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000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 1 de 194 CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Ciências Básicas, Clínica Cirúrgica, Clínica Médica, Pediatria, Saúde Coletiva e Ginecologia e Obstetrícia Professor (es): Período: 2022-01 Turma: Data: TP MEDICINA 2022/1 Comentário 1 Resposta comentada Área: Ciências Básicas Subárea: Farmacologia Os sintomas da paciente com tontura, quando se abaixa para pegar algum objeto ou gira a cabeça na cama se relacionam com a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), na qual o tratamento medicamentoso normalmente não é indicado. A VPPB manifesta-se por episódios breves de vertigem, com duração de uns poucos segundos, provocados por mudanças na posição da cabeça e não associados a surdez ou zumbidos. No entanto, crises intensas também podem ocorrer. A meclizina é um antagonista histamínico H1, sendo útil também para o tratamento de vertigens associadas com distúrbios vestibulares. Porém, não é eficaz para uso a longo prazo e pode piorar os sintomas existentes. Referências BERTOL, E.; RODRÍGUEZ, C. A. Da Tontura à vertigem: uma proposta para o manejo do paciente vertiginoso na Atenção Primária. Rev. APS, v. 11, n. 1, p. 62-73, jan./mar. 2008. Disponível em: https://www.ufjf.br/nates/files/2009/12/062-073.pdf. Acesso em: 05 mai. 2022. WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELLI, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2016. MANUAL MSD. Vertigem posicional paroxística benigna. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz- e- garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-interna/vertigem-posicional- parox%C3%ADstica-benigna. Acesso em: 05 maio 2022. RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA http://www.ufjf.br/nates/files/2009/12/062-073.pdf http://www.msdmanuals.com/pt- 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 2 de 194 Comentário 2 Resposta comentada Área: Pediatria Subárea: Relação médico-paciente A questão trata do Consentimento Informado, parte integrante do relacionamento médico-paciente. Em menores, obtém-se o consentimento substituto, emitido pelos pais ou responsáveis legais. O artigo 31 do Código de Ética Médica ressalta que é vedado ao médico: “Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte”. Referência CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de Ética Médica. Resolução CFM nº 2.217/2018. Resposta comentada Área: Cirurgia Subárea: Cirurgia Torácica O quadro clínico é típico de pneumotórax hipertensivo à direita e a conduta imediata é a descompressão torácica, a princípio por toracocentese à direita. O pneumotórax hipertensivo é uma emergência médica. A descompressão de um pneumotórax hipertensivo não secundário a trauma é realizada pela inserção imediata de uma cânula de grande calibre no espaço pleural através do segundo espaço intercostal na linha hemiclavicular ou do quarto ou quinto espaço intercostal na linha axilar média. Um "chiado" de ar confirma o diagnóstico. A intervenção não deve ser protelada aguardando a confirmação radiográfica do pneumotórax hipertensivo. Se o pneumotórax hipertensivo for secundário a trauma, toracostomia aberta para descompressão é recomendada se houver experiência disponível.[55] As diretrizes do Suporte Avançado de Vida no Trauma recomendam usar o quarto ou quinto espaço intercostal na linha axilar média como tratamento de primeira linha, caso a descompressão com agulha seja necessária. Referências BMJ Best Practice. Pneumotórax. Última atualização: 09 Ago 2021. Comentário 4 Comentário 3 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 3 de 194 Resposta comentada Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade Subárea: Epidemiologia A vigilância epidemiológica é fundamental para determinar as áreas de risco para diversas zoonoses; neste caso por se tratar de um caso suspeito de raiva, assim que ocorre a notificação compulsória faz-se necessário iniciar medidas de prevenção e controle; uma vez que a proteção da população deve ser prioridade na investigação de um caso de raiva. Dessa forma, (1) o bloqueio de foco deve ser iniciado o mais rápido possível e atingir um perímetro de 5 km e, (2) incluir vacinação de cães e gatos, retirada dos animais de rua sem dono, envio de amostras para diagnóstico laboratorial e busca ativa de pessoas expostas; bem como a (3) educação em saúde. Uma vez que as informações sobre as coberturas vacinais dos animais da área endêmica, quando disponíveis, são importantes para o processo de decisão quanto à extensão inicial e seletividade do bloqueio. Devem ser organizadas ações de esclarecimento à população, utilizando-se meios de comunicação de massa, visitas domiciliares e palestras. É importante informar à população sobre o ciclo de transmissão e a gravidade da doença, e esclarecer sobre o risco e as ações que exigem a participação efetiva da comunidade. Referência DUNCAN, B. B.; SCHMIDT, M. I.; GIUGLIANI, E. R. J. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. Comentário 5 Resposta comentada Área: Ciências Básicas Subárea: Fisiologia A ativação do sistema nervoso simpático impacta fisiologicamente o organismo, objetivando a rápida mobilização e disponibilização de energia para o corpo. Para tanto, constata-se o aumento da frequência cardíaca e da força de contração do coração, aumentando o débito cardíaco; o aumento da frequência respiratória, com maior volume corrente, fenômeno este que envolve a broncodilatação a fim de aumentar a ventilação pulmonar (potencializa-se a hematose); a ativação do sistema reticular ativador ascendente, o que resulta no maior estado de vigília e de percepção sensorial; e alterações metabólicas que visam em promover uma hiperglicemia transitória, o que é bioquimicamente possível graças a fenômenos tais como a lipólise e a glicogenólise. Referências: SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia Humana. Energia e metabolismo: Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/. Acesso em: 17 mai 2022. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 4 de 194 Comentário 6 Resposta comentada Área: Cirurgia Subárea: Cirurgia do Aparelho Digestório Pancreatite aguda – ultrassom de abdome: INCORRETA – Pancreatite cursa com dor intensa em andar superior do abdome e vômitos. Não justifica parada de eliminação de gases e fezes. Obstrução intestinal por brida – radiografia simples do abdome: CORRETA - Quanto mais alta a obstrução intestinal, mais precoce os vômitos ocorrem. Não há dúvidas quanto ao diagnóstico de obstrução intestinal: dor em cólica + parada de eliminação de gases e fezes + vômitos + distensão abdominal. Brida é a principal causa de obstrução intestinal. Observe que a paciente possui histórico de cirurgia em andar inferior de abdome. Volvo de sigmoide – colonoscopia: INCORRETA - Volvo de sigmoide é muito menos comum do que brida. O exame inicial no abdome agudo obstrutivo é a rotina de abdome agudo (radiografia), e não a colonoscopia. Fecaloma – enema opaco: INCORRETA - Fecaloma é menos comum do que brida. O exame inicial no abdome agudo obstrutivo é a rotina de abdome agudo (radiografia), e não o enema opaco. Apendicite aguda – TC de abdome: INCORRETA - Quadro clínico de abdome obstrutivo e não abdome agudo inflamatório. E o exame inicial de escolha não é Tomografia de abdome. Referências 1. RASSLAN, Samir; GAMA-RODRIGUES, Joaquim J; MACHADO, Marcel C. C. Clínica Cirúrgica. 2 Volumes; 1a Ed. Manole, 2008. 2. TOWNSEND, Courtney; et al. Tratado de Cirurgia - 2 Volumes.18ª Ed. Elsevier, 2010. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 5 de 194 Comentário 7 Resposta comentada Área: Clínica Médica Subárea: Gastroentereologia A terapia empírica com inibidores da bomba de prótons (IBPs) é o passo inicial mais apropriado no manejo da DRGE de início recente sem sintomas de alarme (por exemplo, disfagia, odinofagia, anemia, sangramento GI, perda de peso não intencional, vômitos persistentes, pneumonia aspirativa) e pouco ou nenhum fator de risco para o esôfago de Barrett. De todos os medicamentos usados para tratar a DRGE, os IBPs estão associados à maior redução nos sintomas e nas taxas de recaída. Além de um teste de IBPs por 8 semanas, certas modificações no estilo de vida (por exemplo, parar de fumar, perder peso, elevar a cabeceira da cama durante o sono, evitar refeições noturnas) devem ser recomendadas. Os antagonistas dos receptores H2 (H2RAs) são o tratamento de segunda linha para pacientes com DRGE porque são menos eficazes do que os medicamentos de primeira linha no alívio sintomático, reduzindo as taxas de recidiva e promovendo a cicatrização de lesões erosivas do esôfago. Os H2RAs também têm uma duração de ação mais curta (cerca de 12 horas) do que os medicamentos de primeira linha. A administração de H2RAs na hora de dormir pode ser considerada como terapia adjuvante para pacientes com sintomas refratários à terapia de primeira linha. No entanto, este paciente ainda não recebeu a terapia de primeira linha e, portanto, não deve receber um H2RA. A deglutição de bário é o teste confirmatório para divertículos esofágicos (por exemplo, divertículo de Zenker), que pode se manifestar com halitose e desconforto retroesternal, mimetizando DRGE. Entretanto, o divertículo de Zenker é mais comum em homens > 60 anos; além disso, sintomas adicionais, como disfagia e regurgitação de alimentos não digeridos, também são esperados em pacientes com divertículo esofágico. Estudos têm demonstrado que a deglutição de bário tem sensibilidade muito baixa (aprox. 