toque de bola por cima 
e da manchete, com os alunos utilizando o saque 
por baixo, em substituição do lançamento de bola 
de professor. Nos exercícios em que os alunos lan-
çam a bola para iniciar o jogo, eles passam a sacar 
por baixo.
Jogo
Os mesmos exercícios sugeridos à aplicação do 
toque e manchete, com os alunos utilizando o sa-
que por baixo para substituir o envio da bola do 
professor e o lançamento dos alunos para iniciar 
a partida.
 105
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
VOLEIBOL 
106 
A 
cortada é o fundamento mais frequentemente utilizado para execu-
ção do ataque por ser um fundamento de grande efetividade. Dentre 
as crianças, comumente é o fundamento pelo qual elas mais anseiam 
aprender, visto seu destaque perante os demais. Podemos fazer uma 
analogia ao “gol” do futebol, por exemplo.
APRESENTAÇÃO
A cortada é o fundamento que finaliza a maioria das ações ofensivas e visa enviar, 
por meio de um golpe forte, realizado durante um salto, a bola no solo adversário, de 
forma que, geralmente, encerra o rali. É considerada o gesto técnico mais complexo 
do voleibol, devido às dificuldades de execução das várias fases em conjunto (coorde-
nação de vários movimentos). As cortadas exigem, para seu domínio, força, velocida-
de, destreza e precisão e, normalmente, é composta por cinco etapas: deslocamento, 
chamada, salto, fase aérea e queda.
Cortada
 107
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Figura 28 - Fases da cortada
Fonte: UniCesumar.
Fases da cortada 2
Fases da cortada 4
Fases da cortada 6
Fases da cortada 8
Fases da cortada 1
Fases da cortada 3
Fases da cortada 5
Fases da cortada 7
VOLEIBOL 
108 
Deslocamento
Geralmente realizado em duas ou três passadas de 
corrida, definidas em função do levantamento, com 
os braços semiflexionados ao lado do corpo. Quan-
do realiza as três passadas, o início é com o pé es-
querdo à frente, a primeira passada é com o pé di-
reito, depois, uma dupla (simultânea), de forma que 
a esquerda chegue à frente da direita. Quanto maior 
a aceleração, maior a probabilidade de boa impulsão 
(BOJIKIAN, J.; BOJIKIAN, L., 2012).
Chamada
Após o deslocamento, ambos os pés em contato com 
o solo (com o esquerdo mais a frente, no caso dos 
destros), com afastamento lateral pouco menor que 
a largura dos ombros. O tronco estará inclinado 
para frente, com os braços estendidos para trás do 
corpo, pernas flexionadas a aproximadamente 90º, 
de modo que os quadris fiquem posicionados atrás 
dos calcanhares.
Salto
É executado com rápida extensão das pernas e ajuda 
dos braços e tronco, que são lançados para cima. Os 
pés tocam o chão primeiro com os calcanhares e a 
última parte a perder o contato com o solo são as 
pontas dos pés.
Fase aérea
Os braços são lançados para cima. O braço bate-
dor continua seu movimento para trás da cabeça, 
semiflexionado, passando sobre a linha do ombro, 
na máxima amplitude escapuloumeral. O braço de 
equilíbrio se mantém estendido à frente do corpo e 
ocorre uma hiperextensão do tronco.
O ataque deve ocorrer no ponto mais alto do 
salto, aproveitando os movimentos dos braços, com 
a ajuda do tronco que, ao final do movimento, está 
flexionado para frente. A batida na bola é tida aci-
ma do seu eixo horizontal, pela palma da mão. A 
articulação do punho deve flexionar, para imprimir 
rotação na bola e aumentar as chances de acertar a 
quadra adversária.
Queda
Após a batida na bola, com o corpo flexionado à 
frente, a queda ocorre com a ponta dos pés tocando 
o solo primeiro, com as pernas flexionadas, a fim de 
amortecer o queda e recuperar o equilíbrio.
Nas bolas levantadas distantes da rede, o atacan-
te deve encurtar as passadas ou diminuir sua quan-
tidade para não passar da bola.
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - CORTADA
Link: https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
Jogador canhoto
Como não são a maioria da população, em alguns 
momentos, os canhotos são esquecidos, ao planejar-
mos as atividades, de modo que o jogo é baseado na 
facilidade para o destro. Por isso, devemos nos aten-
tar a isso e fazer algumas adaptações para os canhoto.
A principal delas é na fase da chamada da cor-
tada, em que o canhoto deve iniciar com a perna 
direita a frente, de modo que posicione o ombro es-
querdo mais distante da rede. Além disso, se para os 
destros a melhor posição para o ataque é a posição 
4 (entrada de rede), para os canhotos a melhor po-
sição é a 2, na saída de rede, pois recebem a bola 
levantada da esquerda para a direita.
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
https://vimeo.com/214842689/e43e01fb6c
 109
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
• Os alunos realizam sem a bola o movimen-
to dos braços da cortada, sem a chamada de 
braços.
• Em pé, com a perna esquerda ligeiramente à 
frente, os alunos realizam, ainda sem a bola, o 
movimento de braços da cortada, com a cha-
mada de braços.
• Idem ao anterior, com flexão e extensão de per-
nas, tronco flexionado à frente, mas sem salto.
• Realizar mesmo movimento do item anterior, 
agora com salto, porém sem deslocamento.
• Realizar mesmo movimento do item anterior, 
realizando o movimento da cortada, com 
chamada de braços, realizando, agora, duas 
passadas que precedem a chamada de braços 
para o salto.
• Dispostos em três colunas, os alunos farão 
o movimento completo de ataque e tocarão 
em uma bola que estará sendo segurada por 
alunos voluntários, que estarão em cima de 
um banco (cadeiras, plintos etc.), na altura da 
rede. Enfatizar que os alunos iniciem o movi-
mento em cima da linha dos 3m.
• O professor lança bolas (levanta) para que 
os alunos possam cortar. Eles devem iniciar 
o deslocamento após o lançamento da bola. 
Neste, o professor pode fazer uma, duas ou 
três colunas para ataque, dependendo do nú-
mero de alunos na turma.
EXERCÍCIOS EDUCATIVOS E/OU FORMA-
TIVOS
A seguir, é possível ver os erros mais comuns duran-
te a realização dos exercícios:
• Não coordenar as passadas com a chamada 
de braços;
• fazer a chamada após ter finalizado as passadas;
• não flexionar as pernas para realizar a chamada;
• não estender os braços para trás na execução 
da chamada;
• não elevar os braços pela frente do corpo na 
armada dos braços para cortar;
• atacar com o braço flexionado;
• não utilizar o braço de equilíbrio, utilizando 
apenas o braço batedor durante a cortada;
• desequilíbrio, que proporciona queda na rede;
• dificuldades no tempo de bola, saltando antes 
ou depois do momento adequado para me-
lhor alcance da bola;
• falta de precisão no contato da mão com a bola, 
realizando o contato da bola com o punho;
• falta de potência do braço.
Exercícios Educativos
• Sem bola, em duplas, de mãos dadas, realizar 
o movimento de deslocamento e chamada de 
braços;
• sem bola, realizar o deslocamento pisando 
dentro de círculos desenhados no chão, com 
chamada de braços e salto;
• realizar a chamada de braços após o deslo-
camento,de modo que, no momento de ele-
vação dos braços, as costas da mão toquem 
no solo;
• no momento da chamada, os alunos batam 
palma, atrás da panturrilha;
• o aluno se desloca segurando uma bolinha 
na mão não dominante. No momento da 
chamada, a bolinha é passada para a mão do-
minante, por trás da panturrilha, para que o 
aluno realize o movimento da cortada, com 
salto e lance a bolinha para a outra quadra;
VOLEIBOL 
110 
• o professor lança uma bola para que os alu-
nos se desloquem, façam a chamada de bra-
ços com salto, mas a segurem em seu ponto 
mais alto (segurar com as duas mãos);
• os alunos estarão posicionados em cima da li-
nha dos 3m. O professor lança uma bola nessa 
mesma direção, para que, sem deslocamento, 
apenas com chamada de braços, flexão e exten-
são de pernas, os alunos realizem o movimen-
to da cortada, buscando tocar na bola em seu 
ponto mais alto com os braços bem estendidos;
• realizar o movimento da cortada contra uma 
parede (paredão).
AUTOMATIZAÇÃO
• Ataque de bola lançada (levantada) nas posi-
ções da entrada e saída de rede.
• Deve ser realizado igualmente ao movimento 
anterior, no entanto, é necessário que haja al-
vos na quadra a serem acertados.
• Os alunos iniciam a ação com toque, abrem 
fora da quadra e realizam o deslocamento 
para ataque.
Figura 29 - Educativo do ataque “paredão”
Fonte: Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012).
Exercícios Formativos
• Na posição ajoelhado, de frente para uma pa-
rede, o aluno deve lançar uma medicine ball 
(ou bola de basquete) contra a ela, a uma dis-
tância de 1,5m, com a maior potência pos-
sível, acentuando o trabalho de extensão e 
flexão do tronco.
• O aluno deverá realizar os mesmo movimen-
tos do item anterior, na posição em pé.
• Realizar o movimento da cortada, seguran-
do uma medicine ball (ou bolas de peso com 
areia utilizadas no atletismo), lançando-a so-
bre a rede.
• O professor levanta uma série de três ou qua-
tro bolas consecutivas, para que o aluno ata-
que seguidamente (fazendo o movimento de 
“abrir” na quadra).
• Séries de quatro bolas, alternando as trajetó-
rias (predeterminadas pelo professor).
• Dispostos em três colunas, realizar ataque nas 
três posições (após realizar o ataque, ir para 
o final da outra coluna - em sentido horário).
Figura 30 - Exercício para automatização do ataque
Fonte: Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012, p. 102).
Ataque nas
3 posições
Figura 31 - Exercício para automatização do ataque nas 3 posições
Fonte: a autora.
 111
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
• Alunos dispostos em três colunas, em que um 
fará o passe para o levantador, que levantará 
a bola para o aluno da terceira coluna que, 
por sua vez, realizará o ataque. Após realizar 
a ação, trocar de coluna.
APLICAÇÃO
Nas três fases (exercícios em forma de jogo, jogo 
adaptado e jogo), realizar os mesmos exercícios su-
geridos na aplicação dos fundamentos anteriores, 
em que os alunos agora realizam a cortada no mo-
mento do ataque, em que antes era realizado por to-
que ou manchete.
No início da aprendizagem, para facilitar o pro-
cesso de ensino, a altura da rede pode ser menor 
que a oficial da categoria do aprendiz (BOJIKIAN, J; 
BOJIKIAN, L., 2012).
Esses são os fundamentos básicos do jogo do 
voleibol que apresentamos à você de forma sucinta, 
com exercícios práticos e testados em anos de tra-
balho. Espero que tenha gostado do conteúdo e que 
faça bom proveito em sua prática educacional!
Figura 32 - Exercício de automatização de ataque, com ação completa de 
passe, levantamento e ataque
Fonte: Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012, p. 102).
112 
considerações finais
C
hegamos ao final de mais uma unidade, em que vimos o processo de 
ensino dos fundamentos básicos da modalidade de voleibol. Adotamos 
aqui, essa nomenclatura porque entendemos que, ao dominar, mesmo 
que de forma rudimentar, os fundamentos apresentados nesta unidade, 
torna-se possível a realização do jogo a nível de iniciação.
Apesar de enfatizarmos os gestos técnicos no ensino dos fundamentos da 
modalidade, vale expressar que entendemos a importância do jogo para o apren-
dizado. Por isso, estimulamos que na fase de aplicação, ao final de cada processo 
de ensino, o professor tenha autonomia de escolher quantos encontros destinará 
à tal fase, baseado nas necessidades específicas de seu grupo. Sabemos que o pra-
zer pela atividade é o que motiva a criança em participar da atividade, entretanto, 
quando não há manutenção da bola no ar, o jogo fica monótono e desmotivante.
O voleibol, normalmente, é o único esporte com rede que os alunos experien-
ciam, já que todas as demais modalidades usualmente trabalhadas como conteú-
do no contexto escolar são esportes de invasão (futsal, handebol e basquetebol). 
Isso pode ser o motivo gerador de algumas dificuldades que encontramos ao en-
sinar a modalidade e podem ser sanadas, se forem desenvolvidas outras modali-
dades com rede divisórias (exemplo: tênis, badminton, pádel, peteca, punhobol 
etc.). Isso ocorre porque sabemos que é possível transferir os conhecimentos de 
um contexto para o outro.
Novas formas de jogar devem ser inventadas com base nessa lógica e quere-
mos dar liberdade para criação de novos exercícios, além dos aqui propostos. Os 
professores devem criar variações e novos exercícios, podendo utilizar (ou não) 
os exemplos citados nesta unidade. Mesmo se as condições não forem as mais 
adequadas em seu local de trabalho, não deixe de criar e experimentar novos 
jogos com rede divisória. Isso auxiliará o ensino do voleibol posteriormente.
 113
LEITURA
COMPLEMENTAR
A seguir, leia o texto retirado dos Parâmetros Curricula-
res Nacionais da Educação Física que objetiva instruir o 
professor quanto à organização dos alunos dentro das 
atividades.
COMPETIÇÃO & COMPETÊNCIA 
Nas atividades competitivas as competências individuais 
se evidenciam, e cabe ao professor organizá-las de modo 
a democratizar as oportunidades de aprendizagem. É 
muito comum acontecer, em jogos pré-desportivos e 
nos esportes, que as crianças mais hábeis monopolizem 
as situações de ataque, restando aos menos hábeis os 
papéis de defesa, de goleiro ou mesmo a exclusão. O 
professor deve intervir diretamente nessas situações, 
promovendo formas de rodízio desses papéis, criando 
regras nesse sentido. Por exemplo, a cada ponto num 
jogo de pique-bandeira, o grupo de crianças que ficou 
no ataque deve trocar de posição com o grupo que fi-
cou na defesa, ou simplesmente observando a regra do 
rodízio do voleibol, que foi instituída exatamente com 
esse propósito. Cabe ainda ao professor localizar quais 
são as competências corporais em que alguns alunos 
apresentem dificuldades em promover atividades em 
que possam avançar. É utópico pretender que todos os 
avanços de aprendizagem sejam homogêneos e simultâ-
neos entre os alunos, uma vez que a diversidade traduz 
uma realidade de histórias de vivências corporais, inte-
resses, oportunidades de aprimoramento fora da escola 
e o convívio em ambientes físicos diferenciados. A aula 
de Educação Física, para alcançar todos os alunos, deve 
tirar proveito dessas diferenças ao invés de configurá-las 
como desigualdades. A pluralidade de ações pedagógicas 
pressupõe que o que torna os alunos iguais é justamente 
a capacidade de se expressarem de forma diferente. Ao 
longo da escolaridade fundamental ocorre, em paralelo 
com a possibilidade de ampliação das competências cor-
porais, um processo de escolha cada vez mais indepen-
dente por parte do aluno, de quais competências satisfa-
zem suas necessidades de movimento para a construção 
de seu estilo pessoal. O que se quer ressaltar é que as 
atividades competitivas realizadas em grupos ou times 
constituem uma situação favorável para o exercício de 
diversos papéis, estilos pessoais, e, portanto, numa situ-
ação que promove um melhor conhecimento e respeito 
de si mesmo e dos outros. Essa construção, que envolve 
estilos e preferências pessoais, torna-se mais complexaà 
medida que as possibilidades de reflexão sobre as com-
petências pessoais e coletivas se ampliam e as situações 
competitivas sejam compreendidas como um jogo de co-
operação de competências.
Fonte: Brasil, PCN (1997). 
114 
atividades de estudo
1. Durante essa unidade, aprendemos que a posição de expectativa é um dos 
fundamentos mais simples do Voleibol. Assinale Verdadeiro (V) ou Falso 
(F), em relação aos tipos de posição de expectativa.
( ) A posição de expectativa alta, antecede o passe ou defesa.
( ) A posição de expectativa baixa antecede uma ação defensiva.
( ) A posição de expectativa média, antecede a execução do bloqueio.
( ) A posição de expectativa baixa antecede o passe ou defesa.
( ) A posição de expectativa média antecede a recepção da bola.
2. O toque de bola por cima é um dos fundamentos ensinados na fase de ini-
ciação ao Voleibol e é um dos mais utilizados pelos aprendizes. Em relação 
à execução do toque de bola por cima:
I. O toque de bola por cima apresenta maior precisão no controle da bola, 
comparado à manchete.
II. O contato será realizado com a parte interna dos dedos, realizando uma 
pequena flexão de punhos.
III. Os braços e as pernas deverão se estender, alternadamente durante a 
execução do toque.
IV. Ao final do movimento, o todo terminará estendido e o impulso procede 
do movimento de braços.
a. Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b. Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c. Apenas a afirmativa III está correta.
d. Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
e. As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
3. Na aprendizagem do Voleibol, diversos são os fundamentos que devem 
ser ensinados aos alunos, entre eles temos: toque de bola por cima, man-
chete, saque por baixo, entre outros. Em relação aos fundamentos do 
voleibol, assinale a afirmativa correta.
a. O correto no movimento da cortada é fazer a chamada após ter finalizado 
as passadas.
 115
atividades de estudo
b. O aluno executa uma ação de ataque à bola, que toca em seu antebraço, 
e, por isso, suporta melhor os fortes impactos ao executar uma manchete.
c. A cortada é considerada o gesto técnico muito simples do voleibol, pois a 
coordenação do movimento não exige diversas habilidades.
d. O saque é realizado pelo jogador que ocupar a posição 3 e que estará 
atrás da linha de fundo, podendo ocupar qualquer lugar na quadra.
e. O toque de bola por cima é realizado com a palma da mão e pode ser 
dividida em duas fases. 
4. Você é um professor recém-contratado na escola e pegou turmas do Ensi-
no Médio. Você não sabe e não conhece o trabalho que foi realizado pelo 
professor nas séries anteriores do ensino fundamental. Com qual funda-
mento do voleibol você trabalharia primeiro? Em qual fase de ensino, 
provavelmente, você iniciaria os ensinamentos aos alunos?
5. Durante a aprendizagem de um fundamento no Voleibol, os alunos apre-
sentam alguns erros comuns. Sobre os erros mais comuns apresentados 
nas fases iniciais dos fundamentos do voleibol, assinale a alternativa 
correta.
a. Coordenar movimentos dos braços com os das pernas é um erro comum 
na aprendizagem do fundamento manchete. 
b. Não flexionar o braço no momento da batida e utilizar a transferência de 
peso das pernas para sacar são erros comuns aos aprendizes do saque 
por baixo.
c. Flexionar os braços e não flexionar as pernas são erros comuns na apren-
dizagem da manchete.
d. Estender os braços para trás na execução da chamada é um dos erros 
mais comuns aos iniciantes aprendizes do fundamento Cortada.
e. Entrar debaixo da bola é um erro comum à execução do toque.
VOLEIBOL 
116 
Ensinando Voleibol
João Crisóstomo Marcondes Bojikian e Luciana Peres Bojikian
Editora: Editora Phorte
Sinopse: a quarta edição do livro teve a preocupação em fazer 
com que os seus conteúdos pudessem continuar a ser úteis, não 
só aos técnicos que trabalham diretamente com a iniciação do 
voleibol, mas principalmente à esfera acadêmica em todo o país. É gratificante saber que 
muitos Cursos de Educação Física adotam sua metodologia, e que ele tem sido referência 
em inúmeros trabalhos acadêmicos. Esperamos que o Ensinando Voleibol continue a dar sua 
contribuição neste processo de qualificação do nosso esporte, e que contribua, especialmen-
te, nas possibilidades da utilização do voleibol como instrumento de educação, colaborando 
na formação de bons cidadãos.
Essa é uma palestra do professor Pablo Juan Greco (muito citado ao longo das unidades) em 
um encontro multiesportivo de treinadores formadores, realizado em Saquarema, na Confe-
deração Brasileira de Voleibol, com o tema Formação Esportiva. Em uma fala interativa e des-
contraída, ele mostra uma metodologia de se trabalhar as habilidades esportivas e modelos 
de ensino técnico e tático nos esportes.
Para conferir a entrevista, acesse o link disponível em: . 
Meu nome é rádio
Ano: 2003
Sinopse: o filme mostra como uma simples atitude pode mudar 
uma comunidade inteira. São lições de amor e de amizade que 
reverberam pela cidade, gerando reflexão e ensinando novos va-
lores àqueles que estavam presos a suas convicções distorcidas 
e preconceituosas. Tudo isso graças à inserção de um jovem, com capacidades limitadas, ao 
contexto esportivo. O esporte realmente mudou a vida deste jovem.
 117
referências
BIZZOCCHI, C. O voleibol de alto nível: da iniciação à competição. São Paulo: 
Manole, 2004.
BOJIKIAN, J. C.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando Voleibol. 5. ed. São Paulo: Phorte 
Editora, 2012.
FIVB.: Federation Internationale de Volleyball. Top Volley Manual: Technical 
Booklet, Lausanne - Switzerland, 2011. 30 p.
GONZÁLEZ, F. J.; DARIDO, S.; OLIVEIRA, A. A. B. Esportes de marca e com 
rede divisória ou muro/parede de rebote (Cartões de Recurso Pedagógico). IN: 
______. Práticas corporais e a Organização do Conhecimento. Eduem, Marin-
gá, 2014. 
LERBACH, A. M.; VIANNA JUNIOR, N. S. Apostila do Curso de Voleibol - Ní-
vel I. Federação Mineira de Voleibol/SENAC MG, Belo Horizonte, 2006.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: Ministério da Educação, 
v. III, 1997. 
Referências On-Line
1 Em: . Acesso em: 26 maio 2017.
118 
gabarito
1. F, V, F, F, V.
2. A.
3. B.
4. Provavelmente, após uma avaliação por meio de jogo adaptado ou jogo formal, você 
entraria com seus alunos na fase de exercícios educativos, a fim de corrigir alguns 
equívocos técnicos, e seguiria a partir destas para as demais fases, até chegar na fase 
de aplicação e nesta permanecer.
