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PROVA TESTE DE PROFICIÊNCIA SOI IV 20221

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CURSO DE MEDICINA - AFYA 
NOTA FINAL 
Aluno: 
Componente Curricular: Ciências Básicas, Clínica Cirúrgica, Clínica Médica, Pediatria, 
Saúde Coletiva e Ginecologia e Obstetrícia 
Professor (es): 
Período: 2022-01 Turma: Data: 
 
TP MEDICINA 2022/1 
 
 
Comentário 1 
Resposta 
comentada 
Área: Ciências Básicas 
Subárea: Farmacologia 
 
 
Os sintomas da paciente com tontura, quando se abaixa para pegar algum objeto ou gira 
a cabeça na cama se relacionam com a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), na 
qual o tratamento medicamentoso normalmente não é indicado. A VPPB manifesta-se por 
episódios breves de vertigem, com duração de uns poucos segundos, provocados por 
mudanças na posição da cabeça e não associados a surdez ou zumbidos. No entanto, 
crises intensas também podem ocorrer. A meclizina é um antagonista histamínico H1, 
sendo útil também para o tratamento de vertigens associadas com distúrbios vestibulares. 
Porém, não é eficaz para uso a longo prazo e pode piorar os sintomas existentes. 
 
Referências 
BERTOL, E.; RODRÍGUEZ, C. A. Da Tontura à vertigem: uma proposta para o manejo do 
paciente vertiginoso na Atenção Primária. Rev. 
APS, v. 11, n. 1, p. 62-73, jan./mar. 2008. Disponível em: 
https://www.ufjf.br/nates/files/2009/12/062-073.pdf. Acesso em: 05 mai. 2022. 
WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELLI, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. – Porto Alegre: 
Artmed, 2016. 
MANUAL MSD. Vertigem posicional paroxística benigna. Disponível em: 
https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-
e- garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-interna/vertigem-posicional- 
parox%C3%ADstica-benigna. Acesso em: 05 maio 2022. 
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA 
http://www.ufjf.br/nates/files/2009/12/062-073.pdf
http://www.msdmanuals.com/pt-
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Comentário 2 
Resposta 
comentada 
Área: Pediatria 
Subárea: Relação médico-paciente 
 
 
A questão trata do Consentimento Informado, parte integrante do relacionamento 
médico-paciente. Em menores, obtém-se o consentimento substituto, emitido pelos pais 
ou responsáveis legais. O artigo 31 do Código de Ética Médica ressalta que é vedado ao 
médico: “Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir 
livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de 
iminente risco de morte”. 
 
Referência 
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de Ética Médica. Resolução CFM nº 2.217/2018. 
Resposta 
comentada 
Área: Cirurgia 
Subárea: Cirurgia Torácica 
 
 
O quadro clínico é típico de pneumotórax hipertensivo à direita e a conduta imediata é a 
descompressão torácica, a princípio por toracocentese à direita. 
O pneumotórax hipertensivo é uma emergência médica. 
A descompressão de um pneumotórax hipertensivo não secundário a trauma é realizada 
pela inserção imediata de uma cânula de grande calibre no espaço pleural através do 
segundo espaço intercostal na linha hemiclavicular ou do quarto ou quinto espaço intercostal 
na linha axilar média. Um "chiado" de ar confirma o diagnóstico. A intervenção não deve 
ser protelada aguardando a confirmação radiográfica do pneumotórax hipertensivo. 
Se o pneumotórax hipertensivo for secundário a trauma, toracostomia aberta para 
descompressão é recomendada se houver experiência disponível.[55] As diretrizes do 
Suporte Avançado de Vida no Trauma recomendam usar o quarto ou quinto espaço 
intercostal na linha axilar média como tratamento de primeira linha, caso a 
descompressão com agulha seja necessária. 
 
Referências 
BMJ Best Practice. Pneumotórax. Última atualização: 09 Ago 2021. Comentário 4 
Comentário 3 
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Resposta 
comentada 
Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade 
Subárea: Epidemiologia 
 
 
A vigilância epidemiológica é fundamental para determinar as áreas de risco para diversas 
zoonoses; neste caso por se tratar de um caso suspeito de raiva, assim que ocorre a 
notificação compulsória faz-se necessário iniciar medidas de prevenção e controle; uma 
vez que a proteção da população deve ser prioridade na investigação de um caso de 
raiva. Dessa forma, (1) o bloqueio de foco deve ser iniciado o mais rápido possível e atingir 
um perímetro de 5 km e, (2) incluir vacinação de cães e gatos, retirada dos animais de rua 
sem dono, envio de amostras para diagnóstico laboratorial e busca ativa de pessoas 
expostas; bem como a (3) educação em saúde. Uma vez que as informações sobre as 
coberturas vacinais dos animais da área endêmica, quando disponíveis, são importantes 
para o processo de decisão quanto à extensão inicial e seletividade do bloqueio. Devem 
ser organizadas ações de esclarecimento à população, utilizando-se meios de comunicação 
de massa, visitas domiciliares e palestras. É importante informar à população sobre o 
ciclo de transmissão e a gravidade da doença, e esclarecer sobre o risco e as ações que 
exigem a participação efetiva da comunidade. 
 
Referência 
DUNCAN, B. B.; SCHMIDT, M. I.; GIUGLIANI, E. R. J. Medicina ambulatorial: condutas de 
atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 
Comentário 5 
Resposta 
comentada 
Área: Ciências Básicas 
Subárea: Fisiologia 
 
 
A ativação do sistema nervoso simpático impacta fisiologicamente o organismo, 
objetivando a rápida mobilização e disponibilização de energia para o corpo. Para tanto, 
constata-se o aumento da frequência cardíaca e da força de contração do coração, 
aumentando o débito cardíaco; o aumento da frequência respiratória, com maior volume 
corrente, fenômeno este que envolve a broncodilatação a fim de aumentar a ventilação 
pulmonar (potencializa-se a hematose); a ativação do sistema reticular ativador 
ascendente, o que resulta no maior estado de vigília e de percepção sensorial; e 
alterações metabólicas que visam em promover uma hiperglicemia transitória, o que é 
bioquimicamente possível graças a fenômenos tais como a lipólise e a glicogenólise. 
 
Referências: 
SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia Humana. Energia e metabolismo: Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/. Acesso em: 17 mai 
2022. 
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Comentário 6 
Resposta 
comentada 
Área: Cirurgia 
Subárea: Cirurgia do Aparelho Digestório 
 
 
Pancreatite aguda – ultrassom de abdome: INCORRETA – Pancreatite cursa com dor 
intensa em andar superior do abdome e vômitos. Não justifica parada de eliminação de 
gases e fezes. 
Obstrução intestinal por brida – radiografia simples do abdome: CORRETA - Quanto mais 
alta a obstrução intestinal, mais precoce os vômitos ocorrem. Não há dúvidas quanto ao 
diagnóstico de obstrução intestinal: dor em cólica + parada de eliminação de gases e 
fezes + vômitos + distensão abdominal. Brida é a principal causa de obstrução intestinal. 
Observe que a paciente possui histórico de cirurgia em andar inferior de abdome. 
Volvo de sigmoide – colonoscopia: INCORRETA - Volvo de sigmoide é muito menos 
comum do que brida. O exame inicial no abdome agudo obstrutivo é a rotina de abdome 
agudo (radiografia), e não a colonoscopia. 
Fecaloma – enema opaco: INCORRETA - Fecaloma é menos comum do que brida. O 
exame inicial no abdome agudo obstrutivo é a rotina de abdome agudo (radiografia), e 
não o enema opaco. 
Apendicite aguda – TC de abdome: INCORRETA - Quadro clínico de abdome obstrutivo 
e não abdome agudo inflamatório. E o exame inicial de escolha não é Tomografia de 
abdome. 
 
Referências 
1. RASSLAN, Samir; GAMA-RODRIGUES, Joaquim J; MACHADO, Marcel C. C. Clínica 
Cirúrgica. 2 Volumes; 1a Ed. Manole, 2008. 
2. TOWNSEND, Courtney; et al. Tratado de Cirurgia - 2 Volumes.18ª Ed. Elsevier, 2010. 
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 Comentário 7 
Resposta 
comentada 
Área: Clínica Médica 
Subárea: Gastroentereologia 
 
 
A terapia empírica com inibidores da bomba de prótons (IBPs) é o passo inicial mais 
apropriado no manejo da DRGE de início recente sem sintomas de alarme (por exemplo, 
disfagia, odinofagia, anemia, sangramento GI, perda de peso não intencional, vômitos 
persistentes, pneumonia aspirativa) e pouco ou nenhum fator de risco para o esôfago de 
Barrett. De todos os medicamentos usados para tratar a DRGE, os IBPs estão associados 
à maior redução nos sintomas e nas taxas de recaída. Além de um teste de IBPs por 8 
semanas, certas modificações no estilo de vida (por exemplo, parar de fumar, perder 
peso, elevar a cabeceira da cama durante o sono, evitar refeições noturnas) devem ser 
recomendadas. 
Os antagonistas dos receptores H2 (H2RAs) são o tratamento de segunda linha para 
pacientes com DRGE porque são menos eficazes do que os medicamentos de primeira 
linha no alívio sintomático, reduzindo as taxas de recidiva e promovendo a cicatrização de 
lesões erosivas do esôfago. Os H2RAs também têm uma duração de ação mais curta 
(cerca de 12 horas) do que os medicamentos de primeira linha. A administração de H2RAs 
na hora de dormir pode ser considerada como terapia adjuvante para pacientes com 
sintomas refratários à terapia de primeira linha. No entanto, este paciente ainda não recebeu 
a terapia de primeira linha e, portanto, não deve receber um H2RA. 
 
