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Contabilidade
gerencial:
fundamentos e
custos
Prof.ª Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Descrição
Apresentação do conceito de contabilidade gerencial, classificação de
custos, elementos dos custos, departamentalização e custo padrão.
Propósito
Apresentar os principais conceitos da contabilidade gerencial e dos
custos, além de sua importância para os processos de gestão, tomada
de decisão e avaliação de desempenho da empresa.
Objetivos
Módulo 1
Contabilidade gerencial
Reconhecer a relevância da contabilidade gerencial na gestão e
condução de negócios.
Módulo 2
Custos
Identificar as principais classificações dos custos e seus elementos.
Módulo 3
Apropriação dos custos
Descrever a apropriação dos custos aos departamentos.
Módulo 4
Custo padrão
Distinguir o conceito de custo padrão.
Introdução
Neste conteúdo, estudaremos os fundamentos da contabilidade
gerencial e os conceitos dos custos que sejam relevantes para o
assunto em questão. Faremos a seguir um breve resumo dos
tópicos abordados em cada módulo.
No módulo 1, contextualizaremos, de forma dinâmica, a
contabilidade gerencial, estabelecendo sua relevância na gestão
e condução de negócios. Além disso, apresentaremos os

conceitos básicos necessários para o avanço nos estudos desse
tópico.
No módulo 2, descreveremos as principais classificações dos
custos e os elementos que os compõem. No módulo 3, por sua
vez, demonstraremos de que forma eles podem ser apropriados
aos departamentos. Por fim, no módulo 4, estabeleceremos o
conceito de custo padrão.
1 - Contabilidade gerencial
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a relevância da contabilidade gerencial
na gestão e condução de negócios.
Contextualização e conceitos básicos
A contabilidade gerencial permite à administração, com base nas
informações geradas tanto pelas contabilidades de custos e financeira
quanto por seus sistemas orçamentários, aprimorar ou modificar os
processos do seu negócio.
A informação contábil gerencial é amplamente utilizada pela alta
administração para subsidiar o processo de tomada de decisões.
Portanto, ela deve, na medida do possível, buscar atender às
necessidades dos usuários envolvidos no processo de gestão e decisão
da empresa a fim de que ela possa assegurar sua participação no
mercado e atingir seus objetivos.
O gerador dessas informações – usualmente, um contador com uma
excelente base de contabilidade de custos – deve se relacionar com os
diversos níveis da organização, conhecer em profundidade seus
processos e saber mobilizar as pessoas. Com isso, ele demonstra a
importância da geração de informação para se atingir as metas e os
objetivos da sua instituição.
Mas quais são essas necessidades dos usuários da contabilidade
gerencial?
Resposta
Por meio das informações geradas internamente, a administração busca
decidir, entre outros assuntos, sobre:
Diversificação ou concentração das operações;
Compra à vista ou a prazo de materiais e matéria-prima;
Produção ou aquisição de determinados componentes de sua
linha de produção;
Aumento ou redução de investimentos;
Aumento ou redução da produção de determinados produtos.
O objetivo da contabilidade gerencial, portanto, é subsidiar as decisões
da alta administração, ou seja, gerar uma informação contábil útil à
tomada de decisão – e é exatamente neste ponto que ela se diferencia
da Contabilidade.
Já a contabilidade financeira pretende gerar informações padronizadas
por uma norma para atender às necessidades dos usuários externos –
especialmente acionistas e credores – à organização.
Para exemplificar a diferença entre a necessidade dos usuários internos
(apresentada acima) e a dos externos, apresentaremos as principais
necessidades deste último grupo:

Avaliar a liquidez e solvência da empresa.

Analisar a gestão de recursos da administração sobre os recursos
econômicos da entidade.

Obter informações financeiras sobre a empresa que sejam úteis para
uma tomada de decisões referente à oferta de recursos à entidade.
Tomada de decisões
Tais decisões podem ser:
Comprar, vender ou manter a sua participação na empresa (no caso de
acionistas existentes ou potenciais);
Conceder ou liquidar empréstimos;
Exercer direitos de voto ou, de alguma forma, influenciar as decisões da
administração no gerenciamento dos recursos da empresa.
Note que os objetivos e as necessidades dos usuários externos e
internos são bastante distintos. Por isso, existe a necessidade de
apresentar as informações para atingir tais objetivos de maneiras
diferentes.
Contabilidade �nanceira
Busca, por meio de um
padrão regulamentado
por lei (visando à
comparação entre
empresas e à
possibilidade de uma
auditoria externa),
atender aos objetivos
dos usuários externos.
Contabilidade gerencial
Procura, por intermédio
de diversas fontes
internas da empresa e
auxílio de contabilidade
de custos, análise de
balanços, conceitos de
economia,
administração,
estatística e tecnologia
da informação, atender
às necessidades dos
usuários internos.
Apesar de amplamente relacionada à contabilidade de custos e de
utilizá-la como fonte de informação, elas não são sinônimas. Veja a
seguir.
Contabilidade de custos
É usada para identificar,
mensurar, registrar e
informar à
administração os
custos incorridos na
produção e/ou
comercialização dos
produtos vendidos,
possibilitando, assim, a
apuração dos
resultados e a avaliação
dos estoques.
Contabilidade gerencial
Também se preocupa
com a produção e os
estoques, mas não se
limita a isso, sendo bem
mais amplo o seu
escopo de atuação.
Graças a um sistema de informações, planejamento, métodos e
conhecimento da organização, a contabilidade gerencial gera
informações para atender à necessidade da administração da empresa.
Ela gera relatórios que demonstram seus resultados – seja o resultado
por produtos ou o geral – para se estabelecer uma comparação do


planejado/orçado com o realizado. Isso subsidia a tomada de decisões,
auxiliando a empresa a atingir seus objetivos.
É com base no conhecimento dos custos da empresa, no seu
gerenciamento e na análise do mercado e dos seus concorrentes que a
administração consegue definir a sua estratégia de atuação e seu preço
de venda – e, consequentemente, sua margem ideal – a fim de atingir o
lucro que busca para remunerar seus acionistas.
Dessa forma, é de suma importância para ela conhecer seus custos
com o propósito de saber se o produto ou serviço é rentável dado o
preço final e, caso não o seja, se é possível reduzir tais custos.
A contabilidade gerencial utiliza informações geradas pela empresa
para a tomada de decisão. A grande maioria dessas informações não
são públicas. Sigilosas, elas não são passíveis de verificação externa,
como, por exemplo, a de auditores independentes.
Dessa forma, é imprescindível a elaboração de controles internos para
que a informação gerada – e que será usada como subsídio para a
tomada de decisão – seja a mais livre possível de erros, omissões ou
desvios.
Comentário
A contabilidade gerencial consiste na preparação, de forma simples e
objetiva, de informações para o processo de gestão da empresa e não
deve estar relacionada com a legislação e as normas contábeis (ambas,
como já vimos, são necessárias para a contabilidade financeira).
A contabilidade gerencial deve se preocupar com a melhor forma de
levar a informação a gestores e tomadores de decisão da empresa. Pois,
assim, eles terão informações suficientes para avaliar o desempenho da
empresa, verificando se a estratégia adotada está alinhada aos
objetivos da sua instituição e se as metas estabelecidas podem ser
alcançadas.
Principais termos utilizados pela
contabilidade gerencial
Tanto a contabilidade gerencial quanto a de custos utilizam amplamente
seis palavras ou termos que devem ser bem compreendidos, pois,
muitas vezes, eles são confundidos ou tratados como sinônimos, o que
não é o caso. Vamos começarcompreendendo o que é gasto.
Gasto é um sacrifício financeiro necessário para a
obtenção de um produto ou serviço. Um gasto
necessariamente implica desembolso.