5. C.
UNIDADEIV
Professora Me. Nayara Malheiros Caruzzo
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Saque tipo tênis
• Bloqueio
• Defesa em pé
• Rolamento
• Mergulho
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer o processo pedagógico de ensino do saque tipo 
tênis do voleibol.
• Estudar o processo pedagógico de ensino de bloqueio do 
voleibol.
• Conhecer o processo pedagógico de ensino da defesa em 
pé do voleibol.
• Estudar o processo pedagógico de ensino dos rolamentos 
do voleibol.
• Conhecer o processo pedagógico de ensino dos mergulhos 
do voleibol.
FUNDAMENTOS TÉCNICOS 
AVANÇADOS
IV
unidade
INTRODUÇÃO
N
esta unidade, você verá os fundamentos do voleibol, que aqui 
chamaremos de avançados. Consideramos assim, pois enten-
demos que possivelmente (tendo em vista a estruturação das 
diretrizes curriculares atualmente) esses fundamentos ge-
ralmente não serão vivenciados na Educação Física Escolar. Então, você 
deve estar se perguntando: “por que não?”, ou então “por que está aqui 
contido, se não é conteúdo da Educação Física Escolar?”. Estas são ques-
tões legítimas ao nosso ver.
Desse modo, vamos responder à sua primeira questão (já falamos so-
bre isso na Unidade I, quando estudamos a sequência pedagógica de en-
sino, porém, ainda assim, pensamos ser importanteretomar aqui). Pois 
bem, o voleibol é um dos instrumentos da Educação Física escolar e, 
por isso, divide espaço com outras quatro modalidades regulares (futsal, 
handebol, basquetebol e atletismo), que é um dos diversos conteúdos es-
truturantes da cultura corporal (junto com: Jogos e Brincadeiras; Lutas; 
Dança e Ginástica). Por isso, julgamos que não haverá tempo hábil para 
que o professor trabalhe tais fundamentos na Educação Física.
Contudo, então, por que esses fundamentos estão contidos neste li-
vro? Isso se dá pelo fato de que consideramos o professor em sua totali-
dade, de modo que este deve estar preparado para trabalhar nos diversos 
campos de atuação da Educação Física e na pluralidade das dimensões 
em que o esporte se apresenta. Se em sua escola, sua diretora lhe propõe 
atuar com o voleibol em tempo contraturno, então você precisará ter co-
nhecimento mais avançado sobre a modalidade. De mesma forma, se 
você tiver oportunidade de trabalhar com escolinha voltado ao esporte 
de rendimento dentro ou fora da escola.
Por esses motivos, apresentaremos, aqui, alguns fundamentos que, 
neste livro, chamamos de avançados pelos motivos apresentados, mas 
que, no entanto, são comuns ao jogo de voleibol. Faça bom proveito do 
conteúdo e tenha uma boa leitura!
VOLEIBOL 
124 
A 
aprendizagem do saque tipo tênis de-
veria anteceder à da cortada, visto a 
similaridade do movimento de braço e 
tronco. Porém, pelo motivo “tempo” e 
estruturação do plano de ensino escolar, optamos 
por considerar o saque por cima, mesmo sendo tão 
comum à prática do voleibol, como um fundamen-
to avançado.
APRESENTAÇÃO
O saque por cima é conhecido como saque tipo 
tênis, pela semelhança que apresenta com o mo-
vimento de smach do tênis. É um saque mais po-
tente que o saque por baixo pela velocidade que o 
braço pode atingir. Existem duas formas em que o 
saque por cima se apresenta: saque com rotação e 
saque flutuante (BIZZOCCHI, 2004; LERBACH, 
VIENNA JUNIOR, 2006; BOJIKIAN, J.; BOJI-
KIAN, L., 2012).
Saque Tipo 
Tênis
 125
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Saque com rotação
Tem esse nome pela rotação que é imprimida à bola, 
por meio da flexão de punho que é realizada no ins-
tante do golpe. É utilizado tanto para realizar saques 
dirigidos, como saques fortes, de acordo com a velo-
cidade que o jogador imprime à bola.
Figura 1 - Saque por cima - Mãos
Fonte: Unicesumar.
Fase preparatória
O jogador estará com as pernas em posição ânte-
ro-posterior e ombros paralelos à rede, em posição 
equilibrada. A bola será segura com uma ou duas 
mãos, com os braços estendidos à frente do corpo.
Execução
A bola é lançada com uma das mãos, acima da cabe-
ça (aproximadamente 1,5 m). Os braços são lançados 
para cima, o braço batedor passa acima da linha do 
ombro, em sua máxima amplitude escapuloumeral. 
O outro braço (braço que lançou a bola para 
cima) encerrará seu movimento para o alto, um 
pouco acima da linha do ombro, estendido à frente 
do corpo. Quando a bola atingir seu pico de altu-
ra, o tronco fará uma hiperextensão. No momento 
em que a bola descer a uma altura apropriada, será 
golpeada com o braço dominante, bem estendido, 
seguida de uma flexão do tronco. A mão iniciará o 
contato com a bola, enquanto faz a flexão de punho.
Figura 2 - Saque por cima - Fase preparatória
Fonte: Unicesumar.
Figura 3 - Saque por cima - Execução
Fonte: Unicesumar.
VOLEIBOL 
126 
Término do movimento
Depois da batida há uma transferência de peso do 
corpo para a perna da frente, o que faz com que, na-
turalmente, a perna de trás seja lançada para frente, 
permitindo ao jogador estar em movimento e reto-
mar seu lugar na quadra. O braço termina paralelo 
ao corpo, em posição natural.
Fase preparatória
O arremesso deverá ser realizado com uma mão, 
apesar de, no início do movimento, a bola ser segura 
com as duas mãos (uma sob e a outra sobre a bola). 
As pernas estarão em afastamento ântero-posterior, 
contralateral às mãos. O braço que lançará deverá 
estar estendido à frente do corpo.
Execução
A bola é lançada para cima-, um pouco acima da 
linha do tronco-, a uma altura igual ao alcance do 
braço de ataque do executante. Ao lançar a bola, o 
braço de ataque é lançado para cima do ombro, até 
sua máxima amplitude, estendido, com a palma da 
mão voltada para a bola.
No momento em que atingir seu ponto mais 
alto, a bola deverá ser golpeada pelo braço de ataque, 
com a mão firme, realizando uma hiperextensão de 
punho. O braço que lançou a bola é que dá equilí-
brio ao movimento, e quando ocorre a batida, o co-
tovelo e o punho travam-se, evitando o movimento 
que proporciona a rotação na bola.
Figura 4 - Saque por cima - Término do movimento
Fonte: Unicesumar.
SAQUE FLUTUANTE
Essa técnica de saque possui esse nome porque a 
bola percorre sua trajetória sem rotação, devido ao 
tipo de batida que não flexiona o punho. Esse tipo de 
golpe faz com que a bola execute uma trajetória flu-
tuante e irregular. Este saque é de preferência entre 
os jogadores iniciantes, pela facilidade de execução.
Figura 5 - Saque por cima - Flutuante - Fase preparatória 
Fonte: Unicesumar.
 127
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Término do movimento
O braço de ataque é lançado em direção à rede, em 
extensão máxima, terminando seu movimento qua-
se paralelo ao solo. O peso do corpo é transferido 
para a perna da frente.
Para professores que fazem uso da transferência 
de aprendizagem, sugere-se que primeiramente seja 
ensinado o saque tipo tênis com rotação, pelo fato 
de possuir movimentos de braço e tronco, realmente 
iguais ao da cortada. Destaca-se que ambas as for-
mas (com rotação e flutuante) podem ser executa-
dos com o jogador saltando. O saque com rotação 
(saltando) é conhecido popularmente como saque 
viagem, originalmente chamado de saque viagem ao 
fundo do mar.
Figura 6 - Saque por cima Flutuante - Execução
Fonte: Unicesumar.
Figura 7 - Saque por cima Flutuante - Término do movimento
Fonte: Unicesumar.
Execução 1
Execução 2
Execução 3
VOLEIBOL 
128 
SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
• Individualmente, sem bola, simular o movi-
mento de saque: em movimento contralate-
ral, com a mão não dominante voltada para 
cima e a mão dominante apoiando a bola, 
sobrepostas (como se estivesse segurando a 
bola); o aluno simulará o lançamento da bola 
para cima e a “armada” para o ataque da bola.
• Idem ao movimento anterior, com o lança-
mento de bola (sem ataque à bola).
• Idem ao anterior, com lançamento de bola; o 
aluno, no momento da batida, irá segurar a 
bola com o braço dominante.
• Similar ao exercício anterior, mas o aluno 
estará próximo a uma parede, de frente para 
ela. Ao lançar a bola, projete seu tronco para 
frente e realiza a batida, prensando a bola 
contra a parede.
• Ainda de frente para a parede, a uma distân-
cia maior, de aproximadamente 4m, o aluno 
saca contra ela.
• Em duplas, efetuar saques para o companhei-
ro, em diferentes distâncias.
• Dispostos em colunas, os alunos sacam sobre 
a rede, para suas respectivas colunas de frente 
à sua. Aumentar a distância gradativamente 
(ex: a cada cinco saques).
Transferência de Aprendizagem
Transferência de aprendizagem é a influência 
de experiências anteriores na performance 
(ou na aprendizagem) de uma nova tarefa.
Se a experiência anterior for benéfica à apren-
dizagem de uma nova tarefa, ocorre uma 
transferência positiva. Caso a experiência 
anterior seja prejudicial ou sem influência 
alguma para a nova tarefa, há transferência 
negativa ou nula. 
Caso haja transferência positiva, existem dois 
tipos de demonstrações mais frequentes em 
que essa situação ocorre: transferência pró-
xima ou generalização, caracterizada como 
um tipo de transferência de aprendizagem 
que ocorre de uma tarefa para outra, em 
situação muito semelhante (ex: produzir o 
mesmo movimento que aprendeu, mas sob 
um diferente conjunto de condições ambien-
tais, como exercícios educativos, que depois 
são executados no jogo). E transferência para 
longe, definida como um tipo de transferênciaque ocorre de uma tarefa para outra tarefa 
ou em situação muito diferente (ex: smash do 
tênis e saque do voleibol).
Fonte: adaptado de Schmidt; Wrisberg (2010).
SAIBA MAIS
 129
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
EXERCÍCIOS EDUCATIVOS E FORMATIVOS
Erros mais comuns durante a realização do exercício:
• Lançar a bola de forma imprecisa (muito 
atrás, muito à frente ou para os lados).
• Bater na bola com o braço flexionado.
• Realizar a rotação do tronco lançando a bola 
muito para a esquerda (no caso dos destros).
• Não ter potência muscular que faça com que 
a bola passe sobre a rede.
Exercícios Educativos
• Lançar a bola sem deixá-la cair sobre uma 
marca feita no solo;
• lançar a bola de frente (e de lado) para uma 
parede, de modo que ela suba paralela a esta 
e na altura correta;
Movimento contralateral
O termo contralateral, a qual muito nos re-
ferimos durante esta unidade, descreve uma 
atividade ou localização de um segmento posi-
cionado no lado oposto de determinado pon-
to de referência (HAMILL; KNUTZEN, 2012). 
Exemplo: se o aluno saca com a mão direita, 
qual perna deve estar posicionada à frente 
para que esse movimento seja contralateral? 
Acertou, caso você tenha respondido a per-
na esquerda! Em resumo, quando temos a 
realização de um movimento em que a mão 
que realiza é a contrária da perna que vai a 
frente, temos um movimento contralateral.
Fonte: adaptado de Hamill; Knutzen (2012).
SAIBA MAIS
• sacar a uma distância muito próxima à rede 
(ex: 2m), de modo que a bola só passe sobre 
ela, caso o aluno esteja com o braço estendido;
• em duplas, sacar em direção ao companheiro, 
travando o pé atrás de alguma linha pré-de-
terminada, impedindo que o tronco rotacione.
Exercícios Formativos
• Lançar medicine ball (ou bolas de basquete) 
de 1 ou 2 kg a distâncias máximas, realizando 
movimento semelhante ao saque;
• realizar movimento do saque, tracionando 
uma corda elástica.
AUTOMATIZAÇÃO
• Alunos dispostos em três colunas posiciona-
das na zona de defesa da quadra, sacar em 
direção aos alvos dispostos em colunas, de 
frente à sua respectiva.
• A medida que forem acertando, tornar os 
alvos mais distantes (manter a distância en-
tre o aluno e a rede para garantir que a bola 
passe sobre a rede - que é o julgamento de 
sucesso que os alunos fazem sobre seu mo-
vimento).
• Todos os exercícios sugeridos na automatiza-
ção do saque por baixo podem ser utilizados 
com o saque por cima.
APLICAÇÃO
Podem ser repetidos os exercícios anteriormente 
passados no processo pedagógico do saque por bai-
xo, substituindo pelo saque tipo tênis.
VOLEIBOL 
130 
O 
bloqueio é o fundamento que gera um dos pontos mais gra-
ciosos do voleibol, tendo, inclusive, um jingle muito conhe-
cido no voleibol como “Paredão”. Requer uma estatura mí-
nima que permita o alcance do bordo superior da rede com 
os braços estendidos e é realizado na tentativa de atrapalhar o ataque 
adversário.
APRESENTAÇÃO
O bloqueio é um movimento realizado acima do bordo superior da rede 
e objetiva impedir o ataque adversário. É considerado uma habilidade 
defensiva, que, no entanto, pode se tornar ofensiva quando envia a bola 
contra o solo do adversário.
Bloqueio
 131
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Fase preparatória
Nesta fase preparatória, é necessário ficar em pé, 
em posição de expectativa (alta), pés em afastamen-
to lateral, aproximadamente aberto na largura dos 
ombros e com as pernas flexionadas. Os braços esta-
rão semiflexionados com a palma das mãos voltadas 
para frente.
bola com extensão dos punhos. Neste, a intenção é 
amortecer a bola para que os demais integrantes da 
equipe possam fazer a defesa.
Queda
Realizado o bloqueio, com uma retirada rápida dos bra-
ços, ocorre a queda, que deve ser feita com equilíbrio, 
de forma amortecida e girando para o lado em que a 
bola se dirigiu, quando ela não for totalmente retida. 
Figura 8 - Bloqueio - Visão Frontal e Lateral
Fonte: Unicesumar.
Execução
O salto pode ser precedido, ou não, de um desloca-
mento. Ele deve ser realizado de frente para a rede, 
em que, por um rápido abaixar de quadris, o jogador 
salta em velocidade, estendendo-se para cima. Ape-
sar da ação do salto ser maior nas pernas, os braços 
ajudam, com um movimento de alavanca, dirigin-
do-se para cima do bordo superior da rede. No mo-
mento do bloqueio, o corpo deverá estar totalmen-
te contraído para suportar o forte impacto da bola, 
sem desequilibra-se.
Nos bloqueios ofensivos, as mãos invadem o 
espaço aéreo do adversário e se posicionam aber-
tas, estendidas e firmes, uma ao lado da outra. No 
bloqueio defensivo, as mãos não invadem o campo 
adversário e são colocadas junto à rede, na frente da 
SPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - BLOQUEIO 
COM DESLOCAMENTO VISTO DE FRENTE
Link: https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - BLOQUEIO
Link: https://vimeo.com/214842777/7c103161b5
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - BLOQUEIO 
VISTO DE FRENTE
Link: https://vimeo.com/214842851/467ffb6351
Classificação dos bloqueios
Em relação à classificação dos bloqueios, eles podem 
ser ofensivos ou defensivos.
Os bloqueios ofensivos são realizados com blo-
queadores de grande capacidade de alcance, para 
que suas mãos possam invadir o espaço aéreo do 
adversário. O bloqueio é utilizado como resultado 
tático para proteger uma área da quadra que os de-
fensores utilizam como referência para o posicio-
namento de defesa, pois sabem que não precisam 
cobrir este espaço, porque bolas cortadas não caem, 
desde que bem realizado o bloqueio.
https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
https://vimeo.com/214842916/5d8cc15a96
https://vimeo.com/214842777/7c103161b5
https://vimeo.com/214842777/7c103161b5
https://vimeo.com/214842777/7c103161b5
https://vimeo.com/214842777/7c103161b5
https://vimeo.com/214842777/7c103161b5
https://vimeo.com/214842777/7c103161b5
https://vimeo.com/214842777/7c103161b5
https://vimeo.com/214842777/7c103161b5
https://vimeo.com/214842777/7c103161b5
https://vimeo.com/214842777/7c103161b5
https://vimeo.com/214842851/467ffb6351
https://vimeo.com/214842851/467ffb6351
https://vimeo.com/214842851/467ffb6351
https://vimeo.com/214842851/467ffb6351
https://vimeo.com/214842851/467ffb6351
https://vimeo.com/214842851/467ffb6351
https://vimeo.com/214842851/467ffb6351
https://vimeo.com/214842851/467ffb6351
VOLEIBOL 
132 
O bloqueio defensivo visa impedir que o ata-
cante corte bolas junto à rede, protegendo uma 
área referencial. Sugere-se esse tipo de bloqueio 
para alunos com menores estaturas e com alcance 
mais baixo.
Também, podemos classificar os bloqueios quanto 
ao número de participantes, em bloqueio simples 
(um jogador), duplo (dois jogadores) e triplo (três 
jogadores).
Tempo de bloqueio
Para haver um bloqueio efetivo, há necessidade 
da sincronização do tempo de bloqueio, em rela-
ção ao cortador. O bloqueador deve antecipar ou 
retardar a subida, em virtude de levantamentos 
mais rápidos ou mais lentos feitos pelo levanta-
dor adversário.
SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
• De frente para uma parede, bem próximo a 
ela, o aluno deve flexionar os braços, posi-
cionando as mãos na altura dos ombros, com 
as palmas paralelas à parede. Os pés devem 
estar em afastamento lateral na largura apro-
ximada dos ombros.
• Realizar o mesmo movimento anteriormente 
descrito, mas agora saltando e tentando bus-
car uma altura máxima.
• Idem ao movimento anterior, saltando, com 
desenhos de giz no chão, de modo que o alu-
no tente cair dentro do círculo, do mesmo 
lugar que saltou.
• De frente para rede, adotar a posição funda-
mental correta.
• Os alunos formam colunas e, frente a frente, 
um de cadalado da rede, saltam simultane-
amente e tocam as palmas das mãos sobre a 
borda superior da rede.
Figura 9 - Bloqueio
Fonte: Unicesumar.
Posição 1
Defensivo 3
Ofensivo 2
 133
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
• Nesse mesmo posicionamento, passam 
uma bola sobre a rede para o companheiro. 
Enfatizar que o salto de ambos deve acon-
tecer sincronizado, para que pegue a bola 
ainda no ar.
• A partir da posição fundamental, realizar o 
movimento de bloqueio em função da bola 
que um companheiro esteja segurando do 
outro lado da rede.
• Iniciar da posição 3, realizar deslocamento 
lateral para a posição (ponta ou saída) que 
vai ser feito o bloqueio, adotar a posição 
fundamental e realizar o movimento de blo-
queio simples.
• Igualmente ao item anterior, fazer o bloqueio 
de uma bola lançada por um companheiro.
• Sem bola, o aluno, agora, fará bloqueio duplo 
(com um aluno já está na posição 2 e outro na 
4). O aluno que está na posição 3, se desloca 
para compor o bloqueio duplo na posição 2, 
volta para a posição 3 e se desloca para reali-
zar o bloqueio duplo na 4.
• Igualmente ao idem anterior, fazendo blo-
queio de bola lançada.
• Para exercício avançado, ao invés de bola 
lançada, o bloqueio pode ser realizado com 
bola cortada.
EXERCÍCIOS EDUCATIVOS E FORMATIVOS
Erros mais comuns durante a realização do exercício:
• tocar na rede ao saltar, projetando o corpo 
para frente;
• bater na bola, lançando os braços primeiro 
para trás e depois para frente;
• unir ou afastar demais as mãos;
• flexionar o tronco ao invés de flexionar os jo-
elhos para saltar;
• dificuldades quanto ao tempo de bola (saltar 
antes ou depois do ataque);
• falta de potência de salto.
Exercícios Educativos
• Fazer um círculo com giz para que a queda 
seja realizada no mesmo lugar do salto;
• um elástico deve ser esticado acima do bordo 
da rede (aproximadamente 30cm dela), po-
dendo ser amarrado nas duas antenas;
• os alunos devem fazer o bloqueio, passando 
as mãos entre a rede e o elástico;
• o professor põe suas mãos como em um blo-
queio defensivo, em seu próprio lado. Os alu-
nos, em colunas, realizam o bloqueio ofensivo, 
encaixando suas mãos sobre as do professor;
• ao flexionar as pernas para o salto, os alunos 
encostam o quadril em um banco posiciona-
do atrás deles, sem perder o contato visual 
com a bola;
• os alunos realizam dois (ou mais) bloqueios 
sucessivos, fazendo deslocamentos laterais de 
uma passada entre eles;
• utilizar um elástico ou tecido costurado em 
círculo, com aproximadamente 30 a 40 cm de 
diâmetro, de modo que o aluno encaixe suas 
mãos nesse círculo e realize o bloqueio sus-
tentando ele em suas mãos (com espaçamen-
to suficiente das mãos para que este não caia).
Figura 10 - Processo pedagógico do bloqueio simples
Fonte: Bojikian, J.; Bojikian, L. (2012).
VOLEIBOL 
134 
Exercícios Formativos
• Os alunos devem saltar segurando uma me-
dicine ball (ou uma bola de basquete) junto 
ao peito, invadir e colocá-la do outro lado da 
quadra, fazendo com que caia rente a rede, do 
lado adversário.
• Exercícios que fortaleçam músculos das 
mãos, cintura escapular, abdômen e dorso 
são considerados formativos para o bloqueio.
AUTOMATIZAÇÃO
• Dispostos em três colunas, os alunos próxi-
mos à rede receberão uma bola (de três alu-
nos que estarão em frente à cada respectiva 
coluna), para que o aluno bloqueador com-
plete o movimento com flexão de punhos, 
direcionando a bola contra o solo adversário.
• Mesmo movimento do exercício anterior, 
mas o aluno que estava lançando, ataca a bola 
(direcionado ao bloqueio, sem saltar).