A deglutição de bário é o teste confirmatório para divertículos esofágicos (por exemplo, 
divertículo de Zenker), que pode se manifestar com halitose e desconforto retroesternal, 
mimetizando DRGE. Entretanto, o divertículo de Zenker é mais comum em homens > 60 
anos; além disso, sintomas adicionais, como disfagia e regurgitação de alimentos não 
digeridos, também são esperados em pacientes com divertículo esofágico. 
Estudos têm demonstrado que a deglutição de bário tem sensibilidade muito baixa (aprox. 
25%) para o diagnóstico de refluxo gastroesofágico e, portanto, não deve ser utilizada para o 
diagnóstico de DRGE quando o paciente apresenta sintomas típicos de DRGE não 
complicada na ausência de disfagia. 
A triagem para infecção por H. pylori por meio do teste respiratório com ureia não é 
indicada em pacientes com DRGE isolada porque a prevalência de infecção por H. pylori 
entre pacientes com DRGE não é maior do que na população geral. De fato, a prevalência de 
H. pylori é realmente menor em pacientes com DRGE complicada ou grave. A triagem para 
infecção por H. pylori é indicada apenas em pacientes com úlcera péptica ativa (PUD), 
história pregressa de PUD, gastrite atrófica e/ou linfomas MALT gástricos. 
O exame endoscópico do esôfago para triagem de adenocarcinoma é reservado para 
pacientes com DRGE e sintomas de alarme (por exemplo, disfagia, odinofagia, anemia, 
sangramento GI, perda de peso não intencional). Também é indicado para triagem de 
esôfago de Barrett em homens com sintomas de DRGE crônicos (> 5 anos) e/ou 
frequentes (ocorrendo pelo menos semanalmente) e ≥ 2 dos seguintes fatores de risco: 
idade > 50 anos, etnia branca, obesidade, ou história pregressa de tabagismo, história 
familiar de esôfago de Barrett ou adenocarcinoma de esôfago. Este paciente não atende 
aos critérios para endoscopia neste momento. 
 
Referências 
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BMJ Best Practice. Doença do refluxo gastroesofágico. Última atualização: 20 Abr 2021. 
Comentário 8 
Resposta 
comentada 
Área: Saúde/Medicina da Família e Comunidade 
Subárea: Gestão em Saúde 
 
 
O estudo do território é importante para o planejamento estratégico das ações da equipe de 
saúde da família. Esse planejamento pode ser feito através dos determinantes e 
condicionantes do processo saúde e doença do território. A identificação das microáreas de 
risco direciona melhor as decisões dos profissionais. No caso acima não há evidências de risco 
para violência, visto que a vulnerabilidade social e econômica, ou seja, a pobreza não está 
diretamente ligada a índices de violência; as microáreas 02 e 03 têm risco para doenças 
respiratórias, principalmente nos trabalhadores das fábricas. Já as microáreas 07 e 08 têm 
risco para doenças infecciosas e parasitárias devido as influencias do meio. 
 
Referência 
BASTOS G.A.N. et al. Abordagem comunitária: inserção comunitária. In: GUSSO, Gustavo; 
LOPES, José Mauro Ceratti (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: 
princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2 ed. 2019. Cap. 41. 
Comentário 9 
Resposta 
comentada 
Área: Cirurgia 
Subárea: Neurologia 
 
 
Na abordagem inicial ao politraumatizado com Traumatismo Cranioencefálico, além de 
identificar o TCE e dar o devido encaminhamento ao paciente é obrigatório dar início a 
medidas neuroprotetoras para se evitar injúria secundária. Entre as principais medidas se 
encontra o combate a hipóxia, a hipo ou a hipercapnia (primado pela normoventilação), a 
hipotensão e hipovolemia e combate a hipertermia 
Temos como meta: 
Manter uma via aérea pérvia 
Manter saturação maios que 94% (porém sem levar a hiperóxia) 
Manter PaCO2 entre 35 e 45 (normoventilação – nem hipo e nem hiperventilar o paciente 
neste primeiro momento) 
Manter PAM > 90mmHg e PAS > 110 Manter a 
Normovolemia 
Manter normotermia (combater hipertermia) 
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Comentário 10 
Resposta 
comentada 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Subárea: Endocrinologia/Ginecologia e obstetrícia 
 
Histerossalpingografia deve ser indicada para confirmar a permeabilidade e motilidade 
tubária, neste caso, para investigação de infertilidade. 
 O espermograma é sempre necessário, independente do histórico, para investigar a 
infertilidade masculina adquirida. 
A paciente não tem suspeita de síndrome dos ovários policísticos. Por isso não está 
indicada a realização de Ultrassonografia transvaginal. 
 
Referência 
Manual SOGIMIG de Ginecologia e Obstetrícia, 6º edição. 
 
Comentário 11 
Resposta 
comentada 
Área: Pediatria 
Subárea: Semiologia 
 
O aspecto micropapular do exantema caracteriza a pele “em lixa”, típica da escarlatina, 
associada à língua em framboesa e faringite. 
Não há critérios suficientes para afirmar tratar-se de Kawasaki (falta conjuntivite, 
linfonodomegalia, febre duradoura, descamação de extremidades...). No sarampo a 
alteração oral patognomônica são as manchas de Koplik, não descritas no caso. Eritema 
infeccioso é causado pelo Parvovirus B19. Na rubéola o exantema é macular, a febre é 
baixa e geralmente sem faringite exsudativa associada. 
 
Refrência 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Tratado de pediatria. Orgs.: Dennis Alexander Rabelo 
Burns et al. 4. ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2017 
 
Comentário 12 
No ABCDE do ATLS, quando faço o A, o B e o C já estou tratando o D. 
 Referência 
ATLS 10ª edição. 
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Resposta 
comentada 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Subárea: IST em Ginegologia 
 
O NAAT do fluido vaginal é o teste de escolha no diagnóstico de Chlamydia trachomatis e 
Neisseria gonorrhoeae. O NAAT fornece um resultado rápido, tem uma alta sensibilidade e 
pode diferenciar entre a infecção por C. trachomatis e N. gonorrhoeae. Portanto, substituiu 
amplamente testes como culturas e coloração de Gram. 
O esfregaço de Tzanck é usado no diagnóstico de infecções virais, como o vírus herpes 
simplex (HSV) e o vírus varicela zoster (VZV). Fragmentos da base de uma lesão herpética 
geralmente mostram células gigantes multinucleadas (células de Tzanck). Embora o herpes 
genital possa apresentar corrimento vaginal, a ausência de lesões dolorosas “perfuradas” e 
úlcera excluem essediagnóstico. 
A coloração de Gram de um esfregaço cervical é usada para detectar infecções bacterianas 
do colo do útero. No entanto, tem uma sensibilidade relativamente baixa e não pode 
ser usado para diagnosticar a infecção por Chlamydia trachomatis, que é um patógeno 
intracelular obrigatório e, portanto, difícil de ser corado. O teste foi amplamente substituído 
por testes mais sensíveis e específicos com a capacidade de diagnosticar a infecção por 
Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Em hospitais com acesso limitado a 
recursos de diagnóstico (por exemplo, em países em desenvolvimento), o teste ainda é 
utilizado para diagnosticar cervicite gonocócica. 
A colposcopia é comumente usada para avaliar anormalidades cervicais encontradas em 
testes de rastreamento de câncer, como o esfregaço de Papanicolau. Não é útil para 
diagnosticar o patógeno causal em pacientes com cervicite. 
O esfregaço de Papanicolau é usado na triagem de neoplasia intraepitelial cervical ou 
carcinoma cervical. O câncer cervical avançado pode se apresentar com corrimento cervical 
anormal e sangramento, como nesta paciente. No entanto, o início agudo dos sintomas e 
a ausência de uma lesão visível no exame pélvico tornam a cervicite infecciosa mais provável. 
Um teste diferente é mais apropriado para determinar o organismo causal. Se o teste para 
cervicite bacteriana for negativo ou os sintomas persistirem após a terapia apropriada, o 
paciente deve ser avaliado para uma possível malignidade subjacente. 
 
Referências 
BEREK, JS. Et al. Novak Tratado de Ginecologia. 16ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan., 2021. 
FREITAS, F. et al. Rotinas em ginecologia. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 
Schorge, JO. et al. Ginecologia de Williams. 2ª ed. Porto Alegre. Artmed, 2013. 
 
Comentário 13 
 
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Resposta 
comentada 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Subárea: Anticoncepção 
 
 
O acetato de ulipristal é uma opção de contracepção de emergência eficaz se administrado 
dentro de cinco dias após a relação sexual desprotegida. Estudos demonstraram que é 
até 99% eficaz na prevenção da gravidez. Em pacientes que desejam engravidar em um 
futuro próximo, como esta paciente, o acetato de ulipristal é uma escolha apropriada. 
Os dispositivos intrauterinos contendo cobre têm se mostrado, de longe, a opção mais 
eficaz para a anticoncepção de emergência, com uma taxa de sucesso de 99,9%. Como o 
DIU fornece anticoncepção por até 12 anos, uma vez inserido, é uma boa opção para 
mulheres que precisam de anticoncepção de emergência e não desejam engravidar em 
um futuro próximo. No entanto, se uma mulher quiser engravidar em breve, por exemplo, 
como esta paciente (dentro de 6 meses), outras opções eficazes de contracepção de 
emergência devem ser consideradas. Além disso, a alergia a joias e ligas metálicas deste 
paciente pode indicar uma alergia ao cobre, caso em que um DIU contendo cobre seria 
contraindicado. Outras contraindicações incluem gravidez conhecida ou suspeita, lesões 
endometriais ou pré- cancerosas cervicais ou câncer, DSTs sintomáticas nos últimos 3 
meses e doença de Wilson. 
Embora um dispositivo intrauterino com progesterona seja uma excelente opção para 
contracepção de longo prazo, esta paciente requer contracepção de emergência. DIUs 
contendo progestógeno estão sendo estudados para esta indicação, mas não são 
aprovados nem recomendados para anticoncepção de emergência imediata. 
O DMPA é amplamente utilizado para contracepção planejada, particularmente em 
mulheres que não desejam tomar um contraceptivo diário, pois ele é administrado apenas 
uma vez a cada três meses. No entanto, este agente não é usado para anticoncepção de 
emergência. 
As pílulas anticoncepcionais orais combinadas são amplamente utilizadas na 
contracepção diária planejada. Eles também podem ser usados para anticoncepção de 
emergência, embora sejam os menos eficazes (~ 3,5% de taxa de falha) dos métodos 
amplamente disponíveis. 
 
