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Controle dos estoques e sistemas de custeio Prof.ª Renata Sol Leite Ferreira da Costa Descrição Análise e mensuração de estoques, sistemas de custeio por absorção, custeio variável e custeio baseado em atividades (ABC). Propósito Compreender conceitos relacionados à mensuração dos estoques, bem como conhecer os principais sistemas de custeio utilizados na Contabilidade Gerencial e sua aplicação no dia a dia das empresas. Objetivos Módulo 1 Mensuração de estoques Aplicar conceitos relacionados à mensuração de estoques na resolução de problemas. Módulo 2 Sistema de custeio Calcular os custos de uma produção utilizando os sistemas de custeio por absorção e de custeio variável. Módulo 3 Custeio ABC Calcular os custos de uma produção utilizando o sistema de custeio baseado em atividades (ABC). Introdução Veremos como os estoques podem ser mensurados e controlados. Conheceremos também os principais sistemas de custeio utilizados pela Contabilidade Gerencial: custeio por absorção, custeio variável ou direto e custeio baseado em atividades ‒ Activity Based Cost (ABC). Tais conhecimentos são fundamentais para a tomada de decisão de uma empresa em relação aos seus estoques, tanto de matéria- prima quanto do produto ou da mercadoria comercializada. 1 - Mensuração de estoques Ao �nal deste módulo, você será capaz de aplicar conceitos relacionados à mensuração de estoques na resolução de problemas. Estoques Conceito Estoques são ativos que podem estar nas seguintes fases de produção: A manutenção de estoques pelas empresas é de extrema importância, pois, por meio deles, é possível: manter a independência da produção; atender às variações de demandas pelo produto; programar a produção com certa flexibilidade; Forma de materiais ou suprimentos São os estoques de materiais ou matéria-prima adquiridos pela empresa que ainda não sofreram qualquer transformação decorrente de seu processo produtivo. Foram simplesmente adquiridos e estocados. Processo de produção para venda São aqueles que já se encontram em alguma fase do processo produtivo da empresa, mas que ainda não estão prontos ou acabados. Também denominados produtos em elaboração, em processo ou semiacabados. Manutenção para venda no curso normal dos negócios São aqueles que já passaram por todas as fases do processo produtivo da empresa e se encontram prontos para a venda. O custo dos produtos acabados compreende todos os gastos realizados para sua elaboração, desde que saíram do estoque de matéria-prima até sua conclusão. Também denominados produtos acabados. evitar falta de insumos, caso o principal fornecedor tenha algum problema operacional. No entanto, manter um estoque muito grande não é sempre recomendado. Além dos custos para a manutenção desse estoque, há risco de deterioração e, dependendo do tipo de matéria-prima, de desvalorização tecnológica, por exemplo. Mensuração De acordo com a Contabilidade Financeira, que segue a norma NBC TG 16 – Estoques, os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. No entanto, para fins de Contabilidade Gerencial, a empresa pode optar por mensurar seu estoque da forma que achar mais relevante na condução de seus negócios e para seu processo de tomada de decisão. Não é obrigatória a utilização dessa norma, apesar de muitas empresas optarem por utilizar o mesmo normativo para a Contabilidade Gerencial. O valor de custo dos estoques deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. Já o valor realizável líquido é o preço de venda estimado no mercado, líquido dos custos para sua conclusão e dos gastos estimados para a realização de sua venda. Em outras palavras, trata-se do quanto a empresa efetivamente espera realizar quando da venda daquele estoque. Lembre-se de que, como existem três tipos de estoque (matéria-prima, produtos em processo e produtos acabados), devem ser considerados os custos necessários para finalizar os estoques, como se todos estivessem prontos para a venda. O custo de aquisição de um estoque engloba: preço de compra; impostos de importação e outros tributos não recuperáveis; custos de transportes, seguro e manuseio; outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Importante mencionar que os descontos comerciais e abatimentos são reduções do custo de aquisição. Os custos de transformação de estoques incluem: Custos diretamente relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção (mão de obra direta). Alocação sistemática de custos indiretos de produção (fixos e variáveis) que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. A alocação de custos indiretos fixos às unidades produzidas deve ser baseada na capacidade normal de produção. Caso tenha períodos de férias coletivas ou elevada sazonalidade, a empresa deve ratear seus custos fixos ao longo do ano, considerando a produção média. Como consequência, o valor do custo indireto fixo alocado a cada unidade produzida não pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produção ou ociosidade. Os custos fixos não alocados aos produtos devem ser reconhecidos diretamente como despesa no período em que são incorridos. Os custos indiretos de produção variáveis devem ser alocados a cada unidade produzida com base no uso real dos insumos variáveis de produção, ou seja, na capacidade real utilizada. Já os seguintes itens devem ser reconhecidos como despesa do período em que são incorridos: Produção média Aquela que se espera atingir ao longo de vários períodos em circunstâncias normais, levando em consideração a parcela da capacidade total não utilizada por causa de manutenção preventiva, de férias coletivas e de outros eventos semelhantes considerados normais para a entidade. Item 1 Valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de produção. Item 2 Gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre uma e outra fase de produção (neste caso, devem ser reconhecidos como custo do processo produtivo), como câmaras frigoríficas para armazenamento de estoques perecíveis. Item 3 Despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque a seu local e sua condição atuais. Item 4 Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes. Encargos financeiros decorrentes de empréstimos ou financiamentos contratados pela empresa para aquisição de matéria-prima devem ser contabilizados como despesa e não como custo da produção. A contabilização ocorre dessa maneira, uma vez que eles não fazem parte do processo produtivo, ou seja, não são necessários para a produção. Empréstimos e financiamentos ocorrem por falta de capital próprio da empresa ou por uma preferência de capital de terceiros a consumir seus próprios recursos. No entanto, a Contabilidade Financeira determina, na norma NBC TG 20 – Custos de Empréstimos, que a entidade deve capitalizar os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo quando for provável que