• Idem ao exercício anterior, juntamente com o 
bloqueio duplo.
• Igualmente ao anterior anterior, o atacante 
direciona a bola, em alguns momentos para 
paralela, em outros para a diagonal.
• Três jogadores iniciam nas posições 4, 3 e 2. 
Dois atacantes estão posicionados na quadra 
adversária, nas posições 2 e 4 e um levan-
tador na 3. O professor lança a bola para o 
levantador, que escolhe para qual posição le-
vantar. Então, o jogador da posição 3 se des-
loca para realizar o bloqueio de acordo com 
o levantamento.
• Idem ao anterior, com o aluno que não está 
participando do bloqueio, se posicionar na 
diagonal menor para defesa.
APLICAÇÃO
Exercícios em forma de jogo:
• Exercício com: saque, recepção (manchete), 
levantamento (toque), ataque (cortada) e 
bloqueio. Fazer em ambos lados da quadra 
(ataque pela posição 4 e pela posição 2);
• idem ao exercício anterior, porém com blo-
queio duplo;
• idem ao anterior, porém o mesmo aluno que 
fizer a recepção “abre” para atacar;
• idem ao anterior, porém com o aluno que 
fará o bloqueio duplo se deslocando da posi-
ção 3 para a posição de bloqueio;
• ficam posicionados na quadra dois passa-
dores, um levantador e dois atacantes (que 
esperam fora da quadra, próximos à linha). 
Algum aluno saca, direcionado a um dos 
passadores, que fará a recepção para o levan-
tador, que escolherá a qual atacante levantar. 
Os alunos farão o bloqueio com deslocamen-
to, de acordo com o levantamento.
Jogo adaptado:
• Times de seis alunos, com o saque partindo 
apenas de um dos lados. A equipe que recebe 
o saque organiza o ataque e a outra organiza 
o bloqueio, dando continuidade ao jogo.
Jogo:
• Joga-se normalmente, agora, podendo execu-
tar todos os fundamentos contidos no jogo, 
aplicando-se as regras oficiais.
 135
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
VOLEIBOL 
136 
A 
defesa em pé é uma ação defensiva utili-
zada no voleibol empregando a manche-
te, porém esta se difere da manchete do 
passe. Esse fundamento é utilizado para 
parar o ataque adversário, impedindo, assim, que a 
bola toque o solo. Porém, entre os fundamentos é o 
que apresenta um maior número de recursos.
Uma das principais características de um defen-
sor é que o ele deve partir de uma posição de expec-
tativa baixa, apoiado na ponta dos pés para facilitar 
um possível deslocamento. Para a execução deste 
fundamento, cabe ao professor estimular e criar me-
Defesa em Pé 
canismos para o aluno compreender o fundamento e 
entender que para executa-lo ele deve partir sempre 
da posição de expectativa baixa.
Outra característica importante para o aluno na 
execução desse fundamento é que ele deve procu-
rar se posicionar de frente para o atacante, buscando 
estar com o pé mais próximo da linha lateral mais 
a frente. Quando houver contato com a bola, o jo-
gador de defesa deve procurar amortecer a bola ou 
fazer com que ela vá o mais alto possível, de forma 
que outro componente da equipe possa dar prosse-
guimento ao jogo.
 137
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
POSIÇÃO DE EXPECTATIVA 
A posição de expectativa é a postura adotada pelo 
aluno que o permita agir prontamente, assim que a 
situação exigir, em condições ideais de velocidade e 
qualidade de movimento. Sua importância no con-
texto do jogo de voleibol se justifica pela imprevisi-
bilidade e rapidez das ações. Quanto mais rápida a 
resposta a uma situação de jogo, maior a possibili-
dade de sucesso (BIZZOCCHI, 2004).
APRESENTAÇÃO DA HABILIDADE
Devemos salientar que no momento da defesa, os 
alunos devem ter a seguinte postura, partindo da 
Postura Fundamental de Expectativa Baixa:
• As pernas devem estar semiflexionadas, o 
tronco ligeiramente flexionado em relação 
à bacia e os braços unidos confortavelmente 
à frente. 
• A bola deve estar acima dos joelhos e dentro 
de um triângulo formado por eles e pela pelve. 
• Em defesas de bola que vão ao lado do defen-
sor, este deve movimentar a pelve e o ombro 
para o mesmo lado, ficando atrás da bola e 
tendo como base os joelhos.
Figura 11 - Defesa em pé
Fonte: UniCesumar.
SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
Para a sequência pedagógica podem ser utilizados 
os mesmos exercícios propostos para manchete, po-
rém, ao invés da posição de expectativa média, os 
alunos deverão estar em posição de expectativa bai-
xa (como visto na Unidade 3). 
EXERCÍCIOS EDUCATIVOS FORMATIVOS
Erros mais comuns que ocorrem durante os exercícios:
• Ficar na posição de expectativaaspecto cognitivo, Jean Pia-
get reconhece, em sua teoria, o importante papel 
do movimento para o desenvolvimento cogni-
tivo, principalmente, durante os primeiros anos 
de vida. O domínio afetivo está direcionado aos 
sentimentos e emoções dos indivíduos sobre si 
mesmo e em relação aos outros, por meio do mo-
vimento. Esses sentimentos podem ser quanto à 
segurança nos movimentos (confiança do indi-
víduo na realização das tarefas); a competência 
percebida (percepção do sujeito em seu potencial 
de sucesso) e em relação ao autoconceito (consi-
derada a avaliação do sujeito quanto ao seu valor) 
(GALLAHUE et al., 2013).
No âmbito social, o esporte, como função 
pedagógica que lhe cabe, ressalta a disciplina, o 
respeito à hierarquia e às regras do jogo, além da 
solidariedade e espírito de equipe, inerentes ao 
convívio coletivo, e são fatores que contribuem 
para o desenvolvimento humano. O esporte, nes-
se aspecto, pode ser instrumento de resgate social 
e aliado na luta contra violência, por exemplo, 
como fez a Itália - quando organizou um progra-
ma de recuperação de jovens usuários de drogas, 
por meio do esporte - e os Estados Unidos - que 
criou, em Nova Iorque, as ligas da meia-noite e 
contribuiu para a diminuição do índice de crimi-
nalidade na cidade (SANTOS et al., 1997; WHEE-
LOCK, HARTMANN, 2007).
 15
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
COMPETIÇÃO
O esporte de rendimento pode ser caracterizado 
como profissional e não profissional, em que o pri-
meiro tem como principal característica remunera-
ção ou formas contratuais pertinentes. O não profis-
sional difere-se em esporte semiprofissional, expresso 
pela existência de incentivos materiais que, no entan-
to, não têm vínculo empregatício remunerado; e o es-
porte amador, que não apresenta existência de remu-
neração ou incentivo material (SANTOS et al., 1997).
Sob esse aspecto do alto rendimento, o esporte 
atinge sua expressão máxima da atividade física e 
há uma busca pela excelência da execução técnica 
e constante superação da performance, pelos profis-
sionais aqui inseridos (BOJIKIAN, J; BOJIKIAN, L, 
2012). Esses profissionais buscam constante atuali-
zação profissional, visto que o mercado passa por 
constantes inovações em busca de novos métodos 
que visem o maior rendimento de seus atletas. 
O objetivo no aspecto competitivo é buscar o máxi-
mo rendimento do indivíduo, o gesto milimetricamen-
te realizado, a definição e escolha da técnica adequada 
para obtenção do sucesso, bem como a tomada de deci-
são assertiva, aliada ao feedback, para, assim, culminar 
em bom resultado. Prioriza-se a padronização, sincro-
nização e maximização, por meio de exaustivas repe-
tições que buscam a perfeição e a superação de limites 
(GAYA, 2006). É pressuposto o critério de qualidade e 
aceita-se a meritocracia em busca de uma vaga no time, 
na competição e, claro, no lugar mais alto no pódio.
Você, com formação em licenciatura, atuará 
em quais áreas supracitadas? Pense em um 
possível campo de atuação, analisando a reali-
dade da sua cidade, para cada área apontada: 
Saúde e Lazer; Educação e Competição. Como 
seriam as atividades referentes a cada uma 
dessas áreas?
REFLITA
VOLEIBOL 
16 
U
m dos grandes jargões da Educação Físi-
ca é que “a criança não é um adulto em 
miniatura”. Ela apresenta características 
biológicas e psicológicas diferente dos 
adultos, e por isso, a experiência de prática para essa 
faixa etária não deve ser similar a dos adultos. Dessa 
forma, tem sido proposto que a criança deve praticar 
diversas modalidades esportivas e recreativas até os 
10 anos de idade. Dos 10 aos 13/14 anos é o mo-
mento de escolha por uma modalidade específica, 
porém, evita-se treinamentos unilaterais e especiali-
zação em determinada função tática (SILVA, 2012).
Qual é a Idade Ideal para 
Aprender o Voleibol?
Essa primeira fase do aprendizado, que ocorre 
dos 6 aos 10 anos (contemplada no Ensino Fun-
damental I da grade escolar, que compreende do 
1º ao 5º ano), consiste em ampliar a base motora 
da criança, dando-lhe variadas possibilidades de 
movimento e desenvolvimento de suas capacida-
des coordenativas. Para isso, recomenda-se que, 
nessa fase, sejam trabalhadas as habilidades mo-
toras fundamentais, tais como correr, saltar, pu-
lar, arremessar etc., que servirão de base para os 
esportes que futuramente a criança venha praticar 
(GALLAHUE et al., 2013). 
 17
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Para tanto, além da Educação Física escolar-se 
nessa fase os pais optarem por atividades em con-
traturno escolar - seria mais indicada uma escoli-
nha de esportes, do que uma escolinha específica 
de voleibol para essa faixa etária. Isso porque, em 
média, as meninas deveriam entrar em contato es-
pecificamente com voleibol, no período de 11 a 13 
anos e 12 a 14 anos para os meninos (BOJIKIAN, J; 
BOJIKIAN, L., 2012). 
Mas, porque essa idade? Porque, de acordo com 
o que veremos a seguir, é, em média, nessa idade que 
ocorre a maturação sexual, considerada a principal 
variável para determinação de quando os pratican-
tes passarão a receber treinamento voltado à espe-
cialização, em detrimento dos treinamentos de base 
infantil (SILVA, 2012), que visam principalmente, a 
ampliação da base motora por meio da prática es-
portiva global. 
ASPECTOS FÍSICOS E MATURACIONAIS
A criança é biologicamente distinta do adulto, até 
a ocorrência da sua maturação sexual, basicamente 
porque não há produção de hormônios sexuais pelas 
glândulas. O padrão psicológico também se difere, 
de modo que a imposição de cargas de treinamento 
e competição nos moldes adultos para as crianças 
serão infrutíferos e prejudiciais. Isso porque o or-
ganismo infantil não tem, ainda, maturidade para 
adaptação às cargas de treinamento e isso pode gerar 
danos psicobiológicos futuros (SILVA, 2012).
A maturação biológica é o marco da evolução 
do organismo infantil para o organismo adulto, 
como citado anteriormente. Esta é determinada 
pela maturação sexual, em que as meninas passam 
pela menarca e os meninos iniciam a produção de 
espermatozóides. Sendo assim, até a maturação se-
xual, basicamente, as diferenças biológicas entre 
meninos e meninas são inexistentes. É a produção 
hormonal (testosterona para os meninos e proges-
terona e estradiol para as meninas) que promove as 
diferenças físicas e comportamentais, encontradas 
nas fases posteriores. A partir desse momento, o 
adolescente poderia ser entendido como um adul-
to, em termos biológicos e em relação às cargas de 
treinamento (SILVA, 2012).
Entretanto, a maturação não ocorre instanta-
neamente, a partir dos primeiros sinais do avanço 
qualitativo da composição bioquímica das células, 
órgãos e sistemas (HAYWOOD; GETCHELL, 2010; 
SILVA, 2012). São necessários meses e anos para a 
consolidação da maturidade óssea, alcance do po-
tencial máximo anabólico, por meio da testosterona 
e amadurecimento das enzimas envolvidas nas ativi-
dades anaeróbicas que, até a maturação, são pouco 
pertinentes (SILVA, 2012). 
Sabendo disso, qual é a idade ideal para se-
pararmos meninos e meninas nas atividades 
propostas nas aulas de Educação Física? Qual 
é o motivo para fazermos isso?
REFLITA
Até a idade maturacional, que compreende o perío-
do do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, com idade 
de 6 aos 10 anos, praticamente não existem diferenças 
relacionadas às capacidades motoras entre os sexos. 
Porém, a partir do 6º ano, que corresponde, aproxima-
damente, dos 11 aos 12 anos, as meninas começam a 
passar pela menarca e, assim, atingem sua maturação 
sexual. A partir dessa fase, diferenças quanto à força, 
resistência, capacidade cardiorrespiratória, entre ou-
VOLEIBOL 
18 
tras, são observadas entre os sexos, motivo este que 
justifica a separação da turma em grupos de meninas 
e meninos para a realização de atividades que exigem 
essas determinadas valências físicas (SILVA, 2012).
Entretanto, duas crianças da mesma idade podem 
diferir quanto ao status maturacional, de modo que 
uma amadurece mais cedo doalta;
• deixar a manchete próxima ao corpo;
• não colocar o corpo atrás da bola;
• movimentar o braço sem deslocar o quadril e 
o ombro simultaneamente;
• ficar com os pés paralelos;
• deixar o pé, à frente, contrário ao da sua lateral;
• ficar atrás do bloqueio da sua equipe.
Exercícios Educativos
• Fazer as crianças andarem meia quadra aga-
chadas segurando o tornozelo.
• Colocar a criança sentada em um banco bai-
xo com um pé ligeiramente à frente do outro 
e lançar bolas em sua direção.
• De dois em dois, um aluno segura a bola e o 
seu parceiro, em posição de expectativa bai-
xa, desloca-se à frente, faz a defesa e retorna à 
posição anterior.
• Dois a dois, uma criança entre dois arcos co-
locados no chão, um do seu lado direito e ou-
tro do lado esquerdo, o parceiro executa se-
quência de ataque para o lado direito e depois 
para o lado esquerdo. O defensor desloca-se 
com apenas uma das pernas para dentro de 
um arco, levando perna, pelve e ombro em 
direção à bola, depois para o outro lado, fa-
zendo o mesmo trabalho.
VOLEIBOL 
138 
• O professor coloca os alunos em uma fila 
e marca a posição inicial em que os alunos 
devem chegar em posição de expectativa; 
os mesmo devem entrar e executar a defesa 
da bola em direção ao professor e ir para o 
final da fila.
• Ataque e defesa dois a dois: um ataca, en-
quanto o parceiro defende a bola para o 
companheiro que efetuou o ataque, que le-
vanta em direção ao defensor, o qual ataca 
novamente em direção ao levantador e as-
sim consecutivamente.
• O professor, posicionado sobre uma mesa, 
efetua ataque em direção aos alunos que de-
vem colocar a bola para o alto na direção do 
levantador.
Exercícios Formativos
• Os alunos seguram uma medicine ball com 
os braços estendidos, e em posição de expec-
tativa baixa devem ficar em isometria por 20 
segundos.
• Partindo da posição anterior, ainda com a 
bola de medicine ball, o aluno deve, em posi-
ção de expectativa, caminhar com o coman-
do do professor, ora para a direita, ora para a 
esquerda.
APLICAÇÃO
Exercícios em forma de jogo:
• Enquanto o professor está sobre uma mesa no 
centro da quadra, os alunos entram de dois a 
dois, o professor ataca em um e o aluno que 
não recebeu o ataque levanta para o parceiro.
• Três colunas, sendo que o professor pode fa-
zer ataque nas colunas das extremidades; o 
aluno do centro levanta a bola para um dos 
defensores.
• Ao serem formadas três colunas, conforme o 
mesmo sistema anterior, o levantador agora 
tem que executar o levantamento para o atle-
ta que não efetuou a defesa. 
Jogo adaptado:
• São formados times com 4 alunos, sendo 3 
no fundo da quadra e um na rede como le-
vantador, o professor, do outro lado da qua-
dra, “ataca” os alunos do fundo da quadra, os 
quais têm que defender em direção ao levan-
tador, o qual tem a função de efetuar o levan-
tamento para os atacantes de sua equipe. 
Jogo:
• Dois time compostos por 4 alunos no mes-
mo sistema do jogo adaptado, porém com a 
quadra reduzida (quadra poderá ser marcada 
com um giz, faixa ou cones). No jogo, os atle-
tas jogam de forma livre, executando todos os 
fundamentos.
 139
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
VOLEIBOL 
140 
A
s defesas tornam o voleibol mais emocionante, deixando os 
rallys mais longos e disputados. Os rolamentos são recursos 
utilizados pelos jogadores quando fazem defesas de longas 
distâncias, como forma, até mesmo, de proteção às quedas.
APRESENTAÇÃO
O rolamento é uma ação defensiva utilizada quando a bola está fora do 
alcance da manchete, na qual o aluno cobre a distância razoável em um 
curto espaço de tempo.
São características do rolamento:
• o aluno deve estar na posição de expectativa baixa;
• deve realizar um “afundo” lateral;
• defender a bola com uma das mãos ou com a manchete;
• tocar a parte lateral do tronco ou quadris;
• rolar sobre o tronco e voltar à posição inicial.
Rolamentos
 141
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Figura 12 - Rolamento
Fonte: UniCesumar.
Posição 1
Posição 3
Posição 5
Posição 7
Posição 2
Posição 4
Posição 6
Posição 8
VOLEIBOL 
142 
SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
• Em um colchonete, solicitar aos alunos que 
coloquem o queixo próximo ao peito.
• Para a execução do rolamento frontal, os alu-
nos serão motivados a praticá-los, primeira-
mente, de uma superfície mais alta para outra 
mais baixa, como em um degrau.
• Na sequência, realiza-lo em uma rampa in-
clinada.
• Na última fase, realizar no solo, sem o apoio 
de nenhum aparato (Figura 13).
• Colocar o aluno de joelhos, em frente ao col-
chonete. O indivíduo deve estender o braço 
direito no prolongamento do corpo, encos-
tando o braço direito e mantendo o braço es-
querdo na lateral do corpo.
• Agora, na posição de expectativa baixa, reali-
zar o movimento anterior ainda sobre o col-
chonete, projetando-se para a frente.
• Realizar o mesmo movimento anterior com o 
braço direito estendido, braço esquerdo jun-
to ao corpo, projetando quadril e pernas por 
cima do ombro esquerdo, assim, completan-
do o rolamento.
• Realizar a sequência anterior, mas com um alu-
no segurando a bola próxima ao chão para o 
aluno que estiver realizando o rolamento bata 
na bola por baixo, fazendo com que ela suba.
• Executar o rolamento ainda sobre o colchão 
com o professor lançando bolas.
• Repetir toda a sequência anterior sem o colchão.
EXERCÍCIOS EDUCATIVOS E FORMATIVOS
Erros mais comuns durante a realização dos exercícios:
• dar pouca impulsão com os membros in-
feriores;
• abrir o ângulo tronco/membros inferiores 
demasiadamente cedo;
• flexionar o braço que rebate a bola;
• rolar sobre o ombro contrário;
• apoiar as mãos contrárias no solo.
Exercícios Educativos 
• Executar o rolamento sobre o colchonete; no 
instante da queda, o professor lança a bola 
para o aluno golpear;
• executar o mesmo exercício, porém peça ao 
aluno para deixar a cabeça sobre o braço que 
pega a bola e olhe em direção a sua mão.Figura 13 - Sequência pedagógica - Rolamento
Fonte: UniCesumar.
Sequência 2
Sequência 1
Sequência 3
 143
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Exercícios Formativos
• Exercícios de flexibilidade geral e agilidade.
AUTOMATIZAÇÃO
• Executar rolamentos sem bola para a sua di-
reita e esquerda;
• atravessar a quadra de jogo realizando rola-
mentos para a direita e para a esquerda;
• professor lançando bola para uma coluna de 
alunos primeiro para a direita e depois para 
a esquerda.
APLICAÇÃO
Exercícios em forma de jogo:
• o professor, do outro lado da rede, lança a 
bola para o atleta recuperar e o levantador 
tem que distribuir para os atacantes;
• o professor faz duas bolas: primeiro de um 
ataque na posição, na sequência lança uma 
bola para executar a defesa com rolamento, o 
atleta defende em direção ao levantador, que 
executa o levantamento para os atacantes.
 Jogo adaptado:
• O professor começa os ralis lançando bolas 
para os atletas recuperarem em rolamentos, 
alguns momentos para a direita, em outros 
para a esquerda, com os demais alunos par-
ticipando do jogo, a partir da defesa segue o 
contra-ataque para a sua equipe.
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - 
ROLAMENTOS
Link: https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
https://vimeo.com/214842990/f081bb4bc3
VOLEIBOL 
144 
O 
mergulho faz parte dos recursos defensivos que são utiliza-
dos pelos jogadores de alto nível em defesas de distâncias 
mais longas que não permitem a defesa em pé. Não será vi-
venciada no contexto escolar pelos motivos já explicitados. 
Ainda assim, o conhecimento acerca dessa temática se faz importante 
para que o acadêmico de Licenciatura tenha o conhecimentoaprofun-
dado sobre a modalidade.
Mergulho
 145
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Posição 1
Posição 3
Posição 5
Posição 7
Posição 2
Posição 4
Posição 6
Posição 8
Figura 14 - Mergulho
Fonte: Unicesumar.
VOLEIBOL 
146 
APRESENTAÇÃO
O mergulho é mais uma técnica defensiva do volei-
bol, porém realizada por atletas de um nível mais 
alto. Essa técnica é utilizada para defender bolas 
cujo o ângulo de trajetória, muito rasante, só permi-
te ao atleta defender mergulhando em sua direção.
Para sua execução deve ser levado em consi-
deração:
• Após um deslocamento, o jogador deve se 
apoiar sobre uma perna semiflexionada e 
“mergulhar” em direção à bola. Ela pode ser 
recuperada com as costas da mão fechada, 
por meio de uma flexão dos braços e com 
o contato progressivo do peito e do peso do 
corpo no solo, o atleta realiza uma remada, 
ou seja, puxada das mãos para trás, para que 
o corpo deslize no solo (BOJIKIAN, L.; BO-
JIKIAN, J., 2012).