Referência 
BEREK, JS. Et al. Novak Tratado de Ginecologia. 16ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan., 2021. 
000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 10 de 194 
 
 
Comentário 14 
Resposta 
comentada 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Subárea: Cardiologia/Obstetrícia 
 
 
É importante ter em mente que muitas vezes os sinais e sintomas de gravidade da pré-
eclâmpsia são transitórios. Exemplo disso se dá com a própria hipertensão arterial, que, 
após ser controlada, pode permanecer estável por tempo variável. Assim, é sempre 
prudente instituir os tratamentos pertinentes para cada caso e reavaliar a paciente clínica 
e laboratorialmente antes de proceder à indicação do parto. Nesse contexto, as situações 
de deterioração clínica que indicam a resolução da gestação são: 
• Síndrome HELLP; 
• Eclâmpsia; 
• Descolamento prematuro de placenta; 
• Hipertensão refratária ao tratamento com três drogas anti- hipertensivas; 
• Edema agudo de pulmão/comprometimento cardíaco; 
• Alterações laboratoriais progressivas (trombocitopenia, elevação de enzimas hepáticas); 
• Insuficiência renal, evidenciada principalmente por elevação progressiva dos níveis 
de ureia e creatinina, oligúria e anasarca; 
• Alterações na vitalidade fetal. 
Assim, a resolução da gestação só deve ocorrer se a paciente se enquadrar nas alterações 
descritas acima. As orientações para esses casos são: 
• Manter controle pressórico adequado; 
• Utilizar sulfato de magnésio. Se não houver indicação absoluta para o parto, pode-se 
manter a medicação por 24h ou de acordo com o juízo clínico; 
• Atentar para os sinais e sintomas de iminência de eclâmpsia; 
• Manter o monitoramento laboratorial de acordo com cada caso (hemograma, 
função renal e hepática); 
• Realizar vigilância do bem-estar e do crescimento fetal. Re- comenda-se a combinação 
das avaliações biofísica (principalmente a cardiotocografia) e hemodinâmica 
(dopplervelocimetria). É comum que diferentes centros sigam protocolos específicos, 
baseados na disponibilidade dos métodos utilizados; 
• Realizar corticoterapia para a maturação pulmonar fetal: betametasona (12 mg/IM a 
cada 24 horas/por 48 horas) ou dexametasona (6 mg/IM a cada 12 horas/por 48 horas). 
A droga de escolha é a betametasona, devendo a dexametasona ser utilizada apenas 
quando não há disponibilidade da betame- tasona. O uso de sulfato de magnésio nesses 
casos também guarda importância para a neuroproteção fetal, devendo ser utilizado com 
essa finalidade entre 24 e 32 semanas. É de extrema importância ressaltar que, ainda nos 
casos de indi- cação absoluta para a resolução da gestação, a estabilização clínica materna 
é mandatória, principalmente com a introdução do sulfato de magnésio. 
 
Referências 
Zugaib obstetrícia / organização Marcelo Zugaib, Rossana Pulcineli Vieira Francisco. - 4. ed. 
Barueri [SP] : Manole, 2020. 
 
Peraçoli JC, Borges VT, Ramos JG, Cavalli RC, Costa SH, Oliveira LG, et al. Pré-
eclâmpsia/eclâmpsia. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e 
Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO – Obstetrícia, no 8/Comissão 
Nacional Especializada em Hipertensão na Gestação). 
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Comentário 15 
Resposta 
comentada 
Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade 
Subárea: Sistema Único de Saúde (conceito, diretrizes e princípios do SUS) 
 
 
 Integralidade (escopo de ações visando a atenção integral e ser responsável por coordenar o 
cuidado dos usuários no caminhar pelos diversos serviços da rede), universalidade (deve 
garantir o acesso universal) e equidade (respeitando os critérios de risco, vulnerabilidade e 
necessidades especificas dos usuários). 
Coordenação do cuidado, longitudinalidade e acesso preferencial não são princípios do 
sistema de saúde, masatributos da própria APS. 
 
Referência 
PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017. Aprova a Política 
Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da 
Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Ministério da Saúde, Brasil. 
 
Comentário 16 
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Área: Ciências Básicas 
Subárea: Patologia/Clínica Médica 
 
 
Este paciente provavelmente sofre de obstrução biliar maligna, conforme indicado por sinais 
de icterícia indolor, prurido e escoriações (como resultado de ácidos biliares séricos elevados), 
fezes claras, hiperbilirrubinemia direta (conjugada) e ALP elevada. A massa solitária da cabeça 
do pâncreas é provavelmente a culpada por obstruir os ductos biliar e pancreático e causar 
dilatação subsequente. Como sinal de insuficiência pancreática endócrina, o paciente também 
apresenta níveis elevados de glicose sérica. 
CA 19-9 é um marcador tumoral elevado em doenças hepatobiliares não malignas, bem 
como em vários tipos de câncer, mais importante ainda no 
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 adenocarcinoma pancreático. Outros achados laboratoriais menos sensíveis e específicos 
que estão elevados no câncer de pâncreas incluem antígeno carcinoembrionário (CEA) e, 
em alguns casos, níveis de lipase. Os marcadores tumorais devem ser obtidos para fins de 
monitoramento da doença, e não para a confirmação do diagnóstico. Níveis mais elevados 
de CA 19-9 na apresentação inicial estão associados a um pior prognóstico. 
Níveis elevados de glucagon no contexto de uma massa pancreática são encontrados em 
pacientes com glucagonoma. Os pacientes geralmente apresentam hiperglicemia, eritema 
necrolítico migratório, queilite angular e diarreia crônica. Embora um glucagonoma possa se 
manifestar com sintomas que são muito semelhantes aos do adenocarcinoma 
pancreático (por exemplo, perda de peso, diarreia, hiperglicemia, desconforto 
abdominal), este é um tumor neuroendócrino raro do pâncreas e menos provável. 
Os níveis de alfa-fetoproteína (AFP) são mais comumente elevados no carcinoma 
hepatocelular (HCC), câncer de ovário e tumores de células germinativas mistos, mas os 
cânceres pancreáticos produtores de AFP são muito raros e improváveis. Embora a 
obstrução biliar maligna seja uma possível complicação do CHC, geralmente é um sinal 
tardio que, normalmente, se apresenta com sinais de ascite e / ou cirrose, nenhum dos 
quais está presente neste paciente. Também não explicaria os achados 
ultrassonográficos deste paciente. 
A imunoglobulina M anti-HBc é um marcador sérico para hepatite B aguda. Embora este 
paciente tenha icterícia e apresente fatores de risco para infecção por hepatite B (história 
de viagens, múltiplos parceiros sexuais, sexo desprotegido), ele não tem outros sinais de 
hepatite viral aguda como febre ou hepatomegalia sensível. Além disso, na hepatite viral, a 
icterícia não é colestática, mas resulta de uma disfunção hepática aguda. Os pacientes 
apresentariam, portanto, hiperbilirrubinemia mista, em vez de apenas bilirrubina direta 
elevada. 
Anticorpos citoplasmáticos antineutrófilos perinucleares (p-ANCA) são frequentemente 
encontrados em pacientes com colangite esclerosante primária (PSC). Embora a PSC 
também possa se manifestar com colestase, essa condição não causa o sinal de ducto 
duplo visto nas imagens. Em vez disso, se verificaria a formação de gotas dos ductos 
biliares extra-hepáticos e intra-hepáticos. A icterícia neste paciente é melhor explicada pela 
massa da cabeça do pâncreas detectada na ultrassonografia. 
 
Referência 
BMJ Best Practice. Câncer de Pâncreas. Última atualização: 15 Out . ... 2020. 
 
Comentário 17 
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Comentário 18 
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comentada 
 Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Subárea: Gestação ectópica/Abdome agudo 
 
 
Em decorrência de sua reconhecida atividade antitrofoblástica, o metotrexato tem sido a 
droga mais utilizada no tratamento medicamentoso da gravidez ectópica íntegra. 
Constituem parâmetros para sua utilização: 
 
- Gravidez íntegra de até 4 cm de maior diâmetro. 
- Estabilidade hemodinâmica. 
- Desejo de procriação. 
- Ausência de atividade cardíaca do produto conceptual. 
- Beta-hCG sérica ≤ 5.000 mUI/mL e crescente (acima de 10%) em duas dosagens 
consecutivas (24 a 48 horas). 
- Líquido livre limitado à pelve. 
- Normalidade de hemograma completo, creatinina e enzimas hepáticas. 
- Autorização por escrito após esclarecimento de riscos e benefícios do tratamento 
proposto. 
 
São contraindicações a esse tratamento: 
- Recidiva de gravidez ectópica na mesma tuba. 
- Sensibilidade prévia ao medicamento. 
- Amamentação. 
- Imunodeficiência, úlcera péptica ativa ou doença pulmonar ativa. 
- Impossibilidade de acompanhamento adequado. 
 
Referência 
Zugaib obstetrícia / organização Marcelo Zugaib, Rossana Pulcineli Vieira Francisco. - 4. ed. 
Barueri [SP] : Manole, 2020. 
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Área: Clínica Médica 
Subárea: Infectologia 
 
 
Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Infeccções Sexualmente 
Transmissıv́ eis Manual do Ministério da Saúde 2 
Quando há secreção uretral e no exame há presença de diplodocos Gr tratar gonococo. 
Pag, 137.Figura 12- fluxograma. Disponível em: http://www.aids.gov.br 
br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-atencao-int infeccoes 
Segundo a NOTA INFORMATIVA No 6-SEI/2017-COVIG/CGVP/.DIAHV/SV 
Atualizaca̧ ̃o da recomendaca̧ ̃o nacional do tratamento preferencial da in a no genital não complicada 
(uretra, colo do útero e reto), deve-se tratar ceftriaxona, devido a resistência emergente e em 
expansão ao ciproflo superiores a 50% em todas as regiões do paıś . 
 