eles resultarão em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com confiabilidade. Da mesma forma, a utilização ou não desse critério para fins de Contabilidade Gerencial é uma escolha da administração. É ela que deve considerar esse custo como parte integrante de seu estoque para a tomada de decisão ou não, sendo uma norma obrigatória para a Contabilidade Financeira. Ativo quali�cável Aquele que, necessariamente, demanda um período substancial para ficar pronto para uso ou venda pretendidos. Exemplos: avião, navio etc. Critérios de mensuração De acordo com a norma NBC TG 16, o custo dos estoques que nãosejam de produção por ordem ou encomenda – os quais veremos mais adiante – deve ser atribuído pelo uso dos seguintes critérios: Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) – First-in, First-out (FIFO) – e custo médio ponderado (também chamado de preço médio ponderado). Tal regra é aplicável à Contabilidade Financeira, que deve, obrigatoriamente, para fins de reporte de demonstrações financeiras, aplicar um desses critérios de mensuração de estoques. Além disso, a entidade deve usar o mesmo critério de custeio para todos os estoques que tenham natureza e uso semelhantes. Para os estoques que tenham outra natureza ou uso, podem justificar-se diferentes critérios de valoração. Da mesma forma, essa regra é aplicável para fins de reporte de demonstrações financeiras (Contabilidade Financeira). Já para a Contabilidade Gerencial, o custo dos estoques pode ser mensurado utilizando um dos três critérios a seguir. Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) – First-in, First-out (FIFO) O custo é mensurado pelos preços mais antigos, permanecendo os adquiridos mais recentemente em estoque. Assim, se considerarmos uma economia com preços crescentes, levaremos para a produção a matéria-prima com os preços mais antigos (mais baixos) e manteremos no estoque de matéria-prima as aquisições com preços mais recentes (mais altos). Dessa forma, o custo da produção fica menor comparado ao custo do estoque da matéria-prima. O resultado apurado vai ser maior (visto que o custo é menor), e o valor do ativo fica maior se compararmos com o critério Último a Entrar, Primeiro a Sair (UEPS) – Last-in, First-out (LIFO) –, que veremos mais adiante. Exemplo Uma empresa apresentou, no fim de determinado período, um saldo final de matéria-prima de 400 litros, adquiridos a R$1,20 o litro. No período exatamente subsequente, ocorreram as seguintes movimentações: No dia 6, foram adquiridos 300 litros a R$1,40 o litro. No dia 10, foram adquiridos 150 litros a R$1,50 o litro. No dia 15, foram adquiridos 240 litros a R$1,80 o litro. No dia 20, foram requisitados para a produção 350 litros. No dia 25, foram requisitados para a produção 250 litros. Qual é valor do estoque final, considerando que a empresa adota o PEPS? Veja na tabela a seguir: PEPS Quantidade Valor unitário Estoque inicial 400 $1,20 Dia 6 - aquisição 300 $1,40 Dia 10 - aquisição 150 $1,50 Dia 15 - aquisição 240 $1,80 Dia 20 - requisição (350) $1,20 Saldo 740 PEPS Quantidade Valor unitário 50 $1,20 300 $1,40 150 $1,50 240 $1,80 Dia 25 - requisição (250) (50) $1,20 (200) $1,40 Estoque final 490 100 $1,40 150 $1,50 240 $1,80 Renata Sol Leite Ferreira da Costa Algumas observações: O valor total de $(420,00) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção; O valor total de $(340,00) do dia 25 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção; O valor total de $(797,00) do estoque final se refere ao custo da matéria- prima levada à produção. Último a Entrar, Primeiro a Sair (UEPS) – Last-in, First-out (LIFO) O custo é mensurado pelos preços mais recentes, permanecendo os primeiramente adquiridos em estoque. De forma contrária ao PEPS, se considerarmos uma economia com preços crescentes, levaremos para a produção a matéria-prima com os preços mais recentes (mais altos) e manteremos no estoque de matéria- prima as aquisições com preços mais antigos (mais baixos). Dessa forma, o custo da produção fica maior comparado ao custo do estoque da matéria-prima. O resultado apurado vai ser menor (visto que o custo é maior), e o valor do ativo fica menor se compararmos com o PEPS. Exemplo Uma empresa tinha o estoque inicial de 125 unidades com o valor total de $1.585,00. Ocorreram as seguintes movimentações: Estoque adquirido no dia 7 = 40 unidades a R$ 10,00 a unidade. Estoque adquirido no dia 9 = 50 unidades a R$ 12,00 a unidade. Estoque adquirido no dia 13 = 15 unidades a R$ 15,00 a unidade. Estoque adquirido no dia 17 = 20 unidades a R$ 18,00 a unidade. No dia 20, foram vendidas 30 unidades. Qual o custo da mercadoria vendida, considerando que a empresa adota o UEPS? Veja na tabela a seguir: UEPS Quantidade Valor unitário Estoque inicial 125 Dia 7 - compra 40 $10,00 Dia 9 - compra 50 $12,00 Dia 13 - compra 15 $15,00 Dia 17 - compra 20 $18,00 Dia 20 - venda (30) Renata Sol Leite Ferreira da Costa Observação: O valor total de $(510,00) do dia 20 - venda se refere ao custo do estoque vendido. Preço ou custo médio ponderado Há dois tipos de preço ou custo médio ponderado que são opostos entre si. São eles: Móvel Que considera o preço ou custo médio do material em estoque com controle constante. Fixo Que considera o preço ou custo médio do material em estoque com controle ao final do exercício. A legislação brasileira apenas aceita o último método (preço ou custo médio ponderado fixo), caso seja mensurado com base em compras de um período menor do que a rotação do estoque. Caso contrário, não é aceito. No caso do preço ou custo médio ponderado, se considerarmos uma economia com preços crescentes, levaremos para a produção a matéria-prima com os preços médios e manteremos no estoque de matéria-prima as aquisições com preços iguais (médios). Assim, o custo da produção fica equiparado ao custo do estoque da matéria-prima. Notem que ele não fica igual, mas fica mais equilibrado do que no UEPS e no PEPS. Exemplo Uma indústria apresentou a seguinte movimentação de matéria-prima no mês de janeiro: Saldo inicial de matéria-prima = 5.000 unidades (R$25.000,00); Dia 7 = compra de 20.000 unidades por R$100.000,00; Dia 7 = pago frete para transporte da matéria-prima até a fábrica por R$6.000,00; Dia 7 = pago seguro sobre o transporte da matéria-prima por R$4.000,00; Dia 10 = compra de 25.000 unidades por R$137.500,00; Dia 15 = utilizadas na produção 20.000 unidades; Dia 20 = compra de 20.000 unidades por R$60.000,00; Dia 27 = utilizadas na produção 25.000 unidades. A indústria utiliza o método do preço ou custo médio ponderado móvel para avaliar seu estoque. Qual o custo da matéria-prima utilizada na produção no mês de janeiro? Segundo o método do preço ou custo médio ponderado móvel, a cada movimentação do estoque devemos calcular o custo que permanece nele da seguinte forma: CMPM Quantidade Valor unitário Estoque inicial 