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edudata CONSÓRCIO SP 1 TESTE DE PROGRESSO 2022 06 de outubro de 2022 "Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia". GABARITO COMENTADO COM REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 1 1. (B) Comentários: O salbutamol é utilizado na asma como beta 2 agonista, tendo como efeito colateral o tremor de extremidades e taquicardia. O ipratrópio atua como antagonista dos receptores muscarínicos e a boca seca é o único efeito colateral. Solumedrol é um corticoide, que na crise de asma atua como anti- inflamatório e pode causar hipopotassemia e não causa diarreia. Ipratrópio e salbutamol atuam em recepotres diferentes. Referências Bibliográficas: • RANG, H. P.; DALE, M.M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016 2. (D) Comentários: Mulheres com vaginite aguda causada por T. vaginalis frequentemente têm corrimento devido a infiltração por leucócitos. A consistência do corrimento varia de acordo com a paciente, de fino e escasso a espesso e abundante. O sintoma clássico de corrimento amarelo, abundante, espumoso e mucopurulento ocorre em somente 20% dos casos. Há também odor vaginal anormal e prurido vulvar. A vagina e a cérvice podem ser edematosas e eritematosas, com erosão e pontos hemorrágicos na parede cervical conhecidos como colpitis macularis ou cérvice com aspecto de morango. O protozoário pode ser visualizado em microscopia óptica e o aspecto bolhoso da secreção é um sinal típico desse parasita. As demais alíneas referem-se a agentes infecciosos responsáveis por quadros de vaginite, porém, apesar de também provocarem corrimento vaginal, as características se diferem em relação ao odor, cheiro e a presença de bolhas. Referências Bibliográficas: • LÓPEZ, L. B. et al. Strategies by which some pathogenic- trichomonads integrate diverse signals in the decision-making process. An Acad Bras, v. 72, p. 173-86, 2000. • AMATO NETO, V.; AMATO, V. S.; GRYSCHEK, Ronaldo Cesar Borges . Parasitologia: Uma Abordagem Clínica. 1. ed. São Paulo: Elsevier, 2008. v. 1. 456p 3. (A) Comentários: Este caso clínico trata de uma situação de hepatite viral, a icterícia nesta situação ocorre por alteração hepática. A glicuronil transferase é a enzima que capta a bilirrubina indireta e a conjuga com ácido glicurônico formando a bilirrubina direta ou conjugada. Na hepatite viral há deficiência desta enzima, levando ao aumento da bilirrubina indireta. Na icterícia por obstrução biliar há aumento da bilirrubina direta e não há alteração das enzimas hepáticas. O caso mostra número normal de hemácias e hematócrito, o que indica que a icterícia não é provocada por anemia hemolítica. Referências Bibliográficas: • Douglas, C.R. Tratado de Fisiologia Aplicado às Ciências Médicas – 6a ed (2006). Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. • Koeppen, B.M.& Stanton, B.A. Berne & Levy – Fisiologia – 6a ed. (2009) Elsevier, Rio de Janeiro. • Sato, M.A. Tratado de Fisiologia Médica – 1a ed (2021). Editora Guanabara Koogan/Grupo GEN, Rio de Janeiro. • Grossman, S., Porth C.M. Porth fisiopatologia. 9ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 978- 85-277-2839-3. 4. (B) Comentários: O quilotórax resulta tanto da obstrução, ou dificuldade de escoamento do quilo, quanto da laceração do ducto torácico. Este ducto que tem início no abdome, na cisterna do quilo, ascende pelo mediastino posterior e pela abertura torácica superior. Em parte de seu trajeto, o ducto torácico entra na veia braquiocefálica esquerda. Referências Bibliográficas: • MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Moore anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. • AUMULLER, G. Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. • NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 7. ed. São Paulo: Artmed, 2015. 5. (B) Comentários: O nervo glúteo superior inerva os músculos glúteo médio, glúteo mínimo e tensor da fáscia lata. Desses, o músculo glúteo médio é responsável pela abdução de quadril e pela estabilidade pélvica importante na marcha. Referências Bibliográficas: • MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Moore anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. • AUMULLER, G. Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. • NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 7. ed. São Paulo: Artmed, 2015. 2 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 6. (A) Comentários: Todos os pacientes com oligospermia ou azoospermia devem receber aconselhamento genético. Entretanto, não são todas as opções de testes genéticos que devem ser realizadas. A testagem deve ser considerada de acordo com o contexto clínico de cada paciente. A diferenciação entre causas obstrutivas e não obstrutivas é de suma importância na seleção de testes genéticos apropriados. A história, exame físico, incluindo avaliação escrotal e exames laboratoriais séricos são fundamentais para esse delineamento para quantificar o volume testicular, sinais de hipogonadismo e valores laboratoriais anormais, especialmente hormônio folículo-estimulante (FSH) sérico. Em até 70% dos homens, essa investigação preliminar identificará uma causa de infertilidade. A primeira linha de investigação tem sido a análise citogenética por bandamento GTG, razão pela qual esta já aparece no enunciado, não tornando-a uma alternativa óbvia. O enunciado apresenta quadro de insuficiência testicular primária com oligospermia, e a avaliação inicial é cariótipo GTG e análise de microdelY. Ainda que sem obstrução aparente, a análise completa do gene CFTR é indicada, desde que haja volume de sêmen reduzido. A síndrome de Kallmann é compatível com hipogonadismo, porém a avaliação sérica indicaria redução nos níveis de LH; por se tratar de um quadro com grande heterogeneidade genética, seria mais indicado o diagnóstico por painel de genes. A síndrome de Kartagener é ciliopatia que ao espermograma fica evidenciada por motilidade reduzida ou ausente; e este quadro costuma ainda cursar com presença de infecções respiratórias recorrentes. Referências Bibliográficas: • Wosnitzer, M.S. - Genetic evaluation of male infertility. Transl Androl Urol 2014;3(1):17-26; doi: 10.3978/j.issn.2223- 4683.2014.02.04 http://www.amepc.org/tau/article/view/3513/4359 https://medlineplus.gov/ency/article/000395.htm 7. (D) Comentários: A Necrose Tubular Aguda é a forma mais frequente de Insuficiência Renal Aguda, atingindo incidências altas nas Unidades Hospitalares. O conhecimento da nefrotoxicidade por antimicrobianos é importante para o adequado acompanhamento e orientações terapêuticas aos pacientes. Devido a capacidade de regeneração dos túbulos renais, a maioria dos casos pode ter reversão clínica, quando adequadamente diagnosticados e conduzidos. Referências Bibliográficas: • Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças, 9ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2016. • Mello, P. A. de, Rocha, B. G., Oliveira, W. N., Mendonça, T. S., & Domingueti, C. P. (2021). Nefrotoxicidade e alterações de exames laboratoriais por fármacos: revisão da literatura. Revista De Medicina, 100(2), 152-161. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v100i2p152-161 8. (C) Comentários: Na febre reumática não são os genes HLA-II envolvidos na fisiopatologia, pois cardiomiócitos não expressam HLA-II. A bactéria não está presente no miocárdio. Referências Bibliográficas: • Luiza Guilherme, Jorge Kalil, Madeleine Cunningham. Molecular mimicry in the autoimmune pathogenesis of rheumatic heart disease. Autoimmunity,o usg Doppler é inconclusivo ou não factível, tanto nos casos de alta probabilidade, como naqueles de baixa probabilidade com dímero D positivo. Veja protocolo abaixo Conforme o protocolo acima o Dímero D apresentaria indicação nos casos de pré-teste com baixa probabilidade, servido como triagem para a necessidade de usg doppler. Esse paciente apresenta alta probabilidade para TVP, portanto, sem indicação de ser realizado. O Dímero D é um exame sanguíneo que se encontra aumentado durante a formação de fibrina, dessa forma apresenta alta sensibilidade para TVP (95%), contudo ele pode estar aumentado em outras patologias, principalmente de caráter inflamatório, dessa forma apresenta baixa especificidade (35- 55%). O paciente em questão poderia apresentar dímero D aumentado já pelo processo inflamatório intestinal (Dç de Chron), mas também por encontrar-se em pós-operatório recente. Devido à baixa especificidade não se deve indicar o tratamento com anticoagulação plena para paciente que apresentem somente dímero D positivo. Referências Bibliográficas: • Kakkos, S. K., Gohel, M., Baekgaard, N., Bauersachs, R., Bellmunt-Montoya, S., Black, S. A., ... & ESVS Guidelines Committee. (2021). Editor's Choice–European Society for Vascular Surgery (ESVS) 2021 Clinical practice guidelines on the management of venous thrombosis. European Journal of Vascular and Endovascular Surgery, 61(1), 9-82. Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 17 70. (C) Comentários: O protocolo de atendimento ATLS (Suporte Avançado de Vida no Trauma) do Colégio Americano de Cirurgiões padronizou o método de atendimento ABCDE baseado nas condições que mais ameaçam a vida do paciente (Via Aérea, Ventilação, Controle de Sangramento, Disfunção Neurológica e Exposição), no paciente em questão a Via Aérea (A) aparentemente está comprometida devido a “respiração ruidosa” devendo ser protegida de imediato (via aérea definitiva). Na ventilação (B) há ausculta diminuída a direita com indícios de penumotótax (hipertimpanismo a percussão) sendo indicada a drenagem torácica. Quanto ao controle da hemorragia (C) o paciente tem suspeita de fratura pélvica em livro aberto devendo ser realizado o fechamento pélvico temporário e uso restrito de cristaloides (no máximo 1 litro). Pela disfunção neurológica (D) e exposição (E) há indícios de trauma cranioencefálico necessitando de transferência para serviço especializado. As demais alternativas não contemplam ou desviam a atenção ao Atendimento Inicial ao Traumatizado como preconiza o Programa ATLS. Referências Bibliográficas: • ATLS Manual do Aluno 10º edição - American College of Surgeons (Committee of Trauma). (2018). Advanced Trauma Life Support – 10th Edition. Chicago, IL (USA) 71. (B) Comentários: O paciente com lesão na extremidade com dor de repouso e lesão trófica seca, sem sinais de infecção, deverá ser inicialmente revascularizado se possível e a lesão sendo seca, poderá ser aguardada a delimitação. Não se deve amputar ou desbridar uma lesão seca, sem sinais de infecção, em um membro isquêmico, pois não terá sangue suficiente para cicatrizar e ocorrerá piora da área de necrose. No caso de lesões infectadas onde o membro está em risco devido a infecção e o paciente com risco de septicemia, nesta situação poderíamos desbridar a lesão antes de revascularizar. Referências Bibliográficas: • Maffei FHA.Profilaxia da trombose venosa profunda e da embolia pulmonar. In:Maffei FHA, Lastória S, Yoshida WB, Rollo HA. Doenças vasculares periféricas. 3.ed. Rio de Janeiro: Medsi;2002.965 p. • Galego SJ, Bicalho TC, Tardivo JP. Pé diabético. In: Galego SJ, Correa JÁ, Kafejian-Haddad AP, Furst RVC. ABC de Angiologia e Cirurgia Vascular. 1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021; p133-144 • Galego SJ, Bicalho TC, Maffei JP. Doença arterial obstrutiva periférica. In: Galego SJ, Correa JÁ, Kafejian-Haddad AP, Furst RVC. ABC de Angiologia e Cirurgia Vascular. 1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021; p55-63. 