Referências 
Protocolo Clıń ico e Diretrizes Terapêuticas para Atenca̧ ̃o Integral às Pess Sexualmente Transmissıv́ eis 
Manual do Ministério da Saúde, 2015. Disp http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-
clinico-e-diretrizes-tera integral-pessoas-com-infeccoes. Revisado em 02/04/20. 
NOTA INFORMATIVA No 6-SEI/2017-COVIG/CGVP/.DIAHV/SVS/MS. Dispo 
https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/112254/mod_resource/ 
 
Comentário 19 
http://www.aids.gov.br/
http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-tera
http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-tera
000044.350018.bc5b8e.519603.23b43b.c103a9.e3adc7.50ac5 Pgina 15 de 194 
 
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Área: Clínica Médica 
Subárea: Infectologia/FArmacologia 
 
 
Existe um sinergismo entre os inibidores de parede celular e os aminoglicosídeos. A 
farmacoterapia se aproveita disso: 
A ceftazidima (cefalosporina de 3ª geração), por ser inibidor da formação de parede 
celular e alterar a permeabilidade da parede, facilita a entrada da tobramicina 
(aminoglicosídeo). Isso é 
ótimo para a ação da tobramicina, já que ela precisa agir dentro da bactéria, a nível 
ribossomal. 
ceftazidima + tobramicina: aumento da captação do agente antimicrobiano 
A CEFTAZIDIMA é uma cefalosporina, que atua na síntese da parede celular, é um 
antibiótico bactericida. 
A TOBRAMICINA é um antibiótico da classe dos aminoglicosídeos, age na porção 30 s do 
cromossomo, ele é bactericida e bacteriostático , atua no início da síntese proteica. Então o 
uso simultâneo dos dois faz com que tenha o aumento do agente antimicrobiano, pois 
existe a soma dos dois. 
A ceftazidima e a tobramicina não promovem ação de inativação sobre as enzimas 
bacterianas. 
A ceftazidima e a tobramicina têm ação bactericidas e não bacteriostática. 
A ceftazidima e a tobramicina não agem sobre a bomba de efluxo bacteriana, tendo seu 
papel sinérgico no combate às Pseudomonas aeruginosas de acordo com o explicado 
no item A. 
A ceftazidimae a tobramicina matam as bactérias devido seu papel sinérgico no efeito 
bactericida das Pseudomonas aeruginosas, inibindo a sua proliferação. 
 
REFERÊNCIAS 
JAWETZ, E.; MELNICK, J. R.; ADELBERG, E. A.; BROOKS, J. F.; BUTEL, J. S.; MORSE, S. A. 
Microbiologia médica. 24. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 
TRABULSI, L. R.; ALBERTHUM, F. Microbiologia. 5a ed. São Paulo: Atheneu, 2008. 
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Comentário 20 
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Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Subárea: Cardigotocografia 
 
 
A Desaceleração Precoce (DIP) I, conhecida como precoce ou cefálica, ocorre em virtude da 
compressão do polo cefálico no canal do parto, apenas. Ela não está associada à hipóxia fetal, 
não sendo necessárias medidas terapêuticas instantâneas. No caso em tela, não há nenhum 
indicativo de outro sinal relacionado à hipóxia fetal, inclusive, a variabilidade encontrada é a 
fisiológica, dita ondulatória. 
 
Referências 
Manual SOGIMIG de assistência ao parto e ao puerpério. SILVA, CH; LOURDES, C; OZANAN, 
G.. Ed. MEDBOOK, Belo Horizonte, 2019. 
Protocolos de emergência em ginecologia e obstetrícia. CAMPANER, A; CARVALHO, S; 
RIBEIRO, P.. Ed. MANOLE, 2019. 
Trabalho de parto e parto. POSNER, G; DY, J; BLACK, A., 6a Ed. ARTMED, 2020. 
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Comentário 21 
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Área: Ciências Básicas 
Subárea: Imunologia 
 
 
Os fatores ambientais mais ligados ao desencadeamento de autoimunidade são agentes 
infecciosos. Podem desencadear autoagressão por possuírem antígenos com epítopos 
semelhantes aos do hospedeiro ou por conterem produtos com efeito adjuvante, o qual 
desregula a tolerância natural a autoantígenos. Reação cruzada de anticorpos 
antimicrobianos com componentes teciduais é frequente em muitas infecções, embora 
produza lesões autoimunitárias limitadas que desaparecem com a resolução do 
processo infeccioso; em pessoas geneticamente suscetíveis, no entanto, pode causar 
autoagressão persistente. Exemplo dessa situação é a resposta à infecção por 
estreptococos ß-hemolíticos, que induz a formação de anticorpos que reagem com 
componentes do tecido conjuntivo no coração, provocando a doença reumática. 
As células apresentadoras de antígenos de reação cruzada podem ativar clones de 
linfócitos Th autorreatores. Uma vez ativados, linfócitos Th autorreatores diferenciam-se em 
linfócitos Th1 e Th2. Th1 induz resposta citotóxica contra a célula alvo e, via IFN, ativa a 
expressão de MHC I e MHC II nas células alvo, o que aumenta a apresentação de 
autoantígenos. IFN também ativa macrófagos e induz inflamação, que amplifica e mantém a 
lesão tecidual iniciada por autoanticorpos e células Tc. A resposta Th2 ativa a síntese de 
autoanticorpos, que podem ser também induzidos por ativação policlonal. 
 
Referência 
DELVES, Peter J. ROITT - Fundamentos de Imunologia, 13ª edição. Ativação dos linfócitos.: 
Grupo GEN, 2018. 9788527733885. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733885/. Acesso em: 17 maio 
2022. 
 
Comentário 22 
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Área: Clínica Médica 
Subárea: Pneumologia 
 
 
Trata-se de paciente em que os sintomas, epidemiologia e exames complementares 
permitem o diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Na Classificação GOLD, o 
paciente se encaixa no Grupo C, pois tem muitas exacerbações, mas sem muita dispneia 
ou alteração da qualidade de vida no período fora das exacerbações. 
Neste caso, a recomendação do tratamento inicial é do uso de LAMA, pois, além do efeito 
broncodilatador com melhora da dispneia ao esforço, é o broncodilatador que melhor 
previne as exacerbações. 
Corticoide inalatório não está indicado neste caso. 
 
Referência 
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Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – SBPT. Disponível em: 
http://www.saude.ufpr.br/portal/labsim/wp- content/uploads/sites/23/2019/01/ I-
CONSENSO-BRASILEIRO-SOBRE- DPOC-SBPT-2004.pdf. 
 
Comentário 23 
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Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Subárea: Urologia/Ginecologia 
 
 
No caso em questão a paciente possui vários fatores de risco para incontinência urinária na 
mulher, como idade, raça, grande multípara, todos os partos vaginais, menopausada, sem 
TRH, além de obesidade. Quando a paciente refere que perde urina mesmo sem desejo 
de micção exclui uma das principais características da incontinência urinária de urgência. Na 
inspeção dinâmica, a perda urinária, corrobora a hipótese de incontinência urinária de 
esforço. 
A uretrocistoscopia tem sua melhor indicação na incontinência de urgência e o problema 
não traz características de incontinência de urgência; 
os anticolinérgicos tem sua melhor indicação na incontinência de urgência; 
sugere novamente a incontinência de urgência e que a incontinência seria consequência 
da baixa estrogênica. Apesar de ser um dos fatores, não é o único fator e a TRH não deve 
ser iniciada sem propedêutica uma básica. 
Referências 
BMJ Best Practice.Incontinência urinária em mulheres.Última atualização: 20 Mai. 2020. 
http://www.saude.ufpr.br/portal/labsim/wp-
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Comentário 24 
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comentada 
Área: Pediatria 
Subárea: Imunização 
 
 
A adolescente apresenta quadro sugestivo de varicela. Nas gestantes que apresentam a 
doença até 48 horas após o parto indica-se o uso da globulina hiperimune antivaricela-
zoster (VZIG) no recém nascido, pelo fato de essas crianças não terem recebido 
anticorpos maternos e serem expostas em casa ao contato com a mãe que está doente. 
É desnecessário o isolamento do recém-nascido, ou suspensão da amamentação. A 
vacina só será aplicada aos 12 meses, caso não apresente a doença. 
 
Referências 
Pediatria: Nelson textbook of pediatrics, 20th edition. Tratado de Pediatria: Sociedade 
Brasileira de Pediatria, 4ª edição, Barueri, SP: Manole,2017. 
Lopes FA, Campos Jr. D. Tratado de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria – 4ª Ed – 
Editora Manole – 201 
 
Comentário 25 
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Área: Clínica Médica 
Subárea: Neurologia 
 
 
A Tomografia de crânio inicial do pronto-socorro deve ser realizada sem contraste para que 
seja possível realizar diagnostico diferencial entre AVE isquêmico e hemorrágico. 
Lembrando que o contraste utilizado aparece hiperdenso na imagem, dessa forma, pode 
confundir com a presença de sangramento. 
 
Referência 
Guidelines for the Early Management of Patients With Acute Ischemic Stroke: 2019 Update 
to the 2018 Guidelines for the Early Management of Acute Ischemic Stroke: A Guideline 
for Healthcare Professionals From the American Heart Association/American Stroke 
Association. Stroke. Volume 50, Issue 12, December 2019; Pages e344-e418. 
 
Comentário 26 
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Área: Pediatria 
Subárea: Crescimento e Desenvolvimento 
 
 
A grande maioria das causas de baixa estatura durante o crescimento é de origem familiar. 
Ser saudável é uma condição mínima para um crescimento dentro do esperado 
geneticamente. Por meio da altura dos pais, sendo portadores de doenças que tenham 
afetado o seu crescimento, é possível calcular o “alvo genético”. O objetivo é orientar sobre o 
potencial de est atura adulta. No caso, não há relato de doença crônica, alterações alimentar e 
lesões do sistema nervoso central. O adolescente está iniciando a puberdade porém ainda 
não apresentou o estirão. Seus pais são baixos e a altura encontra-se entre escore z -2 e -3, 
portanto, o adolescente apresenta estatura familiar, dentro do seu alvo genético, não 
necessitando de exames complementares. 
 