25%) para o diagnóstico de refluxo gastroesofágico e, portanto, não deve ser utilizada para o diagnóstico de DRGE quando o paciente apresenta sintomas típicos de DRGE não complicada na ausência de disfagia. A triagem para infecção por H. pylori por meio do teste respiratório com ureia não é indicada em pacientes com DRGE isolada porque a prevalência de infecção por H. pylori entre pacientes com DRGE não é maior do que na população geral. De fato, a prevalência de H. pylori é realmente menor em pacientes com DRGE complicada ou grave. A triagem para infecção por H. pylori é indicada apenas em pacientes com úlcera péptica ativa (PUD), história pregressa de PUD, gastrite atrófica e/ou linfomas MALT gástricos. O exame endoscópico do esôfago para triagem de adenocarcinoma é reservado para pacientes com DRGE e sintomas de alarme (por exemplo, disfagia, odinofagia, anemia, sangramento GI, perda de peso não intencional). Também é indicado para triagem de esôfago de Barrett em homens com sintomas de DRGE crônicos (> 5 anos) e/ou frequentes (ocorrendo pelo menos semanalmente) e ≥ 2 dos seguintes fatores de risco: idade > 50 anos, etnia branca, obesidade, ou história pregressa de tabagismo, história familiar de esôfago de Barrett ou adenocarcinoma de esôfago. Este paciente não atende aos critérios para endoscopia neste momento. Referências 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 6 de 194 BMJ Best Practice. Doença do refluxo gastroesofágico. Última atualização: 20 Abr 2021. Comentário 8 Resposta comentada Área: Saúde/Medicina da Família e Comunidade Subárea: Gestão em Saúde O estudo do território é importante para o planejamento estratégico das ações da equipe de saúde da família. Esse planejamento pode ser feito através dos determinantes e condicionantes do processo saúde e doença do território. A identificação das microáreas de risco direciona melhor as decisões dos profissionais. No caso acima não há evidências de risco para violência, visto que a vulnerabilidade social e econômica, ou seja, a pobreza não está diretamente ligada a índices de violência; as microáreas 02 e 03 têm risco para doenças respiratórias, principalmente nos trabalhadores das fábricas. Já as microáreas 07 e 08 têm risco para doenças infecciosas e parasitárias devido as influencias do meio. Referência BASTOS G.A.N. et al. Abordagem comunitária: inserção comunitária. In: GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro Ceratti (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2 ed. 2019. Cap. 41. Comentário 9 Resposta comentada Área: Cirurgia Subárea: Neurologia Na abordagem inicial ao politraumatizado com Traumatismo Cranioencefálico, além de identificar o TCE e dar o devido encaminhamento ao paciente é obrigatório dar início a medidas neuroprotetoras para se evitar injúria secundária. Entre as principais medidas se encontra o combate a hipóxia, a hipo ou a hipercapnia (primado pela normoventilação), a hipotensão e hipovolemia e combate a hipertermia Temos como meta: Manter uma via aérea pérvia Manter saturação maios que 94% (porém sem levar a hiperóxia) Manter PaCO2 entre 35 e 45 (normoventilação – nem hipo e nem hiperventilar o paciente neste primeiro momento) Manter PAM > 90mmHg e PAS > 110 Manter a Normovolemia Manter normotermia (combater hipertermia) 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 7 de 194 Comentário 10 Resposta comentada Área: Ginecologia e Obstetrícia Subárea: Endocrinologia/Ginecologia e obstetrícia Histerossalpingografia deve ser indicada para confirmar a permeabilidade e motilidade tubária, neste caso, para investigação de infertilidade. O espermograma é sempre necessário, independente do histórico, para investigar a infertilidade masculina adquirida. A paciente não tem suspeita de síndrome dos ovários policísticos. Por isso não está indicada a realização de Ultrassonografia transvaginal. Referência Manual SOGIMIG de Ginecologia e Obstetrícia, 6º edição. Comentário 11 Resposta comentada Área: Pediatria Subárea: Semiologia O aspecto micropapular do exantema caracteriza a pele “em lixa”, típica da escarlatina, associada à língua em framboesa e faringite. Não há critérios suficientes para afirmar tratar-se de Kawasaki (falta conjuntivite, linfonodomegalia, febre duradoura, descamação de extremidades...). No sarampo a alteração oral patognomônica são as manchas de Koplik, não descritas no caso. Eritema infeccioso é causado pelo Parvovirus B19. Na rubéola o exantema é macular, a febre é baixa e geralmente sem faringite exsudativa associada. Refrência SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Tratado de pediatria. Orgs.: Dennis Alexander Rabelo Burns et al. 4. ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2017 Comentário 12 No ABCDE do ATLS, quando faço o A, o B e o C já estou tratando o D. Referência ATLS 10ª edição. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 8 de 194 Resposta comentada Área: Ginecologia e Obstetrícia Subárea: IST em Ginegologia O NAAT do fluido vaginal é o teste de escolha no diagnóstico de Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. O NAAT fornece um resultado rápido, tem uma alta sensibilidade e pode diferenciar entre a infecção por C. trachomatis e N. gonorrhoeae. Portanto, substituiu amplamente testes como culturas e coloração de Gram. O esfregaço de Tzanck é usado no diagnóstico de infecções virais, como o vírus herpes simplex (HSV) e o vírus varicela zoster (VZV). Fragmentos da base de uma lesão herpética geralmente mostram células gigantes multinucleadas (células de Tzanck). Embora o herpes genital possa apresentar corrimento vaginal, a ausência de lesões dolorosas “perfuradas” e úlcera excluem essediagnóstico. A coloração de Gram de um esfregaço cervical é usada para detectar infecções bacterianas do colo do útero. No entanto, tem uma sensibilidade relativamente baixa e não pode ser usado para diagnosticar a infecção por Chlamydia trachomatis, que é um patógeno intracelular obrigatório e, portanto, difícil de ser corado. O teste foi amplamente substituído por testes mais sensíveis e específicos com a capacidade de diagnosticar a infecção por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Em hospitais com acesso limitado a recursos de diagnóstico (por exemplo, em países em desenvolvimento), o teste ainda é utilizado para diagnosticar cervicite gonocócica. A colposcopia é comumente usada para avaliar anormalidades cervicais encontradas em testes de rastreamento de câncer, como o esfregaço de Papanicolau. Não é útil para diagnosticar o patógeno causal em pacientes com cervicite. O esfregaço de Papanicolau é usado na triagem de neoplasia intraepitelial cervical ou carcinoma cervical. O câncer cervical avançado pode se apresentar com corrimento cervical anormal e sangramento, como nesta paciente. No entanto, o início agudo dos sintomas e a ausência de uma lesão visível no exame pélvico tornam a cervicite infecciosa mais provável. Um teste diferente é mais apropriado para determinar o organismo causal. Se o teste para cervicite bacteriana for negativo ou os sintomas persistirem após a terapia apropriada, o paciente deve ser avaliado para uma possível malignidade subjacente. Referências BEREK, JS. Et al. Novak Tratado de Ginecologia. 16ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan., 2021. FREITAS, F. et al. Rotinas em ginecologia. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Schorge, JO. et al. Ginecologia de Williams. 2ª ed. Porto Alegre. Artmed, 2013. Comentário 13 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 9 de 194 Resposta comentada Área: Ginecologia e Obstetrícia Subárea: Anticoncepção O acetato de ulipristal é uma opção de contracepção de emergência eficaz se administrado dentro de cinco dias após a relação sexual desprotegida. Estudos demonstraram que é até 99% eficaz na prevenção da gravidez. Em pacientes que desejam engravidar em um futuro próximo, como esta paciente, o acetato de ulipristal é uma escolha apropriada. Os dispositivos intrauterinos contendo cobre têm se mostrado, de longe, a opção mais eficaz para a anticoncepção de emergência, com uma taxa de sucesso de 99,9%. Como o DIU fornece anticoncepção por até 12 anos, uma vez inserido, é uma boa opção para mulheres que precisam de anticoncepção de emergência e não desejam engravidar em um futuro próximo. No entanto, se uma mulher quiser engravidar em breve, por exemplo, como esta paciente (dentro de 6 meses), outras opções eficazes de contracepção de emergência devem ser consideradas. Além disso, a alergia a joias e ligas metálicas deste paciente pode indicar uma alergia ao cobre, caso em que um DIU contendo cobre seria contraindicado. Outras contraindicações incluem gravidez conhecida ou suspeita, lesões endometriais ou pré- cancerosas cervicais ou câncer, DSTs sintomáticas nos últimos 3 meses e doença de Wilson. Embora um dispositivo intrauterino com progesterona seja uma excelente opção para contracepção de longo prazo, esta paciente requer contracepção de emergência. DIUs contendo progestógeno estão sendo estudados para esta indicação, mas não são aprovados nem recomendados para anticoncepção de emergência imediata. O DMPA é amplamente utilizado para contracepção planejada, particularmente em mulheres que não desejam tomar um contraceptivo diário, pois ele é administrado apenas uma vez a cada três meses. No entanto, este agente não é usado para anticoncepção de emergência. As pílulas anticoncepcionais orais combinadas são amplamente utilizadas na contracepção diária planejada. Eles também podem ser usados para anticoncepção de emergência, embora sejam os menos eficazes (~ 3,5% de taxa de falha) dos métodos amplamente disponíveis. Referência BEREK, JS. Et al. Novak Tratado de Ginecologia. 16ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan., 2021. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 10 de 194 Comentário 14 Resposta comentada Área: Ginecologia e Obstetrícia Subárea: Cardiologia/Obstetrícia É importante ter em mente que muitas vezes os sinais e sintomas de gravidade da pré- eclâmpsia são transitórios. Exemplo disso se dá com a própria hipertensão arterial, que, após ser controlada, pode permanecer estável por tempo variável. Assim, é sempre prudente instituir os tratamentos pertinentes para cada caso e reavaliar a paciente clínica e laboratorialmente antes de proceder à indicação do parto. Nesse contexto, as situações de deterioração clínica que indicam a resolução da gestação são: • Síndrome HELLP; • Eclâmpsia; • Descolamento prematuro de placenta; • Hipertensão refratária ao tratamento com três drogas anti- hipertensivas; • Edema agudo de pulmão/comprometimento cardíaco; • Alterações laboratoriais progressivas (trombocitopenia, elevação de enzimas hepáticas); • Insuficiência renal, evidenciada principalmente por elevação progressiva dos níveis de ureia e creatinina, oligúria e anasarca; • Alterações na vitalidade fetal. Assim, a resolução da gestação só deve ocorrer se a paciente se enquadrar nas alterações descritas acima. As orientações para esses casos são: • Manter controle pressórico adequado; • Utilizar sulfato de magnésio. Se não houver indicação absoluta para o parto, pode-se manter a medicação por 24h ou de acordo com o juízo clínico; • Atentar para os sinais e sintomas de iminência de eclâmpsia; • Manter o monitoramento laboratorial de acordo com cada caso (hemograma, função renal e hepática); • Realizar vigilância do bem-estar e do crescimento fetal. Re- comenda-se a combinação das avaliações biofísica (principalmente a cardiotocografia) e hemodinâmica (dopplervelocimetria). É comum que diferentes centros sigam protocolos específicos, baseados na disponibilidade dos métodos utilizados; • Realizar corticoterapia para a maturação pulmonar fetal: betametasona (12 mg/IM a cada 24 horas/por 48 horas) ou dexametasona (6 mg/IM a cada 12 horas/por 48 horas). A droga de escolha é a betametasona, devendo a dexametasona ser utilizada apenas quando não há disponibilidade da betame- tasona. O uso de sulfato de magnésio nesses casos também guarda importância para a neuroproteção fetal, devendo ser utilizado com essa finalidade entre 24 e 32 semanas. É de extrema importância ressaltar que, ainda nos casos de indi- cação absoluta para a resolução da gestação, a estabilização clínica materna é mandatória, principalmente com a introdução do sulfato de magnésio. Referências Zugaib obstetrícia / organização Marcelo Zugaib, Rossana Pulcineli Vieira Francisco. - 4. ed. Barueri [SP] : Manole, 2020. Peraçoli JC, Borges VT, Ramos JG, Cavalli RC, Costa SH, Oliveira LG, et al. Pré- eclâmpsia/eclâmpsia. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO – Obstetrícia, no 8/Comissão Nacional Especializada em Hipertensão na Gestação). 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 11 de 194 Comentário 15 Resposta comentada Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade Subárea: Sistema Único de Saúde (conceito, diretrizes e princípios do SUS) Integralidade (escopo de ações visando a atenção integral e ser responsável por coordenar o cuidado dos usuários no caminhar pelos diversos serviços da rede), universalidade (deve garantir o acesso universal) e equidade (respeitando os critérios de risco, vulnerabilidade e necessidades especificas dos usuários). Coordenação do cuidado, longitudinalidade e acesso preferencial não são princípios do sistema de saúde, masatributos da própria APS. Referência PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Ministério da Saúde, Brasil. Comentário 16 Resposta comentada Área: Ciências Básicas Subárea: Patologia/Clínica Médica Este paciente provavelmente sofre de obstrução biliar maligna, conforme indicado por sinais de icterícia indolor, prurido e escoriações (como resultado de ácidos biliares séricos elevados), fezes claras, hiperbilirrubinemia direta (conjugada) e ALP elevada. A massa solitária da cabeça do pâncreas é provavelmente a culpada por obstruir os ductos biliar e pancreático e causar dilatação subsequente. Como sinal de insuficiência pancreática endócrina, o paciente também apresenta níveis elevados de glicose sérica. CA 19-9 é um marcador tumoral elevado em doenças hepatobiliares não malignas, bem como em vários tipos de câncer, mais importante ainda no 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 12 de 194 adenocarcinoma pancreático. Outros achados laboratoriais menos sensíveis e específicos que estão elevados no câncer de pâncreas incluem antígeno carcinoembrionário (CEA) e, em alguns casos, níveis de lipase. Os marcadores tumorais devem ser obtidos para fins de monitoramento da doença, e não para a confirmação do diagnóstico. Níveis mais elevados de CA 19-9 na apresentação inicial estão associados a um pior prognóstico. Níveis elevados de glucagon no contexto de uma massa pancreática são encontrados em pacientes com glucagonoma. Os pacientes geralmente apresentam hiperglicemia, eritema necrolítico migratório, queilite angular e diarreia crônica. Embora um glucagonoma possa se manifestar com sintomas que são muito semelhantes aos do adenocarcinoma pancreático (por exemplo, perda de peso, diarreia, hiperglicemia, desconforto abdominal), este é um tumor neuroendócrino raro do pâncreas e menos provável. Os níveis de alfa-fetoproteína (AFP) são mais comumente elevados no carcinoma hepatocelular (HCC), câncer de ovário e tumores de células germinativas mistos, mas os cânceres pancreáticos produtores de AFP são muito raros e improváveis. Embora a obstrução biliar maligna seja uma possível complicação do CHC, geralmente é um sinal tardio que, normalmente, se apresenta com sinais de ascite e / ou cirrose, nenhum dos quais está presente neste paciente. Também não explicaria os achados ultrassonográficos deste paciente. A imunoglobulina M anti-HBc é um marcador sérico para hepatite B aguda. Embora este paciente tenha icterícia e apresente fatores de risco para infecção por hepatite B (história de viagens, múltiplos parceiros sexuais, sexo desprotegido), ele não tem outros sinais de hepatite viral aguda como febre ou hepatomegalia sensível. Além disso, na hepatite viral, a icterícia não é colestática, mas resulta de uma disfunção hepática aguda. Os pacientes apresentariam, portanto, hiperbilirrubinemia mista, em vez de apenas bilirrubina direta elevada. Anticorpos citoplasmáticos antineutrófilos perinucleares (p-ANCA) são frequentemente encontrados em pacientes com colangite esclerosante primária (PSC). Embora a PSC também possa se manifestar com colestase, essa condição não causa o sinal de ducto duplo visto nas imagens. Em vez disso, se verificaria a formação de gotas dos ductos biliares extra-hepáticos e intra-hepáticos. A icterícia neste paciente é melhor explicada pela massa da cabeça do pâncreas detectada na ultrassonografia. Referência BMJ Best Practice. Câncer de Pâncreas. Última atualização: 15 Out . ... 2020. Comentário 17 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 13 de 194 Comentário 18 Resposta comentada Área: Ginecologia e Obstetrícia Subárea: Gestação ectópica/Abdome agudo Em decorrência de sua reconhecida atividade antitrofoblástica, o metotrexato tem sido a droga mais utilizada no tratamento medicamentoso da gravidez ectópica íntegra. Constituem parâmetros para sua utilização: - Gravidez íntegra de até 4 cm de maior diâmetro. - Estabilidade hemodinâmica. - Desejo de procriação. - Ausência de atividade cardíaca do produto conceptual. - Beta-hCG sérica ≤ 5.000 mUI/mL e crescente (acima de 10%) em duas dosagens consecutivas (24 a 48 horas). - Líquido livre limitado à pelve. - Normalidade de hemograma completo, creatinina e enzimas hepáticas. - Autorização por escrito após esclarecimento de riscos e benefícios do tratamento proposto. São contraindicações a esse tratamento: - Recidiva de gravidez ectópica na mesma tuba. - Sensibilidade prévia ao medicamento. - Amamentação. - Imunodeficiência, úlcera péptica ativa ou doença pulmonar ativa. - Impossibilidade de acompanhamento adequado. Referência Zugaib obstetrícia / organização Marcelo Zugaib, Rossana Pulcineli Vieira Francisco. - 4. ed. Barueri [SP] : Manole, 2020. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 14 de 194 Resposta comentada Área: Clínica Médica Subárea: Infectologia Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Infeccções Sexualmente Transmissıv́ eis Manual do Ministério da Saúde 2 Quando há secreção uretral e no exame há presença de diplodocos Gr tratar gonococo. Pag, 137.Figura 12- fluxograma. Disponível em: http://www.aids.gov.br br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-atencao-int infeccoes Segundo a NOTA INFORMATIVA No 6-SEI/2017-COVIG/CGVP/.DIAHV/SV Atualizaca̧ ̃o da recomendaca̧ ̃o nacional do tratamento preferencial da in a no genital não complicada (uretra, colo do útero e reto), deve-se tratar ceftriaxona, devido a resistência emergente e em expansão ao ciproflo superiores a 50% em todas as regiões do paıś . Referências Protocolo Clıń ico e Diretrizes Terapêuticas para Atenca̧ ̃o Integral às Pess Sexualmente Transmissıv́ eis Manual do Ministério da Saúde, 2015. Disp http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo- clinico-e-diretrizes-tera integral-pessoas-com-infeccoes. Revisado em 02/04/20. NOTA INFORMATIVA No 6-SEI/2017-COVIG/CGVP/.DIAHV/SVS/MS. Dispo https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/112254/mod_resource/ Comentário 19 http://www.aids.gov.br/ http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-tera http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-tera 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 15 de 194 Resposta comentada Área: Clínica Médica Subárea: Infectologia/FArmacologia Existe um sinergismo entre os inibidores de parede celular e os aminoglicosídeos. A farmacoterapia se aproveita disso: A ceftazidima (cefalosporina de 3ª geração), por ser inibidor da formação de parede celular e alterar a permeabilidade da parede, facilita a entrada da tobramicina (aminoglicosídeo). Isso é ótimo para a ação da tobramicina, já que ela precisa agir dentro da bactéria, a nível ribossomal. ceftazidima + tobramicina: aumento da captação do agente antimicrobiano A CEFTAZIDIMA é uma cefalosporina, que atua na síntese da parede celular, é um antibiótico bactericida. A TOBRAMICINA é um antibiótico da classe dos aminoglicosídeos, age na porção 30 s do cromossomo, ele é bactericida e bacteriostático , atua no início da síntese proteica. Então o uso simultâneo dos dois faz com que tenha o aumento do agente antimicrobiano, pois existe a soma dos dois. A ceftazidima e a tobramicina não promovem ação de inativação sobre as enzimas bacterianas. A ceftazidima e a tobramicina têm ação bactericidas e não bacteriostática. A ceftazidima e a tobramicina não agem sobre a bomba de efluxo bacteriana, tendo seu papel sinérgico no combate às Pseudomonas aeruginosas de acordo com o explicado no item A. A ceftazidimae a tobramicina matam as bactérias devido seu papel sinérgico no efeito bactericida das Pseudomonas aeruginosas, inibindo a sua proliferação. REFERÊNCIAS JAWETZ, E.; MELNICK, J. R.; ADELBERG, E. A.; BROOKS, J. F.; BUTEL, J. S.; MORSE, S. A. Microbiologia médica. 24. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. TRABULSI, L. R.; ALBERTHUM, F. Microbiologia. 5a ed. São Paulo: Atheneu, 2008. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 16 de 194 Comentário 20 Resposta comentada Área: Ginecologia e Obstetrícia Subárea: Cardigotocografia A Desaceleração Precoce (DIP) I, conhecida como precoce ou cefálica, ocorre em virtude da compressão do polo cefálico no canal do parto, apenas. Ela não está associada à hipóxia fetal, não sendo necessárias medidas terapêuticas instantâneas. No caso em tela, não há nenhum indicativo de outro sinal relacionado à hipóxia fetal, inclusive, a variabilidade encontrada é a fisiológica, dita ondulatória. Referências Manual SOGIMIG de assistência ao parto e ao puerpério. SILVA, CH; LOURDES, C; OZANAN, G.. Ed. MEDBOOK, Belo Horizonte, 2019. Protocolos de emergência em ginecologia e obstetrícia. CAMPANER, A; CARVALHO, S; RIBEIRO, P.. Ed. MANOLE, 2019. Trabalho de parto e parto. POSNER, G; DY, J; BLACK, A., 6a Ed. ARTMED, 2020. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 17 de 194 Comentário 21 Resposta comentada Área: Ciências Básicas Subárea: Imunologia Os fatores ambientais mais ligados ao desencadeamento de autoimunidade são agentes infecciosos. Podem desencadear autoagressão por possuírem antígenos com epítopos semelhantes aos do hospedeiro ou por conterem produtos com efeito adjuvante, o qual desregula a tolerância natural a autoantígenos. Reação cruzada de anticorpos antimicrobianos com componentes teciduais é frequente em muitas infecções, embora produza lesões autoimunitárias limitadas que desaparecem com a resolução do processo infeccioso; em pessoas geneticamente suscetíveis, no entanto, pode causar autoagressão persistente. Exemplo dessa situação é a resposta à infecção por estreptococos ß-hemolíticos, que induz a formação de anticorpos que reagem com componentes do tecido conjuntivo no coração, provocando a doença reumática. As células apresentadoras de antígenos de reação cruzada podem ativar clones de linfócitos Th autorreatores. Uma vez ativados, linfócitos Th autorreatores diferenciam-se em linfócitos Th1 e Th2. Th1 induz resposta citotóxica contra a célula alvo e, via IFN, ativa a expressão de MHC I e MHC II nas células alvo, o que aumenta a apresentação de autoantígenos. IFN também ativa macrófagos e induz inflamação, que amplifica e mantém a lesão tecidual iniciada por autoanticorpos e células Tc. A resposta Th2 ativa a síntese de autoanticorpos, que podem ser também induzidos por ativação policlonal. Referência DELVES, Peter J. ROITT - Fundamentos de Imunologia, 13ª edição. Ativação dos linfócitos.: Grupo GEN, 2018. 9788527733885. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733885/. Acesso em: 17 maio 2022. Comentário 22 Resposta comentada Área: Clínica Médica Subárea: Pneumologia Trata-se de paciente em que os sintomas, epidemiologia e exames complementares permitem o diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Na Classificação GOLD, o paciente se encaixa no Grupo C, pois tem muitas exacerbações, mas sem muita dispneia ou alteração da qualidade de vida no período fora das exacerbações. Neste caso, a recomendação do tratamento inicial é do uso de LAMA, pois, além do efeito broncodilatador com melhora da dispneia ao esforço, é o broncodilatador que melhor previne as exacerbações. Corticoide inalatório não está indicado neste caso. Referência 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 18 de 194 Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – SBPT. Disponível em: http://www.saude.ufpr.br/portal/labsim/wp- content/uploads/sites/23/2019/01/ I- CONSENSO-BRASILEIRO-SOBRE- DPOC-SBPT-2004.pdf. Comentário 23 Resposta comentada Área: Ginecologia e Obstetrícia Subárea: Urologia/Ginecologia No caso em questão a paciente possui vários fatores de risco para incontinência urinária na mulher, como idade, raça, grande multípara, todos os partos vaginais, menopausada, sem TRH, além de obesidade. Quando a paciente refere que perde urina mesmo sem desejo de micção exclui uma das principais características da incontinência urinária de urgência. Na inspeção dinâmica, a perda urinária, corrobora a hipótese de incontinência urinária de esforço. A uretrocistoscopia tem sua melhor indicação na incontinência de urgência e o problema não traz características de incontinência de urgência; os anticolinérgicos tem sua melhor indicação na incontinência de urgência; sugere novamente a incontinência de urgência e que a incontinência seria consequência da baixa estrogênica. Apesar de ser um dos fatores, não é o único fator e a TRH não deve ser iniciada sem propedêutica uma básica. Referências BMJ Best Practice.Incontinência urinária em mulheres.Última atualização: 20 Mai. 2020. http://www.saude.ufpr.br/portal/labsim/wp- 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 19 de 194 Comentário 24 Resposta comentada Área: Pediatria Subárea: Imunização A adolescente apresenta quadro sugestivo de varicela. Nas gestantes que apresentam a doença até 48 horas após o parto indica-se o uso da globulina hiperimune antivaricela- zoster (VZIG) no recém nascido, pelo fato de essas crianças não terem recebido anticorpos maternos e serem expostas em casa ao contato com a mãe que está doente. É desnecessário o isolamento do recém-nascido, ou suspensão da amamentação. A vacina só será aplicada aos 12 meses, caso não apresente a doença. Referências Pediatria: Nelson textbook of pediatrics, 20th edition. Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4ª edição, Barueri, SP: Manole,2017. Lopes FA, Campos Jr. D. Tratado de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria – 4ª Ed – Editora Manole – 201 Comentário 25 Resposta comentada Área: Clínica Médica Subárea: Neurologia A Tomografia de crânio inicial do pronto-socorro deve ser realizada sem contraste para que seja possível realizar diagnostico diferencial entre AVE isquêmico e hemorrágico. Lembrando que o contraste utilizado aparece hiperdenso na imagem, dessa forma, pode confundir com a presença de sangramento. Referência Guidelines for the Early Management of Patients With Acute Ischemic Stroke: 2019 Update to the 2018 Guidelines for the Early Management of Acute Ischemic Stroke: A Guideline for Healthcare Professionals From the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. Volume 50, Issue 12, December 2019; Pages e344-e418. Comentário 26 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 20 de 194 Resposta comentada Área: Pediatria Subárea: Crescimento e Desenvolvimento A grande maioria das causas de baixa estatura durante o crescimento é de origem familiar. Ser saudável é uma condição mínima para um crescimento dentro do esperado geneticamente. Por meio da altura dos pais, sendo portadores de doenças que tenham afetado o seu crescimento, é possível calcular o “alvo genético”. O objetivo é orientar sobre o potencial de est atura adulta. No caso, não há relato de doença crônica, alterações alimentar e lesões do sistema nervoso central. O adolescente está iniciando a puberdade porém ainda não apresentou o estirão. Seus pais são baixos e a altura encontra-se entre escore z -2 e -3, portanto, o adolescente apresenta estatura familiar, dentro do seu alvo genético, não necessitando de exames complementares. Referências Gráfico OMS: Altura para Idade (Meninos), 5-19 anos, em Z score.Disponível em:: https://www.sbp.com.br/departamentos-cientificos/endocrinologiade-crescimento/; https://www.who.int/growthref/cht_hfa_boys_z_5_19y ua=1. Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria / [organizadores Alexander Rabelo Burns... [et al.]]. Seção 11. Capítulo 1. 4. ed. Barueri Manole, 2017. Comentário 27 Resposta comentada Área: Ginecologia e Obstetrícia Subárea: Endocrinologia/Ginecologia O método que reúne as duas condições da questão, critério de elegibilidade 1 e maior eficácia, é o DIU de cobre. Os dados da história da paciente não contraindicam esse método. Quanto ao preservativo e diafragma também apresentam critério de elegibilidade 1, porém não são tão eficazes quanto o DIU de cobre. Já, as pacientes menores de 35 anos com diabetes e fumantes tem critério 2 de elegibilidade para contraceptivos hormonais combinados ou não. Referência OMS. Guia de implantação dos critérios médicos de elegibilidade e das recomendações para uso de contracepção [INTERNET]. Disponível em: https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/me spr-implementation- guide/pt/. Acesso em 20/03/2022. Comentário 28 http://www.sbp.com.br/departamentos-cientificos/endocrinologia http://www.who.int/growthref/cht_hfa_boys_z_5_19y http://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/me 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 21 de 194 Resposta comentada Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade Subárea: Atenção Primária à Saúde O apgar familiar é um instrumento de abordagem familiar onde a avaliação será feita para cada membro da família, por questionário de cinco (5) perguntas referente aos aspectos abordados, que serão pontuadas e analisadas depois. Os diferentes índices de cada membro devem ser comparados para se avaliar o estado funcional da família. A partir da aplicação do questionário e da avaliação do quadro familiar pode-se desenhar um plano terapêutico que poderá ser desenvolvido pelo próprio médico de família ou pode exigir a participação de outros profissionais da equipe. Referências BRANTE, Anne Raissa Souza Dias et al. Abordagem Familiar: aplicação de ferramentas a uma família do município de Montes Claros/MG. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, v. 11, n. 38, p. 1-9, 2016. Chapadeiro, Cibele Alves. A família como foco da atenção primária à saúde / Cibele Alves Chapadeiro, Helga Yuri Silva Okano Andrade e Maria Rizoneide Negreiros de Araújo. - Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2011. SILVA, M. J. et al. Análise das propriedades psicométricas do Apgar de família com idosos do Nordeste brasileiro. Esc Anna Nery. 2014; 18 (3): 527-532. Comentário 29 Resposta comentada Área: Ginecologia e Obstetrícia Subárea: Obstetrícia/Urgência e Emergência No caso clínico apresentado, podemos verificar dois fatores de risco para descolamento prematuro de placenta (DPP) como hipertensão arterial crônica e uso de drogas como cocaína. Na descrição do exame físico, temos hipertonia uterina, dor abdominal intensa, taquissistolia e bradicardia fetal. Sendo que o diagnóstico de descolamento de placenta é clínico, a tríade de hipertonia, dor abdominal e taquissistolia é forte indicadora. Também é muito frequente o achado de sangramento uterino, porém, 20% cursam com sangramento oculto. Nos casos de diagnóstico de DPP, com feto vivo, em gestação acima de 34 semanas, a indicação é de cesariana imediata. Referências Feitosa FE, Carvalho FH, Feitosa IS, Paiva JP. Descolamento prematuro de placenta. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, no. 27/ Comissão Nacional Especializada em Urgências Obstétricas). Montenegro CA, Rezende Filho J. Descolamento prematuro da placenta. In: Montenegro CA, Rezende Filho J, editor. Rezende obstetrícia. 13a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2017. Zugaib M, Francisco RP. Descolamento prematuro de placenta. In: Zugaib M, Francisco RP, editores. Obstetrícia. 3a ed. São Paulo: Manole. 2017. p. 713–24. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 22 de 194 Comentário 30 Resposta comentada Área: Cirurgia Subárea: CAD/Urgência e Emergência As hemorroidas internas se originam acima da linha denteada e geralmente são indolores. Uma hemorroida interna que não se projeta para fora do ânus ao fazer força, regride espontaneamente é uma hemorroida interna grau I. A terapia conservadora é o tratamento de primeira linha das hemorroidas iniciais, bem como das hemorroidas internas grau I e I I , i n d i c a - s e a d i e t a r i c a e m f i b r a s . Amaciadores de fezes (por exemplo, docusato e lidocaína tópica/supositória se doloroso) são usados para o tratamento conservador de hemorróidas grau I. Outras intervenções apropriadas incluem banhos de assento e modificações no estilo de vida (por exemplo, perda de peso, exercícios, dieta rica em fibras, evitar alimentos gordurosos e condimentados). A escleroterapia por injeção é a terapia de primeira linha para hemorroidas internas grau III, mas geralmente é usada para hemorroidas internas grau I e grau II que persistem apesar da terapia conservadora. As hemorroidas internas de grau III originam-se acima da linha dentada, prolapsam ao fazer esforço e requerem redução manual (ou seja, não reduzem espontaneamente). Como esse paciente tem hemorroidas internas grau II, uma abordagem mais conservadora deve ser considerada primeiro. A ligadura elástica é um procedimento no qual um elástico é colocado no ápice de uma hemorroida interna, desencadeando uma resposta inflamatória e fibrose. Este tratamento é indicado para hemorroidas internas grau I e grau II, uma vez que o tratamento conservador falhou. No caso deste paciente, uma abordagem mais conservadora deve ser considerada primeiro. O diltiazem tópico pode ser usado para aliviar o espasmo do esfíncter anal que ocorre em pacientes com hemorroidas externas trombosadas dolorosas ou após hemorroidectomia. Também é usado como tratamento de primeira linha para fissuras anais crônicas. Pacientes com fissuras anais crônicas podem apresentar sangramento retal e uma marca de pele anal como visto neste paciente. Embora as fissuras anais possam coexistir com hemorroidas prolapsadas, elas estão sempre associadas à dor durante e após a defecação. Além disso, os pacientes geralmente apresentam sintomas que duram mais de 8 a 12 semanas. O propranolol é usado como profilaxia secundária para prevenir sangramento de varizes retais. Inibe os β2-adrenorreceptores no trato gastrointestinal causando vasoconstrição esplâncnica, que por sua vez diminui a quantidade de sangue nas veias porta e a pressão venosa portal. As varizes retais aparecem como veias submucosas dilatadas e tortuosas que se estendem além do elevador do ânus e não prolapsam com a pressão. Embora as varizes possam coexistir com hemorroidas em pacientes com cirrose, esse paciente é jovem e não apresenta evidências de disfunção hepática. Portanto, o propranolol não teria um papel no manejo desse paciente. Referência BMJ Best Practice. Hemorroidas. Última atualização: 11 Mar 2021. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 23 de 194 Comentário 31 Resposta comentada Área: Cirurgia Subárea: CAD Hérnia femoral As hérnias femorais são mais comuns em mulheres magras, relativamente raras, representando aproximadamente 5% de todas as hérnias. Elas ocorrem mais comumente em pacientes do sexo feminino com 40-70 anos de idade e podem se manifestar como uma protrusão dolorosa e palpável na virilha, associada a abaulamento durante a manobra de Valsalva. No entanto, as hérnias femorais estão localizadas abaixo, e não acima do ligamento inguinal, lateral e inferior ao tubérculopúbico. São mais propensas a estrangulamento. Podem ser difíceis de fazer diagnóstico diferencial com linfadenite. Hérnia inguinal indireta Deve-se suspeitar de hérnias inguinais em qualquer paciente com protrusão palpável na virilha acima do ligamento inguinal que se projeta durante a manobra de Valsalva. As hérnias inguinais são subdivididas por localização anatômica: as hérnias inguinais indiretas projetam- se lateralmente aos vasos epigástricos inferiores e as hérnias inguinais diretas projetam-se medialmente aos vasos epigástricos inferiores. Este paciente tem uma hérnia inguinal indireta, o tipo mais comum de hérnia. As hérnias inguinais indiretas projetam- se através do canal inguinal do anel inguinal profundo para o superficial. Possíveis complicações de hérnias incluem hérnia encarcerada e hérnia estrangulada. Pacientes com hérnias inguinais não complicadas devem ser agendados para correção cirúrgica eletiva. Pacientes com hérnias inguinais complicadas devem ser submetidos a reparo cirúrgico de emergência para minimizar a probabilidade de progressão para gangrena do conteúdo herniário. Hidrocele do canal de Nuck Em pacientes do sexo feminino, se o conduto peritoniovaginal permanecer patente, ela estender-se-á até os grandes lábios, e isso é conhecido como o canal de Nuck. Quando contém fluido, ela se manifesta como uma massa inguinal. Ela pode ser facilmente confundida com uma hérnia inguinal. Em pacientes sintomáticos, o tratamento cirúrgico é o mesmo. A paciente apresentaria uma massa palpável acima do ligamento inguinal. Linfadenite Um linfonodo aumentado pode estar associado a uma história de trauma, infecção ou malignidade. Ele é firme, sensível ã palpação, irredutível e, com frequência, similar à hérnia femoral. Geralmente a ultrassonografia da virilha diferencia entre linfadenopatia e hérnia inguinal. Aneurisma de artéria femoral Um aneurisma da artéria femoral se manifesta como uma massa palpável na região inguinal. No entanto, os pacientes com aneurismas da artéria femoral apresentam massas pulsáteis indolores. Além disso, os aneurismas femorais são comumente associados à aterosclerose, para a qual esse paciente não apresenta fatores que possam sugerir a suspeita. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 24 de 194 Referência Burney, R. Hérnia inguinal em adultos. BMJ Best Practice. Última atualização em 16 de setembro de 2021. Comentário 32 Resposta comentada Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade Subárea: MBE/Epidemiologia Clínica A "sensibilidade" de um teste é a capacidade de efetuar diagnósticos corretos quando a doença está presente. Por isso, quanto maior a sensibilidade de um teste, menor a proporção de Falsos Negativos que ele dá. Portanto, ele tem uma capacidade maior de detectar as pessoas que têm a doença. Por isso esta é a principal característica que um teste diagnóstico de RASTREAMENTO deve ter (ele até pode dar falsos positivos, mas não vai dar falsos negativos, então não vai deixar passar nenhum doente). A "especificidade" é a capacidade de um teste dar Negativo nas pessoas que não têm a doença, por isso, quanto maior a especificidade, menos ele dá Falsos Positivos. Por isso, este é o teste de escolha para CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA (ele não vai dar positivo se realmente a pessoa não estiver doente). "Intervalo de confiança" não é um conceito aplicável a testes de rastreamento, mas sim à análise bioestatística de evidências científicas. "Valor preditivo positivo" e "negativo" não são características dos testes diagnósticos, mas sim da aplicação dos testes diagnósticos na população, pois dependem não apenas da sensibilidade e especificade dos testes mas também da prevalência e incidência do agravo naquela população. Por isso, mesmo testes com alta sensibilidade e especificidade podem ter valores preditivos baixos. Referência Rouquayrol, Maria, Z. e Marcelo Gurgel. Rouquayrol - Epidemiologia e saúde. Disponível em: Minha Biblioteca, (8th edição). MedBook Editora, 2017. Comentário 33 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 25 de 194 Resposta comentada Área: Clínica Médica Subárea: Pneumologia Paciente descrita apresenta quadro de tosse, hemoptise, emagrecimento e dor em ombro, além das alterações do exame físico, com MV diminuído, dor em ombro e linfonodomegalia. Com exame de RX realizado, onde foi identificado um nódulo, sólido, único, medindo 3 cm em parênquima de lobo superior de pulmão direito e quando estamos à frente de um nódulo pulmonar solitário, devemos avaliar suas características e decidir se ele provavelmente é benigno ou maligno. Porém a paciente apresentou um quadro clássico da síndrome de Pancoast (neoplasia pulmonar), com sinais, sintomas e evolução clínica característicos. Os sintomas da síndrome de Pancoast são característicos da localização do tumor no sulco pulmonar superior ou estruturas torácicas adjacentes às raízes de nervos torácicos e cervical, justificando a dor localizada no ombro de paciente. Devido à localização periférica do tumor, sintomas como tosse, hemoptise e dispneia são incomuns nos estágios iniciais da doença, mas podem ocorrer tardiamente na maioria dos pacientes. Quando pensar em maligno? Quando o paciente for tabagista, idade maior ou igual a 35 anos, nódulo > 0,8 cm, for 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 26 de 194 observado crescimento de suas dimensões dentro de 2 anos, houver calcificações ou formato característico (irregular, espiculado, estrelado) e, ainda, quando houver importante captação de contraste. Vale ressaltar que é a neoplasia mais prevalente, o câncer de pulmão é a doença maligna mais comum em todo o mundo; de todos os novos casos de câncer, 13% são de câncer de pulmão, no entanto não podemos deixar de destacar respeito da prevalência do câncer de pulmão relacionado com outros fatores de risco, tais como exposição ao amianto, exposição à fumaça proveniente da combustão da lenha no domicílio e exposição ao radônio. No caso da paciente na sugestão de neoplasia, qual o próximo passo da investigação? Realizar um exame mais específico, ou seja, uma TC de tórax convencional com contraste iodado intravenoso. Realizando esse novo exame, seremos capazes de definir o tamanho e regularidade das margens da lesão, vascularização (através do uso do contraste) e padrão de calcificação. Referências ARAUJO, Luiz Henrique et al. Câncer de pulmão no Brasil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 44, p. 55-64, 2018. FRÖHLICH, A. C. et al. Associação de carcinoma broncogênico com síndrome de Pancoast e síndrome da imunodeficiência adquirida. Jornal de Pneumologia, v. 26, p. 269-272, 2000. MACMAHON, H; NAIDICH, DP; GOO, JM; et al: Guidelines for Management of Incidental Pulmonary Nodules Detected on CT Images: From the Fleischner Society 2017. Radiology 284, 2017. https://doi.org/10.1148/radiol.2017161659 SILVA, Jefferson Fontinele; BARBOSA, Melânio de Paula; VIEGAS, Cláudio Luiz. Carcinoma de pequenas células na síndrome de Pancoast. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 35, p. 190-193, 2009. Comentário 34 Resposta comentada Área: Ginecologia e Obstetrícia Subárea: Obstetrícia Trata-se de sofrimento fetal, desaceleração intraparto tardia, que ocorre contrações, e está indicada cesariana. Referências CUNNINGHAM, FG. et al. Williams Obstetricia. 26ª ed. McGraw Hill, 2 REZENDE, J; MONTENEGRO, CAB. Obstetrícia Fundamental. 14ª ed. Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTO, HC; SÁ, RAM. Obstetrícia Básica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Athen 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 27 de 194 Comentário 35 Resposta comentada Área: Ginecologia e Obstetrícia Subárea: Ginecologia A paciente possui 3 sintomas clássicos de Endometriose:dismenorreia progressiva, dispareunia profunda e infertilidade. O ultrassom pélvico e transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética da pelve com contraste são os principais métodos de imagem indicados para detecção e estadiamento da endometriose. A Tomografia computadorizada de pelve não é o exame de melhor acurácia para detecção de lesões da endometriose. A colposcopia avalia apenas patologias cervicais, não sendo indicado neste caso. A histeroscopia avalia anormalidades estruturais da cavidade uterina, não se aplicando a este caso. A histerossapingografia é um teste para avaliar a permeabilidade tubária relacionada a infertilidade, porém não é adequado para diagnóstico de endometriose. Referência Berek, Jonathan S. Tratado de Ginecologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (15th edição). Grupo GEN, 2014. Comentário 36 Resposta comentada Área: Clínica Médica Subárea: Nefrologia Trata-se de um quadro de insuficiência renal crônica, sendo o paciente com hipertensão arterial e Diabetes Mellitus, que são os principais fatores para o desenvolvimento da perda da função renal. Os valores de uremia e calemia estão elevados e o paciente está desenvolvendo encefalopatia urêmica, devendo-se fazer tratamento dialítico de urgência. Referências UpToDate. Mark Rosenberg, MD. Overview of the management of chronic kidney disease in adults. This topic last updated: Apr 21, 2022. Comentário 37 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 28 de 194 Resposta comentada Área: Pedriatria Subárea: Crescimento e Desenvolvimento Trata-se de lactente, 18 meses, que cursa com marcos do desenvolvimento neuropsicomotor adequados para a idade, sendo desnecessário acompanhamentos especializados, apenas sendo indicado seguimento em puericultura conforme calendário recomendado pelo Ministério da Saúde (MS) . Referência Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4ª edição, Barueri, SP: Manole, 2017. Comentário 38 Resposta comentada Área: Pediatria Subárea: Pediatria Pacientes que apresentam mudanças de comportamento relacionados ao ambiente escolar deve ser investigado a possibilidade de bullying. As instituições de saúde e educação, assim como seus profissionais, devem reconhecer a extensão e o impacto gerado pela prática de bullying entre estudantes e desenvolver medidas para reduzi-la rapidamente. Aos profissionais de saúde, particularmente aos pediatras, é recomendável que sejam competentes para prevenir, investigar, diagnosticar e adotar as condutas adequadas diante de situações de violências que envolvam crianças e adolescentes, tanto na figura de autor, como na de alvo ou testemunha. Referências Bullying comportamento agressivo entre estudantes J Pediatr (Rio J). 2005;81(5 Supl):S164- S172: Violência escolar, violência juvenil. Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4ª edição, Barueri, SP: Manole,2017. Comentário 39 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 29 de 194 Resposta comentada Área: Pediatria Subárea: Imunização Para usuários com esquema incompleto de tétano, a indicação é completar o esquema com o número de doses faltosas, não reiniciando o esquema vacinal; A pessoa a partir de cinco anos de idade vacinada com uma dose de vacina contra febre amarela não administrar a vacina de febre amarela e considerar como vacinada; a vacina de HPV deve ser aplicada entre nove e quatorze anos em meninas, duas doses, com intervalo de seis meses. Referência Brasil. Calendário Nacional de Vacinação. https://www.saude.go.gov.br/files/imunizacao/calendario/calendarioacionalvacincacao2 021.pdf Comentário 40 https://www.saude.go.gov.br/files/imunizacao/calendario/calendarioacionalvacincacao2021.pdf https://www.saude.go.gov.br/files/imunizacao/calendario/calendarioacionalvacincacao2021.pdf 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 30 de 194 Resposta comentada Área: Cirurgia Subárea: Clínica Cirúrgica A dispneia desse paciente, a diminuição dos sons respiratórios na base do pulmão esquerdo e a opacificação homogênea na radiografia de tórax são causadas por uma perda de volume pulmonar. Dor intensa é uma sequela comum de procedimentos intratorácicos, intra-abdominais e de ossos maiores e articulações. Aproximadamente 60% desses pacientes descrevem a dor como intensa, 25%, como moderada e 15%, como leve. Por outro lado, após cirurgias superficiais de cabeça e pescoço, membros ou parede abdominal, menos de 15% dos pacientes caracterizam sua dor como intensa. Os fatores responsáveis por essas diferenças incluem duração da cirurgia, grau de trauma operatório, tipo de incisão e magnitude da retração intraoperatória. O manejo cuidadoso dos tecidos, as cirurgias rápidas e um bom relaxamento muscular ajudam a diminuir a intensidade da dor pós-operatória. Ainda não foram encontradas medidas objetivas para a dor. Pacientes que foram submetidos a cirurgia recentemente têm um risco aumentado de desenvolver condições tromboembólicas venosas, como trombose venosa profunda e embolia pulmonar, devido a vários fatores de risco, que incluem imobilização prolongada e dano endotelial. A embolia pulmonar pode causar dispneia aguda, mas este paciente não tem outras manifestações típicas desta condição, como dor no peito, tosse, distensão venosa jugular e manifestações de trombose venosa profunda (por exemplo, eritema, edema e sensibilidade na perna). Não se recomenda repouso prolongado pós-operatório como medida melhora da dor pós- operatória, as recomendações são que, mesmo com dor, o paciente deambule o mais precocemente possível e que faça exercícios respiratórios para prevenir tais complicações. Referência DOHERTY, Gerard M. CURRENT Cirurgia. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. 9788580556018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556018/. Acesso em: 16 mai 2022. Comentário 41 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 31 de 194 Resposta comentada Área: Ciências Básicas Subárea: Embriologia O 2º corpo polar é uma célula resultante da fertilização do ovócito II, e possui a metade da quantidade de cromossomos presentes no zigoto. Referência MOORE K L, DALLEY A F. Anatomia orientada para a clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NUSSBAUM, R. L.; MCINNES, R. R.; WILLARD, H. F. Thompson & Thompson: Genética Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 32 de 194 Comentário 42 Resposta comentada Área: Ginecologia e Obstetrícia Subárea: Anticoncepção Toda mulher deve ter autonomia para decidir qual é o melhor método anticoncepcional para si e discutir com o serviço de saúde sobre a disponibilidade do método desejado. Em condições especiais que a mulher se encontra a OMS, desde 1996, orienta sobre os critérios médicos de elegibilidade para o uso dos métodos contraceptivos com segurança. Através desses critérios, os quais estão classificados em 4 categorias, sendo que: • na categoria 1, o uso do método é sem restrição; • na categoria 2, o uso do método pode está associado a algum risco; • na categoria 3, corresponde aos métodos que ao serem usados por não existirem outras opções, os riscos superam os benefícios, necessitando de vigilância mé rigorosa quando usados; • na categoria 4, existe um risco inaceitável à saúde. Dessa forma, a paciente em questão, em puerpério imediato de um natimorto, com sinais de sepse decorrente de uma endometrite, deseja colocar um DIU pós parto. Entretanto, no momento, com sinais e endometrite, está em categoria 4, portanto está contraindicado a inserção de DIU pós parto. O aconselhamento deve ser feito no sentido de garantir que nãoengravide nos próximos 60 dias. O método mais seguro para ela é injetável mensal ou trimestral em sua alta hospitalar. Poderá discutir novamente sobre a inserção do DIU posteriormente. Referência WHO. Roda com os critérios médicos de elegibilidade para o uso de métodos anticoncepcionais, 2015. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/173585/9789248549 por.pdf?ua=1. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 33 de 194 Comentário 43 Resposta comentada Área: Clínica Médica Subárea: Reumatologia O último consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia para diagnóstico manejo e tratamento da nefrite lúpica (2015) recomenda que, na impossibilidade de se realizar biópsia renal nos casos com indicação precisa, pode ser feita a inferência da classe histopatológica e, consequentemente, seu tratamento. O caso descrito é um clássico do lúpus sistêmico com envolvimento renal: mulher negra, jovem, com manifestações cutâneo- articulares, um possível derrame pleural, citopenia e o envolvimento renal marcado por hipertensão, edema, proteinúria e elevação da creatinina. Pode-se inferir tratar-se de glomerulonefrite lúpica classe IV. O tratamento de indução deve ser feito com pulsoterapia. Inicialmente, com metilprednisolona seguida de ciclofosfamida. A fase de manutenção pode ser feita com azatioprina oral. Referências Consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia para o diagnóstico, manejo e tratamento da nefrite lúpica. rev bras reumatol. 2015;55(1):1–21. https://www.scielo.br/j/rbr/a/djJsyRJDV9kY8Mm3jbbgmFy/? lang=pt&format=pdf. http://www.scielo.br/j/rbr/a/djJsyRJDV9kY8Mm3jbbgmFy/ 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 34 de 194 Comentário 44 Resposta comentada Área: Ciências Básicas Subárea: Embriologia e Genética A formação do coração se inicia com o tubo cardíaco, que sofre uma curvatura para a direita. Referência SADLER, T W. Langman Embriologia Médica. Cp.13-Sistema cardiovascular: Grupo GEN, 2021. 9788527737289. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737289/. Acesso em: 16 maio 2022. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 35 de 194 Comentário 45 Resposta comentada Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade Subárea: Políticas de Saúde Os anos 70 estava implantado regime de ditadura militar foi um período de poucas conquistas na saúde pública e ênfase na privatização dos serviços de saúde; no qual o modelo assistencial vigente era o Médico Assistencial Privatista. modelo médico assistencial privatista é assim definido: o Estado é financiador direto e indireto (renúncia fiscal), o setor privado é prestador e o setor privado internacional é fornecedor de equipamentos biomédicos. Referências ROSEMBERG, A. M. F. A. Breve História da Saúde Pública no Brasil. IN: ROUQUAYROL, Maria Zélia; GURGEL, Marcelo. Epidemiologia e saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2018. p. 1-8. ANDRADE L. O. M. et al. Política de saúde no Brasil. IN: ROUQUAYROL, Maria Zélia; GURGEL, Marcelo. Epidemiologia e saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2018. p. 449-460. MALTA, D. C.; SANTOS, F. P. O programa de saúde da família (PSF) e os modelos de assistência à saúde no âmbito da reforma sanitária brasileira. Rev Med Minas Gerais 2003; 13(4):251-9. Comentário 46 Resposta comentada Área: Clínica Médica Subárea: Nefrologia Asserção I: A paciente em questão apresenta manifestações clínicas sugestivas de infecção do trato urinário alto (Pielonefrite). O diagnóstico é confirmado mediante realização de exames complementares como EAS e urocultura. Asserção II: Está correta pois o principal agente etilógico da pielonefrite é a E.coli, sendo indicado tratamento ambulatorial com fluoroquinolonas (1ª escolha). A asserção II não justifica a I pois o agente etiológico mais comum da ITU baixa (cistite) também é a E.coli. Referência MCANINCH, Jack W.; LUE, Tom F. Urologia geral de Smith e Tanagho. 18a ed. Porto Alegre: AMGH Editora Ltda, 2014, pp. 196 a 198. Comentário 47 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 36 de 194 Resposta comentada Área: Ciência Básicas Subárea: Endocrinologia A medida de anticorpos anti-TPO é o exame mais comum das DAITs; esses anticorpos podem ser detectados na doença de Graves ou na tireoidite de Hashimoto. Os pacientes que sofrem de DAITs só podem ter um resultado positivo de exame de anticorpos. Por exemplo, 6% dos pacientes com tireoidite de Hashimoto têm positividade anti-TG isolada, portanto, a medição de todos os 3 autoanticorpos é recomendada. O anti- TSH-R é o que apresenta maior prevalência na doença de Graves não tratada. Referências SGARBI, José Augusto; MACIEL, Rui. Patogênese das doenças tiroidianas autoimunes. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 53, n. 1, p. 5-14, 2009. P Bliddal S, Nielsen CH, Feldt-Rasmussen U. Recent advances in understanding autoimmune thyroid disease: the tallest tree in the forest of polyautoimmunity. F1000Res. 2017; 6:1776 Comentário 48 Resposta comentada Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade Subárea: Vigilância Epidemiológica Utilização de máscara todo o tempo. Caso o paciente não tolere ficar por muito tempo, realizar medidas de higiene respiratória com mais frequência; trocar máscara sempre que esta estiver úmida ou danificada. O profissional deverá cumprir 14 dias de isolamento domiciliar. Referência Brasil. ANVISA. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020. ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS DURANTE A ASSISTÊNCIA AOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS (SARS-CoV-2) – atualizada em 09/09/2021. Comentário 49 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 37 de 194 Resposta comentada Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade Subárea: Atenção à Saúde do Idoso e do Adulto A paciente tem hipertensão arterial sistêmica, em tratamento com IECA, mantendo no momento do exame físico uma pressão sistólica aumentada e uma pressão diastólica normal. Entre as associações medicamentosas anti-hipertensivas, a combinação de β- bloqueador + IECA é inadequada para tratamento de Hipertensão, porque nesse caso, os β-bloqueadores causam diminuição da secreção de renina, o que provoca redução dos níveis de angiotensina I, reduzindo o efeito hipotensor dos IECA. Os diuréticos tiazídicos continuam sendo a primeira escolha para início de tratamento, por reduzir incidência de eventos cardiovasculares e cerebrovasculares. A combinação de um IECA com um diurético tiazídico (hidroclorotiazida) em baixas doses resulta em um efeito adicional significativo na redução da PA e dos desfechos cardiovasculares. A associação atenua ainda a ativação reflexa do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona pelos diuréticos e a hipocalemia em pacientes suscetíveis. Baseado na eficácia, segurança e desempenho favorável desses agentes, as combinações fixas de IECA ou BRA com diurético são as preferenciais. O uso de metildopa é contraindicado para idosos por causar bradicardia e exacerbar crises depressivas e a clonidina é contraindicada por causar sedação, depressão e hipotensão ortostática. Os medicamentos anti-hipertensivos devem ser iniciados com cautela em pacientes idosos, sempre com doses baixas e com aumento gradual, minimizando a incidência de eventos adversos. O uso de IECA deve ser cauteloso em pacientes com insuficiência renal crônica, e contra- indicado em pacientes com estenose bilateral da artéria renal, insuficiência renal aguda, prévia ou que venha se desenvolver após o início do uso da IECA. No caso da questão, a paciente usa IECA há 15 anos, não faz menção dedoença renal, e não existe contra- indicação ao uso de IECA em pacientes idosos apenas por serem idosos e tenderem a redução da taxa de filtração glomerular. Portanto, não existe indicação de suspender o captopril. Referência BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 192 p. il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 19) 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 38 de 194 Comentário 50 Resposta comentada Área: Pediatria Subárea: Gastroentereologia No caso apresentado o lactente está com quadro de diarréia aguda, que incialmente estava sendo tratada com soro caseiro, mas que evoluiu com piora, chegando a UPA com desidratação moderada, com sinais presentes bem definidos, mas sem sinais de choque. Neste caso a conduta inicial, ainda na unidade de saúde, será indicar o Plano Terapêutico B de reidratação, que no caso consiste de usar o SRO em pequenos volumes, frequentemente, conforme a aceitação da criança e até desaparecerem os sinais de desidratação. Plano A, oferecendo líquidos e soro caseiro em maior quantidade, após uso de antiemético e suspensão da dieta por 8 horas, no domicílio. INCORRETA - Pelo grau de desidratação, está indicado o plano B, e deve ser evitado uso de antieméticos. Plano A, oferecendo líquidos e soro caseiro em maior quantidade, mantendo a alimentação e corrigindo erros dietéticos, no domicílio. INCORRETA - Pelo grau de desidratação não resolveria mais só soro caseiro e líquido. Plano B, oferecendo o SRO, pequenos volumes por meio de gastróclise na 1ª hora, na UPA, independentemente da tolerância da criança. INCORRETA - Inicialmente deve ser tentado oferta da TRO por via oral, mesmo com vômitos, e só em casos de vômitos incoercíveis pode ser usado a gastroclise. Plano C, oferecendo infusão venosa de solução hidroeletrolítica, realizando a reparação rápida e a manutenção, no hospital. INCORRETA - O plano C só está indicado nos casos de desidratação com sinais de choque ou casos que não se resolveram com o plano B. Referências LEÃO, Ênio. Pediatria Ambulatorial (et al.). Belo Horizonte: Coopmed, 2013.1448 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Manejo do paciente com diarreia. Disponível em: http://www.saude.gov.br/svs. Comentário 51 http://www.saude.gov.br/svs 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 39 de 194 Resposta comentada Àrea: Saude Coletiva/MFC Sub-área: Políticas de Saúde A conduta é "Estabilizar o paciente, manter o paciente internado e colocar o mesmo em sistema de regulação do SUS aguardando a disponibilização de vaga em hospital de referência." - Conforme o Conselho Nacional de Justiça em seu Enunciado nº 46 nas transferências hospitalares deve ser realizada a inserção do paciente nos sistemas de regulação, de acordo com o regramento de referência de cada Município, Região ou Estado, observados os critérios clínicos e priorização. (Redação dada pela III Jornada de Direito da Saúde – 18.03.2019) Conforme RESOLUÇÃO CFM nº 1.672/2003 Art. 1º inciso II pacientes com risco de vida não podem ser removidos sem a prévia realização de diagnóstico médico, com obrigatória avaliação e atendimento básico respiratório e hemodinâmico, além da realização de outras medidas urgentes e específicas para cada caso. Conforme RESOLUÇÃO CFM Nº 2079/14 Art. 13 pacientes instáveis, portadores de doenças de complexidade maior que a capacidade resolutiva da UPA, em iminente risco de vida ou sofrimento intenso, devem ser imediatamente transferidos a serviço hospitalar após serem estabilizados, se necessário utilizando a "vaga zero". Assim a transferência deve se dar após estabilização para Hospital que contemple o grau de complexidade do paciente e não para uma UPA. Conforme RESOLUÇÃO CFM Nº 2079/14 Art. 13 pacientes instáveis, portadores de doenças de complexidade maior que a capacidade resolutiva da UPA, em iminente risco de vida ou sofrimento intenso, devem ser imediatamente transferidos a serviço hospitalar após serem estabilizados, se necessário utilizando a "vaga zero". Assim a transferência deve se dar após estabilização para Hospital que contemple o grau de complexidade do paciente. Além disso conforme RESOLUÇÃO CFM nº 1.672/2003 inciso VI todo paciente removido deve ser acompanhado por relatório completo, legível e assinado (com número do CRM), que passará a integrar o prontuário no destino. Conforme RESOLUÇÃO CFM nº 1.672/2003 inciso IV antes de decidir a remoção do paciente, faz-se necessário realizar contato com o médico receptor ou diretor técnico no hospital de destino, e ter a concordância do(s) mesmo(s). Referências CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM - Brasil). Resolução nº 1.672/2003. Brasília: 2003. Disponível em https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2003/1672 acesso em 09/03/2022. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM - Brasil). Resolução nº 2.079/2014. Brasília: 2014. Disponível em https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2014/2079. acesso em 09/03/2022. 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 40 de 194 Comentário 52 Resposta comentada Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade Subárea: Gestão em Saúde/Medicina Baseada em Evidências A alternativa correta em relação aos conceitos de MBE abordados é “o risco relativo menor do que 1 revela que o uso de antibióticos protege de ITU recorrente”. O uso de antibióticos traz pouco benefício porque o intervalo de confiança (95%) perpassa o valor 1, e não 0,1. O número de pacientes que experimentam efeitos adversos devido ao uso de antibióticos é de 1,85. Incorreta, pois esse é o conceito de NNH, e não de NNT. Não houve indiferença quanto ao risco de infecções recorrentes com a utilização de antimicrobianos. O uso de antibióticos representou um fator de proteção. O NNT encontrado demonstra a necessidade de tratar um pequeno número de pacientes para obter benefício. Referências GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro C.; DIAS, Lêda C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Grupo A, 2018. CAPÍTULO 29 - Medicina baseada em evidências aplicada à prática do médico de família e comunidade. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715369/. Acesso em: 14 mar. 2022. Comentário 53 Resposta comentada Área: Pediatria Subárea: Desenvolvimento e Crescimento Este menor interage com outras crianças quando estimulado, presta atenção nas tarefas e até quando assiste televisão. Portanto não parece caso de TDAH e nem de autismo. Pelo descrito, passa tempo excessivo na tela que pode levar a compromentimento psicosocial. Neste caso, a conduta incial é reduzir o tempo de tela e estimular atividades em grupo. Referência Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. 5 edição. Barueri, SP: Manole, 2021. Comentário 54 000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 41 de 194 Resposta comentada Área: Clínica Médica Subárea: Cardiologia O diagnóstico de insuficiência cardíaca pode ser realizado em avaliação clínica, baseando-se na história e no exame físico (vide critérios de Framingham e os de Boston). Exames complementares como ecocardiograma e biomarcadores como peptídeos natriuréticos são métodos complementares auxiliares. A paciente da questão tem dois sinais maiores para insuficiência cardíaca (terceira bulha e turgência jugular patológica), logo pode ser feito o diagnóstico clínico de insuficiência cardíaca. Ela apresenta congestão pulmonar e boa perfusão, logo, sua descompensação é do tipo quente e úmida. Tem sinais de
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