5.000 $5,00 Dia 7 - aquisição 20.000 $5,50 Dia 10 - aquisição 25.000 $5,50 CMPM Quantidade Valor unitário Dia 10 - saldo 50.000 $5,45 Dia 15 - requisição (20.000) $5,45 Dia 17 - saldo 30.000 $5,45 Dia 20 - aquisição 20.000 $3,00 Dia 20 - saldo 50.000 $4,47 Dia 27 - requisição (25.000) $4,47 Estoque final 25.000 $4,47 Renata Sol Leite Ferreira da Costa Algumas observações: O valor total de $(109.000) do dia 15 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção; O valor total de $(111.750) do dia 27 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção. Aplicação dos critérios de mensuração dos estoques Exemplo Suponha que uma empresa movimentou seu estoque de matéria-prima da seguinte forma no último mês: Estoque inicial = 100 unidades no valor de R$15,00 a unidade; Dia 5 = aquisição de 500 unidades no valor de R$18,00 a unidade; Dia 6 = requisição de 300 unidades para produção; Dia 10 = aquisição de 400 unidades no valor de R$19,00 a unidade; Dia 20 = requisição de 500 unidades para produção. Com base nesses dados, qual seria o custo final do estoque e qual o custo da matéria-prima utilizada na produção? Veja a seguir: Quantidade Valor unitário Estoque inicial 100 $15,00 Dia 5 - aquisição 500 $18,00 Dia 6 - requisição (300) Dia 10 - aquisição 400 $19,00 Dia 20 - requisição (500) Estoque final 200 Renata Sol Leite Ferreira da Costa Teremos outros resultados se utilizarmos os seguintes critérios: Controle do estoque com PEPS. PEPS Se a administração utilizar o critério PEPS para a mensuração de seus estoques, as primeirasunidades que entraram no estoque serão as primeiras a sair quando houver requisição de matéria-prima para a produção. Logo, o controle do estoque ficaria como está na tabela correspondente. Algumas observações: O valor total de $(1.500,00) do dia 06 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção; O valor total de $(3.600,00) do dia 06 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção; O valor total de $(5.400,00) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção; O valor total de $(3.800,00) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção. Controle do estoque com UEPS. UEPS Se a administração utilizar o critério UEPS para a mensuração de seus estoques, as últimas unidades que entraram no estoque serão as primeiras a sair quando houver requisição de matéria-prima para a produção. Portanto, o controle do estoque ficaria como está na tabela correspondente. Algumas observações: O valor total de $(5.400,00) do dia 06 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção; O valor total de $(7.600,00) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção; O valor total de $(1.800,00) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção. Controle do estoque com preço ou custo médio ponderado móvel. Preço ou custo médio ponderado móvel Se a administração utilizar o critério do preço ou custo médio ponderado móvel para a mensuração de seus estoques, a cada movimentação do estoque ela deverá contabilizar seu estoque médio para saber quanto permanece em estoque e quanto está sendo levado como custo para a produção. Por conseguinte, o controle do estoque ficaria como está na tabela correspondente. Algumas observações: O valor total de $(5.250,00) do dia 06 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção; O valor total de $(9.178,57) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção. Controle do estoque com preço ou custo médio ponderado fixo. Preço ou custo médio ponderado �xo Por fim, se a administração utilizar o critério do preço ou custo médio ponderado fixo para a mensuração de seus estoques, não precisará contabilizar seu estoque a cada movimentação ocorrida nele. No final do período, ela verificará todas as entradas de material (compras e estoque inicial) e contabilizará o valor do estoque médio. Assim, o cálculo do CMPF fica da seguinte forma: é somado o valor $1.500,00 com $9.000,00 e $7.600 e divide-se o resultado obtido pela soma por 1000, o que dá 18,10. Algumas observações: O valor total de $(5.430,00) do dia 06 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção; O valor total de $(9.050,00) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção. Repare que, em cada um dos quatro métodos escolhidos, os valores finais dos estoques de matéria-prima e, consequentemente, do custo da matéria-prima levada à produção (que comporá o custo dos produtos elaborados) são distintos: Critério Valor final do estoque Valor custo leva à produção PEPS $3.800,00 $14.300,00 UEPS $3.300,00 $14.800,00 CMPM $3.500,00 $14.428,57 CMPF $3.620,00 $14.480,00 Renata Sol Leite Ferreira da Costa Apesar de ser uma escolha da administração, é necessária uma constância nessa seleção do método para permitir que haja a possibilidade de comparação e de elaboração de orçamentos. Com base nessas regras, o custo do material utilizado na produção respeita a seguinte lógica: UEPS › Preço ou custo médio › PEPS De forma contrária, o valor final do estoque de material segue a seguinte lógica inversa: PEPS › Preço ou custo médio › UEPS Com base nesse exemplo e nos valores diversos alcançados, fica clara a necessidade de buscar o melhor critério que permita a alocação mais adequada dos custos do estoque e da matéria-prima consumida na produção para a tomada de decisão. Aplicação dos critérios de mensuração de estoques Veja os critérios PEPS, UEPS e Custo Médio Ponderado por meio da resolução de um exercício. Tributos Os impostos são considerados custos quando a empresa não possui nenhum tipo de isenção ou suspensão deles (impostos não recuperáveis). Os impostos não são considerados custos quando a empresa é contribuinte deles (impostos recuperáveis). Agora, vamos ver um exemplo de mensuração do estoque considerando os impostos. Exemplo Uma empresa revendedora de mercadorias, que possuía um saldo inicial da conta de estoques de mercadorias de R$25.000,00, apurou os seguintes dados no final do período: Aquisições de mercadorias = R$80.000 incluindo 15% de ICMS; Vendas = R$125 mil incluindo 15% de ICMS; Saldo final da conta estoque de mercadorias = R$30.000. Com base nessas informações, qual o lucro bruto da empresa? Primeiro, encontraremos o valor que deve ser contabilizado como custo de aquisição da mercadoria. Como o ICMS é um imposto por dentro da Nota, está incluído no valor de R$80.000. Logo, temos: Valor NF R$ 80.000 ICMS R$ (12.000) Valor mercadoria R$ 68.000 Saldo inicial R$ 25.000 Compras R$ 68.000 Vendas R$ 63.000 Saldo final R$ (30.000) Vendas R$ 125.000 (-) ICMS s/ vendas R$ (18.750) Compras Estoque de mercadoria DRE Receita líquida R$ 106.250 (-) CMV R$ (63.000) Lucro bruto R$ 43.250 Assim, o lucro bruto da empresa do exemplo apresentado é de R$43.250,00. Estoques na produção por ordem ou encomenda e produção contínua Existem determinadas indústrias que produzem por ordem ou encomenda, ou seja, a produção, muitas