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Fisiologia Veterinária parte 2 Kamilly Pires da Silva @kamynavet Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal Tem como função fornecer nutrientes, eletrólitos, água. Mortlidade, secreção, digestão, absorção, armazenamento remoção de produtos tóxicos. FunçõesFunções MortilidadeMortilidade Digerir e absorver nutrientes Nicho ecológico para bactérias, fungos e protozoários. Identifica e impede a entrada de patógenos. tolerância aos micro-organismos comensais. EstômagoEstômago Estômago Simples ( cão e gato) Estômago Pré- Gástricos ( Ruminantes) Estômago Pró- Gástricos ( Equinos) Cavidade OralCavidade Oral Responsável pela apreensão de alimentos, mastigação e deglutição. Existem diferenças entre as formas de apreensão de acordo com a espécie. Utilizam os dentes para ajudar na apreensão Utiliza os lábios para ajudar na apreensão. Utiliza a língua. Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal Trajeto de músculos em quase todas as direções Papel sensorial - papilas gustativas Função motora Papilas Gustativas: células especializadas que reagem a 5 diferentes sabores. LínguaLíngua MastigaçãoMastigação Aumenta digestibilidade do alimento Mistura do alimento com a saliva Secreções salivaresSecreções salivares • Glândulas acinosas • Mucoide x serosa • Mucoide: mucina, lubrificação (no cão: sublinguais) • Serosa: muita amilase, tampões, IgA, lipase (no cão: parótida) • Mista: ambas (no cão: submandibular) • Controle n. hipoglosso (parótidas e n. facial (demais) • Secreção após estímulos: • Contração células mioepiteliais Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal Reflexo complexo, parcialmente voluntário Neurônios motores → impelem bolo alimentar para parte posterior da língua → receptores faríngeos – bulbo – involuntário → neurônios motores → parte dorsal da língua e assoalho da bola se elevam → palato mole elevado dorsalmente (fechar nasofaringe) → aparato hioide se eleva → epiglote move-se para baixo DeglutiçãoDeglutição SN. EntéricoSN. Entérico É constituído por neurônios e células gliais comumente agrupadas e envolvidas por tecido conjuntivo propriamente dito, formando estruturas denominadas de gânglios entéricos que se conectam por meio de fibras nervosas. - Regula e modula as funções de movimento, de secreção e das atividades das células endócrinas do trato gastrintestinal (TGI), de forma independente do sistema nervoso central Componentes: é composto principalmente por células gliais, as células da glia entérica (CGE) e por neurônios entéricos. Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal Intríseco eIntríseco e ExtrínsecoExtrínseco A modulação das funções do TGI pelo cérebro é uma função tanto dos nervos extrínsecos quanto dos nervos intrínsecos. As vias extrínsecas são compostas pelo sistema nervoso parassimpático e, em menor escala, pelo sistema nervoso simpático, sob o comando dos centros autonômicos no tronco cerebral. Já as vias intrínsecas resultam de células produtoras de hormônios e de um plexo nervoso “próprio”. As informações nervosas são coordenadas e retransmitidas para o músculo liso e para as células endócrinas e secretoras. A ação do sistema nervoso parassimpático sobre o sistema digestório tem como função o aumento da atividade global do TGI. InervaçãoInervação ParassimpáticaParassimpática AnotaçõesAnotações Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal AtividadesAtividades SecretorasSecretoras Glândulas Salivares: • Saliva: lubrificação, função antibacteriana, função digestiva, resfriamento evaporativo • Amilase salivar: onívoros; ausente em carnívoros. Maior efeito em estômago proximal, pela falta de atividade de mistura que mantém um pH neutro a ligeiramente básico • Lipase sublingual: digere gordura, presente em animais jovens, como bezerros • Ruminante: alta concentração de bicarbonato, fosfato e alto pH • Neutralização dos ácidos da fermentação ruminal • 100 a 200L por dia Secreções GástricasSecreções Gástricas Quatro compartimentos funcionais distintos • Estômago esofágico: aglandular, compartimento • Estômago cardíaco: glandular, produção de muco espesso e tampão • Estômago próprio ou fúndico: invaginações muito profundas na submucosa; células que produzem ácidos, enzimas proteolíticas, hormônios e muco • Estômago pilórico: glândulas produtoras de muco e tampão; células G, produtoras de gastrina em resposta à distensão gástrica ou elevação do pH no estômago FígadoFígado • Componentes finais importantes: sais biliares • Conjugação do colesterol com um aminoácido (comumente a taurina) • Extremidade hidrofóbica e outra hidrofílica • Capacidade de produzir micelas, que ajudam no processo de digestão e absorção de gorduras • Circulação êntero-hepática Secreção biliarSecreção biliar • Hepatócitos excretam bile nos canalículos → ducto biliar → vesícula biliar • Espécies sem vesícula (equinos): bile flui constantemente • Ações de detoxificação • Fase 1 – oxidação • Fase 2 – conjugação com glucoronídio Bilirrubina • Não conjugada: chega ao fígado ligada à albumina e é removida do sangue sinusoidal pelos hepatócitos • Conjugada: hepatócitos conjugam com ácido glicurônico → hidrossolubilidade, excreção nas fezes Pré-ganglionar – ACh – estimular ou inibir neurônio pós-ganglionar Pós-glanglionar – Ach – ação nos órgãos-alvo sn. Autônomosn. Autônomo e TGIe TGI Parassimpático eferente – principal (“repouso e digestão”) Diretamente: ação nas células-alvo Indiretamente: modulação das atividades Simpático: única ação relevante está condicionada ao fluxo sanguíneo do sistema Nervo vago (X): Fibras eferentes parassimpáticas Constituída por 2 neurônios Músculos LisosMúsculos Lisos Músculo submucoso: 1. Movimento das vilosidades (encurtamento e alongamento) M. liso circular e M. liso longitudinal: 1) Contrações segmentares – compressão e mistura 2) Peristaltismo – propulsão do bolo alimentar aboralmente: ação coordenada Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal ContraçõesContrações SegmentaresSegmentares Movimento doMovimento do Alimento no EsôfagoAlimento no Esôfago • Condução da ingesta da boca ao estômago (ou pré-estômago) • M. cricofaríngeo – estriado, mantém extremidade oral fechada • Presença do bolo – estimula contrações peristálticas • Esfíncter inferior mantém-se fechado → relaxamento • Relaxamento mediado pelo Peptídeo Vasoativo Intestinal (VIP – neurotransmissor - SNE) • Onda peristáltica esofágica + relaxamento m. estomacal PeristaltismoPeristaltismo Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal movimento domovimento do Alimento no EstômagoAlimento no Estômago • Contração e relaxamento do esfíncter pilórico: velocidade de esvaziamento gástrico • Relaxa em resposta ao estímulo vagal • Contrai em resposta à colecistina e secretina • Dietas ricas em gordura: aumentam muito secreção de CCK • Dietas ricas em proteínas: aumentam secreção • Dietas ricas em carboidratos: não possuem efeito – “passa” mais rápido • Camada adicional de musculatura transversal: aumenta atividade de mistura • Distensão do fundo gástrico: ativação SNE e sensitivos aferentes vagais que causam ativação, pelo SNE e eferente vagal → contração • Onda peristáltica na parte média → alimento em direção ao piloro → esfíncter pilórico relaxa momentaneamente → passagem de material mais digerido e líquido → rápida contração propele material sólido para o fundo novamente. Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal MotilidadeMotilidade Intestino DelgadoIntestino Delgado Reduz motilidade - Quimo entra no duodeno e o distende - Aumento da osmolaridade dos líquidos no duodeno - Redução parassimpática vagal - Secreção de colecistina e secretina Aumenta motilidade - Hormônio Gastrina, sintetizado em reposta à distensão. Fibras vagais respondem à distensão - Centro superior do cérebro em resposta à visão, odor ou sabor • Principal estímulo para contração: distensão• Inicialmente, contrações segmentares predominam; em seguida, peristálticos a curta distância (SNE) • Contrações peristálticas mais longas: coordenação entre aferentes sensitivos vagais e fibras eferentes parassimpáticas • Gastrina (secretado por células enteroendócrinas quando estômago cheio) → aumento • CCK (produzida por estímulo pelo tipo de dieta) → aumenta • Secretina (céls enteroendócrinas duodenais em resposta à queda do pH) → reduz • Complexo Motor Migrante (CMM) • Atividade motora básica no intestino durante jejum ou entre refeições • Fase I – sem contrações • Fase II – contrações intermitentes e irregulares • Fase III – fortes contrações peristálticas • Auxiliar a impedir migração de bactérias do íleo para o duodeno • Transferência do alimento do íleo para: • Cólon maior – válvula ileocólica – ruminantes, cães e gatos • Ceco – papila ileal – equinos, suínos, coelhos, ratos • Distensão do íleo e hormônio gastrina: estímulos para abertura das válvulas • Distensão do cólon e cedo: estímulos para contração mais firme dos esfíncteres Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal DefecaçãoDefecação • Reflexo temporário que interrompe a continência fecal • Reto geralmente vazio • Onda peristáltica é iniciada por fibras eferentes parassimpáticas dos nervos pélvicos → fezes no reto → esfíncter interno do ânus relaxa → pressão sobre o esfíncter externo do ânus (músculo estriado) → necessidade consciente de defecar Clinica MédicaClinica Médica • Indigestão vagal • Tipo I: falha na eructação • Tipo II: falha no transporte omasal • Tipo III: falha no fluxo pilórico • Tipo IV: indigestão por gestação avançada Função antibacteriana: Anticorpos e enzimas antimicrobianas (lisozimas) Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal Glândulas SalivaresGlândulas Salivares • Saliva: lubrificação, função antibacteriana, função digestiva, resfriamento evaporativo • Amilase salivar: onívoros; ausente em carnívoros. Maior efeito em estômago proximal, pela falta de atividade de mistura que mantém um pH neutro a ligeiramente básico • Lipase sublingual: digere gordura, presente em animais jovens, como bezerros • Ruminante: alta concentração de bicarbonato, fosfato e alto pH • Neutralização dos ácidos da fermentação ruminal • 100 a 200L por dia Secreções GástricasSecreções Gástricas • Quatro compartimentos funcionais distintos • Estômago esofágico: aglandular, compartimento • Estômago cardíaco: glandular, produção de muco espesso e tampão • Estômago próprio ou fúndico: invaginações muito profundas na submucosa; células que produzem ácidos, enzimas proteolíticas, hormônios e muco • Estômago pilórico: glândulas produtoras de muco e tampão; células G, produtoras de gastrina em resposta à distensão gástrica ou elevação do pH no estômago Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal Estômago FúngicoEstômago Fúngico • Fovéolas gástricas → células glandulares entremeadas por células principais e parietais • Célula principal • Produz precursor enzimático proteolítico: pepsinogênio • Fora da célula, é clivado pelo ácido clorídrico em pepsina • Produção de renina: recém nascidos • Célula parietal • Produz ácido gástrico – HCl (degradação hidrolítica) • Produz Fator Intrínseco: auxilia na absorção de vit. B12 • Células enteroendócrinas ou enterocromafins • Entre as células e mais profundamente na lâmina própria Células Parietais eCélulas Parietais e Secreção de ÁcidoSecreção de Ácido • Absorvem cloreto e o bombeiam para o lúmen • Cloreto pode entrar na célula em troca de íon bicarbonato ou ser cotransportado com Na ou K • Caso haja alta demanda, o processo passa a ser ativo, consumindo energia • Mantém pH em torno de 1,6 • Três fatores ativam mecanismo para aumentar secreção de cloreto 1. Histamina produzida por células enteroendócrinas quando pH aumenta muito (receptores H2) 2. Gastrina produzida por células enteroendócrinas na região pilórica por distensão ou pH 3. Nervo vago: aferentes vagais detectam distensão gástrica ou alterações de osmolaridade → transmite para o bulbo → eferentes estimulam células parietais e células G Colecistocinina Diminuem secreção de HCl Secretina Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal Estômago FúngicoEstômago Fúngico • Fovéolas gástricas → células glandulares entremeadas por células principais e parietais • Célula principal • Produz precursor enzimático proteolítico: pepsinogênio • Fora da célula, é clivado pelo ácido clorídrico em pepsina • Produção de renina: recém nascidos • Célula parietal • Produz ácido gástrico – HCl (degradação hidrolítica) • Produz Fator Intrínseco: auxilia na absorção de vit. B12 • Células enteroendócrinas ou