72. (C) Comentários: A presença de dor lombar forte irradiada para testículo, de início súbito, durante o sono sugere fortemente quadro de cólica ureteral devido a um cálculo. A febre sugere a associação com infecção urinária. A tomografia computadorizada, geralmente sem contraste é considerada padrão ouro para localização de cálculos nas vias urinárias. A ultrassonografia pode substitui-la, mas é operador dependente e tem menor especificidade em cálculos no ureter médio. A ressonância magnética não tem sensibilidade adequada para identificação de cálculos urinários. A presença de leucocitose com ou sem desvio a esquerda, proteína C reativa elevada e presença de leucocitúria no exame de urina tipo I sugerem a presença de infecção associada ao quadro de litíase. O diagnóstico da infecção é fundamental, pois transforma o quadro em emergência pelo risco de sepse e indica ao urologista a necessidade de drenagem da via urinária (passagem de cateter ureteral duplo J ou nefrostomia) sem a extração do cálculo. Referências Bibliográficas: • Swonke ML, Mahmoud AM, Farran EJ, Dafashy TJ, Kerr PS, Kosarek CD, Sonstein J. Early Stone Manipulation in Urinary Tract Infection Associated with Obstructing Nephrolithiasis. Case Rep Urol. 2018 Nov 25; 2018:2303492. doi: 10.1155/2018/2303492. PMID: 30595937; PMCID: PMC6286750. • Diretrizes para Urolitíase - https://portaldaurologia.com.br/medicos/academia/assets/pdf/ Diretrizes_para_urolitiase.pdf 73. (A) Comentários: Toda hemorragia digestiva deve ser internada, estabilizada. E a seguir realizar os exames endoscópicos. Os sinais não mostram quadro de sangramento grave ou alto ajudando a descartar HDA varicosa ou não varicosa. Peso e altura para se calcular O I.M.C. e verificar que paciente está com obesidade leve que é um fator de riso para doença diverticular assim como o sexo e idade em questão. Toque não identificou doença hemorroidária. Referências Bibliográficas: • Oakland, K. et al. Diagnosis and management of acute lower gastrointestinal bleeding: guidelines from the British Society of Gastroenterology. Gut, 2019. 68:776-789 • Strate, LL. ACG Clinical Guideline: Management of Patients with Acute Lower Gastrointestinal Bleeding. Am J Gastroenterol. 2016 Apr; 111(4): 459–474. 74. (D) Comentários: Os pacientes que fazem uso de anticoagulantes orais como a rivaroxabana, devem suspender o seu uso 48 horas antes de um procedimento cirúrgico maior e podem reiniciar a terapia assim que for afastado o risco de sangramento, o que ocorre geralmente 12 horas depois da cirurgia. Referências Bibliográficas: • Shaw JR, Kaplovitch E, Douketis J. Periprocedural Management of Oral Anticoagulation. Med Clin North Am. 2020 Jul;104(4):709-726. doi: 10.1016/j.mcna.2020.02.005. Epub 2020 May 12. PMID: 32505262. 18 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 75. (B) Comentários: Existem vários escores clínicos para afastar ou confirmar apendicite aguda, em homens jovens, como no caso apresentado, usando o escore de Alvarado a pontuação atinge 8 pontos, suficiente para confirmar clinicamente a apendicite aguda. Referências Bibliográficas: • Moris D, Paulson EK, Pappas TN. Diagnosis and Management of Acute Appendicitis in Adults: A Review. JAMA. 2021 Dec 14;326(22):2299-2311. doi: 10.1001/jama.2021.20502. PMID: 34905026. • Bouali M, El Berni Y, Moufakkir A, El Bakouri A, El Hattabi K, Bensardi F, Fadil A. Value of Alvarado scoring system in diagnosis of acute appendicitis. Ann Med Surg (Lond). 2022 Apr 19;77:103642. doi: 10.1016/j.amsu.2022.103642. PMID: 35637993; PMCID: PMC9142662. 76. (C) Comentários: Por se tratar de hidrocefalia secundária a meningite aguda a opção no momento é derivação ventricularexterna. Referências Bibliográficas: • Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da Unifesp –EPM Neurologia e Neurocirurgia • NITRINI & BACHESQUI, A neurologia que todo médico deve saber, Ed 2 77. (A) Comentários: Na infecção da ferida operatória interessando apenas a pele e o tecido celular subcutâneo, a abertura da cicatriz, limpeza e curativos é suficiente para o tratamento, não havendo necessidade do uso de antibióticos. Referências Bibliográficas: • Ban KA, Minei JP, Laronga C, Harbrecht BG, Jensen EH, Fry DE, Itani KMF, Dellinger EP, Ko CY, Duane TM. Executive Summary of the American College of Surgeons/Surgical Infection Society Surgical Site Infection Guidelines-2016 Update. Surg Infect (Larchmt). 2017 May/Jun;18(4):379-382. doi: 10.1089/sur.2016.214. PMID: 28541808. 78. (B) Comentários: A região envolvida é a parieto ventricular esquerda, e por ser imagem hiperdensa trata-se de hematoma. Referências Bibliográficas: • Tratado de Neurologia e Neurocirurgia. Ed.Giacomelli A, Aguiar PH, Ramina R, Editora Athena, Ponta Grossa, Capitulo3, páginas 20-48, 2022 79. (D) Comentários: Os efeitos estéticos e psicológicos é um questionamento que invariavelmente é abordado pelos pais; a posição anômala do testículo aumenta as chances de ocorrer torção funicular; e, a deficiência da espermatogênese nestes pacientes é comum e multifatorial, sendo a alteração da temperatura um destes fatores. Referências Bibliográficas: • Urologia fundamental - Sociedade Brasileira de Urologia. 1ª edição. São Paulo: Planark, 2010. 80. (A) Comentários: Seguindo o diagrama de Lund e Browder para o cálculo da superfície corporal queimada (SCQ), e considerando que a face (rosto) apresenta apenas queimadura de 1º grau, podemos afirmar que apenas o membro superior esquerdo deve ser usado para este cálculo segundo o enunciado da questão, sendo assim corresponde a 9% em sua totalidade; como apenas a face anterior do membro foi acometida, o cálculo final é de 4,5%. Referências Bibliográficas: • Cirurgia Plástica, volume 6, 3ª edição, editora Elsevier, Neligan. 81. (C) Comentários: Gestantes têm o mesmo risco que não gestantes de apresentarem câncer do colo do útero ou suas lesões precursoras. O achado dessas alterações durante o ciclo grávido puerperal reflete a oportunidade do rastreamento durante o pré- natal. Apesar de a JEC no ciclo gravídico-puerperal encontrar-se exteriorizada na ectocérvice na maioria das vezes, o que dispensaria a coleta endocervical, a coleta de espécime endocervical não parece aumentar o risco sobre a gestação quando utilizada com técnica adequada. O rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres, devendo sempre ser considerada uma oportunidade para a procura do serviço de saúde para realização de pré-natal. Referências Bibliográficas: • BEREK, Jonathan S; NOVAK, Emil. Berek and Novak's gynecoloy. 16. ed. Stanford: Wolters Kluwer, 2020. • Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica – Rio de Janeiro: INCA, 2020. • Atualização de nomenclatura brasileira para laudos citopatológicos de colo uterino e áreas ano-genitais. Sociedade Brasileira de Citopatologia. SBC, 2020. Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 19 82. (A) Comentários: ASC-US (células escamosas atípicas de significado indeterminado) estão relacionadas à prevalência de NIC 2 e 3 em 6,4% a 11,9%, sendo a atipia mais encontrada nos resultados de exames citológicos. São de evolução benigna e a conduta orientada pelas diretrizes brasileiras é a repetição semestral em mulheres acima de 30 anos de idade. Referências Bibliográficas: • Instituto Nacional de Câncer (Inca). Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: Inca; 2016. • Brasil. Ministério da Saúde. Informe técnico da ampliação da oferta das vacinas papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante) – vacina HPV quadrivalente e meningocócica C (conjugada) [Internet]. Brasília: MS; [citado 2018 Jan 18]. Disponível em https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/ marco/14/Informe-T--cnico-HPV-MENINGITE.pdf • Colpocitologia oncológica no rastreamento do câncer do colo uterino – Protocolos Febrasgo, ginecologia, n* 34, 2021 83. (C) Comentários: Os padrões hormonais se referem à fase lútea, sobretudopelo nível de progesterona, o que indica ter ocorrido ovulação. Com relação aos distratores: não há fração beta do HGC para se pensar em gravidez, não deve ter menstruação na fase lútea e tampouco as gonadotrofinas estão elevadas como sói acontecer no climatério. Referências Bibliográficas: • Endocrinologia Feminina. César Eduardo Fernandes/ Luciano de Melo Pompei-Baruei, SP: Manole. 2016. • Tratado de Ginecologia FEBRASGO. Editores César Eduardo Fernandes, Marcos Felipe Silva de Sá; coordenação Agnaldo Lopes da Silva Filho et al – 1ª edição- Rio de Janeiro; Elsevier, 2019. 84. (D) Comentários: A adolescente tem o direito à privacidade e à autonomia em sua consulta, tendo ainda a garantia do sigilo do que for ali conversado. No entanto, o profissional que a atende, deve contar com a presença de uma auxiliar de sala. A melhor escolha de método é aquela que leve a maior segurança para a paciente e para essa adolescente que já faz uso de preservativo e deseja hormonal, deve-se escolher a melhor forma/dose/via e sabe-se que existe segurança no uso desses métodos. O uso dos DIUs/SIUs são uma ótima opção para adolescentes, constituindo nos LARCs (que são os contraceptivos reversíveis de longa duração), que levam a maior eficácia, uma vez que não dependem da usuária. Se a adolescente não conhece os métodos existentes para a sua faixa etária, deverá ser a eles apresentada para uma decisão compartilhada. Cabe ao médico orientar quanto à escolha e não impor o método. Referências Bibliográficas: • Endocrinologia Feminina. César Eduardo Fernandes/ Luciano de Melo Pompei-Barueri, SP: Manole. 2016. Pag.341-52. • Tratado de Ginecologia FEBRASGO. Editores César Eduardo Fernandes, Marcos Felipe Silva de Sá; coordenação Agnaldo Lopes da Silva Filho et al – 1ªedição- Rio de Janeiro; Elsevier, 2019. Pag. 821-27. • Manual SOGESP de Assistência Ginecológica a Adolescentes – São Paulo: SOGESP, 2021. 85. (A) Comentários: A rotina inicial de casais inférteis sempre inclui a avaliação do casal como minimamente a pesquisa do espermograma e dos fatores canaliculares e ovulatórios. Com relação aos distratores: o fato do parceiro referir ter tido um filho não dispensa a pesquisa de sua condição de fertilidade, a dosagem de CA-125 não tem força como exame subsidiário para fazer ou descartar a hipótese de endometriose. O USG não se presta para concluir sobre a permeabilidade das tubas, a HSG é o exame mais adequado. Referências Bibliográficas: • Infertilidade – Propedêutica do casal infértil. Ferriani et al. 2020. Ferraretti AP et al. ESHRE working group on Poor Ovarian Response Definition. ESHRE consensus on the definition of 'poor response' to ovarian stimulation for in vitro fertilization: the Bologna criteria. Hum Reprod. 2011;26(7): 1616-24 20 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 86. (D) Comentários: Na abordagem dos nódulos mamários palpáveis, o exame de imagem recomendado para mulher acima dos 40 anos é a mamografia e a ultrassonografia pode ser indicada como complementação diagnóstica nos casos inconclusivos. O achado classificado como BI-RADS 3 na ultrassonografia infere baixa probabilidade de malignidade do nódulo e a recomendação éque estes achados sejam reavaliados em 6 meses. A ressonância mamária está recomendada em casos inconclusivos da ultrassonografia ou em situações em que a mulher apresente risco elevado para câncer de mama que não é o caso da paciente em questão, pois o antecedente familiar é de 2º grau e pós- menopausa. Referências Bibliográficas: • https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/29924/2/SISTEMA% 20BI-RADS_CONDUTAS.pdf • https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/parametros_tecnic os_prevencao_cancer_mama.pdf • American College of Radiology. Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS®). 4th ed. Reston, VA: American College of Radiology, 2003. • Zugaib, Marcelo, Francisco, Rossana Pulcineli. Zugaib Obstetrícia, 4ª edição, editora Manole, 2020. • Sá, Marcos Felipe e Fernandes, César Eduardo. Tratado de Obstetrícia da Febrasgo. Editora Elsevier, 2019. 87. (C) Comentários: Esta questão faz o aluno pensar em situações que podem ocorrer rotineiramente em relação ao ciclo menstrual. Este achado de USG tem muita probabilidade de se tratar de um cisto funcional (ovulatório) devido a data da última menstruação, portanto o correto é não sermos agressivos de imediato e repetirmos o exame de ultrassom logo após o período menstrual. Referências Bibliográficas: • Ball E, Khan KS. Recent advances in understanding and managing chronic pelvic pain in women with special consideration to endometriosis. F1000Res. 2020 Feb 4;9: F1000 Faculty Rev-83. • Chaichian S, Kabir A, Mehdizadehkashi A, Rahmani K, Moghimi M, Moazzami B. Comparing the Efficacy of Surgery and Medical Therapy for Pain Management in Endometriosis: A Systematic Review and Meta-analysis. Pain Physician. 2017 Mar;20(3):185-195. • Nisenblat V, Bossuyt PM, Farquhar C, Johnson N, Hull ML. Imaging modalities for the non-invasive diagnosis of endometriosis. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Feb 26;2(2):CD009591. 88. (B) Comentários: Pacientes em menopausa com queixa importante de fogachos podem receber reposição hormonal desde que se inicie antes dos 60 anos, dentro da janela de oportunidade (início dos sintomas com menos de 10 anos), sem contraindicação para o tratamento. As principais contraindicações são trombose, câncer de mama, sangramento vaginal de causa desconhecida. A presença de mioma isoladamente, assintomático, não contraindica o tratamento. A categoria Bi-rads® 2 também não é contraindicação ao tratamento. Como a paciente não é histerectomizada, é obrigatório o uso de progesterona em associação ao tratamento estrogênico. Referências Bibliográficas: • BEREK, Jonathan S; NOVAK, Emil. Berek and Novak's gynecoloy. 