Custos, despesas, investimentos, perda e desembolso são tipos de
gastos. Veja a imagem a seguir.
Veja alguns exemplos de gastos:
Compra de matéria-prima para o processo produtivo (também
considerado, dependendo do estágio de produção, investimento e
custo);
Pagamento de salários e seus encargos (também considerado
custo, caso seja da mão de obra da produção, ou despesa, se for
da mão de obra da administração);
Pagamento de água, energia elétrica, aluguel e seguros (também
considerado custo, caso os gastos sejam da produção, ou
despesa, se eles forem relativos à administração);
Aquisição de máquinas, equipamentos, prédios (também
considerados investimentos);
Contratação de serviços de terceiros (também considerado custo,
caso os gastos sejam da produção, ou despesa, se eles forem da
administração).
A seguir você poderá ver um pouco mais sobre os tipos de gastos.
Desembolso
Trata-se da efetiva saída do dinheiro do caixa ou banco da entidade. Ou
seja, é o pagamento referente à aquisição de um bem ou serviço. Ele
pode ocorrer concomitante (pagamento à vista) ou posteriormente ao
gasto (a prazo).
Custo
Gasto diretamente relacionado a um bem ou serviço utilizado na
produção de outros bens e serviços. Ou seja, são todos os gastos
relativos à atividade de produção de uma empresa, seja ela uma
indústria ou uma prestadora de serviços (a produção, neste caso, é do
serviço a ser prestado).
Exemplo
Matéria-prima consumida na produção, mão de obra utilizada, aluguel e
manutenção da fábrica, depreciação das máquinas e equipamentos
utilizados, energia elétrica e água consumidos.
Despesa
Gasto com bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a
obtenção de receitas não relacionadas ao processo de produção.
As despesas necessariamente reduzem o patrimônio líquido da
empresa, pois elas são um sacrifício presente da empresa para obter
receitas (presentes ou futuras).
Exemplo
Aluguel, água, luz e telefone consumidos pela administração, salários e
encargos do pessoal da administração, manutenção dos equipamentos
e depreciação das máquinas e equipamentos utilizados pela
administração.
Investimento
Gasto em um ativo em função da expectativa de geração futura de caixa
para a entidade ou de sua vida útil. Ou seja, a empresa investe
determinada quantia com o objetivo de que tal aquisição, no futuro, gere
fluxos de caixa (entrada de dinheiro ou recebíveis) para ela.
Exemplo
Aquisição de veículos, imóveis, máquinas, móveis e matéria-prima.
Matéria-prima
É considerada um investimento quando é adquirida pela empresa e
estocada no seu almoxarifado. Enquanto permanecer no local, ela
será um investimento. Porém, assim que for retirada do almoxarifado
para ser utilizada no processo produtivo, a matéria-prima passará a
ser um custo da produção (que pode ser, dependendo da fase em
que ela se encontre, de três tipos: em andamento, acabada ou
vendida. Veremos isso mais à frente).
Máquinas
No momento em que a máquina é adquirida, ela constitui um
investimento da empresa, permanecendo com essa classificação
enquanto estiver gerando fluxos de caixa para a empresa (durante a
sua vida útil) até ser integralmente baixada (por meio da depreciação
ou alienada).
No momento em que a máquina se encontra pronta para ser utilizada
pela empresa no seu processo produtivo (ou pela administração), ela
já começa a ser depreciada (forma de levar para o resultado esse
investimento realizado). Essa depreciação vai ser considerada um
custo (caso a máquina seja utilizada no processo produtivo) ou uma
despesa (se ela for usada pela administração).
A empresa investe em uma máquina para que ela a auxilie a gerar
receita futura por meio da produção e consequente venda de seus
produtos. Ela também pode fazer esse investimento (caso dos
computadores, por exemplo) para auxiliar a administração no seu
processo de gestão.
Perda
Gasto que ocorre quando bens ou serviços são consumidos de forma
anormal em decorrência de fatores externos fortuitos sem nenhum tipo
de controle ou previsibilidade da empresa.
Exemplo
Uma empresa que confecciona roupas em geral armazena a sua
matéria-prima (tecido) em um almoxarifado. Caso esse local pegue fogo
e o estoque seja totalmente destruído, toda a matéria-prima é perdida.
Essa perda é involuntária e desconhecida de antemão pela empresa (se
fosse conhecida antes, ela poderia evitar o incêndio e a perda não iria
ocorrer).
Tais perdas não incorporam os custos da produção, que, aliás, não pode
ser penalizada por algo sem controle da administração e que não tem,
de fato, relação com a produção. Este tipo de perda é considerado uma
despesa, afetando diretamente o resultado do período no qual houve a
ocorrência do evento que culminou na perda.
A perda não se confunde com a despesa e o custo
exatamente por conta de sua característica de
anormalidade e involuntariedade. Ela tampouco é um
sacrifício feito com a intenção de obter receita. No
entanto, deve-se destacar a existência de perdas
consideradas normais ou previsíveis que decorrem da
atividade produtiva normal da empresa.
Para entender melhor, veja um exemplo:
Exemplo
Uma empresa que confecciona roupas em geral convive com perdas de
tecido decorrentes do corte de suas peças. Consideradas normais ou
previsíveis, elas incorporam os custos da produção das roupas. Para
confeccionar uma camisa, a organização faz o corte do tecido, mas
suas sobras são consideradas parte do produto, incorporando todo o
seu custo.
Você deve estar se perguntando, mas o que é um gasto? É um sacrifício
financeiro necessário para obter um produto ou serviço. Como já vimos,
ele pode ser:
Desembolso
Efetiva saída do dinheiro da entidade para adquirir um bem ou
serviço.
Custo
Gasto relativo à atividade de produção de uma empresa.
Despesa
Gasto não relacionado ao processo de produção da empresa.
Representa um sacrifício presente dela para obter receitas.
Investimento
Gasto que se torna um ativo em função da expectativa de
geração futura de caixa para a entidade ou de sua vida útil.
Perda
Consumo anormal de bens ou serviços pela empresa.
Principais termos utilizados pela
contabilidade gerencial
Neste vídeo, o especialista apresenta os principais conceitos da
contabilidade gerencial e sua classificação e os exemplifica por meio de
um exercício de classificação de gastos.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Todo sacrifício da empresa para obter uma receita revela o conceito
de:
Parabéns! A alternativa C está correta.
A empresa realiza uma despesa para obter uma receita futura. A
venda não representa para ela um sacrifício, e sim uma receita. Já a
perda não é um sacrifício voluntário da empresa nem pressupõe a
obtenção de receitas. O desembolso, por sua vez, é a saída de caixa
que pode ser feita para um custo, despesa ou investimento, não
tendo a finalidade da obtenção de receitas.
Questão 2
O sacrifício financeiro representado pela entrega ou promessa de
entrega de ativos em que uma entidade incorre para obter um
produto e/ou serviço é um:
A Venda
B Perda
C Despesa
D Desembolso
E Lucro
A Custo
B Gasto
C Investimento
Parabéns! A alternativa B está correta.
O gasto é o sacrifício financeiro para se obter um produto e/ou
serviço. Ele é representado por uma entrega ou uma promessa de
entrega de ativos. Já o custo se trata de um gasto alocado à
produção, enquanto um investimento é um gasto feito em um ativo
do qual se espera que os fluxos de caixa futuros sejam revertidos
para a empresa. O desembolso, por fim, compõe um gasto
decorrente da saída efetiva de caixa.
2 - Custos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as principais classi�cações dos custos e
seus elementos.
