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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS – 2570 TURMA: 002 RELATÓRIO NO 3 Determinação da Massa Específica Aparente dos Solos Acadêmico(a): Ana Beatriz Chorro Camargo RA: 130158 Ana Luiza Rios Plaza RA: 131066 Heloisa Oliveira da Costa RA: 130129 Maringá, 24 de maio de 2024. 1 Determinação da Massa Específica Aparente dos Solos 1. OBJETIVO Determinação da massa específica aparente dos solos (ρ, ρd), baseando-se nos métodos e explicações vistos em aula. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A massa específica pode ser expressa como Massa Específica Aparente (p) e Massa Específica Aparente Seca (ρd). A massa específica aparente (ρ) de um solo é dado pela relação entre a massa de um solo (M) e seu respectivo volume (V). (01)ρ = 𝑀 𝑉 Já a massa específica aparente seca de um solo é obtida pela razão entre a massa de um solo seco (Ms) e o respectivo volume total (V). Neste caso o teor de umidade do solo é zero (w=0), como demonstrado na equação 02. (02)ρ 𝑑 = 𝑀𝑠 𝑉 Na prática se utiliza a massa específica para a determinação de outros índices que implicam em cálculos de volumes, como porosidade (n), índice de vazios (e), grau de saturação (Sr), e teor de umidade (w), assim a massa específica pode ser expressa em função desses parâmetros. Igualmente, a Massa Específica Aparente é uma característica geralmente usada para cálculo do volume e dos vazios do solo, caracterizando também se ele está molhado, isto é, se sua absorção está completa ou, quando num sistema seco em estufa, ser usado para cálculo quando o agregado está ou estará seco quando utilizado. 2 3. MATERIAIS E MÉTODOS Nos tópicos abaixo são apresentados os materiais, como solo e os equipamentos, que foram utilizados para a realização do experimento em pauta, assim como a metodologia seguida para a realização do ensaio, citando as normas da ABNT referenciadas. 3.1. MATERIAL – O solo O solo utilizado no experimento em questão foi retirado da cidade de Nobres, em Mato Grosso, que pode ser caracterizado como um latossolo vermelho. Além disso, a prática de determinação da massa específica aparentes dos solos foi realizada com uma amostra indeformada, visto que suas características estruturais naturais existentes no local da extração foram mantidas, assim como a sua constituição mineralógica do solo. Portanto, para a iniciação do experimento, foi realizada a abertura da amostra indeformada que estava envolta à parafina, para a retirada do corpo de prova de solo com auxílio do torno, para que assim se desse continuidade a prática. 3.2. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS ● Os materiais utilizados para o método da cubagem pela medida direta das dimensões geométricas (paquímetro) com o torno e o anel metálico: ○ Faca, régua metálica, espátula, pincel; ○ Torno para talhagem; ○ Aparador (berço); ○ Anel metálico; ○ Cápsulas; ○ Paquímetro; ○ Balança com capacidade de 1.500g com precisão de 0,1g, ○ Estufa; ○ Dessecador. 3 ● Materiais utilizados para método de cubagem através de empuxo de água (balança hidrostática): ○ Estufa capaz de manter a temperatura de 60ºC a 65°C e de 105°C a 110°C; ○ Balança com capacidade de 1.500g com precisão de 0,1g e sensibilidade compatível; ○ Moldura e recipiente contendo água; ○ Fogareiro ou aquecedor; ○ Linha comum ou de náilon; ○ Parafina com massa específica aparente conhecida. 