16. ed. Stanford: Wolters Kluwer, 2020. • Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da Menopausa, Pompei LM, Machado RB, Wender MCO, Fernandes CE. SOBRAC, FEBRASGO, 2018, 159p. 89. (D) Comentários: O tratamento da mastite inclui o uso de antibioticoterapia; os germes mais comuns são Staphylococcus aureus produtor de penicilinase, estreptococos, e menos comumente germes gram negativos. A clindamicina é uma das opções para o tratamento. Não se deve suspender a amamentação. O uso de compressas quentes ou frias não parece trazer benefícios, podendo lesar a pele. A drenagem mamária está justificada apenas na presença de abscesso mamário. Referências Bibliográficas: • Zugaib, Marcelo, Francisco, Rossana Pulcineli. Zugaib Obstetrícia, 4ª edição, editora Manole, 2020. • Sá, Marcos Felipe e Fernandes, César Eduardo. Tratado de Obstetrícia da Febrasgo. Editora Elsevier, 2019. 90. (A) Comentários: A cirurgia de Le Fort (Colpocleise) é um procedimento cirúrgico obliterativo em que se retira um retângulo da mucosa das paredes vaginais anterior e posterior e sutura local. O procedimento é de curta duração e muito eficiente, com indicação precisa em casos de prolapsos uterinos mais severos, em que a paciente não tem mais interesse em atividade sexual e é portadora de doenças severas. Referências Bibliográficas: • Manual de ginecologia e Obstetrícia da SGOB, segunda edição, 2017. Página 361. Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 21 91. (D) Comentários: A condução clínica de mastite/abscesso lactacional envolve o uso de antibióticos, anti-inflamatórios e ações físicas para redução do processo inflamatório. Além disso o diagnóstico de coleção purulenta é importante para nortear a drenagem. Os distratores envolvem conceitos errôneos, pois a mamografia não deve ser usada como propedêutica em lactantes, a lactação não deverá ser interrompida e a setorectomia corresponde a sobretratamento para abscesso de mama. Referências Bibliográficas: • Allaitement maternel (partie III): complications de l’allaitement — Recommandations pour la pratique clinique L Marcellina & AA Chantry. Journal de gynécologie obstétrique, volume 44, issue 10, décembre 2015, pages 1084—1090. DOI de l’article original: http://dx.doi.org/10.1016/j.jgyn.2015.09.029. 92. (B) Comentários: A anemia é definida durante a gestação por valores de hemoglobina abaixo de 11g/dL, motivo pelo qual o resultado do exame desta gestante é considerado normal. O nível de hemoglobina pode diminuir no decorrer da gestação devido à hemodiluição fisiológica. Referências Bibliográficas: • Zugaib M, Francisco RPV. Obstetrícia. 3a edição. São Paulo: Manole, 2016 93. (A) Comentários: O TOTG está com valor alterado, o que já caracteriza dmg. O exame feito com 25 semanas e o valor de TOTG de jejum não foi superior a 126, portanto, não é diabete pré-existente. O TOTG já é exame que fecha o diagnóstico quando um valor está fora dos valores considerados normais. Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL ou HbA1c ≥ 6,5% sugerem o diagnóstico de Diabetes Mellitus prévio a gestação. Glicemia de jejum entre 92 mg/dL e 125 mg/dL sugere o diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional Glicemia de jejumda pré-eclâmpsia. As plaquetas acima de 100.000, também são consideradas normais. Elevação de creatinina com níveis > 1,1mg/dL caracteriza o quadro como grave. Portanto, alternativa correta (C). Referências Bibliográficas: • Tratado de Obstetrícia FEBRASGO – 2019 • Preeclampsia: Clinical features and diagnosis • Phyllis August, MD, MPH, Baha M Sibai, MD. All topics are updated as new evidence becomes available and our peer review process is complete. Literature review current through: Apr 2022. | This topic last updated: May 05, 2022. 22 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 95. (B) Comentários: A pré-eclâmpsia é uma doença multifatorial e multissistêmica, específica da gestação, classicamente diagnosticada pela presença de hipertensão arterial associada a proteinúria ou na ausência dessa, podendo atingir órgãos-alvos ou sistêmicos (trombocitopenia, disfunção hepática, insuficiência renal, edema agudo de pulmão iminência ou eclâmpsia) ou o compartimento placentário ou fetal (restrição de crescimento fetal, sofrimento fetal agudo ou crônico, etc). Se manifesta em gestante normotensa, após a 20ª semana da gravidez. Em situações de gravidade, pode evoluir para eclampsia, acidente vascular cerebral hemorrágico, síndrome HELLP, insuficiência renal, edema agudo de pulmão e morte. Referências Bibliográficas: • https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/REVISTAZ FEMINAZ-Z2019ZVOLZ47ZNZ5.pdf • https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/12- PRE_ECLAyMPSIA.pdf 96. (B) Comentários: No caso da fecundação quem produz a progesterona é a placenta a partir da 12ª semana de gestação. Referências Bibliográficas: • https://www.febrasgo.org.br 97. (A) Comentários: Tratar o casal imediatamente e solicitar exames confirmatórios mensalmente. Quando se realiza um paralelismo entre o controle da transmissão vertical do HIV e da sífilis, observamos um programa exitoso na primeira infecção e, infelizmente, dados desastrosos em relação ao controle da segunda. A orientação é de tratar enquanto aguarda exames confirmatórios. A transmissão vertical (TV) da sífilis é das maiores dentre as doenças infecciosas na gestação. Observa-se uma taxa de 40% de mortalidade perinatal. Aguardar TPHA para confirmar e depois tratar. O tratamento deve ser imediato após resultado positivo do Teste rápido. Considera-se que a doença tratada antes de 16 semanas previne a infecção fetal. Aquela tratada após as 16 semanas, provavelmente estará abordando um feto potencialmente infectado, e há possibilidade da demora do resultado do teste treponêmico ou a falta do retorno na consulta de pré-natal. Tratar paciente com eritromicina na sífilis terciária. A eritromicina apresenta uma passagem transplacentária errática e a sua utilização na grávida com diagnóstico de sífilis deve ser desencorajada. Se o teste do parceiro for negativo, não há necessidade do mesmo ser tratado. Os parcerios sexuais de gestantes com sífilis, mesmo que com resultado negativo devem ser tratados. Podem estar infectados, mesmo apresentando testes imunológicos não reagentes, e a melhor escolha é a penicilina benzatina. Referências Bibliográficas: • Ministério da Saúde - Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da transmissão vertical do HIV, sífilis e hepatite B. Ministério da Saúde, 2021. • Arnesen L, Serruya S, Durán P. Gestational syphilis and stillbirth in the Americas: a systematic review and metanalisis. Rev Panam Salud Publica. 2015; 37(6):422-9. • Lago E. Current perpectives on prevention of mother to child transmissdion of syphilis.Cureus 8 (3): e525, 2016. 98. (B) Comentários: O esquema de vacinação do calendário do Ministério da Saúde recomenda de rotina, caso não imune, vacinações contra hepatite B, tríplice bacteriana, influenza e COVID-19. Podem ser utilizadas, caso necessário, contra pneumococo, meningococo e raiva. A vacina de febre amarela é utilizada na situação de viagem para áreas de risco. A vacina de rubéola é contraindicada na gravidez, devendo ser utilizada no puerpério, nas pacientes não imunes. Referências Bibliográficas: • Zugaib, Marcelo, Francisco, Rossana Pulcineli. Zugaib Obstetrícia, 4ª edição, editora Manole, 2020. • Sá, Marcos Felipe e Fernandes, César Eduardo. Tratado de Obstetrícia da Febrasgo. Editora Elsevier, 2019. Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 23 99. (C) Comentários: A perda fetal recorrente pode estar relacionada à: malformações uterinas, alterações genéticas, trombofilias, incompatibilidade de antígeno materno-paterno. Neste caso, a história de duas curetagens prévias, com perdas sucessivas cada vez mais precoces, com pouca história de dor, em trabalho de parto extremamente rápido, com fetos nascidos vivos, sem aparente alteração morfológica, mas com óbito pela insuficiência respiratória pela prematuridade extrema, o diagnóstico suspeito de incompetência ou insuficiência istmo cervical deve ser aventado, com orientação importante neste sentido em uma futura gravidez. Referências Bibliográficas: • Zugaib, Marcelo, Francisco, Rossana Pulcineli. Zugaib Obstetrícia, 4ª edição, editora Manole, 2020. • Sá, Marcos Felipe e Fernandes, César Eduardo. Tratado de Obstetrícia da Febrasgo. Editora Elsevier, 2019 100. (D) Comentários: A ultrassonografia não exclui o diagnóstico de bolsa rota, já que o índice de líquido amniótico poderá ser normal, principalmente em casos de rotura alta. A via de parto natural, nesses casos, é a mais indicada. A corticoindução será mandatória até as 34 semanas. A penicilina cristalina será prescrita imediatamente se SWAB desconhecido, já que se trata de uma gestação pré-termo. Referências Bibliográficas: • Cartilha Ministério da Saúde, 2021 101. (D) Comentários: De acordo com o manual dengue: Diagnóstico e Manejo Clínico Adulto e Criança, do Ministério da Saúde, 5ª edição, através das manifestações clínicas e laboratoriais conseguimos fazer um diagnóstico diferencial com as arboviroses transmitidas pelo mesmo vetor. Dessa forma, as alterações laboratoriais presentes nos pacientes portadores de dengue, de forma expressiva, encontramos a leucopenia, a neutropenia e a trombocitopenia. Em relação as manifestações clínicas, encontramos a dor retrorbitária presente em grande expressão nos pacientes portadores de dengue, em relação a outras manifestações que podem ocorrer, porém de forma menos intensa. Referências Bibliográficas: • Brasil. Ministério da Saúde. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. 5. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 58p 102. (A) Comentários: Uma epidemia de fonte comum é difundida pelo mesmo veículo (água e alimentos, por exemplo). Há inexistência de mecanismo de transmissão hospedeiro-hospedeiro, ou seja, propagação pessoa-pessoa. Costuma apresentar velocidade explosiva (progressão rápida) e localizada. Referências Bibliográficas: • ROUQUAYROL, M. Z.; SILVA, M.G. C. (Org). Epidemiologia & Saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013. • ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Módulos de Princípios de Epidemiologia para o Controle de Enfermidades. Módulo 5: pesquisa epidemiológica de campo – aplicação ao estudo de surtos. Brasília: Ministério da Saúde: Organização Pan-Americana da Saúde; 2010. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/modulo_principios _epidemiologia_5.pdf 103. (C) Comentários: A questão aborda o acesso universal da paciente na aps e fosse referenciada para outros níveis da rede, contemplando a integralidade. Referências Bibliográficas: • Apostila MEDCURSO,2021 - questões adaptadas pela Profa. Tânia Pupo 104. (B) Comentários: Segundo o “ABC do SUS”, a partir da nova constituição (1988), a única condição para se ter direito de acesso, aos serviços e ações de saúde, é precisar deles. Nessa Constituição fica estabelecido o Sistema Único de Saúde - SUS, de caráter público, formado por uma rede de serviços regionalizada, hierarquizada e descentralizada, com direção única em cada esfera de governo, e sob controle dos seus usuários. Referências Bibliográficas: • ABC dos SUS. Doutrinas e Princípios. Ministério da Saúde - Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Disponível em: http://www.pbh.gov.br/smsa/bibliografia/abc_do_sus_doutrinas _e_principios.pdf. Acesso em: 06.06.2022. • Constituição Federal de 1988. Disponível em: https://www10.trf2.jus.br/comite-estadual-de- saude-rj/legislacao/constituicao-de- 1988/#:~:text=Art.,sua%20promo%C3%A7%C3%A3o%2C%2 0prote%C3%A7%C3%A3o%20e%20recupera%C3%A7%C3% A3o. Acesso em: 06.06.2022. 