Classi�cação dos custos
Existem diversas formas de classificaros custos incorridos por uma
empresa. As classificações mais utilizadas são as seguintes:
Quanto ao grau de medida (custos totais X custos unitários);
D Desembolso
E Perda
Quanto ao produto (custos diretos X custos indiretos);
Quanto ao volume da produção (custos fixos X custos variáveis);
Quanto à função do custo (custos primários X custos de
conversão);
Quanto ao departamento (custos específicos X custos comuns).
Vamos entendê-las a seguir.
Quanto ao grau de medida (custos totais x custos unitários)
Os custos totais são os valores finais que a produção alcançou em
determinado período. É o total dos custos do período analisado.
Já os unitários são os valores usados para a elaboração de cada
unidade de produto da empresa. Trata-se da totalidade dos custos do
período dividida pelo total de unidades produzidas no período.
Quanto ao produto (custos diretos x custos indiretos)
Os custos diretos são aqueles diretamente apropriados aos produtos
fabricados. Ou seja, a empresa sabe exatamente o que e quanto utilizou
para elaborar seus produtos.
Existem dois custos que são sempre diretos: matéria-prima e mão de
obra direta. A empresa sabe exatamente quanto utilizou de ambos para
a elaboração de sua produção. É um critério objetivo, sem espaço para
discussões ou argumentações.
Comentário
Se a empresa produz apenas um produto, seus custos são todos
diretos.
Já os indiretos dependem de cálculos, rateios ou estimativas para
serem atribuídos aos produtos, pois não são diretamente identificáveis
ou mensuráveis. Isso tem por base critérios preestabelecidos pela
empresa. É um critério subjetivo, já que cada empresa tem a
prerrogativa de escolher como alocar esses custos à produção.
Quanto ao volume da produção (custos �xos X custos
variáveis)
Custos fixos independem do volume da produção. Ou seja, a empresa
vai incorrer neles independentemente da quantidade produzida. Se ela
produzir 1 milhão, mil, cem unidades ou nenhuma, o custo será o
mesmo. Podemos citar como custos fixos: aluguel, IPTU e seguro da
fábrica.
Apesar de terem seus valores totais fixos, esses custos são variáveis em
relação ao custo unitário. Isso significa que, quanto maior a produção,
mais diluídos nos produtos eles ficam.
Exemplo
Uma fábrica paga R$100 mil de aluguel por mês. O custo fixo total
relativo a esse gasto, portanto, é de R$100 mil. Por outro lado, se uma
empresa produz 10 unidades, o custo fixo unitário é de R$10 mil; se faz
1.000 unidades, ele é de R$100; e se produz 1 milhão de unidades, ele é
de R$0,10.
Já os custos variáveis estão relacionados ao volume da produção. Um
exemplo que vem logo à mente é matéria-prima consumida. A empresa
somente incorre em custos com matéria-prima caso ocorra uma
produção. Se ela não acontecer, a matéria-prima continua classificada
como investimento.
Apesar de terem seus valores totais variáveis, esses custos são fixos em
relação ao custo unitário. Isso significa dizer que, quanto maior a
produção, maior é o custo variável total. Mas, em relação à unidade
produzida, esses custos são fixos.
Exemplo
Para produzir uma cadeira, uma fábrica incorre em R$100 de matéria-
prima e R$20 de mão de obra direta (total de gastos: R$120). Assim,
para produzir uma cadeira, o custo variável total é de R$120; para fazer
100, ele é de R$12.000; e, para produzir 10.000, de R$1.200.000. No
entanto, o custo unitário de cada uma das cadeiras é fixo: R$120.
Existem ainda os custos semivariáveis. Você os conhece? São os que
passam a variar a partir de uma faixa de volume de produção.
Exemplo
Uma indústria oferece um adicional por produtividade de mão de obra,
que é remunerada com um valor fixo, e paga um excedente para cada
unidade produzida a mais em relação à meta estabelecida.
A imagem a seguir ilustra a diferença entre custos variáveis, fixos e
semivariáveis.
Diferença entre custos variáveis, fixos e semivariáveis.
Essa imagem apresenta, no eixo horizontal, o volume de atividade de
uma indústria e, no vertical, o montante dos custos. Pode-se verificar, ao
analisá-la, que o valor dos custos:
Fixos
Permanece constante independentemente do volume de atividade da
empresa.
Variáveis
Aumenta proporcionalmente à medida que ocorre um aumento no
volume de atividade da empresa.
Semivariáveis
Permanece constante até determinado volume de produção, passando,
a partir desse volume, a aumentar proporcionalmente em relação ao de
atividade da empresa.
Observações importantes acerca dos custos:
O total de custos variáveis aumentará ou diminuirá na mesma
proporção da quantidade produzida.
O total de custos fixos permanece constante independentemente
da quantidade produzida.
Quando a produção aumenta, o custo variável unitário não se
altera, mas o fixo unitário diminui.
Quando ela diminui, o variável unitário não se altera, embora o
custo fixo unitário aumente.
Quanto à função do custo (custos primários X custos de
conversão)
Custos primários são os materiais diretos e a mão de obra direta. Eles
representam o gasto inicial ou os primeiros custos da empresa.
Já os de conversão ou de transformação são a mão de obra indireta e
os custos indiretos. Ou seja, trata-se de todo o esforço da entidade para
transformar os materiais diretos no produto.
Quanto ao departamento (custos especí�cos X custos comuns)
Muitas fábricas ou empresas estão divididas em departamentos, que
são unidades compostas por pessoas e equipamentos nos quais
atividades semelhantes são realizadas.
Custos especí�cos
Estes estão diretamente
identificados e
objetivamente
mensurados em relação
a um departamento. Ou
seja, são aqueles
relacionados às
atividades elaboradas
em determinado
departamento para ele
mesmo.
Custos comuns
Estes não estão
diretamente
identificados e/ou não
são objetivamente
mensurados em relação
a um departamento.
Isso ocorre, por
exemplo, em
departamentos que
prestam serviços a
outros.
Os custos desses departamentos devem ser, de alguma forma,
compartilhados com os demais.
Outras classi�cações
Além das classificações apresentadas, devemos destacar alguns outros
conceitos importantes:

É a diferença entre os custos totais de duas ou mais alternativas
que estão sendo consideradas pela administração. Ou seja, a
administração tem duas alternativas (de investimento, por
exemplo) e precisa decidir entre ambas, verificando qual é a
diferença entre elas (denominado custo incremental).
É o valor do benefício econômico que se deixa de obter ao
escolher uma das alternativas. Ou seja, ao optar por uma delas, a
administração necessariamente abre mão de outra(s) que
geraria(m) algum benefício para a empresa – e tal benefício
desperdiçado configura o custo de oportunidade.
São constituídos por materiais diretos, pela mão de obra direta e
pelos custos indiretos. Ou seja, são todos os custos que incidem
sobre a produção.
São custos incorridos na fábrica em determinado período. Eles
englobam tanto as unidades iniciadas e não terminadas no
período quanto aquelas que foram finalizadas (sejam elas
iniciadas e terminadas no período ou, após serem iniciadas em
períodos anteriores, terminadas no atual).
São custos incorridos na produção acabada no período. Ou seja,
uma fábrica incorreu neste tipo de custo para acabar a sua
Custos incrementais 
Custos de oportunidade 
Custos de fabricação 
Custos de produção do período 
Custos de produtos acabados 
produção, que pode ter sido concluída dentro de um período ou
em mais de um.
São custos incorridos na produção dos bens vendidos no
período. Trata-se daquele relativo às unidades vendidas que é
levado ao resultado no momento da efetiva venda.
É a diferença entre a receita de vendas e os custos e despesas
variáveis. Representa o quanto a empresa consegue gerar de
recursos para pagar seus custos e despesas fixas, obtendo,
ainda assim, lucro.
Quando o valor da margem de contribuição for superior ao valor
total dos custos e despesas fixas, a empresa estará gerandolucro; quando ele for inferior, o resultado apresentará prejuízo.