vezes personalizada, atende a encomendas específicas. Exemplos: Indústria naval Fabricantes de aviões Indústrias de equipamentos de precisão e sob medida Construção civil s Serviços de consultoria e auditoria O custo dos estoques desses itens, que não são normalmente intercambiáveis, e de bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos deve ser atribuído pelo uso da identificação específica de seus custos individuais (produção por ordem ou encomenda). Nesses casos, os custos dos estoques devem ser acumulados na conta especí�ca de cada ordem ou encomenda, que somente se encerrará quando sua produção for concluída. Depois disso, seus valores serão transferidos para estoque de Produtos Acabados ou Custo dos Produtos Vendidos (CPV), conforme o caso. A produção por ordem ou por encomenda se diferencia da produção contínua ou em série, uma vez que, nesta última, há produção contínua de produtos iguais (padronizados). Exemplos: Indústria de produtos farmacêuticos Indústrias de produtos alimentícios Indústria automobilística Indústria siderúrgica No caso da produção contínua, os custos são acumulados nas contas específicas de cada linha de produção, encerradas periodicamente. Dependendo do estágio de produção, seus valores serão transferidos para Estoque de Produtos em Processo, Estoque de Produtos Acabados ou Custo dos Produtos Vendidos (CPV), conforme o caso. Veja as principais diferenças entre os tipos de produção apresentados: Produção Contínua Por ordem Mercado Muitos compradores Poucos compradores Volume Para atender a uma demanda global Para atender a u demanda específica Necessidade do produto Geral do mercado Geral do mercad Vendas Procura e oferta Procura e oferta Produto acabado Unidades iguais ou muito semelhantes Ordens diferenciadas Produção Desenvolvimento do produto Especificação do fabricante Especificação d fabricante Volume de produção Planejado pelo fabricante Planejado pelo fabricante Local de produção Fornecedor Fornecedor Prazo para produção Geralmente mensal Variável Padrões de serviços Fácil Difícil Estoque de matéria-prima Permanente Temporário Estoque de produtos acabados Importante (necessário) Importante (necessário) Período de apuração dos custos finais Início / término do período contábil Início/ término lote Adaptada de Martins (2010). A produção contínua ou em série segue o fluxograma apresentado a seguir, sem diferenciação entre os produtos na linha de produção: Não há distinção entre os produtos, exceto quanto à sua fase de produção: Alguns ainda se encontram na forma de matéria-prima; Outros já estão em elaboração; Alguns estão finalizados, esperando ser vendidos; Outros já foram alienados. Nem sempre um produto consegue passar por todos esses processos ao longo de um mês. Muitas vezes, parte da produção ainda está em elaboração no final do período de análise. Outras tantas, a produção terminada iniciou-se em meses anteriores. Equivalente de produção Para os produtos que ainda estão em fase de elaboração, atribui-se o conceito de equivalente de produção: uma forma utilizada para calcular o preço ou custo médio unitário quando há produtos em elaboração (inacabados) ao término de cada período. Nesse caso, consideramos as unidades totalmente iniciadas e acabadas para a apuração do custo. Assim, por exemplo, 80 unidades com um grau de acabamento de 75% equivalem a 60 unidades 100% acabadas. Para o conceito ficar mais claro, vejamos alguns exemplos. Exemplos Uma indústria fabrica termômetros e toda a produção passa por dois departamentos. Em determinado mês, a indústria apurou os seguintes dados: Informação Departamento 1 Departamento 2 Unidades iniciadas 100.000 94.000 Unidades acabadas 94.000 64.000 Custos: Matéria-prima $15.450 $9.000 MOD $42.000 $16.000 CIFs $25.000 $9.100 Estágio de produção 50% 40% Renata Sol Leite Ferreira da Costa Com base nessas informações, a administração da indústria de termômetros quer calcular o custo unitário da produção acabada nesse mês. Como existem unidades não acabadas, ela precisará utilizar o conceito de equivalente de produção. Como fazer essa apuração? Primeiro, devemos calcular o custo dos produtos que foram acabados nos seguintes departamentos: Departamento 1 Nesse departamento, foi iniciada a produção de 100.000 unidades, mas foram concluídas somente 94.000 unidades. Em outros termos, 6.000 unidades foram iniciadas, mas não foram concluídas até o final do mês. Isso significa que essas 6.000 unidades, iniciadas e não acabadas no mês corrente, tiveram custos desse mês atribuídos a elas, mas ainda incorrerão em custos no mês seguinte. Os custos totais somam R$82.450,00. De acordo com os dados apresentados, essas 6.000 unidades estão no estágio de produção de 50%, ou seja, estão concluídas pela metade. Então, 6.000 unidades no estágio de produção de 50% equivalem a 3.000 unidades a 100%, ou seja, prontas. Considerando que foram iniciadas e terminadas 94.000 unidades no departamento 1, e as demais 6.000 unidades no estágio de produção de 50% equivalem a 3.000 unidades prontas, o total de quantidades iniciadas e terminadas equivale a 97.000 unidades (94.000 + 3.000). Dividindo o total dos custos pela quantidade, chegamos a um custo unitário de R$0,85 (R$82.450,00 / 97.000). Seguindo o raciocínio, 94.000 unidades finalizadas no departamento 1 foram enviadas ao departamento 2 para dar continuidade ao processo produtivo. Essas 94.000 unidades trouxeram custos do departamento 1 no valor de R$79.900,00 (94.000 × R$0,85). Departamento 2 Nesse departamento, foram incorridos mais custos (R$34.100,00) e iniciada a produção de 94.000 unidades, porém concluídas somente 64.000 unidades. Em outros termos, 30.000 unidades foram iniciadas, mas não foram concluídas até o final do mês. De acordo com os dados apresentados, essas 30.000 unidades estão no estágio de produção de 40%, ou seja, é como se as 30.000 unidades a 40% fossem 12.000 unidades a 100%. Assim, 30.000 unidades no estágio de produção de 40% equivalem a 12.000 unidades prontas. Considerando que foram iniciadas e terminadas 64.000 unidades no departamento 2, e as demais 30.000 unidades no estágio de produção de 40% equivalem a 12.000 unidades prontas, o total de quantidades iniciadas e terminadas equivale a 76.000 unidades (64.000 + 12.000). Somando os custos do departamento 2 (R$34.100,00) aos custos dos produtos que vieram do departamento 1 (R$79.900,00), chegamos ao custo total dos produtos acabados no departamento 2 de R$114.000,00. Dividindo o total dos custos pela quantidade, chegamos a um custo unitário da produção acabada no mês de R$1,50 (R$114.000,00 / 76.000). Uma indústria apurou as seguintes informações: Abril/2020 Estoque inicial = 0; Custos da produção do período = R$7.500,00; Unidades iniciadas e acabadas no período = 4.500; Maio/2020 Custos da produção do período = R$11.000,00; Unidades iniciadas no período = 5.200; Unidades acabadas no período = 4.000; Estágio de processamento das unidades não acabadas = 1/3. Qual o custo unitário das unidades acabadas produzidas no mês de maio? Veja: Mês 1 Mês 2 Custos da produção $7.500 $11.000 Unidades iniciadas 4.500 5.200 Unidades acabadas 4.500 4.000 Estágio de produção 100% 33% Equivalente de produção 4.400 Custo unitário das unidades acabadas $2,50 Renata Sol Leite Ferreira da Costa Observações: O equivalente de produção do mês 02 é calculado por 4000 unidades acabadas + 1/3 das unidades iniciadas e não acabadas. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Uma empresa apurou as seguintes movimentações no mês corrente: · Saldo inicial da conta estoque de mercadorias = R$30.000,00; · Aquisições de mercadorias = R$100.000,00, inclusos 15% de ICMS; · Vendas = R$130.000,00, inclusos 15% de ICMS; · Devolução de vendas = R$15.000,00; · Saldo final da conta estoque de mercadorias = R$50.000,00. Com base nessas informações, qual é o lucro bruto apurado pela companhia? A R$31.000,00 Parabéns! A alternativa B está correta. Compras Valor NF: R$ 100.000 ICMS (15%): R$ (15.000) Valor mercadoria: R$ 85.000 Estoque de mercadoria Saldo inicial: R$ 30.000 Compras: R$ 85.000 Saldo final: R$ (50.000) Vendas: R$ 65.000 DRE Vendas: R$ 130.000 (-) ICMS s/ vendas: R$ (19.500) (-)Devolução: R$ (15.000) Receita líquida: R$ 95.500 (-) CMV: R$ (65.000) Lucro bruto: R$ 30.500 Questão 2 Uma empresa apresentou as seguintes informações: · Unidades em elaboração no mês de maio = 10.000 (50% estágio de produção); · Custo de produção do mês de junho = R$87.000,00; · Unidades novas iniciadas no mês de junho = 35.000; · Unidades acabadas no mês de junho = 30.000; · Unidades em elaboração no mês de junho = 15.000 (40% estágio de produção). Qual é o equivalente total de produção? B R$30.500,00 C R$30.000,00 D R$29.500,00 E R$95.500,00 A 31.000 unidades Parabéns! A alternativa A está correta. Custos da produção Mês 01: Mês 02: $87.000 Unidades iniciadas Mês 01: Mês 02: 35.000 Unidades acabadas Mês 01: Mês 02: 30.000 Unidades iniciadas e não acabadas Mês 01: 10.000 Mês 02: 15.000 Estágio de produção Mês 01: 50% Mês 02: 40% Equivalente de produção Mês 01: 5.000 Mês 02: 31.000, que é o resultado de 30.000 unidades acabadas + 40% das unidades iniciadas e não acabadas - equivalente de produção do mês 01. B 30.000 unidades C 29.600 unidades D 41.000 unidades E 35.000 unidades 2 - Sistema de custeio Ao �nal deste módulo, você será capaz de calcular os custos de uma produção utilizando os sistemas de custeio por absorção e de custeio variável. Sistemas de custeio Custeio é a apropriação de custos. Existem diversos sistemas de custeio que podem ser utilizados pelas empresas para apropriar seus custos aos produtos. Os principais são: Custeio por absorção Custeio variável Custeio baseado em atividades (ABC) A seguir, estudaremos sobre cada um deles. Sistema de custeio por absorção Neste tipo de sistema, ocorre a apropriação de todos os custos (custos fixos + custos variáveis) à produção. As despesas são diretamente reconhecidas no resultado. Esse é o sistema de custeio previsto na Contabilidade Financeira (NBC TG 16 – Estoques) e aceito pelasempresas de auditoria externa e pela Receita Federal. No entanto, para fins de Contabilidade Gerencial, a empresa pode optar por qualquer um dos tipos de custeio. Para utilizar o custeio por absorção, devemos seguir estes procedimentos: 1. Segregação entre custos e despesas. 2. Apropriação dos custos à produção do período. 3. Apuração do custo da produção acabada e dos produtos vendidos. 4. Apuração do resultado do período. De acordo com esse sistema, a receita deve ser reconhecida apenas na transferência do bem ou serviço. As despesas e receitas devem ser reconhecidas nos períodos a que competirem. Para entendermos melhor o sistema de custeio por absorção, vejamos alguns exemplos. Exemplos Uma indústria produziu 2.000 unidades de maçanetas de alumínio em agosto. Seus custos fixos desse mês foram de R$10.000,00, seus custos variáveis foram de R$5,00 por unidade e as despesas incorridas no mesmo período foram de R$5.000,00. Foram vendidas 1.500 unidades pelo preço de R$30,00 cada. Com base nesses dados, a contabilidade foi apurar o resultado de agosto, que deu a seguinte fórmula: Receita com vendas: R$45.000,00 (-) CPV: (R$15.000,00), que é calculado por 1500 unidades x R$10,00 Lucro bruto: R$30.000,00 (-) Despesas operacionais: (R$5.000,00) Lucro líquido: R$25.000,00 Custo da produção acabada em estoque é igual a R$5.000,00 (R$10,00 × 500 unidades). Agora uma indústria apurou os seguintes dados: Quantidade produzida = 50.000; Custos fixos = R$1.200.000,00; Preço de venda unitário = R$500,00; Custo variável = R$50,00/unidade; Despesa variável = R$40,00/unidade; Despesas fixas = R$500.000,00; Quantidade vendida = 40.000. Com base nas informações apresentadas, qual é o valor do estoque final da empresa, utilizando o critério do custeio por absorção? Veja a seguir: Custos �xos Custo da produção = custos fixos (R$10.000, 00) + custos variáveis (R$5, 00 × 2.000 unidade Custo da produção unitária = R$20.000, 00 2.000 = R$10, 00/ unidade $1.200.000 Custos variáveis $2.500.000 Custos do período $3.700.000 Custos unitários $74,00 Custo do estoque �nal $740.000 Observações: Os custos unitários são calculados por = $3.700.00 / 50.000 und; O custo do estoque final é calculado por = (50.000 und - 40.000 und) x 54. Sistema de custeio variável ou direto O sistema de custeio variável ou direto considera como custos da produção apenas os custos variáveis. Os custos fixos e as despesas são diretamente reconhecidos no resultado do período em que incorreram, independentemente da venda da produção. Esse sistema parte do princípio de que os custos fixos e as despesas, por não terem relação direta com a produção (eles existem independente de produção) e por serem apropriados aos produtos por meio de rateios (implicando sempre um grau de arbitrariedade), são menos gerenciáveis pela empresa do que os custos variáveis. Assim, temos: Custos variáveis Custo da produção. Custos �xos + despesas Resultado do período (despesa). Esse custeio é muito usado pela Contabilidade Gerencial para fins de tomada de decisão, pois emprega o conceito de margem de contribuição. No entanto, ele não é permitido pela Contabilidade Financeira, pois fere a realização da receita, a confrontação e a competência, já que todos os custos fixos são reconhecidos como despesas, independentemente de seus produtos correspondentes terem sido vendidos. Saiba mais Tais conceitos estão presentes na NBC TG – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro – norma utilizada pela Contabilidade Financeira. Para entendermos melhor o sistema de custeio variável ou direto, vejamos alguns exemplos. Exemplos Vamos retomar o exemplo anterior, da indústria que produziu 2.000 unidades de maçanetas de