24 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 105. (A) Comentários: A promoção de saúde, na prevenção primária, envolve ações gerais de cuidados de saúde tais como orientações quanto a alimentação, atividade física e saúde mental enquanto a proteção específica foca em ações de prevenção direcionada para uma doença ou agravo, como a vacinação. Na prevenção secundária, observa-se rastreamento e diagnóstico de novos casos e a prevenção terciária foca na reabilitação de complicações já instaladas. A prevenção quaternária, em contrapartida, foca em ações que visam evitar danos associada às intervenções médicas e de outros profissionais da saúde como excesso de medicação ou cirurgias desnecessárias. Ela é observada em todos os momentos do serviço de saúde e não somente nos cuidados paliativos. Referências Bibliográficas: • ROUQUAYROL, Maria Zelia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos Da (Org.). Epidemiologia e saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018. • PERREIRA, Mauricio Gomes. Epidemiologia: teoria e prática. Rido de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 106. (C) Comentários: De acordo com o art. 7º da lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a integralidade de assistência, é entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema. Referências Bibliográficas: • Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, set. 1990. 107. (A) Comentários: É preciso tratar de forma menos invasiva os pacientes idosos, em especial aqueles com comorbidades que possam comprometer a duração e/ou a qualidade de vida, possibilitando dietas mais liberais, escolha de medicamentos com menor taxa de eventos adversos, menor rigor no monitoramento glicêmico e, consequentemente, metas glicêmicas mais flexíveis, com glicemias a qualquer momento (glicemia randômica) abaixo de 180 mg/dL e hemoglobina glicada (HbA1c) > 7% (C). Limitações econômicas, sociais ou familiares podem inviabilizar esquemas terapêuticos complexos necessários ao controle glicêmico ideal. A individualização e o posto-chave, considerando- se haver ou não critérios para fragilidade, ser ou não o paciente institucionalizado, haver demência associada ou não etc. Nessas situações, seriam aceitáveis valores glicêmicos de jejum de até 150 mg/dL e pós-prandiaisO ensaio clínico randomizado é o que melhor descreve a eficácia de um tramento, enquanto o coorte serve para avaliar as consequências de uma doença ou tratamento. Referências Bibliográficas: • Medicina baseada em evidências aplicada à prática do médico de família e comunidade. Capítulo 29. Airton Tetelbom Stein. Tratado de Medicina de Família e Comunidade, 2ª edição 2019 • Diretrizes metodológicas: Sistema GRADE –Manual de graduação da qualidade da evidência e força de recomendação para tomada de decisão em saúde. Ministério da Saúde, 2014 111. (B) Comentários: O perfil da situação de saúde do Brasil é de tripla carga de doenças, pela presença concomitante das doenças infecciosas e carenciais, das causas externas e das doenças crônicas que demandam uma atenção mais completa, não só focada em agravos agudos ou doenças crônicas. A alternativa (B) é a única que apresenta situação em que há agravos de doença crônica não transmissível (DM), risco de acidente (queda) e doença infecciosa (Covid-19). As ademais apresentam apenas um ou dois aspectos de problemas. Referências Bibliográficas: • As redes de atenção à saúde. Eugênio Vilaça Mendes, Rev Med Minas Gerais 2008; 18(4 Supl 4): S3-S11 • O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. / Eugênio Vilaça Mendes. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. 112. (B) Comentários: De acordo com o artigo 39 do capítulo V do código de ética médica, é vedado ao médico opor-se à realização de junta médica ou segunda opinião solicitada pelo paciente ou por seu representante legal, por isso a alternativa B é correta. A alternativa A é incorreta, pois não há indicação de internação psiquiátrica, além de infringir o código de ética médica. A alternativa C é incorreta, pois não há nada previsto no código de ética médica que impeça reavaliação, junta médica e mudança de diagnóstico realizado por outro médico. A alternativa D é incorreta, pois é vedado ao médico, de acordo com o Art. 34 do capítulo V do código de ética médica, deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar danos, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal. Referências Bibliográficas: • https://portal.cfm.org.br/images/PDF/cem2019.pdf https://portal.cfm.org.br/images/PDF/cem2019.pdf 26 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 113. (A) Comentários: De acordo com a Vigilância Epidemiológica, a doença Sífilis só deve ser notificada quando confirmada. Para tanto, nesse caso há necessidade de se investigar tratamento anterior para descartar cicatriz sorológica. Referências Bibliográficas: • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 2. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2022. 114. (C) Comentários: A razão de mortalidade materna é calculada ao dividirmos o número de óbitos maternos pelo número total de nascidos vivos. Referências Bibliográficas: • ROUQUAYROL, M.Z; ALMEIDA FILHO, N; LUZ, F. A. Epidemiologia & saúde. Editora: Artes Médicas; 7ª ed. 2013. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830 000/cfi/47!/4/4@0.00:0.00 • MARTINS, A.A.B, et al. EPIDEMIOLOGIA. Editora: SAGA; Porto Alegre, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023 154/cfi/0!/4/4@0.00:46.7 115. (D) Comentários: O termo hipertireoidismo refere-se ao aumento da síntese e liberação dos hormônios tireoidianos pela glândula tireoide. As manifestações clínicas comumente encontradas no hipertireoidismo são: nervosismo, sudorese excessiva, intolerância ao calor, fadiga, perda de peso, fraqueza e distúrbios menstruais. A determinação dos níveis do TSH, por meio de metodologia ultrassensível, é o método mais sensível para diagnóstico de hipertireoidismo. Sempre que possível, deve ser solicitada a determinação da fração livre da tiroxina (T4L), visto que anormalidades nas proteínas carreadoras dos hormônios tireoidianos podem alterar a concentração total do T4 e T3. No hipertireoidismo franco, tanto o T4L quanto o T3 séricos estão aumentados e o TSH está praticamente indetectável. O fármaco de primeira escolha para tratamento do hipertireoidismo é o metimazol, podendo ser prescrito e manejado pelo médico da família (atenção básica). Referências Bibliográficas: • MAIA, A.L.; WARD, L.S. e colaboradores. Consenso brasileiro para o diagnóstico e tratamento do hipertireoidismo: recomendações do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Arq Bras Endocrinol Metab 57 (3) – abril 2013. • DIAS, D.S.R.; CUNHA, J.C.R. e colaboradores. Crise tireotóxica: revisão da literatura / thyrotoxic crisis: review of the literature. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.4, p.24711-24721, apr 2022. 116. (B) Comentários: Trata-se de um ferimento grave para Raiva por ter sido dilacerante. Em ferimentos graves causados por mamíferos domésticos (porco) a prevenção contra a Raiva deve ser feita com soro-vacinação antirrábica. Em todo acidente com mamíferos devemos nos ater a 2 prevenções, Raiva e Tétano. Neste caso, deve-se também aplicar a vacina Dupla adulto. Pelo Ministério da Saúde, a vacina Tríplice Bacteriana do adulto está indicada para gestantes e profissionais da saúde. Referências Bibliográficas: • Secretaria de Estado da Saúde – Coordenadoria de Controle das Doenças – Instituto Pasteur - NOTA TÉCNICA 03- IP/CCD/SES-SP – 30/11/2020 – Profilaxia da Raiva Humana. 117. (A) Comentários: Em todo caso de violência contra mulher, seja agressão física, verbal ou sexual, a paciente deve ser acolhida da melhor forma, sendo examinada e orientada a procurar a delegacia mais próxima para realizar um boletim de ocorrência. Após isso deve ser encaminhada ao serviço de IML para realizar corpo de delito. O médico tem o dever de realizar a notificação em duas vias, para que uma seja anexada no prontuário e outra encaminhada ao serviço social. A mulher perante a lei se representa. Assim, somente ela poderá realizar a denúncia na Delegacia de Polícia. O profissional de saúde realizará a notificação apenas para o Sistema de informação da Saúde – SES/DF. No entanto, poderá orientar a mulher a realizar a denúncia em qualquer Delegacia de Polícia. Referências Bibliográficas: • https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atendime nto_vitimas_violencia_saude_publica_DF.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atendimento_vitimas_violencia_saude_publica_DF.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atendimento_vitimas_violencia_saude_publica_DF.pdf Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 27 118. (C) Comentários: No enfrentamento da pandemia do COVID-19, o país acompanhou a atuação diferente que tiveram os gestores, municipais, estaduais e federal de saúde, estando essa diferença embasada na Lei 8080/90. Compete ao Gestor Federal a definição de critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso humano, o que foi feito através da ANVISA, que é uma agência ligada ao gestor federal. Compete ao Gestor Federal a coordenação da rede de alta complexidade que inclui as UTI’s e da rede de laboratórios de saúde pública regionais,que geralmente são responsáveis pelo isolamento viral. Compete ao Município o planejamento, a gestão e a execução direta dos serviços públicos de saúde, o que incluiu a elaboração e execução do plano local de enfrentamento do COVID-19 e a aplicação dos imunobiológicos aprovados pela ANVISA. Referências Bibliográficas: • BRASIL. Ministério da Saúde. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990: [lei orgânica da Saúde]. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil], Brasília, DF, p. 18.055, 20 set. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm 119. (C) Comentários: A Atenção Primária à Saúde, favorece a LONGITUDINALIDADE DO CUIDADO (relação clínica de longa duração), graças à possibilidade do atendimento rotineiro dos casos, pela facilidade maior de acesso às Unidades Básicas de Saúde, que se constituem dessa forma, em ótimos locais para estreitamento de vínculos, o que favorece a busca de ações terapêuticas conjuntas entre usuário e equipe de saúde, que superam questões biológicas, uma vez que o vínculo pressupõe relações mais próximas e claras, com sensibilização pelo sofrimento do outro. Referências Bibliográficas: • BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Portaria nº 2436 de 21 de setembro de 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22 _09_2017.html 120. (D) Comentários: A medicina baseada em evidências fornece subsídios técnicos e científicos para o auxílio à tomada de decisão clínica, que deverá estar integrada à realidade local ou individual do paciente (levando em consideração características ou limitações locais ou até mesmo situações culturais). A vivência clínica e experiência do profissional médico assistente também tem sua relevância e deve ser considerada e respeitada no âmbito da tomada de decisão. As preferências individuais ou familiares devem ser levadas em consideração, o compartilhamento de decisão é importante, o que não significa que devem sempre ser acatadas. As definições de medicina baseada em evidências nem sempre são aplicáveis às diferentes realidades, devendo ser interpretadas à luz da situação e individualidades de cada situação ou caso. As inovações científicas na área da saúde têm progredido em ritmo acelerado, o que reforça a importância do embasamento do ato médico em princípios científicos atualizados, visando a correta tomada de decisões na condução clínica. Referências Bibliográficas: • Medicina baseada em evidências: breve aporte histórico sobre marcos conceituais e objetivos práticos do cuidado. Hist. cienc. saúde - Manguinhos 28 (1) • Jan-Mar 2021. • O fluxo da informação na prática clínica dos médicos residentes: análise na perspectiva da medicina baseada em evidências. Ciência da Informação, v.38, n.3, p.177-191, 2009.2006 Feb;39(1):31-9 9. (C) Comentários: Trata-se de acidose mista, pois possui bicarbonato abaixo do nível da normalidade, com pCO2 acima do esperado, caracterizando distúrbio misto, provavelmente devido à sepse (acidose láctica) e retenção de CO2 devido à DPOC de base. Referências Bibliográficas: • KNOBEL, E.; Condutas no Paciente Grave.; Ed Atheneu, 2016. 10. (A) Comentários: Todo o epitélio simples cilíndrico da mucosa gástrica está em contato direto com o tecido conjuntivo frouxo formando as criptas e glândulas gástricas, contendo células musculares lisas e células linfoides constituindo a mucosa do estômago. Todos os órgãos do trato digestivo a camada submucosa é constituída de tecido conjuntivo moderadamente denso, sendo que este tecido conjuntivo só é encontrado no trato digestivo. A camada muscular do órgão é composta por fibras musculares lisas orientadas em três direções principais. A camada externa é longitudinal, a média é circular e a interna é oblíqua. O estômago fica abaixo do diafragma, sendo a quarta camada chamada de serosa constituída de tecido conjuntivo frouxo e epitélio simples pavimentoso e não adventícia de tecido conjuntivo frouxo apenas. Referências Bibliográficas: • JUNQUEIRA, L. U.; CARNEIRO, J. Histologia BÁSICAQ – Texto e Atlas. 13. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 11. (D) Comentários: A hipersensibilidade tipo I tem relação com a participação de anticorpos do tipo IgE e a fase de ativação com degranulação do mediador químico, histamina, pode induzir ao choque anafilático sistêmico em minutos. Referências Bibliográficas: • ROITT, Ivan Maurice; GUBERT, Ida Cristina; BROSTOFF, Jonathan; MALE, David K., Imunologia. Barueri: Manole, 2003. • ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H., Imunologia básica : funções e disturbios do sistema imunológico. Rio de Janeiro: Saunders Elsevier, 2009. • ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; ANDRADE, Arnaldo Feitosa Braga de; PILLAI, Shiv, Imunologia celular e molecular. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 3 12. (B) Comentários: A lâmina mostra a fibrose intersticial devido a proliferação de fibroblastos estimulados pela maior ação de hormônios como AGTII, endotelinas, aldosterona e por citocinas pró inflamatórias. O peptídeo natriurético responde por um efeito antifibrótico e, portanto, não estimula a fibrose intersticial apresentada. Referências Bibliográficas: • Pontes, M.R.N. & Leães, P.E. Remodelamento Ventricular: dos mecanismos moleculares e celulares ao tratamento. Revista da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul – Ano XIII n° 03 Set/Out/Nov/Dez 2004. 13. (A) Comentários: Trata-se de Insuficiência de adrenais primária, visto que a hiperpigmentação está associada aos níveis elevados de ACTH, uma vez que na deficiência de secreção de cortisol pelas adrenais, falta o feed-back regulador no eixo hipotálamo hipófise, e assim, aumenta o estímulo para liberação de ACTH, que tem receptor nos melanócitos, estimulando maior liberação de melanina, intensificando a pigmentação da pele e mucosas. Além disso, a insuficiência primária das adrenais induz a redução do efeito mineralocorticoide, levando aos achados bioquímicos de hiponatremia e hipercalemia. O córtex da adrenal na camada fasciculada é responsável pela secreção de cortisol e a camada glomerular pela secreção de aldosterona. Referências Bibliográficas: • VILLAR, Lucio. Endocrinologia clínica. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Impresso e Virtual (Minha Biblioteca). 14. (B) Comentários: O nó ou nodo sinoatrial (sinusal) é irrigado pelo ramo do nó ou nodo sinoatrial (sinusal) oriundo da artéria coronária direita. Referências Bibliográficas: • MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Moore anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. • AUMULLER, G. Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. • NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 7. ed. São Paulo: Artmed, 2015. 15. (D) Comentários: Como a descoberta precoce de casos é essencial para reduzir a transmissão e prevenir as incapacidades, é muito importante aplicar na prática médica o conhecimento sobre as manifestações e diagnósticos diferenciais da hanseníase. Por iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), o tratamento para a hanseníase é disponibilizado gratuitamente em todo o mundo e para todos os pacientes. Atentar para o diagnóstico de hanseníase em lesões cutâneas é competência fundamental para os profissionais de saúde. Referências Bibliográficas: • Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças, 9ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância e Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a Hanseníase. 1ª Edição. Brasília, 2017. 16. (C) Comentários: A placenta é um anexo embrionário derivado diretamente do trofoblasto após o desenvolvimento das vilosidades coriônicas. O sinciciotrofoblasto humano é o tecido responsável pela secreção de gonadotrofina coriônica humana, que entra na corrente sanguínea materna e age principalmente nos ovários, causando desenvolvimento do corpo lúteo. Esse hormônio, em altas concentrações também é responsável pela formação de cistos tecaluteínicos nos ovários que podem ser observados ao ultrassom. A mola hidatiforme é a doença trofoblástica gestacional mais frequente e nela ocorre proliferação exacerbada do trofoblasto, com elementos fetais ausentes ou difíceis de serem observados. Referências Bibliográficas: • Garner EI, Goldstein DP, Feltmate CM, Berkowitz RS. Gestational trophoblastic disease. Clin Obstet Gynecol. 2007;50(1):112-22. • Gemer O, Segal S, Kopmar A, Sassoon E. The current clinical presentation of complete molar pregnancy. Arch Gynecol Obstet. 2000;264(1):33-4. • Benson CB, Genest DR, Bernstein MR, Soto-Wright V, Goldstein DP, Berkowitz RS. Sonographic appearance of first trimester complete hydatidiform moles. Ultrasound Obstet Gynecol. 2000;16(2):188-91. • Genest DR, Laborde O, Berkowitz RS, Goldstein DP, Bernstein MR, Lage J. A clinicopathologic study of 153 cases of complete hydatidiform mole (1980-1990): histologic grade lacks prognostic significance. Obstet Gynecol. 1991;78(3 Pt 1):402-9. 4 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 17. (A) Comentários: Doença Encefálica Vascular (Acidente Vascular Cerebral – AVC) comprometeu a artéria cerebral média esquerda devido a transição de fibras para o lado oposto decussação (via de fibras motoras), ramo da carótida interna e que afetará o giro somatomotor (giro pré central) com foco no Homúnculo Sensório- Motor ou “Homúnculo de Penfield”. Referências Bibliográficas: • MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Moore anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. • AUMULLER, G. Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. • NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 7. ed. São Paulo: Artmed, 2015. 18. (C) Comentários: A resposta correta é Neisseria meningitidis, que são diplococos gram-negativos que podem causar desde infecção generalizada (meningococemia), manifestando petéquias na epiderme do paciente, até meningite causando febre alta, cefaleia, rigidez de nuca e outros sinais. Em infecções do SNC por bactérias o líquor tem característica turva. Haemophilus influenza pode causar infecção do SNC, preferencialmente em crianças de 4 meses a 5 anos de idade, porém, apresentam-se morfologicamente como pequenos bastonetes gram-negativos. Streptococcus pneumoniae, também pode causar, além de pneumonia e septicemia, infecções do SNC. Porém Streptococcus pneumoniae é um coco gram-positivo, assim comoStaphylococcus aureus e S. epidermidis. Referências Bibliográficas: • JAWETZ, E. et al. Microbiologia médica. 21. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. • TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, F. (Ed.). Microbiologia. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2010. • FOCACCIA, R. (Ed.). Veronesi: tratado de infectologia. 3. ed. rev. atual. São Paulo: Atheneu, 2006. 2 v. 19. (D) Comentários: A resposta correta é a Klebsiella pneumoniae, da família Enterobacteriaceae, um bastonete gram-negativo, que apresenta cápsula, lactose positivo e suas colônias são muito mucoides devido a presença da cápsula. Streptococcus pneumoniae, também pode causar pneumonia em etílicos, bem como em indivíduos hospitalizados e imunocompetentes, sendo nestes a causa mais importante no desenvolvimento de pneumonia adquirida na comunidade. Porém Streptococcus pneumoniae é um coco gram-positivo. Nocardia abscessos, também pode causar pneumonia em indivíduos imunocomprometidos, porém, é uma bactéria gram-positivo filamentosa, parcialmente álcool-ácido resistente. Clostridium difficile, é um bastonete gram-positivo que habita o intestino de alguns indivíduos e quando em desequilíbrio causa desde uma colite branda até uma colite pseudomembranosa. Referências Bibliográficas: • JAWETZ, E. et al. Microbiologia médica. 21. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. • TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, F. (Ed.). Microbiologia. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2010. • FOCACCIA, R. (Ed.). Veronesi: tratado de infectologia. 3. ed. rev. atual. São Paulo: Atheneu, 2006. 2 v. 20. (C) Comentários: P. Vivax e P. Ovale dão origem após invadir os hepatócitos, as formas dormentes denominadas hipnozoítos, responsáveis pelas recaídas tardias da malária, que ocorrem após períodos variáveis de incubação, em geral de 45 a 90 dias. O medicamento cloroquina visa a interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e pelas manifestações clínicas. Porém, é necessário proporcionar a erradicação de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P. Vivax e P. Ovale. Por isso o ideal é associar primaquina ou tafenoquina. Referências Bibliográficas: • Neves, D, P. Parasitologia Humana. 13ª Edição. São Paulo, 2016. • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Guia de Tratamento da Malária no Brasil, 2019. Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 5 21. (A) Comentários: Temos uma paciente de mais de 70 anos, hipertensa e diabética (atenção aos fatores de risco de doenças cardiovasculares!), com um déficit focal agudo (desvio de rima labial para direita e hemiparesia à esquerda). O evento aconteceu há 2 horas, então ainda estamos dentro de uma janela terapêutica razoável. Ela está discretamente hipertensa, com demais sinais vitais normais Seria interessante ter o registro da glicemia capilar neste momento (disglicemias são capazes de provocar um “stroke mimic”, já que pode originar déficits focais). Neste momento uma tomografia de crânio se faz necessária para diferenciar um evento isquêmico de um hemorrágico. A banca nos fornece um corte tomográfico sem nenhuma alteração (um AVC hemorrágico apareceria como uma hiperdensidade – o sangue brilha! – já um AVC isquêmico antigo apareceria como uma área de hipodensidade parenquimatosa). Na maioria das vezes essa primeira tomografia tem como objetivo justamente excluir um AVC hemorrágico. Sabemos que em alguns momentos (especialmente com o passar do tempo) já é possível identificar alterações/assimetrias sugestivas de um AVC isquêmico (como alteração no ASPECTS ou o sinal da artéria cerebral média hiperdensa, como demonstrado abaixo). Dessa maneira descartamos as alternativas que incluem AVE hemorrágico. Nessa situação — déficit focal agudo, visto bem pela última vez há 2 horas — estamos diante de uma paciente com indicação de trombólise (está dentro da janela de 4h30). A trombólise endovenosa está indicada para os pacientes que preenchem TODOS os seguintes critérios: • ≥18 anos; • Déficit neurológico focal súbito; • Ictus ≤ 4h30min; • Glicemia “normal” (entre 60 e 400) – excluir stroke mimic antes. • Ausência de sangramento na TC; • Ausência de contraindicações. (A) Correta. Se não houver contraindicações, está indicada a trombólise com alteplase – seria o tratamento indicado frente a um paciente com diagnóstico de AVC isquêmico com déficit focal presenciado há menos de 4h30min. E quais seriam essas contraindicações? Para começar, vamos elencar todas as contraindicações absolutas, ou seja, aquelas que, quando presentes, você não pode trombolisar de jeito nenhum: •DOI: 10.1056/NEJMoa1515510 • BRASIL. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com acidente vascular cerebral. 1ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 72 p. • BRASIL. Linha de Cuidados em Acidente Vascular Cerebral (AVC) na rede de Atenção às Urgências e Emergências. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: • BRASIL. Manual de rotinas para atenção ao AVC. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 54 p. ISBN: 978-85-334-1998-8. Disponível em: bócio, com vascularização aumentada e com ausência de nódulos. O tratamento inicial é feito com drogas antitireoidianos como Tapazol e Propiltiouracil e não Levotiroxina. Espera-se diminuição do Tsh e aumento de T4 livre no hipertireoidismo. Referências Bibliográficas: • http://projetodiretrizes.org.br/5_volume/25-Hipertireoidismo.pdf 30. (A) Comentários: Há princípios fundamentais no Código de Ética Médica, artigos publicados e referenciais bioéticos que orientam essa decisão. Esse debate relacionado à priorização de atendimentos em escassez de recursos tomou vulto no início da pandemia da Covid-19. Beneficência a pacientes acidentados deve levar em conta suas possibilidades de recuperação em relação às lesões que apresentam. Não se pode discriminar quaisquer pacientes em função de suas faixas etárias em situações de urgência e emergência. Os protocolos internacionais de avaliação de risco para pacientes em áreas de urgências e emergências fizeram cair por terra o quesito “ordem de chegada” – first come first aid (primeiro a chegar primeiros socorros). Considerar, com profundidade, o princípio da “Justiça” na distribuição de recursos em casos como este. Referências Bibliográficas: • CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM - Brasil). Código de ética médica. Resolução CFM n° 2.217, de 27 de setembro de 2018, modificada pelas Resoluções CFM nº 2.222/2018 e 2.226/2019. • Iniciação à bioética / Sergio Ibiapina Ferreira Costa, Gabriel Oselka, Volnei Garrafa, coordenadores. – Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1998 31. (B) Comentários: Pacientes idosos que desenvolvem anemia ferropriva, na maioria das vezes apresentam perda sanguínea crônica pelo trato gastrointestinal. A causa mais comum é a hemorroida seguida pela doença péptica ulcerosa e câncer de cólon. Como câncer de cólon direito não costuma alterar o hábito intestinal, todo paciente acima de 50 anos com diagnóstico de anemia ferropriva deve ser submetido a colonoscopia e caso normal, realizar endoscopia digestiva alta. Referências Bibliográficas: • Hoffbrand, A.V; MOSS, P. A. H. Fundamentos em hematologia. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2013 8 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 32. (D) Comentários: Resposta correta: o quadro clínico de instalação aguda em indivíduo jovem, sem comorbidades, sem sinais clínicos de gravidade. A imagem mostra lesão de lobo médio, com borramento da silhueta cardíaca e desenho nítido da cissura interlobar horizontal à direita (imagem A), poupando o espaço retrocardíaco no perfil (imagem B), caracterizando uma lesão de lobo médio. O diagnóstico é de Pneumonia Adquirida na Comunidade, sem sinais de gravidade e o tratamento deve ser ambulatorial, com a utilização de betalactâmico. Demais alternativas: o quadro clínico de tuberculose prevê a presença de tosse e demais sintomas respiratórios e sistêmicos mais prolongados (caracteristicamente há mais de 3 semanas) e acompanhados de perda ponderal, febre vespertina, sudorese noturna, que não foram relatados. A imagem radiológica da lesão de lobo inferior mostra o apagamento da curvatura do diafragma ipsilateral e consolidação retrocardíaca, não presentes no caso. A fluoroquinolona respiratória deve ter a sua indicação restrita a pacientes com pneumonia com comorbidades ou maior gravidade (neste caso em associação com um betalactâmico). Referências Bibliográficas: • Prática Pneumológica - 2ª Ed. 2016. Autor: Aide, Miguel Abidon, Maciel, Renato. Editora Guanabara Koogan. • Recomendações para o manejo da pneumonia adquirida na comunidade 2018. J Bras Pneumol. 2018;44(5):405-424. 33. (C) Comentários: A hipertensão arterial é uma afecção que corresponde a mais da metade dos atendimentos em unidades básicas de saúde e por isso a aferição da mesma é condição mínima em uma consulta. Sua técnica é fundamental para a boa prática médica. Referências Bibliográficas: • Série Cadernos de Atenção Básica nº 15 – Série A. Normas e Manuais Técnicos Tiragem: 1.a edição – 2006 34. (B) Comentários: Trata-se de um quadro de IC que tem no Ecocardiograma o principal exame de imagem. A terapêutica inicial deve procurar o alívio dos sintomas de congestão (Furosemida) e diminuir a frequência cardíaca (Carvedilol). Referências Bibliográficas: • Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Aguda e Crônica – Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2019 Jan;112(1):116. doi: 10.5935/abc.20190004. 35. (C) Comentários: Trata-se de um caso de Estenose Mitral de etiologia reumática, cujos sintomas clássicos são a dispneia, taquicardia e hemoptise. O tratamento inicial deve objetivar o alívio dos sinais de congestão e Carvedilol para diminuir a frequência cardíaca e aumentar o tempo diastólico com melhora dos parâmetros clínicos. Referências Bibliográficas: • Atualização das Diretrizes Brasileiras de Valvopatias – 2020 – Sociedade Brasileira de Cardiologia - Arq. Bras. Cardiol. 115 (4), Out 2020. 36. (D) Comentários: O único medicamento dual para a recaptação de serotonina e norepinefrina é a duloxetina. As demais alternativas estão incorretas pois o paracetamol é analgésico, o nimesulide é anti- iflamatório não hormonal e o corticosteroide é anti-iflamatório hormonal, os quais não tem ação na etiologia da doença. Referências Bibliográficas: • Calandre, E. P., Rico-Villademoros, F., & Slim, M. (2015). An update on pharmacotherapy for the treatment of fibromyalgia. Expert opinion on pharmacotherapy, 16(9), 1347-1368. 37. (A) Comentários: Trata-se de paciente com diagnóstico de dengue com 5 dias de evolução, hemodinamicamente estável e que apresenta dor abdominal contínua e de forte intensidade, que surgiu após a defervescência da febre. A apresentação dessa evolução clínica caracteriza a dengue C (dengue com pelo menos um sinal de alarme – nesse caso, a dor abdominal). O manejo clínico envolve reposição volêmica endovenosa imediata, mesmo sem a realização de exames complementares, com 10 ml/kg de soro fisiológico na primeira hora. O paciente com dengue C deve permanecer em leito de internação até estabilização, no mínimo por 48 horas. Referências Bibliográficas: • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. 5. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 38. (C) Comentários: Trata-se de um quadro clínico e imagem típicos de um hematoma subdural crônico, devido à localização anatômica evidente, além de área hipodensa na tomografia, descartando assim, as outras hipóteses diagnósticas como a contusão cerebral, o hematoma epidural e a hemorragia subaracnoidea que apresentam área hiperdensa na TC. Referências Bibliográficas: • SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 19.ed. Saunders. Elsevier. Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 9 39. (B) Comentários: Esta questão refere-se à interpretação de uma sorologia de hepatite B, em pessoas que foram vacinadas. Diferenciar pessoa curada e vacinada, através da presença de anti-HBC AG nos pacientes que tiveram contato com o vírus. Perfil de paciente vacinada não contém anti-HBcAg, o anticorpo contra o core do núcleo, que quando presente significa contato com o vírus. Portanto ela recebe a vacina, que é o HBsAg e faz um anti- HBsAg. Desta forma seu perfil sorológico será: HBsAg (-) anti- HBcAg (-) anti-HBsAg(+). Alternativa correta A hepatite B crônica, em fase de imunotolerância, ocorre principalmente quando a infecção é adquirida por transmissão vertical. Pode se prolongar por muitos anos, e é o padrão de transmissão da China. Apresenta HBsAg (+) anti-HBcAg (+) HBeAg (+) anti-HBeAg(-) e anti-HBsAg (-). Este perfil mostra a presença do HBeAg (+), que significa alta replicação viral, porém neste período de imunotolerância, as transaminases estão normais. A Hepatite B crônica em fase imunorreativa, tem o mesmo perfil da questão anterior, porém perdendo a característica de imunotolerância, seus antígenos passam a ser visíveis pelo sistema imunológico e aparece lesão hepática, com elevação das transaminases e evolução para fibrose. Em algumas pessoas após esta fase imunorreativa, elas perdem o HBeAg e fazem o anti-HBeAg, que pode significar um período de acalmia inflamatória ou se houver a mutação pré-core, manter a agressão hepática com evolução para fibrose. Paciente com Hepatite B curada, apresentará a perda do antígeno de superfície (HBsAg), manterá o marcador de contato com o vírus (anti-HBcAg) e apresentará o anticorpo que significa evolução para cura (anti-HBsAg). Referências Bibliográficas: • Infectologia. Bases clínicas e tratamento Reinaldo Salomão, edição 2017 40. (D) Comentários: Questão que nos pergunta, basicamente, onde está a doença de nosso paciente: no trato gastrointestinal, parênquima pulmonar, coração ou vasculatura pulmonar. Vamos interpretar o caso de nosso paciente: tosse crônica (há mais de 8 semanas), que piora AO DECÚBITO. Já que nosso paciente não apresenta nenhum dos sinais de alarme da tosse, que tal checarmos nosso fluxograma, adaptado do CHEST, 2017, e checarmos quais são as prováveis causas de tosse de nosso paciente? Veja que nosso paciente não faz uso de sitagliptina, iECA e não tem histótico de tabagismo. O esperado da radiografia de tórax na asma, na bronquite eosinofilica e na síndrome da tosse de das vias aéreas superiores é a normalidade. Entretanto, uma parcela dos pacientes portadores de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) podem apresentar a doença secundária a uma HÉRNIA DE HIATO, estrutura apresentada na radiografia de tórax da questão. • Seta amarela: parede gástrica • Seta verde: nível hidroaéreo Portanto, devemos procurar nas alternativas um exame compatível com a propedêutica para hérnia de hiato. (D) Correta Endoscopia Digestiva Alta (EDA) seria o exame de eleição no caso supracitado. A broncoscopia com lavado seria o exame de eleição caso a doença estivesse no parênquima pulmonar, que não é o caso. Não temos argumentos que nos legitimem a considerar um problema cardiovascular em nosso paciente. Doenças da vasculatura pulmonar não são uma suspeita em nosso caso. Referências Bibliográficas: • Michaudet C, Malaty J. Chronic Cough: Evaluation and Management. Am Fam Physician. 2017 Nov 1;96(9):575-580. PMID: 29094873. 10 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 41. (A) Comentários: Trata-se de Síndrome inflamatória multissistêmica Kawasaki - like, justificada pela síndrome gripal (sintomas em outros membros da família) febre prolongada, rash cutâneo com exacerbação em região perineal e adenopatia unilateral cervical, além da língua em morango e a complicação é a arterite de coronárias. Embora haja antecedentes de IVAS, não se confirma pelo quadro clínico descrito a ocorrência de estreptococcia e respectiva complicação não supurativa, doença reumática, pois não temos os Critérios de Jones definidos. Não se trata de escarlatina (outra complicação não supurativa de estreptococcia) pois não cursa com conjuntivite seca. O rash, apesar de parecido, não se intensifica em períneo e pode haver o sinal de Pastia e Filatov, não descritos neste caso. Não há qualquer menção ao uso de salicilatos durante a IVAS. Referências Bibliográficas: • https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22196c- DocCient_-_Doenca_de_Kawasaki.pdf • http://www.sopape.com.br/data/conteudo/arquivos/21170cGP A__Atualzacao_sobre_Sarampo.pdf • Tratado de Pediatria - 4. Ed. a. Seção 14 - Infectologia, capítulo 15. Viroses Exantemáticas, p 965. b. Seção 22 - Reumatologia, capítulo 10. Doença de Kawasaki, p.1825. 42. (D) Comentários: Criança apresenta marcos esperados para a idade, exceto a fala. Quanto à linguagem, apresenta contato visual e aponta o que quer. O restante dos marcos está dentro do esperado para a idade. Seguindo a orientação do Ministério da Saúde do Brasil (vide marcos e orientações da caderneta da criança abaixo), essa mãe deve ser orientada a estimular a criança e retornar em 30 dias para reavaliação. Referências Bibliográficas: • Caderneta de Saúde da Criança, Ministério da Saúde, 2020 • Campanha da Caderneta da Criança - Avaliação do desenvolvimento 18-24 meses, Sociedade Brasileira de Pediatria. https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22594b-DC_- _Camp_Caderneta_da_Crc___Aval._Desenv._18a24m.pdf Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 11 43. (A) Comentários: Uma vez que a criança irá para área endêmica de febre amarela, ela deve receber a vacina de febre amarela, que não deve ser ministrada juntamente com a tríplice viral (deve haver intervalo de um mês entre elas, por interferência na imunidade). Como as vacinas de 12 meses devem ser dadas, faz-se então a meningo C e pneumo 10V (esperadas para esta faixa etária) e dá-se preferência para a vacina de FA (pela viagem), que deveria ter sido dada aos 9 meses. Referências Bibliográficas: • Norma Técnica do Programa de Imunização, Secretaria do Estado de Saúde p Estado de São Paulo, 2021 https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de- vigilancia-epidemiologica/areas-de- vigilancia/imunizacao/2021/norma_de_imunizacao_2021_2.pd f 44. (C) Comentários: Caso uma das medidas seja a saturação de O2 menor que 95% ou a diferença entre a oximetria do membro superior direito da de algum dos membros inferiores maior do que 3%, deve ser feita nova aferição dentro de 1 hora, para verificar se a alteração foi um dado momentâneo ou se é confirmatório em mais uma aferição. Após uma hora, realiza-se o procedimento novamente, e se, na segunda aferição, a saturação for menor que 95%, em um dos membros, há necessidade da investigação diagnóstica cardiológica com ecocardiograma. Referências Bibliográficas: • Diagnóstico precoce de cardiopatia congênita crítica: oximetria de pulso como ferramenta de triagem neonatal. Departamentos de Cardiologia e Neonatologia da SBP. Disponível em: http://www.sbp.com.br/pdfs/diagnostico- precoceoximetria.pdf. Acesso: 11/12/2013. Mahle WT, Newbuerger JW, Matherne GP, Smith FC, Hoke TR, Koppel R, et al. Role of pulse oximetry in examining newborns for congenital heart disease. A scientific statement from the American Heart Association and American Academy os Pediatrics. Circulation 2009:120;447-58 45. (D) Comentários: Trata-se de quadro clínico compatível com insuficiência cardíaca congestiva em recém-nascido sindrômico com características dismórficas sugestivas de Síndrome de Down e que, provavelmente, apresenta uma cardiopatia congênita estrutural com defeito do septo atrioventricular, descompensando nesse momento com a queda do padrão fetal, sendo necessário um ecocardiograma para elucidação diagnóstica. Referências Bibliográficas: • Das BB. Current State of Pediatric Heart Failure. Children (Basel). 