3.3. MÉTODOS DE ENSAIO ● Cubagem pela Medida Direta das Dimensões Geométricas (Paquímetro): ○ Torno: Com a utilização da amostra indeformada a mesma é aberta e a quantidade necessária é retirada para a talhagem que é realizada com o auxílio do torno até chegar na medida de diâmetro esperada em seguida o topo e base são ajudados com o auxílio do berço de corpo de prova. Por fim as medidas são do corpo de prova foram coletadas com o uso do paquímetro e o mesmo foi pesado. Por fim com o solo que restou da talhagem foi colocado em cápsulas é pesado para ser utilizado a fim de calcular o teor de umidade da amostra. ○ Anel Metálico: Para esse mesmo processo de talhagem com corpo de prova do solo com auxílio do anel metálico, em primeiro lugar é preciso realizar a pesagem e medição das dimensões internas do anel metálico. Em seguida retirar uma parte da amostra indeformada e talhá-la com o auxílio do anel metálico realizando faceamento no topo e na base do corpo de prova formado. ○ Por fim a pesagem do corpo de prova junto do anel é realizada tendo todos os dados coletados para a realização das contas. Assim como na outra metodologia, os restos da amostra são utilizados para a determinação do teor de umidade. 4 ● Cubagem Através do Empuxo da Água (Balança Hidrostática): ○ Utilizando a mesma amostra indeformada um corpo de prova esférico com o diâmetro de 5 centímetros foi talhado, as medidas foram conferidas e o mesmo foi pesado. Em seguida a parafina de selagem foi derretida evitando o superaquecimento. Com o auxílio de uma linha, o corpo de prova foi amarrado e emergido sucessivamente no material derretido e quando já seco, o mesmo foi pesado na balança normal e na balança hidrostática. Por fim, a parafina é removida e assim como nas outras metodologias a amostra restante é utilizada para definir o teor de umidade do solo. 4. RESULTADOS Contudo, baseando-se nos dados apresentados, é realizado os desvios dos cálculos referentes à prática feita pelos métodos. Abaixo estão demonstradas as fórmulas e os resultados obtidos que encontram-se na tabela 01 a 06. 4.1. CÁLCULO PARA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE DO SOLO (03)𝑤 = 𝑀𝑤 𝑀𝑠 𝑋 100 (04)𝑀 = 𝑀𝑠 + 𝑀𝑤 (05)𝑀𝑤 = 𝑀1 − 𝑀2 (06)𝑀𝑠 = 𝑀2 − 𝑀3 Sendo: w = Teor de umidade [%] Mw = Massa da água [g] Ms = Massa dos sólidos [g] M1 = Massa do solo úmido + massa da cápsula [g] M2 = Massa do solo seco + massa da cápsula [g] M3 = Massa da cápsula [g] 5 Tabela 01: Determinação do Teor de Umidade de Método do Paquímetro com Torno. TEOR DE UMIDADE PAQUÍMETRO (TORNO) CÁPSULA N° 52 56 59 AMOSTRA ÚMIDA + CÁPSULA (g) 170,89 172,88 169,27 AMOSTRA SECA + CÁPSULA (g) 145,13 146,75 143,84 MASSA DA CÁPSULA (g) 24,36 25,02 24,98 TEOR DE UMIDADE (%) 21,329 21,466 21,395 TEOR DE UMIDADE MÉDIO (%) 21,397 Fonte: Nelci Helena Maia Gutierrez Tabela 02: Determinação do Teor de Umidade pelo Método do Paquímetro com Anel Metálico TEOR DE UMIDADE PAQUÍMETRO (ANEL METÁLICO) CÁPSULA N° 7 9 10 AMOSTRA ÚMIDA + CÁPSULA (g) 150,02 165,43 160,06 AMOSTRA SECA + CÁPSULA (g) 128,03 140,67 136,56 MASSA DA CÁPSULA (g) 25,02 24,92 26,10 TEOR DE UMIDADE (%) 21,347 21,391 21,275 TEOR DE UMIDADE MÉDIO (%) 21,338 Fonte: Nelci Helena Maia Gutierrez Tabela 03: Determinação do Teor de Umidade pelo Método da Balança Hidrostática TEOR DE UMIDADE BALANÇA HIDROSTÁTICA CÁPSULA N° 14 11 21 AMOSTRA ÚMIDA + CÁPSULA (g) 142,30 171,47 157,30 AMOSTRA SECA + CÁPSULA (g) 121,05 145,96 134,31 MASSA DA CÁPSULA (g) 24,78 25,68 26,80 TEOR DE UMIDADE (%) 22,073 21,209 21,384 TEOR DE UMIDADE MÉDIO (%) 21,555 Fonte: Nelci Helena Maia Gutierrez 6 4.2. CÁLCULO PARA DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA APARENTE DO SOLO (07)ρ = 𝑀𝑐𝑝 𝑉𝑐𝑝 (08)ρ 𝑑 = ρ 1+𝑤 (09)𝑉𝑐𝑝 𝑝𝑎𝑞𝑢í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = ( π 4 𝑥 𝑑 𝑚 2 ) 𝑥 ℎ 𝑚 (10)𝑉𝑐𝑝 𝑏𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 ℎ𝑖𝑑. = 𝑀𝑐𝑝𝑝 − 𝑀𝑐𝑝𝑝𝑖 ρ𝑤 − 𝑀𝑐𝑝𝑝 − 𝑀𝑐𝑝 ρ𝑝 Sendo: = Massa específica aparente natural do solo [g/cm³]ρ = Massa específica aparente seca do solo [g/cm³]ρ w = Massa específica da água [≅ 1g/cm³]ρ p = Massa específica da parafina [≅ 0,91g/cm³]ρ w = Teor de umidade [%] dm = Diâmetro médio [cm] hm = Altura média [cm] Mcp = Massa do corpo de prova [g] Mcpp = Massa do corpo de prova com parafina [g] Mcppi = Massa do corpo de prova com parafina imerso em água [g] Vcp = Volume do corpo de prova [cm³] 7 Tabela 04: Massa Específica