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Exercícios Ebola

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paulo roberto

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Questões resolvidas

Impressionados com a notícia do poder arrasador com que o vírus Ebola vem dizimando uma certa população na África, alguns alunos de um colégio sugeriram medidas radicais para combater o vírus desta terrível doença. Considerando-se que este agente infeccioso apresenta características típicas dos demais vírus, assinale a alternativa que contenha a sugestão mais razoável:


a) Descobrir urgentemente um potente antibiótico que possa destruir a sua membrana nuclear.
b) Alterar o mecanismo enzimático mitocondrial para impedir o seu processo respiratório.
c) Injetar nas pessoas contaminadas uma dose maciça de bacteriófagos para fagocitar o vírus.
d) Cultivar o vírus 'in vitro', semelhante à cultura de bactérias, para tentar descobrir uma vacina.
e) Impedir, de alguma maneira, a replicação da molécula de ácido nucléico do vírus.

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Questões resolvidas

Impressionados com a notícia do poder arrasador com que o vírus Ebola vem dizimando uma certa população na África, alguns alunos de um colégio sugeriram medidas radicais para combater o vírus desta terrível doença. Considerando-se que este agente infeccioso apresenta características típicas dos demais vírus, assinale a alternativa que contenha a sugestão mais razoável:


a) Descobrir urgentemente um potente antibiótico que possa destruir a sua membrana nuclear.
b) Alterar o mecanismo enzimático mitocondrial para impedir o seu processo respiratório.
c) Injetar nas pessoas contaminadas uma dose maciça de bacteriófagos para fagocitar o vírus.
d) Cultivar o vírus 'in vitro', semelhante à cultura de bactérias, para tentar descobrir uma vacina.
e) Impedir, de alguma maneira, a replicação da molécula de ácido nucléico do vírus.