2018;5(7):88 46. (B) Comentários: O hipotireoidismo por tireoidite autoimune (Hashimoto) é a causa mais frequente de hipotireoidismo adquirido diagnosticado na adolescência. Por se tratar de uma doença autoimune, pode apresentar outros casos na família e pode estar associado a outras doenças autoimunes, como alopecia areata, vitiligo,diabetes melitus tipo I. O exame da tireoide mostra geralmente um tireóide aumentada de volume, com aumento da consistência devido ao infiltrado linfocitário característico dessa doença. A hipoplasia da tireóide poderia se apresentar mais precocemente e com volume reduzido da glândula. Defeitos de síntese geralmente levam a bócios maiores, como vistos na deficiência de iodo ou de enzimas como a tireoperoxidase, sem aumento da consistência. A tireoidite subaguda teria uma história de febre, dor à palpação e gânglios cervicais aumentados. Referências Bibliográficas: • Tratado de Pediatria 4ª edição, vol 1 pag 677. Endocrinologia na Prática Pediátrica 3ª edição, pag 285 47. (C) Comentários: Na adolescência, o aparecimento de doenças tiroidianas é comum, principalmente aquelas causadas por doenças autoimunes. A presença de excesso de hormônio tireoidiano leva à sinais de hipertireoidismo, sendo que a doença de graves é a mais frequente, apresentando em mais de 90% dos casos a positividade para o anticorpo contra o receptor de TSH, mas pode apresentar também os Ac antitireoperoxidase e antitireoglobulina positivos. À palpação da tireoide mostra um bócio pequeno, com aumento da consistência. A exoftalmia não é obrigatória, estando presente em 50% dos casos. Na doença de Plummer encontramos uma tireoide normal, com um nódulo único com função autônoma, não tem anticorpos positivos. A Tireoidite de Hashimoto pode se apresentar como uma tireotoxicose (“Hashitoxicose”), mas o ac contra receptor de TSH estaria ausente. O Carcinoma papilífero da tireoide não está relacionado a aumento da secreção de hormônios tireoidianos. Referências Bibliográficas: • Tratado de Pediatria 4ª edição, vol 1 pag 678. Endocrinologia na Prática Pediátrica 3ª edição, pag 290 12 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 48. (A) Comentários: Trata-se de uma paciente com vômitos e diarreia gravíssimos, ela não aceita líquidos e alimentos há um dia e continuou com perdas importantes, seu exame físico apresenta taquicardia, rebaixamento de consciência, crise convulsiva, pulsos finos e perfusão periférica de 5 segundos. O tratamento inicial para choque hipovolêmico é expansão 20 ml/Kg, endovenosa, aberta. Provavelmente, essa criança está com acidose metabólica grave, por perder bicarbonato nas fezes e em seu exame físico ela está taquipneica sem ter história de quadro respiratório. Além da acidose provavelmente está com hipocalemia por perda significativa nas fezes, o que a faz sentir fraqueza em membros. Referências Bibliográficas: • SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. In: Guia Prático de Atualizações. Departamento Científico de Gastroenterologia. n. 1, março de 2017. • NOGUEIRA P.C.K.; MATSUMOTO T.; STUGINSKI L.A. Acidose e Alcalose Metabólicas. In: CARVALHO W. B.; HIRSGHHEIMER M.R.; MATSUMOTO T. Terapia Intensiva Pediátrica. 3a Edição. São Paulo: Editora Atheneu, 2006. Volume 1, 765-775. • CARLOTTI A.P.C.P. Abordagem Clínica dos Distúbios do Equilibrio Ácido-base. Revista.fmrp.usp. Ribeirão Preto, v. 45, pg 244-262, jun 2012. • FURONI R.M., Neto S.M.P., GIORGI R.B., GUERRA E.M.M. Distúrbios do Equilíbrio Ácido-Básico. Rev.Fac.Ciênc.Méd.Sorocaba. Sorocaba, v.12, n.1, p. 5-12, fev 2010. • ÉVORA P.R.B., GARCIA L.V. Equilíbrio Ácido-Base. Revista.fmrp.usp. Ribeirão Preto, v. 41, n.3, p. 301-311, 2008. 49. (B) Comentários: O paciente em questão deve iniciar a suplementação de ferro com 1mg/kg/dia visto que o mesmo foi um RN AT AIG, com 6 meses de vida, pois se encontra em aleitamento materno exclusivo. Referências Bibliográficas: • https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/23172c- Diretrizes-Consenso_sobre_Anemia_Ferropriva.pdf 50. (D) Comentários: A questão sugere um quadro de sepse precoce com comprometimento do SNC, os agentes etiológicos mais frequentes neste caso são os germes que colonizam a flora gênito-urinária materna, especialmente Streptococcus do grupo B e E. coli. Outros agentes podem estar associados a quadros de sepse com comprometimento do SNC, porém no caso de sepse tardia com manifestações clínica e laboratorial após 48 horas de vida, entre eles gram negativos (Klebisiella, Pseudomonas, entre outros) e gram positivos (S. aureus, entre outros) e até sepse fúngica. Referências Bibliográficas: 51. (B) Comentários: O sopro fisiológico está presente na ausculta cardíaca em até 85% das crianças na faixa etária do paciente descrito; é de baixa intensidade, não há presença de ruídos acessórios ou alterações de bulhas. Fica mais audível em estado circulatório hipercinético (febre / anemia). Referências Bibliográficas: • BURNS, D. A. R. Tratado de Pediatria. 4.ed, Barueri: 2017 52. (C) Comentários: As manifestações clínicas da leucemia aguda são secundárias à proliferação excessiva de células imaturas (blásticas) da medula óssea, que infiltram os tecidos do organismo, tais como: amígdalas, linfonodos, pele, baço, rins, sistema nervoso central (SNC) e outros. Na presença de um ou mais dos sinais e dos sintomas como: febre, dor óssea, dor articular, dor generalizada, hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia) faz-se necessária a investigação por hemograma. Quando observadas alterações em duas ou mais séries do hemograma (no caso acima: anemia, leucopenia, neutropenia, plaquetopenia e presença de células imaturas) o paciente deve ser avaliado em caráter de urgência pelo hematologista devido à grande probabilidade de Leucemia Aguda, para ser submetido a exames diagnósticos, como o mielograma, e outros exames complementares. A Mononucleose é uma doença viral, causada pelo Epstein Barr vírus, podendo ocorrer cefaleia, mialgia (principalmente paravertebral superior e cervical) e dor de garganta (15% a 20% dos casos não tem dor de garganta). A febre é o sinal predominante na doença e ocorre em cerca de 87,3% dos casos, normalmente no hemograma encontramos leucocitose com presença de linfócitos atípicos, no caso acima o paciente apresenta pancitopenia com presença de células imaturas. A PTI comumente ocorre após alguma infecção viral, uso de medicações ou de causa idiopática; porém, o seu diagnóstico é de exclusão e a única alteração que deve ser encontrada no hemograma é a plaquetopenia. Referências Bibliográficas: • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temáticas. Protocolo de diagnóstico precoce do câncer pediátrico [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada e Temáticas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 29 p.: il. Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 13 53. (B) Comentários: Na atenção à vítima de abuso sexual orienta-se evitar que a criança tenha que repetir sua narrativa várias vezes a outros profissionais, para que não amplie seu sofrimento (revitimização). A realização de exames complementares deve ser feita com base na história e suspeita clínica, independentemente de haver lesões genitais ao exame físico. Todo o histórico deve ser registrado em prontuário, bem como exame físico e complementares, independentemente da confirmação de autoria do abuso. O exame físico deve ser minucioso, incluindo todo o corpo: cabeça, pescoço, tronco, membros, pele; em busca de sinais de violência. Referências Bibliográficas: • BRASIL. Secretaria de Estado de Saúde do Pará / SESPA. UNICEF. Protocolo de Atenção Integral a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência. Uma abordagem interdisciplinar na saúde. 2010. Disponível em: https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/unicef/protocolo_ atencao_criancas_vitimas_violencia.pdf [acesso Agosto/2022] • BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Justiça. Secretaria de Políticas para as Mulheres. NormaTécnica. Atenção Humanizada às Pessoas em Situação de Violência Sexual com Registro de Informações e Coleta de Vestígios. Brasília. DF. 2015. 1ª Ed. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_humaniz ada_pessoas_violencia_sexual_norma_tecnica.pdf [acesso Agosto/2022] • BRASIL. SUS. Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Hospital de Clínicas. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares EBSERH. Protocolo Assistência Às Mulheres e Meninas Vítimas de Violência Sexual. Set 2021. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais- universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/protocolos- assistenciais/AssistnciasMulhereseMeninasviolnciasexualfinal. ..pdf [acesso Agosto/2022] 54. (A) Comentários: A queixa de dificuldade escolar é condição frequente na faixa etária descrita e podem estar associadas a diferentes causas; dentre elas, as mais comuns são as dificuldades auditas (Otite Média com Efusão, ou os casos frequentes de otites médias agudas). Além destas, a hipertrofia de adenoide pode estar associada a dificuldade escolar devido a modificações do padrão de sono e comportamental, cronicamente mantidos. A dificuldade diagnóstica para os casos associados aos Transtornos de Déficit de Atenção com hiperatividade (T.D.H.A.), justificam a proposta de investigação clínica detalhada logo no início dos sintomas associados a dificuldades escolares, ou mesmo no meio familiar. Referências Bibliográficas: • Halper R & Sukiennik R - Dificuldades de aprendizado e linguagem. Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria- 4a Ed. Barueri, SP:Manole, 2017. pág.: 289-294. • Ramos BD, Costa-Ferreira MID, Guedes MC, Alvarez AM - Processamento auditivo e transtornos de aprendizagem. Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria- 4a Ed. Barueri, SP:Manole, 2017. pág.: 1639-1649. • Sih T – Otite Média com efusão - Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria- 4a Ed. Barueri, SP:Manole, 2017. pág: 1662-1666. 55. (C) Comentários: Caso descreve um quadro de crise febril, forma mais comum de crise epiléptica na infância. São crises epilépticas que ocorrem dos 3 meses aos 5 anos em vigência de febre na ausência de infecção do SNC, desordem neurológica e distúrbio metabólico. As crises febris são classificadas como simples e complexas. As crises simples representam a maioria dos casos e são tônico- clônica generalizadas, com duração menor que 15 minutos, não recorrem no mesmo quadro febril e não evoluem com pós comicial prolongado com sinais focais, conforme apresentado no caso. As demais crises são conhecidas como complexas ou plus. Crises febris simples são eventos benignos, geralmente autolimitados, sem prejuízo neurológico nem risco relevante de óbito, porém 30 a 40% das crianças apresentam recorrência das crises em novos eventos febris. O padrão de herança genética é variável, presente em aproximadamente 40% dos casos, principalmente nos quadros de crise febril simples. O diagnóstico das crises febris é clínico e voltado a detecção do foco infeccioso de base. A AAP e a SBP recomendam a realização de punção lombar em todas as crianças abaixo de 12 ou 18 meses, independente de foco infeccioso isolado com a finalidade de descartar quadro de meningite, uma vez que os sinais meníngeos nesta faixa etária podem estar ausentes e a clínica de meningite é inespecífica; Referências Bibliográficas: • Subcommittee on Febrile Seizures; American Academy of Pediatrics. Neurodiagnostic evaluation of the child with a simple febrile seizure. Pediatrics. 