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O modelo "participativo" de gestão de
políticas públicas
EXPLICAR AS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO MODELO ?PARTICIPATIVO? DE GESTÃO DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS.
Estado, governo e cidadania participativa
O modelo participativo de gestão de políticas públicas assume duas configurações. Na primeira, a gestão
participativa pode ser enquadrada numa perspectiva analítica mais ampla, associada à evolução da
cidadania democrática no que tange à participação ativa dos cidadãos nos processos decisórios político–
governamentais, abrangendo desde a definição da agenda dos governos até a possibilidade de interferir nas
políticas públicas.
O exemplo mais notório de abertura e ampliação de canais permanentes de participação popular nos
processos decisórios político-governamentais está vinculado à implantação de programas de "orçamento
participativo", prática cada vez mais comum no âmbito dos governos municipais no Brasil e no mundo. Os
cidadãos são chamados a participarem por meio de comitês, entidades da sociedade civil e organizações de
bairro. O programa é um estímulo à discussão pública sobre a destinação dos recursos financeiros e dos
gastos públicos, além de abrir a possibilidade para que haja alocação ou realocação dos recursos
orçamentários para serem investidos em determinadas áreas, de acordo com as demandas da população.
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A iniciativa privada detém o conhecimento do negócio, a agilidade na implantação de
projetos, maior facilidade na obtenção de financiamentos, a necessidade de que o negócio
prospere, gerando impostos, oportunidades de emprego e retorno do capital investido.
Isso resulta no mais importante: a qualidade do serviço à população. A PPP é um modelo
onde o concessionário é responsável pelo financiamento, execução e operação da
obra/serviço. Por conta de sua natureza deficitária, a receita auferida deverá ser
complementada pelo poder concedente com recursos orçamentários. A principal
vantagem desse modelo é a redução da despesa pública com o serviço. A administração
pública, ao licitar um valor global para o serviço, fica responsável por fiscalizar metas
estabelecidas em contrato e o concessionário, por otimizar obras e serviço de forma a
melhor aproveitar o investimento que sempre será de longo prazo.
(GALVÃO, 2013)
E quais seriam os resultados práticos da participação popular nas decisões político-governamentais no que
diz respeito a eficiência e qualidade das políticas públicas?
Em primeiro lugar, os programas de orçamento participativo engendram a corresponsabilidade entre o
poder público governamental e as comunidades locais, aumentando, assim, o grau de accountability (termo
de difícil tradução para o idioma português, mas que é comumente interpretado como "responsividade"),
que representa a capacidade do governo de atender, de forma responsável, às demandas dos cidadãos. Em
segundo lugar, deve-se considerar o efeito que a participação popular tem sobre a transparência das ações
governamentais, convertendo-se em formas de controle social sobre a gestão pública.
É importante ressaltar que os programas de orçamento participativo são qualitativamente distintos entre
si, pois há uma variação no grau de participação popular, podendo ser minimalista, ao configurar-se como
processo meramente "consultivo", ou maximalista, ao configurar-se como processo "deliberativo".
Parcerias Público-Privadas (PPPs)
Na segunda configuração, a gestão participativa assume uma feição mais técnica e produtivista, geralmente
associada a uma nova modalidade administrativa voltada para se alcançar resultados mais eficazes em
políticas públicas, tanto no aspecto da qualidade quanto no aspecto do custo-benefício dos investimentos.
Os projetos denominados de Parcerias Público-Privadas (PPP) são os exemplos mais importantes para
ilustrar essa outra modalidade de gestão participativa. Tratam-se de projetos de parcerias firmados entre o
governo e a iniciativa privada, direcionados a áreas que tem baixa rentabilidade, mas que demandam
investimentos públicos e são consideradas estratégicas para o desenvolvimento social e econômico do país.
Como saída, o governo induz a iniciativa privada a participar por meio de contratos de concessão, tendo em
vista que:
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As PPPs são hoje adotadas por governos municipais, estaduais e pelo governo Federal. No âmbito deste
último, cumpre destacar a iniciativa da presidente Dilma Russeff de sancionar a Lei 12 766/12, instrumento
jurídico que alterou profundamente as normas de licitação e de contratação de parceria público-privada,
tornando as parcerias mais atraentes.
Na próxima aula, serão problematizadas as políticas públicas setoriais.
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1.Acesse a internet e pesquise nos sites do Ministério do Planejamento – Governo Federal.
Disponível em: www.planejamento.gov.br (http://www.planejamento.gov.br/)
2.Acesse a Secretaria do Planejamento do Governo do Estado de São Paulo. Você encontrará
informações sobre PPPs em firmadas em diversas áreas da administração pública. Disponível em:
www.planejamento.sp.gov.br (http://www.planejamento.sp.gov.br/)
3.Uma pesquisa realizada em 2008 contabilizou um total de 103 municípios brasileiros que tinham
implantando programas de orçamento participativo. Sua distribuição por Região era a seguinte:
Sudeste (47), Sul (39), Nordeste (14), Norte (3). A mesma pesquisa também traz informações
importantes sobre o perfil dos participantes. Para mais detalhes, consulte MILANI, Carlos. O
princípio da participação social na gestão de políticas públicas locais: uma análise de experiências
latino-americanas e europeias. In: Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro, nº 42, maio-
junho de 2008.
REFERÊNCIA
CASTRO, Carmem Lúcia Freitas; GONTIJO, Cynthia Rúbia Braga; AMÁBILE, Antonio Eduardo de Noronha
(orgs.). Dicionário de Políticas Públicas. Universidade Estadual de Minas Gerais – UEMG. Disponível em:
.http://pt.calameo.com/read (http://pt.calameo.com/read/0016339049620b36a7dac) Acesso em: 23 abr.
2013.
GALVÃO, Dário. Dario Galvão: PPP, um desenvolvimento seguro. Folha de são Paulo. 26 de fevereiro de
2013. Opinião. Disponível em: www.folha.uol.com.br (http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/1236692-
dario-galvao-ppp-um-desenvolvimento-seguro.shtml) Acesso em: 23 abr. 2013.
GARCES, Ariel; Silveira, Jose Paulo. Gestão pública orientada para resultados no Brasil. Revista do Serviço
Público, n. 4, ano 53, out-dez. de 2002.
MARTINS, Humberto Falcão. Burocracia e a revolução gerencial: a persistência da dicotomia entre política e
administração. In: Revista Eletrônica sobre a Reforma do Estado, n. 6, junho-agosto de 2006.
MILANI, Carlos. O princípio da participação social na gestão de políticas públicas locais: uma análise de
experiências latino-americanas e europeias. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro, n. 42, maio-
junho de 2008, p. 551-79.
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Da administração pública burocrática à gerencial. Revista do Serviço Público,
n. 47, janeiro-abril de 1996.
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http://www.planejamento.gov.br/
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