enterocromafins • Entre as células e mais profundamente na lâmina própria Produzida em resposta à entrada de gorduras e aa ou a mudanças na osmolaridade Produzida no duodeno, em resposta ao pH baixo, não inibe a produção de ácidos: corrigir pH duodeno Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal FígadoFígado • Órgão acessório • Diversas funções • Síntese de albumina, proteínas de fase aguda, fatores de coagulação • Detoxificação • Uma das funções do fígado: produção de ácidos biliares Secreções do FígadoSecreções do Fígado • Componentes finais importantes: sais biliares • Conjugação do colesterol com um aminoácido (comumente a taurina) • Extremidade hidrofóbica e outra hidrofílica • Capacidade de produzir micelas, que ajudam no processo de digestão e absorção de gorduras • Circulação êntero-hepática • Hepatócitos excretam bile nos canalículos → ducto biliar → vesícula biliar • Espécies sem vesícula (equinos): bile flui constantemente • Ações de detoxificação • Fase 1 – oxidação • Fase 2 – conjugação com glucoronídio • Bilirrubina • Não conjugada: chega ao fígado ligada à albumina e é removida do sangue sinusoidal pelos hepatócitos • Conjugada: hepatócitos conjugam com ácido glicurônico → hidrossolubilidade, excreção nas fezes • Produção e contração da VB estimuladas por colecistocinina • Em resposta à presença de gorduras e aminoácidos no duodeno • Pouco ou nenhum alimento no lúmen intestinal → esfíncter de Oddi se fecha → bile desviada para a vesícula biliar • Vesícula absorve sódio, cloreto e bicarbonato; absorção passiva de água Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal PâncreasPâncreas • Digestão de amido, proteínas e triglicerídeos • Enzimas secretadas na forma inativa para evitar autodigestão da célula → ativação no duodeno • Produção e secreção estimuladas pela colecistocinina (CCK) em resposta à presença de gordura e aa no duodeno • Amilase • Lipase • Quimotripsinogênio • Tripsinogênio • Elastase • Endócrino x Exócrino • Célula acinar: capaz de produzir todas as mais de 10 enzimas pancreáticas • Grânulos de zimogênio • Célula centroacinar: modificar a composição eletrolítica do líquido secretado pelas cels acinares • Aumento da concentração de bicarbonato • Célula mioepitelial: ao redor do ácino • Secretina é o principal estímulo hormonal das células centroacinares e do ducto Intestino DelgadoIntestino Delgado • Criptas, vilosidades e microvilosidades – aumento da área de digestão e absorção • Abaixo da lâmina basal → lâmina própria (tec. conjuntivo frouxo) • Glândulas de Brunner – células acinares (muco) e ductais (adicionam Na e K, removem Cl) • Controladas pela secretina – liberada pelas células enteroedócrinas • Submucosa do íleo • Placas de Peyer – agregados de linfócitos B e T, macrófagos e células dendríticas • Vigilância imune Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal Células daCélulas da Cripta IntestinalCripta Intestinal • Células-tronco pluripotentes • Enterócitos das criptas – secretam Cl, Na e água – facilitar absorção por outras células • Migram da cripta até a extremidade da vilosidade, quando mudam de fenótipo • Células caliciformes – secretam muco – migram para forada cripta – mais numerosas no íleo • Células enteroendócrinas – permanecem na base da cripta, mantendo contato com o lúmen • Contém grânulos secretores; hormônios liberados na corrente sanguínea; podem ter efeito parácrino também • CCK, secretina, peptídeo intestinal vasoativo • Células de Paneth – não migram; vida relativamente longa • Proteção para célula-tronco • Produz e libera substâncias antimicrobianas • Cães, gatos e porcos NÃO possuem essas células • Células M ou células em cúpula • Não provém das células-tronco – origem desconhecida • Entremeadas aos enterócitos AnotaçõesAnotações Alteram especificamente a taxa de reabsorção ou secreção É a medida da depuração de uma substância que é filtrada livremente pelos glomérulos e não sofre reabsorção ou secreção tubular Trato urinárioTrato urinário Excretora : eliminação de resíduos metabólicos Endócrina: síntese de calcitriol, renina e eritropoetina. Reguladora: regulação do balanço hidroeletrolítico, regulação do equilibrio ácido básico, conservação