Elementos que compõem os custos
Os custos de produção ou de manufatura são compostos por três
elementos: materiais diretos, mão de obra direta e custos indiretos de
fabricação. Veja mais a seguir.
Materiais diretos
Podem ser identificados diretamente e mensurados objetivamente em
relação ao produto. Contemplam as matérias-primas, os materiais de
embalagem e os materiais secundários. Observemos alguns exemplos:
Custos de produtos vendidos 
Margem de contribuição 
Madeira utilizada na fabricação de
móveis.
Tecido utilizado na produção de roupas.
Vidro utilizado na produção de óculos de
grau etc.
Alguns materiais e suprimentos são necessários para o processo de
produção, podendo (ou não) ser prontamente identificados ou ter um
custo relativamente insignificante.
Custos de materiais, como os lubrificantes utilizados
nas máquinas, são classificados como custos de
materiais indiretos, assim como os materiais que, a
despeito de fazerem parte do produto acabado,
apresentam outros relativamente insignificantes, como
linhas, parafusos, pregos e cola.
Todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de
uso ou de venda devem incorporar o seu valor, incluindo-se aqui
impostos não recuperáveis, fretes e seguros de transporte. Devem ser
deduzidos do custo de aquisição tanto os descontos e abatimentos
concedidos pelo fornecedor (descontos incondicionais) quanto as
devoluções de compras.
Exemplo
Uma indústria adquire a matéria-prima de um fornecedor no exterior. A
mercadoria chega de navio ao Porto de Santos, devendo ser
transportada até o local onde fica estocada a matéria-prima para a
produção (em Belo Horizonte).
Além do gasto com a própria matéria-prima (o preço pago pelo
material), devem ser incorporados ao seu custo todos os gastos
efetuados pela indústria para trazer a mercadoria do exterior até o local
da estocagem (Belo Horizonte), como fretes, impostos de importação,
seguros etc.
Se a indústria aluga um galpão para estocá-la, o custo desse aluguel
também deve ser incorporado ao custo do material.
Quanto à inclusão ou não dos descontos obtidos, é importante listar os
tipos de descontos que podem ocorrer. Veja a seguir.
Desconto �nanceiro
Redução do valor de aquisição mediante pagamentos antecipados e/ou
pontuais. O material adquirido deve ser reconhecido pelo seu valor
bruto e os descontos, como receita financeira pelo comprador. Também
é chamado de desconto condicional, já que ele está atrelado a uma
condição para que possa ocorrer.
Exemplo
Um fornecedor vende determinado material pelo valor de R$10 por
unidade. Uma indústria resolve fazer uma compra de 10.000 unidades,
totalizando um gasto de R$100.000. Ele não faz um desconto apesar do
valor elevado, mas avisa ao comprador que, se ele pagar até o dia 10,
terá 5% de desconto.
Ou seja, pagar até o dia 10 é uma condição para que o cliente tenha
desconto. O pagamento nesse prazo pode ocorrer ou não: trata-se de
uma escolha do cliente. Dessa forma, o valor da matéria-prima deve ser
reconhecido pelo valor total de R$100.000.
Caso a indústria pague até o dia 10, o desconto de 5% (R$5.000),
conforme está evidenciado a seguir, será reconhecido como uma receita
financeira:
Desconto comercial
Redução do valor de aquisição mediante negociação no ato da compra
quando houver, por exemplo, aquisições em quantidades elevadas.
Também é denominado desconto incondicional, já que não há qualquer
condição para que o comprador tenha o desconto.
Exemplo
Uma indústria resolve fazer uma compra de 100.000 unidades, o que
daria um total de R$1.000.000. Como a compra é de um valor relevante,
o fornecedor e a indústria negociaram um desconto que reduziu o preço
unitário para R$9,50.
Dessa forma, o valor total da matéria-prima ficou em R$950.000. Note
que não existe qualquer condição posterior definida para haver o
desconto: ele já ocorreu, é incondicional. Portanto, esse valor deve ser,
conforme destacamos a seguir, reconhecido pelo valor de R$950.000.
Abatimento
Redução do valor de aquisição posteriormente à compra decorrente de
defeitos, atrasos na entrega etc.
Exemplo
Voltemos ao exemplo anterior: a indústria recebeu parte o material com
defeito (das 100.000 unidades, 80 estavam defeituosas). A indústria
entrou em contato com o fornecedor; como ele não tinha peças para
substitui-las, pediu para lhe devolver os defeituosos que faria um
abatimento dessas unidades sobre o preço total.
As 80 unidades defeituosas representam R$760. Dessa forma, o valor
total da matéria-prima, que tinha ficado em R$950.000, deve sofrer uma
redução no montante de R$760:
Os descontos comerciais e os abatimentos são reduções do preço de
aquisição.
É pelo valor histórico de aquisição que as matérias-primas, as
embalagens e os demais materiais diretos utilizados no processo de
produção devem ser registrados.
Valor bruto da compra de materiais
(-) Impostos recuperáveis
(-) Abatimentos e descontos sobre as compras (descontos
incondicionais)
(-) Devoluções de compras ou abatimentos
(+) Fretes e seguros com compras
(=) Custo de aquisição dos materiais (valor histórico)
Os estoques de materiais podem ser de três tipos ou fases de produção:
1º tipo
São materiais ou matéria-prima comprados pela empresa que ainda não
sofreram qualquer transformação decorrente de seu processo
produtivo. Eles foram, portanto, simplesmente adquiridos e estocados.
Lembre-se de que estão incluídos neste tipo todos os custos para trazer
o material até o estoque.
2º tipo
Também denominados produtos semiacabados, eles já se encontram
em alguma fase do processo produtivo da empresa, embora ainda não
estejam prontos ou acabados.
3º tipo
Valor Histórico de Aquisição 
Eles já passaram por todas as fases do processo produtivo da empresa
e se encontram prontos para a venda. O custo dos produtos acabados
compreende todos os gastos realizados para sua elaboração desde a
saída do estoque até sua conclusão.
Quais são os critérios de avaliação de estoques?
PEPS (primeiro que entra é o primeiro que sai)
O custo é mensurado pelos preços mais antigos,
permanecendo em estoque os adquiridos mais recentemente.
UEPS (último que entra é o primeiro que sai)
O custo é mensurado pelos preços mais recentes,
permanecendo em estoque os primeiramente adquiridos.
Preço médio
Considera o preço médio do material em estoque.
Com base nessas regras, o custo do material utilizado na produção
segue esta lógica:
De forma contrária, o valor final do estoque de material segue a lógica
inversa:
É importante destacar que o critério de avaliação dos estoques é uma
escolha da administração, porém é necessária uma constância na
escolha do método para permitir que haja a possibilidade de
comparação.
Os principais impostos que incidem sobre os materiais são os
seguintes:
Os impostos serão considerados um custo quando a empresa não tiver
nenhum tipo de isenção ou suspensão do imposto (impostos não
recuperáveis) e não o serão quando ela puder se beneficiar do referido
imposto (recuperáveis).
Mão de obra direta (MOD)
Contempla toda a mão de obra que trabalha diretamente na produção,
ou seja, nos produtos em elaboração. É possível determinar exatamente
o tempo dispendido e quem executou o serviço sem ser necessária a
utilização de qualquer tipo de rateio.
Atenção!
Nem toda mão de obra que está na produção é MOD: os operários que
trabalham na supervisão das diversas linhas de produção são uma mão
de obra indireta (MOI), já que eles terão seus custos apropriados aos
produtos por meio de algum tipo de rateio. Afinal, como seu trabalho
 ICMS
De competência estadual, ele é um imposto “por
dentro”, pois o seu valor está embutido no das
mercadorias e compõe o valor total da nota fiscal.