alumínio. Utilizando o sistema de custeio variável, como ficaria o resultado da empresa? Veja a fórmula a seguir: Assim, temos o seguinte: Receita com vendas R$45.000,00 (-) CPV R$7.500,00 Lucro bruto R$37.500,00 (-) Despesas operacionais R$15.000,00 Lucro líquido R$22.500,00 Observações: O CPV é calculado por 1500 unidades x R$5,00; As despesas operacionais são calculadas por custos fixos + despesas. Custo da produção = custos variáveis (R$5, 00 × 2.000 unidades ) = R$10.000 O custo da produção acabada em estoque é igual a R$2.500,00 (R$5,00 × 500 unidades). Se compararmos o mesmo exemplo utilizado para os diferentes tipos de custeio apresentados (custeio por absorção e custeio variável), chegaremos a resultados distintos: Custeio por absorção Custeio variável Receita com vendas $45.000 $45.000 (-) Custo da produção vendida $(15.000) $(7.500) Lucro bruto $30.000 $37.500 (-) Despesas $(5.000) $(15.000) Lucro líquido $25.000 $22.500 Custo do estoque de produtos acabados $5.000 $2.500 Renata Sol Leite Ferreira da Costa É possível observar que, no custeio por absorção, o lucro líquido é maior do que no custeio variável. Isso acontece porque, nesse sistema de custeio, todos os custos são apropriados à produção e apenas levados ao resultado na efetiva venda deles, proporcionalmente. Já no custeio variável, os custos fixos são integralmente considerados despesas, afetando o resultado, sem ser proporcional às vendas. Note que a diferença entre os lucros líquidos apurados é exatamente a mesma (com sinal contrário) dos custos do estoque de produtos acabados entre os dois sistemas de custeio. Agora, uma empresa, que utiliza o custeio direto, apresentou os seguintes resultados no mês de outubro de 2019: Custos fixos = R$220.000,00; Custo variável unitário = R$20,00; Despesas fixas = R$110.000,00; Despesa variável unitária = R$10,00; Quantidade produzida = 35.000; Quantidade vendida = 20.000; Preço de venda = R$70,00 por unidade. Com base nessas informações, qual é o resultado operacional da empresa? Vendas 1.400.000 (-) CPV (600.000) (-) Custos e despesas �xas $(330.000) Resultado operacional 470.000 Observações: 1.400.000 é calculado por = 70 x 20.000; (600.000) é calculado por = 30 x 20.000; (330.000) é calculado por = 220.00 + 110.000. Sistemas de custeio por absorção e custeio variável Veja os sistemas de custeio por absorção e custeio variável e a aplicação dos dois conceitos em um exemplo numérico, comparando os resultados obtidos em cada um dos sistemas. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Uma empresa industrial, que utiliza o custeio por absorção, incorreu nos seguintes gastos para produzir 2.500 unidades de seu produto: · Custos fixos = R$50.000,00; · Custos variáveis = R$20,00 por unidade; · Despesas fixas = R$12.000,00; · Despesas variáveis = R$5,00 por unidade; · Comissões sobre venda = 8% do preço de venda. O preço de venda praticado é de R$100,00 por unidade, e foram vendidas 700 unidades. Qual é o custo unitário da produção? Parabéns! A alternativa D está correta. Vamos aos cálculos: Quantidade produzida: 2.500 Custos fixos: $50.000 Custo variável unitário: $20 Custo variável total: $50.000, que é calculado por = 1.000 und x $13 Custos totais: $100.000, que é calculado por = $21.000 + $13.000 Custo unitário da produção: $40, que é calculado por $100.000 /2.500 und. Questão 2 Uma indústria, que utiliza o sistema de custeio variável, vende seu produto por R$24,00 a unidade e apurou os seguintes custos no mês: · Custo variável unitário = R$12,00; · Custos fixos = R$250.000,00. Considerando que a indústria produziu 30.000 unidades e vendeu 20.000, qual é o resultado obtido? A R$37,00 B R$38,00 C R$39,00 D R$40,00 E R$42,00 Parabéns! A alternativa D está correta. Vamos aos cálculos: Vendas: $480.000, que é calculado por = $24 x 20.000 und (-) CPV: (240.000), que é calculado por = $12 x 20.000 und (-) Custos e despesas fixas: $(250.000) Resultado operacional: (10.000) 3 - Custeio ABC Ao �nal deste módulo, você será capaz de calcular os custos de uma produção utilizando o sistemade custeio baseado em atividades (ABC). Sistema de custeio baseado em atividades (ABC) A Lucro de R$5.000,00 B Lucro de R$10.000,00 C Prejuízo de R$5.000,00 D Prejuízo de R$10.000,00 E Prejuízo de R$15.000,00 Conceito O sistema de custeio baseado em atividades (ABC) é uma metodologia de alocação dos custos indiretos aos produtos, que tem por base os conceitos de processos, atividades e direcionadores de custos. Esse sistema busca reduzir as discrepâncias que ocorrem na alocação dos custos indiretos, de forma arbitrária, por meio de rateios pelas empresas. Ele também é uma importante ferramenta para o gerenciamento dos custos da organização, não apenas dos custos indiretos. Apesar de também ser possível empregá-lo para a alocação de custos diretos, sua utilização não apresenta muitas diferenças em relação aos demais sistemas de custeio apresentados. O custeio ABC foi desenvolvido para diminuir os problemas de alocação dos custos indiretos aos produtos, buscando refletir mais precisamente as proporções efetivas dos custos indiretos consumidos pela atividade produtiva. A administração deve identificar os fatores causais (direcionadores de custos) e utilizá-los como forma de alocar os custos indiretos. Resumindo O custeio ABC tem por objetivo avaliar com precisão as atividades desenvolvidas em uma empresa por meio de direcionadores que distribuem os custos indiretos aos produtos. Seu fundamento é que os custos não são utilizados pelos produtos propriamente ditos, mas pelas atividades desempenhadas por empresas, que culminam, consequentemente, em sua produção. Etapas do custeio ABC Agora, vamos analisar as etapas do sistema de custeio ABC: Atividades são ações necessárias para a conclusão de um processo que utilizam materiais, máquinas, equipamentos, recursos e pessoas para gerar um ativo, seja na forma de bem, seja na forma de serviço. Etapa 1 Deve ser feito por meio das seguintes ações, nesta ordem: 1. Alocação direta: A prioridade é sempre buscar a alocação direta dos custos. Não devemos confundir alocação direta de custos com os custos diretos – estes sempre diretamente atribuíveis aos produtos. A alocação direta trata de custos indiretos, mas que podem ser objetiva e diretamente atribuíveis às atividades dentro do departamento. 2. Rastreamento: Trata de atribuir os custos com base na causa e no efeito entre a atividade e o custo incorrido para possibilitar essa atividade. Para isso, são utilizados os direcionadores de custos, como a quantidade de quilowatt-hora (kWh) consumida pela atividade, a quantidade de empregados alocados em determinada atividade, a área ocupada etc. O rastreamento apenas deve ser aplicado caso a alocação direta não seja possível. 