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1 LETÍCIA CAROLINE CREDEDIO | TURMA xxi TUTORIA 4 – MÓDULO 2 CUIDADO! FRÁGIL DEFINIR E CARACTERIZAR OSTEOPOROSE. A osteoporose (OP) é uma desordem esquelética crônica e progressiva, de origem multifatorial, que acomete principalmente pessoas idosas, homens e mulheres, geralmente após a menopausa. Caracteriza-se por resistência óssea comprometida, predispondo ao aumento do risco de fratura, à dor, à deformidade e à incapacidade física. A resistência óssea reflete a integração entre densidade e qualidade óssea, que é determinada por vários fatores: microarquitetura trabecular interna, taxa de remodelamento ósseo, macroarquitetura, acúmulo de microdanos, grau de mineralização e qualidade da matriz. A doença é caracterizada pela alteração da qualidade óssea e por sua baixa massa, podendo levar ao desenvolvimento de fraturas atraumáticas (arbitrariamente definida como decorrente de um trauma causado por uma queda da própria altura ou de menor intensidade). No estado pré- clínico, a OP é caracterizada pela baixa massa óssea sem fraturas, e, geralmente, é assintomática, não levando o paciente e o médico ao diagnóstico precoce. Para o diagnóstico precoce, há a densitometria óssea (DO), método não invasivo e de rápida execução. É comum conceituar OP como sendo sempre o resultado de perda óssea. Entretanto, uma pessoa que não alcançou seu pico máximo durante a infância, por desnutrição ou anorexia nervosa, por exemplo, pode desenvolver OP sem ocorrência da perda óssea acelerada. As fraturas osteoporóticas afetam qualquer parte do esqueleto, exceto o crânio. Ocorrem mais comumente na porção distal do antebraço (fratura de Colles), vértebras torácicas e lombares e no fêmur proximal (pode ser fator para predisposição). O aumento da morbidade e da mortalidade pela OP está associado a custos econômicos relacionados com a hospitalização, cuidado ambulatorial, institucionalização, incapacidades e mortes prematuras. Além disso, já há medicamentos disponíveis para tratamento, removendo o paciente da faixa de risco de fratura. A OP é classificada em: Primária tipo I • Comum em mulheres, associada à menopausa; • Perda acelerada do osso trabecular; • Fraturas vertebrais comuns. Primária tipo II • Ocorre em mulheres e em homens idosos; • Compromete ossos cortical e trabecular; • Ocorrência de fraturas vertebrais e de fêmur. Secundária • Endocrinopatias (hiperparatireoidismo, tireotoxicose, hipogonadismo); • Fármacos (glicocorticoides, antiácidos com alumínio, hormônio tireoidiano, anticonvulsivantes, ciclosporina A); • Doenças genéticas (osteogenesis imperfecta); • Artrite reumatoide; • Doenças gastrintestinais; • Transplante de órgãos; • Imobilização prolongada; • Mieloma múltiplo; • Câncer de mama; • Anemias crônicas; • Mastocitose; • Tratamento prolongado com heparina. CARACTERIZAR A SÍNDROME DA IMOBILIDADE E SEUS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS. A Síndrome da Imobilidade é um complexo de sinais e sintomas resultantes da supressão de todos os movimentos articulares, que limita o movimento, prejudica a mudança postural, compromete a independência, leva à incapacidade, à fragilidade e à morte. A gravidade é variável e progressiva. Nesse caso, o idoso é dependente completo: há déficit cognitivo avançado, rigidez, contratura generalizada, afasia, disfagia, incontinência urinária e fecal, úlcera de pressão, além de necessitar de cuidador em tempo integral. Nem todo paciente confinado ao leito tem a Síndrome, podendo ser classificado “repouso” a permanência no leito de 7 a 10 dias, “imobilização" de 10 a 15 dias e “decúbito de longa duração" mais de 15 dias. Diversas são as patologias que levam o idoso à imobilidade, as quais podem evoluir para a SI, entre elas: doença osteoarticular, cardiorrespiratória, vascular, muscular, neurológica, psíquica, dos pés, iatrogenia medicamentosa e déficit neurossensorial. 2 LETÍCIA CAROLINE CREDEDIO | TURMA xxi CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS O critério maior para definir a SI é o déficit cognitivo médio a grave e múltiplas contraturas. No critério menor, consideram-se sinais de sofrimento cutâneo ou úlcera de decúbito, disfagia leve a grave, dupla incontinência e afasia. Define-se um paciente com SI quando ele tem as características do critério maior e pelo menos duas do critério menor. ANOTAÇÕES DE AULA Anticoagulantes para paraplegia: 4/5 meses.