O ICMS é calculado mediante a aplicação de uma
alíquota que varia de acordo com o tipo de
mercadoria ou do serviço, sua origem e sua
destinação.
 IPI
De competênciafederal, ele é exigido
principalmente em empresas industriais. Trata-se
de um imposto “por fora”, pois o seu cálculo é feito
sobre o valor total dos produtos e da nota fiscal.
contempla diversos produtos, não é possível alocar diretamente os
custos a eles.
Como exemplos de MOI, temos os salários dos chefes de departamento
e do pessoal de almoxarifado (manuseio de material e matéria-prima),
supervisão e manutenção.
Estão incluídos na MOD, além dos salários, todos os encargos sociais
relacionados e demais direitos trabalhistas. Para calcular o custo dela,
necessita-se do número de horas efetivamente trabalhadas na atividade
e do custo por hora do trabalhador. A MOD:
No caso de ociosidade de mão de obra, deve-se verificar seu tipo: se for
normal, sendo inerente à produção (falta de material, energia e reparo de
máquinas, por exemplo), o valor da mão de obra no período de
ociosidade deverá ser rateado à produção como um custo indireto; se
for anormal (no caso de greve ou acidentes), esse valor precisará ser
reconhecido como uma perda, impactando diretamente no resultado do
período em que ocorreu a ociosidade.
Há ainda o caso de empresas que têm um recesso de fim de ano ou
férias coletivas. Devemos tratá-lo como despesa?
Exemplo
 É considerada um custo variável. Não podemos
confundir o custo dela com os gastos com a folha
de pagamento, a qual, aliás, é um gasto fixo
decorrente de lei (Decreto-Lei nº 452, também
conhecido como Consolidação das Leis do
Trabalho ou CLT) que incorre independentemente
de produção.
 Está incluída na folha de pagamento e contempla
apenas a parcela de tempo efetivamente
empregada de forma direta no processo de
produção. Assim, o custo da MOD não se confunde
com o montante total pago à mão de obra da
produção, pois tal produção também contempla a
MOI.
Uma indústria costuma dar férias coletivas e parar a sua produção todo
ano no mês de outubro. O gasto médio com a folha de pagamento
nesse mês (que é um pouco maior que os demais meses em virtude do
pagamento de férias) é de R$550.000. Como sobram 11 meses, deve ser
alocado, a cada um deles, o valor de R$50.000 referente a custos da
produção, como o de mão de obra.
De forma resumida, a mão de obra deve ser tratada da seguinte maneira:
Alocada ao custo de produção como MOD ou MOI. Veja a seguir.
Custo MOD= número de horas trabalhadas X custo por hora
Ou
Custo MOD= salário + direitos trabalhistas + contribuições
sociais
Número de horas trabalhadas
Alocada como despesa, ela afeta diretamente o resultado do
período em que ocorreu.
Custos indiretos de fabricação (CIF)
Também denominados custos gerais de fabricação, os CIF constituem
todos os demais custos incorridos no processo de elaboração dos
produtos que não podem ser identificados diretamente ou não podem
ser mensurados objetivamente em relação à sua produção.
Exemplo
Material indireto, mão de obra indireta, seguro da fábrica, aluguel,
energia elétrica, serviços de terceiros, manutenção da fábrica e
depreciação.
Os custos indiretos devem ser apropriados pela utilização de
estimativas ou rateios de forma linear e com a utilização de julgamento
Mão de obra dos empregados das áreas de produção 
Mão de obra dos empregados das áreas de administração
e comercial 
profissional. São, dessa forma, critérios subjetivos, podendo variar de
uma empresa para a outra. Veja este exemplo:
Uma indústria utiliza os mesmos equipamentos, máquinas, MOI e
espaço da fábrica para produzir dois produtos distintos.
Neste caso, todos os custos indiretos de fabricação (exceto a MOD e a
matéria-prima, as quais, como já vimos, são sempre custos diretos)
devem ser, de alguma forma, apropriados aos dois produtos elaborados.
Para isso, a administração pode escolher qual dos critérios a seguir – ou
ainda outro, caso julgue ser mais relevante – utilizará para fazer essa
apropriação:
A administração sabe exatamente quanto de matéria-prima
utilizou para a fabricação das mesas e cadeiras. Dessa maneira,
ela pode atribuir esse critério para ratear os custos indiretos.
Neste caso, esses custos seriam apropriados da seguinte forma:
Mesas: R$1.500.000 / R$2.000.000 x R$2.200.000 = R$1.650.000
Cadeiras: R$500.000 / R$2.000.000 x R$2.200.000 = R$550.000
A administração sabe exatamente quanto de MOD ela utilizou
para a fabricação das mesas e cadeiras. Com isso, ela pode
atribuir esse critério para ratear os custos indiretos.
Neste caso, esses custos seriam apropriados da seguinte forma:
Mesas: R$90.000 / R$100.000 x R$2.200.000 = R$1.980.000
Cadeiras: R$10.000 / R$100.000 x R$2.200.000 = R$220.000
Rateio com base na matéria-prima 
Rateio com base na mão de obra direta 
A administração sabe exatamente quais custos diretos (MOD e
matéria-prima) utilizou para a fabricação das mesas e cadeiras.
Assim, ela pode atribuir esse critério para ratear os custos
indiretos.
Neste caso, esses custos seriam apropriados da seguinte forma:
Mesas: R$1.590.000 / R$2.100.000 x R$2.200.000 = R$1.665.714
Cadeiras: R$510.000 / R$2.100.000 x R$2.200.000 = R$534.286
Caso a administração tenha um controle de quantas horas cada
máquina gastou na elaboração de cada um dos produtos, pode
atribuir esse critério para ratear os custos indiretos.
Neste caso, esses custos seriam apropriados da seguinte forma:
R$2.200.000 /2.000hm = R$1.100/hm
Mesas: 1.200hm x R$1.100/hm = R$1.320.000
Cadeiras: 800hm x R$1.100/hm = R$880.000
Reparem que, em cada um dos quatro métodos escolhidos, a
apropriação dos custos indiretos implica valores distintos para os
produtos. Veja, na tabela, os custos indiretos alocados com base em:
Matéria-prima Mão de obra dire
Mesas R$1.650.000 R$1.980.000
Cadeiras R$550.000 R$220.000
Total R$2.220.000 R$2.220.000
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Com base nesse exemplo e nos diversos valores alcançados, podemos
atestar a necessidade de se buscar o melhor critério que permita a
alocação mais adequada dos custos indiretos com o seguinte propósito:
Rateio com base nos custos diretos 
Rateio com base nas horas-máquina 
determinado produto não ser demasiadamente onerado, enquanto outro
recebe poucos custos.
Uma das formas de a administração optar pelo melhor critério é pela
análise da composição dos custos indiretos: caso eles sejam, na sua
maioria, compostos de depreciação das máquinas, provavelmente o
melhor critério será o rateio por meio de horas-máquina; no entanto, se
forem mão de obra indireta, provavelmente o melhor critério seja, por
exemplo, o rateio por meio de mão de obra direta.
O mais importante, depois de escolher o critério de alocação dos custos
indiretos, é a manutenção e a consistência desses custos ao longo do
tempo. Isso é fundamental para que a administração consiga ter uma
base de comparação histórica a fim de poder elaborar os orçamentos e
o planejamento de sua produção. De forma resumida, apresentaremos a
seguir um esquema de apropriação dos custos ao resultado:
Apropriação dos custos ao resultado.
Classi�cação dos Custos
Neste vídeo, o especialista apresenta as principais classificações dos
custos e alguns exemplos.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Uma indústria fabrica o produto X. Em abril de 2020, seus custos
totais (fixos e variáveis) somaram R$600.000 para uma produção
de 40.000 unidades. Em maio do mesmo ano, seus custos totais
somaram R$700.000 para 50.000 unidades produzidas.