3. Rateio: Alocação de custos com base em uma premissa subjetiva da empresa, que não indica obrigatoriamente uma relação de causa e efeito entre a atividade e o custo. Caso apenas utilize rateios dos custos indiretos, a empresa não está adotando o custeio ABC propriamente dito, mas algo mais semelhante à departamentalização de seus custos indiretos. O rateio apenas deve ser aplicado caso a alocação direta ou o rastreamento não sejam possíveis. Estes direcionadores atribuirão os custos às atividades. É nesta etapa que o custeio ABC mais se diferencia dos custeios tradicionais (variável e por absorção). O direcionador de custos determina de que forma os produtos estão relacionados às atividades, buscando responder às seguintes perguntas: Etapa 2 Etapa 3 · Como certa atividade consome determinado recurso? · Como os produtos consomem determinada atividade? Os direcionadores de custos podem variar entre as empresas (mesmo entre aquelas que possuem processos produtivos semelhantes). Além disso, a quantidade de direcionadores está relacionada ao nível de acerto que a administração pretende alcançar (quanto maior esse nível, maior a quantidade de direcionadores) e ao custo × benefício do processamento de tais informações (o custo tem de ser menor do que o benefício da informação). Após a administração determinar os custos e as atividades desenvolvidas em cada um dos departamentos, bem como mapear os direcionadores de custos, o último passo é levar esses custos dos departamentos aos produtos. Isso ocorre por meio dos direcionadores de custos identificados na fase imediatamente anterior a esta. Os custos dos departamentos são levados a todos os produtos elaborados em cada departamento por meio do direcionador de custo de cada uma das atividades. Para isso, é necessário que a administração levante informações quantitativas e qualitativas sobre os direcionadores das atividades. Tais direcionadores representam, de forma mais precisa, a relação entre a atividade e o produto. Cada etapa descrita pode também ser visualizada no esquema a seguir: Esquema das quatro etapas. Aplicação do custeio ABC Etapa 4 Exemplos Vamos ver como é possível aplicar o sistema de custeio ABC nas empresas com base nas etapas já apresentadas. Imagine que uma indústria de móveis fabrique três produtos (cadeiras, mesas e sofás) com o seguinte volume de produção mensal: Mesas 20.000 Cadeiras 30.000 Sofás 10.000 A indústria possui seis departamentos e resolveu adotar o custeio ABC. Etapa 1: identi�car as atividades desempenhadas em cada um dos departamentos da entidade O primeiro passo é fazer um levantamento das atividades relevantes dentro de cada um dos departamentos. Após esse exercício, a administração listou as seguintes atividades para cada um dos departamentos: Departamento Atividades Administração Programar a produção / Supervisionar a produção Manutenção Realizar manutenção periódica das máquinas / Realizar reparos emergenciais Almoxarifado Receber matéria-prima adquirida / Movimentar matéria-prima para produção Montagem Montagem dos componentes acessórios / Montagem dos móveis Pintura Lavagem da produção / Pintura da produção Departamento Atividades Controle de qualidade Verificar a produção final / Realizar testes por amostragem nos produtos Renata Sol Leite Ferreira da Costa Etapa 2: atribuir os custos às atividades elencadas em cada departamento A administração buscou atribuir os custos a cada uma das atividades dos departamentos. Primeiro, a empresa deve verificar quais os custos indiretos que possui para, depois, atribuir os direcionadores de custos. Seguindo o exemplo, a administração levantou os custos indiretos que possui e os atribuiu da seguinte forma: Custos indiretos Valor Direcionadores d custos Materiais indiretos $100.000 Alocação direta dos materiais requisitados por cada uma das atividades do departamento (controle do estoque - requisição de materiais). Energia $120.000 Rastreamento d energia com bas nas horas-máqu consumidas por cada atividade d departamento. MOI $400.000 Alocação direta pessoal que trabalha em cad uma das ativida do departament (folha de pagamento de cada departamento). caso de pessoas que desempenh todas as atividades, será necessário um rateio (com base Custos indiretos Valor Direcionadores d custos na MOD utilizad em cada ativida Depreciação $80.000 Equipamentos utilizados por ca uma das ativida do departament Caso haja equipamentos e comum, deve-se fazer um rateio (horas-máquina consumidas por cada atividade). Aluguel $200.000 Área utilizada po cada uma das atividades do departamento. Total $900.000 Renata Sol Leite Ferreira da Costa Etapa 3: identi�car e selecionar os direcionadores de custos Após o levantamento anterior, a administração buscou alocar os custos às atividades de cada um dos departamentos com base nos direcionadores elencados. O resultado foi este: Departamento Atividades Custos Administração Programar a produção $62.000 Supervisionar a produção $48.000 $110.000 Manutenção Realizar manutenção periódica das máquinas $60.000 Realizar reparos emergenciais $30.000 Departamento Atividades Custos$90.000 Almoxarifado Receber matéria- prima adquirida $7.000 Movimentar matéria-prima para produção $12.000 $19.000 Montagem Montagem dos componentes acessórios $250.000 Montagem dos móveis $150.000 $400.000 Pintura Lavagem da produção $93.000 Pintura da produção $150.000 $243.000 Controle de qualidade Verificar a produção final $18.000 Realizar testes por amostragem nos produtos $20.000 $38.000 TOTAL $900.000 Renata Sol Leite Ferreira da Costa Etapa 4: atribuir os custos às atividades e, posteriormente, aos produtos Com base nos custos das atividades de cada um dos departamentos, a administração atribuiu os custos aos produtos, buscando a melhor maneira de demonstrar a relação entre cada atividade, por meio dos seguintes direcionadores elencados: Departamento Atividades Direcionadores Administração Programar a produção Quantidade de produtos Supervisionar a produção Quantidade de lotes de produto Manutenção Realizar manutenção periódica das máquinas Tempo de manutenção periódica Realizar reparos emergenciais Tempo de reparo emergenciais Almoxarifado Receber matéria- prima adquirida Quantidade de pedidos recebid Movimentar matéria-prima para produção Quantidade de requisições recebidas Montagem Montagem dos componentes acessórios Tempo de montagem dos acessórios Montagem dos móveis Tempo de montagem dos móveis Pintura Lavagem da produção Tempo de lavag Pintura da produção Tempo de pintur Controle de Qualidade Verificar a produção final Quantidade de produtos acabad Realizar testes por amostragem nos produtos Quantidade de testes realizado Renata Sol Leite Ferreira da Costa Para chegar aos custos unitários dos produtos (mesas, cadeiras e sofás), a administração teve de proceder aos seguintes cálculos, nesta ordem: Para exemplificar o cálculo, demonstraremos o detalhamento da atividade “receber matéria-prima” adquirida para os produtos mesas: Custo do direcionador e quantidade de