Aparente pelo Método do Paquímetro (torno) MASSA ESPECÍFICA AP. DO SOLO PAQUÍMETRO (TORNO) ENSAIO N° 1 2 3 CORPO DE PROVA N° 1 2 3 DIÂMETRO MÉDIO DOCORPO DE PROVA (cm) 4,99 5,01 5,00 ALTURA MÉDIA DO CORPO DE PROVA (cm) 10,03 10,00 10,01 VOLUME DO CORPO DE PROVA (cm³) 196,15 197,14 196,55 MASSA DO CORPO DE PROVA (g) 393,86 428,67 392,86 MASSA ESPECÍFICA (g/cm³) 2,01 2,17 2,00 MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA (g/cm³) 0,09 0,10 0,09 MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA MÉDIA (g/cm³) 0,09 Fonte: Nelci Helena Maia Gutierrez Tabela 05: Massa Específica Aparente pelo Método do Paquímetro (anel metálico) MASSA ESPECÍFICA AP. DO SOLO PAQUÍMETRO (ANEL METÁLICO) ENSAIO N° 1 2 3 ANEL N° 61 62 63 MASSA DO ANEL (g) 44,74 45,92 45,4 DIÂMETRO MÉDIO DO ANEL (cm) 7,15 7,15 7,15 ALTURA MÉDIA DO ANEL (cm) 2 2,00 2 VOLUME DO ANEL (cm³) 78,07 78,07 78,07 MASSA DO CORPO DE PROVA + ANEL (g) 205,63 207,32 207,45 MASSA DO CORPO DE PROVA (g) 160,89 161,4 162,05 MASSA ESPECÍFICA (g/cm³) 2,06 2,07 2,08 MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA (g/cm³) 0,09 0,09 0,09 MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA MÉDIA (g/cm³) 0,09 Fonte: Nelci Helena Maia Gutierrez 8 Tabela 06: Massa Específica Aparente pelo Método da Balança Hidrostática MASSA ESPECÍFICA AP. DO SOLO BALANÇA HIDROSTÁTICA ENSAIO N° 1 2 3 MASSA DO CORPO DE PROVA (g) 133,08 177,51 144,32 MASSA DO C.P. COM PARAFINA (g) 141,12 187,73 153,21 MASSA DO C.P. COM PARAFINA IMERSO (g) 66,18 89,15 71,45 VOLUME DO CORPO DE PROVA (cm³) 65,48 86,56 71,3 MASSA ESPECÍFICA DA PARAFINA (g/cm³) 0,91 0,91 0,91 MASSA ESPECÍFICA APARENTE DO SOLO (g/cm³) 2,03 2,05 2,02 MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA (g/cm³) 0,09 0,09 0,09 MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA MÉDIA (g/cm³) 0,09 Fonte: Nelci Helena Maia Gutierrez Para serem usadas nas fórmulas acima, os valores das massas específicas da água e da parafina foram adotados conforme dados usuais. Também, vale ressaltar que todas as tabelas estão preenchidas por dados fornecidos pelo experimento e pelos cálculos feitos com as equações citadas. 5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS No entanto, a análise dos dados revelou que os métodos produziram valores médios semelhantes para a densidade aparente do solo em questão. Além disso, o teste foi considerado satisfatório, pois as diferenças não excederam 0,02 g/cm³ para a densidade aparente natural ou seca do solo, expressa com três dígitos significativos em g/cm³, e o teor de umidade foi determinado com uma precisão de 0,1%. Entretanto, é importante notar que os métodos do paquímetro e da balança hidrostática são os mais comumente utilizados, ao contrário do método da água deslocada, que não foi demonstrado nem forneceu dados, sendo menos empregado e substancialmente diferente dos outros métodos conforme discutido em aula. Além disso, é válido considerar que os resultados poderiam ter sido afetados por algumas condições, como possível perda de partículas durante a lavagem dos equipamentos e instabilidade no manuseio dos utensílios. No entanto, de acordo com as normas vigentes, o ensaio não apresentou divergências significativas. 9 REFERÊNCIAS [1] Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 16867: 2020: Determinação da massa específica aparente de amostras indeformadas - Método da balança hidrostática. Rio de Janeiro, 2020. [2] SANTOS, Humberto. Latossolos Vermelhos, 2021. Disponível em: https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/tematicas/solos-tropicais/sibcs/ch ave-do-sibcs/latossolos/latossolos-vermelhos [3] Slides em PDF sobre a aula. Prática 3 - Determinação da massa específica aparente dos solos. Disponível em: https://classroom.google.com/u/1/c/NjgyOTc1MTAxNjIz/m/Njk2NDc1ODg0NDMx/detailsD https://classroom.google.com/u/1/c/NjgyOTc1MTAxNjIz/m/Njk2NDc1ODg0NDMx/details