Considerando que o custo fixo é estável, aponte o valor do variável
unitário.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Observemos a resolução a seguir:
Questão 2
Uma indústria passa por um período de sazonalidade;
consequentemente, há uma ociosidade no departamento de
produção. Para não deixar a mão de obra parada, parte do pessoal
dessa área foi alocada na administração da indústria por uma
A R$15
B R$12
C R$10
D R$8
E R$14
semana. Nesta semana, os gastos com a mão de obra do pessoal
de produção que foi alocadona administração devem ser:
Parabéns! A alternativa A está correta.
Apesar de a mão de obra ser normalmente da produção, ela, no
período em que é alocada para a administração, não deve onerar o
custo da produção, devendo ser tratada como uma mão de obra da
própria administração, ou seja, uma despesa.
A Tratados como despesa do período.
B
Tratados como custos de produção
independentemente de ser ou não período ocioso,
pois a mão de obra é da produção.
C
Alocados aos custos indiretos e rateados a todos os
produtos, já que se trata de um período de
ociosidade.
D
Alocados aos produtos em que o pessoal deslocado
estava trabalhando antes de ser deslocado para a
administração.
E
Tratados como custos de produção, pois a mão de
obra não ficou ociosa.
3 - Apropriação dos Custos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever a apropriação dos custos aos
departamentos.
O que é departamento?
Trata-se da menor unidade administrativa analisada pela contabilidade
de custos. É composto de trabalhadores e máquinas nas quais são
desenvolvidas atividades homogêneas. Há normalmente uma pessoa
responsável pela supervisão de cada departamento. Os departamentos
podem ser divididos em dois grandes grupos:
A apropriação dos custos aos departamentos deve ser feita em quatro
passos:
1º passo
Apropriação dos custos que possam ser diretamente atribuídos
a cada departamento de forma clara, direta e objetiva.
2º passo
Os custos que não puderem ser associados diretamente devem
ser rateados para os departamentos.
3º passo
Os custos de cada departamento de apoio precisam ser
divididos para todos os departamentos que utilizam seus
serviços.
4º passo
Os custos de cada departamento de produção devem ser
distribuídos para todos os produtos que passarem por eles.
Departamentalização – exemplo
Numa indústria automobilística, temos os seguintes custos indiretos de
fabricação:
Materiais indiretos R$100.000
Energia elétrica R$120.000
MOI R$400.000
Depreciação R$80.000
Aluguel R$200.000
Total R$900.000
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Materiais indiretos
O custo pode ser mensurado pelas requisições feitas por cada
departamento caso haja esse controle. Caso ele não exista, a empresa
deve utilizar uma forma de rateio para dividir seu custo pelos
departamentos. No exemplo, a empresa, como podemos averiguar a
seguir, tem esse controle:
Materiais consumidos na montagem R$40.000
Materiais consumidos na pintura R$25.000
Materiais consumidos no controle de
qualidade
R$5.000
Materiais consumidos na
administração
R$15.000
Materiais consumidos na manutenção R$10.000
Materiais consumidos no
almoxarifado
R$5.000
Total R$100.000
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Energia elétrica da fábrica
Caso a empresa tenha medidores para cada departamento, ela pode
alocar diretamente os custos; se não os tiver, ela deverá utilizar alguma
forma de rateio. Vejamos um exemplo em que a empresa tem
medidores:
Energia consumida na montagem R$50.000
Energia consumida na pintura R$40.000
Energia a ratear R$30.000
Total R$120.000
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Já no exemplo a seguir, a administração adotou o critério de ocupação
de área por cada departamento para o rateio dos demais custos com a
energia da fábrica:
Departamento Área total
Desconsiderand
deptos.
Administração 100m² 100m²     20%
Manutenção 200m² 200m²     40%
Almoxarifado 100m² 100m²     20%
Montagem 400m² n/a     n/a
Pintura 300m² n/a     n/a
Controle de
qualidade
100m² 100m²     20%
Total 1.200m² 500m²     100%
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Mão de obra indireta
O custo pode ser mensurado pela quantidade de pessoas e pelo
apontamento de horas de cada departamento. O apontamento
levantado pela empresa está elencado a seguir:
MOI consumida na montagem R$100.000
MOI consumida na pintura R$80.000
MOI consumida no controle de
qualidade
R$50.000
MOI consumida na administração R$150.000
MOI consumida na manutenção R$10.000
MOI consumida no almoxarifado R$10.000
TOTAL R$400.000
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Depreciação das máquinas
O custo pode ser mensurado por intermédio de um controle de
imobilizado. No caso das máquinas utilizadas em mais de um
departamento, deve ser feita a apropriação dos custos por meio de
algum rateio. Os valores do controle de imobilizado de uma empresa
estão apontados a seguir:
Depreciação das máquinas na
montagem
R$30.000
Depreciação das máquinas na pintura R$20.000
Depreciação das máquinas no
controle de qualidade
R$10.000
Depreciação das máquinas na
administração
R$10.000
Depreciação das máquinas na
manutenção
R$5.000
Depreciação das máquinas no
almoxarifado
R$5.000
TOTAL R$80.000
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Aluguel da fábrica
Custo comum de toda a produção. A administração deve utilizar uma
forma de rateio para dividir seu custo pelos departamentos. No exemplo,
a administração adotou o critério de valor total de MOI consumida por
cada departamento para o rateio dos custos com o aluguel da fábrica:
TOTAL Percentual
MOI consumida na
montagem
R$100.000 25,0%
TOTAL Percentual
MOI consumida na
pintura
R$80.000 20,0%
MOI consumida no
controle de
qualidade
R$50.000 12,5%
MOI consumida na
administração
R$150.000 37,5%
MOI consumida na
manutenção
R$10.000 2.5%
MOI consumida no
almoxarifado
R$10.000 2,5%
TOTAL R$400.000 100,0%
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Veja agora os departamentos.
Departamentos de
produção
Montagem
Pintura
Controle de
qualidade
Departamentos de
serviços
Administração
Manutenção
Almoxarifado
A distribuição dos custos indiretos dos departamentos de serviço aos
de produção foi realizada por meio do seguinte critério:
Departamento Manutenção Almoxarifado
Administração 5,0% 15,0%
Manutenção 10,0%

Departamento Manutenção Almoxarifado
Almoxarifado
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Considerando as informações apresentadas, a administração quer
calcular o total de custo atribuído a cada departamento de produção
para transferir seus custos aos produtos.
Para isso, é necessário iniciar o rateio seguindo o critério apresentado e
obedecendo à seguinte ordem:
Alocar os custos do departamento de administração para os
demais departamentos.
Após distribuir os custos do departamento de administração,
ficando ele zerado, o segundo passo é distribuir os custos do
departamento de manutenção pelos demais (com exceção do
departamento de administração).
Por fim, após a distribuição dos custos dos departamentos de
administração e de manutenção, ficando eles zerados, deve-se
distribuir agora os do departamento de almoxarifado pelos
demais (com exceção dos departamentos de administração e de
manutenção).
Veja a tabela a seguir.
1º passo 
2º passo 
3º passo 
Departamentos de serviços
Itens Administração Manutenção
Materiais indiretos 15.000 10.000
Energia elétrica 6.000 12.000
MOI 150.000 10.000
Depreciação 10.000 5.000
Aluguel 75.000 5.000
SOMA 256.000 42.000
Distribuição
Administração
(256.000) 12.800
SOMA 0 54.800
Distribuição
Manutenção
(54.800)
SOMA 0
Distribuição
Almoxarifado
SOMA
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Nas linhas coloridas você pode observar:
Verde
Alocação dos custos do departamento de administração aos demais
departamentos.