pedidos recebidos por pedido; Custo da atividade ao produto mesa . A tabela a seguir apresenta os resultados dos demais cálculos: Atividades Mesas Cadeiras Programar a produção $8,27 $5,17 Supervisionar a produção $6,40 $4,00 Realizar manutenção periódica das máquinas $10,50 $3,00 Realizar reparos emergenciais $4,29 $1,61 Receber matéria- prima adquirida $0,79 $0,63 Movimentar matéria-prima para produção $1,29 $0,86 Montagem dos componentes acessórios $41,67 $22,92 Montagem dos móveis $27,00 $9,00 Custo de cada direcionador = custo da atividade Quantidade de direcionadores Custo da atividade ao produto = Custo do direcionador x quantidade de direcionadores do p Quantidade produzida do produto = R$7.000,00 R$2.000,00 = R$3, 50 = R$3,50×450 pedidos 2.000 unidades = R$0, 79 Atividades Mesas Cadeiras Lavagem da produção $9,30 $11,63 Pintura da produção $15,00 $15,94 Verificar a produção final $2,40 $1,50 Realizar testes por amostragem nos produtos $2,67 $1,67 $129,56 $77,91 2.000 unidades 4.000 unidades TOTAL CIFs $259.117,86 $311.627,14 Renata Sol Leite Ferreira da Costa A situação apresentada é apenas um exemplo. Os direcionadores escolhidos e os resultados alcançados podem ser os mais diversos possíveis, dependendo do detalhamento do processo produtivo. Detalhamos, portanto, a diferença entre cada um dos principais custeios utilizados pela Contabilidade Gerencial. O esquema a seguir resume cada método e suas distinções: Custeio por absorção Custeio variável Custeio ABC Custeio baseado em atividades (ABC) Veja o sistema de custeio baseado em atividades e sua aplicação em um exemplo numérico, comentando suas vantagens e desvantagens. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Uma indústria de confecção de roupas produz dois artigos: camisas e saias. Para isso, possui três departamentos: corte, costura e administração. Cada um desses departamentos tem gastos totais no mês de R$ 10.000, R$ 8.000 e R$ 5.000, respectivamente. · Além disso, a indústria apurou as seguintes informações: · No departamento de corte, são consumidas 60% das horas de trabalho para o corte das camisas e 40% para o corte das saias. · No departamento de costura, são consumidas 30% das horas de trabalho para a confecção das camisas e 70% para a confecção das saias. · O departamento de administração presta serviços a ambos os departamentos (corte e costura). No mês corrente, ele deu conta de 300 atendimentos do departamento de corte e 200 atendimentos do departamento de costura. Considerando que a indústria utiliza o sistema de custeio ABC para o rateio dos custos indiretos, quais são os custos totais alocados aos produtos camisas e saias no mês corrente? A R$9.000,00 e R$14.000,00 B R$10.800,00 e R$12.200,00 C R$11.400,00 e R$11.200,00 D R$12.200,00 e R$10.800,00 Parabéns! A alternativa B está correta. Vamos aos cálculos: Departamento Corte Costura Gastos $10.000 $8.000 Horas de trabalho - Camisas 60% 30% Horas de trabalho - Saias 40% 70% Serviços da Administração Atendimentos 300 200 % atendimentos 60% 40% Custos alocados da administração $3.000 $2.000 Custo total dpto $13.000 $10.000 Renata Sol Leite Ferreira da Costa Observações: O corte do produto A é calculado por $13.000 x 60%; A costura do produto A é calculado por $10.000 x 30%; O total do produto A é calculado por $7.800 x 3.000; O corte do produto B é calculado por $13.000 x 40%; A costura do produto B é calculado por $10.000 x 70%; O total do produto B é calculado por $5.200 x 7.000. Questão 2 Uma indústria fabrica cortinas e almofadas. No mês corrente, produziu 20.000 cortinas e 10.000 almofadas com os seguintes custos unitários: E R$7.800,00 e R$5.200,00 Matéria-prima cortina: 20,00 almofada: 14,00 MOD cortina: 14,00 almofada: 3,00 Além disso, para completar a produção, a indústria incorreu nos seguintes gastos relativos ao desempenho de algumas atividades: Controlar estoques de matéria-prima: $15.000 Fretes com entregas: $10.000 Elaborar produtos: $50.000 Controlar a qualidade da produção final: $25.000 A administração identificou determinados níveis das atividades que utiliza como direcionadores de custos, apresentados na tabela a seguir: Direcionadores de custos Cortina Almofad Quantidade de matéria-prima adquirida 60% 40% Quantidade de entregas 80% 20% Horas-máquina para elaborar produtos 55% 45% Horas gastas para controlar produção 30% 70% Renata Sol Leite Ferreira da Costa A indústria usa o sistema de custeio ABC. Quais são os custos unitários da cortina e da almofada, respectivamente? A R$18,40 e R$22,60 B R$25,70 e R$28,40 C R$36,60 e R$21,80 Parabéns! A alternativa C está correta. Vamos aos cálculos: Cortina Valor % | Total Estoque de MP R$15.000,00 60% | R$ Frete R$10.000,00 80% | R$ Produção R$50.000,00 55% | R$ Controlar R$25.000,00 30% | R$ Subtotal R$52.00 Unitário R$2,60 Matéria Prima R$20,00 Custo Unitário R$36,80 Renata Sol Leite Ferreira da Costa Observações: Para a Cortina: $9.000 é calculado por 60% x $15.000; $8.000 é calculado por 80% x $10.000; $27.500 é calculado por 55% x $50.000; $7.500 é calculado por 30% x $25.000; $680.000 é calculado por R$20.000 x $34,00; $36,60 é calculado por $732.000/20.000. Para a Almofada: $6.000 é calculado por 40% x $15.000; $2000 é calculado por 20% x $10.000; $22.500 é calculado por 45% x $50.000; $17.500 é calculado por 70% x $25.000; $170.000 é calculado por 10.000 x $17,00; $21,80 é calculado por $218.000/10.000. D R$28,60 e R$20,40 E R$26,60 e R$22,80 Considerações �nais Ao longo do conteúdo, vimos de que forma os estoques podem ser controlados e mensurados, seja por produção contínua, seja por ordem ou encomenda. Também exploramos os principais sistemas de custeio utilizados pela Contabilidade Gerencial: custeio por absorção, custeio variável ou direto e custeio baseado ematividades (ABC). Podcast Para encerrar, ouça um resumo sobre os principais assuntos abordados neste conteúdo. Explore + Confira as indicações que separamos espcialmente para você! Para aprofundar mais seu conhecimento em Contabilidade Gerencial e Contabilidade de Custos, sugerimos, respectivamente, a realização de exercícios propostos e a leitura de alguns capítulos das seguintes obras que já constam na lista de referências do tema: LIMA, A. Contabilidade de Custos para concursos – teoria e questões comentadas da FCC, FGV, CESPE e ESAF. São Paulo: Método, 2011. MARTINS, E. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2010. cap. 8; 10; 12; 13; 17. Referências IUDÍCIBUS, S; MELLO, G. Análise de custos – uma abordagem quantitativa. São Paulo: Atlas, 2013. LIMA, A. Contabilidade de Custos para concursos – teoria e questões comentadas da FCC, FGV, CESPE e ESAF. São Paulo: Método, 2011. MARTINS, E. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2010. Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Download material O que você achou do conteúdo? Relatar problema javascript:CriaPDF()