Referências 
Gráfico OMS: Altura para Idade (Meninos), 5-19 anos, em Z score.Disponível em:: 
https://www.sbp.com.br/departamentos-cientificos/endocrinologiade-crescimento/; 
https://www.who.int/growthref/cht_hfa_boys_z_5_19y ua=1. 
Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria / [organizadores Alexander Rabelo 
Burns... [et al.]]. Seção 11. Capítulo 1. 4. ed. Barueri Manole, 2017. 
 
Comentário 27 
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Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Subárea: Endocrinologia/Ginecologia 
 
O método que reúne as duas condições da questão, critério de elegibilidade 1 e maior 
eficácia, é o DIU de cobre. Os dados da história da paciente não contraindicam esse método. 
Quanto ao preservativo e diafragma também apresentam critério de elegibilidade 1, 
porém não são tão eficazes quanto o DIU de cobre. 
Já, as pacientes menores de 35 anos com diabetes e fumantes tem critério 2 de 
elegibilidade para contraceptivos hormonais combinados ou não. 
 
Referência 
OMS. Guia de implantação dos critérios médicos de elegibilidade e das recomendações para 
uso de contracepção [INTERNET]. Disponível em: 
https://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/me spr-implementation-
guide/pt/. Acesso em 20/03/2022. 
 
Comentário 28 
http://www.sbp.com.br/departamentos-cientificos/endocrinologia
http://www.who.int/growthref/cht_hfa_boys_z_5_19y
http://www.who.int/reproductivehealth/publications/family_planning/me
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Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade 
Subárea: Atenção Primária à Saúde 
 
O apgar familiar é um instrumento de abordagem familiar onde a avaliação será feita 
para cada membro da família, por questionário de cinco (5) perguntas referente aos 
aspectos abordados, que serão pontuadas e analisadas depois. Os diferentes índices de 
cada membro devem ser comparados para se avaliar o estado funcional da família. A partir 
da aplicação do questionário e da avaliação do quadro familiar pode-se desenhar um 
plano terapêutico que poderá ser desenvolvido pelo próprio médico de família ou pode 
exigir a participação de outros profissionais da equipe. 
 
Referências 
BRANTE, Anne Raissa Souza Dias et al. Abordagem Familiar: aplicação de ferramentas a 
uma família do município de Montes Claros/MG. Revista Brasileira de Medicina de Família 
e Comunidade, v. 11, n. 38, p. 1-9, 2016. 
Chapadeiro, Cibele Alves. A família como foco da atenção primária à saúde / Cibele Alves 
Chapadeiro, Helga Yuri Silva Okano Andrade e Maria Rizoneide Negreiros de Araújo. - Belo 
Horizonte: Nescon/UFMG, 2011. 
SILVA, M. J. et al. Análise das propriedades psicométricas do Apgar de família com idosos do 
Nordeste brasileiro. Esc Anna Nery. 2014; 18 (3): 527-532. 
 
Comentário 29 
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Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Subárea: Obstetrícia/Urgência e Emergência 
 
 
No caso clínico apresentado, podemos verificar dois fatores de risco para descolamento 
prematuro de placenta (DPP) como hipertensão arterial crônica e uso de drogas como 
cocaína. Na descrição do exame físico, temos hipertonia uterina, dor abdominal intensa, 
taquissistolia e bradicardia fetal. Sendo que o diagnóstico de descolamento de placenta é 
clínico, a tríade de hipertonia, dor abdominal e taquissistolia é forte indicadora. Também é 
muito frequente o achado de sangramento uterino, porém, 20% cursam com 
sangramento oculto. Nos casos de diagnóstico de DPP, com feto vivo, em gestação 
acima de 34 semanas, a indicação é de cesariana imediata. 
 
Referências 
Feitosa FE, Carvalho FH, Feitosa IS, Paiva JP. Descolamento prematuro de placenta. São 
Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 
2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, no. 27/ Comissão Nacional Especializada em 
Urgências Obstétricas). 
Montenegro CA, Rezende Filho J. Descolamento prematuro da placenta. In: Montenegro CA, 
Rezende Filho J, editor. Rezende obstetrícia. 13a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2017. 
Zugaib M, Francisco RP. Descolamento prematuro de placenta. In: Zugaib M, Francisco RP, 
editores. Obstetrícia. 3a ed. São Paulo: Manole. 2017. p. 713–24. 
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Comentário 30 
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Área: Cirurgia 
Subárea: CAD/Urgência e Emergência 
 
 
As hemorroidas internas se originam acima da linha denteada e geralmente são indolores. 
Uma hemorroida interna que não se projeta para fora do ânus ao fazer força, regride 
espontaneamente é uma hemorroida interna grau I. 
A terapia conservadora é o tratamento de primeira linha das hemorroidas iniciais, bem 
como das hemorroidas internas grau I e I I , i n d i c a - s e a d i e t a r i c a e m f i b r a s . 
Amaciadores de fezes (por exemplo, docusato e lidocaína tópica/supositória se doloroso) são 
usados para o tratamento conservador de hemorróidas grau I. Outras intervenções 
apropriadas incluem banhos de assento e modificações no estilo de vida (por exemplo, perda 
de peso, exercícios, dieta rica em fibras, evitar alimentos gordurosos e condimentados). 
A escleroterapia por injeção é a terapia de primeira linha para hemorroidas internas grau 
III, mas geralmente é usada para hemorroidas internas grau I e grau II que persistem 
apesar da terapia conservadora. As hemorroidas internas de grau III originam-se acima da 
linha dentada, prolapsam ao fazer esforço e requerem redução manual (ou seja, não 
reduzem espontaneamente). Como esse paciente tem hemorroidas internas grau II, uma 
abordagem mais conservadora deve ser considerada primeiro. 
A ligadura elástica é um procedimento no qual um elástico é colocado no ápice de uma 
hemorroida interna, desencadeando uma resposta inflamatória e fibrose. Este tratamento 
é indicado para hemorroidas internas grau I e grau II, uma vez que o tratamento 
conservador falhou. No caso deste paciente, uma abordagem mais conservadora deve 
ser considerada primeiro. 
O diltiazem tópico pode ser usado para aliviar o espasmo do esfíncter anal que ocorre em 
pacientes com hemorroidas externas trombosadas dolorosas ou após hemorroidectomia. 
Também é usado como tratamento de primeira linha para fissuras anais crônicas. 
Pacientes com fissuras anais crônicas podem apresentar sangramento retal e uma marca 
de pele anal como visto neste paciente. Embora as fissuras anais possam coexistir com 
hemorroidas prolapsadas, elas estão sempre associadas à dor durante e após a 
defecação. Além disso, os pacientes geralmente apresentam sintomas que duram mais 
de 8 a 12 semanas. 
O propranolol é usado como profilaxia secundária para prevenir sangramento de varizes 
retais. Inibe os β2-adrenorreceptores no trato gastrointestinal causando vasoconstrição 
esplâncnica, que por sua vez diminui a quantidade de sangue nas veias porta e a pressão 
venosa portal. As varizes retais aparecem como veias submucosas dilatadas e tortuosas 
que se estendem além do elevador do ânus e não prolapsam com a pressão. Embora as 
varizes possam coexistir com hemorroidas em pacientes com cirrose, esse paciente é 
jovem e não apresenta evidências de disfunção hepática. Portanto, o propranolol não teria 
um papel no manejo desse paciente. 
 
Referência 
BMJ Best Practice. Hemorroidas. Última atualização: 11 Mar 2021. 
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Comentário 31 
Resposta 
comentada 
Área: Cirurgia 
Subárea: CAD 
 
Hérnia femoral 
As hérnias femorais são mais comuns em mulheres magras, relativamente raras, 
representando aproximadamente 5% de todas as hérnias. Elas ocorrem mais comumente 
em pacientes do sexo feminino com 40-70 anos de idade e podem se manifestar como 
uma protrusão dolorosa e palpável na virilha, associada a abaulamento durante a manobra 
de Valsalva. No entanto, as hérnias femorais estão localizadas abaixo, e não acima do 
ligamento inguinal, lateral e inferior ao tubérculopúbico. São mais propensas a 
estrangulamento. Podem ser difíceis de fazer diagnóstico diferencial com linfadenite. 
Hérnia inguinal indireta 
Deve-se suspeitar de hérnias inguinais em qualquer paciente com protrusão palpável na 
virilha acima do ligamento inguinal que se projeta durante a manobra de Valsalva. As 
hérnias inguinais são subdivididas por localização anatômica: as hérnias inguinais indiretas 
projetam- se lateralmente aos vasos epigástricos inferiores e as 
 hérnias inguinais diretas projetam-se medialmente aos vasos epigástricos inferiores. Este 
paciente tem uma hérnia inguinal indireta, o tipo mais comum de hérnia. As hérnias inguinais 
indiretas projetam- se através do canal inguinal do anel inguinal profundo para o superficial. 
Possíveis complicações de hérnias incluem hérnia encarcerada e hérnia estrangulada. 
Pacientes com hérnias inguinais não complicadas devem ser agendados para correção 
cirúrgica eletiva. Pacientes com hérnias inguinais complicadas devem ser submetidos a 
reparo cirúrgico de emergência para minimizar a probabilidade de progressão para 
gangrena do conteúdo herniário. 
Hidrocele do canal de Nuck 
Em pacientes do sexo feminino, se o conduto peritoniovaginal permanecer patente, ela 
estender-se-á até os grandes lábios, e isso é conhecido como o canal de Nuck. Quando 
contém fluido, ela se manifesta como uma massa inguinal. Ela pode ser facilmente 
confundida com uma hérnia inguinal. Em pacientes sintomáticos, o tratamento cirúrgico é o 
mesmo. A paciente apresentaria uma massa palpável acima do ligamento inguinal. 
Linfadenite 
Um linfonodo aumentado pode estar associado a uma história de trauma, infecção ou 
malignidade. Ele é firme, sensível ã palpação, irredutível e, com frequência, similar à hérnia 
femoral. Geralmente a ultrassonografia da virilha diferencia entre linfadenopatia e hérnia 
inguinal. 
Aneurisma de artéria femoral 
Um aneurisma da artéria femoral se manifesta como uma massa palpável na região 
inguinal. No entanto, os pacientes com aneurismas da artéria femoral apresentam massas 
pulsáteis indolores. Além disso, os aneurismas femorais são comumente associados à 
aterosclerose, para a qual esse paciente não apresenta fatores que possam sugerir a 
suspeita. 
 