Prévia do material em texto

nais de saúde foram conta-
minados, e os hospitais, sem 
condições adequadas de infra-
estrutura, ajudaram a propagar 
a doença.
De acordo com Sokol, na epi-
demia de 1995 em Kikwit, na 
República Democrática do 
Congo, a relação entre o hos-
pital e mortes de ebola era tão 
clara que gerou um boato de 
que os médicos estavam as-
sassinando os pacientes que 
haviam roubado diamantes de 
minas locais.
Já na epidemia de Uganda, 
moradores acreditam que pes-
soas brancas roubavam parte 
do corpo das vítimas para lu-
crar. Médicos ocidentais eram 
vistos como suspeitos e acredi-
tava-se que estavam trazendo 
a doença. Em janeiro de 2002, 
um grupo de especialistas teve 
que fugir da vila de Mekambo, 
no Gabão, ao ser ameaçado 
por moradores.
Estigma
A desconfiança em relação aos 
profissionais estrangeiros vem 
desde o início do século XX, 
quando os colonizadores des-
prezavam os costumes locais. 
Quando houve uma epidemia 
de doença do sono no então 
Congo Belga, os moradores, 
obrigados a tomar remédios de 
cuja eficácia duvidavam, se re-
voltaram.
Além da desconfiança em re-
lação a profissionais de saúde, 
há ainda a questão do estigma 
que aqueles que se curam do 
ebola carregam. Apesar de não 
existir um remédio em uso para 
a doença, o corpo dos pacien-
tes pode reagir sozinho e com-
bater o vírus.
Em epidemias anteriores, afir-
ma Sokol, alguns sobreviven-
tes não foram aceitos de volta 
em sua comunidades. Outros 
não conseguiram mais encon-
trar trabalho ou foram abando-
nados por seus parceiros. Após 
a epidemia de 2000/2001 em 
Uganda, as casas de alguns 
sobreviventes foram queima-
das.
“É contra esse passado com-
plexo historicamente, cultural-
mente e socialmente que os 
especialistas em ética terão 
que tomar uma decisão. As 
normas de ética médica, como 
a permissão para tratamento, 
também podem ser diferentes 
lá, e existe o perigo de transpor 
normas ocidentais para cultu-
ras diferentes”, afirma.
Exercícios
1. Impressionados com a notícia do poder 
arrasador com que o vírus Ebola vem 
dizimando uma certa população na África, 
alguns alunos de um colégio sugeriram 
medidas radicais para combater o vírus desta 
terrível doença. Considerando-se que este 
agente infeccioso apresenta características 
típicas dos demais vírus, assinale a alternativa 
que contenha a sugestão mais razoável:
a) impedir, de alguma maneira, a replicação da 
molécula de ácido nucléico do vírus. 
b) alterar o mecanismo enzimático mitocondrial 
para impedir o seu processo respiratório.
c) injetar nas pessoas contaminadas uma dose 
maciça de bacteriófagos para fagocitar o vírus. 
d) cultivar o vírus in vitro, semelhante à cultura 
de bactérias, para tentar descobrir uma vacina. 
e) descobrir urgentemente um potente antibiótico 
que possa destruir a sua membrana nuclear. 
2. As possibilidades de que as pessoas 
possam adquirir certas doenças não são 
iguais para todas. 
Existem vários fatores que contribuem 
para que alguns indivíduos ou parcelas da 
população tenham maior possibilidade de 
adquirir determinadas patologias. Sobre 
esses fatores, é CORRETO afirmar: 
a) a imunização através de vacinas e soros é 
um dos fatores que minimizam de maneira 
significativa a manifestação de determinadas 
doenças, visto que há a introdução de organismos 
atenuados no indivíduo humano. 
b) a presença de parasitas, como protozoários, 
fungos, bactérias ou vírus, pode agravar a 
saúde humana, uma vez que estes organismos 
são intracelulares facultativos e as barreiras 
imunológicas os combatem. 
c) um dos fatores que conduzem ao agravo 
à saúde humana está relacionado ao risco 
biológico, tais como a desnutrição, a idade, as 
tendências genéticas e a existência de outras 
doenças. 
d) a população humana depende de uma fonte 
de alimentos que serve de matéria-prima para 
a manutenção metabólica e para a obtenção de 
energia em nível primário de proteínas. 
 
3. O gráfico a seguir ilustra, de maneira 
hipotética, o número de casos, ao longo 
de 20 anos, de uma doença infecciosa 
e transmissível (linha cheia), própria de 
uma região tropical específica, transmitida 
por meio da picada de inseto. A variação 
na densidade populacional do inseto 
transmissor, na região considerada, é 
ilustrada (linha pontilhada). Durante o 
período apresentado não foram registrados 
casos dessa doença em outras regiões.
Sabendo que as informações se referem a 
um caso típico de endemia, com um surto 
epidêmico a cada quatro anos, percebe-se 
que no terceiro ciclo houve um aumento do 
número de casos registrados da doença. 
Após esse surto foi realizada uma intervenção 
que controlou essa endemia devido 
a) à população ter se tornado autoimune. 
b) à introdução de predadores do agente 
transmissor. 
c) à instalação de proteção mecânica nas 
residências, como telas nas aberturas. 
d) ao desenvolvimento de agentes químicos 
para erradicação do agente transmissor. 
e) ao desenvolvimento de vacina que ainda não 
era disponível na época do primeiro surto. 
 
4. Como resultado de um esforço para a 
melhoria da saúde pública, em 2006, o 
Ministério da Saúde lançou o combate 
ao rotavírus, introduzindo nos postos de 
saúde a vacinação de crianças contra esta 
infecção. Depois de 30 anos de pesquisa, 
começam a ser distribuídas vacinas para 
barrar o maior causador de diarreia infantil 
aguda. Para que se sintetizem as vacinas, 
é importante conhecer as propriedades dos 
vírus (partículas que infectam eucariontes), 
os quais 
a) possuem organização celular. 
b) apresentam metabolismo próprio. 
c) não sofrem mutações no seu material genético. 
d) carregam organelas citoplasmáticas. 
e) contêm moléculas de ácidos nucléicos. 
 