Azul
Alocação dos custos do departamento de manutenção aos demais
departamentos.
Laranja
Alocação dos custos do departamento de almoxarifado aos demais
departamentos.
Departamentalização
Neste vídeo, o especialista apresenta o conceito de
departamentalização e um exemplo.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Em uma indústria, o custo de depreciação é rateado aos
departamentos de serviço e de produção segundo este critério do
valor das máquinas existentes em cada departamento:
Departamento de administração: R$50.000
Departamento de almoxarifado: R$30.000
Departamento de pintura: R$150.000
Departamento de montagem: R$165.000
Departamentode qualidade: R$105.000
Os custos de depreciação do período foram de R$40.000. Dessa
forma, o custo de depreciação rateado ao departamento de
qualidade foi de:
A R$2.400
Parabéns! A alternativa C está correta.
A resposta está demonstrada a seguir:
Questão 2
Uma indústria apurou, no final do período, um custo de manutenção
de R$400.000 que deve ser rateado aos departamentos com base
na seguinte quantidade de horas-máquina de cada departamento:
Departamento de montagem: 430 horas;
Departamento de pintura: 390 horas;
Departamento de acabamento: 260 horas.
Após o rateio, o departamento de acabamento registrou a alocação
de um custo de manutenção de:
B R$4.000
C R$8.400
D R$10.000
E R$9.000
A R$86.245
B R$92.596
C R$96.296
Parabéns! A alternativa C está correta.
Vejamos a resposta demonstrada a seguir:
4 - Custo Padrão
Ao �nal deste módulo, você será capaz de distinguir o conceito de custo padrão.
Custo padrão ideal X custo padrão
corrente X custo real
O custo padrão é amplamente utilizado na contabilidade gerencial,
embora nem sempre este seja o termo atribuído a ele. Trata-se, em
suma, do custo “ideal” de fabricação de um produto, utilizando, para
isso, as melhores matérias-primas disponíveis e a mão de obra mais
D R$99.732
E R$90.000
eficiente, com perdas mínimas e o emprego de 100% da capacidade da
empresa.
Entendido como uma excelente ferramenta gerencial para controlar os
custos, o custo padrão é predeterminado, constituindo, assim, uma meta
a ser atingida pela empresa.
As principais utilidades dele são:
Elaboração de orçamentos;
Avaliação de desempenhos;
Busca de melhorias contínuas;
Gestão de custos.
Você sabe a diferença entre os tipos de custo? Veja a seguir!
Custo padrão ideal
É o objetivo da empresa em longo prazo. Ele considera os melhores
fatores de produção, ou seja, aqueles idealizados, mesmo que não
constituam a realidade atual da entidade.
Custo padrão corrente
É o objetivo em curto prazo. Ele considera as ineficiências e os fatores
de produção reais que a entidade tem a seu dispor no momento
presente.
Custo real
É aquele efetivamente alcançado pela empresa em determinado
período. Trata-se do custo incorrido.
Os conceitos do custo padrão e do real são utilizados para analisar as
variações de custo ocorridas.
Exemplo
Uma empresa tinha estabelecido como custo padrão o valor de
R$450/unidade. No entanto, no período analisado, ela incorreu em um
custo real de R$490/unidade. Ou seja, o que ela incorreu foi
desfavorável no valor de R$40/unidade.
Mas qual dos componentes dos custos (mão de obra direta, matéria-
prima e custos indiretos de fabricação) foi responsável por essa
variação? Ou será que mais de um pode ser responsabilizado?
Tais variações podem ocorrer em relação a cada um dos
componentes dos custos; portanto, devemos decompor os
valores que formam o custo padrão e o real para que possamos
efetivamente analisar as variações ocorridas.
Seguindo o mesmo exemplo, demonstraremos a seguir um caso de
decomposição dos custos:
Custo-padrão Custo real
Matéria-prima R$200 R$218
MOD R$150 R$160
CIF R$100 R$112
TOTAL R$450 R$490
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
A partir da decomposição apresentada, pode-se verificar que a matéria-
prima foi a principal causa do aumento do custo, seguida pelos CIF e,
por último, pela MOD.
No entanto, esse detalhamento ainda não é o menor possível para que
possamos analisar os motivos da variação. Apenas sabemos quais
componentes foram mais ou menos responsáveis pela variação. Ainda
resta, portanto, uma questão: por que isso ocorreu?
Variação do custo padrão
Variação de matéria-prima
O valor deste tipo de variação é composto por unidades e preço de
compra (ou custo de aquisição). Dessa forma, o custo relativo à matéria-
prima pode ter variado em função de terem sido consumidas mais
Resposta 
unidades e de a empresa ter pagado um preço mais caro que o
estimado para sua aquisição – ou ainda uma combinação desses
fatores (maior quantidade e preço mais caro).
Seguindo o exemplo anterior, vemos que a indústria decompôs os
valores que compõem os custos de matéria-prima:
Matéria-prima Custo-padrão Custo real
Quantidade 20 21
Preço R$10 R$10,38
TOTAL R$200 R$218
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Como podemos observar, houve uma variação tanto da quantidade
consumida quanto do preço pago pela matéria-prima. Devemos analisar,
dessa forma, esses dois componentes de forma isolada e, em seguida,
conjuntamente.
Quantidade
Para a análise da variação da quantidade, aplicamos esta fórmula:
Buscamos, assim, analisar somente a variação da quantidade, como se
o preço não tivesse variado em relação ao padrão. No caso do exemplo,
aplicando tal fórmula, teríamos o seguinte resultado:
Dessa forma, sabemos que, do total de R$18 desfavorável do custo de
matéria-prima, R$10 se referem exclusivamente ao fato de que houve o
consumo de uma quantidade superior (1 unidade) em relação ao padrão
(ou orçado).
Preço
Para a análise da variação do preço, aplicamos esta fórmula:
(Quantidade real - Quantidade padrão) x Preço
(21 − 20) × R$10 = R$10
(Preço real - Preço padrão) × Quantidade padrão
Queremos agora analisar somente a variação do preço, como se a
quantidade não tivesse mudado em relação ao padrão. No caso do
exemplo, aplicando a fórmula apresentada, teríamos o seguinte
resultado:
Dessa forma, sabemos que, do total de R$18 desfavorável do custo de
matéria-prima, R$7,62 se referem exclusivamente ao fato de que o preço
de aquisição da matéria-prima foi superior ($0,33/unidade) em relação
ao padrão (ou orçado).
Mista
Para a análise da variação dos dois componentes (preço e quantidade),
aplicamos a seguinte fórmula:
Seu propósito é buscar somente a análise das duas variações (preço e
quantidade) em relação ao padrão. No caso do exemplo, aplicando a
fórmula, teríamos o seguinte resultado:
Dessa forma, sabemos que, do total de R$18 desfavorável do custo de
matéria-prima, R$0,38 dizem respeito à combinação das duas variáveis.
Se somarmos todas as variações, chegaremos exatamente à variação
total da matéria-prima:
Quantidade R$10
Preço R$7,62
Mista R$0,38
TOTAL R$18
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Variação de mão de obra direta
(10, 38–10) × 20 = R$7, 62
(Quantidade real - Quantidade padrão) × (Preço real - Preço padrão)
(21 − 20) × (R$10, 38 − R$10) = R$0, 38
O custo da MOD é composto pelo valor da MOD por unidade de tempo
(ou taxa) e pela quantidade de horas gastas por esta mão de obra, ou
seja, saber quanto tempo demorou a fabricação de cada produto.
O custo relativo à matéria-prima pode ter variado em
função de o custo (taxa) da MOD ter sido maior que o
estimado ou de ela ter gastado mais ou menos horas
que o esperado para fabricar os produtos – ou uma
combinação desses fatores (taxa e horas).