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Referência 
Burney, R. Hérnia inguinal em adultos. BMJ Best Practice. Última atualização em 16 de 
setembro de 2021. 
 
Comentário 32 
Resposta 
comentada 
Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade 
Subárea: MBE/Epidemiologia Clínica 
 
 
A "sensibilidade" de um teste é a capacidade de efetuar diagnósticos corretos quando a 
doença está presente. Por isso, quanto maior a sensibilidade de um teste, menor a 
proporção de Falsos Negativos que ele dá. Portanto, ele tem uma capacidade maior de 
detectar as pessoas que têm a doença. Por isso esta é a principal característica que um teste 
diagnóstico de RASTREAMENTO deve ter (ele até pode dar falsos positivos, mas não vai dar 
falsos negativos, então não vai deixar passar nenhum doente). 
A "especificidade" é a capacidade de um teste dar Negativo nas pessoas que não têm a 
doença, por isso, quanto maior a especificidade, menos ele dá Falsos Positivos. Por isso, 
este é o teste de escolha para CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA (ele não vai dar positivo se 
realmente a pessoa não estiver doente). 
"Intervalo de confiança" não é um conceito aplicável a testes de rastreamento, mas sim à 
análise bioestatística de evidências científicas. 
"Valor preditivo positivo" e "negativo" não são características dos testes diagnósticos, mas 
sim da aplicação dos testes diagnósticos na população, pois dependem não apenas da 
sensibilidade e especificade dos testes mas também da prevalência e incidência do agravo 
naquela população. Por isso, mesmo testes com alta sensibilidade e especificidade 
podem ter valores preditivos baixos. 
 
Referência 
Rouquayrol, Maria, Z. e Marcelo Gurgel. Rouquayrol - Epidemiologia e saúde. Disponível em: 
Minha Biblioteca, (8th edição). MedBook Editora, 2017. 
 
Comentário 33 
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Resposta 
comentada 
Área: Clínica Médica 
Subárea: Pneumologia 
 
Paciente descrita apresenta quadro de tosse, hemoptise, emagrecimento e dor em 
ombro, além das alterações do exame físico, com MV diminuído, dor em ombro e 
linfonodomegalia. Com exame de RX realizado, onde foi identificado um nódulo, sólido, 
único, medindo 3 cm em parênquima de lobo superior de pulmão direito e quando 
estamos à frente de um nódulo pulmonar solitário, devemos avaliar suas características e 
decidir se ele provavelmente é benigno ou maligno. 
Porém a paciente apresentou um quadro clássico da síndrome de Pancoast (neoplasia 
pulmonar), com sinais, sintomas e evolução clínica característicos. Os sintomas da 
síndrome de Pancoast são característicos da localização do tumor no sulco pulmonar 
superior ou estruturas torácicas adjacentes às raízes de nervos torácicos e cervical, 
justificando a dor localizada no ombro de paciente. 
Devido à localização periférica do tumor, sintomas como tosse, hemoptise e dispneia são 
incomuns nos estágios iniciais da doença, mas podem ocorrer tardiamente na maioria dos 
pacientes. 
Quando pensar em maligno? Quando o paciente for tabagista, idade maior ou igual a 
35 anos, nódulo > 0,8 cm, for 
 
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 observado crescimento de suas dimensões dentro de 2 anos, houver calcificações 
ou formato característico (irregular, espiculado, estrelado) e, ainda, quando houver 
importante captação de contraste. Vale ressaltar que é a neoplasia mais prevalente, o 
câncer de pulmão é a doença maligna mais comum em todo o mundo; de todos os 
novos casos de câncer, 13% são de câncer de pulmão, no entanto não podemos deixar 
de destacar respeito da prevalência do câncer de pulmão relacionado com outros 
fatores de risco, tais como exposição ao amianto, exposição à fumaça proveniente da 
combustão da lenha no domicílio e exposição ao radônio. 
No caso da paciente na sugestão de neoplasia, qual o próximo passo da investigação? 
Realizar um exame mais específico, ou seja, uma TC de tórax convencional com 
contraste iodado intravenoso. 
Realizando esse novo exame, seremos capazes de definir o tamanho e regularidade 
das margens da lesão, vascularização (através do uso do contraste) e padrão de 
calcificação. 
 
 
Referências 
ARAUJO, Luiz Henrique et al. Câncer de pulmão no Brasil. Jornal Brasileiro de 
Pneumologia, v. 44, p. 55-64, 2018. 
FRÖHLICH, A. C. et al. Associação de carcinoma broncogênico com síndrome de Pancoast e 
síndrome da imunodeficiência adquirida. Jornal de Pneumologia, v. 26, p. 269-272, 2000. 
MACMAHON, H; NAIDICH, DP; GOO, JM; et al: Guidelines for Management of Incidental 
Pulmonary Nodules Detected on CT Images: From the Fleischner Society 2017. 
Radiology 284, 2017. https://doi.org/10.1148/radiol.2017161659 
SILVA, Jefferson Fontinele; BARBOSA, Melânio de Paula; VIEGAS, Cláudio Luiz. Carcinoma 
de pequenas células na síndrome de Pancoast. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 35, p. 
190-193, 2009. 
 
Comentário 34 
Resposta 
comentada 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Subárea: Obstetrícia 
 
 
Trata-se de sofrimento fetal, desaceleração intraparto tardia, que ocorre contrações, e está 
indicada cesariana. 
 
Referências 
CUNNINGHAM, FG. et al. Williams Obstetricia. 26ª ed. McGraw Hill, 2 
REZENDE, J; MONTENEGRO, CAB. Obstetrícia Fundamental. 14ª ed. Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2017. 
NETTO, HC; SÁ, RAM. Obstetrícia Básica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Athen 
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Comentário 35 
Resposta 
comentada 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Subárea: Ginecologia 
 
A paciente possui 3 sintomas clássicos de Endometriose:dismenorreia progressiva, 
dispareunia profunda e infertilidade. 
O ultrassom pélvico e transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética 
da pelve com contraste são os principais métodos de imagem indicados para 
detecção e estadiamento da endometriose. 
A Tomografia computadorizada de pelve não é o exame de melhor acurácia para detecção 
de lesões da endometriose. 
A colposcopia avalia apenas patologias cervicais, não sendo indicado neste caso. 
A histeroscopia avalia anormalidades estruturais da cavidade uterina, não se aplicando a este 
caso. 
A histerossapingografia é um teste para avaliar a permeabilidade tubária relacionada a 
infertilidade, porém não é adequado para diagnóstico de endometriose. 
 
Referência 
Berek, Jonathan S. Tratado de Ginecologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (15th edição). 
Grupo GEN, 2014. 
 
Comentário 36 
Resposta 
comentada 
Área: Clínica Médica 
Subárea: Nefrologia 
 
Trata-se de um quadro de insuficiência renal crônica, sendo o paciente com hipertensão 
arterial e Diabetes Mellitus, que são os principais fatores para o desenvolvimento da perda 
da função renal. Os valores de uremia e calemia estão elevados e o paciente está 
desenvolvendo encefalopatia urêmica, devendo-se fazer tratamento dialítico de urgência. 
Referências 
UpToDate. Mark Rosenberg, MD. Overview of the management of chronic kidney disease 
in adults. This topic last updated: Apr 21, 2022. 
 
Comentário 37 
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Resposta 
comentada 
Área: Pedriatria 
Subárea: Crescimento e Desenvolvimento 
 
Trata-se de lactente, 18 meses, que cursa com marcos do desenvolvimento 
neuropsicomotor adequados para a idade, sendo desnecessário acompanhamentos 
especializados, apenas sendo indicado seguimento em puericultura conforme calendário 
recomendado pelo Ministério da Saúde (MS) . 
Referência 
Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4ª edição, Barueri, SP: Manole, 2017. 
 
Comentário 38 
Resposta 
comentada 
Área: Pediatria 
Subárea: Pediatria 
 
Pacientes que apresentam mudanças de comportamento relacionados ao ambiente 
escolar deve ser investigado a possibilidade de bullying. As instituições de saúde e 
educação, assim como seus profissionais, devem reconhecer a extensão e o impacto 
gerado pela prática de bullying entre estudantes e desenvolver medidas para reduzi-la 
rapidamente. Aos profissionais de saúde, particularmente aos pediatras, é recomendável que 
sejam competentes para prevenir, investigar, diagnosticar e adotar as condutas adequadas 
diante de situações de violências que envolvam crianças e adolescentes, tanto na figura de 
autor, como na de alvo ou testemunha. 
 
Referências 
Bullying comportamento agressivo entre estudantes J Pediatr (Rio J). 2005;81(5 Supl):S164-
S172: Violência escolar, violência juvenil. 
Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4ª edição, Barueri, SP: Manole,2017. 
 
 
Comentário 39 
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Resposta 
comentada 
Área: Pediatria 
Subárea: Imunização 
 
Para usuários com esquema incompleto de tétano, a indicação é completar o esquema 
com o número de doses faltosas, não reiniciando o esquema vacinal; 
A pessoa a partir de cinco anos de idade vacinada com uma dose de vacina contra febre 
amarela não administrar a vacina de febre amarela e considerar como vacinada; 
a vacina de HPV deve ser aplicada entre nove e quatorze anos em meninas, duas doses, 
com intervalo de seis meses. 
 