2011;127(2):389-94. • Machado MR, Carmo AL, Antoniuk SA. Crise febril na infância: uma revisão dos principais conceitos. Residência Pediátrica 2018;8(supl 1):11-16. • Leung AKC, Hon KL, Leung TNH. Febrile seizures: an overview. Drugs in Context 2018; Jul 16;7: 212536 56. (D) Comentários: A pneumonia afebril do recém-nascido e lactente jovem tem como agente etiológico, por contato em canal de parto, a Chlamydia trachomatis, que pode apresentar antecedendo o quadro, conjuntivite. Os demais agentes etiológicos não correspondem à clínica e faixa etária em questão. Referências Bibliográficas: • Souza ELS, Ribeiro JD, Ferreira S, March MFBP. Pneumonias Comunitárias. Em Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria / [organizadores Dennis Alexander Rabelo Burns [et al]] - 4.Ed.- Barueri, SP: Manole, 2017. Pg. 1735-1739. 14 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 57. (B) Comentários: A UAC é a complicação mais frenquentes em crianças acometidas com aij tipo oligoarticular com aan +. a uaa é mais comum em pacientes com aijj tipo era, sindrome de ativação macrofágica é uma complicação rara da aij sistêmica. A MISC é uma complicação de algumas doenças como Lupus, AIJ sistêmica, LLA, Covid-19. Referências Bibliográficas: • Sen ES, Ramanan AV. Juvenile idiopathic arthritis-associated uveitis. Clin Immunol. 2020 Feb; 211:108322. doi: 10.1016/j.clim.2019.108322. Epub 2019 Dec 9. PMID: 31830532. 58. (A) Comentários: Na icterícia colestática ocorre hiperbilirrubinemia direta podendo haver discreto aumento da BI devido ao hepatócito reduzir a sua captação, pois a BD é citotóxica para o hepatócito. Espera-se aumento de transaminases devido ao processo inflamatório causado pela citotoxicidade da bilirrubina, aumento de gama gt e fosfatase alcalina devido ao quadro obstrutivo. O exame diagnóstico padrão ouro de atresias de vias biliares é a biópsia hepática que pode detectar hipoplasia de vias biliares intra- hepáticas e/ou extra-hepáticas. Referências Bibliográficas: • Cloherty, 2015. Manual de Neonatologia, sétima edição. https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec_42_Col estase.pdf.2009. 59. (C) Comentários: A icterícia neonatal é às custas de aumento de bilirrubinemia indireta, tardiamente. Não há isoimunização RH (coombs negativos) nem BO, pois o cooms e o eluato são negativos. Portanto, é uma icterícia fisiológica ou própria do RN. Referências Bibliográficas: • Cloherty, 2015. Manual de Neonatologia, Sétima edição. 60. (D) Comentários: O lactente apresenta quadro clínico sugestivo de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) pois apresenta episódios recorrentes de regurgitação associado à algumas repercussões como baixas ganho de peso (queda na curva de peso/idade), otites e sibilâncias recorrentes. Além disso, é um prematuro (fator de risco para DRGE). O fato de não ter apresentado controle com medidas posturais e dietéticas, associado às repercussões clínicas das regurgitações, descartam a hipótese de Refluxo Fisiológico do Lactente. A fibrose cística não é a principal hipótese pois a criança tem um teste do pezinho normal (doença coberta pela triagem neonatal). A atresia de esôfago costuma ser acompanhada de engasgos, disfagia e pneumonias de repetição. A estenose hipertrófica do piloro é uma doença que se manifesta nas primeiras semanas de vida, com vômitos em jato, massa epigástrica palpável (oliva pilórica) e espessamento pilórico observado em ultrassonografia (que estava normal no caso acima). Referências Bibliográficas: • Sociedade Brasileira de Pediatria. Refluxo e Doença do Refluxo Gastroesofágico em Pediatria. Guia Prático de Orientação. Out, 2021. 61. (A) Comentários: Esta questão aborda a utilização correta dos fios e para cada tecido ou camada deve-se escolher o fio apropriado. Nos vasos menores do subcutâneo para as ligaduras mais superficiais utiliza-se o fio de algodão. Para a aponeurose que é um tecido mais resistente damos preferência ao fio de maior resistência que suporte tração por tempo mais prolongado e o PDS neste contexto se enquadra bem. Para a pele, a fim de evitar cicatriz exagerada o monocryl está bem indicado. Referências Bibliográficas: • SABISTON:tratado de cirurgia, v.2: a base biológica da prática cirúrgica moderna: inclui acesso on-line em inglês. 18. ed. Rio de Janeiro: Saunders, 2010. 2 v • SCHWARTZ, Seymour I; SHIRES, G. Tom; SPENCER, Frank C. Princípios de cirurgia, v.2. 6. ed. Rio de Janeiro: McGraw- Hill, 1996. • AGUILAR-NASCIMENTO, Jose Eduardo De. Acerto: acelerando a recuperação total pôs - operatória. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio 2012. 245 p Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 15 62. (D) Comentários: Paciente apresenta uma hérnia com sinais de complicação. A dor e vermelhidão e tais sinais flogísticos podem indicar sofrimento de alça. Neste sentido, o melhor a se fazer seria indicar cirurgia de urgência, correção da hérnia inguinal e avaliar se há ou não sofrimento de alça. Em caso de necrose de alça está indicada a realização de enterectomia segmentar. Nesta situação a melhor opção recai sobre técnica de Lichtenstein. Referências Bibliográficas: • SABISTON: tratado de cirurgia, v.2: a base biológica da pratica cirurgica moderna: inclui acesso on-line em inglês. 18. ed. Rio de Janeiro: Saunders, 2010. 2 v • SCHWARTZ, Seymour I; SHIRES, G. Tom; SPENCER, Frank C. Princípios de cirurgia, v.2. 6. ed. Rio de Janeiro: McGraw- Hill, 1996. • AGUILAR-NASCIMENTO, Jose Eduardo De. Acerto: acelerando a recuperação total pôs - operatória. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio 2012. 245 p • PETROIANU, Andy. Anatomia cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 785 p • POHL, Frederico Filgueiras; PETROIANU, Andy. Tubos, sondas e drenos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000, 2009. 547 p • PETROIANU, Andy. Urgências clinicas e cirúrgicas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 1360 p • SPERANZINI, Manlio Basílio; OLIVEIRA, Mario Ramos De. Manual do residente de cirurgia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988. 627 p • GOFFI, Fabio Schmidt. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia. 4. ed. São Paulo: ATHENEU, 1996, 2004, 2007. 822 p • WAY, Lawrence W et al. Cirurgia: diagnóstico e tratamento. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2004. xx, 1216p. ISBN 8527709082. 63. (B) Comentários: Explicação: paciente com fatores de risco importante para colelitiase (idade; obesidade; sexo feminino), com quadro clínico sugestivo de cólica biliar, piorado com provável processo infeccioso, associado a febre aferida ao exame físico e sinal de Murphy positivo. Achados estes que sugerem o diagnóstico de colecistite aguda. Frente a uma paciente com esta suspeita, deve- se colher exames laboratoriais em geral, esperando algumas alterações como leucocitose, com desvio à esquerda, elevação de provas de resposta inflamatória como PCR e VHS, leve alteração de enzimas hepáticas. Para confirmação diagnóstica, o US abdominal geralmente é o método de escolha, por ser fácil, rápido e geralmente disponível para o diagnóstico. A conduta frente a uma colecistite aguda é cirúrgica – colecistectomia por videolaparoscopia. Referências Bibliográficas: • Coelho, Júlio Cezar Uili aparelho digestivo: clínica e cirurgia/júlio coelho. 4a edição - São Paulo: editora Atheneu, 2012. Vários colaboradores bibliografia isbn 978-85-388-0296- 9 64. (D) Comentários: Nesta questão pede se que aluno saiba que as neoplasias do terço distal do esôfago estão associadas ao adenocarcinoma, e cujos fatores de risco são a metaplasia intestinal, esôfago de Barret, obesidade e hérnia hiato grande. Referências Bibliográficas: • SABISTON: tratado de cirurgia, v.2: a base biológica da pratica cirúrgica moderna: inclui acesso on-line em inglês. 18. ed. Rio de Janeiro: Saunders, 2010. 2 v • SCHWARTZ, Seymour I; SHIRES, G. Tom; SPENCER, Frank C. Princípios de cirurgia, v.2. 6. ed. Rio de Janeiro: McGraw- Hill, 1996. • AGUILAR-NASCIMENTO, Jose Eduardo De. Acerto: acelerando a recuperação total pós-operatória. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio 2012. 245 p • PETROIANU, Andy. Anatomia cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 785 p • POHL, Frederico Filgueiras; PETROIANU, Andy. Tubos, sondas e drenos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000, 2009. 547 p • PETROIANU, Andy. Urgências clinicas e cirúrgicas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 1360 p • SPERANZINI, Manlio Basílio; OLIVEIRA, Mario Ramos De. Manual do residente de cirurgia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988. 627 p • GOFFI, Fabio Schmidt. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia. 4. ed. São Paulo: ATHENEU, 1996, 2004, 2007. 822 p • WAY, Lawrence W et al. Cirurgia: diagnóstico e tratamento. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2004. xx, 1216p. ISBN 8527709082. 65. (C) Comentários: Em casos de cefaleia pós-raqui existem alguns fatores de risco, como mulher, jovem, calibre maior da agulha de raquianestesia, múltiplas punções, entre outros. A conduta inicial é um tratamento de suporte com repouso no leito, hidratação venosa com solução cristaloide mais vigorosa e pode-se fazer uso também de analgésicos comuns. Em caso de refratariedade a esse tratamento inicial e com cefaleia debilitante, indica-se o blood- patch, que é um procedimento que deve ser realizado por médico anestesiologista, em centro cirúrgico, em que se utiliza o sangue do paciente imediatamente aspirado e injeta no espaço subaracnoide, após punção lombar. Referências Bibliográficas: • Fundamentos de Anestesiologia Clínica 1ª Edição - Paul G. Barash • Anestesiologia 4ª Edição - James Manica 16 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2020 66. (B) Comentários: O paciente apresenta abertura ocular ao estímulo doloroso (2 pontos), retirada inespecífica do MSD ao estímulo doloroso, não localizando a dor, (4 pontos) e não emite sons, mesmo não estando intubado (1 ponto). A questão não fornece dados sobre a abertura e reatividade das pupilas, portanto, o valor final da ECG é de 7 pontos. A conduta com esse valor do GLASGOW é a intubação orotraqueal para proteção da via aérea. Apesar da principal causa de choque no paciente politraumatizado ser o hemorrágico, o paciente apresenta hipotensão com frequência cardíaca normal e sem vasoconstrição periférica. Esses dados associados ao mecanismo de trauma sugerem choque neurogênico (um tipo de choque distributivo). Referências Bibliográficas: • ATLS 10ª edição. 67. (C) Comentários: A drenagem torácica fechada é o procedimento de escolha no caso de um hemotórax. Se o volume drenado for acima de 1.500ml (imediato) ou 200ml /h em 2 a 4 horas, há indicação de toracotomia e drenagem torácica aberta ou secundária. Não há indicação de punção diagnóstica, nem de punção para outros fins como alívio ou mesmo drenagem. Referências Bibliográficas: • ATLS 10° edição • Utiyama, E; Otoch, J.P; Rasslan,S; Biroloni, D. Propedêutica Cirúrgica . 2 Ed, Manole. São Paulo, 2007. • Paes Júnior, J. e Bianchi, P. G. Diagnóstico clínico e terapêutica das urgências cirúrgicas. Ed Roca, São Paulo, 2006. 68. (A) Comentários: O diagnóstico de pneumotórax é clínico e o tratamento é a drenagem de tórax em selo d’água, sem a necessidade de nenhum exame de imagem para realizar o tratamento, apenas uma radiografia simples de controle pós-drenagem. Referências Bibliográficas: • SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 19.ed. Saunders. Elsevier. 69. (D) Comentários: Toda suspeita de Trombose Venosa Profunda (TVP) deve ser submetida à um pré-teste, no caso o escore de Wells para TVP, sendo que para o caso o paciente apresenta alta probabilidade para TVP (pelo menos 3 pontos). Nos casos de alta probabilidade de TVP o exame para o diagnóstico é um método de imagem, no caso, a ecografia vascular, que deve ser o primeiro a ser solicitado. A angiotomografia ou angiorressonância é indicada quando