Portanto, verificaremos um exemplo em que a indústria decompôs os
valores que compõem os custos de MOD:
MOD Custo-padrão Custo real
Taxa (por hora) R$3 R$3,07
Horas gastas R$50,0 R$52,1
TOTAL R$150 R$160
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Como podemos observar, houve uma variação tanto da taxa/hora paga
quanto da quantidade de horas gastas na composição da MOD.
Portanto, analisaremos seus dois componentes tanto de forma isolada
quanto em conjunto.
Taxa
Para a análise da taxa paga por hora para a MOD, aplicamos esta
fórmula:
Buscamos analisar somente a variação da taxa, como se a eficiência
(horas gastas) não tivesse variado em relação ao padrão. No caso do
exemplo, aplicando a fórmula apresentada, teríamos o seguinte
resultado:
(Taxa real – Taxa padrão) × Tempo padrão
(3, 07 − 3) × 50 = R$3, 50
Neste caso, sabemos que, do total de R$10 desfavorável do custo de
MOD, R$3,50 se referem exclusivamente ao fato de que a taxa paga por
hora para a MOD foi superior à taxa padrão (ou orçada).
Horas gastas
Para a análise da quantidade de horas gastas pela MOD, aplicamos esta
fórmula:
Queremos analisar somente a variação dashoras gastas, como se a
taxa não tivesse variado em relação ao padrão. No caso do exemplo,
aplicando a fórmula acima, teríamos o seguinte resultado:
Sabemos aqui que, do total de R$10 desfavorável do custo de MOD,
R$6,35 se referem exclusivamente ao fato de que a eficiência da MOD
foi pior (2,1 horas/unidade) em relação ao padrão (ou orçado).
Mista
Para a análise da variação dos dois componentes (taxa e horas),
aplicamos a seguinte fórmula:
Desejamos analisar somente as duas variações (taxa e horas) em
relação ao padrão. No caso do exemplo, aplicando a fórmula acima,
teríamos este resultado:
Dessa forma, sabemos que, do total de R$10 desfavorável do custo de
MOD, R$0,15 se referem à combinação das duas variáveis.
Se somarmos todas as variações, teremos exatamente a variação total
da MOD:
Taxa R$3,50
Horas gastas R$6,35
(Horas gastas real - Horas gastas padrão) × Taxa padrão
(52, 1 − 50, 0) × R$3 = R$6, 35
(Taxa real - Taxa padrão) × (Hora real - Hora padrão)
(R$3, 07 − R$3) × (52, 1 − 50, 0) = R$0, 15
Mista R$0,15
TOTAL R$10
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Variação de CIF
O valor do CIF é composto pelo volume de produção e pelos custos
propriamente ditos. Dessa forma, os custos indiretos de fabricação
podem ter variado em função da quantidade produzida ou dos custos
indiretos incorridos.
Vejamos um exemplo no qual a indústria decompôs os valores que
compõem os CIFs:
CIF Custo-padrão Custo real
Produção (qtd.) 50 51
Custo unitário R$2 R$2,20
TOTAL R$100 R$112
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Como podemos observar, houve, em relação aos CIFs, uma variação
tanto da produção quanto da eficiência. Verificaremos, portanto, cada
um dos dois componentes.
Produção
Para a análise da variação da quantidade produzida, aplicamos a
seguinte fórmula:
Queremos analisar qual seria o impacto nos CIFs se apenas o volume de
produção tivesse sido diferente, sem nenhuma alteração nos custos
propriamente ditos. No caso do exemplo, aplicando a fórmula
destacada, teríamos o seguinte resultado:
CIF padrão ao nível padrão - CIF padrão ao nível real
R$102(= 51 × R$2) − R$100(= 50 × R$2) = R$2
Dessa forma, sabemos que, do total de R$12 desfavorável dos CIFs, R$2
se referem exclusivamente ao fato de que o nível de produção foi maior
que o estimado.
Custo unitário
Para a análise da variação dos custos dos CIFs, aplicamos a seguinte
fórmula:
Desejamos analisar somente a variação dos custos, como se a
quantidade não tivesse variado em relação ao padrão. No caso do
exemplo, aplicando a fórmula apresentada, teríamos o seguinte
resultado:
Dessa forma, sabemos que, do total de R$12 desfavorável dos CIFs,
R$10 se referem exclusivamente ao fato de que os custos indiretos
foram superiores ao custo padrão (ou orçado).
Produção R$2
Custo unitário R$10
TOTAL R$12
Renata Sol Leite Ferreira da Costa
Custo Padrão
Neste vídeo, o especialista apresenta o conceito de custo padrão e
custo real e apresenta, com o exemplos, sobre variações de materiais
diretos, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.
CIF padrão ao nível real - CIF real
R$112(= 51 × R$2, 20) − R$102(= 51 × R$2) = R$10

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Uma indústria verificou que, em abril de 2020, a MOD efetivamente
utilizada na produção foi 150 horas superior ao padrão previsto de
1.500 horas. Além disso, ela observou que o custo despendido com
essa MOD foi de R$20/hora menor do que o valor padrão previsto
de R$170/hora. Qual é a variação total de horas gastas ocorrida?
Parabéns! A alternativa C está correta.
Note que, apesar de a equação ter um resultado com sinal positivo,
a eficiência, na verdade, foi pior que o esperado, já que a empresa
gastou mais horas do que estimava. Por isso, o resultado da
eficiência foi desfavorável:
A 30.000 desfavorável.
B 30.000 favorável.
C 25.500 desfavorável.
D 25.500 favorável.
E 24.000 desfavorável.
Questão 2
Uma indústria verificou que, em abril de 2020, a MOD efetivamente
utilizada na produção foi 150 horas superior ao padrão previsto de
1.500 horas. Além disso, ela observou que o custo despendido com
essa MOD foi de R$20/hora, ou seja, abaixo do valor padrão previsto
de R$170/hora. Qual é a variação de taxa relativa à MOD?
Parabéns! A alternativa B está correta.
Observe que, apesar de a equação ter um resultado com sinal
negativo, a taxa real, na verdade, foi melhor que a esperada, pois a
empresa gastou menos por hora do que estimava. Por isso, o
resultado da taxa foi favorável.
A 30.000 desfavorável.
B 30.000 favorável.
C 25.500 desfavorável.
D 25.500 favorável.
E 24.000 favorável.
Considerações �nais
Neste conteúdo, vimos a contextualização e os conceitos básicos de
contabilidade gerencial. Em seguida, apontamos a classificação dos
diversos tipos de custos, assim como dos elementos que os compõem.
Falamos ainda sobre a departamentalização, que se refere à menor
unidade administrativa analisada pela contabilidade de custos. Por fim,
versamos sobre o custo “ideal” de fabricação de um produto: o custo
padrão.
Podcast
Agora, o especialista Orlando Mansur Pereira apresenta uma visão geral
do conteúdo estudado.
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Pesquise mais sobre os livros referenciados e outras obras de Sérgio de
Iudicibus, Gilmar Mello, Eliseu Martins e Alexandre Lima, pois o trabalho
deles é relevante nesta área de conhecimento.
Referências
CHASE, R. B.; JACOBS, F. R.; AQUILANO, N. J. Administração da
produção e operações para Vantagens Competitivas. São Paulo:
McGraw-Hill, 2006.
IUDICIBUS, S.; MELLO, G. Análise de custos: uma abordagem
quantitativa. São Paulo: Atlas, 2013.
LIMA, A. Contabilidade de custos para concursos: teoria e questões
comentadas da FCC, FGV, Cespe e ESAF. São Paulo: Método, 2011.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2010.
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