5. O controle do alastramento deste vírus é 
problemático, não só devido às facilidades 
de transporte no mundo, mas, também, 
porque as vacinas produzidas para combatê-
lo podem perder a sua eficácia com o tempo.
Essa perda de eficácia está associada à 
seguinte característica dos vírus: 
a) sofrer alterações em seu genoma com certa 
frequência 
b) inibir com eficiência a produção de anticorpos 
pelo hospedeiro 
c) destruir um grande número de células 
responsáveis pela imunidade 
d) possuir cápsula protetora contra a maioria 
das defesas do hospedeiro 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
 Ação à distância, velocidade, 
comunicação, linha de montagem, triunfo das 
massas, Holocausto: através das metáforas 
e das realidades que marcaram esses cem 
últimos anos, aparece a verdadeira doença 
do progresso...
 O século que chega ao fim é o que 
presenciou o Holocausto, Hiroshima, os 
regimes dos Grandes Irmãos e dos Pequenos 
Pais, os massacres do Camboja e assim por 
diante. Não é um balanço tranquilizador. Mas 
o horror desses acontecimentos não reside 
apenas na quantidade, que, certamente, é 
assustadora.
 Nosso século é o da aceleração 
tecnológica e científica, que se operou 
e continua a se operar em ritmos antes 
inconcebíveis. Foram necessários milhares 
de anos para passar do barco a remo à 
caravela ou da energia eólica ao motor de 
explosão; e em algumas décadas se passou 
do dirigível ao avião, da hélice ao turborreator 
e daí ao foguete interplanetário. Em algumas 
dezenas de anos, assistiu-se ao triunfo das 
teorias revolucionárias de Einstein e a seu 
questionamento. O custo dessa aceleração da 
descoberta é a hiperespecialização. Estamos 
em via de viver a tragédia dos saberes 
separados: quanto mais os separamos, tanto 
mais fácil submeter a ciência aos cálculos 
do poder. Esse fenômeno está intimamente 
ligado ao fato de ter sido neste século que 
os homens colocaram mais diretamente 
em questão a sobrevivência do planeta. 
Um excelente químico pode imaginar um 
excelente desodorante, mas não possui mais 
o saber que lhe permitiria dar-se conta de 
que seu produto irá provocar um buraco na 
camada de ozônio.
 O equivalente tecnológico da 
separação dos saberes foi a linha de 
montagem. Nesta, cada um conhece apenas 
uma fase do trabalho. Privado da satisfação 
dever o produto acabado, cada um é também 
liberado de qualquer responsabilidade. 
Poderia produzir venenos sem que o 
soubesse - e isso ocorre com frequência. Mas 
a linha de montagem permite também fabricar 
aspirina em quantidade para o mundo todo. E 
rápido. Tudo se passa num ritmo acelerado, 
desconhecido dos séculos anteriores. Sem 
essa aceleração, o Muro de Berlim poderia 
ter durado milênios, como a Grande Muralha 
da China. É bom que tudo se tenha resolvido 
no espaço de trinta anos, mas pagamos o 
preço dessa rapidez. Poderíamos destruir o 
planeta num dia.
 Nosso século foi o da comunicação 
instantânea, presenciou o triunfo da ação à 
distância. Hoje, aperta-se um botão e entra-
se em comunicação com Pequim. Aperta-se 
um botão e um país inteiro explode. Aperta-
se um botão e um foguete é lançado a Marte. 
A ação à distância salva numerosas vidas, 
mas irresponsabiliza o crime.
 Ciência, tecnologia, comunicação, 
ação à distância, princípio da linha de 
montagem: tudo isso tornou possível 
o Holocausto. A perseguição racial e o 
genocídio não foram uma invenção de nosso 
século; herdamos do passado o hábito de 
brandir a ameaça de um complô judeu para 