de nutrientes gliconeogênese • Ambos recebem aproximadamente 25% do DC (90% cortical, 10% medula) • Filtração sanguínea = excretam dejetos metabólicos e retêm as substâncias filtradas necessárias ao organismo • Respondem a alterações: • Hídricas • Eletrolíticas • Acidobásicas • Produção de hormônios que regulam a pressão arterial sistêmica e a produção de eritrócitos IntroduçãoIntrodução • Primeira etapa da filtração • Rede de capilares compacta que retém componentes celulares e proteínas de médio a alto peso molecular enquanto expele um fluido quase idêntico ao plasma em composição hídrica e eletrolítica • Filtrado glomerular • Taxa de Filtração Glomerular (TFG) • A formação da urina → plasma atravessa a barreira de filtração glomerular (endotélio capilar fenestrado, membrana nasal glomerular, epitélio glomerular (podócitos e pedicelos)) → alcança a cápsula de Bowman Filtração GlomerularFiltração Glomerular Taxa de FiltraçãoTaxa de Filtração GlomerularGlomerular Trato urinárioTrato urinário SRAA: A função dele é manter a pressão arterial equilibrada e garantir o balanço hídrico do organismo, ou seja, a quantidade de água e sódio que o organismo deve manter ou eliminar, lembrando que o sódio é o principal mineral envolvido no controle da pressão arterial. Trato urinárioTrato urinário Taxa de Filtração Glomerular • Determinada pela pressão média de filtração líquida, a permeabilidade da barreira de filtração e a área disponível para filtração • Pressão hidrostática do sangue dos capilares - favorece a filtração • Pressão oncótica do fluido no espaço de Bowman • Pressão hidrostática no espaço de Bowman • Permosseletividade • Normalmente componentes celulares e proteínas do tamanho da albumina ou maiores são retidos • Água e solutos são espontaneamente filtradas • Fatores que influenciam essa permeabilidade • Carga elétrica: forma catiônica (+) é filtrada mais facilmente – barreira é seletiva a cargas dos capilares • Formato e deformabilidade Filtração GlomerularFiltração Glomerular fatores sistêmicosfatores sistêmicos • Peptídeos natriuréticos atriais • Produção nos átrios • Natriurese e diurese → redução da volemia • Estimulação beta-adrenérgica → ativação SRAA ( Sistema Renina- Angiotensina-Aldosterona) • Estimulação alfa-adrenérgica → vasoconstrição • Fator de crescimento similar à insulina e proteína dietética elevada → aumentam TFG Trato urinárioTrato urinário Representação SraaRepresentação Sraa 1 Etapa - Quando a pressão arterial está baixa, a renina é acionada nos rins 2 Etapa - A renina vai até o fígado e faz a biotransformação do angiotensinogênio em angiotênsina 3 Etapa - Nos pulmões é encontrada a enzima conversora de Angiotensina ( ECA) , responsável por converter Angiotensina I em Angiotensina II 4 Etapa - A Angiotensina II tem a função de vasoconstrição e produção de aldosterona, que é responsável pela retenção de sódio e água, elevando a pressão arterial 5 Etapa - A Angiotensina II atua sobre o hipotálamo, aumentando a sede e ingestão de água. Estimula a secreção do hormônio antidiurético que aumenta a reabsorção de água nos ductos coletores 6 Etapa - A Angiotensina II atua diretamente sobre as arteríolas, levando a vasoconstrição Créditos: Enfermagem Ilustrada Supressão da liberação de renina Redução da pressão de perfusão capilar glomerular Contração celular mesangial Trato urinárioTrato urinário fatores Intrísecosfatores Intrísecos • Feedback tubuloglomerular • Aparelho justaglomerular: mácula densa + arteríolas aferente e eferente + região mesangial extraglomerular Maior fornecimento de NaCl: estimulo produção de agentes vasodilatadores por células da mácula densa (óxido nítrico e prostaglandina E2) → modulação da constrição arteriolar e mesangial → atenuação da resposta → evitar reduções excessivas de redução na TFG Endotélio Fatores vasoconstritores : Endotelina, tromboxano A2, AT II Fatores vasodilatadores :ON, PGE2, prostaciclina Óxido nítrico: - Prevenção de lesão renal - Extinção de EROs - Inibição da vasoconstrição intrarrenal - Inibe a hipertensão glomerular, proliferação de células mesangiais, produção da matriz mesangial Absorção de SolutosAbsorção de Solutos • Maior parte do