Referência 
Brasil. Calendário Nacional de Vacinação. 
https://www.saude.go.gov.br/files/imunizacao/calendario/calendarioacionalvacincacao2
021.pdf 
 
 
Comentário 40 
https://www.saude.go.gov.br/files/imunizacao/calendario/calendarioacionalvacincacao2021.pdf
https://www.saude.go.gov.br/files/imunizacao/calendario/calendarioacionalvacincacao2021.pdf
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Resposta 
comentada 
Área: Cirurgia 
Subárea: Clínica Cirúrgica 
 
A dispneia desse paciente, a diminuição dos sons respiratórios na base do pulmão esquerdo e a 
opacificação homogênea na radiografia de tórax são causadas por uma perda de volume 
pulmonar. 
Dor intensa é uma sequela comum de procedimentos intratorácicos, intra-abdominais e de ossos 
maiores e articulações. Aproximadamente 60% desses pacientes descrevem a dor como intensa, 
25%, como moderada e 15%, como leve. Por outro lado, após cirurgias superficiais de cabeça e 
pescoço, membros ou parede abdominal, menos de 15% dos pacientes caracterizam sua dor como 
intensa. Os fatores responsáveis por essas diferenças incluem duração da cirurgia, grau de trauma 
operatório, tipo de incisão e magnitude da retração intraoperatória. O manejo cuidadoso dos 
tecidos, as cirurgias rápidas e um bom relaxamento muscular ajudam a diminuir a intensidade da 
dor pós-operatória. Ainda não foram encontradas medidas objetivas para a dor. 
Pacientes que foram submetidos a cirurgia recentemente têm um risco aumentado de desenvolver 
condições tromboembólicas venosas, como trombose venosa profunda e embolia pulmonar, devido 
a vários fatores de risco, que incluem imobilização prolongada e dano endotelial. A embolia 
pulmonar pode causar dispneia aguda, mas este paciente não tem outras manifestações típicas 
desta condição, como dor no peito, tosse, distensão venosa jugular e manifestações de trombose 
venosa profunda (por exemplo, eritema, edema e sensibilidade na perna). 
Não se recomenda repouso prolongado pós-operatório como medida melhora da dor pós-
operatória, as recomendações são que, mesmo com dor, o paciente deambule o mais precocemente 
possível e que faça exercícios respiratórios para prevenir tais complicações. 
 
Referência 
DOHERTY, Gerard M. CURRENT Cirurgia. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. 9788580556018. 
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556018/. Acesso em: 16 
mai 2022. 
 
 
Comentário 41 
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Resposta 
comentada 
Área: Ciências Básicas 
Subárea: Embriologia 
 
O 2º corpo polar é uma célula resultante da fertilização do ovócito II, e possui a metade da 
quantidade de cromossomos presentes no zigoto. 
 
 
Referência 
MOORE K L, DALLEY A F. Anatomia orientada para a clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
NUSSBAUM, R. L.; MCINNES, R. R.; WILLARD, H. F. Thompson & Thompson: Genética 
Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
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Comentário 42 
Resposta 
comentada 
Área: Ginecologia e Obstetrícia 
Subárea: Anticoncepção 
 
Toda mulher deve ter autonomia para decidir qual é o melhor método anticoncepcional para si 
e discutir com o serviço de saúde sobre a disponibilidade do método desejado. Em condições 
especiais que a mulher se encontra a OMS, desde 1996, orienta sobre os critérios médicos 
de elegibilidade para o uso dos métodos contraceptivos com segurança. 
Através desses critérios, os quais estão classificados em 4 categorias, sendo que: 
• na categoria 1, o uso do método é sem restrição; 
• na categoria 2, o uso do método pode está associado a algum risco; 
• na categoria 3, corresponde aos métodos que ao serem usados por não existirem 
outras opções, os riscos superam os benefícios, necessitando de vigilância mé rigorosa 
quando usados; 
• na categoria 4, existe um risco inaceitável à saúde. 
Dessa forma, a paciente em questão, em puerpério imediato de um natimorto, com sinais 
de sepse decorrente de uma endometrite, deseja colocar um DIU pós parto. Entretanto, no 
momento, com sinais e endometrite, está em categoria 4, portanto está contraindicado a 
inserção de DIU pós parto. O aconselhamento deve ser feito no sentido de garantir que nãoengravide nos próximos 60 dias. O método mais seguro para ela é injetável mensal ou 
trimestral em sua alta hospitalar. Poderá discutir novamente sobre a inserção do DIU 
posteriormente. 
 
Referência 
WHO. Roda com os critérios médicos de elegibilidade para o uso de métodos 
anticoncepcionais, 2015. Disponível em: 
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/173585/9789248549 por.pdf?ua=1. 
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Comentário 43 
Resposta 
comentada 
Área: Clínica Médica 
Subárea: Reumatologia 
 
 
O último consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia para diagnóstico manejo e 
tratamento da nefrite lúpica (2015) recomenda que, na impossibilidade de se realizar 
biópsia renal nos casos com indicação precisa, pode ser feita a inferência da classe 
histopatológica e, consequentemente, seu tratamento. O caso descrito é um clássico do 
lúpus sistêmico com envolvimento renal: mulher negra, jovem, com manifestações cutâneo-
articulares, um possível derrame pleural, citopenia e o envolvimento renal marcado por 
hipertensão, edema, proteinúria e elevação da creatinina. Pode-se inferir tratar-se de 
glomerulonefrite lúpica classe IV. O tratamento de indução deve ser feito com pulsoterapia. 
Inicialmente, com metilprednisolona seguida de ciclofosfamida. A fase de manutenção pode 
ser feita com azatioprina oral. 
 
Referências 
Consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia para o diagnóstico, manejo e tratamento 
da nefrite lúpica. rev bras reumatol. 
2015;55(1):1–21. 
https://www.scielo.br/j/rbr/a/djJsyRJDV9kY8Mm3jbbgmFy/? lang=pt&format=pdf. 
http://www.scielo.br/j/rbr/a/djJsyRJDV9kY8Mm3jbbgmFy/
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Comentário 44 
Resposta 
comentada 
Área: Ciências Básicas 
Subárea: Embriologia e Genética 
 
A formação do coração se inicia com o tubo cardíaco, que sofre uma curvatura para a 
direita. 
 
Referência 
SADLER, T W. Langman Embriologia Médica. Cp.13-Sistema cardiovascular: Grupo GEN, 2021. 
9788527737289. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737289/. Acesso em: 16 maio 
2022. 
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Comentário 45 
Resposta 
comentada 
Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade 
Subárea: Políticas de Saúde 
 
Os anos 70 estava implantado regime de ditadura militar foi um período de poucas 
conquistas na saúde pública e ênfase na privatização dos serviços de saúde; no qual o 
modelo assistencial vigente era o Médico Assistencial Privatista. modelo médico assistencial 
privatista é assim definido: o Estado é financiador direto e indireto (renúncia fiscal), o setor 
privado é prestador e o setor privado internacional é fornecedor de equipamentos 
biomédicos. 
 
Referências 
ROSEMBERG, A. M. F. A. Breve História da Saúde Pública no Brasil. IN: ROUQUAYROL, Maria 
Zélia; GURGEL, Marcelo. Epidemiologia e saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2018. p. 1-8. 
ANDRADE L. O. M. et al. Política de saúde no Brasil. IN: ROUQUAYROL, Maria Zélia; GURGEL, 
Marcelo. Epidemiologia e saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2018. p. 449-460. 
MALTA, D. C.; SANTOS, F. P. O programa de saúde da família (PSF) e os modelos de 
assistência à saúde no âmbito da reforma sanitária brasileira. Rev Med Minas Gerais 
2003; 13(4):251-9. 
 
Comentário 46 
Resposta 
comentada 
Área: Clínica Médica 
Subárea: Nefrologia 
 
Asserção I: A paciente em questão apresenta manifestações clínicas sugestivas de infecção 
do trato urinário alto (Pielonefrite). O diagnóstico é confirmado mediante realização de 
exames complementares como EAS e urocultura. 
Asserção II: Está correta pois o principal agente etilógico da pielonefrite é a E.coli, sendo 
indicado tratamento ambulatorial com fluoroquinolonas (1ª escolha). A asserção II não 
justifica a I pois o agente etiológico mais comum da ITU baixa (cistite) também é a E.coli. 
 
Referência 
MCANINCH, Jack W.; LUE, Tom F. Urologia geral de Smith e Tanagho. 18a ed. Porto 
Alegre: AMGH Editora Ltda, 2014, pp. 196 a 198. 
 
Comentário 47 
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Resposta 
comentada 
Área: Ciência Básicas 
Subárea: Endocrinologia 
 
A medida de anticorpos anti-TPO é o exame mais comum das DAITs; esses anticorpos 
podem ser detectados na doença de Graves ou na tireoidite de Hashimoto. 
Os pacientes que sofrem de DAITs só podem ter um resultado positivo de exame de 
anticorpos. Por exemplo, 6% dos pacientes com tireoidite de Hashimoto têm positividade 
anti-TG isolada, portanto, a medição de todos os 3 autoanticorpos é recomendada. O anti-
TSH-R é o que apresenta maior prevalência na doença de Graves não tratada. 
 
Referências 
SGARBI, José Augusto; MACIEL, Rui. Patogênese das doenças tiroidianas autoimunes. 
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 53, n. 1, p. 5-14, 2009. 
P Bliddal S, Nielsen CH, Feldt-Rasmussen U. Recent advances in understanding autoimmune 
thyroid disease: the tallest tree in the forest of polyautoimmunity. F1000Res. 2017; 6:1776 
 
Comentário 48 
Resposta 
comentada 
Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade 
Subárea: Vigilância Epidemiológica 
 
Utilização de máscara todo o tempo. Caso o paciente não tolere ficar por muito tempo, 
realizar medidas de higiene respiratória com mais frequência; trocar máscara sempre que 
esta estiver úmida ou danificada. 
O profissional deverá cumprir 14 dias de isolamento domiciliar. 
 