• Para evitar acidentes, antes de amortecer a 
queda, logo após tocar a bola, o atleta deve 
flexionar os joelhos e elevar o queixo, para 
que eles não se choquem contra o solo (BO-
JIKIAN, L.; BOJIKIAN, J., 2012).
Quanto ao “peixinho”, essa é uma técnica que segue 
os mesmos princípios do mergulho, no entanto é uti-
lizada mais pelas mulheres, pois somente o ângulo de 
queda é menos acentuado e, assim, o deslize do corpo 
no solo faz-se sobre o abdômem e não sobre os seios.
SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA 
• O aluno deve partir da posição ajoelhado 
com quatro apoios, colocando as mãos no 
solo com os braços estendidos, deve descer e 
subir várias vezes.
• Repetir o movimento anterior, mas agora os 
braços deverão ser flexionados até o peito to-
car o solo e fazer um pequeno deslizamento, 
repetir várias vezes esse movimento.
• Repetir o movimento anterior, porém, quan-
do o corpo estiver sendo projetado à fren-
te, haverá uma simulação de um golpe para 
apanhar a bola, com as costas da mão e com 
o braço estendido, antes do contato da mão 
com o solo.
• Repetir o movimento anterior, porém, após 
pegar a bola com as costas da mão, puxe os 
braços para trás logo após o contato das mãos 
com o solo, apoie-se sobre o peito e deslize, 
repetir várias vezes esse movimento.
• Agachado, levar a perna direita à frente, apoi-
á-la e projetar o corpo para frente. Amortecer 
a queda com os braços, lentamente.
• Faça o mesmo movimento anteriormente 
apresentado, mas agora com a perna esquerda.
• Sentado, levantar (quadril baixo) com a per-
na direita, apoiá-la e projetar o corpo para 
frente. Amortecer a queda com os braços, 
lentamente. Depois, faça o mesmo com a per-
na esquerda.
• Realizar as mesmas ações apresentadas ante-
riormente, iniciando a movimentação deita-
do em decúbito ventral.
• Repetir a sequência de exercícios, dando um 
pequeno salto e mergulho.
ESPORTES COLETIVOS: VOLEIBOL - MERGULHO
Link: https://vimeo.com/214843081/00a9f00cad
 147
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
• Repetir a sequência de exercícios, dando uma 
passada e o mergulho. Novamente realizar 
o mesmo movimento com duas passadas e 
mais o mergulho.
• Repetir a sequência de exercícios, correndo e 
dando o mergulho.
• Aluno na linha final da quadra. Uma passada, 
levanta com as mãos uma bola colocada no 
chão (como se estivesse cavando) e mergulha 
(fazer foto).
• Idem, com duas passadas.
• Idem, com corrida.
• Jogador na linha final da quadra. Uma pas-
sada, mergulha e levanta (cava) a bola (fazer 
foto ou desenhos).
• Idem, com duas passadas.
• Idem, com corrida.
• Professor no chão lançando bolas para os jo-
gadores, que partem das posições de defesa.
• Idem, com o treinador do lado oposto da 
quadra.
EXERCÍCIOS EDUCATIVOS E FORMATIVOS
A seguir são apresentados os erros mais comuns du-
rante a realização dos exercícios.
• Não elevar o queixo no momento do contato do 
corpo com o solo, causando impacto no queixo 
e, consequentemente, ocasionando lesão.
• Não estender o tronco.
• Não realizar a puxada de braços após o amor-
tecimento, podendo acarretar lesão no pulso.
• Não flexionar os joelhos causando impacto 
na rótula quando ocorre a queda.
• Não amortecer a queda com os braços.
Exercícios Educativos 
• Realizar os exercícios da sequência pedagógi-
ca sempre lembrando do comando, o qual diz 
que os alunos devem olhar para o teto.
• Na posição de decúbito ventral com as pernas 
semiflexionadas, efetuar puxadas do corpo 
com as mãos, realizando, assim, o desliza-
mento e projetando o corpo a frente.
Exercícios Formativos
• Alunos de 2x2 realizam “carrinho de mão”, 
ou seja, um segura as pernas do companheiro 
que vai até a metade da quadra de voleibol 
por meio do apoio de mão.
• Mantendo em dupla, o parceiro segura as 
pernas do companheiro na altura do joelho e 
o mesmo realiza flexão dos braços.
AUTOMATIZAÇÃO
• Executar várias vezes o mergulho sem a bola.
• Professor lança uma bola para o alto e o alu-
no deixa ela quicar uma vez no solo. Depois 
do quique, o aluno executa o mergulho para 
recuperar a bola. Professor lança várias bolas 
para a recuperação do aluno.
• Professor, do outro lado da quadra, próximo 
à rede, lança bolas para a recuperação.
 Situações de Jogo em que são utilizados:
• Bolas “largadas”.
• Bolas atacadas a meia força.
• Bolas ricocheteadas no bloqueio, que se diri-
gem para fora da quadra.
• Bolas tocadas na 1ª ação por outro defensor.
VOLEIBOL 
148 
APLICAÇÃO
Nessa fase, realize os mesmos exercícios do rola-
mento, somente utilizando o mergulho para iniciar 
as atividades. 
Face ao que foi exposto, você tem conhecimento 
sobre os processos pedagógicos de todos os funda-
mentos do voleibol, o que te dá a possibilidade de 
trabalhar com a modalidade, em qualquer contexto 
esportivo em que esteja inserido: educação física es-
colar, escolinha esportiva e escolinha esportiva vol-
tada ao alto rendimento.
Para realizar os recursos de mergulho e rola-
mento, a segurança é fundamental. Por isso, 
sempre verifique o ambiente de realização 
dos exercícios, a vestimenta e as orientações 
passadas aos alunos.
REFLITA
 149
considerações finais
Caro(a) aluno(a), chegamos ao final de mais uma unidade, na qual vimos o pro-
cesso de ensino dos fundamentos da modalidade de voleibol intitulados “avança-
dos”. Entendemos que os fundamentos apresentados nesta unidade tornam pos-
sível a realização do jogo em nível técnico superior ao contemplado na Educação 
Física Escolar.
Ainda que os fundamentos Saque por cima e Bloqueio pareçam muito co-
muns e usuais à prática do voleibol, foram contemplados, nesta unidade, justi-
ficados pelos motivos já explicitados anteriormente. Basicamente, o tempo de 
prática destinado ao voleibol escolar é insuficiente para que se contemple ambos 
os fundamentos na prática pedagógica da Educação Física. Entretanto, em qual-
quer âmbito da prática esportiva fora do contexto escolar, seja visando saúde ou 
lazer, especificamente esses dois fundamentos devem ser vivenciados por seus 
praticantes.
Os fundamentos avançados exigem dos professores e alunos um certo grau de 
amadurecimento dos fundamentos básicos e de experiência com a modalidade. 
Isso porque há maior complexidade de execução e risco de lesões, caso não se-
jam realizados corretamente. Além disso, há necessidade de boa estrutura física e 
material, como condições adequadas da quadra de voleibol da escola e aparatos, 
como joelheiras, respectivamente, que possibilitem quedas com maior segurança 
aos aprendizes.
Certamente, a partir do conhecimento aqui exposto, assegura-se que o em-
prego dessas habilidades ao ensinamento da modalidade voleibol, trará aos alu-
nos maior motivação e os conduzirá ao melhor nível de jogo, estimulando as 
crianças à prática esportiva, além daquela oferecida pela Educação Física Escolar. 
A inserção dos fundamentos saque por cima, bloqueio e defesas em pé e com uti-
lização dos recursos rolamentos e mergulhos, tornam a modalidade mais atrativa 
aos praticantes que, muitas vezes, acompanham o voleibol de alto nível e queremreproduzir os movimentos vistos nos jogos.
150 
LEITURA
COMPLEMENTAR
Na prática docente, o maior desafio é propor ativida-
des que englobem todos os alunos com suas diferenças 
maturacionais, biológicas, afetivas e emocionais. Nesse 
sentido, alunos deficientes constantemente são excluí-
dos desse processo. O que você, aluno, fará em sua prá-
tica pedagógica para atender a esses alunos? A seguir, é 
apresentado um texto retirado dos Parâmetros Curricu-
lares Nacionais, em que essa temática é abordada. Boa 
leitura!
Alunos com deficiências físicas
Por desconhecimento, receio ou mesmo preconceito, a 
maioria dos alunos com deficiências físicas foram (e são) 
excluídos das aulas de Educação Física. A participação 
nessa aula pode trazer muitos benefícios a essas crian-
ças, particularmente em relação ao desenvolvimento das 
capacidades afetivas, de integração e inserção social.
É fundamental, entretanto, que alguns cuidados sejam 
tomados. Em primeiro lugar, deve-se analisar o tipo de 
necessidade especial que esse aluno tem, pois existem 
diferentes tipos e graus de limitações, que requerem 
procedimentos específicos. Para que esses alunos pos-
sam frequentar as aulas de Educação Física é necessário 
que haja orientação médica e, em alguns casos, a super-
visão de um especialista em Fisioterapia, um Neurolo-
gista, Psicomotricista ou Psicólogo, pois as restrições de 
movimentos, posturas e esforço podem implicar riscos 
graves.
Garantidas as condições de segurança, o professor pode 
fazer adaptações, criar situações de modo a possibilitar 
a participação dos alunos com necessidades especiais. 
Uma criança na cadeira de rodas pode participar de uma 
corrida se for empurrada por outra e, mesmo que não 
desenvolva os músculos ou aumente a capacidade car-
diovascular, estará sentindo as emoções de uma corrida. 
Num jogo de futebol, a criança que não deve fazer muito 
esforço físico pode ficar um tempo no gol, fazer papel de 
técnico, de árbitro ou mesmo torcer. A aula não precisa 
se estruturar em função desses alunos, mas o professor 
pode ser flexível, fazendo as adequações necessárias.
Outro ponto importante é em relação às situações de 
vergonha e exposição nas aulas de Educação Física. A 
maioria das pessoas portadoras de deficiências tem tra-
ços fisionômicos, alterações morfológicas ou problemas 
de coordenação que as destacam das demais. A atitu-
de dos alunos diante dessas diferenças é algo que se 
constrói por meio da convivência e dependerá muito da 
atitude que o professor adotar. É possível integrar essa 
criança ao grupo, respeitando suas limitações, e, ao mes-
mo tempo, dar oportunidade para que desenvolva suas 
potencialidades.
A aula de Educação Física pode favorecer a construção 
de uma atitude digna e de respeito próprio por parte 
do deficiente e a convivência com ele pode possibilitar a 
construção de atitudes de solidariedade, de respeito, de 
aceitação, sem preconceitos.
Fonte: Brasil, PCN (1997).
 151
atividades de estudo
1. Ao estudarmos o saque tipo tênis (saque por cima), verificamos a existên-
cia de duas formas como este saque pode ser apresentado. Sendo assim, 
responda quais são elas e descreva os respectivos movimentos.
2. Nesta unidade, aprendemos que o bloqueio caracteriza-se como uma ação 
defensiva que objetiva impedir o ataque adversário. Sobre o bloqueio e 
suas características, assinale a alternativa correta.
a. Nos bloqueios defensivos, as mãos invadem o espaço aéreo do adversário 
e se posicionam abertas, estendidas e firmes, uma ao lado da outra.
b. Nos bloqueios ofensivos, as mãos não invadem o campo adversário e são 
colocadas junto à rede, na frente da bola com extensão dos punhos e tem 
o objetivo de amortecer a bola para facilitar a defesa da equipe.
c. Para um bloqueio efetivo, o bloqueador deve sempre antecipar a subida 
em relação ao atacante.
d. Tocar na rede ao saltar, projetando o corpo para a frente e, para saltar, e 
flexionar o tronco ao invés dos joelhos são erros comuns aos iniciantes.
e. Para ter maior alcance em altura, recomenda-se que os atletas saltem e 
projetem apenas um dos braço para cima.
3. A defesa em pé é uma das ações defensivas em que se utiliza a manchete. 
Entretanto, esse tipo de defesa apresenta algumas características diferen-
ciadas comparada à manchete convencional (que aprendemos na unidade 
anterior). Em relação à defesa em pé, é correto o que se afirma em:
I. A postura fundamental para esse tipo de defesa é a posição de expectativa 
baixa.
II. Ficar na posição de expectativa alta e não colocar o corpo atrás da bola são 
erros comuns aos principiantes.
III. O fundamento defesa em pé deve ser ensinado como se fosse um funda-
mento novo para o aluno, pois este não possibilita que haja transferência 
de aprendizagem de nenhum fundamento.
IV. Defesa em pé é realizada na recepção de saques muito fortes, como os 
saques viagens.
Assinale a alternativa correta.
a. Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b. Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c. Apenas a afirmativa I está correta.
d. Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
e. As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
152 
atividades de estudo
4. No decorrer desta unidade, aprendemos sobre a importância da realiza-
ção correta e segura do rolamento para o voleibol. As defesas feitas com 
rolamentos tornam o jogo mais emocionante. Sobre esse fundamento, 
responda (V) para Verdadeiro e (F) para Falso.
( ) O rolamento é uma ação defensiva, utilizada após a recepção de um 
saque.
( ) Para realização do fundamento, o aluno deve estar na posição de 
expectativa média.
( ) É utilizado quando a bola está fora do alcance da manchete.
( ) É necessário impulso com os membros inferiores para realização do 
rolamento.
( ) O praticante pode defender a bola com uma das mãos ou com a 
manchete antes de realizar o rolamento.
5. Um dos recursos do Voleibol é o mergulho que, em geral, é utilizado por 
jogadores de alto nível para realizar algumas defesas. Em relação a esse 
fundamento, analise as afirmativas a seguir e, em seguida, assinale a 
alternativa correta.
I. O mergulho pode ser utilizado, também, como um fundamento ofensivo.
II. O atleta projeta seu corpo para frente, com as pernas unidas ao peito.
III. Para evitar acidentes, o atleta deve flexionar os joelhos e elevar o queixo, 
para que eles não se choquem contra o solo.
IV. Não flexionar os joelhos causando impacto na rótula quando ocorre a 
queda e não amortecer a queda com os braços são dois erros comuns à 
execução.
V. A brincadeira infantil “carrinho de mão” pode ser utilizada como um exer-
cício formativo no processo pedagógico de ensino.
a. Apenas as afirmativas I, ll e lV estão corretas.
b. Apenas as afirmativas l, ll e lll estão corretas.
c. Apenas as afirmativas Il, lll e V estão corretas.
d. Apenas as afirmativas lll, IV e V estão corretas.
e. As afirmativas I, II, III, IV e V estão corretas.
 153
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Voleibol: do aprender ao especializar
Afonso Antonio Machado
Editora: Guanabara Koogan
Ano: 2006.
Sinopse: o voleibol brasileiro é carente de bibliografia específica e 
qualificada. Essa obra deixa evidente a preocupação do autor com o relacionamento entre: o 
treinador e o atleta, e professor e aluno. Também, preocupa-se com a importância da simpli-
cidade e da precisão das informações transmitidas aos alunos.
A seguir, por meio do vídeo, são mostrados exercícios pedagógicos que ensinam o mergulho 
e o rolamento do voleibol de uma forma simplificada e que possibilita o ensino desses fun-
damentos na escola. Tais atividades possivelmente não serão realizadas durante as aulas de 
Educação Física Escolar, mas podem ser executadas em atividades de contraturno.
Para conferir os exercícios pedagógicos, acesse o site disponível em: .
Desafiando os gigantes
Ano: 2006
Sinopse: em seis anos como técnico de futebol americano de uma 
escola,Grant Taylor nunca conseguiu levar seu time Shiloh Eagles a 
uma temporada vitoriosa. E ao ter que enfrentar crises profissionais 
e pessoais aparentemente insuperáveis, a ideia de desistir nunca lhe pareceu tão atraente. 
É apenas depois que um visitante inesperado o desafia a acreditar no poder da fé que ele 
descobre a força da perseverança para vencer.
Comentário: dificuldades profissionais, todos nós enfrentamos diariamente. A Educação Físi-
ca Escolar é cheia de desafios, pois estamos trabalhando todos os dias com a educação de mi-
lhares de jovens, aliado às condições estruturais, que, na maioria das vezes, não são as mais 
adequadas. Por isso, quando as dificuldades lhe parecerem invencível, lembre-se deste filme.
154 
referências
BIZZOCCHI, C. O voleibol de alto nível: da iniciação à competição. São Paulo: 
Manole, 2004.
BOJIKIAN, J. C.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando Voleibol. 5. ed. São Paulo: Phorte 
Editora, 2012.
CAMPOS, L. A. S. Voleibol “da” Escola. São Paulo: Fontoura, 2006.
SUVOROV, Y. P.; GRISHIN, O. N. Voleibol: iniciação. 5. ed. Rio de Janeiro: 
Sprint, 2004. 
LERBACH, A. M.; VIANNA JUNIOR, N. S. Apostila do Curso de Voleibol - Ní-
vel I. Federação Mineira de Voleibol/SENAC, Belo Horizonte, 2006. 67 p.
SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e performance motora: 
uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. 4. ed. Porto Alegre: Art-
med, 2010.
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. Bases biomecânicas do movimento humano. São 
Paulo: Manole, 2012.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: Ministério da Educação, 
v. III, 1997. 
 155
gabarito
1. 
Saque com rotação
Tem esse nome pela rotação que é imprimida à bola, por meio da flexão de punho 
que é realizada no instante do golpe. É utilizado tanto para realizar saques dirigidos, 
como em saques fortes, de acordo com a velocidade que o jogador imprime à bola.
O jogador estará com as pernas em posição ântero-posterior e ombros paralelos à 
rede, em posição equilibrada. A bola será segura com uma ou duas mãos, com os 
braços estendidos a frente do corpo.
A bola é lançada com uma das mãos, acima da cabeça (aproximadamente 1,5 m). 
Os braços são lançados para cima, o que braço batedor, passar acima da linha do 
ombro, em sua máxima amplitude escapuloumeral. 
O outro braço (braço que lançou a bola para cima) encerrará seu movimento para o 
alto, um pouco acima da linha do ombro, estendido à frente do corpo. Quando a bola 
atingir seu pico de altura, o tronco fará uma hiperextensão. No momento em que a 
bola descer a uma altura apropriada, será golpeada com o braço dominante, bem 
estendido, seguida de uma flexão do tronco. A mão iniciará o contato com a bola, 
enquanto faz a flexão de punho.
Depois da batida, há uma transferência de peso do corpo para a perna da frente, o 
que faz com que, naturalmente, a perna de trás seja lançada para frente, permitindo 
ao jogador estar em movimento e retomar seu lugar na quadra. O braço termina 
paralelo ao corpo, em posição natural.
Saque flutuante
Essa técnica de saque possui esse nome porque a bola percorre sua trajetória sem 
rotação, devido ao tipo de batida que não flexiona o punho. Esse tipo de golpe faz 
com que a bola execute uma trajetória flutuante e irregular. Este saque é de prefe-
rência entre os jogadores iniciantes, pela facilidade de execução.
O arremesso deverá ser realizado com uma mão, apesar de no início do movimento 
a bola ser segura com as duas mãos. A bola é lançada para cima um pouco acima da 
linha do tronco, a uma altura igual ao alcance do braço de ataque do executante. Ao 
lançar a bola, o braço de ataque, estendido, é lançado para cima do ombro, até a sua 
máxima amplitude, com a palma da mão voltada para a bola.
No momento em que atingir seu ponto mais alto, a bola deverá ser golpeada pelo 
braço de ataque, com a mão firme, realizando uma hiperextensão de punho. O braço 
que lançou a bola dá equilíbrio ao movimento e quando ocorre a batida, o cotovelo e 
o punho travam-se, evitando o movimento que proporciona a rotação na bola.
O braço de ataque é lançado em direção à rede, em extensão máxima, terminando 
seu movimento quase paralelo ao solo. O peso do corpo é transferido para a perna 
da frente.
2. D.
3. A.
4. F, F, V, V, V.
5. D.
Professora Me. Suelen Vicente Vieira
Professor Esp. Robson Florentino Xavier
Professora Me. Nayara Malheiros Caruzzo
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Minivoleibol
• Sistema de Jogo 6x0
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer a aplicabilidade do Minivoleibol.
• Entender o rodízio 6x0 como progressão ao jogo formal.
APRENDIZAGEM DO VOLEIBOL
V
unidade
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a), chegamos à última unidade do nosso livro, na qual 
falaremos sobre o voleibol visto sob um aspecto tático. Nas unidades 
anteriores, sugerimos processos pedagógicos dos fundamentos em uma 
perspectiva técnica, por motivos já antes explícitos. Entretanto, você pode 
estar se perguntando: “o voleibol só deve ser trabalhado com enfoque téc-
nico por meio do jogo formal? Ou deve ser ensinado nas idades anterio-
res?”. Estas são questões legítimas, visto o conteúdo até aqui apresentado.
Desse modo, essa unidade apresentará o voleibol com um olhar tá-
tico sobre o jogo, sem enfocar os gestuais técnicos como ponto de parti-
da. Isso porque, aqui, o voleibol será inserido nas séries iniciais (Ensino 
Fundamental l - 1º ao 5º ano), que contempla as crianças com idade de 
6 a 10. Sabemos que, nessa fase, há o desenvolvimento das habilidades 
motoras fundamentais, as quais, porém, não constituem a modalida-
de enfocada. Por esse motivo, nessa fase é importante que as crianças 
desenvolvam o entendimento do jogo de forma geral, não importando 
muito como farão, e sim o que farão (elementos táticos, em detrimento 
dos aspectos técnicos).
Nesse sentido, o Minivoleibol é uma excelente estratégia para ini-
ciarmos a aprendizagem do voleibol com as crianças. Outro importante 
aspecto é introduzir o esporte com rede para essa faixa etária, por meio 
de atividades lúdicas, que também serão sugeridas nesta unidade. Isso 
justifica-se porque o jogo é tido como elemento essencial à aquisição de 
habilidades motoras.