desviar o descontentamento dos explorados. 
Mas o que torna tão terrível o genocídio 
nazista é que foi rápido, tecnologicamente 
eficaz e buscou o consenso servindo-se das 
comunicações de massa e do prestígio da 
ciência.
 Foi fácil fazer passar por ciência uma 
teoria pseudocientífica porque, num regime 
de separação dos saberes, o químico que 
aplicava os gases asfixiantes não julgava 
necessário ter opiniões sobre a antropologia 
física. O Holocausto foi possível porque se 
podia aceitá-lo e justificá-lo sem ver seus 
resultados. Além de um número, afinal 
restrito, de pessoas responsáveis e de 
executantes diretos (sádicos e loucos), 
milhões de outros puderam colaborar à 
distância, realizando cada qual um gesto que 
nada tinha de aterrador.
 Assim, este século soube fazer do 
melhor de si o pior de si. Tudo o que aconteceu 
de terrível a seguir não foi se não repetição, 
sem grande inovação.
 O século do triunfo tecnológico foi 
também o da descoberta da fragilidade. Um 
moinho de vento podia ser reparado, mas 
o sistema do computador não tem defesa 
diante da má intenção de um garoto precoce. 
O século está estressado porque não sabe 
de quem se deve defender, nem como: 
somos demasiado poderosos para poder 
evitar nossos inimigos. Encontramos o meio 
de eliminar a sujeira, mas não o de eliminar 
os resíduos. Porque a sujeira nascia da 
indigência, que podia ser reduzida, ao passo 
que os resíduos (inclusive os radioativos) 
nascem do bem-estar que ninguém quer 
mais perder. Eis porque nosso século foi o 
da angústia e da utopia de curá-la.
 Espaço, tempo, informação, crime, 
castigo, arrependimento, absolvição, 
indignação, esquecimento, descoberta, 
crítica, nascimento, vida mais longa, morte... 
tudo em altíssima velocidade. A um ritmo de 
STRESS. Nosso século é o do enfarte.
(Adaptado de Umberto Eco, Rápida Utopia. VEJA, 25 anos, Reflexões para o 
futuro. São Paulo, 1993). 
6. A respeito da aceleração tecnológica e 
científica, considere o texto a seguir.
“Em séculos passados, o homem não 
tinha meios de proteger-se contra doenças 
causadas por vírus e bactérias porque 
o avanço científico ainda não havia 
identificado os causadores dessas moléstias 
e a humanidade não possuía vacinas contra 
elas. Atualmente, muitas dessas moléstias já 
estão controladas, entretanto, para outras, 
como o ebola, o desenvolvimento de vacinas 
foi infrutífero, pois o material genético do 
...(I)... é altamente ...(II)... .”
Para completá-lo corretamente, basta 
substituir (I) e (II), respectivamente, por 
a) vírus - mutagênico 
b) verme - mutagênico 
c) protozoário - mutagênico 
d) vírus - estável 
e) protozoário - estável
GABARITO
1: [A] 
2: [C]
Soros são constituídos de anticorpos específicos 
prontos que são introduzidos no indivíduo. 
Vacinas contêm microrganismos atenuados que, 
após serem introduzidos no organismo, induz a 
produção de anticorpos específicos que tornam 
o organismo imune a determinadas doenças. 
3: [E]
Como a população de insetos transmissores 
continuou estável até o final do período estudado, 
a intervenção que controlou a doença não está 
relacionada com o controle dos insetos vetores. 
Como no terceiro ciclo houve um aumento no 
número de casos registrados da doença, a 
população não deve ter se tornado autoimune. 
Portanto, o controle da doença após o terceiro 
ciclo deve ter se dado pelo desenvolvimento 
de vacina que ainda não estava disponível na 
época do primeiro surto da doença. 
4: [E] 
5: [A] 
6: [A]