Referência 
 
Brasil. ANVISA. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020. ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS DURANTE A ASSISTÊNCIA AOS CASOS 
SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS (SARS-CoV-2) – atualizada em 
09/09/2021. 
 
Comentário 49 
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Resposta 
comentada 
Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade 
Subárea: Atenção à Saúde do Idoso e do Adulto 
 
A paciente tem hipertensão arterial sistêmica, em tratamento com IECA, mantendo no 
momento do exame físico uma pressão sistólica aumentada e uma pressão diastólica 
normal. 
Entre as associações medicamentosas anti-hipertensivas, a combinação de β-
bloqueador + IECA é inadequada para tratamento de Hipertensão, porque nesse caso, os 
β-bloqueadores causam diminuição da secreção de renina, o que provoca redução dos 
níveis de angiotensina I, reduzindo o efeito hipotensor dos IECA. 
Os diuréticos tiazídicos continuam sendo a primeira escolha para início de tratamento, 
por reduzir incidência de eventos cardiovasculares e cerebrovasculares. A combinação 
de um IECA com um diurético tiazídico (hidroclorotiazida) em baixas doses resulta em um 
efeito adicional significativo na redução da PA e dos desfechos cardiovasculares. A 
associação atenua ainda a ativação reflexa do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona 
pelos diuréticos e a hipocalemia em pacientes suscetíveis. Baseado na eficácia, segurança e 
desempenho favorável desses agentes, as combinações fixas de IECA ou BRA com diurético 
são as preferenciais. 
O uso de metildopa é contraindicado para idosos por causar bradicardia e exacerbar crises 
depressivas e a clonidina é contraindicada por causar sedação, depressão e hipotensão 
ortostática. 
Os medicamentos anti-hipertensivos devem ser iniciados com cautela em pacientes 
idosos, sempre com doses baixas e com aumento gradual, minimizando a incidência de 
eventos adversos. 
O uso de IECA deve ser cauteloso em pacientes com insuficiência renal crônica, e contra-
indicado em pacientes com estenose bilateral da artéria renal, insuficiência renal aguda, 
prévia ou que venha se desenvolver após o início do uso da IECA. No caso da questão, a 
paciente usa IECA há 15 anos, não faz menção dedoença renal, e não existe contra-
indicação ao uso de IECA em pacientes idosos apenas por serem idosos e tenderem a 
redução da taxa de filtração glomerular. Portanto, não existe indicação de suspender o 
captopril. 
 
Referência 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 
192 p. il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 19) 
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Comentário 50 
Resposta 
comentada 
Área: Pediatria 
Subárea: Gastroentereologia 
 
No caso apresentado o lactente está com quadro de diarréia aguda, que incialmente 
estava sendo tratada com soro caseiro, mas que evoluiu com piora, chegando a UPA com 
desidratação moderada, com sinais presentes bem definidos, mas sem sinais de choque. 
Neste caso a conduta inicial, ainda na unidade de saúde, será indicar o Plano Terapêutico B 
de reidratação, que no caso consiste de usar o SRO em pequenos volumes, 
frequentemente, conforme a aceitação da criança e até desaparecerem os sinais de 
desidratação. 
Plano A, oferecendo líquidos e soro caseiro em maior quantidade, após uso de 
antiemético e suspensão da dieta por 8 horas, no domicílio. INCORRETA - Pelo grau 
de desidratação, está indicado o plano B, e deve ser evitado uso de antieméticos. 
Plano A, oferecendo líquidos e soro caseiro em maior quantidade, mantendo a 
alimentação e corrigindo erros dietéticos, no domicílio. INCORRETA - Pelo grau de 
desidratação não resolveria mais só soro caseiro e líquido. 
Plano B, oferecendo o SRO, pequenos volumes por meio de gastróclise na 1ª hora, 
na UPA, independentemente da tolerância da criança. INCORRETA - Inicialmente deve 
ser tentado oferta da TRO por via oral, mesmo com vômitos, e só em casos de vômitos 
incoercíveis pode ser usado a gastroclise. 
Plano C, oferecendo infusão venosa de solução hidroeletrolítica, realizando a 
reparação rápida e a manutenção, no hospital. INCORRETA - O plano C só está 
indicado nos casos de desidratação com sinais de choque ou casos que não se 
resolveram com o plano B. 
 
Referências 
LEÃO, Ênio. Pediatria Ambulatorial (et al.). Belo Horizonte: Coopmed, 2013.1448 p. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manejo do paciente com diarreia. Disponível em: 
http://www.saude.gov.br/svs. 
 
Comentário 51 
http://www.saude.gov.br/svs
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Resposta 
comentada 
Àrea: Saude Coletiva/MFC 
Sub-área: Políticas de Saúde 
 
A conduta é "Estabilizar o paciente, manter o paciente internado e colocar o mesmo em sistema de 
regulação do SUS aguardando a disponibilização de vaga em hospital de referência." - Conforme o 
Conselho Nacional de Justiça em seu Enunciado nº 46 nas transferências hospitalares deve ser realizada 
a inserção do paciente nos sistemas de regulação, de acordo com o regramento de referência de cada 
Município, Região ou Estado, observados os critérios clínicos e priorização. (Redação dada pela III 
Jornada de Direito da Saúde – 18.03.2019) 
Conforme RESOLUÇÃO CFM nº 1.672/2003 Art. 1º inciso II pacientes com risco de vida não podem ser 
removidos sem a prévia realização de diagnóstico médico, com obrigatória avaliação e atendimento 
básico respiratório e hemodinâmico, além da realização de outras medidas urgentes e específicas para 
cada caso. 
Conforme RESOLUÇÃO CFM Nº 2079/14 Art. 13 pacientes instáveis, portadores de doenças de 
complexidade maior que a capacidade resolutiva da UPA, em iminente risco de vida ou sofrimento 
intenso, devem ser imediatamente transferidos a serviço hospitalar após serem estabilizados, se 
necessário utilizando a "vaga zero". Assim a transferência deve se dar após estabilização para Hospital 
que contemple o grau de complexidade do paciente e não para uma UPA. 
Conforme RESOLUÇÃO CFM Nº 2079/14 Art. 13 pacientes instáveis, portadores de doenças de 
complexidade maior que a capacidade resolutiva da UPA, em iminente risco de vida ou sofrimento 
intenso, devem ser imediatamente transferidos a serviço hospitalar após serem estabilizados, se 
necessário utilizando a "vaga zero". Assim a transferência deve se dar após estabilização para Hospital 
que contemple o grau de complexidade do paciente. Além disso conforme RESOLUÇÃO CFM nº 
1.672/2003 inciso VI todo paciente removido deve ser acompanhado por relatório completo, legível e 
assinado (com número do CRM), que passará a integrar o prontuário no destino. 
Conforme RESOLUÇÃO CFM nº 1.672/2003 inciso IV antes de decidir a remoção do paciente, faz-se 
necessário realizar contato com o médico receptor ou diretor técnico no hospital de destino, e ter a 
concordância do(s) mesmo(s). 
 
Referências 
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM - Brasil). Resolução nº 1.672/2003. Brasília: 2003. Disponível 
em https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2003/1672 acesso em 09/03/2022. 
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM - Brasil). Resolução nº 2.079/2014. Brasília: 2014. Disponível 
em https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2014/2079. acesso em 09/03/2022. 
 
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Comentário 52 
Resposta 
comentada 
Área: Saúde Coletiva/Medicina da Família e Comunidade 
Subárea: Gestão em Saúde/Medicina Baseada em Evidências 
 
 
A alternativa correta em relação aos conceitos de MBE abordados é “o risco relativo 
menor do que 1 revela que o uso de antibióticos protege de ITU recorrente”. 
O uso de antibióticos traz pouco benefício porque o intervalo de confiança (95%) perpassa o 
valor 1, e não 0,1. 
O número de pacientes que experimentam efeitos adversos devido ao uso de antibióticos é 
de 1,85. Incorreta, pois esse é o conceito de NNH, e não de NNT. 
Não houve indiferença quanto ao risco de infecções recorrentes com a utilização de 
antimicrobianos. O uso de antibióticos representou um fator de proteção. 
O NNT encontrado demonstra a necessidade de tratar um pequeno número de pacientes 
para obter benefício. 
 
Referências 
GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro C.; DIAS, Lêda C. Tratado de Medicina de Família e 
Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Grupo A, 2018. 
CAPÍTULO 29 - Medicina baseada em evidências aplicada à prática do médico de família e 
comunidade. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715369/. Acesso em: 14 mar. 
2022. 
 
Comentário 53 
Resposta 
comentada 
Área: Pediatria 
Subárea: Desenvolvimento e Crescimento 
 
 
Este menor interage com outras crianças quando estimulado, presta atenção nas tarefas e 
até quando assiste televisão. Portanto não parece caso de TDAH e nem de autismo. Pelo 
descrito, passa tempo excessivo na tela que pode levar a compromentimento psicosocial. 
Neste caso, a conduta incial é reduzir o tempo de tela e estimular atividades em grupo. 
 
Referência 
Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. 5 edição. Barueri, SP: Manole, 2021. 
 
Comentário 54 
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Resposta 
comentada 
Área: Clínica Médica 
Subárea: Cardiologia 
 
 
O diagnóstico de insuficiência cardíaca pode ser realizado em avaliação clínica, baseando-se 
na história e no exame físico (vide critérios de Framingham e os de Boston). Exames 
complementares como ecocardiograma e biomarcadores como peptídeos natriuréticos 
são métodos complementares auxiliares. A paciente da questão tem dois sinais maiores 
para insuficiência cardíaca (terceira bulha e turgência jugular patológica), logo pode ser feito 
o diagnóstico clínico de insuficiência cardíaca. Ela apresenta congestão pulmonar e boa 
perfusão, logo, sua descompensação é do tipo quente e úmida. Tem sinais de

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