Além disso, têm-se em vista que, ao inserirmos os alunos ao jogo 
formal, 6x6 (a partir do 6º ano), faz-se necessário que essa prática seja 
devidamente organizada. Para tanto, um sistema de rodízio torna-se ne-
cessário, a medida que é elemento constituinte, inclusive, das regras que 
regem o esporte. O sistema de jogo mais adequado ao contexto escolar 
é 6x0, em que evita-se a especialização precoce, já que todos os alunos 
passam por todas as posições e funções da quadra. Boa leitura!
VOLEIBOL 
160 
Minivoleibol
Segundo Gonçalves (1998), a competição não pode 
deixar de ser considerada um instrumento pedagó-
gico importante no processo de estimulação para a 
prática do voleibol. Cabe ao professor transmiti-la em 
cunho educativo e dela extrair os efeitos indispensá-
veis à orientação da sua intervenção pedagógica.
De acordo com o mesmo autor, antes de tudo, a 
criança gosta de brincar e de jogar. Isso fica muito 
evidente ao analisarmos que estas são as únicas ati-
vidades em que elas se engajam livremente. O jogo 
permite à criança afirmar a própria individualidade 
ao mostrar que participação na atividade resulta em 
sua capacidade de saber fazer, dando a ela a oportu-
nidade de responder às suas motivações.
O Minivoleibol parte do pressuposto que o jogo 
deve sempre estar inserido em todas as fases de 
aprendizagem do voleibol, pois, segundo Mesqui-
ta (1998), ele constitui um meio pedagógico fun-
damental ao possibilitar a obtenção de prazer e de 
êxito - condições indispensáveis para a obtenção de 
sucesso em qualquer atividade.
É do conhecimento geral, e defendido pela 
maioria dos autores especialistas no assunto, que 
a prática do jogo formal (modelo 6x6), ao nível 
da iniciação, se constitui inadequada. Tal cons-
tatação ocorre porque a ruptura do jogo é uma 
constantedevido à dificuldade de sustentar a bola 
no espaço aéreo (por causa, fundamentalmente, 
 161
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
da grande extensão do espaço de jogo), sendo que 
a criança tem contato muito reduzido com a bola 
(BAACKE, s.d.)
Ao encontro dessa ideia, Buck, Harrison e Bryce 
(1990) constataram que, na situação de jogo formal, 
os alunos têm pouco contato com a bola, isto é, em 
média, menos de uma vez por minuto. Isso confir-
ma que a utilização dessa forma de jogo enquanto 
meio de aprendizagem do Voleibol não é considera-
da adequada para iniciantes.
Parece ser lógico e necessário encontrar uma 
fórmula que proporcione, aos pequenos praticantes, 
o maior contato com a bola, para que obtenham êxi-
to na execução da tarefa. Utiliza-se para tal situações 
facilitadoras da sustentação da bola (diminuição das 
dimensões do espaço de jogo e do número de joga-
dores por equipe).
Desse modo, a proposta dos jogos reduzidos 
em suas diferentes variações (1x1, 2x2, 3x3, 4x4) 
evita os exercícios analíticos e faz do jogo reduzido 
um meio de excelência do aprendizado do volei-
bol. Por meio desses argumentos, surge o Mini-
voleibol, que apesar de não ser classificado como 
um esporte, ou uma modalidade, é entendido 
como um método de trabalho (SANTOS, 2011). 
Para você, futuro(a) professor(a) de Educação Fí-
sica, que irá trabalhar com a iniciação do voleibol, 
consideramos o Minivoleibol adequado para uma 
assimilação mais rápida por meio de um iniciação 
lúdica na modalidade. (SANTOS, 2011)
VOLEIBOL 
162 
Para isso, a Federação Internacional de Voleibol - 
FIVB - (2014, on-line)1 propõe ao Minivoleibol alguns 
objetivos básicos, como, por exemplo, tornar o Volei-
bol mais simplificado. Ao fornecer possibilidades de 
adaptação, atendendo as necessidades da fase na qual 
a criança se encontra, o aluno entende a modalidade 
de uma maneira simplificada e atrativa. Conforme já 
foi mencionado nas unidades anteriores, nesta idade 
o medo de rejeição e a busca de aceitação pelos pares 
pode inibir o engajamento do aluno no esporte, em 
que ele pode não perceber-se competente.
Sem exigir do aluno um acúmulo físico e men-
tal, o Minivoleibol favorece a estimulação da criança 
em alguns pontos fundamentais para a inserção dela 
em uma modalidade esportiva (BAACKE, s.d; FRA-
GA, 1990; RODRIGUES, 1990). A grande vantagem 
é que o esporte apresenta regras adaptadas:
[...] O número de jogadores por equipe: é joga-
do com menos de seis jogadores por equipe, 
permitindo um maior número de contatos com 
a bola por jogador, fácil cooperação entre joga-
dores, táticas mais simples e grande interesse. 
Normalmente, as equipes de minivôlei são for-
madas por dois, três ou quatro jogadores, de-
pendendo da idade e do nível do jogo.
Tamanho da quadra: é jogado em uma quadra 
que requer menor força e movimentos, redu-
zindo o número de interrupções e promovendo 
longos rallies. Normalmente, as medidas da 
quadra são adaptadas de acordo com o número 
de jogadores, idade, nível de jogo.
Altura da rede: é jogado com uma redução na 
altura de rede, o que proporciona às crianças 
atacarem e defenderem, de acordo com sua es-
tatura e habilidade de salto.
Tamanho e peso da bola: é jogado com uma bola 
mais leve e de menor circunferência, adaptado 
às mãos e força das crianças. Para iniciantes, em 
idade menor, é conveniente usar bolas de bor-
racha ou de plástico (SANTOS, 2011, p. 14-15).
Tabela 1 - Referências para o Minivoleibol 
CORDEIRO (1996. p. 61)
indica como referência as seguintes medidas:
IDADE 9/11 anos 10/12 anos 11/13 anos
Equipe 2x2 3x3 4x4
Quadra 3x9m 6x9m 8x12m
4,5x9m 6x12m 9x12m
Altura de rede2 210 ± 5cm 210 ± 5cm 220±5cm
Fonte: Cordeiro Filho (1997, p. 61).
Alguns princípios básicos do Voleibol mantém-
-se, tais como o toque na rede e as invasões tanto por 
cima da rede quanto por baixo dela. Porém, quanto 
à condução de bola e aquisição de técnicas não há 
cobrança, o que permite a fluência do jogo.
Vale ressaltar que as normas para o jogo de fundo 
de quadra, substituições e posição inicial são mol-
dadas para a especificidade de cada local. Contudo, 
devemos manter o rodízio nas equipes e a restrição 
do ataque e do bloqueio somente aos jogadores que 
estão na posição de ataque (frente), assim, consegui-
mos evitar a especialização precoce entre os alunos 
(SANTOS, 2011). 
Você deve estar se perguntando: como devemos, 
efetivamente, iniciar o trabalho do Minivoleibol?
 163
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
VOLEIBOL 
164 
Algumas dicas da Federação Internacional de Voleibol 
(2014, on-line)1 sobre o processo de aprendizagem desta 
modalidade.
Voleibol
1º etapa
Indicada para 8 – 10 anos: base para o Minivoleibol
Trabalhar com pequenos jogos, transpor a bola por cima da rede, jogos 
de 1x1. Exercitar a cooperação, antecipação e o movimento na direção 
da bola e algumas regras básicas.
2º etapa
Indicado para 9 – 11 anos: preparação para o Minivoleibol
Trabalhar com pequenos jogos, transpor a bola por cima da rede, de 
2x2. Exercitar a cooperação com a observação do adversário, a ante-
cipação da bola e continuar com as regras básicas.
3º etapa
Indicado para 10 – 12 anos: introdução do Minivoleibol
Trabalhar com pequenos jogos de Minivoleibol de 3x3. Iniciar o uso tá-
tico dos fundamentos, de algumas táticas básicas de equipe e regras 
básicas do Minivoleibol.
 165
 EDUCAÇÃO FÍSICA Voleibol
4º etapa
Indicado para 11 – 13 anos: aperfeiçoamento do Minivoleibol
Trabalhar o Minivoleibol 4x4, com o uso de táticas individuais, forma-
ção de equipe e sistemas de ataque e defesa.
5º etapa
Indicado para 12 -14 anos: transição para o voleibol
Diversos jogos com bola e o trabalho do voleibol 6x6. A formação de 
equipes e sistemas, a tática individual e as regras do voleibol já podem 
ser inseridas.
É importante destacar que a criança não deve ser cobrada pela exe-
cução perfeita do movimento. A intenção é provocar e instigar a re-
alização dos movimentos fundamentais básicos (que já abordamos 
na Unidade III e IV), pois além de vivenciar a modalidade do voleibol, 
devemos lembrar que a base motora para desempenhos futuros, 
em geral, é trabalhada nesta primeira fase. Reitera-se que todas as 
faixas etárias estão em estreita interdependência, o que salienta a 
importância de um bom trabalho nas fases iniciais do aprendizado 
desta modalidade.
VOLEIBOL 
166 
MATERIAIS ALTERNATIVOS
O ideal seria se tivéssemos materiais adequados disponíveis à prática pedagógica. 
Entretanto, na maioria das vezes, isso não é possível. Então, como permitir que 
um grande número de alunos participe das atividades, se só teremos disponíveis 
uma quadra e uma rede? 
Como visto, o Minivoleibol pode ocorrer com o número de participantes que 
pode variar de 1x1 a 4x4. Nesse sentido, podemos adaptar nossa quadra de vo-
leibol formal (9mx9m) e transformá-la em 3 quadras de Minivoleibol. Dessa for-
ma, permitiremos que ao menos 24 alunos participem da aula ao mesmo tempo, 
como é apresentado na Figura 1.
Figura 1 - Formas de Trabalho do Minivoleibol
Fonte: Portal do Professor (2010, on-line)2.
 167
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Para que a quadra seja adaptada, sugerimos que as três quadras sejam realiza-
das no sentido transversal da quadra oficial. Assim, as miniquadras, ficarão com 
as medidas de 5m x 12m, tendo 1,5m de espaçamento entre elas (Figura 2). 
1,5m
1m
18m
5m
9m
1,
5m
12
m
Figura 2 - Adaptação da quadra para o Minivoleibol
Fonte: os autores.
Contudo, você deve estar se questionando: “como farei, se não tenho três redes 
para serem montadas em cada quadra?”. Evidente que, ao usarmos essas dimen-
sões, o ideal é utilizar os kits de Minivoleibol, que, no entanto, são escassos nas 
escolas. Para tanto, utilizaremos materiais adaptados, como elásticos e materiais 
similares. Para fixar, normalmente, se a quadra utilizada for poliesportiva, pode-
mos fazer as amarrações nas traves dos gols, cruzando a quadra até o outro lado, 
fazendo, assim, a rede das três miniquadras.
A criatividadedo professor fará a diferença e possibilitará que ele realize as 
adaptações necessárias à sua realidade. Além disso, vale explorar outras ativida-
des, não necessariamente relacionadas ao voleibol, mas nessa logística da quadra, 
para trabalhar atividades com a rede divisória. Isso ajudará na aprendizagem da 
modalidade.
VOLEIBOL 
168 
Caro(a) aluno(a), tendo em vista a premissa de que 
o jogo é extremamente motivador para as crianças, 
como visto no Minivoleibol, devemos dar sequência 
à aprendizagem do jogo do voleibol. Assim, faz-se 
necessário a organização do jogo formal, de modo 
que garanta o revezamento dos alunos nas diversas 
posições da quadra, assegurando um meio efetivo 
para que isso aconteça. 
No voleibol, chamamos esse método de rodízio, 
que se manifesta de diferentes maneiras; a mais sim-
plificada denomina-se como 6x0 (comumente apli-
cada ao contexto escolar).
Assim, de forma simples, abordaremos, a seguir, 
alguns aspectos da tática que as equipes iniciantes 
devem ter para poderem buscar um desempenho 
compatível à sua idade e nível de desenvolvimento 
dentro do esporte.
O sistema 6x0 é o mais indicado para as crian-
ças assimilarem suas funções dentro de quadra, 
lembrando que elas ainda não estão com os funda-
mentos automatizados. Então, exigir das crianças 
desempenho na execução dos fundamentos aliados 
às funções táticas tornará a tarefa ainda mais difícil. 
Porém, o ensino da tática será de suma importância 
para as crianças aplicarem, de forma sistematizada, 
os fundamentos do voleibol nas fases posteriores ao 
Minivoleibol.
Sistema de Jogo 6X0
 169
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
O SISTEMA DE JOGO
O sistema de jogo conhecido como 6x0 ou mesmo 
6x6 consiste no sistema que não tem jogadores es-
pecializados em cada posição, o que garante que 
todos os alunos participem do ataque, do levanta-
mento e das recepções e defesas. O levantador será 
sempre aquele que ocupar a posição 3 da quadra 
(Figura 3).
Ainda, existem outros tipos de sistema de 
jogo (rodízio) no voleibol como o 3x3, 4x2, 
5x1, 6x2. É por meio do sistema de jogo que 
as equipes montam e organizam sua tática 
de jogo. Contudo, o que significa dizer que 
determinada equipe adotou um rodízio 4x2? 
Quer dizer que o sistema de jogo adotado 
contém 4 jogadores atacantes e 2 jogadores 
levantadores. O mesmo ocorre para os outros 
tipos de rodízio: 3x3 (3 atacantes e 3 levanta-
dores); 5x1 (5 atacantes e 1 levantador); e 6x2 
(4 jogadores só atacam e 2 jogadores atacam 
e levantam).
Fonte: adaptado Bojikian, J.; Bojikian, L. (2012).
Para saber mais sobre o rodízio, acesse o links 
disponível em: .
SAIBA MAIS
234
165
Figura 3 - Posições da quadra
Fonte: adaptada de Educação Física na Mente (2017, on-line)3.
VOLEIBOL 
170 
FUNÇÕES DOS JOGADORES NAS RESPECTIVAS POSIÇÕES
POSIÇÃO Nº 1
Chama-se defesa direita. Tam-
bém é nessa posição que o atle-
ta fica responsável pelo saque.
POSIÇÃO Nº 2
Denomina-se oposto ou saída 
de rede.
POSIÇÃO Nº 3
Denominada de meio de rede 
ou central.
POSIÇÃO Nº 4
Denominada de ponta ou entrada 
de rede.
POSIÇÃO Nº 5
Conhecida como de defesa es-
querda, normalmente é a posi-
ção que atua o líbero nas equi-
pes com nível mais avançado.
POSIÇÃO Nº 6
Denomina-se como defensor 
central ou defesa central
1
2
3
4
5
6
Fonte: adaptado de Educação Física na Mente, ([2017], on-line)3.
 171
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Podemos observar na Figura 3 que há uma clara divisão na quadra entre as po-
sições 5, 6 e 1 e as posições 4, 3 e 2. As ações dos atletas nessas determinadas 
posições são diferentes.
 As posições 4, 3 e 2 se encontram dentro da linha dos 3 metros, essa linha 
delimita e permite que os jogadores dessas posições fiquem responsáveis pelas 
ações de ataque da equipe, em que somente eles podem bloquear e atacar dentro 
dessa zona. Também são conhecidos como jogadores da rede ou de ataque.
Os jogadores que se encontram nas posições 5, 6 e 1, que ficam na posição 
de fundo de quadra são os responsáveis pelas ações defensivas da equipe, eles 
não podem bloquear e nem atacar dentro da linha dos 3 metros, a ação de ata-
que só pode ser feita se for efetuada atrás dessa linha limite. Os alunos dessas 
posição são conhecidos como jogadores de fundo da quadra ou jogadores da 
zona de defesa. 
Os jogadores da linha de ataque (posições 2, 3 e 4) podem participar normal-
mente das jogadas de rede (ataque e bloqueio). Os jogadores de defesa (posições 
5, 6 e 1), caso ultrapassem os pés na zona de ataque, não poderá efetuar ataques 
com a bola estando a uma altura superior à borda da rede. Para tanto, ele deverá 
saltar de trás - antes da linha, ainda na zona de defesa - da linha de ataque, sem 
pisar nela. Em nenhuma hipótese, os jogadores dessa posição poderão realizar 
bloqueios (Educação Física na Mente, [2017], on-line)3.
O posicionamento dos alunos, no voleibol, ocorre da seguinte forma:
Figura 4 - Posicionamento dos alunos
Fonte: os autores. 
1
23
4
5
6
VOLEIBOL 
172 
POSICIONAMENTO DOS ALUNOS
POSIÇÃO Nº 1
Deverá estar atrás da posição 2 
e à direita da posição 6.
POSIÇÃO Nº 2
Deverá se posicionar à frente da 
posição 1 e à direita da posição 3.
POSIÇÃO Nº 3
Deverá se posicionar entre as po-
sições 4 e 2 e à frente da posição 6.
POSIÇÃO Nº 4
Se posicionará à esquerda da 
posição 3 e à frente da posição 5.
POSIÇÃO Nº 5
Deverá estar atrás da posição 4 
e à esquerda da posição 6.
POSIÇÃO Nº 6
Estará entre as posições 5 e 1 e 
atrás da posição 3.
1
2
3
4
5
6
 173
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
RODÍZIO DAS POSIÇÕES
O rodízio das posições ocorre no sentido horário, 
em sentido de regressão numérica das posições. Por 
exemplo: o jogador que inicia na posição 6, no pró-
ximo rodízio vai para a posição 5, posteriormente 
para 4, depois para 3, 2, 1 e assim sucessivamente, 
até finalizar o set (Figura 5).
1
23
4
5
6
Figura 5 - Rodízio das posições do voleibol
Fonte: adaptado de Educação Física na Mente, ([2017], on-line)3.
FORMAÇÃO PARA A RECEPÇÃO DO SAQUE
Uma equipe é composta por ações defensivas e ofen-
sivas e no sistema 6x0 todos participam dessas ações. 
A formação para a recepção de saque mais utilizada 
por equipes iniciantes é a que chamamos de W, pois 
coloca o maior número possível de alunos partici-
pando da ação de recepção, dificultando o sucesso 
do saque adversário.
1
5
3
2
6
4
Figura 6 - Formação de recepção em W
Fonte: adaptado de Educação Física na Mente ([2017], on-line)3.
Vale ressaltar que o jogador da posição 3 sempre 
é o responsável pelo levantamento das bolas para a 
equipe que se encontrará na posição 4 e 2 (Figura 6).
FORMAÇÃO DEFENSIVA
Como já dissemos anteriormente, enquanto uma 
equipe está se estruturando para as ações ofensi-
vas, a outra deve estar se organizando para as ações 
defensivas. Nas ações táticas defensivas, temos as 
ações de bloqueio, defesa em pé, rolamento e mer-
gulhos (já aprendidas na Unidades III e IV). O obje-
tivo principal das ações defensivas é impedir que o 
ataque adversário se transforme em ponto, visando 
propiciar um contra-ataque.
O contra-ataque nada mais é do que a ação 
defensiva executada pela minha equipe após 
o ataque do adversário. Por exemplo: minha 
equipe saca, o adversário executa o passe, 
levantamento e o ataque. Meu time conse-
gue realizar a defesa e já organiza a transi-
ção para o ataque. Essa ação é denominada 
contra-ataque.
Fonte: os autores.
SAIBA MAIS
Nas Figuras 7 e 8, veremos a forma que a equi-
pe deve estar disposta em quadra para a defesa, até 
que o levantador da equipe adversária defina para 
onde vai o levantamento. Como aqui utilizaremos o 
sistema 6x0, analisaremos apenas o posicionamento 
para bolas nas extremidades sem ataque pelo meio 
de rede.
VOLEIBOL 
174 
No contexto escolar e de iniciação esportiva, va-
mos trabalhar, a maior parte das vezes, com o blo-
queio simples. Observe pela Figura 8 como o ata-
que partiu do lado direito da quadra,o atacante da 
posição de saída de rede (posição 2) fez o bloqueio. 
É necessário, então, que os jogadores se organizem 
para conter a bola que vem do ataque. O jogador da 
posição defesa esquerda e ataque esquerdo (respec-
tivamente posições 5 e 4) se preparam para realizar 
3
2
4
6
1
5
3
2
4
6
1
5
3
2
4
6
1
5
Figura 7 - Sistema defensivo sem bloqueio
Fonte: adaptado de Professor Educação Física (2014, on-line)4. 
Figura 8 - Defesa com ataque pela entrada de rede e bloqueio simples na 
saída de rede (posição 2)
Fonte: adaptada de Professor Educação Física (2014, on-line)4.
a defesa das bolas que são atacadas com mais força. 
Ao mesmo tempo, os jogadores das posições 3 e 1 
(respectivamente atacante de centro e defesa direi-
ta) aproximam-se do bloqueador para dar cobertu-
ra. Por fim, o jogador que ocupa a posição 6 (defesa 
central) se prepara para defender os ataques que são 
lançadas no fundo da quadra. 
Por outro lado, na Figura 9, você pode observar 
que o ataque vem da posição de saída de rede (lado es-
querdo da quadra), assim, ocorre o bloqueio simples 
do jogador atacante da entrada de rede (posição 4). 
 Figura 9 - Defesa com ataque pela saída de rede e bloqueio simples na 
entrada de rede (posição 4)
Fonte: adaptada de Professor Educação Física (2014, on-line)4.
Dessa forma, as funções se alteram um pouco: os 
jogadores de defesa direita (posição 1) e de ataque 
direito (posição 2) ficam responsáveis por defender 
os ataques mais fortes. Para a cobertura ao bloque-
ador, os responsáveis são os jogadores das posições 
3 e 5 ( atacante de centro e defesa esquerda, respec-
tivamente). Para as bolas atacadas mais ao fundo da 
quadra, o responsável é o jogador de defesa central 
(posição 6). 
 175
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Caro(a) aluno(a), certamente o sistema 6x0 é o 
mais empregado e se adequa à realidade que você 
vivenciará no âmbito escolar.
Os planos ofensivos e defensivos que foram pas-
sados são básicos e voltados para crianças que estão 
no processo de transição para uma competição. Isso 
se dá porque, nesse contexto de competição escolar, 
faz-se necessário noções de rodízio, ações defensivas 
e ofensivas básicas para o desenvolvimento do jogo 
como um todo.