ultrafiltrado deve ser reabsorvido: Beagle, 10kg, 53,3L de ultrafiltrado Seria necessária ingestão diária de 454g de sais e de mais de 50L de água para manter o equilíbrio entre líquidos e sais! Trato urinárioTrato urinário Túbulo ProximalTúbulo Proximal • No ducto coletor terminal, quando a urina é formada, aproximadamente 99% da água e do sódio foram reabsorvidos. • Taxa de excreção fracionada: taxa de líquido de reabsorção e secreção tubular de uma substância • Ex. Sódio – avaliar integridade funcional dos túbulos renais em casos de IRA • Reabsorve pelo menos 60% das substâncias filtradas • Estrutura e proximidade aos capilares peritubulares → facilita movimentação através de duas vias: paracelular e transcelular (mediado por carreadores) • Células com microvilosidades → borda em escova • No lado sanguíneo: invaginações na membrana plasmática basolateral • Aumento da capacidade para multiplicidade de transportadores de soluto e aumento de exposição aos fluidos luminais e intersticiais – via transcelular • Transporte pela via paracelular, através das zônulas de oclusão • Difusão passiva ou por arrasto por solvente • Atingem o espaço intercelular lateral • Forças de Starling • Pressão oncótica plasmática peritubular alta e pressão hidrostática peritubular baixa • Favorecem a absorção de fluido e solutos • Reabsorção de solutos → transporte ativo primário e secundário Trato urinárioTrato urinário • Captação de Na+ por transporte primário ou secundário • Reabsorção de bicarbonato • Reabsorção de 60 a 85% do HCO3 filtrado • Ocorre através do intermédio da anidrase carbônica → no interior da célula há dissociação em H+ e HCO3 → H+ é secretado e HCO3 passa pela membrana basolateral • Reabsorção de cloreto • Gradiente químico e elétrico favorecem a reabsorção • Zônula de oclusão muito permeável ao cloreto • Canais de cloreto • Íons potássio e cálcio • Cálcio: reabsorção de 65% por via paracelular, por gradiente eletroquímico e arrasto por solvente • Potássio: mecanismos passivos, por via paracelular • Peptídeos • Grande proporção é degradada por peptidases na borda em escova, no lúmen tubular → aa • Co-transporte com sódio • Transportadores específicos (PEPT1 e PEPT2) • Proteínas de baixo peso molecular • Insulina, glucaglon, paratormônio etc • Reabsorção por endocitose mediada por receptores • Secreção de íons orgânicos • Produtos de resíduos endógenos, medicamentos ou toxinas endógenas • Absorção basolateral e secreção apical • Componentes orgânicos: sais biliares, oxalato, urato, creatinina, prostaglandinas, epinefrina • Medicamentos:antibióticos (penicilina G, trimetoprim), diuréticos, antivirais, morfina e derivados... • Secreção de alguns antibióticos → importante em casos de foco infeccioso urinário TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL RAMO DESCENDENTE DA ALÇA DE HENLE • Mudança de estrutura do epitélio tubular é abrupta e dramaticamente alterada na porção final do túbulo proximal • Mitocôndrias em abundância – transportes de grandes volumes de várias substâncias • Ramo descendente (delgado) da alça de Henle • Transportadores específicos de água e solutos • Permeabilidade passiva • Concentração de urina Trato urinárioTrato urinário Ramo ascendente da alça de Henle • Diversas mitocôndrias e invaginações • Alta capacidade para transporte ativo de solutos • Túbulo contorcido distal • Densa matriz mitocondrial • Epitélio mais alto • Reabsorvem Na+, Cl- , Ca+2 e Mg +2 • Ao final do túbulo contorcido distal, cerca de 90% dos solutos foram reabsorvidos e a osmolalidade é reduzida – hipotonicidade • Segmentos diluidores • Independentemente da condição de volemia do animal Ductos ColetoresDuctos Coletores • Segmento conector contém diversos tipos de células epiteliais • Túbulos coletores → ducto coletor → pelve renal • Dois tipos de células principais: • Célula intercalada • Célula principal – mais abundante, reabsorção de NaCl pela bomba sódio- potássio ATPase pela membrana basolateral • Controle da excreção líquida de K+ • Mas também podem reabsorver K – processo ativo → troca de H+ por K+ Trato urinárioTrato urinário • Sinais sistêmicos e intrarrenais • Túbulo proximal: reabsorção da maioria dos solutos