Nos jogos de voleibol, sempre temos aquela 
velha máxima que já se tornou clássico “a 
primeira não roda”. Esse mito difundido lar-
gamente não procede, pois deve-se prestar 
atenção no que diz a regra!!
“Quando a equipe receptora ganha o direito 
de sacar, os jogadores avançam uma posição 
no sentido dos ponteiros do relógio: jogador 
na posição 2 avança para a posição 1 para 
sacar, jogador da 1 retorna para a posição 6 
e assim por diante” (CONFEDERAÇÃO BRASI-
LEIRA DE VOLEIBOL, 2015, on-line)5.
Portanto, se a equipe que ganhou o direito de 
sacar não efetuar o rodízio ela comete falta 
penalizada acarretando a perda do ponto.
Fonte: os autores.
SAIBA MAIS
Lembre-se que antes de iniciar com a apren-
dizagem do sistema de jogo 6x0, o Minivolei-
bol pode auxiliar na assimilação de rodízios 
e formas de rotação de uma maneira mais 
simplificada.
REFLITA
176 
considerações finais
P
rezado(a) aluno(a), chegamos ao final de nossa última unidade, na qual 
apresentamos o Minivoleibol, uma metodologia que defendemos como 
a mais eficaz e adequada para o processo de aprendizagem inicial da 
modalidade. Após isso, como progressão a essa fase, faz-se necessário 
a compreensão do jogo de 6x6 ou 6x0. Você pôde aprender que para organizar 
este jogo, utiliza-se o rodízio 6x0, no qual todos os alunos passam por todas as 
posições, evitando-se, assim, a especialização precoce e permitindo que todos 
vivenciem os diferentes posicionamentos do Voleibol.
Cabe a você, futuro(a) professor(a) de Educação Física, elaborar ferramentas 
para dar suporte organizacional à sua turma, para, assim, amparar os alunos com 
ações pautadas dentro de uma sistema proposto para o ensino do voleibol. Tam-
bém é importante criar estratégias para que os seus diferentes alunos vivenciem 
a modalidade.
Lembramos, mais uma vez, que a aprendizagem do sistema 6x0 será facilitada 
se, no processo anterior a essa fase, o professor estiver fazendo uso do método 
Minivoleibol e de atividades lúdicas desportivas com rede divisória. Isso dará 
condições para os alunos interagirem e entenderem que o voleibol é um esporte 
competitivo, e também cooperativo (entre as equipes, que devem manter a bola 
no ar), premissa importantíssima para o entendimento pelas crianças sobre a 
dinâmica da modalidade.
Ao final dessa trajetória, esperamos ter contribuído para o seu crescimento 
profissional e pessoal. A modalidade do Voleibol é mais uma dentre as diferen-
tes práticas corporais trabalhadas da Educação Física e deve ser transmitida aos 
alunos. Esperamos que seus estudos sobre o Voleibol não se encerrem aqui, e 
destacamos, ainda, que o estudo das práticas corporais da Educação Física são 
fundamentais para transmitir ao seu aluno o mais rico repertório motor.
 177
LEITURA
COMPLEMENTAR
Além do Minivoleibol, existem outras atividades que auxiliam no trabalho lúdico dessa 
modalidade com as séries iniciais. As atividades envolvem fundamentos do voleibol e 
também outros materiais que não são característicos da modalidade, mas que ofere-
cem princípios, como a organização de equipe e reconhecimento do espaço de jogo, 
que são fundamentais no voleibol. A seguir, citamos algumas dessas atividades.
Voleibol Lençol
A atividade é realizada dentro da quadra de voleibol. Os alunos serão divididos em duas 
equipes, que serão separadas pela rede. Dentro de cada equipe, os alunos serão dividi-
dos em grupos de quatro alunos. Distribua para cada grupo um lençol ou toalha. Cada 
integrante da equipe irá segurar em uma ponta do objeto. Ao iniciar o jogo, a bola só 
poderá ser lançada utilizando o lençol ou toalha, para isso, será necessário que todos 
os integrantes façam o movimento com o adereço escolhido, para lançar a bola e trocar 
passes. Adaptações referentes ao tamanho da quadra, número de alunos e altura da 
rede podem ser realizadas atendendo à realidade.
Basquetevôlei
A atividade acontece na quadra de basquetebol. Divida os alunos em duas equipes. 
O objetivo da atividade é realizar a cesta (basquetebol), entretanto, os movimentos e 
fundamentos utilizados na troca de passes da equipe devem ser fundamentos do vo-
leibol (toque, manchete, saque, cortada). Algumas regras podem ser inseridas, como a 
retenção da bola com mãos por apenas 3 segundos.
Voleibol com bexigas
Os alunos devem ser divididos em duas equipes. Cada equipe se posicionará de um 
lado da quadra. Distribua uma bexiga/balão para cada aluno. Cada aluno deverá en-
cher a bexiga/balão. Ao sinal, cada aluno deverá lançar sua bexiga/balão ao campo 
adversário, ao mesmo tempo em que tenta devolver as que foram lançadas para o seu 
campo, por cima da rede. Após algum tempo, o professor dará um sinal de término. 
Marca ponto a equipe que possuir menos bexigas/balões em seu campo.
Fonte: adaptada de Blog da Educação Física Foz ([2017] on-line)6.
178 
atividades de estudo
1. Nesta unidade, aprendemos o sistema de jogo 
6x0 que deve ser aplicado nos alunos após o 
Minivoleibol. Sobre esse sistema e suas ações 
defensivas, analise as assertivas a seguir e, em 
seguida, assinale a alternativa correta.
I. Na recepção para equipes iniciantes, a posi-
ção W é a mais indicada.
II. Para receber faz-se necessário apenas 3 joga-
dores em equipes iniciantes.
III. No sistema 6x0, todos os jogadores desempe-
nham as funções de atacantes e levantadores, 
não existindo jogadores especializados.
a. Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
b. Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c. Apenas a afirmativa I está correta.
d. Apenas a afirmativa II está correta.
e. As afirmativas I, II e III estão corretas.
2. Porque é interessante iniciar o voleibol primei-
ramente com a aprendizagem do Minivoleibol?
3. A FIVB apresenta algumas etapas e orientações 
para o trabalhodo Minivoleibol até chegar ao 
jogo formal (6x6). Na 1º etapa (indicado para 
8 – 10 anos), aprendemos que o importante é 
trabalhar com pequenos jogos que realizem o 
movimento de transposição da bola por cima 
da rede, trabalhando a antecipação e direção 
da bola. Com base nessa 1º etapa e em suas ca-
racterísticas indicada pela FIVB, cite e explique 
duas atividades que as contemplem. 
4. Sobre o sistema de jogo 6x0 (ou 6x6) e o posi-
cionamento dos jogadores em quadra, analise 
as afirmações a seguir e, em seguida, assinale 
a alternativa correta.
I. O sistema de jogo 6x0, ou 6x6 é voltado para 
o alto rendimento.
II. O sistema de jogo necessita de jogadores es-
pecializados.
III. No sistema de jogo 6x0 o levantador sempre 
está na posição 3.
IV. Os jogadores da posição 5, 6 e 1 são chama-
dos de jogadores de fundo de quadra ou joga-
dores da zona de defesa.
a. Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b. Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c. Apenas a afirmativa I está correta.
d. Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
e. As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
5. Sobre as posições de ataque e defesa na qua-
dra, as ações defensivas e rodízio, assinale 
Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as alterna-
tivas a seguir.
( ) Posição 2, 3, 4 na quadra são conhecidas 
como posição de ataque.
( ) As posições 4, 3, 2 não podem bloquear 
e nem atacar dentro das linhas dos 3 metros 
quando a bola estiver em uma altura superior à 
borda da rede.
( ) Nas ações táticas defensivas, temos as 
ações de bloqueio, defesa em pé, rolamento e 
mergulhos.
( ) O objetivo principal das ações defensivas é 
impedir que o ataque adversário se transforme 
em ponto, visando propiciar um contra-ataque.
( ) O rodízio dos alunos na quadra dar-se-á no 
sentido horário.
 179
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Voleibol Escolar: da iniciação ao treinamento
Joarez Santini e Luiz Delmar da Costa Lima
Editora: Editora Ulbra
Sinopse: o voleibol, tanto nas aulas de Educação Física quanto na 
formação de equipes de competição, é um dos esportes mais pro-
curados pelos alunos. Para ensiná-lo, o professor ou treinador deve ter em mente a preocu-
pação de passar todas as informações possíveis de forma a garantir ao aprendiz a realização 
com sucesso dos fundamentos básicos do jogo. Conhecer a metodologia adequada desse 
esporte, por meio dos exercícios educativos para a manutenção da habilidade e exercícios 
alternativos para a correção imediata de erros comuns na aprendizagem, torna-se funda-
mental para o seu bom desenvolvimento.
Esse vídeo traz opções de exercícios para iniciação do Minivoleibol por meio de exercícios 
pedagógicos, aumentando progressivamente o grau de dificuldade destes. O interessante é 
que todos eles são realizados sob a rede, principal característica da modalidade.
Para conferir o vídeo, acesso o link disponível em: .
O grande desafio
Ano: 2007
Sinopse: inspirado em uma história real, o filme conta a jornada do 
brilhante, mas volátil, professor Melvin Tolson (Denzel Washington) 
que usa de seus métodos pouco convencionais, de sua visão políti-
ca radical e do poder das suas palavras para motivar um grupo de alunos do Wiley College, 
do Texas, a participar de um campeonato de debates na Universidade de Harvard.
Comentário: um filme que nos inspira a trabalhar, mesmo quando as situações parecem 
ser desfavoráveis. Dificuldades serão iminentes à nossa prática pedagógica cotidiana, ainda 
assim, temos que saber que os bons professores podem fazer uma diferença significativa na 
vida de seus alunos.
180 
referências
BAACKE, H. (s.d.) Manual do treinador. Confederação Brasileira de VolleyBall. s.d.
BOJIKIAN, J. C. ; BOJIKIAN, L. P. Ensinando Voleibol. 5. ed. São Paulo: Phorte 
Editora, 2012.
BUCK, M.; HARRISON, J. M.; BRYCE, G. R. (1991). An analysis of learning 
trials and their relationship to achievement in volleyball. Journal of Teaching in 
Physical Education. (Champaign, Ill). v. 10. n. 2, 134-152, 1991.
CORDEIRO FILHO, C. Apostila Técnica do Curso de Treinadores nível 1. Porto 
Alegre: CBV, 1997.
FRAGA, F. O. Minivoleibol. Horizonte - Revista de Educação Física e Desporto, 
v. 7, n. 38, p. 61-67. Portugal, 1990.
RODRIGUES, J. J. O ensino do jogo de voleibol. Horizonte - Revista de Educa-
ção Física e Desporto, Portugal, n. 40, p. 111-114, 1990.
GONÇALVES, C. A. O desenvolvimento do jovem praticante - Manual do Mo-
nitor. Oeiras: DGD, 1998.
MESQUITA, I. O ensino do voleibol. Proposta metodológica. In: GRAÇA, A; 
OLIVEIRA, J. (Ed.). O ensino dos jogos desportivos. 3. ed. Universidade do Por-
to, 1998.
SANTOS, V. M. O minivôlei como ferramenta para o desenvolvimento psico-
motor em crianças de 7 a 10 anos. 2011. Monografia (Especialização em Psico-
motricidade), Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro, 2011.
KREBS, R. J. Da estimulação à especialização: primeiro Esboço de uma teoria da 
especialização motora. Revista Kinesis, n. 9, 29-44, 1992.
Referências On-line
1 Em: . Acesso em: 01 jun. 
2017.
2 Em: . 
Acesso em: 01 jun. 2017.
3 Em: . Acesso em: 01 jun. 2017.
4 Em: . Acesso em: 01 jun. 2017.
5 Em: . Acesso em: 01 jun. 
2017.
6 Em: . Acesso em: 02 jun. 2017.
 181
gabarito
1. A.
2. Iniciar o voleibol por meio do método Minivoleibol (MV), além de facilitar o desenvol-
vimento motor na execução das tarefas táticas, aos iniciantes, obtêm-se a vantagem 
de distribuir diferentes responsabilidades durante o jogo e também de transmitir 
uma visão geral das funções do voleibol.
3. Atividade 1: ficar em grupos de 3 a 4 alunos, em círculo, espalhados em um espaço 
de aproximadamente 1m de distância. O objetivo é lançar a bola de um para o outro, 
tentando manter a bola no ar o maior tempo possível. Mover-se enquanto observam 
a bola, chegar em boa posição para pegar a bola antes que ela caia no chão. Pode 
variar a distância entre os alunos, aumentando gradativamente. Variações: utilizar 
de bolas mais leves como bola de vinil (gigantes), bolas de borracha ou até bexigas. 
Atividade 2: conforme a Leitura Complementar da Unidade V - Voleibol com bexigas, 
os alunos devem ser divididos em duas equipes. Cada equipe se posicionará de um 
lado da quadra. Distribua uma bexiga/balão para cada aluno. Cada aluno deverá en-
cher a bexiga/balão. Ao sinal, cada aluno deverá lançar sua bexiga/balão ao campo 
adversário, ao mesmo tempo em que tenta devolver as que foram lançadas para 
o seu campo, por cima da rede. Após algum tempo, o professor dará um sinal de 
término. Marcará ponto a equipe que possuir menos bexigas/balões em seu campo.
4. D.
5. V - F - V - V - V.
VOLEIBOL 
182 
conclusão geral
Caro(a) aluno(a)! Chegamos ao final do nosso livro, ao qual construímos conhe-
cimentos acerca de uma modalidade tão comum à prática esportiva: o voleibol. 
Por meio dos pontos apresentados em cada unidade, esperamos ter contribuído 
para sua formação acadêmica e lhe proporcionado conhecimento científico que 
embase a sua atuação segura na prática escolar e não escolar.
Até o presente momento, vimos o voleibol nos diversos contextos em que se 
apresentam como instrumento da Educação Física, contemplado nas áreas da 
Saúde e do Lazer; da Educação e da Competição. Para que a aprendizagem acon-
teça de forma significativa, sugerimos uma idade ideal para que a criança tenha 
condições mínimas para ser introduzida à modalidade. Logo, faz-se necessário o 
método de ensino, que foi apresentado em forma de processo metodológico e é 
constituído por cinco etapas, explanando-se a importância de uma ordem espe-cífica dos fundamentos para o processo de ensino.
Para que haja o entendimento satisfatório sobre a modalidade, foi apresen-
tada uma breve história, seguida das principais regras norteadoras do esporte 
e que limitam o que é permitido em sua dinâmica. Ainda, para aprofundar a 
compreensão sobre o voleibol, algumas capacidades motoras necessárias aos par-
ticipantes, bem como os estudos sobre o desenvolvimento físico na infância e 
adolescência foram apontadas, com o intuito de entender os jovens e podermos 
organizar melhor a prática de ensino.
Assim, foram sugeridos processos pedagógicos para o ensino de todos os fun-
damentos da modalidade e como forma metodológica, com o objetivo de facilitar 
o entendimento da modalidade pelas crianças, sugeriu-se a prática do Minivoleibol 
como elemento facilitador da aprendizagem. Dessa forma, temos mais chance de 
garantir o prazer da criança e seu engajamento pela modalidade nas idades poste-
riores. Por meio das unidades, o ensino do voleibol foi contemplado nos aspectos 
técnicos, táticos e pedagógicos. Agora, o ensino do voleibol depende de você. 
Boa prática!
	Button 34: 
	Botão 1:que a outra. Ou ainda, 
duas crianças do mesmo tamanho, porém com dife-
rentes idades, podem estar em níveis semelhantes de 
maturação. Sendo assim, é difícil prever a maturação 
apenas pela idade cronológica ou pelo tamanho (al-
tura) da criança. (HAYWOOD; GETCHELL, 2010). 
Dessa maneira, existem duas formas de distinção 
da maturação sexual: por meio dos pequenos ossos 
que compõem a articulação do punho e pela avaliação 
da maturação sexual, que pode ser feita por meio de 
dosagem hormonal ou pela avaliação do surgimento 
das características sexuais. O primeiro, pode ser ob-
servado por meio de radiografias do punho, que indi-
cam que a maturação já ocorreu quando os ossos estão 
totalmente calcificados. A dosagem hormonal avalia a 
concentração de hormônios no sangue, de modo que 
quanto mais próximo aos níveis dos adultos, maior é o 
indicativo de maturação sexual nos adolescentes (SIL-
VA, 2012; BOJIKIAN, J; BOJIKIAN, L, 2012).
Outra forma de indicação do status maturacional 
é o surgimento de características sexuais secundárias 
durante o estirão de crescimento da adolescência. 
As meninas, como entram no estirão de crescimen-
to precocemente em relação aos meninos, também 
apresentam antes deles características sexuais secun-
dárias, tais como aumento dos seios, dos pelos pu-
bianos e aparecimento da menarca (primeiro ciclo 
menstrual). Em meninos, os testículos e os escrotos 
aumentam e os pelos pubianos aparecem, porém eles 
não têm nenhum marco referencial, como as meninas 
têm a menarca (HAYWOOD; GETCHELL, 2010).
Para a avaliação da maturação sexual, existe o 
protocolo de teste de Tanner (1962), um meio pre-
ciso de avaliação, no entanto, não é usado frequen-
temente por causa de fatores culturais e sociais e 
só pode ser realizada por um médico, em exame 
clínico. A maturação sexual é determinada pelo 
alcance variável de características sexuais primá-
rias e secundárias (GALLAHUE; OZMUN; GOO-
DWAY, 2013). São considerados caracteres sexuais 
secundários, o aparecimento de mamas, pelos pu-
bianos e axilares nas meninas, e nos meninos, o 
desenvolvimento dos genitais, além do surgimento 
de pelos no rosto e engrossamento da voz (BOJI-
KIAN. J; BOJIKIAN. L, 2012). 
Os primeiros anos de vida é o período de maior 
crescimento do indivíduo, sendo que até os 10 anos 
de idade, meninos e meninas apresentam curvas de 
crescimento semelhantes (MARINHO et al., 2012). 
A partir dessa fase, ocorre o estirão de crescimento 
nas meninas que, dois anos mais tarde, alcançam seu 
pico de estirão para daí haver a desaceleração da ve-
locidade de crescimento, até atingir sua altura máxi-
ma aos 16 anos. Já os meninos tendem a ter seu esti-
rão de crescimento por volta dos 12 anos, atingindo 
seu pico de velocidade de altura dos 13 anos e meio 
aos 14 anos, parando por volta dos 18 anos. (MARI-
NHO et al., 2012; HAYWOOD, GETCHELL, 2010)
A velocidade de crescimento dos meninos é mais 
rápida do que a das meninas (cerca de 9 cm por ano 
para meninos, comparado aos 8 cm por ano das me-
ninas), porém o grande responsável pela diferença 
de altura absoluta média entre homens e mulheres 
é o período maior de crescimento que os meninos 
têm em relação às meninas, o que significa 10 a 13 
cm de diferença (HAYWOOD, GETCHELL, 2010). 
Em síntese, os homens passam dois anos a mais 
crescendo, em relação às mulheres, porém, vale res-
 19
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
saltar que essas idades são estimativas e elas podem 
variar entre os sujeitos. De qualquer forma, quanto 
mais tardiamente se atinge a maturação sexual, mais 
tempo se passa crescendo (SILVA, 2012).
E como a maturação vai interferir nas nossas 
aulas de Educação Física? Temos que considerar o 
status de maturação como uma restrição estrutural 
que influencia no movimento. Os indivíduos mais 
maduros são, provavelmente, mais fortes e mais 
coordenados do que os demais. Por isso, devemos 
considerar a maturação do indivíduo no momen-
to de planejarmos nossas aulas e estabelecermos as 
metas de performance para os alunos (SCHMIDT; 
WRISBERG, 2010). 
As capacidades fisiológicas das crianças são fa-
tores característicos do processo de maturação e de-
vem ser considerados no momento de preparação 
de nossas aulas de Educação Física, como a capaci-
dade cardiorrespiratória, aeróbia, anaeróbia e força 
da criança. O crescimento do coração é proporcio-
nal ao tamanho em estatura, de modo que o débi-
to cardíaco do adolescente se desenvolva de modo 
similar ao de um adulto quando ocorre a cessação 
do seu crescimento. Dessa forma, o menor débito 
cardíaco (e com isso, a elevação da frequência cardí-
aca) faz com que a criança atinja seu pico de FC mais 
rapidamente e fadigue mais rápido em relação aos 
adultos, pois não tem capacidade de ofertar oxigênio 
aos seus músculos ativos (SILVA, 2012).
A capacidade aeróbia, por causa da maturação 
precoce das meninas, atinge sua maturação entre 
os 12 e 15 anos, enquanto os meninos a fazem por 
volta dos 17 aos 21 anos de idade. Esta, é a única 
capacidade a qual as crianças e adolescentes estão 
bem adaptados para atividades de longa duração, 
porém, ainda devem ser evitados exercícios com 
volumes elevados até a adolescência. Quanto aos 
exercícios que exigem capacidade anaeróbica, este 
é pouco proveitoso em crianças, visto que a capa-
cidade anaeróbia é determinada prioritariamen-
te pela atividade da enzima fosfofrutoquinase, a 
qual ainda não está bem desenvolvida nas crianças 
(SILVA, 2012).
Assim como a capacidade anaeróbia, evidências 
apontam que o treinamento de força não é capaz de 
promover o mesmo aumento da massa muscular nas 
crianças, quando comparado aos adultos. Isso per-
dura até que as alterações hormonais da puberda-
de ocorram (SILVA, 2012). Percebemos, assim, que 
com as mudanças hormonais e estruturais que a pu-
berdade proporciona, ocorre uma série de mudan-
Metas de resultado x Metas de performance x 
Metas de processo
Segundo Schmidt e Wrisberg (2010) um pré-
-requisito para uma aprendizagem satisfatória 
é o entendimento das metas do aprendiz. 