e água, mas a taxa de reabsorção de sódio, cloreto, fosfato e outros → regulação por hormônios • Túbulo distal e ducto coletor: controle da taxa terminal de excreção de eletrólitos e água • Hormônios principais: angiotensina II (AT II), aldosterona, hormônio antidiurético (ADH), paratormônio (PTH), vitamina D3 e calcitonina • Angiotensina II • Receptores AT tipo 1: aumento da reabsorção de sódio em todos os segmentos, exceto ramo delgado da alça de Henle • Ativação de receptores de AT tipo 2 aumenta excreção renal de sódio • Aldosterona • Mineralocorticoide • Células do segmento conector e nas células principais dos ductos coletores • Aumenta reabsorção de sódio → aumenta reabsorção de água • Liberação estimulada pela hipercalemia – papel importante na homeostase do potássio • Aumento da secreção Transporte de SolutosTransporte de Solutos • Hormônio antidiurético (ADH) (ou vasopressina) • Liberado na depleção de volume • Retém sódio e água, a partir do ramo ascendente espesso e do ducto coletor • Óxido nítrico (NO) • Aumenta o Na renal e a excreção de água por inibição de mecanismos de reabsorção de sódio • Endotelina I • Produção renal (ductor coletor, nas células endoteliais e no ramo ascendente espesso) • Aumenta excreção de água e NaCl • Peptídeo natriurético atrial (ANP) • Inibe liberação de aldosterona e renina, aumenta a excreção renal • Paratormônio (PTH) • Reduz absorção de fosfato e aumenta sua excreção renal • PTH, Vit. D e Calcitonina • Reabsorção de cálcio Equilibrio HídricoEquilibrio Hídrico • Formação da urina concentrada • Geração de interstício medular hipertônico • Maior permeabilidade à água do ducto coletor na presença de ADH Trato urinárioTrato urinário • Túbulo proximal → reabsorve maior parte do ultrafiltrado • Remoção de solutos cria gradiente osmótico • Borda em escova e invaginações: grandes áreas altamente permeáveis à água • Aquaporina (AQP)-1 • Elevada pressão oncótica e baixa pressão hidrostática nos capilares peritubulares favorecem a movimentação de águas e soluto do fluido intersticial para o sangue • Excreção de urina concentrada ou diluída 1. Geração de interstício medular hipertônico, que permite a excreção de urina concentrada 2. Diluição do fluido tubular pelo ramo ascendente espesso e pelo túbulo contorcido distal, o que permite a excreção de urina diluída 3. A inconstância na permeabilidade à água do ducto coletor em resposta ao ADH que determina a concentração final da urina • Rins podem responder imediatamente à alterações nos níveis de ADH. • Hipertonicidade do interstício medular • Reabsorção de substâncias osmoticamente ativas pelos túbulos da medula • Remoção de água do interstício medular pelo vasos retos Trato urinárioTrato urinário • Néfrons superficiais • Alças de Henle curta • Possuem um ramo descendente fino que está paralelo ao ramo ascendente espesso • Não possuem um ramo ascendente fino • Néfrons justaglomerulares • Alça de Henle longa, que entram profundamente na medula interna • Expressão de transportador de água e ureia específicos que contribuem na formação da hipertonicidade medular e habilidade de concentrar urina Equilibrio HídricoEquilibrio Hídrico • Reabsorção de cloreto de sódio pelo ramo ascendente espesso medular gera hipertonicidade medular • Reabsorção de ureia pelo ducto coletor medular interno e a reciclagem de ureia melhoram a hipertonicidade medular • A troca contracorrente dos vasos retos remove água do interstício medular sem reduzir a hipertonicidade medular • Reabsorção ativa de cloreto de sódio no ramo ascendente espesso e no túbulo contorcido distal dilui o fluido tubular Equilibrio ÁcidoBásicoEquilibrio ÁcidoBásico Pulmões: • Remoção do CO2 pela respiração, reação deslocada para a esquerda • Redução da concentração de H+ Rins: • Realizam a excreção do H+ excedente, o tamponamento rápido pulmonar e por tampões é limitado • Funcionamento baseado em três frentes: • Anidrases carbônicas que disponibilizam prótons e bicarbonato para o transporte • Transportadores que movem o H+ das células epiteliais para o fluido tubular e bicarbonato para o fluido intersticial • Tampões que minimizam as elevações na concentração de H+ no fluido tubular