Algumas vezes os indivíduos estabelecem me-
tas de resultado, que enfatizam o resultado 
obtido por meio de comparação com terceiros 
(ex: vencer um campeonato, perder para um 
amigo, ser o artilheiro da competição). Entre-
tanto, esse tipo de estabelecimento de meta 
deveria ser pouco estimulada, pois pouco po-
demos controlá-las. Desse modo, sugerimos 
que sejam estabelecidas as metas de perfor-
mance, que focam uma melhora em relação 
ao próprio indivíduo (ex: antes acertava-se 
uma a cada cinco manchetes, hoje, acerta-se 
três a cada cinco) e as metas de processo, que 
enfatizam a qualidade da produção do mo-
vimento (ex: estender o braço no momento 
da manchete e flexionar as pernas na parte 
de preparação para o toque). 
Fonte: adaptado de Schmidt e Wrisberg (2010).
SAIBA MAIS
VOLEIBOL 
20 
ças nas capacidades físicas, em que os meninos, ge-
ralmente, apresentam ganhos em força, velocidade, 
resistência e potência, com perdas na flexibilidade e 
equivalência no equilíbrio (MARINHO et al. 2012).
Considerando o exposto até aqui, percebemos o 
quão importante é o fator maturação, quando esti-
vermos trabalhando com as crianças, certo? E, por 
fim, mais um ponto, porém não menos importan-
te: é o estigma de que algumas determinadas mo-
dalidades ajudam no crescimento da criança, como 
é o caso da natação. Isso seria verdade ou mentira? 
Mentira! O fato é que as crianças iniciam a práti-
ca da natação próximo de sua idade maturacional, 
em que está ocorrendo o estirão de crescimento, por 
volta dos 12 anos de idade para as meninas, 14 anos 
para os meninos, conforme vimos anteriormente. 
Então, a prática da modalidade coincide com 
essa fase do pico de crescimento, o que fez, por 
muitos anos, os pais dos praticantes acreditarem 
que seus filhos cresceram por influência da nata-
ção. O mesmo acontece com a Ginástica artística, 
a qual muitos acreditam causar a interrupção do 
crescimento. Mentira, mais uma vez! Nesse caso, o 
que aconteceé que a modalidade seleciona sujeitos 
com baixa estatura, por diversos motivos, mas, de 
forma alguma, interfere no crescimento da criança 
que a prática.
Nesse sentido, existe algum tipo físico ideal para 
o voleibol? Ao considerarmos o voleibol como ins-
trumento da educação física na sua pluralidade de 
dimensões (educacional, competitiva e recreacio-
nal) como já vimos, devemos especificar para qual 
dimensão estamos tratando. Ao falarmos do es-
porte, que é o foco deste livro, bem como o esporte 
voltado à saúde e ao lazer, não teremos distinção de 
tipos físicos dos praticantes.
Entretanto, se o trabalho ocorrer em uma es-
colinha esportiva (em períodos contraturnos, em 
atividades extras à educação física escolar) na-
turalmente, haverá uma seleção de sujeitos, com 
tipos físicos mais adequados à modalidade. Bo-
jikian, J; Bojikian, L, (2012) apontam que o tipo 
longilíneo é o que tem melhor adaptação aos joga-
dores de voleibol, pois o comprimento dos mem-
bros prevalece sobre o do tronco. Por exemplo, em 
saltos, uma maior alavanca (pernas) tem maior fa-
cilidade em vencer uma menor resistência (tron-
co); e em situações de ataque, uma boa enverga-
dura possibilita maior alcance. Vale ressaltar que o 
tipo longilíneo não é o mais alto, mas o que apre-
senta uma predominância do comprimento dos 
membros em comparação ao tronco, podendo ser 
avaliado por meio da envergadura, que costuma 
ser maior que a estatura.
 21
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Figura 1 - Diferentes tipos físicos
Fonte: adapidado de Bojikian, J; Bojikian, L., (2012, p. 46).
VOLEIBOL 
22 
N
este tópico será sugerido uma metodolo-
gia para o ensino do voleibol. Não temos 
a pretensão de defender que essa é a me-
lhor forma para o ensino da modalida-
de, pois reconhecemos que, hoje, há diversas meto-
dologias referentes ao ensino dos esportes coletivos 
e cada uma com sua grandiosidade. 
No entanto, entendemos que a realidade a qual 
queremos aplicar o método aqui sugerido, baseado 
em Bojikian, J. e Bojikian, L., (2012), tem a escola 
como principal contexto alvo, a qual entendemos 
por uma quantia elevada de alunos, professor úni-
co e materiais em pouca quantidade, sendo este, 
às vezes, inadequado à sua prática. Ainda assim, 
veremos que é possível realizar um bom trabalho, 
Como Ensinar voleibol?
pois esse método consegue elucidar clareza aos 
praticantes, trazendo bons resultados no processo 
ensino-aprendizagem.
Veremos também que o caminho é aproveitar 
o nosso tempo, de modo que ninguém fique mui-
to tempo esperando para realizar a atividade. Sabe 
aquele modelo muito utilizado nas aulas de educa-
ção física escolar, em sistema de colunas, em que 
um realiza a atividade e os demais esperam sua vez, 
utilizando-se de duas ou três bolas? Pois então, este 
é o modelo que não queremos aplicar aqui. Por esse 
motivo, a metodologia que apresentaremos também 
poderá ser utilizada nas escolinhas de iniciação es-
portiva, em clubes e em turmas de treinamento es-
colar, nos períodos de contraturno. 
 23
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
ber etc.), constituída, então, por várias habilidades 
motoras específicas que proíbem, por exemplo, a 
retenção da bola e exigem um trabalho coletivo de 
interdependência entre as ações.
Essa característica de não retenção da bola exi-
ge do praticante diferentes processos cognitivos de 
tomada de decisão e tempo de reação em relação 
aos demais esportes coletivos presentes na diretriz 
curricular, como futsal, basquete e handebol. O que 
diferencia sua forma de ensino.
É necessário termos em mente o principal obje-
tivo ao ensinar os fundamentos do voleibol, que é o 
de aplicá-los na dinâmica do jogo. Isso porque, nada 
vale a criança aprender a dar uma manchete para 
que sua aplicação seja a realização da habilidade na 
parede ou exclusivamente em exercícios estáticos e 
dois a dois. Essa manchete (fundamento) é instru-
mento do jogo de voleibol e não o fim (BOJIKIAN, 
J; BOJIKIAN, L., 2012). Schmidt e Wrisberg (2010) 
esclarecem isso quando abordam metas de processo 
e performance, conceituando habilidade-alvo (habi-
lidades que um indivíduo deseja ser capaz de reali-
zar), comportamento-alvo (ações que as pessoas de-
vem ser capazes de produzir, a fim de que executem 
com sucesso as habilidades-alvo em contextos-alvo) 
e contexto-alvo (contexto ambiental no qual as pes-
soas desejam ser capazes de realizar uma atividade).
Dessa forma, o processo metodológico utilizado 
deve nos permitir ensinar, ao praticante, com clare-
za, mecanismos para se alcançar a habilidade deseja-
da, por exemplo, a manchete, e que esta seja capaz de 
realizar no ambiente que se almeja, como em aulas 
de educação física ou jogos escolares e interclubes, 
atingindo um comportamento alvo, que seria o bom 
desempenho da manchete nessas situações. Sendo 
assim, aqui iremos propor o método defendido por 
Bojikian, J e Bojikian, L., (2012). 
O objetivo de todo professor é tornar seu aluno 
habilidoso, certo? Mas o que isso realmente signifi-
ca? Podemos ver o conceito de habilidade motora 
em termos que distinguem executantes altamente 
habilidosos, daqueles poucos habilidosos. Assim, 
Guthrie (1952, p. 136, apud SCHIMIDT; WRIS-
BERG, 2010, p. 31) define proficiência da habilidade 
como “[...] capacidade de atingir algum resultado 
final com o máximo de certeza e um mínimo de dis-
pêndio de energia ou de tempo de e energia”.
Nesse sentido, sempre que nosso objetivo for 
ensinar uma determinada habilidade motora, pode-
mos avaliar o processo ensino-aprendizagem, me-
diante três aspectos: máxima certeza de alcance do 
objetivo que o nosso aluno adquire, mínimo gasto 
energético para a execução do movimento e o mí-
nimo tempo de movimento. Para isso, no momento 
de ensinar, devemos nos fazer as perguntas certas, 
encorajando à aprendizagem baseada na situação/
contexto sob a qual você quer que seus aprendizes 
sejam capazes de executar as habilidades que estão 
sendo aprendidas (SCHMIDT; WRISBERG, 2010). 
O professor precisa obter o máximo de informações 
que puder sobre os três aspectos da performance: 
a pessoa (quem é ela? É uma criança, adolescente, 
adulto ou atleta?), a tarefa (irá receber, lançar ou ata-
car?) e o ambiente (onde está a pessoa que executa 
ou aprende a tarefa? Educação física escolar ou trei-
namento esportivo, por exemplo?).
Ao considerar esses três fatores (pessoa, tare-
fa e ambiente), devemos fazer, também, a reflexão 
sobre as especificidades da modalidade que esta-
mos ensinando. Com a consciência que estaremos 
trabalhando com habilidades construídas, bem 
diferente das habilidades motoras fundamentais, 
consideradas naturais ao desenvolvimento das 
crianças (como lançar, correr, arremessar, rece-
VOLEIBOL 
24 
O PROCESSO METODOLÓGICO
Para que haja uma real aprendizagem do volei-
bol, os procedimentos metodológicos aqui ado-
tados englobam domínios cognitivos, afetivos e 
motores. Este será pautado na execução do gesto 
técnico por meio de orientação mecânica, com o 
intuito de obter maior precisão dos movimentos, 
visto as especificidades dos gestos técnicos da mo-
dalidade. Para tanto, a atuação do professor tor-
na-se fundamental nesse processo (BOJIKIAN, J; 
BOJIKIAN, L.,2012).
Isso porque, como dito anteriormente, o volei-
bol tem como característica a não retenção da bola, 
que o diferencia dos demais esportes coletivos. Por 
isso, sugere-se que o praticante tenha automatizado 
o movimento para, então, experimentá-lo no jogo 
e utilizar-se do fundamento nas diversas dinâmicas 
deste. Somente após a automatização do movimento 
é que o aluno torna-se capaz de focar seu pensamen-
to nas ações de jogo (SCHMIDT; WRISBERG, 2010; 
MAGILL, 2011).
Desse modo, sugere-se que o processo metodoló-
gico, que será aplicado para o ensino de cada funda-
mento separadamente, seja composto de cinco etapas:
• Apresentação do fundamento.
• Sequência pedagógica.
• Exercícios educativos e/ou formativos.
• Automatização.
• Aplicação do fundamento à mecânica do vo-
leibol.
Ressalta-se queesse enfoque aos aspectos técnicos 
deve-se ao fato de o voleibol ser uma modalidade 
composta por habilidades motoras construídas, que 
não foram vistas até o momento (não são embasadas 
por habilidades motoras fundamentais, vivenciadas 
pelas crianças desde o ensino infantil). Entretanto, 
a etapa de aplicação do fundamento à mecânica do 
voleibol, insere-se o fundamento ensinado no jogo, o 
que possibilita o trabalho do aspecto tático em cada 
fase, sem precisar aprender todos os fundamentos, 
para, então, partir para o jogo.
Apresentação da habilidade motora
Aqui, o principal objetivo é dar ciência da impor-
tância do que se vai aprender, da ideia geral do mo-
vimento e sua aplicabilidade na dinâmica do jogo, 
para, então, motivar o aluno à aprendizagem. É o 
primeiro contato da criança com o movimento e ele 
pode ocorrer de várias formas. Essa fase é essencial 
para melhorarmos o nível de prontidão e motivação 
do aluno para prática e aprendizagem do novo fun-
damento que está sendo apresentado.
Vamos refletir sobre a aprendizagem de novas 
habilidades. Pense em um esporte que você nunca 
praticou. Como seria você receber instruções sobre 
posição de mãos, braços e pernas, toque na bola ou 
empunhadura da raquete, se você ao menos sabe 
qual é o movimento final que deve executar? Pois 
é nesta fase que esse problema será sanado. O pro-
fessor deverá mostrar o fundamento que será ensi-
nado, a técnica correta de execução e sua utilidade 
dentro do jogo.
Para isso, o professor pode utilizar de demons-
tração própria, de algum aluno ou especialista do 
esporte, além de fotos, vídeos, filmes, recortes de 
jornais ou revistas. Com postura e entusiasmo do 
professor, nesse momento ele revela seu talento di-
dático e deve fazer seus alunos acreditarem que, com 
empenho e dedicação, eles chegarão à boa execução 
do movimento.
 25
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
O alcance do bom desempenho dos fundamentos 
ensinados será possível se seguirmos a progressivida-
de de complexidade e organização da tarefa (elemen-
tos simples para o complexo). Contudo, o que seria 
simples na execução do toque no voleibol, por exem-
plo? Devemos levar em consideração que os funda-
mentos do voleibol são habilidades que requerem 
manipulação de objetos. E segundo Magill (2011) ha-
bilidades de manipulação de objetos são mais difíceis 
de desempenhar do que habilidades que não envol-
vem essa manipulação, porque a pessoa precisa fazer 
duas ações simultaneamente. Além de manipular o 
objeto corretamente, deve adequar sua postura cor-
poral e adaptar-se ao desequilíbrio criado pelo objeto.
Sendo assim, para esse processo de ensino, pode-
mos seguir as indicações da Taxonomia bidimensional 
de Gentile (2000) apud Magill (2011), considerado um 
guia para definir procedimentos de ensino da atividade 
profissional e pedagógica. Este inicia a aprendizagem 
com exercícios de estabilidade corporal sem manipu-
lação de objetos, em condições estáticas e sem variabi-
lidade entre tentativas, chegando a exercícios com exi-
gência de transporte corporal, manipulação de objetos 
em movimento e com variabilidade entre as tentativas. 
Sendo assim, Bojikian, J. e Bojikian, L., (2012) 
sugerem que, após apresentar o fundamento ao pra-
ticante, o professor deve estimular que seus alunos 
realizem o movimento sem a bola, para que possam 
sentir a sinergia provocada para realização do mo-
vimento como um todo e, assim, entender melhor o 
movimento que está sendo ensinado. 
Sequência pedagógica
Essa fase do ensino é realizada com um número mí-
nimo de repetição para que a criança compreenda o 
processo de associação do movimento, por meio de 
estimulações sensoriais e cinestésicas.
Como afirmado anteriormente, as habilidades 
motoras específicas do voleibol são classificadas 
como não naturais à criança, exigem manipulação 
de objeto, ainda que este fique sem sua retenção. 
Com o intuito de obter excelência da performance, 
busca-se técnicas bem executadas. Com essa finali-
dade, aqui, aprofunda-se nos detalhes de cada ha-
bilidade motora, recorrendo-se à estratégia meto-
dológica que privilegia as “partes”. Stallings (1973), 
apud Bojikian, J. e Bojikian, L. (2012, p. 54) jus-
tifica que “a cada estágio sucessivo da habilidade 
motora, a nova habilidade é construída sobre as 
aprendizagens anteriores”
Sequência pedagógica é, portanto, um processo 
metodológico em que o movimento é ensinado em 
partes que vão sendo associadas progressivamente 
entre si (BOJIKIAN, J.; BOJIKIAN, L., 2012). Públio 
e Tani (1993) afirmam que a aquisição de habilida-
des de alta complexidade e baixa organização é favo-
recida pela aprendizagem por partes. Em seu estudo, 
detectaram que a prática por adição sobressaiu-se 
em relação à prática pelo todo. Assim, a prática em 
que se utiliza o método do todo e das partes, cha-
mada de prática por adição, representa a sequência 
pedagógica aqui direcionada.
Funcionaria da seguinte forma: um movimen-
to que pudesse ser dividido em quatro partes (A, 
B, C e D) seria ensinado por meio da prática por 
adição, como: A, A+B, A+B+C, A+B+C+D. Vamos 
pensar no movimento do toque do voleibol, como 
podemos dividi-lo em quatro partes? Poderia ser 
em: posicionamento de mãos, posicionamento 
de braços, movimento de pernas e movimento de 
tronco. O ensino do fundamento toque então seria: 
Posicionamento de mãos; posicionamento de mãos 
+ posicionamento de cotovelos, posicionamento de 
mãos + posicionamento de cotovelos + movimento 
VOLEIBOL 
26 
de pernas e, por fim, posicionamento de mãos + 
posicionamento de cotovelos+movimento de per-
nas + movimento de tronco.
Desse modo, ensina-se o fragmento da habili-
dade motora, que, depois de aprendido, será conec-
tado a outro elemento e assim sucessivamente até 
que a execução esteja completa. É o encaminhar do 
simples para o composto, sem que seja confundido 
com o desenvolvimento do fácil para o difícil. Isso 
porque, o que hoje é de execução difícil, depois de 
aprendido será fácil ao executante e estará incor-
porado ao seu acervo motor (BOJIKIAN, J; BOJI-
KIAN, L., 2012).
Um modelo de comparação da sequência peda-
gógica colocada pelos autores é ao de um “pedaço” 
de corrente, em que cada elo representa uma parte 
do movimento que, ao ser ensinado, é adicionado 
à corrente.
prática e tarefa adequada, dependemos da individu-
alidade biológica do indivíduo, que inclui diferentes 
capacidades e experiências motoras (GALLAHUE; 
OZMUN; GOODWAY, 2013). 
Assim, temos que ter em mente que alguns 
de nossos alunos aprenderão o movimento mais 
rapidamente que outros e ficarão ávidos pela pró-
xima etapa, o que exige muito cuidado do pro-
fessor, que não deve passar para a próxima etapa, 
sem que grande parte da turma tenha dominado 
o movimento ensinado, e também não se delon-
gar demais, desestimulando os mais coordenados 
até essa fase.
Ressalta-se a importância do professor corrigir 
a execução de todos os seus alunos enquanto exe-
cutam os movimentos, visto que só pode haver pro-
gresso da sequência pedagógica quando houver o 
aprendizado das partes anteriormente ensinadas.
Concluída a sequência pedagógica e tendo o 
grupo mais homogêneo quanto for possível, exe-
cutando movimentos próximo do desejado, porém 
ainda não mecanizado, visto que este nem era o ob-
jetivo dessa fase, mas sim a execução global do mo-
vimento, podemos avançar . A não mecanização do 
movimento é fundamental, tendo em vista que isso 
possibilitará a correção dos erros mais comuns, ob-
jetivo da próxima fase.
Exercícios educativos e/ou formativos
É importante perceber que os exercícios educati-
vos e os exercícios formativos têm funções dife-
rentes e, em alguns momentos, um ou outro será 
necessário, ou ainda, ambos se farão indispensá-
veis à correção dos fundamentos. De qualquer 
forma, esta é a fase em que os erros de execução, 
que comumente surgem após a sequência peda-
gógica, serão corrigidos.
1 2 3 4 5
Figura 2 - Modelo de corrente representando a seguência pedagógica
Fonte: Bojikian, J. eBojikian, L., (2012, p. 55).
Devemos ensinar o elo 1, ao qual, após apren-
dido o movimento, será acrescentado o elo 2, em 
que, quando retido o movimento 1+2, acrescenta-
-se o elo número 3 e assim por diante até formar o 
movimento final. 
Sabemos da importância da oportunidade de 
prática (ambiente) adequada para a aprendizagem. 
No entanto, somente ela não fará com que seus pra-
ticantes tenham sucesso na execução dos movimen-
tos ensinados. Isso porque, além de oportunidade de 
 27
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Os exercícios educativos visam a correção da 
parte do movimento que não está permitindo que 
o gesto técnico seja realizado satisfatoriamen-
te. Objetivam resolver as imperfeições causadas 
por erros motores e técnicos (BOJIKIAN, J; BO-
JIKIAN, L., 2012). Assim, o professor identifica, 
analiticamente, qual parte do movimento não está 
sendo bem executada e foca na correção desse as-
pecto individual.
Por exemplo, vamos imaginar uma situação: 
estamos ensinando o fundamento toque, e como 
citamos ao retratar a sequência pedagógica, divi-
dimos o movimento do toque em quatro partes e 
nosso aluno não está conseguindo que seu toque 
atinja a distância necessária. Nesse caso, vamos 
analisar qual parte do movimento não está satis-
fatório (posicionamento de mãos; posicionamen-
to de braços; movimento de pernas e movimento 
de tronco - se formos utilizar as mesmas quatro 
partes citadas anteriormente). Tendo em vista o 
problema citado (distância alcançada pela bola), 
podemos inferir que, provavelmente, nessa situa-
ção, o problema esteja no movimento de pernas, 
ou falta de movimentação da perna de trás, que 
fará a alavanca para o movimento. Então, os exer-
cícios corretivos que seriam passados estariam 
destinados especificamente para correção da mo-
vimentação das pernas.
Entretanto, muitas vezes, determinada impre-
cisão no gesto motor é tido pela inadequação da 
formação física do indivíduo em relação à espe-
cificidade das capacidades motoras necessárias à 
boa execução da técnica. Portanto, os exercícios 
formativos visam o desenvolvimento de determi-
nada capacidade motora, visando favorecer a boa 
execução da habilidade motora (BOJIKIAN, J.; 
BOJIKIAN, L., 2012). 
Isso porque, existem momentos em que as ca-
pacidades motoras apresentadas estão em níveis in-
suficientes para confluir com o aprendizado e, por 
isso, devem ser desenvolvidas dentro da demanda 
exigida pelo esporte em questão. Ao término de 
cada sequência pedagógica (ressaltando que para 
cada fundamento, o professor passará pelas cinco 
fases do processo pedagógico, para, depois, avançar 
a um novo fundamento), o professor constatará que 
seus alunos, em média, terão de cinco a seis erros, 
que normalmente são apresentados.
Como devem ser feitas, então, essas correções? A 
sugestão é que o professor divida os alunos que apre-
sentem os mesmos desvios motores em grupos, de 
modo que possa aplicar os exercícios educativos e/ou 
formativos em formato de circuito, em que cada esta-
ção esteja destinada à uma correção específica, na qual 
o professor pode adotar que todos passem por todas, ou 
ainda, que fiquem somente na estação de maior dificul-
dade. O importante é que todos estejam se exercitando 
ao mesmo tempo, tirando proveito máximo do tempo 
de aula destinado à prática. Desse modo, promovemos 
ganho de desempenho a todos os alunos, igualitaria-
mente, independente do equívoco motor apresentado.
Em consequência disso, uma vez que os alunos 
apresentem execução adequada ou próximo do ide-
al, avançaremos com o grupo para a próxima etapa.
Automatização
Para falarmos sobre automatização, primeiro vamos 
refletir: quais movimentos fazemos no dia a dia, 
que já estão automatizados? Por exemplo, por que 
não precisamos pensar sobre o que estamos fazen-
do quando bebemos um copo d’água ou quando es-
covamos os dentes? Basicamente, porque isso já foi 
repetido por nós tantas vezes, que já está automati-
zado em nosso acervo motor.
VOLEIBOL 
28 
Automatismo é um conceito importante para o 
entendimento do desempenho da habilidade moto-
ra e do dispêndio de atenção para a realização do 
movimento. O termo automatismo é frequente-
mente utilizado para indicar o desempenho de uma 
habilidade sem que haja exigência da capacidade 
de atenção (MAGILL, 2011). Uma vez retido o mo-
vimento, este passa a ser natural ao indivíduo, que 
terá uma execução harmoniosa e funcional. O enca-
minhamento para a automatização é a repetição da 
habilidade motora, desde que realizada em alto grau 
de proficiência (BOJIKIAN, J; BOJIKIAN, L., 2012).
Sendo assim, esta é a fase destinada ao automa-
tismo dos movimentos. E para que isso aconteça, 
muitas repetições são destinadas a essa etapa. Po-
rém, o ponto-chave aqui é entender que muitas re-
petições são sim essenciais à performance habilido-
sa, porém a repetitividade na prática não é eficiente 
(SCHMIDT; WRISBERG, 2010).
Isso significa que a forma como vamos estruturar 
essa prática é de fundamental importância para a reten-
ção ou não em longo prazo. Estudiosos da aprendiza-
gem motora defendem que a prática, quando realizada 
em blocos, produz desempenho eficiente somente du-
rante a prática inicial, não criando uma aprendizagem 
duradoura (SCHMIDT; WRISBERG, 2010). Basica-
mente, isso ocorre porque a habilidade que está sendo 
aprendida é executada fora do seu contexto-alvo.
Cabe então ao professor organizar sua prática por 
meio de exercícios aos quais serão executados o mais 
próximo possível das condições esperadas. Porém, 
em um primeiro momento, exercícios muito comple-
xos, que criam situações muito novas, podem exigir 
novos movimentos que ainda não são o objetivo des-
se determinado momento, vindo a interferir negati-
vamente no aprendizado. Sendo assim, Bojikian, J. e 
Bojikian, L., (2012) sugerem que os primeiros exercí-
cios de automatização devem ser mais simples, com 
execução estática e individual e aos poucos aumentar 
a complexidade dos exercícios e inserir deslocamen-
tos e exercícios em duplas, trios e em grupos.
Uma vez que o movimento esteja automatizado, 
o professor tomará a decisão de passar para a próxi-
ma e última etapa do processo de aprendizado, que 
é o objetivo real do processo, em que o executante 
aplicará o comportamento-alvo ao contexto-alvo.
Aplicação do fundamento à mecânica do voleibol
A aplicação do comportamento-alvo ao contexto-al-
vo não pode ocorrer de forma brusca, visto que, na 
fase anterior, o praticante realizava os exercícios de 
forma estática e agora o fará em situações comple-
xas e direcionadas à dinâmica do jogo de voleibol 
(BOJIKIAN, J; BOJIKIAN, L., 2012). Nesse sentido, 
o ex-técnico Pete Carril, da Universidade de Prince-
ton, citado por Schmidt e Wrisberg (2010, p. 291), 
fez o seguinte comentário sobre a relação entre a es-
trutura de prática e o contexto-alvo (basquete): 
[...] existe toda uma gama de exercícios de dri-
ble, mas a minha reclamação sobre alguns deles 
é que eles não estão conectados à habilidade e 
à situação reais no jogo. Nenhum exercício tem 
qualquer valor a menos que seja utilizado de al-
guma forma no jogo.
 29
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
Isso porque devemos nos atentar que, a todo mo-
mento, as habilidades requerem tomadas de deci-
sões, de acordo com as situações apresentadas, de 
modo que a tática e a estratégia formam uma parte 
importante para a boa execução das habilidades mo-
toras (BOJIKIAN, J.; BOJIKIAN, L., 2012). Schmidt 
e Wrisberg (2010, p. 291) citam um fisiologista rus-
so, N. I. Bernstein (1967 p. 134) que comenta sobre 
o processo de aprendizagem: 
[...] a prática, quando empreendida apropria-
damente, não consiste em repetir os meios de 
solução de um problema motor uma vez após a 
outra, mas no processo de resolver esse proble-
ma repetidas vezes.
Basicamente, os autores demonstram o porquê não 
recomenda-se organizar a prática de forma meca-
nizada nesta fase. Isso foi passado na fase anterior 
(automatização) e, agora, devemos perceber que o 
início dessa etapa de aplicaçãodeve começar de for-
ma simples, de modo a permitir ao praticante con-
centrar sua atenção tanto na habilidade quanto em 
seu emprego durante a dinâmica do jogo, tornando-
-os progressivamente mais complexos e executáveis.
Sendo assim, Bojikian, J.; Bojikian, L., (2012) divi-
dem essa última etapa da aprendizagem em três partes, 
de modo a garantir que o aumento da complexidade 
seja atingido. Cabe ressaltar que a aplicação do fun-
damento ao jogo só acontecerá com os fundamentos 
aprendidos. Caso esteja ensinando o toque, essa fase 
só acontecerá com a realização deste; em caso de estar 
na manchete, então os fundamentos utilizados aqui 
serão o toque e a manchete, e assim sucessivamente.
Fase 1: exercícios em forma de jogo
São exercícios que possuem mecânicas de movimen-
tos semelhantes às situações reais de jogo, porém têm 
fácil realização e baixa organização e devem conter a 
sequência normal da aplicação dos fundamentos em 
uma partida. As ações típicas são sempre compostas 
por três momentos: recepção ou defesa, levantamen-
to e ataque (envio da bola para o campo adversário). 
Esse tipo de exercício pode ser realizado em peque-
nos ou grandes grupos, com a delimitação de qua-
dra que for mais adequada. O importante é que seja 
constituído pelos três toques de cada equipe.
Devemos estar atento ao fato de que alguns 
alunos apresentarão maior dificuldade em rela-
ção a outros e para garantir que todos tenham 
participação igual nas atividades, sugere-se que a 
composição de pequenos grupos, com dois ou três 
alunos em cada time, seja mais adequado nessa 
fase. Assim, evita-se exclusão dos menos habilido-
sos e garante envolvimento e comprometimento 
de todos. Vale lembrar que nem sempre os menos 
habilidosos, hoje, apresentarão os piores desem-
penho futuramente. Eles podem simplesmente es-
tar passando por fases diferentes de crescimento e 
maturação, por exemplo, como vimos nos tópicos 
anteriores.
Para essas atividades, de dois contra dois ou três 
contra três, vale a improvisação de redes com elás-
ticos, divisão da quadra com giz e fitas ou, ainda, a 
utilização de linhas pré-existentes das quadras po-
liesportivas. Isso permite que se ocupe, de muitas 
crianças ao mesmo tempo, premissa para as aulas de 
educação física escolar.
VOLEIBOL 
30 
Fase 2: jogo adaptado
São exercícios realizados, na maioria das vezes, na 
mesma dinâmica do jogo, com as ações típicas dos 
três toques, porém em uma dinâmica artificialmente 
criada pelo professor. Aqui, prioriza-se a repetição 
das ações de jogo, em situações próximas da real, 
podendo-se utilizar uma ou duas equipes.
Por exemplo: vamos enfatizar a ação de ataque 
(com bloqueio, porque queremos simular a situa-
ção real de jogo). Para isso, preciso de um passador, 
um levantador e alguém para sacar ou lançar a bola 
que originará o passe. Desse modo, o exercício se 
constituirá por passe, levantamento e ataque com 
bloqueio. É uma situação real na dinâmica do jogo, 
porém, criada pelo professor, a fim de que haja repe-
tições das ações. 
Fase 3: jogo (jogo de iniciação)
Essa fase permitirá que a criança jogue, é este seu 
objetivo desde a primeira fase. Aqui, os alunos 
deverão jogar com a mecânica normal do esporte 
e usar a aplicação das regras básicas (as quais fo-
rem possíveis). 
As características próprias do voleibol, especial-
mente a de não retenção da bola, reiteram a neces-
sidade de apoio da metodologia aqui empregada, na 
teoria da aprendizagem, que afirma que a automa-
tização de um comportamento tem como caracte-
rística baixa variabilidade (ADAMS, 1971; FITTS, 
POSNER, 1967; LOGAN, 1992 apud BOJIKIAN, 
J.; BOJIKIAN, L., 2012). Essa variabilidade pode ser 
explicada de duas formas: variabilidade de desem-
penho (falta de padronização do programa motor) 
e variabilidade funcional (manutenção de um bom 
nível de desempenho em adaptação às diversas si-
tuações de jogo, tendo um padrão de movimento já 
bem definido).
Manoel e Connolly (1995) apontam que, ape-
sar da variabilidade de desempenho deva ser redu-
zida, a variabilidade funcional deve ser mantida. 
Isto é, devemos ter a preocupação em estabilizar 
o comportamento, porém, preparar nossos prati-
cantes para as adaptações que deverão ser feitas 
às novas situações de jogo que irão surgir. O que 
nos remete ao comentário do fisiologista Berns-
tein, citado anteriormente, em que articula sobre 
as situações problemas que devem ser colocadas 
aos alunos.
Desse modo, conforme haja progressão na eta-
pa de aplicação (exercícios em forma de jogo, jogo 
adaptado e jogo de iniciação), a variabilidade de 
desempenho vai sendo sanada e a variabilidade 
funcional vai sendo contemplada, garantindo, as-
sim, estabilização e desempenho consistente, de 
forma a assegurar bom desempenho nos contextos 
reais de jogo, em que apresenta-se variabilidade e 
complexidade.
Ao momento em que o aluno é capaz de aplicar 
o gesto técnico com naturalidade nas diversas situ-
ações de jogo, apresentando estabilização, podemos 
iniciar a aprendizagem do próximo fundamento. 
Ideia que presume existir uma ordem dos funda-
mentos a serem ensinados e que será o tema do pró-
ximo tópico.
 31
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
VOLEIBOL 
32 
E
xistem diversos ordenamentos dos funda-
mentos, que são atualmente adotados pelos 
professores que trabalham com o voleibol. 
Por isso, nosso objetivo, neste tópico, não é 
defender a melhor ordem de ensino dos fundamen-
tos, e sim, sugerir e justificar o porquê de nossa es-
colha. Para isso, seguiremos a proposta adotada por 
Bojikian, J. e Bojikian, L., (2012).
É importante ressaltar que o professor pode utilizar 
a sequência de ensino que melhor lhe couber, entretan-
to, é essencial que sua metodologia e proposta didática 
sejam fundamentadas e pautadas em bases científicas.
Sendo assim, a sequência sugerida para o ensino 
dos fundamentos é:
• Posição básica e movimentação.
• Toque de bola.
• Manchete.
• Saque por baixo.
• Saque tipo tênis (comumente chamado saque 
por cima).
• Cortada.
• Bloqueio.
• Defesa. 
Essa ordem garante que o processo seja aplicado 
de acordo com as etapas metodológicas apresenta-
das anteriormente (apresentação da habilidade + 
sequência pedagógica + exercícios educativos e/ou 
formativos + automatização + aplicação à mecânica 
do voleibol - somente do(s) fundamento(s) aprendi-
do(s)). Imaginem que, ao invés do toque, iniciásse-
mos o ensino pelo saque, justificando nossa escolha 
pela ordem que os fundamentos aparecem no jogo. 
Conseguiríamos, ao chegar na última fase de apli-
cação do fundamento ao jogo, executar um jogo 
adaptado somente utilizando o saque? Seria muito 
mais difícil, certo? Então, a sequência aqui sugerida 
garante a aplicação de cada fundamento e o compi-
lamento das mecânicas e movimentos semelhantes 
entre os fundamentos. 
Aconselhamos a posição básica ser ensinada pri-
meiro, visto que ela será a mesma para execução dos 
demais fundamentos e todas as movimentações ca-
racterísticas empregadas durante o jogo do voleibol. 
E aí, vocês podem estar se perguntando: “mas fare-
mos a aplicação ao jogo, somente utilizando a movi-
mentação básica?”. Sim, é possível aplicar a posição 
Ordenamento de Ensino 
dos Fundamentos
 33
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
básica para movimentação em exercícios em forma 
de jogo e jogos adaptados, porém ainda sem toque 
e manchete, utilizando apenas lançamentos de bola 
(em que o aluno deve segurar e lançar a bola). Isso 
contribuirá para melhoria da percepção espacial e 
temporal em relação à bola e das capacidades pri-
mordiais para boa execução do toque e manchete. 
Sendo assim, antes de ensinarmos a criança a dar to-
que e manchete, devemos ensiná-la a chegar na bola 
(assim ela aprenderá quando usar o toque e em qual 
situações de distância da bola utilizar a manchete).
Em seguida, a opção é pelo toque de bola por cima, 
pois além dele fazer uso da posição básica, previa-
mente ensinada, uma vez que o praticante o tenha do-
minado, é o fundamento que lhe garantirá maior pre-
cisãona situação dos jogos de aplicação. Assim sendo, 
os jogos propostos na última etapa do processo farão 
uso da posição básica + toque de bola por cima.
Para dar prosseguimento, o próximo fundamen-
to é a manchete. Alguns consideram a manchete 
mais fácil, por ter contato com o antebraço, porém, 
essa é uma região com informação sensorial inferior 
à ponta dos dedos e, por isso, oferece menor preci-
são. Isso poderia dificultar os jogos de aplicação, po-
rém, como é o terceiro fundamento a ser ensinado, a 
criança poderá fazer uso de: posição básica + toque 
de bola por cima + manchete.
Com a manchete dominada, o saque poderá ser 
utilizado, agora, com um sentido prático. Indica-
mos que o saque por baixo seja utilizado em aulas 
de Educação Física, a considerar sua facilidade em 
relação ao saque tipo tênis. E, então, que este último 
seja utilizado por professores que trabalham com 
a modalidade em clubes e escolinhas esportivas. 
Isso porque os movimentos não se assemelham, de 
modo que o saque por baixo não é uma adaptação 
do saque por cima, não havendo, fundamentações 
mecânicas para que ocorra, primeiro, o ensino do 
saque por baixo para, depois de dominado, ensinar 
o saque por cima. Isso geraria uma perda de tempo 
desnecessária, a menos que justifique-se pela pouca 
idade das crianças e, então, por ainda não apresen-
tarem determinadas capacidades motoras.
O saque tipo tênis, além da sua função própria, 
facilitará o aprendizado da cortada, pela proximida-
de dos movimentos. E, logicamente, somente após a 
cortada é que se faz necessária a existência do blo-
queio, o que justifica ser o próximo fundamento a 
ser ensinado.
Por fim, os fundamentos de defesa, como mer-
gulhos em pé e rolamentos etc., virão por último, 
visto sua complexidade em relação aos demais. 
Eles devem ser ensinados apenas pelos professores 
atuantes em clubes e escolinhas esportivas, pois na 
escola não temos tempo hábil para isso, nem con-
dições físicas e materiais, pois precisaríamos de jo-
elheiras para os alunos, plintos ou caixotes para os 
cortadores realizarem o ataque para aplicabilidade 
da defesa, além de boa condição de quadra e quan-
tidade elevada de bolas.
Assim sendo, o professor pode programar seus con-
teúdos, seguindo essa ordem, utilizando-se o processo 
pedagógico para cada fundamento a ser ensinado.
Nas aulas de Educação Física Escolar são des-
tinadas, em média, oito aulas por bimestre e 
em cada bimestre ensina-se um esporte dife-
rente (a considerar cada ano). Então, em oito 
aulas, tendo em vista que se deve contem-
plar as cinco fases do processo metodológico, 
quantos fundamentos o professor ensinará? 
REFLITA
VOLEIBOL 
34 
A 
primeira fase de aprendizagem denomi-
namos fase de estimulação, que corres-
ponde do 1º ao 5º ano do Ensino Funda-
mental, atendendo crianças da primeira 
e segunda infância (Ensino Fundamental l). Nessa 
primeira fase, o envolvimento das crianças nas ati-
vidades devem ter o caráter lúdico, participativo e 
alegre, a fim de oportunizar o desenvolvimento das 
habilidades motoras fundamentais para o desenvol-
vimento dos jogos em geral, contribuindo para seu 
entendimento tático dos jogos esportivos coletivos 
(GRECO; BENDA, 2007).
Desse modo, ao encontro com o exposto nos 
tópicos anteriores, sugere-se que o voleibol seja ini-
ciado com crianças que estão no primeiro ano do 
Fases Pedagógicas: 
O Processo Progressivo-Associativo 
Ensino Fundamental II, ou seja, 6º ano. É possível, 
se o conteúdo for bem estruturado e as aulas bem 
planejadas, que o professor passe pelos fundamen-
tos básicos, como posição básica, toque de bola por 
cima e manchete, neste primeiro ano de contato com 
a modalidade, e assim sucessivamente, até contem-
plar todos os fundamentos, possibilitando destinar 
o Ensino Médio para o ensino e aplicação do sistema 
tático, que veremos nos capítulos que seguem.
Nesse sentido, vimos, no Tópico 4 que, uma vez 
criado o processo metodológico para a aprendiza-
gem do fundamento selecionado para ensino, será 
desenvolvido desde a etapa da apresentação da ha-
bilidade até a última, denominada aplicação. Cabe-
rá ao professor criar exercícios de aplicação apenas 
 35
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
com o fundamento ensinado, no caso, posição de ex-
pectativa e movimentação. Assim, quando os alunos 
estiverem realizando a contento esse fundamento, o 
professor pode partir para o ensino do próximo, que 
é o toque, de acordo com a ordenação do ensino dos 
fundamentos, visto no Tópico 3.
O processo de ensino e aprendizagem deverá 
conter a sequência previamente apresentada. Lem-
bra da qual estamos nos referindo? Vimos a sequ-
ência representada pela figura de uma corrente, em 
que os elos simbolizam cada fase que é acrescentada, 
formando o processo de ensino. Para refrescar sua 
memória, caso não se lembre: 
1. Apresentação da habilidade. 
2. Sequência pedagógica. 
3. Exercícios corretivos e formativos.
4. Automatização. 
5. Aplicação do fundamento à mecânica do 
voleibol. 
Ao realizar esse processo de ensino do funda-
mento, no momento da fase de aplicação, deverá 
ser feita uma associação ao fundamento anterior, 
iniciando, assim, o processo de combinação com 
os fundamentos previamente apreendidos. Nessa 
lógica, o ensino do fundamento manchete deve 
ser trabalhado da mesma forma que o toque, para 
que na fase de aplicação os dois fundamentos se-
jam reunidos para criarmos um mecanismo de 
associação, demonstrando que existe uma lógica e 
aplicabilidade aos fundamentos anteriores. Além 
disso, haverá um trabalho dinâmico no processo 
de aprendizagem e não permitiremos que os fun-
damentos anteriores sejam desaprendidos ou per-
cam a sua eficiência.
Dessa maneira, ao término desse processo de 
ensino, se for utilizado o ordenamento de ensino 
proposto, ao chegarmos na fase de aplicação do sa-
que por baixo, o aluno estará jogando voleibol.
VOLEIBOL 
36 
Didaticamente, essa sequência foi proposta de-
vido às características dos movimentos se asseme-
lharem. Assim, o professor poderá racionalizar me-
lhor todo o processo de ensino e aprendizagem. Isso 
porque movimentos similares utilizam-se capacida-
des motoras parecidas para sua boa execução - como 
força de pernas, equilíbrio estático, dinâmico e recu-
perado e elasticidade de quadríceps - ao pensarmos, 
por exemplo, no ensino da posição básica, do toque 
e da manchete (BOJIKIAN, J.; BOJIKIAN, L., 2012).
Por conseguinte, segundo os mesmos autores, 
com os fundamentos organizados nessa sequência, 
possibilitamos maior utilização das capacidades mo-
toras em relação às demandas de tempo e repetição. 
Isso porque, há de se considerar que as capacidades 
físicas não são rapidamente desenvolvidas, como a 
aprendizagem de alguns fundamentos (ex: posição 
básica, que pode ser ensinada em duas sessões). As-
sim, como demanda mais tempo de prática para que 
haja melhora em seus índices de atuação, ao agrupar 
fundamentos semelhantes, garantimos maior tempo 
de utilização e, consequente, o desenvolvimento das 
mesmas capacidades físicas. 
Posto isto, seguimos a divisão feita por Bojikian, 
J. e Bojikian, L. (2012), que separa os fundamentos 
em três grupos, cada um aponta as capacidades mo-
toras inerentes aos fundamentos que as compõem.
Quadro 1 - Classificação dos grupos das habilidades 
motoras
GRUPO I GRUPO II GRUPO III
Posição básica Saque tipo tênis Defesa em pé
Movimentação Cortada Rolamentos
Toque Bloqueio Mergulho
Manchete Recursos
Saque por baixo 
Fonte: Bojikian, J.; Bojikian, L. (2012, p. 62).
Vale destacar que, em contextos em que há pro-
ximidade dos movimentos que estão sendo apren-
didos, ocorre transferência de aprendizagem, que é 
um conceito importante da área da aprendizagem 
motora. Segundo Magill (2011), a transferência de 
aprendizagem é a influência da experiência ante-
rior, no desempenho de uma nova habilidade ou 
em novo contexto, o que justifica, mais uma vez, 
a importância do agrupamento dos fundamentos 
que utilizam capacidades motoras parecidas

Mais conteúdos dessa disciplina